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DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A Grupo: Carla Maria Eronildo Elias Hubenício Carvalho Jéssica Barros Karina Pereira Kherolley Romana

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Page 1: Deficiência da vitamina a

DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A

Grupo: Carla Maria Eronildo Elias Hubenício Carvalho Jéssica Barros Karina Pereira Kherolley Romana

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Caso clínicoR.B.P., negra, 8 anos de idade natural e procedente do Alto do Pascal foi admitida na emergência do Hospital Universitário Osvaldo Cruz (HUOC). Como queixa principal relatou que a 3 dias encontra-se com diarréia e ao anoitecer não consegue enxergar bem. Na anamnese uma das perguntas norteadora foi a respeito da sua alimentação,na qual, informou que não costumava consumir verduras e frutas. Ao realizar o exame físico apresentou hiperqueratose folicular e de conjuntivas, também tinha características avançadas de desnutrição. Foi solicitado um exame bioquímico e no seu resultado apresentou no seu plasma um valor equivalente a 19,5 µg/dl de reserva de retinol. Ao correlatar todos os achados foi confirmado um quadro de hipovitaminose A.

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Plasma Adulto Criança

30 a 70 µg/dl 40,1 a 49,9µg/dl 20,5 a 24,9 µg/dl

1,04 µmol/L a 2,43 µmol/L

1,39 µmol/L a 1,73 µmol/L

0,70 a 0,90 µg/dl

Tabela 1. Taxa normal de retinol

... Foi solicitado um exame bioquímico e no seu resultado apresentou no seu plasma um valor equivalente a 19,5 µg/dl de

reserva de retinol.

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...Ao realizar o exame físico apresentou hiperqueratose folicular e de conjuntivas, também tinha características avançadas de

desnutrição...

Nictalopia;

Xeroftalmia ;

Frinodermia;

Desnutrição.

Sinais e sintomas

...Como queixa principal relatou que a 3 dias encontra-se com diarréia e ao anoitecer não consegue enxergar bem...

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VITAMINA A1- O que é vitamina A?2- Por que a vitamina A é tão importante?3- Quais são as conseqüências da deficiência de vitamina A?4- Quais os alimentos que são ricos?5- Quais são os fatores responsáveis pela deficiência da vitamina A? 6- Como prevenir e tratar a deficiência de vitamina A

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1-A vitamina A (retinol) é nutriente essencial, necessário em pequenas quantidades em humanos para o adequado funcionamento O termo vitamina A refere-se a um grupo de compostos, que inclui retinol, retinaldeído e ácido retinóico. Do ponto de vista formal, o termo vitamina A inclui ainda os carotenóides, com atividade pró-vitamina A, que atuam como precursores alimentares do retinol

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2-É essencial para o bom funcionamento dos olhos. A córnea, parte transparente do olho,é protegida pela vitamina A. -É necessária para o crescimento e o desenvolvimento de crianças, e para as mulheres grávidas, para permitir o crescimento do feto; 

-- Participa da defesa do organismo, pois ajuda a manter úmida e saudável as mucosas. As mucosas são um tipo de pele que recobre alguns órgãos por dentro, como o nariz, a garganta, a boca, os olhos, o estômago, e representam uma ótima proteção contra as infecções, tais como diarréia e infecções respiratórias, possibilitando uma recuperação mais rápida. 

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3-•Xeroftalmia, queratomalácia. Infecções secundárias;•Modelação óssea defeituosa, maior espessura óssea;•Aumento da pressão do líquor. Hidrocefalia;•Anormalidade de reprodução, incluindo aborto, malformações;•Doenças de pele;•Cálculos renais e ureterais;•Aumento da mortalidade;•Defeito para adaptação ao escuro – sinal mais precoce;•Falência de crescimento;•Imunodepressão•Xerose e queratinização de membranas mucosas;•Traqueobronquite necrotizante inicialmente, sucedendo-se metaplasia escamosa.

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4-A melhor fonte de vitamina A para o lactente é o leite materno.

Outras fontes

•principais de provitamina A são as folhas de cor verde-escura (como o caruru);

•frutos amarelo-alaranjados (como a manga e o mamão);

• as raízes de cor alaranjada (como a cenoura);

• os óleos vegetais (óleo de dendê e o de buriti, pequi e pupunha).

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Tabela 2. Valores de Referência de Ingestão Dietética – Dietary Reference Intakes (DRIs), 2001

RDA – quantidade recomendada; UL – limite máximo de ingestãoFonte: Institute of Medicine – Dietary Reference Intake, 2001,12.

Categoria RDA UL

Lactentes≤18 anos19-30 anos31-50 anos

1.2001.3001.300

28003.0003.000

Grávidas ≤18 anos19-30 anos31-50 anos

750770770

2.8003.0003.000

Bebês0-6 meses7-12 meses

400400

600600

Crianças1-3 anos 4-8 anos

300400

600900

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5-Fatores associados com o desenvolvimento da deficiência de vitamina A

• Ingestão inadequada dos alimentos fontes;

•Má-absorção ou ainda excreção urinária desse micronutriente;

•A deficiência de proteína interfere com o transporte da vitamina A no sangue;

•Má-absorção dos lipídeos há freqüente redução da absorção da vitamina A.

A redução dos níveis de transtiretina e RBP nesses pacientes devam-se principalmente a insuficiência hepática. Quanto a excreção urinária de vitamina A, esta situação freqüentemente ocorre quando há nefrite crônica, febre, infecções de modo geral favorecendo a deficiência dessa vitamina.

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Diagnóstico •Clinico: sinais e sintomas;

•Bioquímicos: níveis séricos e hepáticos do retinol,teste de resposta relativa(RDR);

•Citológicos: citologia de impressão conjuntival;

•Dietéticos: inquéritos qualitativos e quantitativo.

