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Desemprego e População Qualificada 1 Carolina Branco Desemprego e População Qualificada Coimbra, 2013

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Desemprego e População Qualificada

1

Carolina Branco

Desemprego e População Qualificada

Coimbra, 2013

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Título:

Desemprego e população qualificada

Autora:

Carolina Branco

2013135598

Coimbra, 2013

Imagem da capa: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gera%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_Rasca_Precarious_

Generation_Demonstration_in_Porto_(12.3.2011)_(5522963068).jpg?uselang=pt do autor IsmailKupeli.

Faculdade de Economia da Faculdade de Coimbra

Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Fontes de Informação Sociológica sob orientação de Paula Abreu e Paulo Peixoto (Ano Letivo 2013-2014).

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Índice

1. Introdução .................................................................................................................... 1

2.Desenvolvimento ........................................................................................................... 3

2.1. Estado das Artes..................................................................................................... 3

2.1.1. Desemprego e população qualificada ............................................................. 3

2.1.2. Desemprego – definição de conceitos ............................................................ 3

2.1.3. Desemprego em Portugal ................................................................................ 3

2.1.4. A evolução do desemprego em Portugal ........................................................ 4

2.1.5. Emigração ........................................................................................................ 7

2.1.6. Consequências Pessoais do Desemprego ..................................................... 10

2.1.7. Pobreza .......................................................................................................... 11

2.1.8. O Desemprego em Coimbra .......................................................................... 12

2.1.9. Falta de profissionais ..................................................................................... 13

2.1.10. De desemprego a empreendedorismo ....................................................... 14

3. Avaliação da Página da Internet ................................................................................. 15

4.Descrição Detalhada da Pesquisa ................................................................................ 17

5.Ficha de Leitura ........................................................................................................... 18

6. Conclusão .................................................................................................................... 27

7. Referências Bibliográficas ........................................................................................... 28

ANEXO A

Sítio da Internet Avaliado

ANEXO B

Texto de suporte da Ficha de Leitura.

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Desemprego e População Qualificada

Licenciatura em Sociologia Página 1

1. Introdução Nos dias de hoje, um dos conceitos que as pessoas mais ouvem falar é o

desemprego. Este fenómeno tem vindo a atingir pontos e consequências nunca antes

imagináveis, principalmente quando um dos setores mais afetados por este é o setor

jovem.

Mas será que todos sabemos como este se tem vindo a desenvolver? E quais as

consequências a nível pessoal e social que este traz?

Hoje este é um dos principais problemas não só enfrentados pela nossa

sociedade mas em sim por toda a Europa.

O desemprego é quando uma pessoa se sente privada de puder exercer um

trabalho, mesmo encontrando-se com todas as capacidades e com vontade para o

realizar. Contudo, o desemprego é um fenómeno que traz consigo muitas consequências

e algumas delas muito graves, como por exemplo, a pobreza, a emigração e as

consequências pessoais que ele acarreta.

Muitas vezes este problema social era entendido como uma consequência um

pouco banalizada. Contudo, hoje em dia, as pessoas já começam a olhar para ele como

um problema, um dos problemas mais graves que a nossa sociedade vem a enfrentar.

“Desemprego e População Qualificada” foi o tema que eu escolhi para realizar

um trabalho ao longo do primeiro semestre na unidade curricular de Fontes de

Informação Sociológica, na Licenciatura de Sociologia. Decidi escolher este tema,

porque, como já disse, é um dos principais problemas da nossa sociedade, e como tal é

um tema do meu interesse, principalmente sendo eu também uma jovem, no qual eu

apresento principalmente as suas consequências a nível pessoal, e também porque este

ano alcançou níveis nunca antes alcançados, principalmente no grupo dos jovens,

inclusive nos jovens qualificados.

Este trabalho tem como principais objetivos: mostrar o papel mais pessoal do

desemprego, falar do desemprego em Portugal, e a sua evolução ao longo dos anos,

mostrar as suas principais consequências, e dar também a conhecer alguns dos cursos

que são digamos que um “passaporte” para o desemprego e quais os que podem vir a

dar 100% de emprego.

Este trabalho é constituído por diversas partes: Em primeiro lugar apresento o

Estado das Artes, onde eu debato mais detalhadamente este tema, e onde respondo as

questões mais importantes para mim, é digamos que o desenvolvimento. Em segundo

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Fontes de Informação Sociológica

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lugar apresento a Descrição da Pesquisa Detalhada, onde eu mostro como fiz a minha

pesquisa, como selecionei a informação e os recursos por mim mais utilizados para a

construção do Estado das Artes. Em terceiro, a Ficha de Leitura por mim realizada sobre

o capítulo “A “Fuga de Cérebros”: um discurso multidimensional” dos autores Filipe

Ferreira e Emília Araújo, do livro, “Debate sobre a mobilidade e Fuga de Cérebros”, dos

autores Emília Araújo, Margarida Fontes e Sofia Bento. Em último lugar, apresento a

Avaliação da Página da Internet, PORDATA, por mim escolhida, visto ter sido uma das

minhas principais fontes para os dados deste trabalho.

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Desemprego e População Qualificada

Licenciatura em Sociologia Página 3

2.Desenvolvimento

2.1. Estado das Artes

2.1.1. Desemprego e população qualificada

“O desemprego (…) é um dos principais problemas económicos da atualidade

devido à sua importância na sociedade, sobretudo em situações em que a sua

inexistência ou precariedade representa a insegurança e instabilidade sendo, por isso,

objeto de estudo.” (Rajado, 2013:3).

2.1.2. Desemprego – definição de conceitos

Cada vez mais, nos dias de hoje, temos vindo a ver o desemprego a aumentar

principalmente pela crise que nos tem vindo a afetar ao longo dos anos. Nos últimos

tempos este vem-se a tornar cada vez mais presente, não escolhendo sexos nem idades,

nem mesmo nível de qualificação.

