descartes e david hume - questões exames nacionais e critérios de correção
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ESCOLA SECUNDÁRIA D. JOÃO II
DESCARTES e DAVID HUME
Questões retiradas de Testes Intermédios e Exames Nacionais de Filosofia Critérios de Correção
JORNAL DE FILOSOFIA
Testes Intermédios e Exames Nacionais
Questões sobre Descartes e David Hume seleccionadas/ retiradas dos enunciados das provas de Exame Nacional do Ensino Secundário 2012 e 2013- Gave
Testes Intermédios e Exames Nacionais DESCARTES E DAVID HUME
Escola Secundária D. João II |Jornal de Filosofia
Página | 1
TESTE INTERMÉDIO – 20-04-2012 ....................................................................................................... 2
EXAME NACIONAL DE FILOSOFIA 2012 ............................................................................................... 2
1ª FASE ............................................................................................................................................. 2
2ª FASE ............................................................................................................................................. 3
TESTE INTERMÉDIO – 17-04-2012 ....................................................................................................... 3
EXAME NACIONAL DE FILOSOFIA 2013 ............................................................................................... 4
1ª Fase ............................................................................................................................................. 4
2ª Fase ............................................................................................................................................. 4
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO .................................................................................................................... 5
TESTE INTERMÉDIO – 20-04-2012 ....................................................................................................... 6
EXAME NACIONAL DE FILOSOFIA 2012 ............................................................................................... 9
1ª FASE ............................................................................................................................................. 9
2ª FASE ........................................................................................................................................... 11
EXAME NACIONAL DE FILOSOFIA 2013 ............................................................................................. 13
1ª FASE ........................................................................................................................................... 13
2ª FASE ........................................................................................................................................... 14
Testes Intermédios e Exames Nacionais DESCARTES E DAVID HUME
Escola Secundária D. João II |Jornal de Filosofia
Página | 2
TESTE INTERMÉDIO – 20-04-2012
Quando lanço um pedaço de madeira seca numa lareira, o meu espírito é imediatamente levado a
conceber que ele vai aumentar as chamas, não que as vai extinguir. Esta transição de pensamento da
causa para o efeito não procede da razão […]. E como parte inicialmente de um objeto presente aos
sentidos, ela torna a ideia ou conceção da chama mais forte e viva do que o faria qualquer devaneio
solto e flutuante da imaginação.
David Hume, Investigação sobre o Entendimento Humano
1. Explicite, a partir do exemplo do texto, em que se baseia a ideia da relação de causa e efeito,
segundo Hume.
2. Compare as posições de Hume e de Descartes relativamente à origem do conhecimento humano.
Na sua resposta deve integrar, pela ordem que entender, os seguintes conceitos:
razão;
sentidos;
ideias.
EXAME NACIONAL DE FILOSOFIA 2012
1ª FASE
1. Leia o seguinte texto:
[…] Quando analisamos os nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos ou sublimes que possam
ser, sempre constatamos que eles se decompõem em ideias simples copiadas de alguma sensação ou
sentimento precedente. Mesmo quanto àquelas ideias que, à primeira vista, parecem mais distantes
dessa origem, constata-se, após um exame mais apurado, que dela são derivadas.
A ideia de Deus, no sentido de um Ser infinitamente inteligente, sábio e bondoso, deriva da reflexão
sobre as operações da nossa própria mente e de aumentar sem limites aquelas qualidades de bondade e
de sabedoria.
David Hume, «Investigação sobre o Entendimento Humano
1.1. Nomeie os tipos de perceção da mente, segundo Hume.
1.2. Explicite, a partir do texto, a origem da ideia de Deus na filosofia de Hume.
2. Confronte as ideias expressas no texto de Hume com o racionalismo de Descartes.
Na sua resposta, deve abordar, pela ordem que entender, os seguintes aspetos:
inatismo;
valor da ideia de Deus.
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2ª FASE
1. Leia o texto seguinte.
Assim, rejeitando todas aquelas coisas de que podemos duvidar de algum modo, e até mesmo
imaginando que são falsas, facilmente supomos que não existe nenhum Deus, nenhum céu, nenhuns
corpos; e que nós mesmos não temos mãos, nem pés, nem de resto corpo algum; mas não assim que
nada somos, nós que tais coisas pensamos: pois repugna que se admita que aquele que pensa, no
próprio momento em que pensa, não exista.
