demonstrações financeiras 2012/2011uma sensibilidade adequada a real exposição aos diversos...

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ÍNDICE RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................................................................................... 02 BALANÇOS PATRIMONIAIS ..................................................................................................................................................................... 08 DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ...................................................................................................................................................... 12 DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO ........................................................................................................................................... 13 FLUXO DE CAIXA ..................................................................................................................................................................................... 14 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.............................................................................................................. 15 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS................................................................................................................... 16 BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S.A. - RESUMO DO RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA ............................................................ 69 DECLARAÇÃO DOS DIRETORES .............................................................................................................................................................. 70 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS................................................................. 71 Demonstrações Financeiras 2012/2011

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  • ÍNDICE

    RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................................................................................... 02

    BALANÇOS PATRIMONIAIS ..................................................................................................................................................................... 08

    DEMONSTRAÇõES DE RESuLTADOS ...................................................................................................................................................... 12

    DEMONSTRAÇõES DO vALOR ADICIONADO ........................................................................................................................................... 13

    FLuxO DE CAIxA ..................................................................................................................................................................................... 14

    DEMONSTRAÇõES DAS MuTAÇõES DO PATRIMôNIO LÍquIDO .............................................................................................................. 15

    NOTAS ExPLICATIvAS àS DEMONSTRAÇõES FINANCEIRAS................................................................................................................... 16

    BANCO INDuSTRIAL E COMERCIAL S.A. - RESuMO DO RELATÓRIO DO COMITÊ DE AuDITORIA ............................................................ 69

    DECLARAÇÃO DOS DIRETORES .............................................................................................................................................................. 70

    RELATÓRIO DOS AuDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇõES FINANCEIRAS ................................................................. 71

    Demonstrações Financeiras 2012/2011

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    RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

    Senhores Acionistas,A Administração do Banco Industrial e Comercial S.A. (“BICBANCO”) submete à apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração e as correspondentes Demonstrações Financeiras, com o parecer dos Auditores Independentes, sem ressalvas, referentes ao período encerrado em 30 de junho de 2012. Os comentários aqui apresentados, exceto quando ressalvados de forma diferente, são mostrados em base consolidada abrangendo suas empresas controladas e os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e em moeda corrente nacional (Reais - R$). As demonstrações financeiras aqui retratadas estão em conformidade com as normas do Banco Central do Brasil (BACEN) e legislação societária brasileira, com pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e refletem a estrutura societária do BICBANCO para o respectivo período.

    Principais Indicadores do Primeiro Semestre de 2012Ü R$ 17,8 bilhões de ativosÜ R$ 12,1 bilhões de operações de créditoÜ R$ 14,8 bilhões de captação totalÜ R$ 3,1 bilhões de caixa livreÜ R$ 2,0 bilhões de patrimônio líquidoÜ R$ 67,5 milhões de lucro líquidoÜ 6,9% de rentabilidade anualizada (ROAE)

    Ambiente EconômicoNos últimos meses do primeiro semestre de 2012, acentuaram-se as preocupações com as economias desenvolvidas e com a desaceleração da China o que potencializou a volatilidade dos mercados e a aversão ao risco. Tal movimento foi amplamente observado no desempenho do mercado global de capitais. Embora o Brasil apresente um mercado interno em expansão, bons fundamentos e perspectivas, a deterioração do cenário externo repercutiu no dinamismo da atividade econômica que já apresentou sinais de arrefecimento. O PIB do primeiro trimestre de 2012, calculado pelo IBGE, foi de 0,8% ante 1,4% no período anterior, o setor industrial tem apresentado sucessivos indicadores negativos e, a diminuição do volume de investimentos passou a limitar o crescimento econômico do País abaixo de seu potencial.Diante desse contexto, o governo adotou medidas microeconômicas baseadas em estímulos fiscais, incentivo ao crédito e diminuição de preços administrados para reaquecer a economia. O Banco Central do Brasil (BACEN) interveio no mercado do câmbio fazendo migrar a cotação Real/Dólar ao patamar acima de R$ 2,00 o que, em tese,

    beneficia o segmento exportador. Adicionalmente, apoiado na fraca pressão inflacionária e na mudança da remuneração da poupança, o BACEN intensificou o processo de redução da taxa SElIC. Do início ao fim do semestre, a taxa básica de juros decresceu de 11,0% para 8,5%. O crédito do sistema financeiro nacional prosseguiu em expansão, alcançando a marca de 50,6% do PIB no mês de junho. O volume total de operações de crédito para pessoa jurídica, avançou 18,7% nos primeiros seis meses de 2012 ante mesmo período de 2011.Espera-se que os vários estímulos monetários e fiscais adotados impactem de maneira favorável a atividade econômica interna, possibilitando a retomada do crescimento econômico no semestre vindouro.

    DesempenhoO 1º semestre de 2012 contém diversas realizações ou tendências que apontam para um melhor desempenho do Banco. Dentre elas destacam-se: a retomada do crescimento da carteira de créditos, ao atingir R$ 12.103,2 milhões superando o volume obtido em março (R$ 11.355,5 milhões) e em dezembro de 2011 (R$ 11.558,8); a alocação progressiva dos recursos supérfluos do caixa disponível para o financiamento do crescimento da carteira de créditos, com duplo efeito benéfico: por um lado, redução dos custos gerados pelo excesso de caixa e, por outro, aumento da base de receitas; a redução sensível das “Parcelas vencidas há mais de 14 dias”: 23,1% a menos que o saldo de março e 11,2% inferior a dezembro de 2011, indicando uma melhoria da qualidade da produção mais recente.O resultado do semestre ainda permaneceu aquém dos padrões do nosso Banco, mas em razão do ônus remanescente da crise global, ocasionado por um volume circunstancialmente alto de despesas de provisão. A continuidade do crescimento da carteira de créditos, com os resultados daí decorrentes, ofuscará aos poucos os elementos inibidores de uma performance em níveis históricos, a qual o Banco retornará progressivamente.

    Lucro LíquidoO lucro líquido do primeiro semestre de 2012 atingiu R$ 67,5 milhões, apresentando redução de 54,6% na comparação com R$ 148,8 milhões do mesmo semestre de 2011. A rentabilidade sobre o Patrimônio líquido médio anualizada (ROAE) no período foi de 6,9% e o retorno sobre os ativos médios anualizado (ROAA) alcançou 0,8%.

    Remuneração aos AcionistasRelativo ao primeiro semestre de 2012 foram distribuídos R$ 52,0 milhões, sob forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), correspondentes a R$ 0,211361468 por ação.

  • Demonstrações Financeiras

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    RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

    Em 30 de março de 2012, a RCA aprovou o pagamento aos acionistas de dividendos complementares referentes ao exercício de 2011, no montante de R$ 6,5 milhões (correspondentes a R$ 0,026420184 por ação). Os proventos foram pagos no dia 12 de abril de 2012.

    Índice de EficiênciaNo primeiro semestre de 2012, o índice de eficiência foi de 62,7%, aumento de 20,5 p.p. em relação a igual período de 2011. O principal indutor da elevação do índice foram as despesas de provisão.

    Ativos

    Ativos TotaisOs ativos totais atingiram R$ 17.781,3 milhões em junho de 2012, redução de 1,5% em doze meses, como reflexo da diminuição da carteira de crédito.

    Operações de CréditoNo primeiro semestre de 2012, as operações de crédito somaram R$ 12.103,2 milhões, redução de 10,3% comparado ao saldo de junho de 2011.Os ajustes na qualidade dos ativos aliados com a estratégia prudencial adotada e com as medidas preventivas à exposição de riscos, em ambiente de alta volatilidade, induziram a diminuição das operações de crédito.A política de concessão de crédito do Banco preconiza a pulverização dos riscos, e a segurança das operações por meio de garantias. A ênfase na diversificação e pulverização das operações visa diluir os créditos em regiões geográficas, segmentos econômicos e produtos, bem como evitar concentrações em nível de tomadores individuais. Em junho de 2012, garantias de recebíveis e aplicações financeiras, modalidades consideradas satisfatórias e de alta liquidez, cobriam o equivalente a 55,2% dos créditos corporativos em Reais.No encerramento do primeiro semestre de 2012, as provisões para créditos de liquidação duvidosa totalizaram R$ 504,0 milhões, queda de 3,8% quando comparada ao mesmo período do ano passado. As provisões correspondem a 185,3% o montante de R$ 272,0 milhões relativos às parcelas vencidas há mais de 14 dias.

    Títulos e Valores MobiliáriosA carteira de títulos e valores mobiliários somou R$ 950,1 milhões no final do primeiro semestre de 2012, o que representa uma evolução de 19,9% nos últimos doze meses.

    Passivos

    CaptaçãoO volume de recursos captados atingiu R$ 14.751,0 milhões no encerramento do primeiro semestre de 2012, registrando um incremento de 1,1% nos últimos doze meses. O Banco deu prosseguimento à sua estratégia de funding de alongar os prazos de vencimento das captações, tanto em moeda local como em moeda estrangeira.

    Depósitos a PrazoOs depósitos a prazo, principal fonte de funding, alcançaram R$ 7.084,5 milhões, diminuição de 11,6% em relação a 30 de junho de 2011. A despeito da oferta de recursos ter sido bastante satisfatória em volumes e prazos, o Banco adequou a sua base de depósitos a sua carteira de crédito. Do total dos depósitos a prazo, R$ 2.161,4 milhões estão vinculados ao “Depósito a Prazo com Garantia Especial do Fundo Garantidor de Crédito” - DPGE. O volume emitido de depósitos com garantia de DPGE corresponde a cerca de 50% do limite que o Banco possui para emissão dessa modalidade em 2012.No encerramento do primeiro semestre de 2012, a composição dos depósitos a prazo por tipo de depositante era: pessoas jurídicas 56,8%, investidores institucionais 32,2%, pessoas físicas 10,2%, e instituições financeiras 0,8%.

    Patrimônio LíquidoEm 30 de junho de 2012, o Patrimônio líquido atingiu R$ 2.009,2 milhões, redução de 1,0% em relação a junho de 2011. O índice de Basiléia, no término do primeiro semestre de 2012, atingiu 17,1%, frente aos 11,0% requeridos pelo Banco Central.

    Recursos Humanos e Pontos de AtendimentoO Banco encerrou o primeiro semestre de 2012 com 936 funcionários, diminuição de 1,9% se comparado ao mesmo período de 2011. O BICBANCO está presente nas principais capitais e cidades do Brasil. Em 30 de junho de 2012 contava com 43 pontos de atendimento no país e uma agência no exterior (Grand Cayman).

