defesa da democracia - marxists internet archive na guanabara, onde o clima de intolerância do...

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João Goulart, e que abaixo vai trans- O DOCUMENTO «O Congresso Continental de Defesa da Autodeterminação do Povo Cubano, convocado para amanhã, dia 28, no Rio de Janeiro, apoia e defende teses que .constituem ponto fundamental da ori- eiita':úo diplomática de nosso pais. e .ue vem sendo, com dificuldades co- nhecidas, igualmente sustentadas pelo governo de V. Kxcia. Estamos bastante interessados em que as personalidades que fle reunirão amanhã no Rio, pos- y\m examinai' tedos os âitgulos do pro- l;'cma. da aplicarão prática daquele principio em relação a Cuba * que pos- sam ser debatidas as teses relaciona- das com tal doutrina. Decidimos, as- sim. como parlamentares, patrocinar a Congresso sem -obstáculos i liberdade * iscada uni assumir em relação i t*% io cubana a' posição determinada tWLi,,, líi. Desejámos consagrar o prin»' ripio da autodeterminação, fortaleci- do através de um debate de nivel tão alto como o que pode se esperar de uma assembléia integrada por perso- nalirfades marcantes da cultura e da polftica de nosso.Continente. V. Excia. sabe. por outro lado, o que está ocor- rendo na Guanabara, onde o clima de intolerância do Governo em torno do Congresso, culmina com a adoção de medidas policiais. O direito de reunião que a Constituição consagra está sen- crito na Integra, resolveram patrtd- nar o certame e solicitar garantiu do governo federal. Para discutir estas garantias é que se reuniram na madrugada de hoje (ao encerrarmos os trabalhos des- ta c.l^âo a reunião ainda continuava) com o ministro da Justiça, em Brasília, do flagrantemente desrespeitado, eom as pioce.4repercu.3oes para renome de nosso pais e a própria consolidação das instituições democráticas. Diante diste fato, comunicamos a V. Excia. nossa deliberação de patrocinar o Con- gresso. julgamos de nosso dever soli- citar garantias efetivas para a reali- zação do mesmo, e o direito de noaaa participação em suas reuniões. Esta* mos saindo para o Rio de Janeiro cam este objetivo e desejamos colocar dian- te de V. Excia. o problema das garan- tias que pela presente estamos aojjfci* tando».. ;_"." ';_ '..•;,.;.' ~ ' -:. "Ir: QL EM ASSIS A ' / y Além dos deputadu Leonel Brito- Ja, Sérgio Magalhães, Max da Conta Santos e Jíeiva Moreira,_quf tré-oroH»Bi Março Antènio Coelha, veira, Zair Nunes, Souto. Maior, Lamar- tine Távora, Enanuel Waisman, Tem- perani Pereira. Cid Carvalho, Eloy Du- tra (este também vice-governador da Guanabara), Chagas Rodrigues, Celso Passos e Vital do Rego. vk^-llder da IDN. José Sarney. Josaphá Borges, Paulo de Tarso. Adolfo de Oliveira. Florisceno Paixão, Antônio Jucá, Fer- nando Santana. Adabil Barreto, Fer-.* ro Costa e José Aparecido. ^^B^^^.HLil^mmmm\ mm\^mmW ^mmmm^,mmm\\\mm^.AmWW mmm^^^^^^^m^^^m\\^^^m^^^^m\^^^^^^^^^^^^m^^^^^^^mm\ m^m\\——Ámm\-—-^mmm>^ _L^^B___^^_!_^tu__^^^^-^m^mrn^^^^mmmm ANO V Rio de Janeiro, ttmana de 19 de março a 4 de abril de 1963 214 ¦¦i&vSM :&« m .¦}¦,<-•: SeSuroBt^-fi^í' "; u ?ii!»-*'.L' *' ¦ mffi§& mm mw Ê$£&n A pressio do governo norte-ameiicano contra a realisaçjo do Congresso Continental de Solidarleda- de a Cuba íoi exercida por diversos meios c se tornou pública de diversas formas. Da maneira mais aíron- tou. essa pressão era ligada, e cá. à* negociações realiaadas pela Missão San Tiago Dantas em Wai- hington. Aberta e cinicamente se dizia que o Con- gresso representava um entrave aos "bons entendi- mentos". Aberta e cinicamente .se tentava, assim. In. terferir em assunto interno de nosso Pais e justi- ficar eau interferência. . Apesar da pusilanimidade do ministro Hermes Lima, o governo brasileiro, embora criando arbitra- rias e ilegais dificuldades á vinda de delegados estran- geiros, não proibiu a realização do Congresso, reco- nhecendo que o direito de reunião e q de livre mani- festaçio do pensamento constituem uma conquista de nosso povo consagrada na Constituição da Repú* blica. Foi então utilizada a ação do governador Carlos Lacerda. Pisoteando nossas leis e ultrajando u ira- dições democráticas do povo carioca, o mais despu- doradó agente do imperialismo norte-americano em nossa Pátria quis transformar o Estado da Guanabara numa aldeia nazista e impedir, pela violência policial, que o Congresso se realizasse. O titere ianque sofreu sua primeira derrota com a realização, em Niterói, do Congresso Nacional de Solidariedade a Cuba. Seu furor reacionário tt- barrou nas fronteira'; do Ertado on Rio. cujo governa* dor, sr. Badger Silveira, proclamou respeito aos dirti* 4os e garantias constitucionais. Agora, mais de quatro dezenas de dtputadoa it* derais tomam em Brasília a patriótica dods&o de pa- trocinar o Congresso Continental e assegurar aua pie* na realização no Estado da Guanabara, flfeaa decisão náo encontra apoio apenas naa. leis, mas se. apoia igualmente'nas maniftstaçpes de nosso povo,' ' vêtea repetidas, de solidariedade a Cuba, de dos princípios de nãó-intervénção e de autode çáo dos povos, ao mesmo tempo que conâifbrile à salvaguarda dos direltoademocráticoo dfréMnliò t dt >,llvre on^ifeaUoJ» do^p«pü»in|rt^. » Lacerdo, tMddijMé 4q«k -— nás uiumas eleições ene :'á todo o povo brasiteirojiyávpolítiea ed .inimigo da democracia. A realização« so Continental de Solidariedade a Cuba, assegurada -pela unidade de ação de todos os patriotas e demo* cratas, significará mais unia vitória sobre as fôrçu da reação e do entreguismo. Será a vitória doa que querem e lutam por um Brasil que, internamente, assegure e amplie as liberdades conquistadas pelo povo e que, externamente, exerça uma influência cada ves mais vigorosa pela garantia da independência e da soberania de todos os povos, pela coexistência paci- fica entre os paises e pela paz mundial. , ..jj^.' •¦¦ m* .ml, QàíJmm ii il J) i pleWaiW.-imVmrmmK m 42-7344 Não Respondeu Durante todo o dia de on- tem o téleíone de nossa re- dação não funcionou. Não foram poucas as solicitações, feitas à Companhia TelefônU ca para <iue providenciasse o "reparo do aparelho. Não foram poucas mas foram em vão. Findaram o dia è o expediente, e o telefone continuou mudo. explica- ção para o falo? Disseram na CTB que o dia de ontem foi cheio, e que não houve lempo (•?) para "o conserto do nosso te- Icfone. Pela primeira vez acontece isto, " A nossa explicação é ou- tra; foi sabotagem! O tele- fone foi desligado proposi- tadámenle listo apuramos'. Polícia Invade e Prende Na tarde de ontem, os policiais de Lacerda come- leram mais uma violência. Atentaram contra a Consti- tÚi.Cno| invadindo a sede do diretório . regional do um partido político: ó PST. E fizeram mais. furtaram do local materiais e documen- tos e prenderam o nosso fomp;inheirn Leivas Otero, que ali se enconirava junta- mente com outras pessoas, O ato não tem justificativa e tem nm significado: a Guanabara vive sob o tacão de um fascista furioso, que não tem pejo «le violar os mais corriezinhos princípios que regem a vida constitu- cional do pais. Seu crime e previsto em !ei. resta puni-lo. 1 - ^e<^I 1 > DA**CfA7J \\\IJ*? l mmmmW^Í/. \ /l/' * \ tX*?^ ** i '&à'4 iàV 4*'\ _:-'i.i ^ommmmmwmamtmmBmmmfmsss^mmmmmm^ San Tiago Voltou de Pires Vazio £*.« I ¦«^«¦¦¦¦¦¦¦¦aÉHBHHHBMHHMaaBnHn^^ Prestes bo 41o flnivcrsarie do PCB: União rie Talts os Patriotas e Democratas Na 4a. página, Magra és palaaira prafarMa aala dMgaak eaimmiata ABI. im dia 2S Militares e Civis Unidos na Luta Pela Conquista Dos 70'/, ¦a^^^B IHI SmwMfi W^^WO "^4 AGUARDE NOVOS RUMOS EDIÇÃO DE MINAS GERAIS [ DIA 27 DE ABRIL Solidariedade a Cuba l'm leitor amiao t)o pavo cuba» nn •¦ lutador pela daftaa. 4o di* mio a<> Miuodat«rmln«slo dos P«vck v.i„ até no*M r*ttfl«, tra- f.ntd.y -'(ihMancial aluda Cr$ io.ckxiihi idez mil cruzelcoa) a NOVOS RCMOB. frisou q«* «m• eontrlhulcip ti. nltn usffiddo de cooper»!' tom a »fA-..M qn» i«e jornal v»m fa- zfiitii "o »ani dn o* dar i;omp!e- \n robí-Huia w* cbMffrwsos --• riarlnnãl » conühehul dp so* lidarí»d»d» a CM61. \'v r I \ Mi

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Page 1: Defesa da Democracia - Marxists Internet Archive na Guanabara, onde o clima de intolerância do Governo em torno do Congresso, culmina com a adoção de medidas policiais. O direito

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Deputados NacionalistasVêm à Guanabara GarantirCongresso de Apoio a Cnba

Desenas de deputados, autores decarta entregue ontem ao presidenteJoio. Goulart, chegarão hoje ao Riopara garantir a realização do Congre.s-so de apoio i autodeterminação deCuba. proibido por Lacerda. Os depu-tados, no documento enviado ao or.João Goulart, e que abaixo vai trans-

O DOCUMENTO

«O Congresso Continental de Defesada Autodeterminação do Povo Cubano,convocado para amanhã, dia 28, no Riode Janeiro, apoia e defende teses que.constituem ponto fundamental da ori-eiita':úo diplomática de nosso pais. e.ue vem sendo, com dificuldades co-

nhecidas, igualmente sustentadas pelogoverno de V. Kxcia. Estamos bastanteinteressados em que as personalidadesque fle reunirão amanhã no Rio, pos-y\m examinai' tedos os âitgulos do pro-l;'cma. da aplicarão prática daqueleprincipio em relação a Cuba * que pos-sam ser debatidas as teses relaciona-das com tal doutrina. Decidimos, as-sim. como parlamentares, patrocinar aCongresso sem -obstáculos i liberdade*

iscada uni assumir em relação i t*%io cubana a' posição determinada

tWLi,,,líi. Desejámos consagrar o prin»'

ripio da autodeterminação, fortaleci-do através de um debate de nivel tãoalto como o que pode se esperar deuma assembléia integrada por perso-nalirfades marcantes da cultura e dapolftica de nosso.Continente. V. Excia.sabe. por outro lado, o que está ocor-rendo na Guanabara, onde o clima deintolerância do Governo em torno doCongresso, culmina com a adoção demedidas policiais. O direito de reuniãoque a Constituição consagra está sen-

crito na Integra, resolveram patrtd-nar o certame e solicitar garantiu dogoverno federal.

Para discutir estas garantias éque se reuniram na madrugada dehoje (ao encerrarmos os trabalhos des-ta c.l^âo a reunião ainda continuava)com o ministro da Justiça, em Brasília,

do flagrantemente desrespeitado, eomas pioce.4repercu.3oes para • renomede nosso pais e a própria consolidaçãodas instituições democráticas. Diantediste fato, comunicamos a V. Excia.nossa deliberação de patrocinar o Con-gresso. julgamos de nosso dever soli-citar garantias efetivas para a reali-zação do mesmo, e o direito de noaaaparticipação em suas reuniões. Esta*mos saindo para o Rio de Janeiro cameste objetivo e desejamos colocar dian-te de V. Excia. o problema das garan-tias que pela presente estamos aojjfci*tando».. ;_"." ';_ '..•;,.;.' ~ ' -:. "Ir:

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. Apesar da pusilanimidade do ministro HermesLima, o governo brasileiro, embora criando arbitra-rias e ilegais dificuldades á vinda de delegados estran-geiros, não proibiu a realização do Congresso, reco-nhecendo que o direito de reunião e q de livre mani-festaçio do pensamento constituem uma conquistade nosso povo consagrada na Constituição da Repú*blica.

Foi então utilizada a ação do governador CarlosLacerda. Pisoteando nossas leis e ultrajando u ira-dições democráticas do povo carioca, o mais despu-doradó agente do imperialismo norte-americano emnossa Pátria quis transformar o Estado da Guanabaranuma aldeia nazista e impedir, pela violência policial,que o Congresso se realizasse.