Desemprego designa-se pela privação de trabalho de uma pessoa quando esta se

encontra apta para trabalhar.

Nos dias de hoje este é um dos principais problemas que a nossa sociedade

enfrenta, provocando instabilidade e insegurança no seio de uma família, ou incerteza e

descrença no futuro na vida de um jovem.

O emprego torna-se um fator tão importante na nossa economia, porque é este

que a rege, devido a ser ele a única forma de rendimento possível, e de sobrevivência.

2.1.3. Desemprego em Portugal

Como já disse anteriormente, o aumento da taxa de desemprego tem vindo a

alcançar números nunca antes alcançados, como diz Paulo Rajado (2012:11), esta

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alteração na economia colidiu com o final dos grandes setores tradicionais da economia

portuguesa. Contudo, também no setor da construção civil, setor antes gerador de

grande parte dos postos de trabalho, esta crise fez-se notar, houve uma grande redução a

nível de novas obras, o que obrigou as empresas a despedirem muitos dos seus

funcionários. Uma outra razão para a evolução deste fenómeno é o facto de o mercado a

nível mundial se encontrar cada vez mais competitivo, tendo por exemplo como

referência os países do Oriente, temos como referência a China, onde a mão-de-obra

encontrada é muito mais barata, e não é qualificada, o que fez com que muitas empresas

desistissem de trabalhar no nosso país e começassem a deslocar-se para países onde os

custos de produção são muito mais baixos.

No entanto, a população desempregada encontra-se muito mais frágil a nível

económico e mesmo social relativamente à população que se encontra ativa, por

consequência dessa fragilidade, o risco de pobreza torna-se cada vez maior. Contudo,

esta fragilidade também depende de país para país, em consequência das diferenças que

existem entre os diversos países.

2.1.4. A evolução do desemprego em Portugal

Anteriormente ao período do 25 de Abril, o desemprego em Portugal fazia-se

sentir de forma muito diminuta, principalmente em consequência das políticas pelo qual

era regido, da grande vaga de emigração que se fazia sentir e também devido à guerra

colonial. A partir do 25 de Abril, o nosso desemprego começou a aumentar.

Atualmente, o desemprego em Portugal tem vindo sempre a aumentar desde 2001,

tirando uma ligeira diminuição em 2008

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Desemprego e População Qualificada

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Gráfico 1

Taxa de desemprego: total e por sexo (%) - Portugal

Taxa - %

Fonte/Entidade: PORDATA (2013a)

Contudo, uma nova dificuldade tem vindo a surgir nos dias de hoje, não só agora

as pessoas com poucas qualificações estão à procura de emprego, mas também a

maioria os nossos jovens qualificados se encontram em busca dele, atingindo a taxa de

desemprego mais alta de sempre, e vendo-se assim obrigados a pensar em novas formas

para resolver esta questão, uma das hipóteses é a emigração.

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Fontes de Informação Sociológica

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Carolina Branco

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Gráfico 2

Taxa de desemprego: total e por nível de escolaridade completo (%) - Portugal

Taxa - %

Fonte/Entidade: PORDATA (2013b)

Podemos ver através do Gráfico 3 que o grupo etário mais afetado pelo

desemprego é o grupo dos jovens-adultos, mais especificamente indivíduos com idades

compreendidas entre os 25-54 anos. Segundo a notícia de Rita Paz (2013), no jornal

económico, o desemprego jovem atingiu o nível de 42%.

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Desemprego e População Qualificada

Licenciatura em Sociologia Página 7

Gráfico 3

População desempregada: total e por grupo etário - Portugal

Indivíduo - Milhares

Fontes/Entidade: PORDATA (2013c)

2.1.5. Emigração

A emigração designa-se pela saída voluntária de população do seu país de origem.

Muitas vezes esta emigração tem como principal objetivo a procura e o desejo de

melhores condições de vida, e mais respostas para um futuro melhor. Contudo, nos

últimos anos a emigração tem subido muito rapidamente, principalmente entre os

jovens, devido ao seu país não oferecer as condições desejadas pela população. As

emigrações são uma forma de conseguir equilibrar a economia, através da oferta e da

procura de um país quando este se encontra numa situação pouco favorável.

Contudo, este fenómeno não tem só fatores positivos a envolvê-lo, um fator

muito complicado que se faz sentir em muitos países é o racismo. Este faz com que as

pessoas não se consigam integrar, e criar uma nova vida como até então tinham

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Fontes de Informação Sociológica

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pensado. Pode afetar a nível do trabalho, a nível social, das relações pessoais, entre

outros (Albuquerque, 2013).

Um outro fator prende-se com o conceito “fuga de cérebros”. A “ fuga de cérebros”

é a saída de pessoas de pessoas qualificadas para outros países, devido ao país de

origem não responder aos seus objetivos, prende-se com a saída de profissionais

qualificados para outros países, mas estes com um nível de desenvolvimento inferior

(Araújo e Ferreira, 2013).

Gráfico 4 Emigrantes: total e por tipo e sexo - Portugal

Indivíduo

Fonte/Entidade: PORDATA (2013d)

Todavia, como relata uma notícia no Público (Pinheiro, 2013), o facto de “milhares

de jovens portugueses qualificados” estarem “a sair do país”, traduz-se “numa perda de

investimento público superior a 46 mil euros”. E ao lermos notícias em jornais

encontramos declarações do seguinte género:

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“ Quero ir para um sítio onde consiga encontrar oportunidades, o dinheiro

não é o mais relevante”, defende Vítor Monteiro, de 22 anos, estudante de

Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

(FEUP). “Na minha área é completamente impossível encontrar alguma

coisa em Portugal.” (Pinheiro, 2013)

