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PRIMEIRO ARGUMENTO juzos de gosto so expresses de sentimentosE demasiado bvia para deixar de ser notada por todos a extrema variedade de gostos que h no mundo, assim como de opinies.Temos tendncia para chamar brbara tudo o que se afasta muito de nosso gosto e de nossas concepes, mas depressa vemos que esse epteto ou censura tambm pode ser-nos aplicado.Se por um lado esta variedade de gostos evidente para o observador mais descuidado, por outro lado uma atenta investigao mostrar que ela ainda maior na realidade do que na aparncia.Mas, quando os crticos discutem os casos particulares, esta aparente unanimidade se desvanece, e descobre-se que atribuam sentidos muito diferentes a sua expresses. natural que procuremos encontrar um padro de gosto, uma regra capaz de conciliar as diversas opinies dos homens, pelo menos uma deciso reconhecida, aprovando uma opinio e condenando outra.SEGUNDO ARGUMENTO o sentimento sempre real e est sempre certo o sentimento no objetivo conformidade dos objetos com as faculdades do esprito H uma espcie de filosofia que impede toda esperana de sucesso nessa tentativa, concluindo pela impossibilidade de se vir jamais a atingir qualquer padro do gosto. Diz ela que h uma diferena muito grande entre o julgamento e o sentimento. O sentimento est sempre certo - porque o sentimento no tem outro referente se no ele mesmo, e sempre real, quando algum tem conscincia dele. Mas nem todas as determinaes do entendimento so certas, porque tm como referente alguma coisa alm delas mesmas, a saber, os fatos reais, e nem sempre so conformes a esse padro. Entre mil e uma opinies que pessoas diferentes podem ter a respeito do mesmo assunto, h uma e apenas uma que justa e verdadeira - e a nica dificuldade encontr-la e confirm-la. Pelo contrrio, os mil e um sentimentos diferentes despertados pelo mesmo objeto so todos certos, porque nenhum sentimento representa o que realmente est no objeto. Ele se limita a assinalar uma certa conformidade ou relao entre o objeto e os rgos ou faculdades do esprito, e, se essa conformidade realmente no existisse, o sentimento jamais poderia ter ocorrido. A beleza no uma qualidade das prprias coisas, existe apenas no esprito que as contempla, e cada esprito percebe uma beleza diferente (...)Procurar estabelecer uma beleza real. ou uma deformidade real, uma investigao to infrutfera como procurar determinar uma doura real ou um amargor real. Conforme a disposio dos rgos do corpo, o mesmo objeto tanto pode ser doce como amargo, e o proverbio popular afirma com muita razo que gostos no se discutem. E muito natural, e mesmo absolutamente necessrio, aplicar este axioma ao gosto mental, alm do gosto corpreo, e assim o senso comum, que to frequentemente diverge da filosofia, sobretudo da filosofia ctica, ao menos num caso est de acordo em proferir idntica deciso.TERCEIRO ARGUMENTO- h um padro de gosto que tem a sano do senso comum e o desvio deste padro se apresenta como absurdoMas, apesar do fato de este axioma se ter transformado em provrbio, parecendo assim ter recebido a sano do senso comum, inegvel haver um tipo de senso comum que se lhe ope, ou pelo menos tem a funo de modific-lo e restringi-lo. Quem quer que afirmasse a igualdade de gnio e elegncia de Ogilby e Milton, ou de Bunyan e Addison, no seria considerado defensor de menor extravagncia do que se afirmasse que o montculo feito por uma toupeira mais alto do que o rochedo de Tenerife, ou que um charco mais vasto do que o oceano. Embora se possam encontrar pessoas que do preferncia aos primeiros autores, ningum d importncia a esse gosto, e no temos qualquer escrpulo em afinar que a opinio desses pretensos crticos absurda e ridcula. Nesse momento esquece-se inteiramente o principio da natural igualdade dos gostos que, embora seja admitido em alguns casos, quando os objetos parecem estar quase em igualdade, assume o aspecto de um extravagante paradoxo, ou antes, de um evidente absurdo, quando se comparam objetos to desproporcionados.O paradoxo do gosto um dos termos est sempre excluido aceitando (1) (2) relativismoaceitando (2) (3) objetivismoPrpria posio de Hume manter a (1) e (3) e rejeitar ou, ao menos, qualificar (2). Hume escapa dos paradoxos ao no especificar uma caracterstica dos objetos e das apresentaes que causa devidamente prazer artstico em todos os observadores adequadamente atentos. (Hutcherson Uniformidade na variabilidade)O OBJETIVO natural para