O titere ianque já sofreu sua primeira derrotacom a realização, em Niterói, do Congresso Nacionalde Solidariedade a Cuba. Seu furor reacionário tt-barrou nas fronteira'; do Ertado on Rio. cujo governa*dor, sr. Badger Silveira, proclamou respeito aos dirti*

4os e garantias constitucionais.Agora, mais de quatro dezenas de dtputadoa it*

derais tomam em Brasília a patriótica dods&o de pa-trocinar o Congresso Continental e assegurar aua pie*na realização no Estado da Guanabara, flfeaa decisãonáo encontra apoio apenas naa. leis, mas se. apoiaigualmente'nas maniftstaçpes de nosso povo,'

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Durante todo o dia de on-tem o téleíone de nossa re-dação não funcionou. Nãoforam poucas as solicitações,feitas à Companhia TelefônUca para <iue providenciasseo "reparo do aparelho. Nãoforam poucas mas foramem vão. Findaram o dia èo expediente, e o telefonecontinuou mudo. Há explica-ção para o falo?

Disseram na CTB que odia de ontem foi cheio, eque não houve lempo (•?)para

"o conserto do nosso te-Icfone. Pela primeira vezacontece isto,"

A nossa explicação é ou-tra; foi sabotagem! O tele-fone foi desligado proposi-tadámenle listo apuramos'.

Polícia Invadee Prende

Na tarde de ontem, ospoliciais de Lacerda come-leram mais uma violência.Atentaram contra a Consti-tÚi.Cno| invadindo a sede dodiretório . regional do umpartido político: ó PST. Efizeram mais. furtaram dolocal materiais e documen-tos e prenderam o nossofomp;inheirn Leivas Otero,que ali se enconirava junta-mente com outras pessoas,O ato não tem justificativae só tem nm significado: aGuanabara vive sob o tacãode um fascista furioso, quenão tem pejo «le violar osmais corriezinhos princípiosque regem a vida constitu-cional do pais. Seu crime eprevisto em !ei. Só restapuni-lo.

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'NOVOS RUMOSMilitares e Civis smFrente Unlea PorAumento de 70%

• — Wo eto Janeiro, lomano dt 29 dt marejo o 4 dt abril dt 1963 —

Ml MpKH TRABALHADORES LUTAM CONTRA}A FOME: IBAD TENTA DIVIDIR

correspondente dt NR no Recife

0* servidores civis doBrasil vão continuar emcampanha polo aumento de70% no* mus vencimento*.Repelem os 40% oferecidospelo governo, como tambémnáo aceitam que, a pretextode eliminar Injustiças con-tra os militares, a paridadeentre estes e os civis sejaalterada.

A nossa luta, agora, éSor

aumento de venclmen-)-s, e nessa luta devem seempenhar os servidores civise militares — afirmou à re-Portegen» um alto dirigenteda Confederação dos Servi-dores Civis do Brasil.Se entro oa militaresexistem injustiças a sanar-- continuou — o remédiodeve ser procurado poste-Mormente, numa campanhaespecifica. Misturar as duascoisas seria dividir forças, oque somente viria em pre-Juizo de todos.O líder dos barnabés daunião disse acreditar que osfuncionários militares so-

jram, realmente, com pro-fundas falhas existentes naatual tabela de vencimentosdos funcionários públicos.Náo concorda, entretanto,com determinados conceitosque apresentam os civiscomo os "primos ricos" dasituação.

Lembramos aos nossoscompanheiros militares, quea carreira do funcionário ci-vil acaba no nível 18. que sóe alcançado depois de mui-toe anos de serviço, e queatualmente representa ape-nas 50 mil cruzeiros pormês. Como vemos, a situa-Ção dos civis não é, em na-da, melhor que a dos mili-tares, e em alguns casos éaie pior.MUNIAO DOS MILITARES

Durante reunião realizadana Associação Brasileira de

Imprensa, um major doexército afirmou que "os ofi-ciais Já estavam se eentln»do como mendigos, e logoestariam tendo Jogados norio da Guarda, se a situa»ção não mudar imediata»mente."Profundamente emociona-do, o militar contou qua suafamília vive constrangida

no edifício em que mora, poi*suas filhas têm que usar sa-patos furados e vestidos sur-rados e até remendados.Sete generais sentaram-

?! iS..me*a que PfMldlu ostrabalhos, que foram reali-zados sexta-feira passadana ABI. porque o Clube Ml-mar recusou ceder seu au-ditórlo para a reunião. Ve-emente* protestos foram le-vantados contra essa me-dldo da diretoria do ClubeMilitar, "atentado que ne-nhuma outra diretoria tevecoragem de perpetrar mes-mo cm momentos de grandecomoção nacional", na pa-lavra de um coronel.Oficiais da Marinha,Exercito e Aeronáutica fala-ram de maneira franca edesassombrada. Muitos ma-infestaram disposição de en-frentar as maiores conte-

qttenclas na luta pelos ven-clmentos que consideramcompatíveis com as funçõesque desempenham.

Em dado momento ummajor do Exército exibiu amquêpi.— Êste quépi eu ganhei deum colega que acaba de serreformado, tlc me deu por-que o meu estava multo ve-lho e eu não tenho quatromil cruzeiros para comprarum novo. Portanto, eu que-ro anunciar que um majordo Exército, que vive hones-tamente e somente da suaprofissão, está precisando depresentes desta naturezapara se apresentar com

mais dignidade. Os tenhoreapodem dar o nome que qui»eerem a este fato: paramim, Isso significa esmola .WVISIONISMO

Vários oradores se manl»restaram contra a cassaçãoda palavra de nm sargentodo Exército, que não podefalar porque "se tratava deuma reunião de oficiais".

Uma delegação da UniãoNacional de Servidores Pú»bllcos, que compareceu aconvite dos promotores dareunião, também te retiroud» recinto, ao perceber quee luni oradores procuravamdividir a luta dos eervldore*da União, separando Os clvltdoe militares. Sem chancapara responder, ot "bania»Dé*'' preferiram retirar-se.

foram poucos, entretanto,os pronunciamento* dlvüno-nittae, feitos por alguns ml-lltares de Idade avançada. Agrande maioria pregou aunidade entre todos acen»Mando, até, que o* minta»re* nada conseguiriam sema participação de Oivll nacampanha.

Um barnabá que inte-grava a representação daUNSP disse lamentar quealguns militares se deixas-sem envolver com os argu-mentos apresentados peloOovérno e divulgados porcerta Imprensa, e lnvestis-sem contra oa tervidoreecivis.

O Oovérno mentiu e aimprensa de aluguel fêz ecocom as suas afirmações —declarou.

Se existem funcionáriosque percebem "pequenasfortunas" estes são uma pe-quena minoria, gente liga-da aos próprios governan-tas, seu* parentes na maio-ria das vézea O servidor de

carreira, aquele que fés con»curto e foi aprovado depol*de multo ettodar e aguar-dar a nomeação, late per»eebe vencimentos altera»velt, pastando fome com afamília, trabalhando emoutras profissões para po-der viver. Etta é a realidade,que alfuna militares ifito-ram.EVASÃO DE TMMJTOS

Um tenente, que dlttechamar-se Boto, contestouo argumento oficial de quea União não dispõe demeios para pagar aos mufuMkmYriM. n atwenta^d0ãtamiuit40%rm—Jg* *• *rgtiaentodo patrão típico, de qual-quer patrão, t aetlm que°^aMa de padsrlie, loja*.gaa^agsettte ae seus mi.pretada. iranea «e n«. en»tretaoto. nenhum destesempresários cerrar ta por-ta* após a aumentos ton»cedido*.

— Itaa vamos admitir —SSBU.&1S&de recursos para aumentarcivis e multarei. A soluçãoé deixar qne milhares de fa»mUlaa passem privações,continuem a eofrer na pró»Pria carne as conseqüência*da Incapacidade governa»mental?¦ — Basta eme u autorida»dei cobrem a tributos de-vldot ao Estado, para que oTeeouro tenha recurso» su-flclentet para atender a tô»f^eateuas obrigações. Sto Oovérno flaeaa uso da tuaESTmSBTm «?trangelro, abrariam bUhOesde .cruseiros not cofres daUnião, depolt de «tendidostoda ot teu» compromlttos.O que nio a pode admitir

é que o Oovérno "Ignora" oopotantada e venha mUU-ficar a ootolâo pública comuma "polfitea d,Tauetarida»de", contra a mama defuncionária humlldu.

SAJOTAOIMPatm ,_

nha por ea auaonta dignopara multara t eivl*. a"cruaada democrática", «in»culada A atual diretoria doClubo Militar, distribuiunota desaconselhando oeompareclmoato à reuniãoda ABI, dizendo tratar-a

fuataasi.sa:tara prerntae eondeoaramaquela medida dlvltionivta,taelutivg algum que te ét-ciaram ligado* á Cruaaa"mas que não podiam fiarcalados rendo soai famíliapacata* fome."

WOPOSTA APROVADA

^A¦ reu-Uão durou das 1140M a» jo bons. Depolt de re-ehacadat divertes Índia»gamaraOattSSSUEgta devem ar vinculada aomaior aalário-mlnlmo rigen-te no paia; I) ot padroa enivela atuai* devem ar ma-Jorados em 70 por cento; 3)Mgundo-tanente, prlmelrcpato da earreln dt oficial,deve ter atui vencimento*equiparado* ao nivel 1? —Inlelaldacarreira de nivelunlytrtitárto do funcionáriocivil; 4) a chamada "hlerar-qula talaria!" deva aer enca-feda pelo* poder** eompe»tentai em toda a tua exten-eio, do modo a dar aoluçaoobrigações reali e atabele-çendo nivel* de remunera-çlo compatível* para teutarvldora.

( No dia II de marco o Re-elfe amanheceu com todasM.,ua*.*5w.laad»« comer-fiai*. Industrial* gráfica* eJornal* ("Jornal do Comer-«^•."Diário dt Pernam»

, taco" t "Ultima Hora")completamente paralisados.Ieto em conseqüência dairevt geral, deflagrada nanoite anterior, dia 20. pelacomerciaria, gráficos eÍprnaleiros que exigiam me-horiat alarlaU.

Aa ruaa principal* destacapital estavam repletas deplquêt;*. principalmente decomercia rios. que, ao* gri-to» de "fecha, fecha", obrl-gavam os patrões a cerraru portas daquelas casascomerciais que tentavam"furar" o movimento.

Enquanto Isto, cs Jorna-leiros e gráficos organiza-vam piqueta á.« portas dasindustriai gráfica e daJornais, empunhando car-tares, nos quais se encon-travam escritas as palavrasde ordem da seus órgãosde classe.

Foi o maior movimentorelvlndlcatórlo até hoje de-flagrado por estes três s?-tora profissionais. A greveda comerclárlcs. perexemplo, foi a primeira aeclodlr em todo o territó-rio nacional.

OS COMERCIAMOS

HA semanas que os dlrt-gentes doa comerciados,tendo à frente o pre-

8revistas; SI — Pagamento

a dia* de greve: 4 — Dei-conto de mensalidades dosindicato: Si — Criação deuma comissão paritárla pa-ra, dentro de IM dia*, es-tudar o custo dt vida e de»mais relvlndleaçó :» dosco-merclárloe; 0i — Reduçãode horário no expedienteda comerclárlo* menores:7i — Osrantla da perma-nòncla de todo* os comer-ciaria ta aua emprega8i — O* que te encontramatualmente emprega-doi perceberão um salário-mínimo d: Cri 2263*.0Q.spndo estabelecido um tetode Cr| 25000.00 para oi queganmtm acima de MOOiwu

AGEM OS AGITADORESDO IRAD

Os desmoralizados agita-dores do IBAD e as chama-dos classes produtoras tu-rio fizeram no icntldo tíedividir os comerciados, pro-curando, assim, qucbrtr asua unidade de ação. Einals: tentaram, sem m'i'o-res resultado?, Jogar tantoos empregados no comíciocomo a epinião púoMcapernambucana contra oro-vêrno do Estado, propalun-do através do rádio • pu.»melo cie pequenos comícioscm meio ac.s grevistas, que,tanto o inverno como n di-retoria do Sindicato ha-viam capitulado frente aospatrões e. mais grave ain-da, que o governador Ml-

dem ptallea. com • toedeiflguram o caráter pacl-fico e democrático que de-ve merecer o exercício doveiam calma, t aot pro-direito de greve; 3) —Diante deste fato, ea quové, Inclusive, a ação dt ele»mentoa intereuada tmcomprometer o govêmo doEttado perante a opiniãopública, prejudicando aaçás preventiva du orga-nluçôet policial*, civil emilitar, declara o au firmepropósito de extinguir, pe-lo* meioe que st fiaremMcecaria a focoa doagitação, e convoca aseis*-ses trabalhadoras a que,em cooperação com as cita-da* organizações policiais,e tendo em vista o Interés»ae coletivo, denunciem atativldad:» agltaclonlstai aela estranhos, para quanão te vejam envolvidaem possível ação represei-va."

Metmo assim, nao foi ne-cesárlo pôr em prática talmedida e o movimento doscomerciários decorreu den-tro da ordem.