“As nações que recebem os estudantes portugueses, embora não invistam

na sua educação, tiram proveito dos seus conhecimentos. Rita Ventura

Viana, de 21 anos, aluna do Mestrado em Estudos Estratégicos e de

Segurança da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da

Universidade Nova de Lisboa, prepara-se para ir estudar para a

Dinamarca já no próximo mês de Agosto: “O facto de não ter que pagar

propinas acaba por ser algo a ter em conta. Por outro lado, tenho a

possibilidade de fazer um estágio em Ciências Sociais nesta universidade, o

que seria impossível em Portugal”. (Pinheiro, 2013)

“Pretendo um dia voltar a Portugal, mas nos próximos 20 anos isso não está nos

meus horizontes”. (Pinheiro, 2013)

João Sentieiro, na entrevista feita ao jornal Económico (Duarte apud Sentieiro,

2012) defende que: “Para Portugal, é fundamental continuar a investir na qualificação

dos seus recursos humanos, que são a nossa principal riqueza...”. E quando a jornalista

lhe pergunta se acha que a fuga de cérebros não está neste momento a acontecer,

Sentieiro responde que:

“… não garanto que, neste momento, seja essa a situação. Aliás, suspeito

que não seja. Quando há promessas de empobrecimento e estes apelos a

que as pessoas emigrem, elas terão a tendência de ir à procura de

oportunidade. Provavelmente, é preciso mudar o discurso e introduzir

factores de esperança. Senão, essa fuga será dramática, também pelo

investimento feito nos últimos anos na formação de pessoas e na

capacitação das instituições, que foi resultado de um esforço enorme dos

portugueses, será um desperdício enorme.”. (Duarte apud Sentieiro, 2012).

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Fontes de Informação Sociológica

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2.1.6. Consequências Pessoais do Desemprego

A forma como os indivíduos encaram o desemprego difere de pessoa para pessoa,

tal como as suas experiências. Estas têm vários tipos de consequências.

Um tipo de consequência é aquela que resulta mais rapidamente como por

exemplo a perda de rendimentos. Esta perda leva à diminuição das condições de vida do

indivíduo, pois os desempregados estão frequentemente a ser confrontados com

dificuldades financeiras, que levam então a um baixo nível de vida.

“Estou a passar uma situação muito má. Tenho 390€ [de Subsídio de

Desemprego]. Despesas de casa, […]. 450€ de renda, de 2 em 2 meses

despesas de água e luz, alimentação, (...) gasta-se mais 150€ sem nos

chatearmos muito […] É triste, estamos bem e, de repente, ficamos sem

nada (Rodrigo, solteiro, a receber subsídio de desemprego).” (Caleiras,

2011)

Ainda assim, este exemplo mostra-nos que ainda tem alguma fonte de rendimento,

embora esta sendo baixa. Todavia, na nossa sociedade encontramos muita gente que

nem a este pequeno rendimento têm direito, passando assim ainda por mais

dificuldades, e vendo-se assim obrigado a pedir ajuda aos seus familiares, e a algumas

associações de ajuda (País, 1953). O que os leva a ter uma visão muito mais revoltada

face a esta situação, pois muitos deles sentem-se rebaixados, e perdem a sua própria

dignidade.

Outro género de consequências são aquelas mais ligadas ao ato pessoal e intimista

das coisas. Mesmo entre os mais jovens, a ideia de ter um emprego é muito valorizada,

principalmente um trabalho que siga a suas expectativas, pois um trabalho que não seja

de longa duração, ou um trabalho que não seja bem remunerado, faz com que o

indivíduo não consiga dar início à sua própria vida, ficando assim privado de ter um

pouco a sua liberdade e individualidade

No entanto, o desemprego nunca deixa ninguém insensível, visto que este traz

consigo vários fatores negativos para a vida pessoal de uma pessoa, ficando mesmo esta

desanimada e angustiada, levando-a a desvalorizar-se, e trazendo alguns pensamentos

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Desemprego e População Qualificada

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de inutilidade e muitas vezes de revolta. Por vezes, com o assimilar de todos estes

fatores, o indivíduo acaba por desenvolver fatores críticos para a sua saúde mental,

como por exemplo pode vir a desenvolver depressões ou até mesmo esgotamentos,

podendo originar vários tipos de atos como o suicídio.

É importante também frisar o papel das famílias nestes casos. Muitas vezes esta

situação traz casos bastante complicados, como por exemplo o controlo da família tanto

a nível financeiro, como a nível de descrença face ao futuro. Temos ainda outra

consequência do desemprego que é o risco social, ou seja, o agravamento do tempo de

desemprego, pode levar a que a pessoa não consiga pagar as suas contas, e com que esta

venha a perder os seus bens, como por exemplo perder a sua casa, isto torna-se uma

situação de drama social.

“Sinto-me profundamente infeliz porque me sinto uma inútil, não me sinto

útil à sociedade […]. Sinto uma grande revolta, uma grande frustração! Já

tive momentos de grave depressão! (Carolina, 27 anos, licenciada, solteira,

sem subsídio de desemprego). (Caleiras, 2011)

2.1.7. Pobreza

Analisando a maioria esmagadora dos desempregados, a grande parte das

situações são consideradas como negativas, ou até mesmo muito negativas, no entanto

raros são os casos de pessoas que se consideram dentro do limite de pobreza.

“Pobre, pobre, não! Mas como é que eu lhe vou explicar?! Ou como é que

eu me vou explicar?! Pobre, pobre, não, porque graças a Deus, não passo

fome […], mas também não estou assim numa situação em que possa dar

largas […]. Dá-me para o essencial […]. Não, não me considero pobre,

porque eu considero uma pessoa pobre uma pessoa que passa realmente

necessidades, que não tem para o essencial. Por isso, nessa medida, acho

que não sou (Júlia, desempregada, com subsídio, casada, 28 anos).”.

