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Descrição de Procedimentos Assistenciais de ENFERMAGEM NO ÂMBITO HOSPITALAR Guia para

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Descrição de Procedimentos Assistenciais de

ENFERMAGEM NO

ÂMBITO HOSPITALAR

Guia para

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Descrição de Procedimentos Assistenciais de

ENFERMAGEM NO

ÂMBITO HOSPITALAR

Guia para

Adriana da Silva PereiraJuliana Rigotto Grejo

Juliana Santos Amaral da RochaTatiane Fernandes Alves

José Carlos VianaGilcelli Vascom Girotto Rodrigues

São PauloCOREN-SP

2017

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GUIA PARA DESCRIÇÃO DE PROCEDIMENTOS ASSISTENCIAIS DE ENFERMAGEM NO ÂMBITO HOSPITALAR

Revisão ortográfica, projeto gráfico, capa e editoraçãoGerência de Comunicação

Não autorizada a reprodução ou venda do conteúdo deste material

Todos os direitos reservados. Reprodução e difusão desse conteúdo de qualquer forma, impressa ou eletrônica, é livre, desde que citada a fonte.

Distribuição gratuitaNovembro 2017

Pereira, Adriana da Silva

Guia para descrição de procedimentos assistenciais de enfermagem no âmbito hospitalar / Adriana da Silva Pereira ... [et al.] ; revisão, Marcília Rosana Criveli Bonacordi Gonçalves, Wilza Carla Spiri. – São Paulo: Coren-SP, 2018.

ISBN: 978-85-68720-09-7

1. Serviço hospitalar de enfermagem 2. Processos de enfermagem 3. Equipe de enfermagem 4. Enfermagem baseada em evidências 5. Avaliação de enfermagem I. Gonçalves, Marcília II. Spiri, Wilza III. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo.

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Gestão Coren-SP 2015-2017

PresidenteFabíola de Campos Braga Mattozinho

Vice-PresidenteMauro Antônio Pires Dias da Silva

Primeiro–secretárioMarcus Vinicius de Lima Oliveira

Segunda–secretáriaRosângela de Mello

Primeiro–tesoureiroVagner Urias

Segundo–tesoureiroJefferson Erecy Santos

Conselheiros titularesAndrea Bernadinelli Stornioli, Claudio Luiz da Silveira, Demerson Gabriel Bussoni, Edinildo Magalhães dos Santos, Iraci Campos, Luciano André Rodrigues, Marcel Willian Lobato, Marcelo da Silva Felipe, Marcília Rosana Criveli Bonacordi Gonçalves, Maria Cristina Komatsu Braga Massarollo, Paulo Cobellis Gomes, Paulo Roberto Natividade de Paula, Renata Andrea Pietro Pereira Viana, Silvio Menezes da Silva e Vilani Souza Micheletti.

Conselheiros suplentesAlessandro Correia da Rocha, Alessandro Lopes Andrighetto, Ana Márcia Moreira Donaabella, Antonio Carlos Siqueira Junior, Consuelo Garcia Corrêa, Denilson Cardoso, Denis Fiorezi, Edir Kleber Bôas Gonsaga, Evandro Rafael Pinto Lir, Ildefonso Márcio Oliveira da Silva, João Batista de Freitas, João Carlos Rosa, Lourdes Maria Werner Pereira Koeppl, Luiz Gonzaga Zuquim, Marcia Regina Costa de Brito, Matheus de Souza Arci, Oswaldo de Lima Junior, Rorinei dos Santos Lel, Rosemeire Aparecida de Oliveira de Carvalho, Vanessa Maria Nunes Roque e Vera Lúcia Francisco.

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Autoria

Adriana da Silva Pereira Enfermeira. Especialista em Enfermagem Cardiovascular e Pediatria. Mestranda na Faculdade Israelita de Ciência da Saúde Albert Einstein. Consultora de Qualidade, Segurança e Prática Assistencial da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein.

Juliana Rigotto GrejoEnfermeira. Especialista em Terapia Intensiva e Enfermagem Cardiovascular. Gerente de Enfermagem do Hospital de Base de Bauru.

Juliana Santos Amaral da RochaEnfermeira. Especialista em Oncologia e Gerenciamento de Enfermagem. Mestranda da Escola de Enfermagem USP/ São Paulo. Coordenadora de Práticas/Modelo Assistencial no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Tatiane Fernandes AlvesEnfermeira. Mestre em Ensino das Ciências da Saúde – UNIFESP. Professora Assistente de Pós Graduação em APH e UTI-UNILUS. Supervisora da Unidade de Terapia Intensiva – Hospital Vitória, Santos.

José Carlos VianaEnfermeiro. Gerente de Enfermagem UTI/UCO do HCOR.

Gilcelli Vascom Girotto RodriguesEnfermeira. Especialista em Neonatologia e Gestão em Saúde. Gerente de Práticas Assistenciais do Hospital Nove de Julho.

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Colaboradores

Marcílio Abraços Jorge Enfermeiro. Especialista em Enfermagem em Centro Cirúrgico, Central de Material e Esterilização e Recuperação Anestésica. Docente da FEI/São Paulo.

Cristina Satoko MizoiEnfermeira. Mestre em Enfermagem. Gerente de Enfermagem no Hospital Beneficiência Portuguesa/São Paulo.

Revisores técnicos

Marcília Rosana Criveli Bonacordi GonçalvesEnfermeira pela Universidade do Sagrado Coração em Bauru. Mestre e Doutora pela Universidade Estadual Paulista Júlia Mesquita Filho/UNESP. Enfermeira do Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP. Professora Tutora na Disciplina Inserção Instituição – Universidade – Serviço – Comunidade I (IUSC I). Preceptora do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/GraduaSUS, do Ministério da Saúde. Conselheira Efetiva do Coren-SP. Coordenadora Geral das Câmaras Técnicas do Coren-SP.

Wilza Carla Spiri Enfermeira pela Universidade do Sagrado Coração em Bauru. Mestre em Enfermagem pela Universidade de São Paulo. Doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (2001). Pós-Doutorado pela School of Nursing The University of British Columbia, Canadá. Realizou livre Docência na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Professora Adjunta da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

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Apresentação

O Coren-SP, gestão 2015-2017, apresenta aos profissionais o Guia para Descrição de Procedimentos Assistenciais de Enfermagem no Âmbito Hospitalar.

A presente publicação é fruto das atividades do Grupo de Trabalho de Práticas Assistenciais no Âmbito Hospitalar (GT PAAH) e visa oferecer suporte à enfermagem na promoção de uma comunicação mais efetiva entre os profissionais e na padronização de condutas, tornando a assistência ao paciente, assim como a prática profissional, mais segura e livre de erros.

Este guia também é um incentivo ao empoderamento da categoria, por mostrar os caminhos para a utilização de ferramentas gerenciais importantes, como é o caso dos Protocolos Assistenciais e dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP). É fundamental que os profissionais se apropriem e desenvolvam esses recursos no planejamento e organização dos serviços.

A utilização desses processos pelos profissionais de enfermagem é um importante caminho para a conquista da autonomia e da garantia de uma atuação sintonizada com os preceitos éticos e legais da profissão, garantindo respaldo técnico e, também, a valorização das práticas assistenciais.

Esperamos que este guia seja um incentivo para que as equipes de enfermagem se aprofundem acerca das ferramentas gerenciais, contribuindo com a otimização dos recursos humanos e habilidades e com a oferta de uma assistência de excelência nas instituições.