GOVERNADOR DIALOGACOM GREVISTAS

Na manhã do dia tf, sex»tr-feira, ás 11 horas, o go-vemador Miguel Arraescompareceu à sede do Sin-dicaro da Comerciaria, afim de, em contato com atrabalhadores ali reunida,cerca de 2 mil grevistas,alertá-los contra o perigoiminente de uma lnterven-ção federal no Estado, e

Míneradores da Hanna Lutam Pelo Salário-FamíliaNOVA LIMA (Do envra-oo especial da sucursal de. Bolo Horizonte) — Em con-contração da qual partici-param peto menos 2.500 ml-oelra, realizada no TeatroMunicipal de Nova Uma, osempregados da Hanna

Corporation decidiram in-tatsjülcar a luta pelo sala-no-iaralua. Delegações deRaposos também participa-ram, ao lado de represen-tantas de trabalhadores detodo o Estado. Uma delega-Çáo de Belo Horizonte, com-potta do sr. Eugênio Cae-tano, representando o Con-gresso Sindical, d. Angelina,da Liga Feminina, CarlosAlberto, pelo Diretório Cen-trai dos Estudantes e o re-portar de NOVOS RUMOS,chegou a esta cidade porvolta das 9,30 horas. Ao de-•embarcarmos na PraçaBernardlno Lima, onde selocaliza o Teatro Municl-pai de Nova Lima, fomostomados de uma surpresaindescritível: a presença deaproximadamente 800 mu-lheres. portando cartaxosalusivos ao salário-familia,que aguardavam o inicio daassembléia.PORQUE LUTAR

José Alexandre, presiden-te do Sindicato dos Traba-lhadores em Indústrias de¦atração de Ouro e MetaisPreciosos de Nova Lima eRaposos, abriu a grandemanifestação pelo salário-família. Expôs o por queda luta. Relembrou as cam-panhas iniciadas pelo Con-gresso Sindical e por en-contros de trabalhadora.Solicitou fosse instituídauma comissão para prepa-rar uma concentração mons-tro em Belo Horizonte, coma participação do Departa-mento Sindical Feminino doSindicato, da Liga Feminl-na e de todos os sindicaüs-tas da capital pelo salário-família e contm a alta docusto de vida. Enquanto

talava, esposas e filha deoperários erguiam cartazesque distam entre outra eol-sm "o talário-raonilla équestão de Justiça tocial", e"Em nome da boa nar-monia no trabalho, na fa-milla e na sociedade, os tra-balhadorei exigem o sala-rlo-familla".MtOFMSORA

Quem passa alguma ho-ras, ou mesmo minutos, emnova Uma, há de ouvir elo-glos ao Departamento Sin-dical Feminino, criado naadministração do presiden-te José Alexandre. Umaprofessora secundária, degrande prestigio aqui nacidade, foi escolhida parapresidi-lo, dona Maria Silva.Em pouco tempo de sua Ins-tltulçõo, há menos de trêsmeses, o DSF já dispõe deum jornalzinho, "Alvora-da", e o que é mais Impor-tante, conseguiu urreglmen-tar as filha e esposa do*mineradores para a cam-panhas movida pelo Sindl-cato. Já na asembléla dodia M, foi ela qne "em no-me. do Direito Internado-nal de Proteção á Criança"conclamou todot os traba-lhadorea, toda at dona decata a exigirem o dean-gavetamento do projeto desalário-familia.

VAO A IRASIUA

Depois da palavra de dl»rigentas do Sindicato, doRepresentante do CongremoSindical, Eugênio Caetano,o«P»-«ntante de NOVOSRUMOS mostrou a neeettl-dade da união geral de to-. da oe trabalhador*» para• AfAlw»e*o *> projetoMontoro, eom pequenaemendai, e * hrtar por ou-trás medida reivindicadaspela operários do Estado.Também aa autoridade*presentes fizeram ao dapalavra, entre ela o atualprefeito de Nova Lima, Se-bastião Fablano, em apoioa luta doa mineradores.

Postas em aprovação atpropostas apresentada, de-cldiu-se que uma comluaoIrá a Brasília pedir ao Con-gresso que aprove o aalá-rio-familia e as outras re-formas de base. Antes dis-so, farão uma concentra-ção na Secretaria de Saúdee Irão à assembléia Legls-fatlva de Belo Horizonte,para solicitarem o apoioda deputada à campanha.

Também foi resolvido queo Sindicato passará um te-legrama para solicitar se-Jam empossados os dlrlgen-tes sindicais eleitos em SãoPaulo.

NflaWteiMfctf«TRABALHADOR LUTA PELOPOVO; V. EXA. ESMAGAMANIFESTAÇÕES POPULARES»

NOVOSRUMOS

DiretorOrlando Bomílm Jtfilw

Diretor ExecutivoFragmon Borges

Redator ChefeLuís Ckzuneo

Gerente(ruttcmbcrg Cavalcai:..

Redação: Av. Mo Bimaco,M7 17t andar N/1112

TeL: «-1SU —Gerencia: Ar . Mo Btaaeo,

u; - tf andar S/*ttSUCURSAL DC BAO PAI IO:Kn» 1* ilr Novembro, SS8

*t acatar-S/M7Tel.: SS-M8S —

Bntlurfçn telegraficorNOVOrJBUMOS»

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UVR0S SOVIÉTICOSs\ê vêtám Mtltiif iw

da URSS, miA BNEBOIA DO ÁTOMO, de«Jladkov. Livro maravllhoaaínan-te ilustrado, encadernado. Aiconquistai soviéticas no doml-nio do átomo. Física Nuclear••• 6601M.M* qDUOBIETBOS PELOCOSMOS, de Tltov. O rí-o danave espacial VOSTOK-i'. Nolivro figuram fotogramn» e(e>tuadas por Titov e multas ou-trás loto* documentais .... x<0XOM VASTOS KSPACOS DOl NIVEBSO. de O. TIJov. Ilus-tmdo iaDIBRITO:FDNDAMKKT08 DO DiaiITO?SLI*T!S°/; de várt0» «utores.Wrrtto Civil: agrário, familiar.Penal, etc Ene 1.300A ADVOCACIA SOVIÉTICA, deSaltnev e Poltoruk ... SOOBD1CACAOO PALÁCIO PKRTKMK ASCaiANCAS. de Brodlstskala eGolovan. Ilustr. 280A K8COLA SOVIÉTICA E OAMOU AO TRABALHO, de So-jumllnskl. Ene. :.,. sooSOBBK A KDCCAÇAO COMO-M8TA, de Kallnln. Ene. ,. 380A IDEOLOGIA E A CILTIBASOCIALISTA, de Lênin .... 100A CBSS DE HOJE E DE AMA- INHA. .Completa Informacto, do- 1

•«MtHieat • técnicasi espanhol:

cumentida com fotos, dlagra-ma* etc. do que se realiza naURSS em todos os ramos. En-cadernado gooLABORATÓBIOS NO COSMOS,dc Zhadnov, Ilustr, 3SOAPMSIONADO PELOS 0KLO8,ile Trloanlkov. Ai descobertascientificas na AnUrtlda. Ilus-irada e Encadernada .... SOOOAOABIN — O homem sovlé-Uco no Cosmos. 50% de Ilus-tracSes 100HISTOBIA:HISTORIA DA URSS, de Brtu-•ov e outros. Da pre-hlstdrlaaos dias atuais. Ilustrada eEncadernada...'. i.jooHISTORIA DO PCCS, por umgrupo de autores. Ene 600

CONHEÇA A I1BS8:CM PA» DESCOBEBTO DUASVOZES, de O. Paderln. Maravl-lhoso livro Ilustrado sobre aSibéria J»CONSTITUIÇÃO DA URSS. Ilus-trado iooA CNIAO SOVIÉTICA. Geogra-fia da URSS. lustrada e En-cadernada SOO '

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Podidos cVAGÊNCIA INTERCÂMBIO CULTURAL

Jurandir GuimarãesRua 15 de Novembro, 228 - 2» and. * sala 209

SAO PAULOAtendemos pelo Reembolso Postal.

¦+ fcq.w-PQet» a ura oficio*o govwnaaor Oarlot.U-oaroa, p-wi-a*» aos jornal,eomo rnatétla paga, o lidarelndloal José ÚsWda Coi.ta tnvton carta rebatendooe argumentot do governa-dor da Guanabara a afir-mando que "quando umcompanheiro entra paraum ttndieato nio ae pêr-gunta ao metmo a que par-tido pertence, que Ideolo-gia abraça ou que religiãoprofttta.'7

Secretario do Sindicatodot Metalúrgicos da Qua-nabara, José Ullii denun-ciou por três vetes, por te-legramas, violências que osoperários da General Elec-tric vinham sofrendo, porparte da policia carioca.Apesar dat urgentes provi-déncias reclamadas, poia tetratava de flagrante «oa-cão contra as atividades dopróprio Sindicato, o ar.Carlos Lacerda omitiu-seinteiramente. Quando sepronunciou, o fés atravésde matéria paga not Jor-nals da sua linha, e paradizer que "não houve cercopolicial nenhum ao prédioda Cooperativa do Sindica-to dos Metalúrgicos".

Mais adiante, o sr. Car-los Lacerda afirma queatentado à liberdade sin-dical "é a presença de dlri-gentes eleitos por mino-riu" e a "submissão dossindicatos ao Ministério doTrabalho e ao PTB, porqueconvém aos comunistas"."Por isto — termina La-cerda — quem protesta toueu contra a exploração po-litica da clatte por figurascomo V. Sa. cujas atlvlda-des sao bem conhecidas".IGNORÂNCIA

Sobre á acusação de La-cerda de "ter sido eleitopor uma minoria", respon-de Lellts "que o ilustre go-vemador está multo énga-nado e parece não conhe-cer as leis que regufomen-tam as eleições sindicais.Estas exigem um determl-nado quorum e êste foi su-perado por muitos votos.Fui, portanto, eleito pormaioria, juntamente com osdemais companheiros dediretoria. Alias, o governa-dor deve tomar cuidado aofazer afirmações dessa na-tureza, pois precisamenteV. Exa. é que foi eleito poruma minoria, e isso podeser verificado com o sim-pies exume da votação dosdemais candidatos.

Disse S. Xxa. que eu ajoatravés de frações, para ex-piorar as massas. Nào sei aque massas V. Exa. te reíe-re, pois a grande massa démetalúrgicos e de traba-lhadores em gerai sabemque eu luto, com os demaisdirigentes sindicais, em de»fesa de seus direitos e rei-vindicações, contra os tu-barões e todo tipo de ex-ploradores: do povo. Nãoprocedo como certos pollti-cos profissionais que, de um

ÚaV«?%ÍS^to proeuram senúgar aomü,áoWBrtt*?. 5s p°p«-mm, opntortM o tr. La»Sf3* 1* tn «-« ot meta»libgicot, banoárioa comer-Çltóc*, optiattee naval*,e^tariça,jonnuMetaf,gr4.

ORGULHOO eoiibacWo dirigenteetadieal rebate ponto porponto oa argumentos lnao-lentas do governador Lacer-da e nega a afirmação dês-te de que "tem amisade pe-los metalúrgicos", como"prova dessa amisade" o sr.Lellls cita as duas invatõetdo Sindicato doa Metalúr-

gleos no primeiro ano degoverno Lacerda

Finalmente, Lsllls reíe-re-te ao ,'prota^to,, de La-cerda "eontiu a explora-ção política, da classe porfiguras como V. Sa."."Fico contente comprotesto — dia Lellls —porque itto bosta para moi-trar ao povo de que ladoeetá a verdade. Quando S.Exa. afirma que minhasatividades são bem conhe-cidas. também me sintomuito orgulhoso, pois desdetenra idade, no interior, ehá 87 anos, aqui no Rio,minha vida esta marcadapela participação nas lutasda classe operária, a quetenho a honra de perten-cer, e nas campanhas donosso povo, para sua com-Pleta emancipação dostrustes estrangeiro*, da mi-séria, da fome, do analfa-DetlamOj da ignorância e domarginalismo, criados pelopróprio regime que ai está,e que V. Exa., quer conser-var eternamente, o que cer-tamente não é possível" —conclui.

mmrmmmmm.j. -^ ¦ ¦¦^¦'3flfBwaBgamfW > ?^^^^>^fpv.^;^^«iJjlMfSBJ fXiaeSiSl*i%^i i^aT^lffrsll MSjbM¦.-.¦>..¦-=¦¦¦. .vyí*««.•tf**$SB3Ê!ml£*il^MHi Hgsnmn^'^' * ¦¦*%$-$&

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sldente do sindicato, tr.Joio Barbosa de Vateonee»loa, tinham preparando omovimento. Variai passea-tas foram, então, realiza-dat, assim como Inúmerasassembléias, nat quais con-cretlxou-se. deflnitlvamen-te. a elaboração de um con-trato coletivo de trabalho,posteriormente entregue àDelegacia Regional do Tm-balho, reivindicando dospatrões um aumento sala-ria' na base de 00% sõhreos atuais salários, férias deS0 dias, horário corrido aossábados, salário-familia,abono de 20% por qüin-qiiênio e outros reivindica-ções Imediatas.