    RiscosA gestão de riscos do BICBANCO é o instrumento que otimiza a utilização do capital e direciona as melhores oportunidades de negócios, alinhados aos objetivos estratégicos, às melhores práticas e em conformidade com leis e regulamentos dos órgãos supervisores. As políticas de gestão de riscos definem o conjunto de metodologias, procedimentos e instrumentos aplicados no controle permanente dos processos internos e são

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    RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

    destinadas a suportar a formulação do apetite ao risco, guiar os colaboradores e constituir procedimentos para monitorar, controlar, dimensionar e reportar os riscos à Diretoria Executiva. O BICBANCO revisa e atualiza regularmente suas políticas e sistemas de gestão de forma a refletir mudanças nos mercados e produtos e a condução de melhores práticas.

    Risco de MercadoO controle dos riscos potenciais de variações nas cotações de mercado dos instrumentos financeiros e a otimização do risco e retorno é realizada pela gestão de riscos de mercado.O impacto potencial da flutuação nos valores de mercado de posições detidas é avaliado pela estrutura de gerenciamento, composto por um conjunto de políticas, controles, processos, ferramentas, sistemas e relatórios padrões. As operações são sempre realizadas em mercados autorizados pelos reguladores e com instrumentos que apresentem liquidez, evitando distorções de preços que possam impactar negativamente os resultados da Instituição.Todas as métricas de risco são monitoradas continuamente de forma integrada com o objetivo de propiciar uma visão global do perfil de risco do BICBANCO. Para efeito de classificação quanto à intenção de negociação, as carteiras são divididas em duas categorias. As operações com intenção de negociação e destinadas à revenda, obtenção de benefício de movimentos de preços e realização de arbitragem (Trading Book) são segregadas daquelas estruturais, com seus eventuais hedges, e das destinadas a gestão ativa da carteira (Banking Book) no momento de sua realização. A complementação do monitoramento e controle das posições do Banco pelo seu valor de mercado visa fornecer uma sensibilidade adequada a real exposição aos diversos fatores de risco do Banco para um melhor monitoramento e análise das exposições. Diariamente, os valores das carteiras são marcados a mercado (MtM), e são calculados o Value at Risk (VaR) e o VaR em cenários de estresse e comparados aos limites preestabelecidos pelo Comitê de Tesouraria. A área de risco de mercado é responsável pela definição e revisão da metodologia interna utilizada para os testes de estresse, que são uma importante ferramenta para complementar o modelo primário de medida de risco (VaR). Durante o primeiro semestre de 2012, os níveis médios de risco global não apresentaram mudança significativa, mantendo paridade com a estabilização das volatilidades dos diversos fatores de risco. Os limites e a exposição aos riscos foram mantidos baixos quando comparados ao Patrimônio líquido da Instituição. Em 29 de junho de 2012, o VaR para a exposição de trading atingiu R$ 1,9 milhão e o VaR Global (Trading e Banking) - R$ 22,0 milhões. Comparativamente, em 31 de dezembro

    de 2011, o VaR para a exposição de trading atingiu R$ 2,6 milhões e o VaR Global (Trading e Banking) - R$ 28,8 milhões.

    Exposição CambialA estratégia de gestão do risco cambial tem como objetivo não permitir impactos significativos no resultado, decorrentes de variação cambial. Para essa finalidade, o risco cambial é neutralizado e os investimentos são remunerados em reais por intermédio da utilização de instrumentos financeiros derivativos. Com o intuito de gerenciar as exposições e analisar os impactos possíveis em diversos cenários, o Banco acompanha a composição dos ativos e passivos, detalhados por indexador. Em 29 de junho de 2012, a exposição cambial, para efeito do requerimento de capital atendendo a Circular BACEN 3.389 de 25 de junho de 2008, somava R$ 80,6 milhões ante os R$ 49,5 milhões de dezembro de 2011.O descasamento global, que compensa as exposições contrárias (compradas e vendidas) realizadas no país e no exterior somava R$ 47,8 milhões, representando pequeno decréscimo quando comparado à posição de dezembro de 2011, de R$ 16,4 milhões.

    Risco de Liquidez A ocorrência de eventuais desequilíbrios entre o fluxo dos ativos negociáveis e passivos exigíveis que possam afetar a capacidade de pagamento da Instituição é tratada pela estrutura de gestão do risco de mercado. O Fluxo de caixa é avaliado diariamente e são definidas ações táticas para sua manutenção. Pela sua importância, os limites de liquidez e os modelos de estresse são definidos alinhados às decisões estratégicas e a política de contingência.O Banco possui política de caixa mínimo, que considera a possibilidade de resgates antecipados de passivos e necessidade de renovações de operações ativas em caso de turbulência na economia. São os seguintes os indicadores definidos para o cenário de stress de mercado e institucional:a) Reserva financeira, em moeda nacional, como ponto inicial da análise.b) Não liquidação de quaisquer operações de empréstimo no período.c) Perda da carteira passiva, por liquidação antecipada, com distribuição dos maiores percentuais diários ocorridos desde junho de 2008.d) Renovações de captações no vencimento, com distribuição dos piores percentuais de renovações dos vencimentos de captações diários no mesmo período.e) Novas emissões de captação, com distribuição dos piores percentuais de emissões, sobre o total da carteira no mesmo período.

  • Demonstrações Financeiras

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    RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

    Na simulação em condições severas de estresse realizada para a data-base de 29/06/2012 os resultados revelaram caixa suficiente para superarem amplamente os limites mínimos de liquidez de curto prazo.

    Risco de créditoA gestão do risco de crédito é orientado pelas melhores práticas do mercado e determinado por modelos estatísticos que consideram a qualidade e a concentração na carteira. O controle da exposição ao risco de crédito observa todos os aspectos pertinentes ao processo de concessão, exigência de garantias, prazos, dentre outros. Na Instituição, o risco de crédito decorre principalmente de operações de empréstimo, de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos além de obrigações financeiras relacionadas a compromissos de empréstimo e prestação de garantias. O Banco estabelece sua política de crédito com base em fatores internos - dos quais o rating é o principal instrumento, e externos, relacionados ao ambiente econômico no Brasil e no exterior e está amparado em procedimentos de análise desenvolvidos pela sua experiência. A aprovação de crédito possui ferramentas integradas de gestão e que automaticamente disponibilizam as informações às alçadas competentes, seguindo o fluxo determinado pela política de crédito e de formalização.O processo centralizado de tomada de decisões aperfeiçoa oportunidades de negócios, bem como propicia a necessária tempestividade e flexibilidade na sua aprovação.O Banco conta com instrumento de avaliação de carteiras que torna possível medir a rentabilidade das operações em função do capital econômico que consomem e do valor da perda esperada para a carteira de crédito, além de propiciar o apreçamento de operações em função do risco. Testes de estresse são usados para mensurar possíveis perdas em cenários que a área de risco julgue prováveis, para um intervalo de confiança de até 99,9%.Os saldos das provisões para créditos de liquidação duvidosa no final do primeiro semestre de 2012 tiveram que ainda ser atualizadas de maneira a manter um substancial índice de cobertura sobre as operações.

    Risco OperacionalO BICBANCO aloca capital para risco operacional atendendo a legislação e adota a Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada, prevista no § 1º do art.1º da Circular nº 3.383, de 30 de abril de 2008, e complementa a visão do risco operacional por intermédio de modelo gerencial de avaliação econômica por linha de negócios, com quantificação dos riscos operacionais por meio de modelos estatísticos, utilizando-se de sistema que permite o cálculo de perdas esperadas e alocação de capital para perdas não esperadas (VaR no intervalo de confiança de até 99,9%).

    A exposição ao risco operacional é revisada ao menos semestralmente, incluindo-se a avaliação de seus controles e ajustando-os de acordo com suas estratégias e seu apetite ao risco. A estrutura de gestão é distinta daquelas que lidam com o risco de mercado e de crédito, permitindo um efetivo sistema de controles internos que visa a redução da probabilidade de erros humanos e irregularidades em processos, produtos e sistemas. Os Comitês de Risco e de Controles Internos determinam qual o nível aceitável de tolerância ao risco.A descrição da estrutura de gerenciamento dos diferentes riscos está disponibilizada no site de Relações com Investidores (http://www.bicbanco.com.br/ri).

    Governança CorporativaA adoção de práticas de Governança Corporativa demonstra os compromissos assumidos pela Instituição e permite aos diretores e aos representantes dos acionistas o efetivo monitoramento das operações e a avaliação da assimetria entre possíveis perdas e ganhos. O BICBANCO possui uma estrutura de Comitês que agrega as áreas técnicas e decisórias, possibilita uma enriquecedora troca de experiências e permite a elaboração de soluções consistentes com a finalidade da criação de mecanismos para o desenvolvimento de um ambiente que possibilite a sustentabilidade dos negócios, preservação de imagem e administração de riscos. Por intermédio de manifestação de comitês sobre as principais decisões, especialmente em ambiente de alta volatilidade, de elevação de inadimplência e riscos de liquidez do fluxo de caixa, há o alinhamento à estratégia de negócios e ao apetite ao risco. Esta estrutura é composta por 14 comitês especializados, com funções específicas.Dando ainda maior ênfase ao pilar de supervisão, o Comitê de Auditoria, com o intuito de subsidiar o Conselho de Administração em questões referentes à contabilidade, auditoria e finanças e visando proporcionar maior transparência às informações e assegurar a prestação de contas dos administradores, realiza periodicamente a revisão dos principais relatórios e se reúne com os gestores, obtendo uma visão abrangente dos principais riscos e controles.

    SustentabilidadeComo evolução das práticas de Governança, o Banco também avançou no processo de Sustentabilidade em seus negócios, alinhado à crescente preocupação da comunidade financeira internacional a respeito do meio ambiente. A prestação de contas aos stakeholders é realizada através de diretrizes propostas pela Global Reporting Initiative (GRI). Seguindo as orientações das diretrizes GRI-G3, o BICBANCO declarou Nível de Aplicação B+ em seu último Relatório Anual consolidado publicado que foi independentemente auditado e verificado pela própria GRI. Nesse mesmo relatório o Banco apresentou o Inventário de suas emissões de CO2, cujo conteúdo foi incluído no escopo da Auditoria Externa independente.