(Caleiras, 2011)

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Fontes de Informação Sociológica

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Segundo Caleiras (2011), um dos fatores que explica esta situação é o facto de a

população só considerar pobres as pessoas que não têm casa, comida, alguns terrenos,

ou quem não pode trabalhar devido à sua condição de saúde, ou seja as pessoas que já se

encontram em situações extremas de vida. Uma outra explicação é em virtude de a

maioria das pessoas fazer sempre uma comparação entre si e o outro, que por norma se

encontra ou numa situação igual à sua, ou pior.

2.1.8. O Desemprego em Coimbra

Coimbra também não foge à regra e como tal, também neste distrito o problema

o desemprego e a perda de rendimentos das pessoas, também é um dos principais pontos

de problemas sociais, como relata o jornal As Beiras (Alves, 2013), onde foram também

detetadas alguma insuficiência de instalações, como lares e habitações sociais que

dessem para satisfazer todas as necessidades das pessoas que se encontram em situações

complicadas.

Como é uma cidade bastante conhecida pela sua Universidade, vários estudos

realizados pela Universidade de Coimbra mostram que, ao analisarem os últimos três

anos, é necessária uma rápida alteração nas políticas de resposta as pessoas que se

encontram no desemprego. Algumas das propostas que estão a surgir para dar a volta a

esta situação, é, visto que o Sistema Social está a falhar, aconselha-se às pessoas em

criar o seu próprio emprego, onde cabe ao Estado ajudar nesta nova iniciativa, contudo,

um enclave que leva a que os cidadãos não invistam no empreendedorismo, é a

burocracia que este acarreta.

Segundo uma notícia do jornal Sol (Sol, 2012), existem cursos que são “o

passaporte” para o desemprego. Porém, cursos como Literatura Alemã da Universidade

de Coimbra, ou Línguas e Literaturas Modernas da Universidade de Lisboa atingiram

um total nível de emprego. Uma outra variante que nos é transmitida é que a maioria

dos cursos com menor nível de emprego são também aqueles que menos licenciados

têm, temos o exemplo de Línguas e Estrangeiras Aplicadas da Universidade de Évora,

que só produziu um licenciado e que se encontrava em 2012 desempregado.

Dados da DGES mostram-nos também que cursos tirados em diferentes

instituições de ensino alcançam níveis de emprego e desemprego diferentes. Temos por

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Desemprego e População Qualificada

Licenciatura em Sociologia Página 13

exemplo o Curso de Direito tirado “na Universidade Nova de Lisboa, o mestrado

produziu dois desempregados em 66, enquanto em Coimbra são sete desempregados em

234.” (Sol, 2012).

Uma opção que o estado tem, e pôs em prática este ano foi a redução de vagas

por curso.

Como é de esperar, é o curso de Medicina que mostra maior nível de

empregabilidade, e o curso de Engenharia Civil, um dos cursos que tem vindo a

aumentar abruptamente a sua taxa de desemprego.

2.1.9. Falta de profissionais

Em consequência do aumento de desempregados, vem associado a falta de

profissionalismo nos diversos serviços públicos, o que provoca vários problemas no

seio da nossa sociedade. Um dos ramos mais influenciados, e que sente mais esta

problemática é o caso dos enfermeiros. Referências do Sindicato dos Enfermeiros

Portugueses, mostram que para corrigir a falta de profissionais nos hospitais e centros

de saúde, os enfermeiros de Bragança estão a trabalhar a “mais de 150%”, ou seja, estão

a trabalhar mais do que o seu devido trabalho (Diário Digital, 2013).

Germano Couto, bastonário dos enfermeiros alega que em Bragança estão

disponível cerca de 4,6 enfermeiros por mil habitantes, enquanto no resto da Europa

apresenta cerca de quase nove enfermeiros para mil utentes.

Um outro ramo também ligado à saúde onde esta realidade também é bem

visível, é o ramo da medicina. A falta de médicos em Portugal está a levar a que seja

impossível cumprir o prazo das consultas médicas. Esta falta de profissionais centra-se

mais em áreas como a oftalmologia, otorrinolaringologia, ortopedia, pneumologia,

gastrenterologia, urologia, reumatologia e cardiologia. Para agravar ainda esta situação

foram encontrados casos em que médicos com cirurgia geral e medicina interna,

realizaram consultas de outros ramos para tentar atenuar este caso (Campos, 2013).

Para finalizar temos ainda o caso dos professores, que mais do que nunca este

ano sentiram o seu número de empregos bastante reduzido (Jornal de Notícias, 2011).

Contudo, temos casos como a agricultura, onde o estado defende que não existe

desemprego nesta área, faltam sim é profissionais que nela trabalhem, defendendo que

as pessoas têm de deixar de pensar que este setor é um setor com grandes obstáculos, e

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Fontes de Informação Sociológica

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olhar para ele como um ramo no qual podem investir. (Diário de Notícias Economia,

2012).

2.1.10. De desemprego a empreendedorismo

Uma das alternativas para tentar dar uma resposta ao desemprego prende-se com

o empreendedorismo, uma hipótese bastante defendida pelo governo, no entanto por

consequência da sua burocracia, muitas vezes as pessoas acabam por desistir desta ideia.

Esta ideia de empreendedorismo é um dos principais motores de crescimento das

economias modernas (Faria, Cuestas e Mourelle apud Almeida, 2012). Alguns autores

defendem que o desemprego está associado à criação de novos negócios, contudo

também se desenvolve quando o indivíduo se sente um pouco explorado no seu

emprego, por exemplo com um baixo salário, este prefere criar o seu próprio emprego.

Esta opção é uma mais-valia para estes novos empreendedores, pois assim além

de tentarem dar uma resposta à sua situação, criando uma nova empresa estes podem

gerir os seus lucros e as suas despesas, orientando assim melhor as suas escolhas.