Os patrões fizeram "ou-vidos de mercador" aos re-ciamos dos empregados nocomércio. Nas várias reu-nlões realizadas, na DRT,entre empregados e empre-gadores, nada foi resolvi-do, obrigando os correrciá-rios a usarem, com ve-emència, o direito de gre-ve, resolução tomada naassembléia do dia 20.

Por fim, depois de quasedois dias de greve, a cias-se obteve um aumento sa-larlal através de um acór-do firmado com os patrões,cuja proposta estabeleço1) — Aumento de 46% sô-bre os salários de agosto doano passado (Cri 15624,00»;2) — Não punição para os

guel Arraes htvla forçado olidei sindical doa comer-cláriot a assinar o acordosalarial...

Após analisar todos és-tes acontecimentos, visandoesclarecer os grevistas e opovo em geral sobre seme-lhante perigo que, lncluii-ve, caso fossem agravados,poderiam redundar numaintervenção federal no Es-tado (as classes produtorasexigiram isto. do coman-dante do IV Exército) a Se-cretarla da Segurança, de-vidamente autorizada pelogovernador, deu a públicoa seguinte nota:"A Secretaria da Segu-rança Pública, tendo emvista a necessidade de rea-firmar sua posição em facedas sucessivas greves rei-vlndicatórias salariais queultimamente vêm ocorrem-do nas zonas rurais e ur-banas deste Estado, julgade seu dsver prestar à opi-nlâo pública e, notádamen-te, às diversas categoriasprofissionais e econômicas,os seguintes esclareclmen-tos: 1) — Acompanhandoatentamente esses movi-mentos. por força das atrl-b u i ç õ e s que lhe são pro-prias, tem conhecimentoconcreto de que elementosestranhos às organizaçõessindicais, mediante solerteinfiltração entre os traba-lhadores, vêm atuando nosentido de perturbar a or-

Ajuda a NOVOS RUMOSAmigos da Praça da Bandeira (Rio—GB) .2. Clilcos (Rio—QD) ., .Flores a Rui Facó (Rio—GB) ..Boa Vontade (S.J. Merill — RJ)Rodoviários (Rio—OB)-

•«•••••a

2.500,001.000.001.000,00

300,00820,00

5.620,00

AIP: VITÓRIA DOS NACIONALISTASRECIFE (Do correspon-dente) — Nas eleições rea-llzadas dia 19, na Associa-

Çao da Imprensa de Per-nambuco, para renovaçãoda diretoria daquela enti-dade, saiu vitoriosa a cha-pa encabeçada pelo jorna-lista Rei nal do Câmaraapoiada pelos comunistas,e formada por confrades detendências nacionalistas edemocráticas.

O pleito decorreu dentroda mais perfeita ordem ofoi o mais concorrido atéhoje. tendo votado 610 elei-tores. Altas figuras da po-litica pernambucana estl-vetam em visita á AU» nodia das eleições, destacan-do-te a figura do governa-dor do Estado, sr. MiguelArraes de Alencar. Tambémali esteve o deputado fe-deral Francisco Jultão, quevelo especialmente de Bra-ailia para votar.

CHAPA VITORIOSA

A chapa vitoriosa estavaassim composta: presiden-te — Relnaldo Câmara; vi-ce-presidente — CarlosGarcia; 1.» secretário —Paulo Cavalcanti; 2.° se-cretário — Danilo Lins; te-soureiro — Pedro de AssisRocha; vice-tesoureiro —Irineu Ferreira; diretor deAssistência Social — Ma-noel Barbosa; diretor doDepartamento Cultural —Amaro Quintas: diretor dePatrimônio — Antônio Be-zerra de Carvalho; diretordo Departamento de Im-prensa do Interior - Alei-des Nicéia. Conselho Fiscal— Eugênio Coimbra Jú-nlor, Múclo Borges da Fon-seca e Bartolomeu Guima-rães Pereira. Suplentes dadiretoria: secretaria — Ro-nlldo Maia Leite; tesoura-ria — Fernando Menezes;Assistência Rociai — MariaTereza de Figueiredo; De-

.paxtamento Cultural —Paulo Fernando CraveiroLeite; Departamento doPatrimônio — José CarlosRocha; Departamento doInterior — Humberto Mo^rais. Suplentes da Comissãode Sindicância — José Lu-ciano Atalde e FernandoSpencer Hartman. Suplen-tes do Conselho Fiscal —Wandragésilo Neves e Ivan-dl Constantino da Silva.

Esta diretoria dirigirá osdestinos da AIP durante obiênio 1963-85.

DERROTADO O IBAD

Com esta vitória, os.jor-nalistas filiados à Associa-ção da Imprensa de Per-nambuco derrotaram asforças do IBAD. que tudofizeram no sentido de ele-geu á chapa encabeçadapelo Jornalista Luiz Bel-trão e outros profissionaisli!»ad*s aos setores .reacio-nários e antinaclonalistás.

pedir w deeeantetHoa. eomo acordo firmado (muitosacharam pouca apereenta»gem do aumento) que ti-vestem calma, e que pro-curassem unir a classe,pois, só com a unidade, po-deriam obter outras con-quistos. Esclareceu, então,que a Comissão Paritárlaque Iria funcionar, pro-curaria encontrar uma so-lução justa para o caso,"pois — acrescentou —• oaumento de 45% era provi-sórlo."

A classe, devidamente et-clarecida, atendeu ao apelodo governador e, às 14 ho-ras, o comércio abria nor-malmente.GRÁFICOSEGAZETEIROS

No mesmo dia 30, àt 21horas, a assembléia ger aidos trabalhadores na to-dústria gráfica, decretousua greve geral, exigindodos patrões um aumentosalarial na base de 80%.Apôs a assembléia, saíramem passeata pelas ruaacentrais da cidade, indo àtoficinas dos jornais, ondacolocaram seus piquete*,Impossibilitando, assim, acirculação dos mesmos' nodia seguinte.

Aderindo ao movimentodo8 gráficos, os gasetelrosresolveram entrar em gre-ve, reivindicando 50% sô-bre a vendagem dos jor-nais. Até o momento emque escrevemos esta repor-tagem, 12 horas do dia 24,domingo, ainda não haviasurgido nenhum entendi-mento entre patrões e em-pregados, permanecendo osgrevistas firmes no pro-pósito de só voltarem aoserviço com o atendi-mento de suas reivindica-ções. Assim sendo, desde aquinta-feira, dia 21, quenão circula nenhum jor-nal, nem mesmo os do Rio,pois os gazeteiros delibera-ram não distribui-los nacidade.SOLIDARIEDADE

Desde os prlmeiroainstantes, as três classe*em greve - comerciários,gráficos e gazeteiros — re-ceberam o apoio integraldos trabalhadores pernam-^ucan,os. através do Conto-lho Sindical dos Trabalha-dores (CONSINTRA). as-sim como dos jornalistasprofissionais, que, imedla-tamente, entraram em as-sembléla permanente neseu sindicato, tudo ludl-cando entrarão em greve.caso os patrões não aten-dam as reivindicações doagráficos e gazeteiros.Por seu lado, o Sindicatodos Comerciários vem con-cedendo, no seu refeitório,20 almoço», diários ao pes-scal dos piquetes dos grá-ficos. pondo, ao mesmotempo, à disposição dosgrevistas a cozinha domes-mo.

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Page 3: Defesa da Democracia - Marxists Internet Archive na Guanabara, onde o clima de intolerância do Governo em torno do Congresso, culmina com a adoção de medidas policiais. O direito

I— Wo cia Joneiro, stinuno do 29 dt marco o 4 do abril dt 1963 "NOV05 n-cj

Retorno Melancólico: San Ti 3 —

açorouxe um Prato de Lentilhas

e as Promessas de SempreO ministro San Tiago Don-

tos está finalmente de re-gresso dos Estados UnidosFoi buscar recursos para fl-nanciar um defkH de 800milhões de dólares este ano,no balanço de pagamento.Que trouxe? Pouco mais de80.milhões (se trouxe) emoitas promessas sob con-alço es. Efetivamente, deacordo com a troca de car-tu entre 8an Tiago Dantase o diretor da Agência In-tomaclonal de Desenvolvi-mento, David Bell, os Esta-doa Unidos porão imediata-mento à disposição do Bra-sil 33 milhões de dólares,através do Banco de Expor-&£° ,• toportação, outros25,5 milhões, através do Te-souro norte-americano emais 35,5 milhões do Agên-cia Internacional de Desen-volvimento. Sucede, entre-tanto, que desses 84 milhões— em quanto somam as trêsparcelas — 30 milhões Jàestão vencidos on na lml-néncla de vehcer-se: refe-rem-se ao empréstimo acurto prazo de valor corres-pondento, feito em Janeiroúltimo para impedir que ocomércio entre o Brasil e osEstados Unidos entrasse em,colapso, dada a carga dosatrasados. Assim, pois, osaldo é de 54 milhões, quetambém encontrarão destl-nação por lá mesmo, vistoque os nossos atrasados co-merclais ainda são bemalentados. Inclusive as divl-das aos trastes de petróleo.

Ai está: 54 milhões de dó-lares para vendermos a ai-ma ao diabo. Preço baixo.

AS PROMESSASDE LÀ

Já no terreno fácil dospromessas, o mesmo em queescorregou e desastrada-mento caiu o sr. Jânio Qua-dros, os dólares são maiscoptosos: 200 milhões daAtendo Internacional deDesenvolvimento, 44,5 ml-Ihões do Banco do Exporta-

pois que as autoridades bra-sllelras conseguirem con-vencer os técnicos do Fun-do Monetário de suas boasintenções, somente então oscréditos serão abertos, oumelhor, seriam.

Além disso, o sr. SantiagoDantas conseguiu outra"grande" vitória: prorrogarde março para Junho o pa-gamento de uma parcela de

por exemplo, dòssc ir, Hei-ler do "O Estado- de 8. Pau-Io", jornal mais Ianque •!.que quulquer dos editadosem Washington ou N. York

PROVIDÊNCIASE PROMESSAS DE CA

Para dar á luz êsse rato ogoverno brasileiro tomouuma série de providências

Hort»

ção e Importação e 70 ml-lhões em trigo, tstes, porém,só virão mais tarde... na me-dlda em que o governo, bra-sileiro faça mais concessõesaos Estados Unidos e que,no domínio financeiro, cum-pra as promessas que o go-vérno Jânio Quadros nãopôde cumprir. Somente de-

26 milhões de dólares devi-da ao Fundo Monetário...

O resto é fantasia a que seentregam alguns comenta-rlstas norte-americanos quetrabalham em Jornais brasi-leiros, às vezes sob pseudo-nimos nacionais, outras vê-zes com nomes estrangel-ros, mesmo, como é o caso,

* ¦Ütej -• r^''* ^Kf^Jr / ,í;,*:\*! •* ¦'*<*** .,-t.;'-;"t-if> tr* \. .-.a' ---¦o*-ri-':- ';-*_•

que o sr. San Tiago Damasem suo carta a David Bellmenciona uma a uma. Sãoonze, entre as quais os au-mentos nos preços do trigoe do petróleo, o insuflclen-te aumento ao funcionalis-mn, os platônicos apelos aostubarões para que hão ele-vem os preços e os apelosaos trabalhadores para quemederem sua fome, estes úl-timos secundados pela ação"pcr.suasiva" da policia, co-mo se 'em visto cin SãoPaulo e na Guanabara. Aspromessas do ministro SanTiago, em número de onze,para lazer Jus à liberaçãodos dólares prometidos, di-zem respeito, umas à con-tlnuação do programa anti-inflaclonárlo no âmbito fi-nancelro; outras ao câmbio,onde é prometida a mobili-zação de 100 bilhões de cru-zelxcjudo setor. c*feelro,.p»tra despesas orçamentárias.'bem como se assegura que a

lux.i cambial nAo »crA dt--.sue , '.it uu jjív . interno depreços; ivfltka, ainda; aocomercio exterior, dando-seênfase ao aumento das ex-pottoções de minérios deferro, corne e bens monu-faturados; também são ofe-rucldas maiores vantagenspura ns • Investimentos es-trangelros e feito o premes-sa do paramento dos atro-sados comerciais, antes demaio de 1084. Finalmente,acena-se com uma elabora-••ão detalhada do Plano Tri-

•enal para a obtenção dè ro-cursos Internacionais parao desenvolvimento interno,do acordo eom a falecida"Aliança para o Progresso".Exceção feita aos recursos

a serem retirados do café ca vlnculaçán das taxascambiais no custo de vida,ludo o mais é a mesma ve-lha lcnga-lcngo, que- não so-luclona coisa alguma.Alguém poderá ter dúvidas

quanto ao foto de que tam-bem ês<e ano e no outro se-rão deficitários os nossosbalanços de pagamento? Al-guém poderá pór cm dúvidaque. a menos que diversifi-quemos os nossos mercadosde modo a melhorar nossarelação de trocas continua-remes vendendo por menose comprando oor mais? C!a-ro q-.te. não. Por isso. cha-mc-sc Santiago Dantas ouqualquer outro o continuar-mos por essa trilha teremosnue mandar novos minls-tros a Washington de cha-péu na mão mais tíepcn-dentes, porque a opção sevai fazendo mais difícil emais penosa.