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    RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

    O BICBANCO compõe, pela segunda vez, a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que vigora até o final de 2012. Criado em dezembro de 2005, o Índice de Sustentabilidade da BM&FBOVESPA avalia seus participantes com o intuito de influenciar as empresas brasileiras a adotarem boas práticas de sustentabilidade empresarial e apoiar os investidores na tomada de decisão de investimentos.Atualmente, comparado a seus pares da América latina, o BICBANCO é a instituição financeira de médio porte (midcap) mais sustentável do Brasil, e a terceira da América latina, conforme estudo da Consultoria Management & Excellence publicado na revista latinFinance. O BICBANCO mantém o grau AAA do seu Rating de Sustentabilidade, emitido pela Consultoria Management & Excellence, reconhecimento que reforça seu compromisso com a sustentabilidade por meio da efetividade de suas ações, seu desempenho e estratégia. Os critérios para essa qualificação abrangeram as áreas de ética, transparência, responsabilidade social corporativa, governança corporativa, sustentabilidade e critérios voltados a questões estratégicas aceitas internacionalmente por organis mos como o Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas), o Global Reporting Initiative (GRI) e o Dow Jones Sustainability.O BICBANCO tornou-se signatário da Unep-FI, parceria global entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o setor financeiro, e participa da Task Force latin America, com o intuito de auxiliar a disseminação de seu conteúdo e das práticas de finanças sustentáveis para outras instituições financeiras. Estendendo seus valores o Banco esteve presente na Rio+20, no evento Corporate Sustainability Forum: Innovation and Collaboration for the Future We Want, (“Inovação e Colaboração para o futuro que gostaríamos”), promovido pelo Pacto Global e pela ONU.Como prova de seu compromisso com a sustentabilidade do negócio e com a transparência de sua gestão para enfrentar os desafios das Mudanças Climáticas, o BICBANCO respondeu pela primeira vez o CDP (Carbon Disclosure Project) - programa que estimula as empresas a medir e divulgar suas emissões de gases de efeito estufa, e o divulgou publicamente no site institucional.Ao adotar uma nova sede, localizada no Edifício Faria lima, o BICBANCO segue as tendências modernas de construção civil, padrão Triplo A, e adota tecnologia de ponta, com alta eficiência no consumo de energia elétrica e água. O edifício possui certificação leadership in Energy and Environmental Design (lEED). Adicionalmente, a construção de um novo data Center utilizou as melhores tecnologias em construção civil, elétrica e refrigeração, que otimizam o consumo de energia e possibilitam a obtenção da certificação alemã TÜV Rheinland, nível de excelência Tier III que alinha o BICBANCO a elevados padrões internacionais. Esses investimentos possibilitam incrementar a disponibilidade da infraestrutura

    para 99,98% no ano e a tecnologia InRow aplicada aos racks do data center, a virtualização dos servidores e as estações de trabalho permitem economia de espaço, peso e energia. Por outro lado, a otimização do sistema de refrigeração possibilita ao BICBANCO estabelecer meta de redução de 60% no consumo de energia consumida pelo data center.

    Relacionamento com AuditoresEm atendimento à Instrução CVM 381 de 14 de janeiro de 2003, o BICBANCO e as empresas controladas não contrataram e nem tiveram serviços prestados pela KPMG Auditores Independentes que não os serviços de auditoria externa. A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de acordo com os critérios internacionalmente aceitos, quais sejam, o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho nem exercer funções gerenciais no seu cliente ou promover os interesses deste.

    Circular 3.068/01 BacenO BICBANCO declara ter capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria “Mantidos até o Vencimento”, no montante de R$ 127,8 milhões, representando 13,5% do total de títulos e valores mobiliários.

    Contratos de troca de fluxos financeirosEm Reunião do Conselho de Administração (RCA), realizada em 10 de maio de 2012, foi aprovada a proposta de celebrar com o Goldman Sachs do Brasil Banco Múltiplo S.A., contratos de troca de fluxos financeiros (swaps), no valor total de até R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais) com prazo de até 02 (dois) anos, equivalentes, de um lado, à variação dos preços das ações preferenciais (BICB4), e de outro lado, contra uma taxa equivalente à variação do CDI, acrescida de uma taxa pré-fixada. Os contratos e suas operações não resultarão em alteração do percentual de ações do BICBANCO em circulação.

    Considerações finaisMantemos presente o nosso propósito de continuar o crescimento consistente e sustentável da Instituição. Agradecemos aos nossos acionistas, clientes e fornecedores pelo apoio e confiança em nossa administração, e aos nossos funcionários, pela valiosa contribuição. (Divulgação autorizada na Reunião do Conselho de Administração de 13 de agosto de 2012).As Demonstrações Financeiras completas e auditadas estão disponíveis no site do BICBANCO - www.bicbanco.com.br/ri.

  • Demonstrações Financeiras

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    RATINgS

    Agências/Consultoria Rating/Índice Âmbito/Classificação Data do Balanço Analisado

    Data de Publicação do Rating

    Moody’s

    Baa3P-3

    Aa1.brBR-1

    Estável

    • Depósitos na Escala Global em moeda estrangeira e moeda local

    - longo prazo- Curto prazo• Depósitos na Escala Nacional- longo prazo- Curto prazo• Perspectiva

    31/03/2012 13/06/2012

    Standard & Poor’s BB+BbrAA

    Estável

    • Escala Global em moeda estrangeira e local - rating de contraparte

    - longo prazo- Curto prazo• Escala Nacional• Perspectiva

    30/09/2011 13/12/2011

    Fitch RatingsA+(bra)F1(bra)Estável

    • Escala Nacional- longo prazo- Curto prazo• Perspectiva

    31/03/2012 19/07/2012

    Austin Rating AA - • Escala nacional de longo prazo 30/09/2011 09/01/2012

    LF Rating AA - • Moeda nacional 31/03/2012 25/06/2012

    RISKbank 9,67 • Baixo risco para médio prazo (-) 31/03/2012 17/07/2012

    Management & Excellence AAA+ • Rating de Sustentabilidade – Ago/2011

    RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

    RatingsDurante o primeiro semestre de 2012, os ratings do Banco foram todos mantidos. A Moody´s reafirmou o grau de investimento do Banco e a Fitch alterou a perspectiva de “Positiva” para “Estável”.

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    Demonstrações Financeiras 2012/2011

    BALANÇOS PATRIMONIAISEM 30 DE juNhOEM MILhARES DE REAIS

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADOATIvO Nota 2012 2011 2012 2011Circulante 13.318.563 13.344.119 13.330.819 13.483.584

    Disponibilidades 4a. 58.642 104.753 59.008 104.966

    Aplicações Interfinanceiras de liquidez 3.468.352 3.201.917 2.789.186 2.757.949

    Aplicações no mercado aberto 4b. 2.700.729 2.494.393 2.714.907 2.546.605

    Aplicações em depósitos interfinanceiros 4c. 765.347 642.803 72.003 146.623

    Aplicações em moedas estrangeiras 4d. 2.276 64.721 2.276 64.721

    Títulos e Valores Mobiliários e

    Instrumentos Financeiros Derivativos 799.725 630.280 995.057 706.065

    Carteira própria 5b. 381.343 365.383 576.675 441.168

    Vinculados a operações compromissadas 5b. 196.080 178.858 196.080 178.858

    Vinculados a prestação de garantias 5b. 143.515 81.826 143.515 81.826

    Instrumentos financeiros derivativos 6b. 78.787 4.213 78.787 4.213

    Relações Interfinanceiras 131.763 170.023 131.763 170.023

    Pagamentos e recebimentos a liquidar 15.298 31.286 15.298 31.286

    Depósitos no Banco Central 7. 116.456 138.727 116.456 138.727

    Correspondentes no país 9 10 9 10

    Operações de Crédito 7.106.662 7.929.427 7.371.990 8.179.830

    Operações de crédito 8. 7.057.391 8.209.921 7.343.550 8.466.823

    Setor público 71.011 121.641 71.011 121.641

    Setor privado 6.986.380 8.088.280 7.272.539 8.345.182

    Operações de crédito vinculadas a cessão 358.865 – 358.865 –

    Provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa 9. (309.594) (280.494) (330.425) (286.993)

    Operações de Arrendamento Mercantil 8i. – – 210.060 227.175

    Arrendamentos a receber - setor privado – – 218.867 230.838

    Provisão para créditos de arrendamento

    mercantil de liquidação duvidosa – – (8.807) (3.663)

    Outros Créditos 1.718.361 1.303.718 1.725.249 1.328.342

    Avais e fianças honrados 3.071 2.287 3.071 2.287

    Carteira de câmbio 10. 1.587.949 1.241.462 1.587.949 1.241.462

    Rendas a receber 7.795 9.913 7.795 9.943

    Negociação e intermediação de valores 32.411 703 32.411 708

    Diversos 11. 117.342 64.654 124.230 89.243

    Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa 9. (30.207) (15.301) (30.207) (15.301)

    Outros Valores e Bens 35.058 4.001 48.506 9.234

    Despesas antecipadas 12b. 35.058 4.001 48.506 9.234

    As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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    BALANÇOS PATRIMONIAISEM 30 DE juNhOEM MILhARES DE REAIS

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADOATIvO Nota 2012 2011 2012 2011Realizável a Longo Prazo 3.966.514 3.933.564 4.229.380 4.388.368Aplicações Interfinanceiras de liquidez 145.597 110.389 6.406 110.389 Aplicações em depósitos interfinanceiros 4c. 145.597 110.389 6.406 110.389Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 569.536 186.469 383.150 93.751 Carteira própria 5b. 220.252 110.891 33.866 18.173 Vinculados a operações compromissadas 5b. – 72.471 – 72.471 Instrumentos financeiros derivativos 6b. 349.284 3.107 349.284 3.107Operações de Crédito 2.173.870 2.862.685 2.469.172 3.091.263 Operações de crédito 8. 2.195.692 3.073.132 2.494.099 3.304.328 Setor público 41.313 110.569 41.313 110.569 Setor privado 2.154.379 2.962.563 2.452.786 3.193.759 Operações de crédito vinculadas a cessão 101.565 – 101.565 – Provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa 9. (123.387) (210.447) (126.492) (213.065)Operações de Arrendamento Mercantil 8i. – – 169.320 252.917 Arrendamentos a receber - setor privado – – 177.113 257.577 Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa – – (7.793) (4.660)Outros Créditos 824.983 680.257 918.438 740.036 Carteira de câmbio 10. 695 – 695 – Negociação e intermediação de valores – 74.554 – 74.554 Diversos 11. 824.577 605.899 918.032 665.678 Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa 9. (289) (196) (289) (196)Outros Valores e Bens 252.528 93.764 282.894 100.012 Outros valores e bens 12a. 256.781 103.374 268.330 106.439 Despesas antecipadas 12b. 9.905 2.375 28.958 5.558 Provisão para desvalorização de outros valores e bens 12a. (14.158) (11.985) (14.394) (11.985)Permanente 533.979 442.773 221.080 182.909Investimentos 399.733 356.954 666 623 Participações em controladas - no país 15. 399.068 356.333 – – Outros investimentos 1.112 1.068 1.155 1.112 Provisão para perdas em investimentos (447) (447) (489) (489)Imobilizado de Uso 13b. 129.513 74.116 131.182 75.821 Imóveis de uso 139.703 78.281 139.703 78.281 Outras imobilizações de uso 34.537 35.547 37.873 38.931 Depreciações acumuladas (44.727) (39.712) (46.394) (41.391)Intangível 13c. 4.252 3.890 88.751 98.611 Ativos intangíveis 7.161 5.445 92.719 100.926 Amortização acumulada (2.909) (1.555) (3.968) (2.315)Diferido 13d. 481 7.813 481 7.854 Gastos de organização e expansão 79.181 83.518 79.181 84.337 Amortização acumulada (78.700) (75.705) (78.700) (76.483)Total do Ativo 17.819.056 17.720.456 17.781.279 18.054.861

