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DESAFIOS DA
LEPTOSPIROSE NO BRASIL
Walter Lilenbaum
Médico Veterinário
Professor Titular
Bacteriologia
Veterinária
Laboratório de Bacteriologia Veterinária
Universidade Federal Fluminense
Brasil
Gênero Leptospira;
Móveis em meio líquido;
Muito sensíveis;
Visualização em campo escuro;
Cultivo exigente;
EMJH – líquido; Fletcher – semissólido.
Introdução
Sorovares adaptados Sorovares incidentais
Espécie animal como
reservatório
Dependente de outras
espécies
Ocorrência frequente Ocorrência pouco
frequente
Endêmica Epidêmica (surtos)
Pouco dependente de
fatores ambientais
Dependente de fatores
ambientais
Crônica ou subclínica Aguda
Silenciosa Rica em sintomas
Resposta imune fraca Resposta imune intensa
IgG predominante IgM predominante
Relação Sorovar-Hospedeiro
Leptospirose em bovinos
• A maior parte das infecções é subclínica e crônica;
• Perdas reprodutivas importantes;
• Potencial zoonótico.
Leptospirose em bovinos
• Negligenciada:
• Incluída como DNC - IN nº 50 24/09/2013
• Ocorrência subestimada;
• Prejuízos econômicos importantes
• Perdas diretas e indiretas;
• Carência de dados oficiais.
Pomona, Ictero
Sejroe
Sejroe, Tarassovi
Sejroe
Pomona, Sejroe
Sejroe
Sejroe
Sejroe
Sejroe
Sejroe Sejroe
Bovinos Sorologia
Ictero
Sejroe
Sejroe
Pomona
Ictero
Guaicurus, Goiano
Hardjo
Hardjo, Pomona, Wolffi
Isolados
Panama, Australis, Panama,
Autumnalis, Shermani, Sarmin,
Tarassovi, Hardjoprajitno, Grippotyphosa,
Icterohaemorrhagiae, Sejroe.
36 estirpes isoladas
(2012-2016)
Bovinos
Autumnalis
Hardjobovis
Reprodução X Produção
N° Matrizes 72.448.426
N° Bezerros Nascidos 50.936.861
Taxa de Nascimento (%) 70,3
21.551.565 vacas sem produzir bezerro /ano
~ 21,5 milhões de hectares (1 vaca/hectare) Departamento de Reprodução Animal, FMVZ/USP Baruselli et al., 2012
A systematic review on the seroepidemiology of bovine leptospirosis in Latin
America
Priscila S. Pinto, Hugo Libonati, Walter Lilenbaum
Tropical Animal Health and Production, 2016, 48 :239-48.
Search terms: “leptospir*” AND
“cattle” AND each of the 21 countries
in Latin America (n=242)
MAT as diagnostic test
and focus on bovine
leptospirosis (n=105)
At least one member of
sg Sejroe included as
antigen (n=100, 95.2%)
Presented a minimum
cutoff point of 100
(n=98, 93.3%)
A relevant number of
studied animals
(≥100) (n=73, 69.5%)
Articles that met all the
inclusion criteria
(n=61, 58.1%)
Identification
Screening
Included
Aumento do número de publicações e da qualidade após o
ano 2000;
Sororeatividade média em nível de rebanho: 75% (cut-off 100);
Sororeatividade média em nível animal: 44,2% (cut-off 100);
Sejroe foi o sorogrupo predominante em 80,3%;
Outros sorogrupos citados:
•Icterohaemorrhagiae (8,2%);
•Pomona (4,9%);
•Australis, Autumnalis, Hebdomadis e Shermani (1,6%).
PRINCIPAIS RESULTADOS
Inquérito sorológico das enfermidades da
esfera da reprodução de pequenos ruminantes
Leptospirose foi significativamente (P<0,0001)
mais frequente do que todas as outras
enfermidades
Sorogrupo Sejroe predominou em ambas as
especies
Controle da leptospirose nestes rebanhos
aumentou a eficiência reprodutiva para o ano
seguinte
Foram estudados 208 bovinos em matadouro no Rio de Janeiro
Sorologia (MAT): 37% de sororeatividade (≥ 200)
Predominância do sorogrupo Sejroe (80,5%)
PCR de urina: 33,6% de animais carreadores
Dez estirpes isoladas.