Fabíola CamposPresidente do Coren-SP

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SUMÁRIO

1. Introdução. .................................................................................................10

2. Diretriz e legislações para descrição de Procedimentos Assistenciais. ...14

3. Elementos para elaboração e apresentação de Procedimentos Assistenciais. ..............................................................................................17

4. Principais componentes para formatar uma máscara, template ou layout. .........................................................................................................20

5. Descrição do procedimento: ação, justificativa/risco identificado e segurança....................................................................................................23 6. Processo para implementação. ..................................................................29

7. Organização da Prática Assistencial no Âmbito Hospitalar. ...................30

8. Considerações finais. .................................................................................33

9. Referências consultadas. ...........................................................................34

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Lista de figuras

Figura 1: Comparação entre os riscos da área da saúde e outras atividades.........................................................................................................12

Figura 2: Procedimentos assistenciais. Estabelecer e disseminar os requisítos para a segurança do paciente, colaborador e do ambiente. ...........................13

Figura 3: Coleta de urina por sonda vesical de demora. ................................19

Figura 4: Descrição dos passos para coleta de gasometria arterial, adotando o Teste de Allen. .................................................................................................29

Lista de quadros

Quadro 1: Análise de indicadores geram adequações, mudanças ou melhorias nos processos. .................................................................................................17

Quadro 2: Elementos para elaboração e apresentação de Procedimentos Assistenciais. ...................................................................................................18

Quadro 3: Etapas para descrição do procedimento. ......................................22

Quadro 4: Exemplo de Procedimento Assistencial – Punção da Artéria Radial para Coleta de Gasometria Arterial. ...............................................................23

Quadro 5: Principais bases de dados bibliográficas de interesse para a área de saúde. ..........................................................................................................38

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1 Introdução

Os Procedimentos Assistenciais também conhecidos como Procedimento Operacional Padrão (POP), são meios de comunicação com os profissionais que executam diariamente técnicas e procedimentos no cuidado direto aos pacientes e favorecem a padronização de condutas. Portanto, são documentos imprescindíveis para a realização da assistência em qualquer instituição de saúde que preza pela qualidade e segurança do cuidado, visto que tem como propósito organizar, padronizar, orientar e comunicar a estrutura e o funcionamento da instituição ou serviço, além de obter uniformidade e redução de custos. Deve obedecer a critérios técnicos, considerando normas e legislação de cada profissão envolvida (MATSUDA, 2010).

Ao descrever este Guia para Descrição de Procedimentos Assistenciais de Enfermagem no Âmbito Hospitalar consideramos que de acordo com Jericó, Peres e Kurcgant, 2008, tais normas, desenhos, manuais de técnicas e procedimentos são ferramentas utilizadas pelas organizações de saúde que são moldadas pelas crenças de quem as constituíram (fundadores ou dirigentes) e que adotam recursos e geram uma produção assistencial, em busca de atingir os objetivos organizacionais.

Os padrões assistenciais podem estar descritos em formato de protocolo e ou procedimento assistencial, contendo os requisitos mínimos para determinado cuidado a ser prestado, baseado em evidências científicas e ou na melhor informação disponível.

Destaca-se que, Protocolos Assistenciais são orientações sistematizadas baseadas nas diretrizes e evidências da literatura e elaborados por especialistas de uma instituição. Priorizam-se os pontos críticos e fundamentais no processo de decisão. Um protocolo tem associação com vários procedimentos assistenciais. E os Procedimentos Assistenciais descrevem minuciosamente como devem ser executadas determinadas atividades, sistematizando a realização dessas ações. Descreve o que e como deve ser feito, além de documentos, materiais e equipamentos que devem ser utilizados e, como a atividade deve ser controlada e registrada. Define os profissionais que devem executar o procedimento de acordo com a legislação vigente. É baseado em evidência cientifica e ou melhor informação disponível, tendo como resultado as melhores práticas assistenciais.

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Essencialmente a descrição dos Procedimentos Assistenciais tem como objetivos:

• Promover a uniformidade e padronização das condutas e a tomada de decisão pela equipe assistencial garantindo: • Prevenir e controlar sistematicamente a ocorrência de eventos adversos promovendo a cultura de segurança organizacional; • Estabelecer e disseminar os requisitos para a segurança do paciente, do colaborador e do meio ambiente; • Fortalecer a comunicação entre os profissionais; • Evitar o desperdício de recursos humanos, materiais e tempo, com foco na otimização; dos processos assistenciais e na sustentabilidade organizacional e ambiental; • Direcionar as ações e conteúdos para as capacitações profissionais; • Facilitar a conformidade, definindo o padrão ou especificações para medição de qualidade e controle; • Incentivar cuidados equitativos removendo o viés de conhecimento durante a capacitação, execução e educação, promovendo comunicação assertiva entre pacientes, familiares e profissionais de saúde; • Melhorar o comportamento, habilidades e conhecimento pessoal e promover mudança de atitude; • Na perspectiva de modelo de melhoria, um procedimento assistencial documentado fornece a fundamentação para que práticas atuais e anteriores possam ser comparadas, as alterações de melhoria podem ser feitas e os benefícios avaliados e mensurados.

A padronização das rotinas racionaliza a prática e consequentemente aumenta a segurança do cuidado, sendo que neste processo é fundamental que o enfermeiro monitore as ações assistenciais de sua equipe tendo como base a visão de integralidade do paciente (ALMEIDA et al., 2011).

Outro conceito que deve ser considerado ao descrever um Procedimento Assistencial, é que ele deve informar ao colaborador como deve agir caso ocorra qualquer falha no processo e assim, estimular a notificação de eventos adversos e a disseminação de uma cultura de segurança institucional.

Cita-se ainda que, uma organização de alta confiabilidade como a aviação, é capaz de evitar catástrofes em um ambiente onde os acidentes são esperados, devidos aos fatores de riscos existentes e complexidade do sistema. Este sistema pode ser definido como um sistema de gerenciamento que faz uso

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de todos os recursos disponíveis: equipamentos, procedimentos e pessoas, para promover a segurança e aumentar a eficiência das operações de voo. O comportamento humano geralmente pode ser dividido em três categorias distintas: comportamento baseado em habilidades, baseado em regras e baseado no conhecimento. O comportamento baseado em regras geralmente é bastante robusto e, por isso, o uso de procedimentos e regras é enfatizado na manutenção da aeronave. Os erros no nível de desempenho baseado no conhecimento estão relacionados ao conhecimento incompleto ou incorreto ou a interpretação incorreta da situação. O monitoramento cuidadoso dos sistemas da aeronave, juntamente com um bom conhecimento técnico, ajudará o piloto a manter a consciência situacional e a se manter a frente da aeronave. (Disponível em: https://www.globalairtraining.com/crew-resource-management.php).

Figura 1. Comparação entre os riscos da área da saúde e outras atividades

Perigoso(>1/1000)

Ultra Seguro(<1/100.000)

• Aviação Civil

• Ferrovias Europeias

• Energia Nuclear

10 100 1.000 10.000 100.000 1.000.000

1.000.000

100.00

10.000

1.000

100

10

EVENTOS POR FATALIDADE

VID

AS

PER

DID

AS/

AN

O

Regular

• Automóveis

• Indústrias Quimicas

• Área da Saúde

• Escalada de Montanhas

• Bungee Jumping

Fonte: How hazardous is health care? Adaptado de Lucian L. Leape, M.D., apresentação na The Public’s Health: A Matter of Trust Symposium, 2002. Harvard University School of Public Health. Gráficos obtidos em R. Amalberti, “The Paradox of Almost Totally Safe Transportation Systems,” Safety Science 36, no. 1 (2000); 1-18.

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Finalmente, acreditamos que este Guia apoiará os diversos profissionais responsáveis pela prática assistencial a instituírem documentos baseados em melhores práticas, considerando as novas abordagens para a descrição, elaboração e implementação dos Procedimentos Assistenciais visando a segurança para o paciente, colaborador e ambiente. Figura 2. Procedimentos Assistenciais. Estabelecer e disseminar os requisítos para a segurança do paciente, colaborador e do ambiente

Colaborador

Paciente

Ambiente

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2 D i r e t r i z e s e l e g i s l a ç õ e s p a r a a d e s c r i ç ã o d e Procedimentos Assistenciais

O reconhecimento dos r iscos são fundamentais para as mudanças comportamentais necessárias ao exercício das diversas atividades profissionais no ambiente hospitalar. Durante a descrição do procedimento e em cada ação a ser executada, deve haver a justificativa do risco baseada nas evidências reconhecidas sobre segurança do paciente, colaborador e ambiente, que aliada à compreensão e disseminação do conhecimento para o profissional que executará a procedimento promoverá uma prática mais segura.

Consideramos as competências legais, técnicas e éticas, visto que nem tudo que está regulamentado, o profissional está apto a fazer, porque esta aptidão relaciona-se à competência técnica e não à competência legal, e a atividade somente deve ser executada se houver competência técnica para executar.

O profissional de enfermagem responde por toda ação por ele praticada, ficando sujeito às penalidades legais e éticas previstas na Lei do Exercício Profissional n° 7.498/1986, no seu decreto regulamentador (Decreto n° 94.406/1987) e Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, Resoluções do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e demais legislações de Enfermagem.