ns para buscar um padro do gosto; uma regra, pela qual os vrios sentimentos dos homens possam ser reconciliados; pelo menos, uma deciso, concedida, confirmando um sentimento e condenando outro. Ou seja, nem todos os sentimentos que so expressos na construo de um juzo de gosto esto certos.; s o so os sentimentos (e os juzos que os expressam) que estejam de acordo com o padro de gosto. evidente que nenhuma das regras da composio estabelecida por raciocnio a priori ou pode ser confundida com uma concluso abstrata do entendimento, atravs da comparao daquelas tendncias e relaes de ideias que so eternas e imutveis. (crtica a metafsica platnica) Seu fundamento o mesmo que o de todas as cincias prticas, isto , a experincia. E elas no passam de observaes gerais, relativas ao que universalmente se verificou agradar em todos os pases e em todas as pocas.No entanto, embora a poesia jamais possa submeter-se exata verdade, mesmo assim ela deve ser limitada pelas regras da arte, descobertas pelo autor atravs de seu gnio ou da observao.O mesmo Homero que agradava a Atenas e Roma h dois mil anos ainda admirado em Paris e Londres. Todas as diferenas de clima, governo, religio e linguagem foram incapazes de obscurecer sua glria. Vemos portanto que, em meio a toda variedade e capricho do gosto, h certos princpios gerais de aprovao ou de censura, cuja influncia um olhar cuidadoso pode verificar em todas as operaes do esprito. H determinadas formas ou qualidades que, devido estrutura original da constituio interna do espirito, esto destinadas a agradar, e outras a desagradar. Se em algum caso particular elas deixam de ter efeito, devido a qualquer evidente deficincia ou imperfeio do rgo. A base do argumento de Hume uma diviso do que tambm pode ser chamado de mecanismo do gosto em duas etapas: uma etapa de percepo, no qual percebemos qualidades nos objetos, e uma etapa afetiva, em que sentimos os sentimentos agradveis da beleza nos objetos, ou dos sentimentos de desprazer 'deformidade', que surgem a partir de nossas percepes dessas qualidadesas diferenas em tais julgamentos vo dividir-se em duas categorias: decorrentes na fase perceptivas na origem."e se elas falharem no seu efeito em qualquer instncia especial, devido a algum defeito aparente ou imperfeio no rgo"A capacidade de perceber da maneira mais exata os objetos mais diminutos, sem permitir que nada escape ateno e observao, reconhecida como a perfeio de cada um dos sentidos e faculdades. Quanto menores so os objetos que o olhar pode captar, mais sensvel o rgo, e mais elaborada sua constituio e composio.aqueles decorrentes da fase afetivosUma causa evidente em razo da qual muitos no experimentam o devido sentimento de beleza a falta daquela delicadeza da imaginao que necessria para se ser sensvel quelas emoes mais sutis, Toda a gente pretende ter esta delicadeza, todos falam dela, e procuram tom-la como padro de toda espcie de gosto e sentimentoHume argumenta que o padro de gosto estabelecido pelo 'veredicto conjunto "- se uma questo de consenso ou de uma maioria no claro - de especialistas reconhecidos na identificao e avaliao da arte. Hume enumera cinco caractersticas de carter que nos conduzir adequadamente a considerar algum como um especialista na avaliao de arte. Quando um critico no possui delicadeza, julga sem qualquer critrio, sendo afetado apenas pelas qualidades mais grosseiras e palpveis do objeto: as pinceladas mais finas passam despercebidas e desprezadas. Quando no ajudado pela prtica, seu veredicto acompanhado de confuso e hesitao. Quando no faz qualquer comparao, as belezas mais frvolas, que mais mereceriam o nome de defeitos, tomam-se objeto de sua admirao. Quando se deixa dominar por preconceitos, todos os seus sentimentos naturais so pervertidos. Quando lhe falta o bom senso, incapaz de distinguir as belezas do desgnio e do raciocnio que so as mais elevadas e excelentes. A maioria dos homens sofre de uma ou outra dessas imperfeies, e por isso acontece que o verdadeiro juiz das belas-artes, mesmo nas pocas mais cultas, seja uma personalidade to rara. S o bom senso, ligado delicadeza do sentimento, melhorado pela prtica, aperfeioado pela comparao, e liberto de todo preconceito, capaz de conferir aos crticos esta valiosa personalidade. e o veredicto conjunto dos que a possuem, seja onde for que se encontrem, o verdadeiro padro do gosto e da beleza.Quando os rgos so to finos que no deixam escapar nada, e ao mesmo tempo so suficientemente