René Descartes, Princípios da Filosofia, Lisboa, Editorial Presença,1995
1.1. Indique o primeiro princípio indubitável aceite por Descartes.
1.2. Explicite, a partir do texto, duas das características da dúvida cartesiana.
2. Confronte o inatismo cartesiano com a filosofia empirista de Hume.
Na sua resposta, deve abordar, pela ordem que entender, os seguintes aspetos:
origem das ideias;
limites do conhecimento.
TESTE INTERMÉDIO – 17-04-2012
1. Leia o texto seguinte.
Assim, rejeitando todas aquelas coisas de que podemos duvidar de algum modo, e até mesmo
imaginando que são falsas, facilmente supomos que não existe nenhum Deus, nenhum céu, nenhuns
corpos; e que nós mesmos não temos mãos, nem pés, nem de resto corpo algum; mas não assim que
nada somos, nós que tais coisas pensamos: pois repugna que se admita que aquele que pensa, no
próprio momento em que pensa, não exista.
René Descartes, Princípios da Filosofia, Lisboa, Editorial Presença,1995
1.1. Indique o primeiro princípio indubitável aceite por Descartes.
1.2. Explicite, a partir do texto, duas das características da dúvida cartesiana.
2. Confronte o inatismo cartesiano com a filosofia empirista de Hume.
Na sua resposta, deve abordar, pela ordem que entender, os seguintes aspetos:
origem das ideias;
limites do conhecimento.
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EXAME NACIONAL DE FILOSOFIA 2013
1ª Fase
1. Leia o texto seguinte.
Todas as ideias são copiadas de impressões ou de sentimentos precedentes e, onde não pudermos
encontrar impressão alguma, podemos ter a certeza de que não há qualquer ideia. Em todos os
exemplos singulares das operações de corpos ou mentes, não há nada que produza qualquer impressão
e, consequentemente, nada que possa sugerir qualquer ideia de poder ou conexão necessária. Mas
quando aparecem muitos casos uniformes, e o mesmo objeto é sempre seguido pelo mesmo evento,
começamos a ter a noção de causa e de conexão.
David Hume, Tratados Filosóficos I, Investigação sobre o Entendimento Humano
1.1. A partir do texto, exponha a tese empirista de Hume sobre a origem da ideia de conexão causal.
1.2. Na sua resposta, integre, de forma pertinente, informação do texto.
2ª Fase
1. Leia o texto seguinte:
Dado que nascemos crianças e que formulámos vários juízos acerca das coisas sensíveis antes que
tivéssemos o completo uso da nossa razão, somos desviados do conhecimento da verdade por muitos
preconceitos, dos quais parece não podermos libertar-nos a não ser que, uma vez na vida, nos
esforcemos por duvidar de todos aqueles em que encontremos a mínima suspeita de incerteza.
Será mesmo útil considerar também como falsas aquelas coisas de que duvidamos, para que assim
encontremos mais claramente o que é certíssimo e facílimo de conhecer.
Descartes, Princípios da Filosofia
1.1. A partir do texto, esclareça o papel da dúvida cartesiana no «conhecimento da verdade»
1.2. Na sua resposta, integre, de forma pertinente, informação do texto
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CRITÉRIOS DE CORREÇÃO
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Página | 6
TESTE INTERMÉDIO – 20-04-2012
1.
Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
Níveis
1 2 3
Níveis
4
Explicita em que se baseia a ideia de relação causa e efeito, segundo Hume. Integra o exemplo do texto de forma pertinente. Apresenta os conteúdos de forma clara, articulada e coerente. Utiliza adequadamente a terminologia filosófica.
18
19
20
3
Explicita em que se baseia a ideia de relação causa e efeito, segundo Hume. Integra o exemplo do texto. Apresenta os conteúdos de forma menos clara, articulada e/ou coerente. Utiliza a terminologia filosófica com imprecisões pontuais
13
14
15
2
Explicita em que se baseia a ideia de relação causa e efeito, segundo Hume, de forma incompleta. Menciona conteúdos corretos, embora avulsos. Utiliza a terminologia filosófica com imprecisões.