Sobre o aspecto de Segurança do Paciente a Lei n° 7498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, determina ao enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, à participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de enfermagem. E para a equipe de enfermagem, a prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência em saúde. A padronização dos Procedimentos Assistenciais garante o aumento da segurança e satisfação dos profissionais. A informação e capacitação do profissional permite alcançar melhores resultados, redução dos riscos, visto que os processos nos serviços de saúde são complexos e tem cada vez mais incorporado tecnologias e técnicas elaboradas, acompanhados de riscos adicionais na prestação de assistência aos indivíduos. Esse processo de melhoria precisa ser realizado de modo sistemático e participativo, ou seja, elaborado e compreendido pelos colaboradores das organizações. A elaboração de um

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Procedimento Assistencial garante que as ações sejam realizadas da mesma forma, independente do profissional executante ou de qualquer outro fator envolvido no processo, diminuindo assim as variações causadas por imperícia e adaptações aleatórias(SCARTEZINI, 2009).

Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mobilizou-se frente às questões de segurança do paciente e da qualidade do cuidado em saúde, a partir de 2002, na Assembleia Mundial da Saúde. Em 2004, foi criada a primeira edição da Aliança Mundial para Segurança do Paciente, que voltou- se para a criação e o desenvolvimento de políticas e práticas em prol da segurança do paciente para todos os países membros da OMS. Dessa forma, ações realizadas para a sensibilização e a avaliação das situações de segurança e o desenvolvimento de práticas assistenciais seguras.

A Resolução COFEN n° 358/2009, estabelece no artigo 1° “O processo de enfermagem deve ser realizado de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem”. Esta resolução amplia o conceito de Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) considerados como forma de organização do trabalho profissional. A SAE pressupõe a organização de procedimentos assistenciais, protocolos, normas e rotinas cuja elaboração e descrição devem pautar-se no uso das melhores evidências em saúde com a garantia da segurança do paciente, do profissional e do ambiente.

Sobre a segurança do profissional, o COREN-SP publicou a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego NR 32, que estabelece medidas para proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores de saúde, que abrange as situações de exposição aos diversos agentes de riscos presentes no ambiente de trabalho, como os agentes de risco biológico, químico e físico com destaque para as radiações ionizantes e os agentes de risco ergonômico. O objetivo é prevenir os acidentes e o adoecimento causado pelo trabalho dos profissionais da saúde, eliminando e controlando as condições de risco presentes nos serviços de saúde. Esta norma regulamentadora recomenda para cada situação de risco à adoção de medidas preventivas e a capacitação dos profissionais para o trabalho seguro. Desta maneira, é importante inserir na descrição de um procedimento assistencial, o risco sobre determinado item do procedimento para que o profissional identifique o potencial dano a que está exposto ao executar a tarefa, e possa garantir sua proteção.

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Sobre a Segurança do Ambiente citamos a Política Ambiental do COFEN 04/2013 baseado na ISO 14.001, documento da ABNT NBR que especifica os requisitos de um sistema de gestão ambiental e em legislações vigentes Resolução RDC Nº 306, de 7 de Dezembro de 2004, dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. A lei 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, buscando otimizar o uso de recursos e impacto ambiental e promover mudança de atitude, com foco na sustentabilidade. É importante identificar o descarte apropriado de resíduos sólidos de saúde como substâncias, objetos e líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos. A Resolução COFEN 303/2005 proporciona ao enfermeiro ser responsável sobre o plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS). Neste contexto, é de suma importância descrever, alertar e indicar no procedimento assistencial o descarte correto de resíduos com potencial presença de agentes biológicos, substâncias químicas, radionuclídeos e materiais perfuro-cortantes minimizando os resíduos gerados após exercício da função e diminuindo riscos de infecção cruzada e ambiental.

Estas diretrizes supracitadas podem ser usadas para nortear a elaboração dos processos e Procedimentos Assistenciais nos seguintes aspectos:

• Fornecer boas práticas para elaboração de Procedimentos Assistenciais nas instituições hospitalares, considerando o impacto dos riscos e danos ao paciente, profissional e ambiente na qualidade e segurança do cuidado.

• Conscientizar os enfermeiros sobre a importância do monitoramento dos documentos que padronizam os procedimentos assistenciais.

• Apresentar informações que possibilitam aos enfermeiros analisarem criticamente os modelos utilizados atualmente pelas instituições de saúde.

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Quadro 1: Análise de indicadores geram adequações, mudanças ou melhorias nos processos.

Base para criação de Procedimentos Assistenciais e Resultados de Melhoria

Gera Gera Gera Gera

A B C D E F

Referências para boas práticas:Legislações, Publicações, Conselhos das categoriasTrabalhos científicos,Benchmarking,Melhorias de Processos, etc.

Documentos que definem as regras de como deverá ser realizado:Procedimentos,Politicas, Normas, Regimentos, Protocolos, Formulários.

Capacitação dos profissionais para conhecimento das regras através de diferentes metodologias:Treinamentos, Reuniões, Etc.

Execução das atividades conforme as regras descritas nos Documentos:Dever de todos os profissionais.

Evidencias de conhecimento e cumprimento das regras:Registro nos prontuários e formulários Relatório de Auditoria.

Dados e informações:extraídos das fontes/registros que comprovam a execução e geram Indicadores de melhoria e qualidade assistencialGeram publicações.

Análise de Indicadores geram adequações, mudanças ou melhorias no processosFonte Diagrama SIPOC - Simon, Kerri. “SIPOC Diagram”. Ridgefield, Connecticut: Sixsigma. Retrieved 2012-07-03.

3 Elementos para elaboração e apresentação de Procedimentos Assistenciais

Os profissionais que executam os procedimentos podem ter uma visão burocrática sobre os documentos, sendo comum a argumentação sobre falta de tempo e difícil acesso para consulta, o que pode desencadear falta de credibilidade ao documento. Portanto, recomenda-se alguns elementos essenciais que devem ser analisados antes de iniciar a elaboração de procedimentos assistenciais. A seguir apresentamos algumas recomendações:

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Quadro 2: Elementos para elaboração e apresentação de Procedimentos Assistenciais

Considerar a participação sistemática e colaborativa dos profissionais que executam o procedimento, solicitando análise crítica durante a elaboração do documento com o objetivo de mitigar a violação das etapas descritas. (ANVISA, 2017).O conteúdo deve ser claro, objetivo e confiável.A organização tem o dever de informar sobre um procedimento novo ou revisado, e garantir a implementação, além de medir os resultados.Investir em ações de capacitação e de disseminação das informações, para garantir que o profissional esteja habilitado e qualificado na execução do procedimento (SCARTEZINI, 2009).A atualização deve ser periódica e com visão qualitativa e não somente temporal, considerando nova demanda e/ou atualização da prática assistencial baseada em evidência, padrões de acreditação e certificação de qualidade, além de ocorrência de eventos adversos com impacto nos indicadores de qualidade assistencial. A descrição do Procedimento Assistencial requer reuniões de validação, revalidação, consenso e parecer de especialista. Deve ter data de criação e prazos estabelecidos para atualização e revisão, assim como os responsáveis por essas ações.Recomenda-se uma base de dados informatizada com guarda do histórico de todas as revisões e aprovações e controle automático das versões.Os procedimentos não podem por si mesmos, garantir a segurança. A segurança é promovida por pessoas habilitadas a julgar quando e como (e quando não) adaptar os procedimentos as circunstancias locais.Assegurar que a responsabilidade pela execução de cada passo de ação seja explicitamente declarada, e não implícita.Usar voz ativa e não passiva ao escrever etapas específicas da ação do procedimento:“Voz passiva” o recipiente do espécime deve ser rotulado;“Voz ativa” coloque uma etiqueta no recipiente de amostra;(Disponível no https://www.psqh.com/analysis/policies-and-procedures-for- healthcare-organizations-a-risk-management-perspective).Utilizar termos técnicos padronizados pela instituição.