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Desemprego e População Qualificada

Licenciatura em Sociologia Página 15

3. Avaliação da Página da Internet

Decidi escolher a página da internet PORDATA, devido a ter sido uma das

fontes que eu mais utilizei para complementar o meu trabalho do estado das artes,

através dos seus gráficos. Este é um site bastante fácil de consultar por todo o público,

pois encontra-se descrito de forma muito simples para rápidas pesquisas, e a sua

linguagem encontra-se adequada para todo o tipo de pessoas, tendo além de uma versão

em português, uma versão deste, opcional em Inglês, para assim conseguir abranger

ainda um maior número de pessoas, este também é bastante amplo, pois nele

conseguimos encontrar conteúdo e dados de variados assuntos desde a qualidade de

vida da população até ao nível da evolução da tecnologia em Portugal, nos seus

Municípios, e também a nível da Europa.

Esta página encontra-se disponível durante bastante tempo e mostra-nos também

dados referentes não só à atualidade, mas também a anos já passados, o que nos permite

tirar diversas conclusões. Contudo, este vai sofrendo ligeiras alterações conforme os

dados que chegam à sua base de dados para este se encontrar assim o mais atual

possível.

Quanto à qualidade da página, esta adequa-se para vários tipos de equipamentos

tecnológicos. Para mim, esta página como referência de dados, encontra-se muito bem

estruturada, pois é clara no seu assunto e imparcial, mostrando dados concretos, e

apresentando-nos também como base fontes fidedignas como por exemplo o INE.

Quanto à qualidade gráfica este tem cores bastante neutras, fazendo com que não

se torne repulsivo a nível visual.

Quanto à profundidade, esta página encontra-se bastante alargada em questão de

dado concretos, como estatísticas e percentagens, contudo quanto a nível textual este já

não se encontra muito focado neste aspeto.

Para facilitar ainda mais a sua pesquisa, esta página tem ainda um quadro com as

informações mais pesquisadas nos últimos tempos, um conversor de escudos para euros,

incluindo o valor que este alcançava em determinado ano.

No final do site, encontramos informação relativa sobre para que se destina a

PORDATA, e ainda sobre a Fundação Francisco Manuel dos Santos

Para o meu trabalho esta página foi muito importante, pois disponibilizou-me

formas de eu conseguir interpretar o meu tema e abordá-lo de forma muito mais crítica,

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principalmente no assunto do desemprego a nível etário, de sexo e de qualificação, e

também quanto ao tema da emigração. É também um sitio da internet que não tem

qualquer tipo de pagamento a nível monetário, nem necessita de um determinado

equipamento para o aceder, o que mostra mais uma vez como ele está ao alcance de

todas as pessoas que precisem de o consultar.

Este site encontra-se disponível no seguinte endereço:

http://www.pordata.pt/Home.

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4.Descrição Detalhada da Pesquisa

No fim de escolher o tema para o meu trabalho, como já tinha algumas ideias

sobre este, comecei por me interrogar sobre algumas das questões que queria abordar, e

comecei então a realizar a minha pesquisa. Este foi talvez a parte mais complicada, pois

há bastante informação em causa sobre esta vertente, mas nem toda era aquela que eu

desejava para a realização do trabalho, e então comecei por fazer a seleção da

informação. Como formas de pesquisa utilizei a via eletrónica e principalmente o

catalogo on-line da FEUC, no qual encontrei vários livros sobre o assunto, mas também

várias teses, que foram as que mais curiosidade me suscitou, e até as que mais utilizei

para a realização deste. Foi muito importante selecionar os documentos com bastante

atenção, pois era fundamental uma boa recolha, filtrando toda a informação recolhida

numa primeira fase.

Para realizar o trabalho utilizei a via escrita e eletrónica. Para a via escrita

utilizei principalmente as teses que vou referir na lista das referências bibliográficas, na

via eletrónica tentei utilizar fontes fidedignas como jornais, e excertos da revista do

Centro de Estudos Sociais, uma instituição bastante certificada, tendo atenção às

pessoas que eram abordadas nas reportagens, e aos autores e a sua especialização. Para

encontrar a informação recorri à ao motor de busca Google, ao Google Académico, ao

Catalogo Online da FEUC, e como fonte de dados concretos, utilizei a página

PORDATA. Deste modo, utilizei todas as fontes que estavam ao meu alcance para a

pesquisa deste tema.

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5.Ficha de Leitura

Título da Publicação: Debate sobre a mobilidade e Fuga de Cérebros

Autores: Emília Araújo, Margarida Fontes e Sofia Bento

Capítulo: A “Fuga de Cérebros”: um discurso multidimensional (Emília Araújo e Filipe Ferreira)

Local: https://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&ved=0CDgQFj

AB&url=http%3A%2F%2Fwww.lasics.uminho.pt%2Fojs%2Findex.php%2Fcecs_ebooks%2Farticl

e%2Fdownload%2F1575%2F1489&ei=YexqUuXFHILwhQfcqoDYAg&usg=AFQjCNHSvEuNVrLC6s

pLcQQvKG9WEviLLw&sig2=WuRa7TLANi_vxlqQQ-Q4WA&bvm=bv.55123115,d.ZG4

Data da Publicação: Janeiro 2013

Local e Editora: CECS – Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade Universidade do Minho Braga, Portugal

Número de Páginas: 58-82

Data da Leitura: Outubro de 2013

Assunto: A emigração de profissionais qualificados

Área Científica: Ciências Sociais

Palavras – Chave: “fuga de cérebros”, emigrantes, mobilidade, desemprego, qualificação, países desenvolvidos, países em desenvolvimento, media.

Resumo:

Na obra a que me propus analisar, o principal assunto abordado é a “fuga de cérebros” e a mobilidade, apresentando as diferenças entre eles. A obra encontra-se dividida em vários pontos, tendo cada um deles uma análise crítica sobre um determinado assunto.

Ao longo do texto são apresentadas também as causas que levam a população, principalmente a população qualificada, a deixar os seus países de origem quer através

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do fenómeno mobilidade, quer através da “fuga de cérebros”. Uma outra temática também aqui abordada é o papel dos media tanto estrangeiros como nacionais.