Diagnostico de Enfermagem

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TratamentoO tratamento deve incluir um;

Amplo trabalho de educação nutricional visando a modificação dos hábitos alimentares;

Superdosagem de vitamina A administrada oralmente;

quando associada a desnutrição deverá ser logo tratada para que haja sucesso no tratamento da hipovitaminose A.

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Profilaxia Três estratégias são habitualmente empregadas na prevenção da Deficiência de Vitamina A:

Incentivo ao consumo de alimentos ricos em vitamina A e pró-vitamina A;

Administração periódica de megadoses de vitamina A;

Adição de vitamina A a um ou mais alimentos de consumo massivo pela população.

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Tabela 3. Megadose administrada profilaticamente

Idade/condição Dose Freqüência

Crianças: 6 a 11 meses

100000 UI Uma vez a cada 6 meses

Crianças: 12 a 59 meses

200000 UI Uma vez a cada 6 meses

Puerperais no pós-parto imediato, antes da alta hospitalar

200000 UI Uma vez

Fonte: Brasil. Ministério da Saúde, 2004.11

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Hipervitaminose AA toxicidade da vitamina A manifesta-se por:

Anorexia;

Aumento da pressão intracraniana (vômitos e cefaléia);

Lesões ósseas dolorosas;

Aceleração do crescimento ósseo,

Dermatite descamativa ;

Hepatomegalia e funcionamento do fígado anormal.

Esse efeito colateral não só é raro como também não apresenta significado clínico e se reverte em cerca de 72 horas. Assim, a administração universal profilática de vitamina A na forma de megadoses é considerada segura.

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Cuidados de

Enfermagem

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Cuidados de Enfermagem

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Políticas Públicas 1- PNAN

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), 1999, atesta o compromisso do Ministério da Saúde com os males relacionados à escassez alimentar e à pobreza, sobretudo a desnutrição infantil e materna, bem assim com o complexo quadro dos excessos já configurado no Brasil pelas altas taxas de prevalência de sobrepeso e obesidade, na população adulta.

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As diretrizes programáticas desta Política que tem como fio condutor o Direito Humano à Alimentação e a Segurança Alimentar e Nutricional.

1. Estímulo a ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos.

2. Garantia da segurança e qualidade dos alimentos.

3. Monitoramento da situação alimentar e de vida saudáveis.

4. Prevenção e controle dos distúrbios e doenças nutricionais.

5. Promoção do desenvolvimento de linhas de investigação.

6. Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos em saúde e nutrição

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Os objetivos específicos do programa são:

Garantir a eliminação da deficiência de vitamina A como um problema de saúde pública em áreas de risco no Brasil;

Assegurar a suplementação com doses maciças de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós - parto imediato (antes da alta hospitalar), residentes nas áreas de risco; 

Contribuir para o conhecimento das famílias residentes em áreas de risco sobre a deficiência de vitamina A, incentivando o aumento do consumo de alimentos ricos em vitamina A; 

Estabelecer um sistema de monitoramento que permita a avaliação do processo e impacto da suplementação. 

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Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A é um programa do Ministério da Saúde que busca reduzir e controlar a Deficiência de vitamina A (DVA) em crianças de 6 a 59 meses de idade e mulheres no pós-parto imediato (antes da alta hospitalar) residentes em regiões consideradas de risco.

No Brasil, são consideradas áreas de risco a região Nordeste, o estado de Minas Gerais (região norte, Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucurici) e o Vale do Ribeira, em São Paulo.

VITAMINA A MAIS

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No ano de 2005, foi publicada a Portaria nº 729, de 13/5/2005, que definiu as diretrizes do programa de suplementação e as responsabilidades dos três níveis de governo.

Em 2004, o programa foi reestruturado com vistas a promover maior divulgação e mobilização dos profissionais de saúde e população, com a criação da marca publicitária: VITAMINA A MAIS.

No ano de 2001, o programa foi ampliado para atendimento às puérperas, por meio de suplementação com cápsulas de 200.000 UI na maternidade, no pós-parto imediato, uma vez que no Nordeste do Brasil mais de 95% dos partos são realizados em hospitais gerais ou especializados;

Para prevenir e controlar a deficiência de vitamina A, desde 1983, o Ministério da Saúde distribui cápsulas de 100.000 UI de vitamina A para crianças de 6 a 11 meses de idade e de 200.000 UI para crianças de 12 a 59 meses de idade

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Entre as medidas de prevenção da DVA, destacam-se:

promoção do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e complementar até 2 anos de idade, pelo menos;

garantia de suplementação periódica e regular às crianças de 6 a59 meses de idade com doses maciças de vitamina A distribuídas pelo Ministério da Saúde;

garantia de suplementação com megadoses de vitamina A para puérperas no pós-parto imediato, antes da alta hospitalar;

promoção da alimentação saudável, assegurando informações para incentivar o consumo de alimentos ricos em vitamina A pela população.

A distribuição de megadoses de vitamina A vem sendo feita de forma associada às campanhas de vacinação, em campanhas específicas de suplementação (“O dia da Vitamina A”) ou na rotina das unidades básicas de saúde.

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ReferênciasMinistério da Saúde. POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO 2.a edição revista Série B. Textos Básicos de Saúde.EDITORA MS BRASILIA 2003

Vannucchi H. Interaction of vitamins and minerals. Arch Latinoam Nutr 1991; 41:9-18.

http://nutricao.saude.gov.br/vita.php

MCLAREN, D. S.; FRIGG, M. Manual de ver y vivir sobre los transtornos pordeficiência de vitamina A (VAD). [S.l.]: OPAS, 1999. p. 143.