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Estar de acordo com os padrões de qualidade e segurança para o paciente, colaborador e meio ambiente, a prática local e os recursos disponíveis na Instituição.Deve conter as instruções sequenciais das operações e a frequência de execução, especificando o responsável pela execução, lista dos materiais e equipamentos utilizados na execução do procedimento, descrição da etapa crítica e os riscos.Considerar os resultados dos indicadores assistenciais e a análise do gerenciamento de risco e eventos adversos monitorados pela instituição, realizando constantes análises críticas sobre a aplicabilidade do procedimento.Implementar mecanismo de feedback para que a equipe possa reportar situações que resultam em um evento ou que exigiu alguma solução alternativa, indicando processos ou práticas possivelmente não confiáveis. Este reporte da equipe pode reduzir o potencial de dano ao paciente.Acrescentar a referência consultada, Resoluções do COFEN, pareceres do COREN-SP, Código de Ética e Lei de Exercício Profissional.Utilizar fluxogramas, diagramas, imagens ou outros métodos gráficos que facilitem a visualização, análise e compreensão da mensagem. Fazer fotos do dispositivo, material, indicando, por exemplo, onde se deve acoplar, encaixar, desprezar, sinalizando o correto, conforme figura abaixo:

Figura 3. Coleta de urina por sonda vesical de demora

Como coletar urina por sonda vesical de demora

Antes da coleta da urina, a pinça corta fluxo deve ser fechada por 15 minutos. Após a coleta, não esquecer de abrir a pinça.

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4 Principais componentes para formatar uma máscara, template ou layout

Os seguintes itens e definições são recomendados para a construção de um formato de Procedimento Assistencial:

1. Conceito ou definição: conceituar o procedimento pautado em referências de práticas baseadas em evidência e ou base de dados, alertando sobre os principais riscos e os processos de segurança.

2. Objetivos: descrever o que se pretende alcançar com a realização padronizada do procedimento.

Fonte: Arquivo de foto - documentação institucional HCor - São Paulo 2017

Limpar antes e depois, o local de introdução da seringa de coleta de urina com swab de álcool. Usar óculos de proteção e luvas de procedimento.

Este é o local próprio para coleta da urina, e não exige uso de agulha. O bico da seringa de coleta de urina encaixa-se neste local.

ATENÇÃO: esta via somente deve ser usada para encher ou esvaziar o balão da Sonda.

Forçar o bico da seringa de coleta de urina na área indicada e aspirar à urina. A seringa identificada deverá ser enviada imediatamente ao laboratório. Após a coleta abrir a pinça.

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3. Áreas envolvidas/abrangência: definir e descrever em quais áreas ou setores o procedimento pode ser realizado, garantindo a segurança na execução pela equipe treinada e capacitada, o ambiente deverá fornecer a estrutura e material adequado, e o paciente deverá ser adequadamente assistido.

4. Responsáveis: descrever as categorias profissionais dos responsáveis pela execução das etapas do procedimento baseado na Lei de Exercício Profissional, Resoluções dos Órgãos de Classe, Código de Ética Profissional, diretrizes e protocolos da instituição.

5. Indicação e contra indicação: descrever os principais critérios que indicam e contra indicam a realização do procedimento.

6. Material e outros recursos: descrever a lista de materiais e equipamentos que serão utilizados, evitando retrabalhos e ou desperdícios garantindo uma prática segura. Considerar alergia declarada e material a ser substituído. Considerar as especificidades do paciente como faixa etária, condição clinica, entre outros, e recomendar a necessidade de outro profissional da equipe para auxiliar durante o procedimento, para garantir a esterilidade do material, técnica asséptica e segurança do paciente. Seguir normativas do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), Comissão de Padronização de Materiais e Engenharia Clínica.

7. Orientação pré e pós-procedimento: descrever as informações relevantes que o paciente e familiar devem receber sobre o procedimento, assim como os alertas e riscos, sinais e sintomas. Informar a entrega de material educativo. Considerar o consentimento verbal e/ou escrito, conforme as normativas da instituição (Termo de Consentimento). Promover uma melhor comunicação entre pacientes, familiares e profissionais de saúde.

8. Indicador de qualidade: descrever a ficha técnica do indicador que monitorará a qualidade da execução do procedimento, quando aplicável.

9. Periodicidade de treinamento: descrever a periodicidade de treinamento do procedimento considerando a criticidade, o risco, recorrência de eventos adversos, e exigência de busca de capacitação contínua necessária à sua realização.

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Exemplo: periodicidade admissional, anual ou bienal, ou devido à introdução de novo material, equipamento ou informação. Citar o requerimento de certificação por determinada sociedade, curso, entre outros, com data de renovação.

10. Documentos relacionados: listar os outros documentos institucionais que estão diretamente relacionados ao procedimento descrito para consulta e complementam o processo. Como exemplo, uma política, norma, diretriz ou protocolo relacionadas a este procedimento.

11. Referências consultadas: descrever as fontes consultadas.

12. Elaboradores/revisores e respectiva área: listar os profissionais que participaram diretamente da elaboração do procedimento e revisão com respectivos cargos e/ou áreas de atuação.

13. Descrição do procedimento.

Quadro 3: Etapas para descrição do procedimento

Ação (O quê e como fazer)

Justificativa e Riscos Identificados

(Por quê)

Segurança do paciente, colaborador, ambiente

(para quem)

Descrever o passo a passo da técnica de forma sequencial e numerada.

Preencher essa coluna para os itens descritos na ação, a fim de mitigar o dano ou potencial de dano e garantir a segurança no processo.

Esta coluna determina aquele ou aqueles que requerem atenção em termos de segurança do paciente, colaborador e ambiente.

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5 Descrição do procedimento: ação, justificativa/riscos identificados e segurança

Quadro 4: Exemplo de Procedimento Assistencial - Punção da Artéria Radial para Coleta de Gasometria Arterial

Procedimento Assistencial - Punção da artéria radial para coleta de gasometria arterial

Ação Justificativa e riscos identificados

Segurança do paciente, colaborador e ambiente

1. Higienizar as mãos antes de entrar em contato com o paciente.

Evitar a transmissão de micro organismos presentes nas mãos do profissional e que podem causar infecções ao paciente. OMS-Recomendação dos 5 momentos de higienização da mãos.

Paciente

2. Explicar e discutir o procedimento com o paciente.

Assegurar que o paciente entenda o procedimento, dê seu consentimento e colaboração durante a punção. Ajudar a minimizar ansiedade que possa distorcer a análise ou exacerbar sintomas, quando aplicável. O consentimento talvez não seja possível em certos cenários clínicos, para o paciente em estado crítico ou inconsciente.

Paciente

3. Checar o atual resultado dos níveis de coagulação, contagem de plaquetas, histórico clinico e uso de medicamentos anticoagulantes.

Identificar possíveis riscos de sangramento e prevenir formação de hematoma pós-procedimento. Quando apropriado ou indicado, aguardar a correção da coagulação antes da punção.

Paciente

4. Para a obtenção da gasometria arterial o paciente deve estar com os parâmetros respiratórios estáveis 15 a 20 minutos antes.

Se estiver em ventilação mecânica os parâmetros não devem ser sido ajustados naquele momento, e o paciente não deve ter a via área aspirada naquele momento, para interpretação dos valores corretos.

Paciente

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5. Checar pulseira de identificação. Verificar dois identificadores (nome e prontuário).

Checar com o paciente se as informações da etiqueta do tubo de coleta estão corretas. Verificar dois identificadores (nome e prontuário).

Para o paciente impossibilitado de checar as informação, deve-se checar com o acompanhante ou outro profissional.

Para assegurar que o procedimento ocorrerá com o paciente correto.

Garantir amostra do paciente correta, e garantir ao laboratório informação exata.

Paciente

6. Checar a concentração de oxigênio inalado e a temperatura corporal neste momento. Registrar na etiqueta de identificação do tubo de coleta.

A concentração de oxigênio inspirado e a temperatura são parâmetros necessários e primordiais para interpretar os valores dos gases no sangue arterial durante a análise da amostra.

Paciente

7. Dispor o materiais próximo ao lado do local da punção.

A caixa de perfuro-cortante deve estar localizada próximo ao local para descarte da agulha.

Assegurar que o todo o material necessário para punção esteja adequado e preparado, evita manobra insegura prevenindo contaminação, infecção e acidente.(Referência NR 32)

Colaborador

8. Assumir uma posição confortável. Se possível sentar-se próximo ao paciente.

Para maximizar a chance de uma coleta com êxito em uma primeira tentativa, minimizando o desconforto do paciente.