E no'c-se mie não fizemossequer menção a condiçõespolíticas que certamente te-rão sido imrjoMns rei-- im-perlalirmo ianque Não es-farão entre elas as negãtl-vas na concessão de vistospelo Itamaratl a delegadosao Congresso de Solidarlc-dade a Cuba? F que outrasexigências terão sido fei'as?

Apenas incorrem em erroos que supõem que o niveljá atingido pelo movimen-to democrático no Brasilseja compatível com, a ven-de. do Pais por'uni prato delentilhas.

NITERÓI: VIBRANTE ENCONTRODE SOLIDARIEDADE A CUBA

tt0MA|

Nota Econômica

Jptié Ahntidft

Indústria e agriculturano ano que passou

Dispuzéssemos de melhores estatísticase a esta hora Já se teria uma Idéia, ao me-nos aproximada, de como se comportoua economia nacional em 1962. A verdade éque, como observa a CEPAL, na AméricaLatina os dados estatísticos geralmentenão refletem a produção Industrial e qua-se sempre se situam aquém dos resultadosobtidos. No Brasil, o progresso alcançadocom a Instituição dos Registros Industriaisdo IBGE não teve continuidade, suspensosque foram desde 1958, quando se realizouo último. No que se refere á agricultura,a situação será ainda pior. As nossas fa-zendas continuam desconhecendo a con-tabllidade e mesmo uma cultura como ado café escapa ao controle estatístico, aponto de muitas projeções e estimativasbasearem-se nos números divulgados pelaSecretaria da Agricultura dos Estados Uni-dos. . .

Por essa razão, mesmo os balanços maisautorizados sobre o comportamento da eco-nomia brasileira no ano passado divergemem pontos fundamentais. As revistas "Con-juntara Econômica", da Fundação OetúlioVargas e "Desenvolvimento St Conjuntu-ra", da Confederação Nacional da Indús-tria apresentam resultados globais da pro-dução nacional (o chamado Produto Na-eional Bruto — PNB) em 1962 divergentes:3,5% e 3,02%, respectivamente, a mais doque em 1961. Excluída a variação na pro-dução de café menor o ano passado (cir-cunstâncla em geral reconhecida como po-sitiva, uma vez que mais café significa maisestoques forçados), mais díspares ainda setornam os resultados apresentados pelasduas revistas: para a dá Fundação, mais•%; para a da Confederação, mais 5,4%.Ainda a falta de uniformidade de critériospara estimar o crescimento demográfico le-va conclusões também diferentes. Assim, oaumento do produto por habitante seria de1% para a primeira publicação e de 2,3%para a segunda...

Entretanto, num âmbito mais restrito,no da industria de transformação na área«io—s. Paulo, os resultados apresentadosdevem ser próximos da realidade. Isto por-que foram obtidos a partir do aumento doconsumo de energia elétrica fornecida peloGrupo Light e é ponto pacifico que, numaserie de ramos, existe uma correlação maisou menos estreita entre o consumo de ele-«.Sm.?8 5 8 Produção Industrial. Assim,partindo do aumento da energia consumi-ÍT .?°»r ]n<iU5frlas que representam maisae 65% do parque industrial do país, che-ga-se a conclusão de que o setor dos bensde produção Incrementou-se, em 1962, em13%, contra eêrca de 13,3% no ano an-terior. E as Industrias produtoras de bens

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•de consumo apresentaram um crescimen-to de 6,4%, em 1962, em comparação comuma taxa de crescimento de menos de 1%no ano de 1961 (dados de "Desenvolvi-mento «V Conjuntura"). Por esses nume-ros, verifica-se que enquanto o setor debens de produção manteve uma elevadataxa de crescimento, o de bens de consu-mo, embora também se tenha incrementa-do. ficou todavia distante do primeiro.Num quadro mais geral, publicado por"Conjuntura Econômica", o incremento daprodução industrial ho país em 1962 foide 6%. contra 87o em 1961. As indústriasde bebidas e da construção civil (além deoutras de menor significação) teriam apre-sentado resultados inferiores aos alcança-dos em 61, mas, em compensação, a auto-mobillstiea, a química e farmacêutica e ade couros apresentaram índices de aumen-to bastante superiores aos do ano anterior.A produção de eletricidade incrementou-seem 9,1%, quando em 1961 o aumento forade 10%. Quanto à indústria petrolífera, apublicação atribui-lhe um aumento de 21%,ligeiramente inferior ao de 1961 t22%).Nãc conhecemos o critério adotado parao cálculo, mas se sabe que a produção deóleo bruto sofreu pequena diminuição (me-nos 4%), enquanto o refino aumentou de28,8%, progresso que corre por conta daPetrobrás. pois as refinarias particularestem seus tetos de produção congelados ea fraude de que é acusada a refinaria deCopuava não está, obviamente, computada.tan 1962, as refinarias da Petrobrás pro-cessaram mais 38.7% de óleo o que se deveprincipalmente à Refinaria Duque de Ca-xias a melhoria da "performance" emcuoatao e. em menor escala, cm Matari-Ssaclo 6Sta qUe í0i P0r longa para"

Na agricultura de subsistência os da-f£!«i,d|spSníveisJ «cusam uma diminuiçãoabsoluto na produção de feijão (menos 9%)e um aumento na de outros produtos —arroz e trigo — mas, em proporção beminferior a do aumento da população. Nasculturas industriais e de exportação, asmaiores reduções observaram-se na juta(menos i2%)e no café (menos 14%), emcomparação com o ano de 1961. Em termosglobais, segundo "Conjuntura Econômica",a agropecuária aumentou apenas de 13Tem 1962, contra 7,7%, em 1961. A causa detal diminuição foi, sobretudo, de ordemmeteorológica, uma vez que tanto o volu-me dos créditos à agropecuária, como o nú-mero de contratos firmados pelo Banco doBrasil, excederam as marcas anteriores, éclaro que o fator natural fèz-se sentir commaior força em face da estrutura anacró-nica do campo brasileiro.

O Teatro Municipal de Ni-terói foi pequeno para con-ter a imensa multidão dedelegados e assistentes doEncontro Estadual Flumi-riense pró-Congresso Conti-nental de Solidariedade aCuba, realizado domingo,dia 24 de março. -

Abriu os trabalhos o pro-fessor Geraldo Reis, quecompôs a mesa com as maisrepresentativas personalida-des nacionais presentes ecom todos os delegados es-trangeiros que prestigiaramo conclave, inclusive o pro-fessor e escritor norte-ame-ricano Scott Mearing.

DELEGAÇÕESAs numerosas delegações

presentes eram compostas- de ilustres representantes

de diversos setores, tais co-mo parlamentares, liderespolíticos, poetas, jornalistas,lideres sindicais, estudantise popu!ares. vindos de inü-meros municípios do Esta-do do Rio, algumas comgrandes caravanas, como ade Nilópolis, de onde vieram40 pessoas chefiadas pelopresidente da Câmara Mu-nicipal, vereador Antônio daSilva Porto.

Vários delegados çstran-"geiros que vieram ao Brasil

para o Congresso Continen-tal prestigiaram o EncontroFluminense, como o escritornorte-americano Scott Mea-rlng. um senador e umdeputado chilenos, dois ar-gentinos, um uruguaio e umperuano.

ORADORESSob a presidência do ge-

neral Luiz Gonzaga, da Co-missão Organizadora doCongresso, diversos orado-res fizeram uso da palavra,sob os aplausos vibrantes daassistência.

Do.s delegados esl rangei-ros falaram o norte-ameri-cano Mearing e uma joma-lista argentina. O primeirofoi muito aplaudido ao tirarque nem todos os norte-americanos são Lincoln Gor-don e ao denunciar queKennedy fora à Costa Ricatratar de uma nova invasãoa Cuba, "Os norte-america-nos esperam que as 'forrasarmadas brasileiras não te-mem parte res^a invasão",acrescentou sob entusiásti-cos aplausos.

Falaram os deputadosAdão Percin Nunes (fec/e-ral) e Afo;isn Celn Neguei-ra da Gama. (estadual) opoeta Geir Campos, dr. Va-

. lérin Kónder e o líder cam-ponês José Pureza, presiden-te da Associação dos Lavra-dores do Estado do Rio, quefalou sobre a reforma agra-ria radical, necessária aoBrasil como o foi pára Cuba.

Foi multo aplaudida umamensagem enviada pelo ex-deputado Jonas Baiense. so-lldarizando-.se com o con-clave e desculpárído-se pornão poder comparecer.

O ato foi uma vigorosademonstração de luta emdefesa de Cuba ameaçadapelo imperlaMsmo insone epela completa emancipaçãode nosso país.

Resoluções do CongressoNacional de Apoio a CubaO ConjJinsso Nacional itn Sn-

llilni-iednde .•< Culw mlotou im-portnnte»' resoluções sóbr<- os dl-vrrsos pontos <lc seu temario.Bnti-ft elas rn-st aramos as segulnte,°:

—¦ RecíimctKinr a criação de <:n-tldaden permanentes de apoio <ide defesa da revolução cubana.

Apoio aos à pontos aprenen-tndpa por Fldcl Castro para so-luclonnr a erlse dn Caribe.

Lutar pela ãdmlssfiò dalto-pública P. pular dn China na Or-K'ini7.nçfio das Nações Unidas.

Denunciar ü. N.iç&o oh prepa-ratlvn» para nova invns&o deCuba i> '

liressionnr o Governobraslleli-v no sentido de dar todoapoio a Cuba t. ajudá-la na de-lesa de sua autodeterminação.

Manifestar a repulsa rio po-vo brasileiro u Organização dosEstndoa Americanos.

Recomendar a realização deatos públicos de solidariedade aCuba em todo o pais.

I.utar rv-ln denúncia dosacordos secretos' nw?ftiadoa .?;nPuritn <lol E.-t-.

Expressar. i> apoio d . povobrnslletin á luta de l: rtncãoque travam ou povos úu Venei

f

/nela. Paraguai, r. ru e Gunfp-mala.

• Dar tudo - u apoio no Con-Kiesso de Snllriariodadc aos Pre-sos Políticos do Pnrnçuni a rea-liair-.se no; dias 2 c A de abrilpróximo no Brasil. -.— Protestar, junto ao govfirnnbrasileiro contra a negativa devistos Riiia oue os delegados .ps-trangelros ao Congresso püdcs-sem entrar no pais,Recomendar a criação douma Comissão Internmerlcann deSolidariedade n Cuba.

r.utnr pela rcaliiaçSo das re-formas do ||-ise • ¦

Rccomenda-r a organização deum congresso latino-americanod« emancipação nacional.

Lula: por um movimentosindical indopendente.

Recomendar a intensificaçãoda acordo comerclala.com os pai-s.-s socialistas.

- Lutar pela retirada <i,- tô-tias as b-.-se-- militares estr-m-geirns • m qualquer pais.

Lutar peta Intensificaçfi . doinlereamnio cultural entre Bra-sil ,. Cuba.

!'.< memiiir -\ IntensificaçãoUü lula pela 1>H4,

BRASÍLIA: SfeC!GUANABARA E

Brasília 27 <Da sucursal),— o,i acontecimentos reiu.• ii nados com o congresso üedefesa da autodeterminaçãon: Cuba. «crudos nu Qua-.lutara rm virtude daa mu-dlrtns violentas e iity.aisadotadas pelo governadorUcerda, foram o centro daatividade politlca em Bra-nllin (t> -il«' o dia de ontem.

Nôo só na agitada sessúod.i Câmara do d'a l!6, mar-cada p.or violentos ataquese protestos centra a insánlatio r.uvernador fascista daGuanabara, como nos corre-dores e fora dn Pali\clo (IoCongresso, os acontcclmen-tos que se verificavam naantiga capital eram objetocios mais variados comen-táiiws. de reuniões o ronci-lies: de grupos parli-.nicn-tares.

A Frente ParlamentarNacionalista, tomando co-nhecimento das ocorrências,reuniu-se c decidiu adotarposição em relação ao pro-blcma através da atividadedos seus. parlamentares. Jáno dia 28, depois do clíscur-so do deputado Neiva Mo-rciva. que teve caráter ofi-ciai de pronunciamento da-quele agrupamento parla-montai, o deputado LeonelBrtaola ia à televisão, onde,realizando uma palestra,fustigou o gov?rn?dor La-cerda. denunciando as suasviolências como verdadeiroato de selvagerla e afrontacontra a Constituição e asliberdades democráticas dopovo, nâo poupando tam-bem a posição dúbia e ne-gativa do chanceler HermesLima que. rem seus pronun-ciamentos sobre a inoportu-nidade cia realização do cer-tanie e as dificuldades queo Itamaratl criaria para avinda dos delegados estran-gdros to que se confirmou»,deu elementos a Lacerdapara praticar o atentadocontra a lei maior do Pais.