8
9
10
1 Faz afirmações corretas, mas avulsas, acerca da ideia de relação causa e efeito, segundo Hume.
3 4 5
Cenário de resposta
A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados:
afirmação de que a relação de causalidade em Hume se baseia unicamente na expectativa e no
hábito ou costume, como inferência a partir da experiência;
caracterização da relação de causa e efeito segundo Hume como ligação entre fenómenos que se
sucedem temporalmente, de forma regular e constante, e não como conexão necessária;
aplicação da ideia de relação causa e efeito ao exemplo, explicando que a relação entre a madeira
seca (considerada causa) e o atear das chamas na lareira (considerado efeito) não pode ser
logicamente deduzida (não é necessária), mas procede unicamente da experiência anterior
repetida, que gera a expectativa.
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Página | 7
2.
Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
Níveis
1 2 3
Níveis
5
Compara a posição dos dois autores relativamente à origem do conhecimento humano. Integra, na teoria de cada um dos autores, os conceitos de razão, sentidos e ideias. Apresenta os conteúdos de forma clara, articulada e coerente. Utiliza adequadamente a terminologia filosófica
38 39 40
4 Nível Intercalar 30 31 32
3
Compara a posição dos dois autores relativamente à origem do conhecimento humano de forma incompleta. Refere os conceitos de razão, sentidos e ideias. Apresenta os conteúdos de forma menos clara, articulada e/ou coerente. Utiliza a terminologia filosófica com imprecisões.
22
23
24
2 Nível Intercalar 14 15 16
1 Faz afirmações corretas, mas avulsas, relativamente às teorias de Hume e de Descartes.
6 7 8
Cenário de resposta
A resposta integra os seguintes aspetos ou outros considerados relevantes para a comparação entre os
dois autores.
Identificação da teoria racionalista em Descartes e da teoria empirista em Hume como
respostas ao problema filosófico da origem do conhecimento.
Formulação da tese racionalista da afirmação da razão como origem e critério de todo o
conhecimento verdadeiro e da tese empirista da afirmação dos sentidos como origem e critério
do conhecimento acerca da realidade.
Explicação da teoria racionalista de Descartes, segundo a qual existem ideias inatas, com
origem na razão, constituindo os princípios de todo o conhecimento; explicação da teoria
empirista de Hume, que rejeita o inatismo e considera que não é possível extrair da razão um
conhecimento fundado, defendendo que o conhecimento da realidade só é possível a partir de
uma base empírica – as impressões sensíveis.
Caracterização da evidência racional das ideias, na teoria racionalista de Descartes, como
garantia da certeza do conhecimento; caracterização, na teoria empirista de Hume, da
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experiência – impressões sensíveis – como garantia da adequação entre as ideias e a realidade,
de modo que qualquer ideia – simples ou complexa – tem de poder ser reconduzida a uma
impressão sensível, à experiência.
Caracterização do papel da razão e dos sentidos no conhecimento da realidade, de acordo com
a filosofia cartesiana: as operações da razão – intuição e dedução – são a base do método
racional através do qual se pode alcançar e progredir no conhecimento da realidade; as ideias
com origem nos dados dos sentidos (ideias adventícias) são incertas e confusas, não podendo a
experiência servir de ponto de partida para o conhecimento.
Caracterização do papel da razão e dos sentidos no conhecimento da realidade, de acordo com
a filosofia de Hume, segundo a qual a razão sem os sentidos não pode ajuizar ou fazer
inferências sobre a realidade.
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Página | 9
EXAME NACIONAL DE FILOSOFIA 2012
1ª FASE
1.
Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
Níveis
1 2 3
Níveis
5
Explicita a origem da ideia de Deus na filosofia de Hume, de forma completa. Integra a informação do texto de forma pertinente. Apresenta os conteúdos de forma clara, articulada e coerente. Utiliza adequadamente a terminologia filosófica.
18 19 20
4 NÍVEL INTERCALAR 14 15 16
3
Explicita a origem da ideia de Deus na filosofia de Hume, de forma incompleta. Refere informação do texto. Apresenta os conteúdos de forma menos clara, articulada e/ou coerente. Utiliza a terminologia filosófica com imprecisões.
10
11
12
2 NÍVEL INTERCALAR 6 7 8
1 Faz algumas afirmações corretas, mas avulsas, acerca da origem da ideia de Deus na filosofia de Hume.
2 3 4
Cenário de resposta
A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados:
relação entre as impressões e as ideias e entre as ideias simples e as ideias complexas;
identificação da ideia de Deus como ideia complexa que tem por base ideias simples que a
mente e a vontade compõem e potenciam.
2.