Minimizar o desconforto do profissional, garantir posicionamento adequado e evitar ferimento com a agulha.

Paciente

Colaborador

9. Inspecionar e avaliar a estrutura anatômica e pele ao redor do local da punção.

Para identificar qualquer área de escoriação, cirurgia, trauma, infecção e perfusão ruim. Não puncionar o local na presença destas condições.

Paciente

10. Localizar e palpar a artéria radial com os dedos médio e indicador da mão não dominante.

Para avaliar a máxima pulsação e assegurar que o local esteja em ótima condição para punção.

A punção arterial pode resultar em espasmo arterial, trombo intraluminal, sangramento, hematoma, pseudoaneurima e necrose. Estes fatores podem impedir o fluxo arterial no tecido distal.

Paciente

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11. Realizar o Teste de Allen (Consultar Figura 4).

Para confirmar a patência da circulação da artéria ulnar e avaliar a circulação colateral para a mão, no caso de dano da artéria radial, como por exemplo presença de trombose (WHITE, 2003.).

No caso de dúvida sobre a circulação, não hesite em compartilhar com o médico, pois pode haver a necessidade de Doppler para avaliação do fluxo colateral nestes pacientes de alto risco, antes da canulação.

Paciente

12. Preparar o paciente na posição supina: com a palma da mão virada para cima em relação ao antebraço, e gentilmente estender o pulso em um ângulo de 40º sobre uma toalha enrolada. Evitar hiperextensão.

Solicitar assistência de outro profissional, se necessário.

A extensão do pulso eleva a artéria para um plano mais superficial (DANCKERS, FRIED, 2013).

Flexionar levemente a mão para facilitar a inserção. A hiper extensão do pulso não é recomendada pela interposição dos tendões o que dificulta sentir o pulso.

Para reduzir o risco do paciente se movimentar inesperadamente durante a punção.

Paciente

Colaborador

13. Adaptar o tubo de coleta com o êmbolo tracionado antes da punção.

Reduzir hemólise da amostra. A pressão do sangue arterial causa refluxo de sangue para dentro do tubo. Salvo em pacientes que estejam extremamente hipotenso.(WEINSTEIN, PLUMER 2007, E)

Paciente

14. Higienizar as mãos Colocar óculos de proteção.

Higienizar as mãos Colocar óculos de proteção.

Colaborador

15. Higienizar as mãos imediatamente antes do procedimento assépticoCalçar luvas de procedimento.

Manter técnica asséptica ao longo do procedimento.

Evitar a transmissão de micro organismos presentes na mão do profissional e que podem causar infecções (OMS-Recomendação 5 momentos de higienização da mãos).

Paciente

16. Segurar o escalpe com os dois dedos da mão dominante.

Para guiar a posição da artéria radial e obter êxito na punção.

Paciente

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17. O angulo da agulha deve ser entre 30° a 45º, e o bísel da agulha deve estar voltado para cima. Palpar próximo ao local da punção para guiar a introdução da agulha, mirando a direção da artéria.

Minimizar trauma na artéria. A inserção rápida da agulha pode resultar na introdução errada da agulha.

Cuidado para não tocar no local de punção depois da antissepsia, prevenindo risco de infecção.

O fluxo pulsátil indica o acesso correto à artéria radial. A pressão arterial pode causar entrada espontânea para dentro da seringa.

Paciente

18. O profissional não deve realizar mais do que duas tentativas no mesmo local. Deve solicitar ajuda.

Múltiplas tentativas de punções aumenta o risco de complicações por trauma direto e vaso espasmo. Se o paciente necessitar de várias amostragens, pode estar indicado a canulação da artéria para reduzir a dor, estresse e trauma.

A punção arterial está associada à dor decorrente dos nervos adjacentes e punção profunda. A punção pode ser difícil em pacientes não colaborativos e naqueles onde o pulso não é facilmente identificado. Pacientes com deficiência cognitiva, doença avançada degenerativa das articulações, obesidade, aterosclerose em idoso, e doença renal avançada que pode causar rigidez da parede do vaso (MILZMAN, JANCHAR, 2013)

Paciente

19. Puxar o êmbolo gentilmente e completar o tubo com sangue (checar a quantia de sangue do tubo de coleta recomendada pelo fabricante).

Minimizar vasoespasmo.

Assegurar que a quantia ideal de sangue é obtida em ordem para assegurar uma apropriada mistura de sangue com heparina.

Paciente

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20. Retirar a agulha imediatamente, seguindo de aplicação de pressão com gaze estéril por no mínimo 5 minutos ou até não perceber sinais de sangramento.

Se necessário solicitar ajuda de outro profissional para manter a compressão local.

Após interromper o sangramento local, aplicar curativo oclusivo compressivo (cuidado com compressão ou garroteamento excessivo).

Prevenir formação de hematoma e sangramento excessivo.

A assistência de outro profissional na continuidade da aplicação de pressão permite rapidez no encaminhamento da amostra para o laboratório.

Assegurar que o local seja avaliado sequencialmente, identificando sangramento e complicações, prejudicando a perfusão distal e para remoção do curativo oclusivo.

Paciente

21. Descartar o escalpe na caixa para perfuro cortante após acionar o dispositivo de segurança Não deixar o escalpe/agulha na bandeja e não reencapar a agulha.

Retornar o punho do paciente para posição neutra.

Assegurar o descarte correto e prevenir acidente com perfurantes. (NR 32).

O acidente com perfuro cortante pode acontecer no momento de retirar e desprezar o escalpe/agulha da bandeja.

A hiperextensão prolongada pode provocar alterações no nervo mediano.

Colaborador

Paciente

22. Atenção com a amostra coletada: remover a bolha de ar de dentro do tubo.

Utilizar adaptador específico.

Envolver a amostra em recipiente com gelo. Enviar a amostra imediatamente para análise.

Deixar a amostra sem ar para garantir precisão dos valores no resultado.

Cuidados ao empurrar o êmbolo para remover o ar. Prevenir respingo de sangue na mucosa do profissional.

As amostras de sangue arterial devem ser mantidas em condições anaeróbicas, e deve ser colocado gelo e manter a temperatura de 0º até o momento da análise (KNOWLES et al., 2006).

Paciente

Colaborador

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23. Descartar os materiais de forma segura.

Retirar a luva de procedimento.

Higienizar as mãos imediatamente após a remoção das luvas.

Prevenir contaminação e acidente com perfuro-cortante.

As luvas de procedimento contaminada com material biológico devem ser descartadas em lixo com saco plástico branco (lixo contaminado).

Evitar a transmissão de micro organismos a outros profissionais ou pacientes. (OMS-Recomendação - 5 momentos de higienização da mãos).

Colaborador

Ambiente

ColaboradorPaciente

24. Registrar no prontuário.

Comunicar as observações importantes ou complicações sobre a punção.

Para reconhecer a responsabilidade pelas ações no procedimento e assegurar a continuidade no cuidado, vigilância e comunicação efetiva.

Assegurar tratamento rápido e apropriado no manejo das complicações.

Colaborador

Paciente

25. Higienizar as mãos ao sair do quarto.

Evitar a transmissão de micro organismos a outros profissionais ou pacientes após contato com áreas próximas ao paciente (mobília, outras superfícies e objetos) (OMS- Recomendação 5 momentos de higienização da mãos).

Colaborador e outros Pacientes

Fonte: Adaptado do Manual: The Royal Marsden Manual of Clinical Nursing Procedimentos, 9º Ed (2015)

Teste de Allen é um teste usado para avaliar o suprimento sanguíneo damão. Recebe o nome em homenagem a Edgar Van Nuys Allen. O teste avalia acirculação colateral da mão através da avaliação das artérias ulnar e radial.Para pacientes inconscientes ou anestesiados que não conseguem fechar a mão em punho, foi descrito o Teste de Allen Modificado ( MILZMA, 2004; BARBER, 1973. Neste caso, uma bandagem pode ser usada para “exsanguinar” a mão; o restante do teste é realizado como já descrito( ALEX, 2017) Os resultados do teste de Allen podem ser divididos nas três seguintes categorias ( STROUD, 2003)

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Retorno da perfusão para a mão em menos de 7 segundos – NormalRetorno da perfusão em 8-14 segundos – alteradoRetorno da perfusão em mais de 14 segundos – AnormalA seguir, descrição dos passos para coleta de gasometria arterial, adotando o Teste de Allen.