Introdução:

Para a realização da ficha de leitura, optei por o tema “Fuga de Cérebros”: um

discurso multidimensional, que pertence à obra, Para um debate sobre a mobilidade e a

fuga de cérebros, devido a este ser um assunto bastante presente na nossa actualidade,

em virtude da vaga de emigração que tem existido principalmente de jovens

profissionais qualificados.

Emília Araújo, professora auxiliar no departamento de Sociologia de

Universidade do Minho, investigadora no CECS – Centro de Estudos de Comunicação e

Sociedade, tem como seu principal interesse de estudo a sociologia da cultura, tendo já

feito várias publicações; e Filipe Ferreira, aluno do mestrado em Sociologia na

Sociedade do Minho, pretendem neste capítulo relacionar as várias conceções sobre a

“fuga de cérebros” e a mobilidade, analisando discursos nacionais e internacionais que

apresentam o seu caráter crítico sobre o assunto em questão.

Desenvolvimento:

O tema em questão pretende demonstrar as duas vertentes representadas, através da

política interna e da imagem de Portugal nos outros países.

Deste modo, a matéria induz-nos a interligar a migração de profissionais

qualificados com a ideia do nosso país no estrangeiro.

Os autores citam Moreira e Araújo (2012), na página 58, dizendo que desde a

década de sessenta que inúmeros debates se focam no desenvolvimento de políticas

públicas e ao mesmo tempo de competitividade e crescimento. Logo, mediante estes,

como a emigração já por si recebe alguma importância política, a emigração destes

profissionais torna-se ainda mais importante, citando assim Breinbauer (2007) e Peixoto

(2001) na página 58.

Este acontecimento é motivado principalmente pelas seguintes razões: primeiro,

devido ao governo demonstrar incapacidade; segundo, pela influência que os outros

países fazem sobre os nossos jovens que têm grandes objetivos profissionais, contudo,

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esta também se realiza em virtude da imagem que o nosso país representa face à

formação destes profissionais.

De acordo com Emília Araújo e Filipe Ferreira, a “fuga de cérebros” está ligada à

ideia de que a população saía dos países em desenvolvimento para países mais

desenvolvidos, influenciada pela crença de que estes não viriam a regredir. Contudo,

nos dias de hoje, defende-se uma nova perspetiva que consiste na saída de profissionais

entre países desenvolvidos da mesma categoria, a este fenómeno os autores denominam

de “mobilidade”, que é ajudada pela fácil circulação das pessoas, citando assim Brandi

(2001;2004; 2009) na página 59.

Os autores mencionam Fontes (2007) na página 59, dizendo que mesmo que alguns

estudos realizados na década de 90 tenham mostrado a dificuldade que existe na atração

de profissionais portugueses com conhecimento estrangeiro, é visível a forma como os

estudos mostraram o forte investimento que existe por parte dos governos em Portugal

de criar protocolos com universidades prestigiadas no estrangeiro, no sentido de

alimentar a ideia de “mobilidade”citando assim Delicado (2007;2008) na página 59.

Numa primeira fase, os “cérebros” referem-se a pessoas credenciadas em todos os

níveis: profissional, de formação, de qualificação e de mercado. Estas boas referências

conduzem a inúmeras ofertas de trabalho caracterizadas por várias recompensas, entre

elas económicas.

Seguindo as ideias dos autores, estes profissionais decidem mudar de país para obter

melhores condições de vida ou então porque recebem propostas de emprego de certas

empresas do mesmo grupo económico bastante ambiciosas. Na verdade estes não são

seduzidos pelas empresas, mas são deslocados entre grupos empresariais dos mesmos

conjuntos.

A partir de 2008, os autores defendem que com a indiferença do estado português

relativamente à “fuga de cérebros”, a mobilidade que já existia continua a ser a principal

escolha, tornando-se mais notória a sua saída do seu país para procurar emprego e a

melhores condições de vida. Em 2010, a afirmação de um membro do governo

brasileiro acerca da realidade sociológica demonstrou um aumento de licenciados a

desejar emigrar para outros países da Europa, EUA e Canadá. Em 2008 – 2009 surge

uma discussão entre necessidade de emigrar e o direito de não emigrar. São as

diferenças que existem entre os discursos nacionais e internacionais que formam a

imagem de Portugal entre 2010 e 2012. Em suma, este texto é composto por cinco

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pontos: o primeiro ponto concentra-se essencialmente no contexto histórico e

conceptual do problema em questão (emigrações e mobilidades); o segundo ponto diz

respeito aos estudos feitos sobre os fluxos da mobilidade; no terceiro ponto põe-se a

questão de tentar perceber o retrato que é feito nos debates públicos; o quarto ponto

aborda a ligação entre os media estrangeiros e portugueses sobre a mobilidade da

população portuguesa; por fim, o quinto e último ponto demonstra o debate final sobre o

discurso multidimensional, relativamente à mobilidade do quadro profissional

português.

1. A “Fuga de Cérebros” como problema global

Neste primeiro ponto o autor defende que as realidades económicas e sociais se

mostram como desigualdades transversais que afetam o desenvolvimento humano e

social no mundo em geral. Contudo, é o fator da mobilidade que dá acesso a mais e

melhores condições de vida.

As razões que levam à saída de pessoas dos seus países acontece porque estas

necessitam de ir à procura de novas oportunidades que as ajudem a fugir das suas

dificuldades. Os autores fazem referência a Brandi (2001;2004) dizendo que entre a

década de 60 e a década de 80, estudos documentados por este, mostravam que

progressivamente a mobilidade deixava de ser uma “perda” e passava a ser uma

conquista pelo facto de desenvolver o curriculum.