apurados para distinguir todos os ingredientes da composio, dizemos que h uma delicadeza de gosto, quer empreguemos estes termos em sentido literal ou em sentido metafrico. Portanto, podemos aqui aplicar as regras gerais da beleza, pois elas so tiradas de modelos estabelecidos e da observao do que agrada ou desagrada, quando apresentado isoladamente e em alto grau. Embora haja, quanto a esta delicadeza, uma grande diferena natural entre uma pessoa e outra, nada contribui mas para aumentar e aperfeioar este talento do que a prtica de uma das artes e o frequente exame e contemplao de uma espcie determinada de beleza. (...)Numa palavra, a mesma competncia e destreza que a prtica d execuo de qualquer trabalho tambm adquirida pelos mesmos meios, para a sua apreciao. impossvel prosseguir na prtica da contemplao de qualquer espcie de beleza sem frequentemente ser-se obrigado a estabelecer comparaes entre os diversos tipos ou graus de excelncia, calculando a proporo existente entre eles. Quem nunca teve oportunidade de comparar os diversos tipos de beleza indubitavelmente se encontra completamente incapacitado de dar opinio a respeito de qualquer objeto que lhe seja apresentado.Mas, para poder exercer mais plenamente sua funo, o crtico deve conservar seu esprito acima de todo preconceito, nada levando em considerao a no ser o prprio objeto submetido a sua apreciao. Toda a obra de arte, a fim de produzir sobre o esprito o devido efeito, deve ser encarada de um determinado ponto de vista, e no pode ser plenamente apreciada por pessoas cuja situao, real ou imaginria, no seja conforme a que exigida pela obra. sabido que em todas as questes apresentadas ao entendimento o preconceito destri a capacidade de raciocnio e perverte todas as operaes das faculdades intelectuais- e no menor o prejuzo que causa ao bom gosto, nem menor sua tendncia para corromper o sentimento da beleza. Compete ao bom senso contrariar sua influncia em ambos os casos, e neste caso, tal como em muitos outros, a razo, se no uma parte essencial do gosto, pelo menos necessria para as operaes desta ltima faculdade. Em todas as mais nobres produes do gnio h uma relao mtua e uma correspondncia das partes, e nem as belezas nem as deficincias podem ser percebidas por quem no tenha suficiente capacidade de pensamento para apreender todas essas partes e para compar-las umas com as outras, a fim de avaliar a consistncia e uniformidade do todo. Toda obra de arte tem tambm um certo objetivo e finalidade para que calculada, e deve ser considerada mais ou menos perfeita conforme seja mais ou menos capaz de atingir essa finalidade.Processo de reconhecimento dos crticos ou juzes do gostoMas onde podem ser encontrados esses crticos? Atravs de que sinais podemos reconhece-los? Como distingui-los dos embusteiros? So perguntas embaraosas, que parecem fazer-nos voltar a cair naquela incerteza da qual, no decorrer deste ensaio, nos esforamos por escapar. Se uma determinada pessoa ou no dotada de bom senso e delicadeza de imaginao, livre de preconceitos, coisa que pode muitas vezes dar motivo a disputas, e est sujeita a muita discusso e investigao. Mas que essa personalidade valiosa e estimvel coisa com que ningum pode deixar de concordar.() aqui suficiente, para nosso objetivo, provar que no possvel pr no mesmo p o gosto de todos os indivduos, e que alguns homens em geral, por mais difcil que seja identific-los rigorosamente, devem ser reconhecidos pela opinio universal como merecedores de preferncia, acima dos outros.Embora sejam raros os homens de gosto delicado, fcil distingui-los na sociedade, pela solidez de seu entendimento e pela superioridade de suas faculdades sobre as do resto da humanidade. Mas, no obstante todos os nossos esforos para estabelecer um padro do gosto e conciliar as concepes discordantes, continua havendo duas fontes de variao que, embora evidentemente no bastem para confundir todos os limites entre a beleza e a deformidade, muitas vezes tm como efeito a produo de uma diferena nos graus de nossa aprovao ou censura. Uma delas so as diferenas de temperamento entre os indivduos, a outra so os costumes e opinies peculiares de nossa poca e de nosso pas. Os princpios gerais do gosto so uniformes na natureza humana.Objees a posio de HUMEPercepo passiva (Merleau Ponty fenomenologia) Falta de contexto (Danto) Gosto e formao de classe (Bourdieu)ESPAO CARTESIANO GEOMETRIA ANALTICA PERSPECTIVA GEOMTRICA BRUNELLESCHI ALBERTIJOHN CONSTABLECLAUDE MONET