    As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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    Demonstrações Financeiras 2012/2011

    BALANÇOS PATRIMONIAISEM 30 DE juNhOEM MILhARES DE REAIS

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADOPASSIvO Nota 2012 2011 2012 2011Circulante 8.180.202 9.792.528 7.745.871 9.737.942Depósitos 17a. 4.246.399 6.723.953 4.105.601 6.607.771 Depósitos à vista 302.816 316.915 300.454 313.806 Depósitos de poupança 12.183 12.452 12.183 12.452 Depósitos interfinanceiros 582.741 802.389 582.741 802.389 Depósitos a prazo 3.348.659 5.591.901 3.210.223 5.478.828 Outros depósitos – 296 – 296Captações no Mercado Aberto 18. 100.912 257.787 88.811 250.307 Carteira própria 100.912 175.808 88.811 168.328 Carteira de terceiros – 81.979 – 81.979Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 1.200.848 418.398 1.206.441 426.262 Recursos de letras imobiliárias 463.861 312.281 463.861 312.281 Recursos de debêntures 20. – – 4.193 6.966 Recursos de aceites cambiais – – 1.400 898 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 19. 736.987 106.117 736.987 106.117Relações Interfinanceiras 10.043 18.818 10.043 18.818 Recebimentos e pagamentos a liquidar 10.043 18.818 10.043 18.818Relações Interdependências 20.786 44.572 20.786 44.572 Recursos em trânsito de terceiros 20.786 44.572 20.786 44.572Obrigações por Empréstimos 21. 1.527.876 1.769.665 1.527.876 1.769.665 Empréstimos no exterior 1.527.876 1.769.665 1.527.876 1.769.665Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais 22. 4.911 38.542 4.911 38.542 BNDES 276 567 276 567 Ministério da Agricultura - FUNCAFÉ 4.635 37.975 4.635 37.975Obrigações por Repasses do Exterior 21. 386.530 149.424 386.530 149.424Instrumentos Financeiros Derivativos 6b. 283 19.803 283 19.803 Instrumentos financeiros derivativos 283 19.803 283 19.803Outras Obrigações 681.614 351.566 394.589 412.778 Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 6.344 10.910 6.455 11.025 Carteira de câmbio 10. 100.324 132.948 100.324 132.948 Sociais e estatutárias 3.980 3.596 3.980 3.596 Fiscais e previdenciárias 23. 52.844 88.332 62.561 95.129 Negociação e intermediação de valores 70.384 755 70.412 758 Recursos para destinação específica - PSH 13.681 19.875 13.681 19.875 Dívida subordinada 26. 10.185 4.552 10.185 4.552 Diversas 25. 423.872 90.598 126.991 144.895

    As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

  • | 11 |

    BALANÇOS PATRIMONIAISEM 30 DE juNhOEM MILhARES DE REAIS

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADOPASSIvO Nota 2012 2011 2012 2011Exigível a Longo Prazo 7.608.827 5.863.649 8.006.127 6.257.046

    Depósitos 17a. 4.282.800 2.630.686 4.266.656 2.609.900

    Depósitos interfinanceiros 392.351 74.371 392.351 74.371

    Depósitos a prazo 3.890.449 2.556.315 3.874.305 2.535.529

    Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 972.156 1.270.402 1.072.281 1.371.534

    Recursos de letras imobiliárias 106.173 38.381 106.173 38.381

    Recursos de debêntures 20. – – 99.711 99.672

    Recursos de aceites cambiais – – 414 1.460

    Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 19. 865.983 1.232.021 865.983 1.232.021

    Obrigações por Empréstimos 21. 31.030 54.169 31.030 54.169

    Empréstimos no exterior 31.030 54.169 31.030 54.169

    Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais 22. – 4.767 – 4.767

    BNDES – 267 – 267

    Ministério da Agricultura - FUNCAFÉ – 4.500 – 4.500

    Obrigações por Repasses do Exterior 21. 802.562 549.452 802.562 549.452

    Instrumentos Financeiros Derivativos 6b. 70 258.818 70 258.818

    Instrumentos Financeiros Derivativos 70 258.818 70 258.818

    Outras Obrigações 1.520.209 1.095.355 1.833.528 1.408.406

    Fiscais e previdenciárias 23. 438.048 353.580 496.599 400.377

    Dívida subordinada 26. 918.912 741.775 918.912 741.775

    Diversas 163.249 – 35 –

    Diversas - FIDC 25. – – 417.982 266.254

    Resultados de Exercícios Futuros 27. 19.851 29.220 20.098 29.762

    Patrimônio Líquido 28. 2.010.176 2.035.059 2.009.183 2.030.111

    Capital Social Realizado 1.434.206 1.434.206 1.434.206 1.434.206

    De domiciliados no país 1.290.833 1.213.551 1.290.833 1.213.551

    De domiciliados no exterior 143.373 220.655 143.373 220.655

    Reservas de lucros 634.563 600.853 633.570 595.905

    (–) Ações em tesouraria (58.593) – (58.593) –

    Total do Passivo 17.819.056 17.720.456 17.781.279 18.054.861

    As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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    Demonstrações Financeiras 2012/2011

    DEMONSTRAÇõES DE RESuLTADOSDOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE juNhO DE 2012 E 2011EM MILhARES DE REAIS, ExCETO LuCRO LÍquIDO POR AÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADONota 2012 2011 2012 2011

    Receitas da Intermediação Financeira 1.333.664 1.054.866 1.381.319 1.106.183Operações de crédito 30a. 805.392 1.108.644 859.929 1.145.697Operações de arrendamento mercantil – – 30.956 46.453Resultado de títulos e valores mobiliários 30b. 212.151 204.118 174.313 171.930Resultado com instrumentos financeiros derivativos 30c. 119.338 (230.284) 119.338 (230.285)Resultado de câmbio 30d. 196.736 (27.622) 196.736 (27.622)Resultado de aplicações compulsórias 47 10 47 10Despesas da Intermediação Financeira (1.075.272) (660.357) (1.062.732) (663.817)Captação no mercado 30e. (659.172) (536.395) (657.926) (536.213)Empréstimos, cessões e repasses 30f. (206.064) 79.766 (206.064) 79.766Operações de venda ou de transferências de ativos financeiros (30.048) – – –Provisão para créditos de liquidação duvidosa 9a. (179.988) (203.728) (198.742) (207.370)Resultado Bruto da Intermediação Financeira 258.392 394.509 318.587 442.366Outras Receitas (Despesas) Operacionais (180.155) (182.785) (229.540) (245.444)Receitas de prestação de serviços 18.257 11.440 20.981 13.154Rendas de tarifas bancárias 15.341 25.045 15.341 25.047Despesas de pessoal 30i. (97.318) (87.858) (103.212) (92.795)Despesas tributárias 30k. (24.706) (31.623) (26.807) (34.226)Resultado de participações em controladas 15. 13.706 40.263 – –Outras despesas administrativas 30j. (71.912) (68.398) (92.661) (75.575)Outras receitas operacionais 30g. 7.041 12.626 8.240 16.698Outras despesas operacionais 30h. (40.564) (84.280) (51.422) (97.747)Resultado Operacional 78.237 211.724 89.047 196.922Resultado não operacional 30m. (388) (675) (397) 376Resultado Antes da Tributação e Participações Sobre o Lucro 77.849 211.049 88.650 197.298Imposto de renda 29c. (29.856) (56.072) (36.713) (65.867)Contribuição social 29c. (15.942) (31.334) (20.371) (35.741)Ativo fiscal diferido - Impostos e contribuições 29c. 47.716 43.127 49.152 70.002Participações estatutárias no lucro (13.190) (16.860) (13.190) (16.860)Lucro Líquido do Período 66.577 149.910 67.528 148.832Número de Ações Integralizadas (mil) 28. 252.904 252.904

    Lucro por Ação do Capital Social - R$ 0,26 0,59

    As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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    DEMONSTRAÇõES DO vALOR ADICIONADODOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE juNhO DE 2012 E 2011EM MILhARES DE REAIS

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADO2012 2011 2012 2011

    1. Receitas 1.163.712 823.002 1.187.627 868.5201.1 Intermediação Financeira 1.333.664 1.054.866 1.381.319 1.106.1831.2 Prestação de Serviços 33.598 36.485 36.322 38.2011.3 Provisão p/ devedores duvidosos - Reversão/(Constituição) (179.988) (203.728) (198.742) (207.370)1.4 Outras (23.562) (64.621) (31.272) (68.494)2. Despesas de Intermediação Financeira 895.284 456.629 863.990 456.4473. Insumos Adquiridos de Terceiros 42.790 43.396 63.898 53.7853.1 Materiais, energia e outros 17.094 16.196 20.138 17.8693.2 Serviços de terceiros 28.156 30.649 44.272 34.9033.3 Perda (Recuperação) de valores ativos (2.460) (3.449) (512) 1.0134. Valor Adicionado Bruto (1-2-3) 225.638 322.977 259.739 358.2885. Depreciação, amortização e exaustão 7.910 10.797 8.317 11.2836. Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade (4-5) 217.728 312.180 251.422 347.0057. Valor Adicionado Recebido em Transferência 13.767 40.292 61 297.1 Resultado de equivalência patrimonial 13.706 40.263 – –7.2 Outras 61 29 61 298. Valor Adicionado a Distribuir (6+7) 231.495 352.472 251.483 347.0349. Distribuição do Valor Adicionado 231.495 352.472 251.483 347.0349.1 Pessoal 95.569 90.335 100.472 94.4889.1.1 Remuneração direta 80.600 78.490 84.274 81.5419.1.2 Benefícios 8.825 7.411 9.741 8.2029.1.3 F.G.T.S. 6.144 4.434 6.457 4.7459.2 Impostos, taxas e contribuições 54.002 103.764 67.528 94.7089.2.1 Federais 46.291 98.225 58.930 88.6779.2.2 Estaduais 442 324 534 3649.2.3 Municipais 7.269 5.215 8.064 5.6679.3 Remuneração de capitais de terceiros 15.347 8.463 15.955 9.0069.3.1 Aluguéis 15.347 8.463 15.955 9.0069.4 Remuneração de capitais próprios 66.577 149.910 67.528 148.8329.4.1 Juros sobre capital próprio 52.000 52.000 52.000 52.0009.4.2 lucros retidos 14.577 97.910 15.528 96.832