6 Processo para implementação

Os Procedimentos Assistenciais, após a descritos e publicados no sistema informatizado ( sempre que possível ), deverão ser divulgados para os profissionais. A depender do Procedimento Assistencial descrito as estratégias poderão ser utilizadas, devendo estar ajustadas para fins educacionais à aprendizagem requerida e às características dos profissionais.

• Reuniões com as equipes envolvidas;

• Aula presencial teórica e/ou prática em sala de aula;

• Aula presencial in loco: treinamentos com duração máxima de 30 minutos, realizado na própria unidade de trabalho com a presença de um instrutor e registro de participação da equipe local;

• Cenário para simulação realística;

Teste de Allen

Para realizar este teste, o examinador eleva a mão do paciente e solicita que a feche por 30 segundos.

Em seguida, a pressão sobre a artéria ulnar é liberada e o tempo que leva para que a cor volte à mão seja medido (em segundos).

Com a mão do paciente em punho, o examinador aplica pressão simultânea às artérias ulnar e radial para ocluí-las.

Solicita-se ao paciente que abra a mão, o que deve parecer pálido como consequência da oclusão das artérias radiais e ulnares. As artérias radiais e ulnares permanecem ocluídas após a abertura da mão.

Fonte: Arquivo de foto - documentação institucional Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo 2017

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• Projeto lembrete: realizado na própria unidade de trabalho por meio da leitura de material impresso e/ou digital. Utilizado para atualizar informações pontuais com baixo nível de complexidade;

• Ensino a Distância

o E-learning - (e = eletrônico; learning = aprendizagem) é uma ferramenta de ensino a distância que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos tecnológicos e de multimídia, veiculado através da internet, permite controle de acesso.

o E-meeting ou videoconferência - recurso de transmissão de aulas/ palestras via internet ou equipamentos de videoconferência, permite interação entre os profissionais.

o Aula multimídia - acervo de aulas, acesso conforme necessidade de cada usuário e sem controle de acesso.

Após a definição da metodologia de treinamento e divulgação inicia-se a organização que define os meios pelos quais a ação será entregue, que inclui o local, recursos audiovisuais, materiais de escritório, lista de presença, instrumentos de avaliação e certificados.

O instrumento de avaliação pode exigir níveis de complexidade que podem variar desde situações mais simples até as mais formais que incluam necessidade de certificação. Os instrumentos de avaliação podem ser de avaliação de conhecimento teórico, de avaliação de habilidades técnicas e de avaliação de reação.

O planejamento e a organização do treinamento devem prever ainda as estratégias de mensuração que apontam a eficácia do treinamento.

7 Organização da Prática Assistencial no âmbito hospitalar

As instituições de saúde reúnem tecnologia e recursos humanos, e tem se tornado cada vez mais um sistema complexo, cheios de barreiras e desafios, exigindo uma equipe especializada que tenha como um dos objetivos de atuação enxergar oportunidades de melhorias e garantir a implantação de práticas

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seguras e baseadas em evidência, respeitando os princípios éticos e legais de cada profissão. Diante deste desafio, uma equipe de práticas assistenciais, seja com dedicação exclusiva ou não, surge como uma decisão estratégica da instituição que deseja alcançar tais resultados.

Ao se optar pela criação de setor de Práticas Assistenciais, é preciso eleger profissionais com experiência significativa na assistência e que possuam conhecimento, habilidade e atitude que facilite a implantação e manutenção das boas práticas. Deve-se atuar em uma função matricial na instituição, com autonomia em sua atuação, e aplicar a multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Os profissionais que atuam no setor de Práticas Assistenciais possuem atribuições específicas, tais como:

• Garantir que os profissionais atuem cumprindo os preceitos éticos e legais da profissão;

• Participar em parceria com a Educação Coorporativa dos treinamentos assistenciais;

• Elaborar e manter banco de dados de documentos referentes à Prática Assistencial na instituição;

• Desenvolver e implantar indicadores que permitam a avaliação e revisão contínua dos serviços e dos resultados alcançados, analisando criticamente os dados e propondo ações corretivas ou melhorias visando o cumprimento das metas estabelecidas;

• Promover reuniões e alinhamento com os especialistas para discutir os procedimentos e protocolos, e também reuniões de estudos de casos multidisciplinares;

• Identificar recursos adequados para a prática assistencial;

• Apoiar a equipe assistencial na aquisição ou produção de novos conhecimentos ou tecnologias;

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• Facilitar a comunicação entre os profissionais da equipe multidisciplinar; • Realizar consultas jurídicas para apoiar os processos assistenciais;

• Participar da avaliação dos eventos adversos ocorridos na instituição e nas ações de melhoria;

• Participar dos times de trabalho referente ao processo de certificação de qualidade da instituição;

• Implantar as melhores práticas assistenciais baseadas em evidência;

• Garantir a sustentabilidade do Modelo Assistencial;

• Garantir a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) com a implementação do Processo de Enfermagem para realização de cuidado de forma segura e eficaz;

• Participar e contribuir com a equipe da Tecnologia da Informação nas implantações dos processos informatizados;

• Promover consultoria técnica para áreas assistenciais;

Assim, o setor de Práticas Assistenciais apoiará a liderança executiva da instituição a alcançar bons resultados assistenciais, além da manutenção de boas práticas que possibilitem proporcionar ao paciente e familiares uma melhor experiência com qualidade e segurança.

Considerando-se a relevância da gestão dos processos assitênciais de enfermagem, Pimenta, 2015, afirma que a organização de Procedimentos Assistenciais deve ser incorporado nas instituições de saúde de forma mais sistêmica, possibilitando garantia da segurança dos pacientes e o desenvolvimento das melhores práticas em saúde, viabilizando um contexto de desenvolvimento processual assistencial que precisa ser mais utilizado no âmbito hospitalar.

Um dos pressupostos para o desenvolvimento de guias de Procedimentos Assistenciais é o trabalho em equipe e, para tanto, se faz necessário que profissionais de saúde incorporem e aprimorem a ideia da responsabilidade coletiva e compartilhada.

Ainda, no que dizem respeito à equipe, as instituições de saúde precisam rever

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suas estratégias de capacitação e desenvolvimento dos seus colaboradores, quepossam envolver os profissionais de forma mais significativa. O estabelecimentoda cultura e criação de procedimentos assistenciais traz consigo a necessidadede transpor o modelo biomédico de valorização do biológico em detrimento ao humano.

Essas práticas e atitudes podem contribuir para a identificação precoce do erro e a tomada de decisão, prevenindo a ocultação e a negação das equipes, bem como estabelecendo estratégias de prevenção e recorrências das falhas identificadas e documentadas (PIMENTA, 2015).

Vale ressaltar ainda, que a implantação de uma cultura de padronização de guias de práticas assistenciais seguras, perpassa várias instâncias de uma instituição, precisa do envolvimento e compromisso desde a administração central até os serviços de apoio (POTTER, 2013).

Esta temática traz uma reflexão referente a magnitude dessa problemática, e reforça a importância de se desenvolver atitudes proativas em prol da segurança assistencial e do paciente. As transformações começam a ter sentido e resultado a partir de mudanças na prática, que necessitam acontecer em constantemente.

8 Considerações finais

No Brasil, a Enfermagem vem assumindo o papel de precursora nas discussões sobre a segurança do paciente, destacando-se em estudos envolvendo os erros de medicação. Essas pesquisas, mesmo sendo do núcleo da enfermagem, abordam várias etapas desse sistema e é preciso mudar a atual concepção das falhas envolvidas no processo de cuidado e inserir esse fundamento nos temas de debate do cotidiano dos serviços e também na formação dos profissionais. A cultura da segurança e organização do trabalho, por meio de elaboração de Procedimentos Assistências, devem ser incorporadas e estimuladas nas organizações como um fundamento essencial para o cuidado seguro e o desenvolvimento de melhores práticas na atenção à saúde. Os pacientes e a sua família necessitam estar seguros quando buscam auxílio no serviço de saúde, e os profissionais podem ser facilitadores dessa segurança por meio da adoção de melhores práticas com a padronização e descrição dos processos assistenciais de enfermagem, no âmbito hospitalar como determinante da qualidade do trabalho.