PROJETO EM ANDAMENTO (2015-2016):
CONTROLE DA LEPTOSPIROSE BOVINA PARA O INCREMENTO DOS ÍNDICES
REPRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE PECUÁRIA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
DADOS PARCIAIS:
Foram estudados 25 rebanhos com problemas reprodutivos no RJ;
Foram colhidas amostras de 20 animais randomicamente escolhidos: n=500;
Sorologia (MAT) realizada com cut-off de 200.
Nível Brucelose Leptospirose P
Rebanho 28% 32% > 0,5
Animal 3,2% 9,6% < 0,0001
Sorogrupo Sejroe predominou em 100% dos rebanhos reativos
PROJETO EM ANDAMENTO (2015-2016):
CONTROLE DA LEPTOSPIROSE BOVINA PARA O INCREMENTO DOS ÍNDICES
REPRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE PECUÁRIA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Variável Categoria p OR
IC 95% OR
Mínimo Máximo
LEPTOSPIROSE Negativo
Positivo 0,010 1,812 1,156 2,842
BRUCELOSE Negativo
Positivo 0,709 0,914 0,571 1,464
Odds Ratios e intervalo de confiança para repetição de cio estimado no
modelo de regressão logística de acordo com o diagnóstico de doenças
infecciosas reprodutivas em rebanhos localizados no Estado do Rio de
Janeiro
PROJETO EM ANDAMENTO (2015-2016):
CONTROLE DA LEPTOSPIROSE BOVINA PARA O INCREMENTO DOS ÍNDICES
REPRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE PECUÁRIA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Variável Categoria p OR IC 95% OR
Mínimo Máximo
LEPTOSPIROSE Negativo
Positivo 0,062 0,190 0,033 1,084
BRUCELOSE Negativo
Positivo 0,031 7,462 1,201 46,346
Odds Ratios e intervalo de confiança para abortamento estimado no
modelo de regressão logística de acordo com o diagnóstico de doenças
infecciosas reprodutivas em rebanhos localizados no Estado do Rio de
Janeiro
Challenges and tendencies for bovine leptospirosis’ control
G. Martins and W. Lilenbaum
Submetido à Research in Veterinary Science
Desafios do controle da leptospirose bovina no contexto tropical;
As frustrações no processo de controle;
Os pilares para o controle bem sucedido:
Antibioticoterapia;
Vacinação; e
Alteração de manejo/ambiente
Existem relatos de controle bem sucedidos por longo tempo nos
trópicos: no Brasil, em alguns outros países da América Latina e em
algumas regiões da África.
Culturing of non-Sejroe strains on asymptomatic animals suggests a broader concept of
adaptability of leptospires to cattle
Priscila S. Pinto, Cristiane Pestana, Marco Alberto Medeiros, Walter Lilenbaum
Submetido à The Veterinary Journal
Estudo de 697 bovinos em matadouro-frigorífico ;
Colheita de amostras de urina e fluido vaginal para isolamento. Animais sem sinais clínicos aparentes de leptospirose.
21 cultivos de Leptospira:
Três espécies: L. santarosai, L. alstonii and L. Interrogans; Cinco sorogrupos: Sarmin, Tarassovi, Shermani, Grippotyphosa
and Sejroe.
Clara predominância de L. santarosai (85.7%);
Metade das estirpes eram de sorogrupos não-Sejroe;
Discussão sobre o real mecanismo de adaptabilidade das estirpes.
QUE DOENÇA ESTAMOS ENFRENTANDO?
Causadora de importantes prejuízos na pecuária;
Grande percentual de animais carreadores;
Forte associação com problemas reprodutivos;
Grande diversidade de espécies e sorovares;
Possibilidade de uma nova patogênese:
Resposta imune própria?;
Novos conceitos de epidemiologia?;
Novas estratégias de controle?
Tel: +55 21 2629-2435
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