Concluindo, a “fuga de cérebros” divide-se em três perspetivas: em primeiro lugar,

pode ver-se que a mudança das pessoas de um país para o outro, mostra que este não

cobria as necessidades dos seus cidadãos; em segundo temos o paradigma dos países

que oferecem mais emprego e mais hipóteses de carreira, não serem aqueles que

oferecem as melhores condições de vida; por último, o terceiro ponto avalia as suas

consequências em duas vertentes, primeiro, a grande movimentação de profissionais

credenciados para os seus países de origem, em segundo, alguns pesquisadores do

assunto acerca das componentes intrínsecas à “fuga de cérebros” defendem que as

consequências são políticas e socioeconómicas na medida em que o país não tem

capacidade para “pescar” profissionais em iguais proporções.

Para finalizar, a estes três pontos, está subjacente um outro que nos fala em criar

medidas de fixação de qualificados com o objetivo de investir na mobilidade num futuro

próximo.

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2. Atualidade da “Fuga de Cérebros”

Este ponto mostra um estudo realizado pela OCDE (Dumont, Spielvogel,

Wildmaier, 2010), tendo por base alguns dados de 2000, e apresenta os países que têm

sofrido mais com a emigração e para quais esta está mais destacada. Em 2000, em

Portugal, já se verificou este fenómeno de mobilidade. Um estudo feito por Franzoni,

Scellato e Stephan mostra que os Estados Unidos continuam a ser o principal destino

destes fluxos, principalmente de países de língua oficial inglesa. Já na Europa, os fluxos

são mais equilibrados distribuindo-se por vários países como, França, Alemanha,

Holanda e Espanha. Segundo este estudo, as principais razões destas deslocações, são a

procura de melhores fundos para a sua carreira, uma vez que os governos desses países

oferecem excelentes condições de acolhimento.

No entendimento de Peixoto (1999), para relacionar Portugal com a “fuga de

cérebros” é necessário compreender fenómenos mais estruturais ligados a mudanças ao

nível da globalização económica. Assim, esta internacionalização económica leva à

deslocação de profissionais portugueses para cargos superiores das suas empresas, o que

implica um maior ganho para Portugal.

Já no caso dos Estados Unidos, os autores citam Peixoto (1999) na página 65

dizendo que este fora durante anos o principal destino de quadros superiores,

perspetivando-se que estes seriam lugares de alta qualidade.

Contudo, a “fuga de cérebros” não é uma preocupação académica, mas demonstra as

dificuldades que os países têm em conseguir manter as suas populações.

As mobilidades fazem também com que haja uma deslocação de hábitos e costumes,

citando Salt (2011) na página 66.

3. Algumas questões de identidade e os palcos discursivos

Ao longo do tempo a migração qualificada tem vindo a ganhar cada vez mais

importância, o que é uma mais-valia para os países recetores. Na economia estão cada

vez mais visíveis os portugueses, que têm como seu historial a emigração ou a

mobilidade prolongada. Da mesma forma que a emigração não qualificada, esta

contribui para a formação que uma outra imagem do país e dos portugueses, uma visão

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muito mais ilustre do que a que já existe sobre a ideia do trabalhador migrante não

qualificado.

Contudo, o papel das mobilidades e a construção da identidade de uma população é

muito contraditória, pois por um lado temos a rapidez com que a informação circula

através da internet e outros aparelhos eletrónicos, por outro a imagem que é feita do país

no exterior, tanto como valorização do esforço que é feito individualmente e coletivo,

como também pela consideração da saída de profissionais qualificados do seu país de

origem. No entanto, a saída de profissionais que são posteriormente reconhecidos

noutros países levanta questões sobre as identidades nacionais relativamente à maneira

como o prestígio é interiorizado na imagem nacional.

Sobre a mobilidade de profissionais, há argumentos utilizados em vários estudos

e teses: a mobilidade induz uma reflexão estrutural que representa a parte negativa da

“fuga de cérebros”, por outro lado, a emigração de profissionais conta como uma perda

de presente e futuro do país em vários campos.

4. Nota Metodológica

Neste ponto, surgem os principais resultados de uma investigação sobre a imagem

que os media estrangeiros e portugueses elaboram da mobilidade qualificada

portuguesa, tentando ao mesmo tempo inseri-los no contexto global de problematização

da fuga de cérebros. Durante os últimos anos foram realizadas algumas pesquisas de

fontes de informação tendo por base um estudo anteriormente feito. Após várias

pesquisas concluiu-se que se deveria excluir as notícias anteriores a 2010. No entanto,

outras estratégias foram adotadas com mais vantagens e mais adequadas, que permitem

fazer uma interpretação sobre o fenómeno nos vários tipos de comunicação social, tendo

em conta a influência e poder que os media têm nos dias de hoje na sociedade.

5. Os media e os profissionais altamente qualificados: cruzamentos

discursivos

A temática da emigração é um assunto bastante presente nos dias de hoje, e como tal

tem vários estudos que se debruçam principalmente na discriminação dos emigrantes,

com uma certa particularidade para os não qualificados, citando assim Carvalho (2007),

Cádima e Figueiredo (2003), na página 68. Um estudo realizado em Portugal verifica

que o crime e outras realidades nomeadamente a prostituição e a violência, são dos

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principais problemas associados aos emigrantes. Contudo, quanto à população

portuguesa residente noutros países, não existem estudos que mostrem qual a sua

dificuldade em construir a sua identidade a nível da sociedade como a nível individual,

citando Ferin (2003) e Ferin e Dantos (2006), na página 68. No entanto, é de realçar a

diferença que existe nos diversos media, os jornais de grande triagem centram o seu

assunto em realidades pessoais, enquanto que os media sociais tendem a fazer um

discurso onde são debatidos assuntos de ordem pública como por exemplo sobre a

dificuldade que Portugal tem em fixar no seus país os cidadãos portugueses que se vêm

a destacar no estrangeiro.

A maioria dos assuntos tratados pelos media sobre Portugal tem um caráter

desvalorizador, contudo, quando estes se referem aos profissionais qualificados

formados neste país, este passa a ser valorizado pela boa preparação que os seus

cidadãos apresentam.