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O modelo atual de descrição de Procedimentos Assistenciais dificulta o raciocínio clínico, pois é pautado em tarefas e não em análise de riscos para tomada de decisão.

Nesse contexto, este Guia para Descrição de Procedimentos Assistenciais de Enfermagem no Âmbito Hospitalar, norteará as lideranças de enfermagem e enfermeiros na tomada de decisão, por meio da construção das melhores práticas com foco na segurança do paciente, colaborador e ambiente, considerando as características e recursos disponíveis em sua instituição.

9 Referências consultadas

1. Matsuda LM. O enfermeiro no gerenciamento à qualidade em Serviço Hospitalar de Emergência: revisão integrativa da literatura. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2010 dez;32(4):797-806.

2. Crew Resource management- https://www.globalairtraining.com/crew-resource-management.php

3. Jericó  MC, Castilho V. Análise de alguns indicadores relacionados aos recursos humanos de uma organização hospitalar. Nursing (São Paulo). ... 12. Peres HHC, Leite MMJ, MiraVL. ... In: Kurcgant P, Acta Paulista de Enfermagem, 2008.

4. Almeida M l et al: Instrumentos gerenciais utilizados na tomada de decisão do enfermeiro no contexto hospitalar. Texto contexto Enfermagem, Florianopolis-2011:20(ESP): 131-7

5. Scartezini. Luis Mauricio Bessa. Análise e Melhoria de processos/Luis Mauricio Bessa Scartezini- Goiânia 2009. 54p

6. Milzman D, Janchar T . Melhorando a validade da análise de gás sanguíneo venoso periférico como uma estimativa de gás sanguíneo arterial corrigindo os valores venosos com SvO2, The Journal of Emergency Medicine, 2013 , 44, 3, 709 ... 14 .

7. IRWIN, R.S.; RIPPE, J. M. Manual de Terapia Intensiva. 4 ed. Traduzido de: Manual of Intensive Care Medicine Fourth Edition. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

8. White, G.C (2003) Basic clinical lab competencies for respiratory care: An integrated approach, 4th edn. London: Delmar Publishing.

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9. Weinstein, S. & Plumer, A.L. (2007) Plumer’s Principles & Practice of Intravenous Therapy. 8th Ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins.

10. Performing Arterial Blood Gas Sampling - Nottingham University . . .https://www.nuh.nhs.uk/handlers/downloads.ashx?id=72064 Performing  Arterial  Blood Gases by Direct  Arterial. Puncture. ..... these are present the site should not be used (Weinstein and Plumer,. 2007).

11. Danckers, M. & Fried, E.D (2013) Arterial Blood Gas Sampling. Available at: http://emedicine.medscape.com/article/1902703-overview

12. Knowles, T.P., Mullen, R.A., Hunter, J.A & Douce, F.H.( 2006) Effect of syringe material, sample storage time, and temperature on blood gases and oxygen saturation arterialized human blood samples. respiratory care

13. Stroud S, Rodriguez R. Arterial puncture and cannulation. Reichman EH, Simon RR, eds. Emergency Medicine Procedures. New York: McGraw-Hill; 2003. 398-410.

14. Milzman D, Janchar T. Arterial puncture and cannulation. Roberts JR, Hedges JR, eds. Clinical Procedures in Emergency Medicine. 4th ed. Philidelphia: WB Saunders; 2004. 384-400.

15. Barber JD, Wright DJ, Ellis RH. Radial artery puncture. A simple screening test of the ulnar anastomotic circulation. Anaesthesia. 1973 May. 28(3):291-2. [Medline].

16. Alex K, MD; Vincent L. R., Arterial Line Placement Technique. Updated: May 15, 2017. (Disponível em https://emedicine.medscape.com/article/1999586-technique)

17. Anne V. Irving, MA, FACHE, DFASHRM Policies and Procedures for Healthcare Organizations: A Risk Management Perspective October 13, 2014  PSQH

18. Política Ambiental do COFEN Disponível em :http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/politicaAmbiental.pdf

19. Pimenta, Cibele A. de M...(et al) Guia para Construção de Protocolos Assistenciais de Enfermagem; COREN-SP – São Paulo: COREN-SP, 2015

20. LA Lipsitz - SAGE KE da ciência, 2004 - sageke. sciencemag.org

21. Potter PA, Perry AG. Fundamentos de Enfermagem. Conceitos, processo e prática. Trad. Cruz ICF, Lisboa MTL, Machado WCA. 8 ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2013.

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22. Oliveira RG, Pedroso ERP. Black book Clinica Medica. Belo Horizonte: Black book Editora, 2014.

23. Bork AMT. Enfermagem Baseada em Evidencias. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan; 2005

24. BRASIL. Leis, decretos. etc. decreto nº 94406 de 8 de junho de 1987. Diário Oficial. Brasíilia 9 de junho de 1987 p. 8853-5. Regulamenta a Lei, nº 7498 de 25 de junho de 1986 que dispõe sobre o exercício da enfermagem dá outras providências.

25. BRASIL. Ministério da Saúde. NR-32 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde.Brasília,2005.Disponível:<http://wwwmte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_32.pdf>. Acesso em: 28 Jun 2016 Institute for healthcare improvement.

26. BRASIL. Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978 Aprova as normas regulamentadoras que consolidam as leis do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. NR - 9. Riscos Ambientais. In: SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. 29. Ed. São Paulo: Atlas, 1995. 489 p. (Manuais de legislação, 16).

27. Norma regulamentadora n° 32 ( NR32), aprovada pela Portaria TEM n° 485, de 11 de novembro de 2005Ministério do trabalho e emprego. Portaria n.° 939, de 18 de novembro de 2008( DOU de 19?11/08 – seção 1 – pág.238

28. Lei do exercício profissional n° 7.498/1986, no seu decreto regulamentador (decreto n° 94.406/1987) BRASIL. Leis, decretos. etc. decreto nº 94406 de 8 de junho de 1987. Diário Oficial. Brasília 9 de junho de 1987 p. 8853-5. regulamenta a Lei, nº 7498 de 25 de junho de 1986 que dispõe sobre o exercício da enfermagem dá outras providências.

29. Código de ética dos Profissionais de Enfermagem, resolução COFEN 370/2011 BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen 370, 03 de novembro de 2010. Altera o código de processo ético das autarquias profissionais da enfermagem para aperfeiçoar as regras e procedimentos sobre o processo ético-profissional 03/nov/2010. Disponível em: http://novo.portalcofen.gov.br/resoluo-cofen-n-370210 _6016.html

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30. Lei n° 7498, de 25 de junho de 1986 BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Lei n° 7.498 de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. Disponível em: http://www.site. Portalcofen.gov.br/leis.

31. Resolução COFEN n° 358/2009 BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução Nº 358 do Conselho Federal de Enfermagem, de 15 de outubro de 2009. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/ resoluo-cofen-3582009_4384. html

32. Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego NR 32 BRASIL. Ministério da Saúde. NR-32 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. Brasília, 2005. (Disponível em: http://www mte.gov.br/legislação/normas regulamentadoras/nr_32.pdf)

33. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: ANVISA, 2017.

34. Política Ambiental do COFEN 04/2013 BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem (BR). Politica ambiental do Conselho Federal de Enfermagem, de abril de 2013. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/politicaAmbiental.pdf

35. ISO 14.001-BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). ISO 14.001:2004, de 02 de março de 2012. Sistema de gestão ambiental: requisitos com orientações para uso. Disponível em http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1547

36. Resolução RDC Nº 306, de 7 de Dezembro de 2004BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, dez. 2004.

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37. Lei 12305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos-BRASIL. Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF de 02 agosto de 2010. Disponível em http://blog.planalto.gov.br/politica-nacional-de-residuos-solidosune-protecao-ambiental-e-inclusao-social/

38. COFEN N° 303/2005-BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN n° 303/2005. Aprova o código de ética dos profissionais de enfermagem. Disponível em: http:www.portalcofen.gov.br/2010

39. COFEN N° 390/2011-BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. RESOLUÇÃO COFEN Nº 390, DE 18 DE OUTUBRO DE 2011. Diário Oficial da União – seção 1, Disponível em http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-3902011_8037.htm.