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Página | 10
Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
Níveis
1 2 3
Níveis
5
Confronta as ideias expressas no texto de Hume com o racionalismo de Descartes, de forma completa. Apresenta os conteúdos de forma clara, articulada e coerente. Utiliza adequadamente a terminologia filosófica.
28 29 30
4 NÍVEL INTERCALAR 22 23 24
3
Confronta as ideias expressas no texto de Hume com o racionalismo de Descartes, de forma incompleta. Apresenta os conteúdos de forma menos clara, articulada e/ou coerente. Utiliza a terminologia filosófica com imprecisões.
16
17
18
2 NÍVEL INTERCALAR 10 11 12
1 Faz afirmações corretas, mas avulsas, acerca da filosofia de Hume e da filosofia de Descartes.
4 5 6
Cenário de resposta
A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados:
distinção entre o empirismo de Hume, segundo o qual o conhecimento tem origem nas impressões,
e o racionalismo inatista de Descartes, que reconhece um papel fulcral às ideias inatas consideradas
como princípio do conhecimento;
referência à relação entre ideias simples e ideias complexas na filosofia empirista de Hume;
caracterização das ideias inatas no racionalismo de Descartes como ideias provenientes da razão,
claras e distintas, garantindo a certeza e a universalidade do conhecimento, e das ideias
provenientes dos sentidos como ideias falíveis, incertas e confusas, que não conduzem ao
conhecimento;
comparação entre o valor da ideia de Deus na filosofia de Hume e o valor da ideia de Deus na
filosofia de Descartes;
caracterização da ideia de Deus na filosofia de Hume como ideia a que nenhum objeto da
experiência sensível corresponde;
caracterização da ideia de Deus, ideia inata do ser perfeito e infinito, como garantia do valor do
conhecimento, fundamento da verdade, na filosofia de Descartes.
Nota – A apresentação de afirmações relativas apenas a um dos autores é classificada com zero pontos.
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2ª FASE
1.1. O primeiro princípio indubitável aceite por Descartes é o cogito [ergo, sum].
1.2.
Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
Níveis
1 2 3
Níveis
5
Explicita duas das características da dúvida cartesiana, de forma completa. Integra a informação do texto de forma pertinente. Apresenta os conteúdos de forma clara, articulada e coerente. Utiliza adequadamente a terminologia filosófica.
18 19 20
4 NÍVEL INTERCALAR 14 15 16
3
Explicita uma das características da dúvida cartesiana, de forma completa. Refere a informação do texto. Apresenta os conteúdos de forma clara, articulada e/ou coerente. Utiliza adequadamente a terminologia filosófica.
10
11
12
2 NÍVEL INTERCALAR 6 7 8
1 Faz algumas afirmações corretas, mas avulsas, sobre as razões que sustentam a dúvida cartesiana.
2 3 4
Cenário de resposta
A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados.
Explicitação de duas das seguintes características, integrando a informação do texto:
– voluntária (duvidar é uma decisão intelectual, é um ato de vontade livre);
– provisória (duvidar tem por finalidade alcançar uma verdade que resista à dúvida – cogito);
– hiperbólica ou excessiva (duvidar consiste em rejeitar como falso tudo o que possa suscitar a mínima
dúvida, chegando-se a atingir, neste processo, a crença natural na existência da realidade exterior).
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Página | 12
2.
Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
Níveis
1 2 3
Níveis
5
Confronta o inatismo cartesiano com a filosofia empirista de Hume, de forma completa. Apresenta os conteúdos de forma clara, articulada e coerente. Utiliza adequadamente a terminologia filosófica.
28 29 30
4 NÍVEL INTERCALAR 22 23 24
3
Confronta o inatismo cartesiano com a filosofia empirista de Hume, de forma incompleta. Apresenta os conteúdos de forma menos clara, articulada e/ou coerente. Utiliza a terminologia filosófica com imprecisões.
16
17
18
2 NÍVEL INTERCALAR 10 11 12
1 Faz afirmações corretas, mas avulsas, sobre o inatismo cartesiano e sobre a filosofia empirista de Hume.
4 5 6
Cenário de resposta
A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados:
distinção entre o inatismo cartesiano, segundo o qual existem na razão ideias que não têm
origem nos sentidos, e o empirismo de Hume, segundo o qual todas as ideias têm origem nas
impressões;
caracterização das ideias inatas, no âmbito do racionalismo de Descartes, como ideias que um
conhecimento claro e distinto;
distinção entre impressões e ideias (simples e complexas), no âmbito do empirismo de Hume;
oposição entre a crença cartesiana na certeza inabalável e no conhecimento universal
(fundamentado na existência de Deus) e as impressões como limite ao conhecimento na
filosofia de Hume.