    As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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    Demonstrações Financeiras 2012/2011

    DEMONSTRAÇÃO DOS FLuxOS DE CAIxA DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE juNhO DE 2012 E 2011 - MéTODO INDIRETOEM MILhARES DE REAIS

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADO2012 2011 2012 2011

    Fluxo de Caixa das Atividades OperacionaisLucro Líquido 66.577 149.910 67.528 148.832Ajustes ao Lucro Líquido 181.484 176.466 220.242 222.277Provisão p/ créditos de liquidação duvidosa 179.988 203.728 198.742 207.370Depreciações e amortizações 7.910 10.797 8.317 11.283(Reversão) outras (224) (450) (224) (450)Provisão/(Reversão) com processos cíveis, trabalhistas e fiscais 1.793 (1.339) 3.585 (1.528)Resultado de participações em controladas (13.706) (40.263) – –(Ganho)/perda na venda de imobilizado 937 (72) 937 (72)(Ganho) na venda bens não de uso próprio (474) (1.194) (495) (1.741)Perda na venda de diferido – – – 101Amortização de ágio de investimento 5.260 5.259 5.260 5.259Outros – – 4.120 2.055Lucro Líquido Ajustado 248.061 326.376 287.770 371.109(Aumento)/redução em aplicações interf. de liquidez (148.469) 30.442 (21.382) (8.253)(Aumento)/redução em títs. vals. mob. e instr. fin. deriv. (388.376) 48.917 (552.611) (52.674)(Aumento) em relações interfinanceiras e interdependências (20.147) (10.566) (20.147) (10.566)(Aumento) em op. de créd. e de arrend. merc. (585.794) (250.098) (269.093) (314.941)(Aumento) em outros créditos e outros valores e bens (750.873) (142.303) (748.583) (188.880)Aumento/(redução) em depósitos (427.899) 612.287 (432.491) 603.900Aumento em captações no mercado aberto 40.627 6.544 42.283 10.377Aumento/(redução) em outras obrigações 477.553 (418) (41.508) (11.780)Aumento/(redução) em result. de exerc. futuros (927) 13.792 (1.075) 14.334Caixa Líquido Proveniente/Utilizado nas Atividades Operacionais (1.556.244) 634.973 (1.756.837) 412.626Fluxo de Caixa das Atividades de InvestimentosRedução em títulos e valores mobiliários 7.760 24.217 108.998 140.510Alienação de bens não de uso próprio 32.027 10.370 32.359 15.915Alienação de investimentos – – – 129Alienação de imob. de uso e de arrend. 40 127 40 252Aquisição de bens não de uso próprio (113.152) (38.965) (114.316) (42.973)Aquisição de investimentos (50) – (50) (129)Aquisição de imob. de uso e de arrend. (29.786) (6.847) (30.159) (7.034)Aplicação no intangível (1.482) (930) (1.817) (1.238)Caixa Líquido Proveniente/Utilizado nas Atividades de Investimentos (104.643) (12.028) (4.945) 105.432Fluxo de Caixa das Atividades de FinanciamentosAumento em recursos de emissão de títulos 216.608 308.113 215.316 312.589Aumento em obrigações p/ empréstimos e repasses 449.895 112.521 449.895 112.521Aumento/(redução) em dívidas subordinadas 61.001 (175.774) 61.001 (175.774)Dividendos pagos (6.500) (17.500) (6.500) (17.500)Juros sobre capital próprio pagos (52.000) (52.000) (52.000) (52.000)Caixa Líquido Proveniente/Utilizado nas Atividades de Financiamentos 669.004 175.360 667.712 179.836Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes de Caixa (991.883) 798.305 (1.094.070) 697.894Saldo inicial de caixa e equivalentes 3.774.833 2.083.120 3.891.564 2.083.262Saldo final de caixa e equivalentes 2.782.950 2.881.425 2.797.494 2.781.156Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes de Caixa (991.883) 798.305 (1.094.070) 697.894

    As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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    DEMONSTRAÇõES DAS MuTAÇõES DO PATRIMôNIO LÍquIDODOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE juNhO DE 2012 E 2011EM MILhARES DE REAIS

    Reservas de lucros

    NotaCapital social

    Ações em Tesouraria Legal Estatutária

    Lucros acumulados Total

    Saldos em 01 de janeiro de 2011 1.434.206 – 58.419 462.024 – 1.954.649Dividendos de exercícios anteriores 28c. – – – (17.500) – (17.500)Recompra de açõeslucro líquido do semestre – – – – 149.910 149.910Destinações do lucro: Remuneração sobre capital próprio 28c. – – – – (52.000) (52.000) Reservas 28d. – – 7.495 90.415 (97.910) –Saldos em 30 de junho de 2011 1.434.206 – 65.914 534.939 – 2.035.059Mutações do semestre – – 7.495 72.915 – 80.410Saldos em 01 de janeiro de 2012 1.434.206 (58.593) 70.046 556.440 – 2.002.099Dividendos de exercícios anteriores 28c. – – – (6.500) – (6.500)lucro líquido do semestre – – – – 66.577 66.577Destinações do lucro: Remuneração sobre capital próprio 28c. – – – – (52.000) (52.000) Reservas 28d. – – 3.329 11.248 (14.577) –Saldos em 30 de junho de 2012 1.434.206 (58.593) 73.375 561.188 – 2.010.176Mutações do semestre – – 3.329 4.748 – 8.077

    As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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    Notas explicativas às demoNstrações fiNaNceiras dos semestres fiNdos em 30 de juNho de 2012 e 2011 em milhares de reais

    demonstrações financeiras 2012/2011

    1. CONTExTO OPERACIONAL

    O Banco Industrial e Comercial S.A. (BICBANCO) é uma sociedade anônima de capital aberto, constituída em 29 de dezembro de 1938 e autorizada pelo Banco Central do Brasil (BACEN) a operar na forma de Banco Múltiplo, desenvolvendo suas operações através das carteiras: comercial, investimentos, crédito imobiliário e câmbio.

    Por meio de empresas controladas atua nos mercados: de arrendamento mercantil, de crédito, financiamentos e investimentos, administração de fundos de investimentos, distribuição e corretagem de câmbio e valores mobiliários.

    2. APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇõES FINANCEIRAS

    a) Apresentação das informações financeiras As demonstrações financeiras individuais do Banco Industrial e Comercial S.A. (BICBANCO MÚlTIPlO), incluída a dependência no

    exterior, e as demonstrações financeiras consolidadas do Banco Industrial e Comercial S.A. e suas controladas, os fundos de investimentos em direitos creditórios e o Empreendimento Controlado em Conjunto (BICBANCO CONSOlIDADO), foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da lei das Sociedades por Ações - lei nº 6.404/76, alterada pelas leis nos 11.638/07 e 11.941/09, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do BACEN e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), quando não conflitante com as normas do BACEN.

    Desde 2008, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC emite pronunciamentos relacionados ao processo de convergência contábil internacional, porém nem todos foram homologados pelo Banco Central do Brasil. Desta forma, o BICBANCO, na elaboração das suas demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, adotou os seguintes pronunciamentos, já homologados pelo BACEN:

    a) CPC 01 - Redução ao valor recuperável de ativos - Resolução CMN nº 3.566/08; b) CPC 03 - Demonstrações dos fluxos de caixa - Resolução CMN nº 3.604/08; c) CPC 05 - Divulgação sobre partes relacionadas - Resolução CMN nº 3.750/09; d) CPC 10 - Pagamento baseado em ações - Resolução CMN nº 3.989/11; e) CPC 25 - Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes - Resolução CMN nº 3.823/09; f) CPC 23 - Políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erro - Resolução CMN nº 4.007/11; e g) CPC 24 - Evento Subsequente - Resolução CMN nº 3.973/11. As demonstrações financeiras foram concluídas pela administração em 13 de agosto de 2012 e aprovadas para divulgação pelo

    Conselho de Administração em 13 de agosto de 2012.b) Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas incluem o BICBANCO MÚlTIPlO, e as empresas controladas (conforme quadro abaixo),

    os FIDCs e a BRASIlFactors, as quais foram elaboradas de acordo com a lei nº 6.404/76, e alterações introduzidas pelas leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09 e normas da CVM e CMN, quando aplicável, apresentando as operações de arrendamento mercantil pelo método financeiro, com a reclassificação do imobilizado de arrendamento para rubrica de operações de arrendamento mercantil, deduzido do valor residual antecipado.

    Os saldos patrimoniais e os resultados originados de transações entre as empresas foram eliminados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas.

    Participação - 2012 e 2011 %BIC Arrendamento Mercantil S.A. 100BIC Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. 100BIC Informática S.A. 100BIC Administradora de Cartões de Crédito S/C ltda. 100Sul Financeira S.A. Crédito, Financiamentos e Investimentos 100Sul Financeira Promotora de Vendas ltda. 100Sul Financeira Cobrança ltda. 100BRASIlFactors (*) 40

    (*) Consolidado a partir de dezembro/11

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    b.1) Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios - FIDCs Em conformidade com as normas da CVM, na condição de originador dos recebíveis cedidos aos FIDCs, Fundo de Investimento

    em Direitos Creditórios BICBANCO Crédito Consignado (BICBANCO Crédito Consignado), Fundo de Investimento em Direitos Creditórios BICBANCO Saúde Garantida (BICBANCO Saúde Garantida) e Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Crédito Corporativo, foram consolidadas as informações contábeis dos referidos FIDCs. Além dos referidos FIDCs, as informações financeiras consolidadas incluem até 31 de dezembro de 2011 as informações contábeis do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios SF - Multisegmentos, cujo originador dos recebíveis cedidos é a controlada Sul Financeira S.A. Crédito, Financiamentos e Investimentos que possui a totalidade das cotas subordinadas desse Fundo. O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios SF - Multisegmentos foi encerrado em 29 de março de 2012.