Em seu pronunciamentona televisão o parlamentargaúcho manlfestoú-se favo-rãvcl á realização cio certa-mo pm defesa rio direito deautodeterminação de Cubana própria Gunnabara, ca-minhó segundo êle para im-pedir que se prosseguisseImpunemente na violaçãodos direitos constitucionais

O DENUNCIA FACCISMO NAUDENISTAS ENTRAM EM PÂNICOdo povo brasileiro. Exigiu,P»*"-' qtiõ- isto í.e verifique,amplas garantias do gover-no federei,

MOBILIZAÇÃO

O pronunciamento do ex-governador gaúcho refletiu oMtadj de espirito dominou-te entro os parlamentares\\_\xCcs u VffH durante areunião ícallrada à tarde ca lult.nha do dia 26. No-Queia ocasião começaram osp.M..mentares nacionalistasas tur.s para assegurar arealização do Congresso, nodia 28, na Guanabara. Nes-te sentido é que se verifica-ram durante todo o dia deliejo o.s entendimentos, cul-minando com a redação dacarta (o texto vai na pri-meira piiRlnu desta edlçãoienviada ao presidente daRepública, comunicando adecisão dos parlamentaressignatários (até o momentoque redigimos esta corres-pondCncia, 43) de patrocinar

c.rtame.Logo depois da sessão da

.Câmara, hoje, o deputadoBrlzola dirigiu-se ao presi-dente João Ooulart para fa-zer entrega da missiva e re-ceber a resposta sobre o pe-dido de garantias.

PÂNICO NA BANDADE MÚSICA

Ao contrário do que ocor-.rera durante a sessão daCâmara do dia 26, quandoalguns deputados da ban-da de música udenista ain-da tentaram defender osatas criminosos do fascis-ta Lacerda, na sessão de ho-Je não se ouviu uma únicavoz para responder às vlo-

'.tas acusações formuladasda tribuna pelo deputadoSêr;i0 Magalhães."Lacerda transformou aGuanabara no pedaço fas-cista do Brasil" — afirmou odeputado petebista, conti-miandò: "O governador daGuanabara não tem maisautoridade para governar oEstado, e como não temdignidade para renunciarquer subverter a ordem de-mocrática".

Enquanto Sérgio falava,Amaral Neto. Adauto e ou-tros áulicos do' governador

abandonavam de flnlnno o.plenário. Aliás, no que serefere ao deputado LúcioCardoso, hoje líder da ban-da de música no Congresso,uurinava-se nos corredoresda Câmara que éle tiveraum contato telefônico comLacerda, manifestando asim preocupação pela segu-rança dos deputados que de-verão vir ao Rio patrocinaro Congresso de apoio - au-t'<di terminação de Cuba.Sua posição, (le n snbe. seper acaso o governador daGuanabara promover vlo-lendas contra os parlamen-tares, estará ameaçada, jaque dez do.s deputados quepermitiram a sua eleiçãopara a liderança estão en-tro os signatários da cartaenviada ao presidente Oou-lart.

Numerosos deputados daUDN, mesmo entre aquelesque não apoiam a realização •do certame, também davamsinais de pânico, temerososde que com sua ejerlza pelopovo. com sua fobia antico-munlsta: como afirmou umconhecido utlenlsta guana-barino — Lacerda ultrapas-se de uma vez por todas oslimites da violência e doarbítrio.

APOSENTADOSOE NITERÓI:REUNIÃO

Amanha, sexta-feira, rea-lizar-sc-á na sede da As-sociaçào dos Aposentados ePensionistas dos Institutosde Previdência Social deNiterói irua Coronel GomesMachado. 192, sala 201. nacapital fluminense) umaassembléia geral de todos ospensionistas, e. aposentadosfiliados à entidade. Naoportunidade serão discuti-das medidas a serem tom-das na reivindicação do pa-gamento. aos pensionistas,do salário mínimo, assimtambém como na luta paraa conquista efetiva. para aclasse, dos benefícios esta-tuidos nas leis 593. de 24de dezembro de 1948, e2.250 de 1954.

A reunião terá inicio às16 horas.

ADEMAR DERROTADO: POVO PAULISTA REALIZAENCONTRO DE SOLIDARIEDADE A CUBA8. PAULO — (Da sucur-

sali _ Sucesso absoluto oEncontro Paulista de Soli-dariedade a Cuba, efetuado,hoje, no .salão das "ClassesLaboriosas". Nem as decla-rações de caráter intimida-tório do sr. Ademar deBarros, nem a passeata- rhn tif.vim realizada porniela-dúzia de prevocadoresno centre da cidade, nem oacuacr':ro oue caiu sobre acapital, nada disso impediua anuência ítqneie recintode-centenas de amigos deCüfca.

À mesa tomaram assentoos srs. Jamil AlmansurHaddad. Caio Prado JúniorElias Chaves Netto e SilvioMonteiro, escritores; sraMaria Archer, escritora por-tURuêsa; sra. Antònieta Diasdo Morais poetisa; Dr. AldoLins e Silva, da Associaçãodos Juristas Democráticos-Deputado estadual CidFranco: sr. Lindo'fo Silva,presidente da ur.TAB- es-tudante Eder Sarier:' sr.Arlindo Lucena, da Comis-são Executiva da FLN; dr.Abri Lemme, dentista: srsLuiz Tenório de Lima e Pe-dro Francisco Iovine, dirl-gentes sindicais: ve-eado-res Antônio Rodrigues, doFórum Sindical de D?batese Juranriir Alecio, renresen-tante rio novo na Câmara .de S. André. O.s trabalhosforam nresldido.s pelo sr.Carnal Schaln. secretário doDiretório Retronal dn Par-tido Socialista Brasileiro. AAsrqr; Pernambucana de So-lidariedade a Cuba • fêz-sêrepresentar pelo escritorJCfnrson Ferreira Lima.

.Presentes se encontravamdelegações dn caoita! deSantos, Cubatão. S. Vicente,S. André. S. Caetano. S. Ber-nardo, Campinas, Jacarel ede nutras localidades, assimcomo delegados dos sindica- .tos, grêmios ..estudantis edemais organizações popu-lares.

Entre outros, usaram dapalavra os srs Caio PradoJijn!or; Cid Franr-o e Ede.rSodei*. O sr: Jo'-é S-rra. nre-fidente dn entidade mnxl-roa doe rsturiantes naulls-*as. a União Estadual dn s;s-tudantes. em sua orecãn dei-xou patente a riisnosicãn dajuventude de realizar cadavea mais em favor do res-peito á nutrdetcrminaeãodo povo cubano.

Foi anrovado um mem o-ria! dirigido ao EncontroNacional, nara o oual fo-ram eleitos mais de 70 dele-gadrsTODOS APOIAM

De todos o.s lados e por tô-das ek formas expressou-seo epoio cia popjulaeão bsn-

.deirante ao conclnvr. NaAssembléia Leeislativa. nsdeputados Cid Franco, Os-valdo Rodrigues Martins.José Lurtz Sabiá, EsmeraldoTárqúínip Anselmo Farabn-Uni Júnior, Ademar Montei-n Pacheco. Raul Schwin- -riè-n. .Trãj- Cu!?.bano, P";,!oP!'.»-..;

"!ínf>"-f- Or'-1'--' -¦ ' i- .

zetti, 'Nadlr1 Kenan u Ep- l

berto Gebara assinarem1 te-Jrgrama de solidariedade.Em Ourinhos. a CâmaraMunicipal aprova moção nomesmo sentido, com a res-tricão de apenas dois ve-rea dores, confirmando, as-sim, a tradição daquela edi-lidade que. já por duas vé-zes, manifestou seu apoio aCuba. apesar da forte p.-e.s-são ,|n contrário exercidapor «im padre reacionárioda localidade. Vários sindi-catus também enviarammensagens,PROVÒCÁDORESFRACASSAMAgindo em perfeita sinto-

nla com o Departamentode Estado norte-americanoe com os laccrdistas de to-dos o.s quadraiites do terri-tório nacional, mobilizou-se

a reação local. AdemVVelo"a público com uma declara-çâo em que dizia haver"montado um perfeito dis-positivo policial", em vistada realização do Encontro.Com essa e outras frases in-sinuava a possível deflagra-ção de violências, procuran-do. assim, afastar os traba-lhadores e o povo da reu- ¦nião. Nada conseguiu.

O mesmo ocorreu com frus-trada passeata intentadapor alguns provocadores,

Na Praça da Sé os preten-sos manifestantes encon-traram resposta à sua cari-cata marcha: um grupo dep op u 1 a r e s dissolveu-os e,após alguns discursos deapoio ao Encontro, .elegeu-um delegado, que participouda reunião nas "Classes La-boriosas".

Paulo Moita Lin» j

Em comunicado conjunto, sobre a conclusão das ne-gociaçôes realizadas em "Washington e Nova York, o sr.San Tiago Dantas e o administrador da Agência para oDesenvolvimento Internacional norte-americana, sr. Bell,manifestaram a convicção de que os acordos firmados porambas as partes contribuirão para o progresso econômicoe social do Brasil, podendo acelerar a cooperação flnan-ceira entre o Brasil e os Estados Unidos.

A convicção expressa no comunicado dos srs. Dantas eBell faz lembrar a atitude do sr. Duehring, criticada porEngels. Com efeito, o sr. Duehring, autor de uma filosofiarotulava-a de "filosofia natural" porque baseada em fenó-menos que lhe pareciam naturais. Duehring iludia-se a sipróprio

Derramado através de colunas e colunas dos matuti-nos e vespertinos de terça-feira o comunicado Dantas-Bellda a impressão de documento destinado a salvar aparên-cias.

Com efeito, outra é a linguagem do ministro brasileiroda Fazenda em declarações feitas a jornalistas de. sua co-mitiva , cm Washington, quando já se encontrava de ma-ias arrumadas para o regresso ao nosso Pais. As negocia-ções entaboladas nos Estados Unidos, disse então o sr.San Tiago, apenas representavam a primeira etapa deuma série de acordos a serem firmados "com paises detodo o mundo". O sr. San Tiago acrescentou: "Nãodevemos ficar apenas nos acordos com os Estados Unidos.Desejamos a cooperação com todos os governos que pos-sam efetivamente ajudar o desenvolvimento brasileiro. Econveniente lembrar que antes de deixarmos o Brasil, jainiciáramos negociações com o leste europeu nesse sentido..A ajuda conseguida nos Estados Unidos está abaixo dodéficit que se destina a cobrir".

Há uma comprovação, feita através de cifras, dessaspalavras do Ministro da Fazenda. Desejava o sr. SanTiago obter financiamentos e moratórias que nos desato-gassem por um periodo de três anos. condição indispensa-vel para a realização do Plano Trienal do sr. Celso Fur-tado. ObtlVeinos somente recursos de emergência, que nosdesafogarão por um ano Assim, os representantes do go-vèrno e dos gruoos financeiros norte-americanos delibera-ram deixar o Brasil na situação de cavalo que come gramaamarrado com corda curta, não podendo estender livre-mente o pescoço.

As demarclies ainda agora concluídas pelo sr. SanTiago Dantas deram motivo, cumo todos se recordam, aoincidente provocado pelas insolentes declarações do em-batxàdor Gordon perante a Câmara dos Estados Unidos.As futuras d .marches esbarrarão, naturalmente, em mftiti-res dificuldades, resultantes de contradiçõe;- crescentes.Não panemos livrar-nos da espoliação imperialista porobra e 'graça dos imperialistas espoliadoies.

A\

Page 4: Defesa da Democracia - Marxists Internet Archive na Guanabara, onde o clima de intolerância do Governo em torno do Congresso, culmina com a adoção de medidas policiais. O direito

i~ 4* - NOVOS RUMOS — Rto do Jantiro, semana dt 29 do marco a 4 do abril do 1963 —

Prestes no 41? Aniversário do Partido:Unir Todos os Patriotas e Democratas

rJZ ',"',c'•0'''<•••,' ""

P aniversário dc fundação do2 2Sâ o''%K^^Wtro do quo/ participaram m/iViare* de E,™iw A«??"S?-o-s? ~"-fl^' '-m Carhs pmt*>

ato pú-proferiu o

Náo podemos deixar Ucrecordar todos os que sou-beram se sacrificar e lutainaqueles dias para exigir aeliminação rins bases inlil-<,.»r»n une, ,ia minora transcrcrrtnn. ..ÜLZ »"»"»»v«u "«s "«ses mui-

sní-- «i p:r$ona)idàdc3 cotwtdada»á mS»i aJK tmí •í,niUM c"" noS!,ft •«-

«» /rato. At.-- í).'.-tirfWí neh, ,i l i.... ,**'•v".c rf*>'í,'u ra- todos os que souberamles citavam í, «&dsfr^ft^ salvaguardar

"a honrado

Benedito, C-.,*. '.StuaalPoLartta^Mo-ãVaaaa^ifS i10".0 Patrlotl4mo- »"P»rorr?Kf:;;;^í£^,íS;r> ftffla» ^wj»*** ¦%«/''H, FrCIlíií/ífflíír.