Quadro 5 - Principais bases de dados bibliográficas de interesse para a área de saúde

Nome da base Instituição responsável/abrangência Indexa

COREN-SP Parecer COREN-SP 004/2013 Artigos, livros, conferências, publicações COREN-SP

Lisa Dougherty and Sara Lister

The Royal Marsden Manual of Clinical Nursing procedures, Ninth edition. Edited by Lisa Dougherty and Sara Lister

Livro

Pub Med Brzezinski, Luisetti, T. & London, M.J. ( 2009) Radial artery cannulation: a comprehensive review of recent anatomic and physiologic investigations . Anesthesia and analgesia, 109(6) 1763-1781

Artigos de periódicos

Pub MedChowet, A.L., Lopez, J.R.., Brock-Utne, J.G. & Jaffe, R.A. (2004) Wrist hyperextension leads to median nerve conduction block: implication for intraarterial catheter placement. Anesthesiology, 100 (2), 287-291

Artigos de periódicos

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MedScape Danckers, M. & Fried, E.D.(2013) Arterial blood gas sampling. Available at: http://emedicine.medscape.com/article/1902703-overview

Artigos de periódicos

Milzman, D & Janchar Milzman, D & Janchar, T.(2013) Arterial puncture and cannulation. In: Roberts, J.R.& Hedges, J.R.(ends) Clinical procedures in emergency medicine, 6th edn, Philadelphia: Elsevier Saunders.

Livro

Pub Med Inclui, além da base Medline, outros registros incluídos no Index Medicus (“Old Medline”).

 Artigos de periódicos

Revista Brasileira Terapia Intensiva

Mitchell JD, Welsby IJ. Técnicas de acesso arterial.Cirurgia  2004. 22 (1): 3-4

Artigos de periódicos

RM, Lucas 2014 Roberts J, Hedges J. Punção Arterial e Canulação. 4. Procedimentos Clínicos em Medicina de Emergência Filadélfia: WB Saunders; 2004. 384-399.

Tese dissertação

Biblioteca digital de teses e dissertações da USP

http://www.teses.usp.br Multidisciplinar

CINAHL – cumulative index to nursing and allied health literature

http://web.ebscohost.com/ehost/search/

Literatura internacional-principal foco enfermagem

Medline- Medical Literature Analysis and Retrieval System Online/PubMed

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed

Literatura internacional da área medica e biomédica

Lilacs-Literatura latino americana e do Caribe em ciências da saúde

http://lilacs.bvsalud.org/ Ciências da saúde das Américas latina e Caribe

Scielo - Scientific Eletronic Library

http://www.scielo.org/php/index.php

Periódicos científicos – Multidisciplinares

Embase-Excerpta medical http://www.elsevier.com/online-tolls/embase

Literatura biomédica e farmacológica

Web of Science http://apps.webofknowledge.com

Multidisciplinar

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Coren-SP Endereços

www.coren-sp.gov.br/contatos-sede-subsecoes

São Paulo – SedeAlameda Ribeirão Preto, 82 – Bela Vista – CEP 01331-000 Telefone: (11) 3225.6300 – Fax: (11) 3225.6380

• Alto Tietê – NAPE (Núcleo de Atendimento ao Profissional de Enfermagem): atendimento ao profissional, exceto fiscalização, responsabilidade técnica e registro de empresa. Rua Cabo Diogo Oliver, 248 – térreo – Prédio do NETES – Núcleo de Ensino Técnico em Saúde – Centro – Mogi das Cruzes – CEP 08710-500 Telefone: (11) 4790.9028

• Araçatuba – Rua José Bonifácio, 245 – Centro – CEP 16010-380 Telefones: (18) 3624.8783/3622.1636 – Fax: (18) 3441.1011

• Botucatu – Praça Dona Isabel Arruda, 157 – Sala 81 – Centro – CEP 18602-111 Telefones: (14) 3814.1049/3813.6755

• Campinas – Rua Saldanha Marinho, 1046 – Botafogo – CEP 13013-081 Telefones: (19) 3237.0208/3234.1861 – Fax: (19) 3236.1609

• Guarulhos – Rua Morvam Figueiredo, 65 – Conjuntos 62 e 64 – Edifício Saint Peter, Centro – CEP 07090-010 Telefones: (11) 2408.7683/2087.1622

• Itapetininga – Rua Cesário Mota, 418 – Centro – CEP 18200-080 Telefones: (15) 3271.9966/3275.3397

• Marília – Av. Rio Branco, 262 – Centro – CEP 17500-090 Telefones: (14) 3433.5902/3413.1073 – Fax: (14) 3433.1242

• Osasco – Rua Cipriano Tavares, 130 – sala 1 – térreo – Centro – CEP 06010-100 Telefones: (11) 3681.6814/3681.2933

• Presidente Prudente – Av. Washington Luiz, 300 – Centro – CEP 19010-090 Telefones: (18) 3221.6927/3222.7756 – Fax: (18) 3222.3108

• Registro - NAPE (Núcleo de Atendimento ao Profissional de Enfermagem): apenas registro e atualização de dados de profissionais. Av. Prefeito Jonas Banks Leite, 456 – salas 202 e 203 – Centro – CEP 11900-000 Telefone: (13) 3821.2490

• Ribeirão Preto – Av. Presidente Vargas, 2001 – Conjunto 194 – Jardim América CEP 14020-260 Telefones: (16) 3911.2818/3911.2808

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• Santo Amaro - NAPE (Núcleo de Atendimento ao Profissional de Enfermagem): apenas registro e atualização de dados de profissionais. Rua Amador Bueno, 328 – sala 1 – térreo – Santo Amaro – São Paulo - SP CEP 04752-005 Telefone: (11) 5523.2631

• Santo André – Rua Dona Elisa Fláquer, 70 – conjuntos 31, 36 e 38 – 3º andar Centro – CEP 09020-160 Telefones: (11) 4437.4324 (atendimento)/4437.4325 (fiscalização)

• Santos – Av. Dr. Epitácio Pessoa, 214 – Embaré – CEP 11045-300 Telefones/Fax: (13) 3289.3700/3289.4351 ou 3288.1946

• São José do Rio Preto – Av. Dr. Alberto Andaló, 3764 – Vila Redentora CEP 15015-000 Telefones: (17) 3222.3171/3222.5232 – Fax: (17) 3212.9447

• São José dos Campos – Av. Dr. Nelson D’avila, 389 – Sala 141A – Centro CEP 12245-030 Telefones: (12) 3922.8419/3921.8871 – Fax: (12) 3923.8417

• São Paulo - Coren-SP Educação (apenas atividades de aperfeiçoamento) Rua Dona Veridiana, 298 – Vila Buarque (Metrô Santa Cecília) CEP 01238-010 Telefone: (11) 3223.7261 – Fax: (11) 3223.7261 – ramal: 203

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Guia para Descrição de Procedimentos Assistenciais de Enfermagem no Âmbito Hospitalar

No Brasil, a enfermagem vem assumindo o papel de precursora nas discussões sobre a segurança do paciente, destacando-se em estudos envolvendo os erros de medicação. Essas pesquisas, mesmo sendo do núcleo da enfermagem, abordam várias etapas desse sistema e é preciso mudar a atual concepção das falhas envolvidas no processo de cuidado e inserir esse fundamento nos temas de debate do cotidiano dos serviços e também na formação dos profissionais.

A cultura da segurança e organização do trabalho, por meio de elaboração de Procedimentos Assistências, deve ser incorporada e estimulada nas organizações como um fundamento essencial para o cuidado seguro e o desenvolvimento de melhores práticas na atenção à saúde.

Os pacientes e a sua família necessitam estar seguros quando buscam auxílio no serviço de saúde e os profissionais podem ser facilitadores dessa segurança por meio da adoção de melhores práticas com a padronização e descrição dos processos assistenciais de enfermagem no âmbito hospitalar como determinante da qualidade do trabalho. O modelo atual de descrição de Procedimentos Assistenciais dificulta o raciocínio clínico, pois é pautado em tarefas e não em análise de riscos para tomada de decisão.

Nesse contexto, este Guia para Descrição de Procedimentos Assistenciais de Enfermagem no Âmbito Hospitalar norteará as lideranças de enfermagem e enfermeiros na tomada de decisão por meio da construção das melhores práticas com foco na segurança do paciente, colaborador e ambiente, considerando as características e recursos disponíveis em sua instituição.

Conselho Regional de Enfermagem de São Paulowww.coren-sp.gov.br