    Os FIDCs foram constituídos na forma da instrução CVM nº 409/04, com as características de condomínio fechado, oriundos de operações de empréstimos e com prazos de duração indeterminados, tendo o BICBANCO e sua subsidiária subscrito a totalidade das cotas subordinadas, sendo que as cotas seniores foram subscritas por investidores qualificados.

    Nas demonstrações financeiras individuais, o investimento em cotas subordinadas está registrado na rubrica “Ativo Realizável a longo Prazo - Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos - Carteira própria”.

    Os FIDCs do BICBANCO apresentavam as seguintes posições patrimoniais consolidadas em 30 de junho de 2012 e 2011:

    jun/2012 jun/2011AtivoDisponibilidades 33 17Títulos públicos federais 222.125 140.787Cotas de fundos de investimentos – 10.787Direitos creditórios 410.857 283.033(–) Provisão para devedores duvidosos (15.575) (29.471)Outros valores – 97Total do Ativo 617.440 405.250PassivoObrigações 397 259Patrimônio Líquido 617.043 404.991Cotas seniores 429.211 288.697Cotas subordinadas 187.832 116.294Total do Passivo 617.440 405.250

    b.2) Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) - BRASILFactors O BICBANCO, em 25 de abril de 2011, assumiu o compromisso de participação de 40% no capital da BRASIlFactors S.A.,

    uma joint venture, que terá como demais acionistas o FIMBank PlC (40%) e a International Finance Corporation - IFC (20%). As atividades principais da empresa são voltadas aos serviços de factoring e forfaiting, compreendendo a aquisição de recebíveis

    do mercado doméstico e internacional, tendo por mercado alvo as empresas pequenas e médias. Por ser constituída sob a forma de joint venture (Empreendimento Controlado em Conjunto) o BICBANCO, como empreendedor,

    reconhece seu investimento na entidade através da consolidação proporcional. Dessa forma as informações contábeis da BRASIlFactors são consolidadas, pelo percentual de participação detido, ou seja 40%, nas demonstrações financeiras do Banco.

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    demonstrações financeiras 2012/2011

    b.3) Balanço das controladas diretas

    jun/2012BIC Distribuidora BIC Arrendamento Sul Financeira Outras Total

    Ativo Total 15.652 553.371 760.771 25.927 1.355.721Circulante e realizável a longo prazo 15.652 553.371 758.080 25.777 1.352.880Disponibilidades 15 1.274 620 726 2.635Aplicações interfinanceiras – 9.201 2.900 – 12.101Títulos e valores mobiliários 15.367 125.098 – 14.115 154.580Operações de crédito – – 514.633 3.682 518.315Operações de arrendamento mercantil – 379.364 – – 379.364Outros créditos 270 27.280 206.934 7.196 241.680Outros valores e bens – 11.154 32.993 58 44.205Ativo permanente – – 2.691 150 2.841Passivo Total 15.652 553.371 760.771 25.927 1.355.721Circulante e exigível a longo prazo 869 372.539 653.746 12.526 1.039.680Depósitos Interfinanceiros – 206.235 626.300 – 832.535Recursos de aceites cambiais e debêntures – 104.295 1.814 – 106.109Outras obrigações 869 62.009 25.632 12.526 101.036Resultados de Exercícios Futuros – 247 – – 247Patrimônio líquido - Capital social e reservas 14.405 172.851 101.834 12.997 302.087Resultado do período 378 7.734 5.191 404 13.707

    jun/2011BIC Distribuidora BIC Arrendamento Sul Financeira Outras Total

    Ativo Total 14.728 629.254 292.644 15.449 952.075Circulante e realizável a longo prazo 14.728 629.254 290.065 15.449 949.496Disponibilidades 14 1.949 612 674 3.249Aplicações interfinanceiras – 7.480 – – 7.480Títulos e valores mobiliários 14.491 110.932 – 8.435 133.858Operações de crédito – – 246.893 – 246.893Operações de arrendamento mercantil – 480.063 – – 480.063Outros créditos 223 25.349 34.237 6.340 66.149Outros valores e bens – 3.481 8.323 – 11.804Ativo permanente – – 2.579 – 2.579Passivo Total 14.728 629.254 292.644 15.449 952.075Circulante e exigível a longo prazo 787 465.777 212.731 9.699 688.994Depósitos Interfinanceiros – 307.335 188.845 – 496.180Recursos de aceites cambiais e debêntures – 107.052 2.358 – 109.410Outras obrigações 787 51.390 21.528 9.699 83.404Resultados de Exercícios Futuros – 542 – – 542Patrimônio líquido - Capital social e reservas 13.504 148.287 55.158 5.301 222.250Resultado do período 437 14.648 24.755 449 40.289

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    b.4) Reconciliação do lucro e do patrimônio líquido do BICBANCO MÚLTIPLO x BICBANCO CONSOLIDADO

    jun/2012 jun/2011Lucro líquido do semestre (múltiplo) 66.577 149.910Exclusão do resultado positivo na cessão de créditos consignados para a Sul Financeira S.A. Crédito, Financiamentos e Investimentos – (3.246)Exclusão do resultado positivo na cessão de crédito aos FIDCs - BICBANCO – (11)Exclusão do resultado - FIDC Multisegmentos (Sul Financeira) – (2.282)Exclusão de encargos de comissões e tributos federais associados aos créditos cedidos – 3.348Apropriação do resultado do estoque das cessões - até 31/12/2011 951 1.113Lucro líquido do semestre (consolidado) 67.528 148.832Patrimônio líquido do semestre (múltiplo) 2.010.176 2.035.059Exclusão do resultado positivo na cessão de créditos consignados para a Sul Financeira S.A. Crédito, Financiamentos e Investimentos – (3.246)Exclusão do resultado positivo na cessão de crédito ao FIDC – (11)Exclusão do resultado - FIDC Multisegmentos (Sul Financeira) (1.944) (2.282)Exclusão de encargos de comissões e tributos federais – 3.348Ajuste no patrimônio líquido do estoque das cessões 951 (3.870)Apropriação do resultado nas cessões do período – 1.113Patrimônio líquido do semestre (consolidado) 2.009.183 2.030.111

    A partir de 1º de janeiro de 2012, as cessões de créditos realizadas com os FDIC’s e a Sul Financeira, foram realizadas com característica de retenção substancial de riscos e benefícios, de acordo com a Resolução nº 3.533/08.

    3. PRINCIPAIS PRáTICAS CONTáBEIS

    a) Resultado das operações As receitas e despesas são contabilizadas pelo regime de competência.b) Estimativas contábeis A elaboração das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração

    use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Itens significativos sujeitos a aplicação de estimativas e premissas incluem: a avaliação da realização da carteira de crédito para determinação da provisão para créditos de liquidação duvidosa, os estudos técnicos para estimar os períodos de realização dos créditos tributários, a avaliação das contingências e obrigações, a avaliação de perda por redução ao valor recuperável de ativos, inclusive ágio na aquisição de investimentos, e a avaliação dos instrumentos financeiros derivativos.

    A liquidação das transações e os respectivos saldos contábeis apurados por meio da aplicação de estimativas poderão apresentar diferenças, devido a imprecisões inerentes ao processo de estimativas. O BICBANCO revisa as estimativas e premissas pelo menos trimestralmente.

    c) Moeda funcional e de apresentação As demonstrações financeiras estão sendo apresentadas em Real, moeda funcional e de apresentação do BICBANCO. Os ativos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras foram convertidos para Reais pela taxa de câmbio da data

    de fechamento do balanço divulgada pelo BACEN e as diferenças decorrentes de conversão de moeda foram reconhecidas no resultado do período.

    Para a agência no exterior, por se tratar na essência de uma extensão das atividades do Brasil, os ativos, os passivos e os resultados, são adaptados às práticas contábeis utilizadas pelo BICBANCO e foram convertidos para Reais pela taxa de câmbio vigente na data do balanço. O resultado da variação cambial é registrado nas contas contábeis que as originaram na demonstração do resultado.

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    demonstrações financeiras 2012/2011

    d) Caixa e equivalentes de caixa para o fluxo de caixa Caixa e equivalentes de caixa são representados por disponibilidades em moeda nacional, moeda estrangeira, aplicações no mercado

    aberto e aplicações em depósitos interfinanceiros, cujo vencimento das operações na data da efetiva aplicação seja igual ou inferior a 90 dias e apresentem risco insignificante de mudança de valor em caso de resgate antecipado.

    e) Ativos circulante e realizável a longo prazoe.1) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas pelo valor de aplicação ou aquisição acrescida dos rendimentos auferidos até a data do balanço.e.2) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos

    - Títulos e valores mobiliários: Conforme estabelecido pela Circular nº 3.068/01 do Banco Central do Brasil, os títulos e valores mobiliários, são assim

    classificados e avaliados: •Títulosparanegociação - títulos e valores mobiliários adquiridos com o intuito de serem ativa e frequentemente negociados,

    são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período. •Títulosdisponíveisparavenda - títulos e valores mobiliários que não se enquadram como para negociação, nem como mantidos

    até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado, em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, pelo valor líquido dos efeitos tributários.

    •Títulosmantidosatéovencimento - títulos e valores mobiliários, com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.

    e.3) Instrumentos financeiros derivativos A avaliação é efetuada com base no valor de mercado e as valorizações e desvalorizações decorrentes são registradas no

    resultado do período, exceto aqueles descritos na nota 6b1a. Quando as operações de derivativos são contratadas para hedge de risco de mercado, as valorizações e desvalorizações tanto do derivativo quanto do item objeto de hedge, são marcadas a mercado e os efeitos reconhecidos no resultado.

    e.4) Operações de crédito e provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa As operações de crédito são classificadas de acordo com o julgamento da Administração quanto ao nível de risco, levando em

    consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação, aos devedores e garantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 2.682/99 do CMN, que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove níveis, sendo AA (risco mínimo) e H (perda).

    As rendas das operações de crédito vencidas há mais de 60 dias, independentemente de seu nível de risco, somente serão reconhecidas como receita, quando efetivamente recebidas.