6. Panorama: Media Estrangeiros

Os media estrangeiros interessam-se principalmente com as políticas de austeridade

desemprego e emigração; e a “emergência” e pontos de atração de novas gerações para

os PALOP.

Várias reportagens estão dirigidas à mobilidade e para as políticas de austeridade

presentes em Portugal, políticas austeras que por vezes deixam os jovens qualificados

sem ambições para a sua vida futura, tanto a nível de emprego, como a nível de vida.

Constata-se, no programa “a mobilidade dos quadros qualificados”, estes

denominam-na de “êxodo” de cérebros, pois cerca de 20% dos licenciados portugueses

trabalha no estrangeiro, tendo como seu principal destino os PALOP e o Brasil. Dizem

ainda que a saída destes se mostra uma grande perda para o país, dizendo que este setor

não irá estar interessado em voltar ao seu país na próxima década. Afirma-se ainda que

a principal razão da saída destes profissionais se deve as medidas de austeridade que são

adotadas e ao aumento progressivo do desemprego.

7. Panorama: Media portugueses

Os media portugueses, têm defendido ao longo dos últimos anos uma tese relativa às

vantagens da mobilidade internacional, em relação à existência da “fuga de cérebros”.

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Em comparação com os media estrangeiros, que valorizam os portugueses

entrevistados, os media nacionais baseiam-se na posição de pessoas ligadas à política.

Ao mesmo tempo que são conhecidas notícias e reportagens feitas por todo o

mundo, sobre a emigração de profissionais portugueses, os media com as suas defesas

atribuem um caráter negativo à “fuga de cérebros”.

8. Discussão de ideias principais

Analisando a história portuguesa e as várias tentativas de aproximação aos países

mais, é notório que a mobilidade seja entendida como uma circulação de cérebros e não

uma “fuga de cérebros”, uma vez que é inevitável esta mobilidade para o crescimento à

escala mundial. De uma forma simplista ao longo do séc. XX a emigração portuguesa

foi muito acentuada para os países da América do Norte e América Latina. É notório

que o século XX em Portugal é marcado por uma população pobre analfabeta e não

qualificada devido à Guerra Colonial e à 2ª Guerra Mundial. Assim que acontece a

Globalização económica, social e a internacionalização dos mercados, a migração de

pessoal qualificado ganha ênfase.

Neste ponto, voltam a afirmar-se grande parte dos assuntos anteriormente

referenciados, complementando-os.

Pontos fortes e fracos do documento:

Os pontos fracos desta obra são: o facto de a obra ser bastante extensa, tornando-se

por vezes repetitiva; o uso frequente de excertos de jornais; e também devido a utilizar

uma linguagem por vezes um pouco complexa.

Por sua vez, os pontos fortes são: a capacidade cativante do texto, pois o seu assunto

é bastante atual e muito interessante; e também a sua capacidade de nos fazer interrogar

sobre algumas das medidas que estão a ser tomadas pelo governo dos nossos dias que

nos “empurra” por vezes para fora do nosso país.

Conclusão:

O tema do texto é muito atual, apresentando um assunto comum em vários

países da Europa, afetando sobretudo profissionais qualificados. Como cada vez mais a

economia está a entrar em declínio, este problema tem tendência a aumentar. Apesar de

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existirem soluções, estas continuam a ser ignoradas pelos governos destes países.

Estudos feitos por várias organizações, fontes bibliográficas, os próprios media,

etc comprovam estes problemas e as suas respetivas soluções.

Este texto é bastante útil, pois com ele podemos observar a realidade que se

passa também ao nível dos outros países, e faz-nos interrogar se não haverá soluções

que nos possam ajudar a mudar esta nossa realidade.

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6. Conclusão

A construção deste trabalho proporcionou-me novas visões sobre este tema,

indicando assim variadíssimas formas de como se pode encarar a vida perante este

problema e que consequências graves ele acarreta consigo.

Muitas vezes temos a ideia de que não há volta a dar a este fenómeno do

desemprego, contudo, ao estudar este assunto, apercebi-me que há sempre maneira de

tentar ir mais além, e de tentar dar um novo rumo à nossa vida, mesmo quando esta não

está a correr da maneira mais indicada.

Contudo, ao realizar este trabalho consegui ver que o desemprego pode trazer

outros problemas consigo como por exemplo a emigração, onde os números estão a

aumentar muito rapidamente, o que faz com que cada vez mais a população mais jovem

decida sair do seu país, tornando-se este um país envelhecido, e apostar numa nova

vida, o que faz com que este deixe de arriscar nos seu jovens qualificados, e também

origina um outro problema que é a pobreza, nos dias de hoje é cada vez mais comum

assistirmos a jovens que como consequência de não ter emprego, não se conseguem

auto sustentar e vêem-se então obrigados a ter de voltar para casa dos seus pais, e

quando esta não é opção começam por procurar ajuda em algumas associações.

O desemprego faz ainda com que comecem a surgir muitos problemas a nível

psicológico com as pessoas que o enfrentam, causando por vezes graves consequências

como o suicídio.

Assim, podemos perceber e ter uma outra visão sobre este assunto, um dos mais

debatidos na nossa atualidade e tentar tomar um rumo para conseguir dar a volta e

inverter esta preocupante situação.

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Fontes de Informação Sociológica

2013/2014

Carolina Branco

2013/2014 Página 30

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Anexo A

Sítio da Internet avaliado

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Anexo B

Texto de Suporte da Ficha de Leitura:

Araújo, Emília e Ferreira Filipe (2013), "A «fuga de cérebros»: um discurso

multidimensional" in E. Araújo; M. Fontes e S. Bento, Para um debate sobre a

mobilidade e Fuga de cérebros. Braga, Centro de estudos de Comunicação e Sociedade,

58-82.