í\í'l

foreno, S«/omdo .Va-(.». «iicj,'..< firteres camponeses c ain-

o" participarnu Riu dcda Cíuuna-

"Ê iiiii,, • r. *paru num pouiaqui convosco,Janeiro, Estadobara, das í« Mvidndcs de co-memorarão tío -11." univer-.-.uri" d« nosso- Partido opovo carioca tem ricas tm-diçôes oe lntn, di« lutas pelaliberdade, dc lutas peln in-dependência, dc lulas pelasgrandes causas de nossopovo. Nas lutas peln. inde-pendência já o povo cariocase destacava. Babeis que nes-ta cidade chegou n conspl-rar Tlradtntos, •• \i -antes«le Tiradcntes-, < n !7lo. oestudante Amarnl defendiaa independência da i>..triaeontra o invasor francês. ARepública foi proclamadanesta cidade, e. posterior-mente, as lutas deste século,as grandes luta.s da classeoperária, a.s lulas que prece-deram o movimento ria Ali-anca Nacional Libertadora,o grande 5 de Julho de 1922com Siqueira Campos àfrente travou-se também naterra carioca, O povo cario-ca mantém estas tradiçõesdr luta nos comunistas, cvocês os comunistas dó Es-tado da Guanabara são osherdeiros destas gloriosastradições do povo 1V.1v ra.Os resultados das. consultaseleitorais em outubro rto anopassado, e, mais recente-mente, do plebiscito de 6 dejaneiro, revelaram que opovo carioca esta contra oagente do Imríeririnfelizmente ninda Guanabara-.—

oi po/ntJHii dc Prestes::.:tlsf; se repetem velhas calúnias

dc que eu cm 1846 terln or-clarado que em caso dc guer-ra abondonaria o Brasil eestaria ao lado da UnlàoSoviética, Mas todo pu.notahonesto tebo qual lol a po-siçãu dos comunistas e quehoje reuíimuimos. A, guer-ms podem ser Justas ua in-justas nós comunls*, u sem-i)n nes colocaremos comiaqualquer guerra ini i :ui ngoverno brasileiro qua co-meter o crime dc aivi.vir opois a uma sticrra imperia-ls'n seja contra t Ât^cn-tina,, soja contra it Uniãoocyictlca, ou qualqtie nutropais encoivrará peh iiwea nossa "«"'ttéhcü O., co-munistas saberão col.).'ir-sea frente do povo paia lutar•'outra esse governo. Compo-

io quem/crua

O PARTIDO

Para mim é motivo de sa-tisfação estar junto convos-co nesta data em que come-moramos mais um anivei-sá-rio de nosso Partido, o Par-tido dos comunistas, a van-guarda organizada da eln.s-se operária, partido cuja ar-ma decisiva é a força desua organização, baseariano centralismo democráticoe na disciplina conscien'eEste Partido surgiu em r -«a terra como uma ner- -sldade histórica, desde eu:" ocapitalismo chegava «i ela-pa superior, a classe opera-na reclama uni partidodessa natureza, um partidobaseado nos princípios Icni-nistas de organização Eaqui em nossa terra,'parti-cularmente depois da IGuerra Mundial, com o de-«envolvimento industriai quese deu em nosso pais, ac asse operária surgiu comociasse que exigia seu parti-do político. Já em um as. grandes greves dr |ulho,'èmSaoi Paulo, revelavam a fôr-Ça desta clas.se nova e em• novembro, aqui na Guána-bara, o proletariado se le-

yantava e revelava a .suaiorça contra a brutalidadeda exploração patronal o'contra a dominação impe-.nalísta em no.sso paisMas nosso Partido nãnsurgiu apenas como umanecessidade da luta intei-na e do desenvolvimento do •Pais. surgiu também e dis-so nos comunistas nos , i-gulhamos, impulsionado ne-'los grandes clarões socialls-ws da revolução de 1017 naRússia dosTzares

Não é fácil dizer em bre-ves palavras o que tem sidoa.historia do nosso Partido.Ela se confunde com a his-tona de nosso povo, comtodas as lutas do novo bra-sileiro nestes 41 anos. as lu-tas pela emancipação poli-«ca completa, as luta.s pelaindependência econômica, asluta-? pela democracia e pelaliberdade, lula pela unidadee organização da classe ope-raria. Sabeis o que tem sidoa história de nosso Partidosempre perseguido, sofreu-do muitas vezes duros gol-pes. Nosso Partido a tudosubsiste. Por mais de umaves.os Inimigos do povo de-clararam que o Partido Co-munista desaparecera .parasumpre. Mas a cada afirma-Çáo desta natureza surgia nPartido mais forte do queantes, desmentido o seu ore-tenso desaparecimento.

VOLTA ÀPROVOCAÇÃO

Sofremos as calúnias doinimigo. Ainda hoje, lede a"Ultima Hora", a senhora.Adalgisa Nery, que se dizaliada dos comunistas naluta pela emancipação uenossa terra, repete velhascalúnias contra ns comunis-tas, e tem a audácia de co-locar o dirigente de um Pir-tido com as nossas tradiçõesao lado de uni agente nolmpfiialismo, como é o se-nhor Carlos Lacerda, trai lorde nosso povo. Nós com mis-tas somos r.onlrã a '- . t a,lutamos peia paz. Ate h-vje

rar esta atitude com a deagentes do Imperialismo écatunia, e perversidade, éaty aiitipatnoíico. quo nào•idníi"10S d° ÍOrma aJ8uma

LEGALIDADE

Fundado cm 1D22, sómen-te cm 1845 o nosso Partidoconquistava pela primeiravez o direito à atividadelevai, dois .-mos depois per-dida rom o inicio da guer-ra fria. Se bem que hoje jántucmo.s livremente, se bemque hoje tenha o povo bra-sileiro alcançado conquistasde tal importância que go-verno algum, nem mesmode Lacerda e Ademar, é' a|Kiz de roubá-las, impune-mente, ainda não conquista-mos de todo a legalidade,Mas caminhamos para- láK esta liberdade completa,"••este direito de a classe ope-raria ter o seu partido iega),este haveremos de conqttis-tnr mais dia menos dia.

A MEMtfRIA DERUI FACÓ

Nesta luta foram muitosos companheiros que tom-baram. Seria difícil agoraenumerar sequer os seusnomes. Ainda hoje. nestasessão, lembramos a moi-te deste intelectual do po-vo, deste filho querido doscomunistas brasileiros quefoi o camarada Rui Facó.Que a homenagem queprestamos a êle neste mo-mento seja a homenagem>'|ue prestemos a todosaqueles que souberam mor-rcr como comunistas lutan-do até o fim pela causa sa-urada de nosso povo. O quenós comunistas afirmamos-eom convicção é que a mor-te deles não será em vão.Não, camarada Faço. o teusacrifício não foi em vão.Não foi em vão porque asconquistas do povo brasi-loiro são irremoviveis. Nin-líuém mais terá forca paraanulá-las. Qualquer tentati-va reacionária será passa-gelra. Não tem futuro ne-nhum governo que preten-da atentar contra estasconquistas de nosso povo.Os nomes destes compa-nlieiios continuam vivosnas bandeiras de nosso Par-tido, na luta que continua-mos travando, sabemos quefoi graças ao sacrifício demuitos e muitos comunls-tas que conseguimos impe-clir a fasclstização de nos-•sa terra. A luta da AliançaNacional Libertadora em1935 não foi uma luta in-glória". Graças ao .sacrifíciodos heróis dc 35, dos már-tires que morreram nasprisões do Estado Novo, areação não conseguiu im-por em nossa terra o vilfascismo. Não conseguiuporque no momento èm queos comunistas se colocaramà frente do povo consegui-ram modificar a política do •Roverno de então, exigiràquele govérnb que queriaservir ao nazismo que rom-pesse com êle, c enviasseos soldados brasileiros àItália para lutar ao ladoda União Soviética, pois seos soldados brasileiros luta-vam naquele momento aolaao de americanos, fran-eeses e ingleses tinham aconvicção que lutavam aolado dos heróicos soldadosdo glorioso Exército Ver-melho contra o fascismo.para sua derrota eoaipleta.

Conseguimos m o d ificaraquela política, e depois daderrota do nazismo os co-munistas destacam-se áfrente do povo. participaido ombro a ombro com to-dos os patriotas na defesaeras riquezas naturais denossa terra e particular-mente na defesa dn petrò-lto, luta gloriosa que teveo seu auee na conquista,oue é rto rovo. do mono-polio estatal do petióleo.

carnificina nefandn contruo povo da Coréia.

Sfto esses algunn marcosapenas da trajetória glo-rlosa que é a vida de nossoPartido. Soubemos partlcl-pur ao lodo do povo üo tó-das as suas lutas. E hojeninguém poderá escrever ahistória do Brasil semacompanhar a história rioPartido Comunista porquea.s duas estão entrelaçada*intimamente e ninguém aspode mais separar.

ASSIMILAÇÃODA TEORIA

A história do nosso Par-tido não é apenas a histó-ria das heróicas lutas con-tra todos os rcieinn^r1"".E' também a história daluta pela assimilação dateoria do proletariado. Ne^-(es 41 anos os comunistasIntensificaram a luta peloconhecimento e assimilaçãofh grande teoria de Marx,Eiveis c Lênin. Desde asua fundação, o Partido,apoiado na análise mar-xlsta-lrninlsta do rcalidanebrasileira, vem assinalandocom acerto que estão na do-nilnação imperlallsta e nomonopólio da terra, nn lati-fúndlo. as causas básicasdo atraso do País. da mise-ria cm que vive o nos<opovo. Sim. rsta • a grandebandeira dos conunistasdesde a fundnção do no.ssoPartido. E assinalando estascausas básicas do atraso eda miséria, os comunicaslevantaram levantam e lu-tam permanentemente pelaconquista dc um governorevolucionário que leve atén fim as tarefas da revo-lução em sua etapa atual.

Sendo socialistas, sendocomunistas, estando con-vencidos, convictos clentifi-camente, de que o mundomarcha para o socialismo,de que o comunismo serávencedor no mundo Inteiro,os comunistas, no entanto,afirmam, justamente por-que somos socialistas, por-que queremos o construçãoda sociedade socialista emseguida da sociedade co-munista em nossa terra,que agora lutamos pela in-

. dependência da Pátria epor uma revolução agráriaque acabe com o latifún-dio e entregue as terrasaos trabalhadores docampo.

AS NOSSAS IDÉIASGANHAM AS MASSAS

São essas as nossas ban-deiras. Sabeis, no entanto,que até há poucos anosatrás só os comunistas fa-lavam em luta contra o im-perialismo, em luta pela rc-forma agrária. E a reação,a qualquer um que levan-tasse tais reivindicaçõesimediatamente marcava co-mo comunista e ameaçavadc prisão.

Mas as idéias ganham a.smassas, quando justas. Eas idéias baseadas numaanálise científica marxista-leninista. da realidade bra-sileira são idéias justas. Ejustamente por isso ga-nham a.s massas. E sabeisque quando as idéias ga-nham as massas se trans-formam em força. Essa éa trajetória de 41 anos.E aquelas idéias que hápoucos anos atrás errmlevantadas apenas peloscomunistas, hoje ganhamas mais amplas cama-das do povo. Já não é ape*nas a classe operária, jánáo são apenas os campo-neses que querem a refor-ma agrária. E' a intelec-tualidade, são as camadasmédias urbanas. E' a bur-guesia nacional. Hoje emtodos os partidos políticosexistem setores que lutamcontra o imperialismo, quetêm posição clara contra oimperialismo, que exigemuma reforma . agrári i. sãopessoas das mais tílvws'tendências Ideológicas, dediversas religiões, que le-

Viintani aquelas mesmasbandeiras que ainda hupoucos unos atra.-, eramperseguidas, porque cxelu-siva nente dos comunistas,

Esta situação, a nós co-mnni-.tas, so pede nu-, ale-grar Nào pretendemos omonopólio da revolução. Arevolução só o povo u fará.Só as grandes massas dtmilhões farão efotlvuinen-te a revolução. Aos comu-nlstus cabe a tarefa de ou-catar, dc dirigir, dc arma-dos com a única ciência so-ciai verdadeira, que o omiir.xiMnu-lcnliil.Miio. indi-car os caminhou.

t tão certo que estasIdéias ganham liole anipwssetores da população de nos-so Pais, que não podemosdeixar dc reconhear «n.emister Gordon, quando nilr-ma na Câmara dos Rupro-sentantes dos Estados Uni-dos que o atuul governo hra-.sileiro está Infiltrado -ie co-munistas talvez lenha ra-zao. Porque, para el.-.s ner-te-americanos, particular-mente para o Departamen-to de Estado, são comunls-tas todos aquélc.s que náose conformam com a dumi-nação imperialisu t tecla-mom as reformas de base,a começar por uma reformaagrariu. h ésles tão um nú-mero cada vez maior emnossa terra. Estão infltra-dos em toda a Noção. Estãoinfiltrados em todas a* ca-madas sociais. Estão infll-trados em todos os partidospolíticos. Estão dentro deIodas as igrejas, qualquerque seja o seu creciu Acon-tece. apenas. qu(. mUtcrGordon ao fazer esta afir-maçào esqueceu-.s ¦ quemaior ainda do cue o nú-mero dos que são pairiotasc democratas que. queremacabar com „ dominaçãoimperlallsta e exigem umareforma agrária í hoje emnosso Pais o número Zbrasileiros ciosos da sobe-rania nacional ,. que ,,âoadmitem a intervenção dequem quer que .se.a nos ne-

çccios internos d.j nossaerra. Diante do seu desa-íoro o que a Nação exige éque mister Gordon voltepara a sua terra.