    As operações classificadas como nível H, permanecem nessa classificação por 06 meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando em contas patrimoniais. A provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa, considerada suficiente pela Administração, atende ao requisito mínimo estabelecido pela referida Resolução, conforme demonstrado na nota 9c.

    e.5) Demais ativos circulantes e realizáveis a longo prazo São apresentados pelo valor líquido de realização.

    f) Permanentef.1) Investimentos em controladas Os investimentos em controladas, nas demonstrações financeiras individuais, são avaliados pelo método de equivalência

    patrimonial. O ágio apurado na aquisição de investimento, decorrente de expectativa de rentabilidade futura, é amortizado linearmente pelo prazo de 10 anos, conforme definido em avaliação realizada por empresa especializada.

    f.2) Imobilizado de uso O imobilizado de uso, demonstrado ao custo de aquisição, é depreciado linearmente com base em taxas anuais em função da

    expectativa da vida útil dos bens, como segue: imóveis - 4%; móveis, utensílios, sistemas de comunicações e instalações - 10%; sistema de processamento de dados e veículos - 20%.

    f.3) Ativo intangível No ativo intangível, estão registrados os valores relativos a softwares, demonstrado ao custo, que é amortizado linearmente à

    taxa de 20% ao ano.

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    f.4) Ativo diferido O ativo diferido é composto por gastos com aquisição e desenvolvimento logiciais incorridos até 31 de dezembro 2008 e

    benfeitorias em imóveis de terceiros, relativos à instalação e manutenção de agências, com amortização à taxa anual de 20% ou pelos prazos dos contratos de locação. De acordo com a Resolução nº 3.617/08 do BACEN estes gastos não poderão mais ser diferidos e o saldo remanescente deverá ser mantido até a sua efetiva baixa.

    g) Passivos circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis incluindo, quando aplicáveis, os encargos e as variações monetárias (em base

    “pro rata”) e cambiais auferidas. O imposto de renda e a contribuição social são registrados na rubrica “Outras Obrigações - Fiscais e previdenciárias”, e são calculados

    sobre o lucro contábil ajustado nos termos da legislação tributária, às alíquotas de 15%, acrescida de adicional de 10% acima de determinado limite para o imposto de renda e, de 15% sobre lucro antes da dedução do imposto de renda para a contribuição social. O imposto de renda e contribuição social diferidos estão registrados na rubrica “Outros Créditos - Diversos”.

    h) Contingências e obrigações legais O reconhecimento, mensuração e divulgação das contingências e das obrigações legais são efetuados de acordo com critérios

    definidos pela Resolução do CMN nº 3.823/09. Ativos contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando da existência de decisão judicial favorável, sobre a qual não

    se admitam recursos, caracterizados como praticamente certo. Os ativos com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados em nota explicativa (nota 24). O BICBANCO não possui ativos contingentes de êxito provável.

    Passivos contingentes: são reconhecidos contabilmente quando os consultores jurídicos avaliarem a probabilidade de perda como provável. Os casos com chances de perda classificadas como possível são apenas divulgados em nota explicativa (nota 24).

    Obrigações legais: estão reconhecidas e provisionadas no balanço patrimonial, independentemente da avaliação das chances de êxito no curso do processo judicial.

    i) Venda ou transferência de ativos financeiros - Cessão de Crédito A baixa de um ativo financeiro ocorre quando os direitos contratuais do fluxo de caixa se expiram ou quando ocorrer a venda ou

    transferência do mesmo. Conforme estabelecido pela Resolução nº 3.533/08, a venda ou transferência de um ativo financeiro é classificada em três categorias: - Operações com transferência substancial dos riscos e benefícios: são classificadas as operações em que o vendedor ou cedente transfere

    substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade do ativo financeiro objeto da operação, tais como: (I) venda incondicional de ativo financeiro; (II) venda de ativo financeiro em conjunto com opção de recompra pelo valor justo desse ativo no momento da recompra; (III) venda de ativo financeiro em conjunto com opção de compra ou de venda cujo exercício seja improvável de ocorrer.

    - Operações com retenção substancial dos riscos e benefícios: são classificadas as operações em que o vendedor ou cedente retém substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade do ativo financeiro objeto da operação, tais como: (I) venda de ativo financeiro em conjunto com compromisso de recompra do mesmo ativo a preço fixo ou o preço de venda adicionado de quaisquer rendimentos; (II) contratos de empréstimo de títulos e valores mobiliários; (III) venda de ativo financeiro em conjunto com swap de taxa de retorno total que transfira a exposição ao risco de mercado de volta ao vendedor ou cedente; (IV) venda de ativo financeiro em conjunto com opção de compra ou de venda cujo exercício seja provável de ocorrer; (V) venda de recebíveis para os quais o vendedor ou o cedente garanta por qualquer forma compensar o comprador ou o cessionário pelas perdas de crédito que venham a ocorrer, ou cuja venda tenha ocorrido em conjunto com a aquisição de cotas subordinadas do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) comprador.

    - Operações sem transferência nem retenção substancial dos riscos e benefícios: são classificadas as operações em que o vendedor ou cedente não transfere nem retém substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade do ativo financeiro objeto da operação.

    A avaliação quanto à transferência ou retenção dos riscos e benefícios de propriedade dos ativos financeiros é efetuada com base em critérios consistentes e passíveis de verificação, utilizando-se como metodologia, a comparação da exposição, antes e depois da venda ou da transferência, relativamente à variação no valor presente do fluxo de caixa esperado associado ao ativo financeiro descontado pela taxa de juros de mercado apropriada.

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    demonstrações financeiras 2012/2011

    4. DISPONIBILIDADES E APLICAÇõES INTERFINANCEIRAS DE LIquIDEz

    a) Disponibilidades

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADOjun/2012 jun/2011 jun/2012 jun/2011

    Caixa 1.647 1.712 1.710 1.770Depósitos no exterior em moedas estrangeiras (*) 56.995 103.041 57.298 103.196Total 58.642 104.753 59.008 104.966

    (*) Do total dos depósitos no exterior em moedas estrangeiras, o montante de R$ 28.984 (Jun/2011 - R$ 60.592) é remunerado à taxa média de 0,10% a.a. (Jun/2011 - 0,27% a.a.).b) Aplicações no mercado aberto

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADOvencimento jun/2012 jun/2011 jun/2012 jun/2011

    Até 30 dias 2.700.729 2.494.393 2.714.907 2.546.605Total 2.700.729 2.494.393 2.714.907 2.546.605

    c) Aplicações em depósitos interfinanceiros

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADOvencimento jun/2012 jun/2011 jun/2012 jun/2011

    Até 30 dias 208.088 220.385 14.877 26.693De 31 a 90 dias 69.126 180.690 40.941 69.796De 91 a 360 dias 488.133 241.728 16.185 50.134Acima de 360 dias 145.597 110.389 6.406 110.389Total 910.944 753.192 78.409 257.012

    d) Aplicações em moedas estrangeiras

    BICBANCO MÚLTIPLO E CONSOLIDADOvencimento jun/2012 jun/2011

    Até 30 dias 2.276 44.367De 31 a 90 dias – 20.354Total 2.276 64.721

    5. TÍTuLOS E vALORES MOBILIáRIOS

    a) Política de atuação Os títulos e valores mobiliários são avaliados, quanto à sua destinação, por ocasião das aquisições e a carteira formada é avaliada a

    cada balanço semestral. Para os títulos mantidos até o vencimento o BICBANCO declara a intenção e capacidade financeira para manutenção até o vencimento.

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    b) Composição da carteira de títulos e valores mobiliários por tipo e categoria

    BICBANCO CONSOLIDADO MÚLTIPLOSem

    vencto.Até

    90 dias91 a

    360 diasMais de

    360 diasTotal

    contábilCusto

    corrigidovalor de mercado

    Total contábil

    Títulos para negociação 42.011 42.039 113.972 624.359 822.381 797.618 822.381 614.436Carteira própria 42.011 35.470 10.944 488.250 576.675 561.500 576.675 368.730letras Financeiras do Tesouro – 35.470 – 207.945 243.415 243.416 243.415 35.470Notas do Tesouro Nacional - B – – 10.944 264.757 275.701 264.345 275.701 275.701Notas do Tesouro Nacional - C – – – 27 27 22 27 27Fundos 11.761 – – – 11.761 11.761 11.761 11.761Carteira de renda variável 30.250 – – – 30.250 24.699 30.250 30.250Eurobonds – – – 15.521 15.521 17.257 15.521 15.521Vinculados a operações compromissadas – – – 102.191 102.191 97.592 102.191 102.191Notas do Tesouro Nacional - B – – – 102.191 102.191 97.592 102.191 102.191Vinculados a prestação de garantias – 6.569 103.028 33.918 143.515 138.526 143.515 143.515letras Financeiras do Tesouro – 6.569 – – 6.569 6.569 6.569 6.569Notas do Tesouro Nacional - B – – 103.028 33.918 136.946 131.957 136.946 136.946Títulos mantidos até o vencimento – – 93.889 33.866 127.755 127.755 128.308 326.754Carteira própria – – – 33.866 33.866 33.866 33.691 232.865Cotas - FIDC – – – – – – – 198.999Eurobonds – – – 33.866 33.866 33.866 33.691 33.866Vinculados a operações compromissadas – – 93.889 – 93.889 93.889 94.617 93.889Credit linked Note (ClN) – – 93.889 – 93.889 93.889 94.617 93.889Total em Jun/2012 42.011 42.039 207.861 658.225 950.136 925.373 950.659 941.190Total em Jun/2011 37.839 236.095 81.826 436.736 792.496 793.026 795.313 809.429

    (*) Total de operações vinculadas à prestação de garantias R$ 143.515 (Jun/2011 - R$ 81.826), sendo que o montante de R$ 143.304 (Jun/2011 - R$ 55.687) refere-se à margem depositada em garantia das operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, conforme nota 6b5.

    Os títulos públicos estão registrados no Sistema Especial de liquidação e Custódia (SElIC) do BACEN, e os títulos privados na CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos. As ações estão registradas na Companhia Brasileira de liquidação e Custódia (CBlC). Os títulos no exterior - Eurobonds, estão custodiados na Centrale de livraison de Valuers Mobilieres - luxembourg (CEDEl). O título Credit linked Note (ClN) está custodiado no Banco Itaú BBA e as cotas do FIDC são controladas pelos Administradores dos Fundos.

    O valor de mercado dos títulos públicos foi apurado com base nos preços unitários, divulgados pela ANBIMA na data de balanço. O valor de mercado do ClN foi apurado com base na última negociação disponível.

    As ações que compõem a carteira de renda variável foram ajustadas com base na cotação média de negociação no último dia útil ou na ausência deste, a última cotação disponível. Os demais títulos no país foram ajustados a valor de mercado com base nas taxas referenciais da BM&FBOVESPA e o valor das cotas de fundos de investimento pelo valor da cota na data do balanço divulgado pelo administrador.