Nota – A apresentação de afirmações relativas apenas a um dos autores é classificada com zero pontos.
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EXAME NACIONAL DE FILOSOFIA 2013
1ª FASE
Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
Níveis
1 2 3
Níveis
5
Expõe, com clareza e rigor, a tese solicitada, evidenciando compreensão da ideia de conexão causal. Integra informação do texto de forma pertinente. Redige num estilo apropriado, empregando adequadamente o vocabulário filosófico. Apresenta a resposta como um todo coerente e integrado.
23 24 25
4 NÍVEL INTERCALAR 18 19 20
3
Expõe, com imprecisões, a tese solicitada, evidenciando compreensão da ideia de conexão causal. Integra informação do texto. Redige num estilo menos apropriado, empregando adequadamente algum vocabulário filosófico. Apresenta a resposta com deficiências de estrutura e de organização.
13
14
15
2 NÍVEL INTERCALAR 8 9 10
1
Refere aspetos da perspetiva empirista de David Hume. Não esclarece a ideia de conexão causal nem a sua origem. Não integra informação do texto ou, caso o faça, integra essa informação de forma irrelevante ou inadequada. Não emprega vocabulário filosófico ou emprega-o de forma muito limitada ou inadequada. Apresenta a resposta com grandes deficiências de estrutura e de organização.
3 4 5
Cenário de resposta
A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados.
Apresentação da perspetiva empirista de David Hume: o conhecimento do mundo está limitado
àquilo de que temos experiência.
Esclarecimento da ideia de conexão causal: perante dois acontecimentos sucessivos, o primeiro
dá origem ao segundo, ou o segundo ocorre porque o primeiro existiu anteriormente.
Apresentação das razões pelas quais a ideia de conexão causal não pode ser adequadamente
justificada pela experiência: a experiência apenas pode revelar a sucessão e a conjunção
constante de acontecimentos, mas não nos dá a ideia de conexão necessária entre
acontecimentos.
Explicitação do fundamento da ideia de conexão causal: é o peso do hábito que nos leva a crer
que dois acontecimentos que se sucedem ou que acontecem conjuntamente têm uma relação
causal entre si.
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2ª FASE
1.
Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
Níveis
1 2 3
Níveis 5
Esclarece, com rigor, o papel da dúvida cartesiana no «conhecimento da verdade», explicitando o seu carácter metódico. Explicita as razões para duvidar, segundo Descartes. Relaciona, de forma clara e precisa, a dúvida com a descoberta da primeira verdade. Integra, de forma pertinente, informação do texto. Redige num estilo apropriado, empregando adequadamente o vocabulário filosófico. Apresenta a resposta como um todo coerente e integrado.
23 24 25
4 NÍVEL INTERCALAR 18 19 20
3
Esclarece, com algumas imprecisões, o papel da dúvida cartesiana no «conhecimento da verdade», referindo o seu carácter metódico. Enuncia algumas das razões para duvidar, segundo Descartes. Relaciona, com algumas imprecisões, a dúvida com a descoberta da primeira verdade. Integra informação do texto. Redige num estilo menos apropriado, empregando adequadamente algum vocabulário filosófico. Apresenta a resposta com deficiências de estrutura e de organização
13
14
15
2 NÍVEL INTERCALAR 8 9 10
1
Apresenta, com imprecisões, aspetos da dúvida cartesiana. Relaciona de forma incompleta e imprecisa, ou não relaciona, a dúvida com a primeira verdade. Não integra informação do texto ou, caso o faça, integra essa informação de forma irrelevante ou inadequada. Não emprega vocabulário filosófico ou emprega-o de forma muito limitada ou inadequada. Apresenta a resposta com grandes deficiências de estrutura e de organização.
3 4 5
Cenário de resposta
A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados.
Explicação do carácter metódico da dúvida cartesiana.
Apresentação do critério cartesiano de verdade: a evidência como clareza e distinção das
ideias.
Explicação do carácter radical ou hiperbólico da dúvida cartesiana.
Explicitação das razões para duvidar: os erros dos sentidos; a dificuldade em distinguir
claramente o sonho da vigília; a hipótese do génio maligno.
Identificação do cogito como primeiro princípio indubitável e fundamento do saber.