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    demonstrações financeiras 2012/2011

    c) Composição da carteira de títulos e valores mobiliários por indexador

    BICBANCO CONSOLIDADOjun/2012

    Título Dólar Selic IPCA Outros TotalAções – – – 30.250 30.250Fundos 11.761 – – – 11.761Eurobonds 49.387 – – – 49.387l.F.T. – 249.984 – – 249.984N.T.N.-B – – 514.838 – 514.838N.T.N.-C – – – 27 27Credit linked Note (ClN) 93.889 – – – 93.889Total 155.037 249.984 514.838 30.277 950.136

    BICBANCO CONSOLIDADOjun/2011

    Título Prefixado Dólar Selic CDI IPCA Outros TotalAções – – – – – 17.968 17.968CDB – – – 4.400 – – 4.400Fundos – 19.871 – – – – 19.871Eurobonds – 41.305 – – – – 41.305l.F.T. – – 197.744 – – – 197.744l.T.N. 79.963 – – – – – 79.963N.T.N.-B – – – – 207.018 – 207.018N.T.N.-C – – – – – 24 24Credit linked Note (ClN) – 224.203 – – – – 224.203Total 79.963 285.379 197.744 4.400 207.018 17.992 792.496

    6. CARTEIRA DE INSTRuMENTOS FINANCEIROS

    a) Instrumentos financeiros - Instrução 475/08 e Deliberação 550/08 da CVM O valor contábil dos instrumentos financeiros, registrados em contas patrimoniais, aproxima-se do valor que se poderia obter por meio

    de negociação em mercado ativo ou, na ausência deste, aproxima-se do valor presente dos fluxos de caixa ajustados pela taxa de juros vigente no mercado.

    Os valores de mercado estimados em 30 de junho de 2012 foram determinados utilizando as informações de mercado disponíveis e metodologia usual de apreçamento: avaliação do valor nominal até a data do vencimento e descontado a valor presente às taxas de mercado futuro, publicados nos boletins da BM&FBOVESPA ou outras fontes de mercado.

    Estas estimativas do valor justo apresentadas não são necessariamente indicativos de valores que o BICBANCO e suas controladas poderiam realizar no mercado. A utilização de diferentes hipóteses ou metodologias de avaliação pode divergir dos montantes estimados de valor justo ora apresentados tendo em vista a necessidade de parcela considerável de julgamento na interpretação das informações de mercado e sua liquidez.

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    Os principais instrumentos financeiros registrados em contas patrimoniais, comparados com os respectivos valores de mercado, estão assim apresentados:

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADOjun/2012 jun/2012

    valor contábil valor mercado valor contábil valor mercadoAtivosTítulos e valores mobiliários 941.190 941.743 950.136 950.659Derivativos (líquido) 427.718 482.861 427.718 482.861Operações de crédito e arrendamento mercantil 11.122.679 11.858.795 12.103.225 12.839.341PassivosDepósitos interfinanceiros 975.092 978.913 975.092 978.913Depósitos a prazo 7.239.108 7.836.625 7.084.528 7.682.045Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 1.602.970 1.656.451 1.602.970 1.656.451Debêntures – – 103.904 133.159Dívidas subordinadas 929.027 963.179 929.027 963.179

    BICBANCO MÚLTIPLO BICBANCO CONSOLIDADOjun/2011 jun/2011

    valor contábil valor mercado valor contábil valor mercadoAtivosTítulos e valores mobiliários 809.429 812.246 792.496 795.313Operações de crédito e arrendamento mercantil 12.509.986 14.683.015 13.486.499 15.659.529PassivosDepósitos interfinanceiros 876.760 905.229 876.760 905.229Depósitos a prazo 8.148.216 8.478.675 8.014.357 8.344.816Derivativos (líquido) 271.301 385.660 271.301 385.660Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 1.338.138 1.391.005 1.338.138 1.391.005Debêntures – – 106.638 124.534Dívidas subordinadas 746.327 777.250 746.327 777.250

    O valor de mercado das operações de crédito, dos depósitos interfinanceiros, dos depósitos a prazo prefixados e debêntures, foram calculados por meio de desconto dos fluxos de caixa futuros das operações com base nas taxas de juros de mercado divulgadas pela BM&FBOVESPA.

    As operações passivas de títulos e valores mobiliários emitidos no exterior e as dívidas subordinadas tiveram seus valores de mercado calculados a partir dos valores divulgados em feeder disponível - telas da Bloomberg.

    b) Derivativosb.1) Política de utilização O Banco realiza operações de derivativos tradicionais que visam atender as necessidades dos clientes, bem como executar sua

    política de gestão de riscos, como forma de minimização dos riscos resultantes das operações financeiras. O Banco designa operações de hedge como uma proteção do fluxo de caixa quanto à variabilidade das exposições, em função das oscilações de mercado. Os derivativos negociados são adquiridos para duas funções básicas:

    Hedge - para realização de hedge de portfólio estrutural; Trading - como instrumento para assumir posições proprietárias e de gestão de riscos dos derivativos negociados com clientes

    que visam administrar riscos de mercado resultantes basicamente de flutuações em taxas de juros, câmbio e preços de ativos. O Banco utiliza o hedge como uma estratégia defensiva que busca evitar o risco provocado pela variação de preços e taxas em

    determinadas posições assumidas ou futuras, mediante a compensação entre os resultados produzidos pelos itens objetos e os instrumentos financeiros utilizados na proteção. Ao evitar a perda, o hedge também anula a possibilidade de ganho, sendo seu objetivo econômico a transferência dos riscos inerentes às operações para outro agente com posição oposta.

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    Notas explicativas às demoNstrações fiNaNceiras dos semestres fiNdos em 30 de juNho de 2012 e 2011 em milhares de reais

    demonstrações financeiras 2012/2011

    Nesse sentido, o instrumento financeiro derivativo passou a ser amplamente utilizado para proteger posições ativas e passivas, compromissos assumidos e transações futuras, tanto para variações provocadas por alterações nas taxas de juros, câmbio e preços como para garantir a realização de fluxos de caixa projetados.

    Os derivativos desempenham função fundamental no gerenciamento e controle de riscos, na medida em que compatibilizam os riscos com maior eficácia. Os derivativos possibilitam o apreçamento dos itens objetos de negociação e a redistribuição dos principais riscos inerentes, propiciando a movimentação de capitais entre os diversos mercados e criando novas oportunidades de negócios com o conseqüente aumento e diversificação de carteiras.

    Os contratos de derivativos negociados com clientes, no Brasil, são de operações de Swap e Mercado Futuro, todas registradas na BM&FBOVESPA S.A. - BOlSA DE VAlORES, MERCADORIAS E FUTUROS ou na CETIP. Os contratos futuros de DI e dólar da BM&FBOVESPA são utilizados principalmente como instrumentos de hedge para mitigação do risco cambial do investimento da Agência de Cayman e para trava de taxas de financiamentos oferecidos a clientes por prazos ou moedas descasados com os dos recursos utilizados para este fim. No exterior, são realizadas operações com contratos derivativos NDF (Non Deliverable Forward) com o objetivo de hedge das captações no exterior.b.1a) Proteção das Exposições Cambiais O BICBANCO efetua operações de Swap e NDF para fins de hedge de suas obrigações com títulos emitidos no exterior

    com o objetivo de proteger o risco de variação cambial e coupon das operações, se resguardando das oscilações cambiais através da utilização de hedge econômico para essas operações. O valor registrado contabilmente na data do balanço dessas operações, apurado pelas taxas contratuais, representa um diferencial a receber de R$ 416.128 (Jun/2011 - R$ 171.810 a pagar), cujo respectivo valor de mercado a receber é de R$ 471.271 (Jun/2011 - R$ 286.348 a receber).

    b.2) Gerenciamento de risco O BICBANCO opera com instrumentos financeiros derivativos como parte do elenco de produtos oferecidos aos seus clientes e

    para atender a sua própria necessidade, relacionada com o gerenciamento de riscos de mercado que decorrem, basicamente, de normais descasamentos entre moedas, taxas de juros, indexadores e prazos de suas operações ativas e passivas. Os instrumentos financeiros derivativos representam compromissos futuros de troca de moeda ou indexador, ou compra e venda de ativos financeiros em datas e condições previamente determinadas em contrato.

    O BICBANCO adota uma política de minimização da exposição ao risco de mercado em consonância com sua principal atuação de negócios que é a concessão de crédito. O gerenciamento dos riscos é exercido diretamente pelos Comitês por meio de instrumentos devidamente testados e avaliados.

    A estratégia de gestão do risco cambial do capital investido no exterior tem como objetivo não permitir impactos no resultado decorrentes de variação cambial. Para alcançar essa finalidade, o risco cambial é neutralizado e os investimentos são remunerados em reais, por intermédio da utilização de instrumentos financeiros derivativos.

    b.3) Estratégias e parâmetros utilizados para o gerenciamento de riscos associados a cada estratégia de atuação no mercado Os principais fatores de risco dos derivativos assumidos em 29 de junho de 2012 eram relacionados à taxa de câmbio, taxa de

    juros, cupom de dólar e renda variável, que visam maximizar as relações risco e retorno, mesmo em situações de grande volatilidade. O controle de gerenciamento de risco das carteiras é efetuado utilizando-se das métricas VaR, Rentabilidade e Risco de liquidez.

    b.4) Critérios de avaliação e mensuração, métodos e premissas utilizados na apuração do valor de mercado Normalmente, os preços cotados em bolsa são os melhores parâmetros de Valor Justo dos Instrumentos Financeiros. No

    entanto, nem todos os instrumentos possuem liquidez ou mesmo cotações, sendo necessária a adoção de estimativas de valor presente e outras técnicas de precificação. Para a obtenção destes valores de mercado, são adotados os seguintes critérios:

    • Futuros e Termo: cotações em bolsas; • Swap: estima-se o fluxo de caixa de cada uma de suas partes descontadas a valor presente, conforme as correspondentes

    curvas de juros, obtidas com base nos preços da BM&FBOVESPA, e/ou nos preços de mercado dos títulos públicos para as operações do Brasil, e nos preços das bolsas internacionais para as operações realizadas no exterior, quando aplicável;

    • Opções: modelos estatísticos que incorporam o comportamento da volatilidade do preço do ativo objeto, as taxas de juros, o preço de exercício e o preço spot da mercadoria.

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    Notas explicativas às demoNstrações fiNaNceiras dos semestres fiNdos em 30 de juNho de 2012 e 2011 em milhares de reais

    b.5) Registro dos valores Os saldos decorrentes dessas operações são registrados em conta de compensação e patrimonial, conforme regra específica

    do Banco Central do Brasil. Contabilmente, os instrumentos de