O SOCIALISMOAVANÇA

. Vivemos hoje dias memo-ravels na história da hu-manidade. A ciência e a tec-nica avançam a passos ace-lerados, Festejamos aindaagora em nossa terra a vi-sita desses heróis do cosmosque sao Popovich e Nico-latev. expressão viva do quee o avanço da ciência e tiatécnica no mundo comem-poraneo. Mas não é apenasa ciência do natureza que .avança. São as ciências so-ciais. ;ão as grandes modi-ricaçoiís estruturais que sefstao verificando, o mundoavança de tal maneira queo honrem hoje sente que lánao é possível mais admi-tir por muito tempo a ex-ploraçáo pelo próprio ho-mem. Avançamos. O sócia-lismo ganha uma parto con-siderável da humanidade.Um bilhão de seres huma-nos já constróem uma so-ciedade nova, livre dos mo-nopóllos' imperialistas. livreda exploração do homempelo próprio homem. NaUnião Soviética, em algunspaises socialistas mais avan-çados já se constróem os be-ses da sociedade futura, dasociedade comunista.

Ainda agora venho deuma viagem á Europa. Visl-tando a União Soviética,conversando com o grandechefe do povo soviético queé o camarada Nikita Kru-schiov, senti a "segurançacom que éle afirmava oavanço da construção do eo-munismo na URSS. O planode sete anos realiza-se demaneira espetacular, ultra-passando todos os Índicespropostos, tanto na md.ús-tria como na agricultura. Afortaleza econômica d aUnião Soviética é cada diamais sólida. E com o desen-volvimento da ciência c datécnica o poderio militar daURSS é o maior do mundoreconhecido até mesmo pe-los Estados Unidos. Graçasa êsse poderio os senhoresda reação já não podem im-pedir que dirigentes comu-nistas como eu cheguem até

Cuba, pjrque rc nào me dãovi-sto para o México ou paraoutros pa ies da AmericaLatina, eu íuçi a viagembastante eurla do Ir a Ha*vana através de Moscou,com o TU. 114, assegura ndoeste lato «.-ivo na dialéticada vido - tí« que o caminhomais curto para Havanapassa por Mutuou, Mas. ^e j•sistema socialista avan?».se se torna ceda dia maispoderoso, por outro lofo oMstcnia capitalista entro -»mdecadência, htt. ('ecadéiir:!-,minado pelas contradlçoMque vão Icvú-io inevitável-mente dcii'.-o de prazo cadavez mais curto ú ellmln-ir;.ic ao desaparecimento. Eaqui umu ooscrvp.çâo: a »tn-prensa reacionária procurapor vé«!s c infundir-os gr m-des mossas tiabolhadoras emesmo a inte ectuaUÕVIè,querendo comparar as con-tradições no campo capitalista com as divergências queexistem no. nimpo socializa.De um lado o qut vem."; --áocontradições ibjetlvaa „'on-tradições antagônicas. «n:enão podem ser rcsrlviHa,senão com a superação des-tas contradições pela neg.»-ção do capltilis.-no com avitória do sflalismo. Ku-quanto que do outro lati i a.;divergênet-is no <-atnni so-clallsta são divergências teo-ricas, subjetivas e, port i>i'o,passageiras, porque n pró-pria prática «"a vidn mes-trará rapidamente comquem está ,i razão. Além dU-so. paro todos os comunista i,acima de qu-iisquer dW->, -gênclas está i un.dade dcinternacionullsnn proleta-rio.

A HERÓICA CUBA

Venho de Cuba. Pude pas-sar apenas aez dias na Ilhagloriosa, nesse território li-vre da América. Meu Inte-rêsse era imenso em conta*cer os resultados da revolu-ção cubana. Já os conheci»através da Imprensa, atra-vés de tudj quanto Se i-=rapublicado e nos companhji-ros e amigos que visita«r«ma Cuba. K i>«ta a Cuba mepermitiu contatos com seu„dirigentes, a começar poraquele que personifica o he-roismo e o entusiasmj do

, Jjovo cubvvi, que é o grandeílirigenre. fidel Castro.Estive em contato com os

dirigentes da revolução cuba-na e estive em contato como povo. O que posso vos di-zer de novo sóore esta- visi»ta, cm primeiro lugar ó queo povo cubano é um povo 11-vre. Nenhum governo daAmérica Latina, desses queeiicliom a boca com demo-crucia por que nos seus pai-se.s reuiizitm-su eleições, eiei-ções que quando não lhesconvém são brutalmente anu-Jadas como ocorreu recen-temente na Argentina, é ca-paz de fazer como o Govèr-no cubano: entregar armasno povo. O povo cubano es-tá armado. As meninas de12-anos. 14 anos, participan-do das milícias, guardando apropriedade do Estado, quee a propriedade do puvocubano armadas de metra-lhadoras que levam para assuas próprias casas.

O povo cubano eleva rà-pidiiincntc o seu nivel de vi-o.i. K claro que na constiu-ção do socialismo e nas con-dições espeeiüe-as de Cubasurgem novos problemas queos dirigentes estáo conscien-tes u procuram enfrentar eciuretnarão com êxito. AU-montou a capacidade de con-sumo do p^vo. Somente aclasse operária, dizia Láza-ro Pena na visita que íiz àConfederação dos 'trabalha-dures de Cuba, somente aclasse operária teve sousrendimentos aumentados emIUU milhões de pesos por ano.Os arrendatários, meleiros,niais\de lõü mil, deixaramde pagara meia, o que s.'g-nifiça que seüs rendimentosforam dobrados. E diante .desse aumento da capacida-de de consumo há diíieulda-des em conseqüência do bio-quelo. leito pelo inimigo nor-te-americano. Mas o povocubano não está só.

13 n ajuda frafriiijl du po- cfn destrulçôes e ciiuas »o-fJo.*«jiiu Lnloo apv.Ot.ca que bre as quais seria imnoisi-vel construir o .-oi-lallMno.

dci;v .-cura o al>iistrvlii)i'iiio'ao|j'imi uiuaiio «lc tudo o queelo precisa.

Todos os aluguéis foramreduzidos de 50 por cento cu reformo urbana foi ele-Uvamentc realizada. Os pes-ca dores, na cooperativa dep?jca de Mim&tnlllos, queviviam cin casebres, na ia-ma, hoje vivem em casasdigna», do tipo que muitoselementos das camadas mé-dias aqui na nossa cidadedo Rio dc Janeiro náo co*niiccem. U a particularatenção do governo é pelofuturo dos crianças e pelaiiulrtição pública. Em umano o povo cubano conse-gulu acabar com o analfa-bctlsmo. Crianças de 12 e14 anos participaram ati-vãmente da campanha paraacabar, como acabaram ele-tivmncntc, com o analfabe-tismo. E agora, os cursoschamados de scguitnentopara aumentar' o cultura dopovo, já não mais analfa-boto, espalham-se* cm todoo Pais. O número o'.' bolsasde estudo nas universidadesdo pais aumenta, e a maiorpreocupação de Klael Castroc assegurar a rápida eleva-çao do nível cultural do po-vc.

Nenhum revolucionário,particularmente eu, um ve-lho revolucionário, pode vi-sltar Cuba sem sentir-seprofundamente emocionadoe compreender que com asua atividade também con-trlbuiu para iut êxito dopovo cubano, que será tam-bém o nosso, amanha.

A GUERRA PODESER EVITADA

O que é necessário com-preendermos é que o sócia-lismo está vitorioso no mun-do. Quem hoje vai á União"soviética,

quem conhece asituação dos países socialls-tas. sabe. Quem faz êste- vòo?te_l.t horas, sem escalas, daURSS a Havana, sabe queum avião que fas semelhan-te vôo é capaz de outrasproezas se os Imperialistasquiserem. Sim. o poderiohoje da Uniào Soviética, edo campo socialista, assu-miu tais proporções que nàoexistem mais no mundo fôr-ça* capazes de derrotar osocialismo.

Ieto significa que no ca-so da loucura de uma ter-«Ira guerra mundial nãoteremos o fim do socialls-mo, mas o fim do capita-lismo. Pensamos, no entan-to, que para chegarmos aosocialismo não precisamosda hecatombe de uma ter-celra guerra mundial. Se osocialismo está vitorioso nomundo é evidente que todosos povos hoje transitam docapitalismo para ó socialls-mo. cada povo pelo seu ca-minho próprio, específico,ps caminhos para o sócia-lismo são cada dia mais va-rlados. e à medida em quea revolução avanço nomundo Inteiro novas expe-

Aos revolucionários, a nos,CO luinlítss, o quo nos inte-rsssa é chrgnr ao socialls-mo sem a hecatombe deunia terceira guerra mun-d.v.1.

Dai a necculiiadc dc co-locarmos acima de tudo, co-

^V sssssk ¦% ¦»-, i^WÊ^ma

' Jsssfl ssssssi

I ssT\sr jsnssV^" ^ Hsssssssssssssssssw- % ^saVssssV-. : ' sikjssssl LssHsT.ísflssT *T *9

I L ^v I^B sssssssssav J 'iJa^H sssV

ss^^^' !!^ssl I

ssH ssB'sssssB ' Lv sssssssssssV jbssH 'fi^sssssH

I ss*r^*sKmo dsver precipuo já nioapenas do comunista, masde todo patriota, de todoser sensível, lutar pel'a paz.Impedir o desencadeamentode uma terceira guerramundial.

OPOSIÇÃOAO GOVERNO

Isso não significa que de-vamos ficar de breços cru-zados. Náo. nenhum pa-trlota admltirra tal posi-ção. So.nos lutadores econtinuaremos lutando pe-Ia vitória do socialismo emnossa terra. Por isto nóscomunistas lutando pelapaz temos a convicção dcque isso nâo significa dei-xar de lutar pela emanei-pação nacional c por umgoverno nacionalista c de-mocrátlco, que Inicie as re-formas profundas reclama-das pelps interesses de nos-sa terra, reformas que de-terminem modificações nacorrelação de forças políti-cas aproximando o objetivorevolucionário* da eonquis-ta de um poder revoluçio-nário que leve até o fimas tarefas da revolução naetapa atual, tarefas quenio podem ser separadaspor nenhuma muralha daetapa posterior, que é a eta-pa socialista, po;que o fimde uma é o começo da ou-tra etapa da revolução.

Justamente porque nãoficamos de braços cruzados,Justamente porque lntensi-ficamos a nossa luta pelaemancipação nacional, pe-fas reformas de base lndis-pensáveis ao progresso denossa Pátria, não podemosconcordar com êsse govêr-no de conciliação com oImperialismo e o latifúndioque ai temos, nem comriências, novos caminhos esse Plftno trlenal que presurgirão. Depois do caml- tendem descarregar nas

POVO CUBANONÂO ESTA Só

O povo cubano tem oapoio de todos os povos domundo c tem particularmcn-

nho soviético, depois do ca-minho dos povos do orienteeuropeu, depois do caminhochinês, tivemos o caminhocubano e teremos amanhão caminho brasileiro e ocaminho de todos os povosdo mundo. Todos os povosestão transitando para là ese a ciência m&rxlsta-lenl-nlsta é verdadeira não te-mos nenhuma dúvida deque se não houver guerracada dia que passa avan-«•amos é neste caminho, docapitalismo para o socla-lismo.

Cada dia sem guerra, é.um passo que o capitalismo,que o imperialismo dá para*a própria tumba, paro serenterrado pelos povos domundo Inteiro. O que é ne-cessárlo é compreendermosque a guerra não é néces-•sarla para chegarmos ao so-clalismo. Além disso deve-mos reconhecer a hecatom-be que seria uma guerramoderna, uma guerra queseria atômica, uma guerraque seria de bombas de hi-Irogêneo. Uma guerra des-ia natureza ao invés deapressar a construção dosocialismo poderia retarda-ia de dezenas, senão de cen-tenas de anos. Uma guerradessa natureza resultaria

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costas do povo todas as dl-fleuldades financeiras doPais. Não. Combatemos ecriticamos esta política.

Lutamos por um governonacionalista e democrático.Somos oposição a quem niorealiza política de acordocom os Interesses da Na-Çáo. Combatemos o planotrlenal e combatemos a po-litlca antlpopular do atualgoverno. Combatemos esses•aspectos antlpopulares, par-tlcularmente essa políticaeconómlco-flnancelra con-traria aos interesses denosso povo da mesma ma-neira que, sem nenhumavacilação, apoiamos firme-mente os aspectos positivosda política externa destegoverno, as concessões queeste governo faz ás massastrabalhadoras. .

Apoiamos firmemente as-peetos positivos, como orestabelecimento de rela-ções diplomáticas com aUnião Soviética e a inten-slficacão do comércio crxnos países socialistas. Apoia-mos firmemente a posiçãodos delegados brasileiros naconferência de Genebra, afavor do desarmamento ech cessação das experiên-cias atômicas. E, particu-larmente, apoiamos firme-mente a posição do presl-dente Goulart »¦ favor daautodeterminação do povocubano e contra a inter-venção norte-fcmericana emCuba.

Além disso, como comu-nistas, convocamos a todosos patriotas para que semantenham vigilantes, por-que os reacionários, os la-cerdas, os cordeiros de fa-rfas, os hecks. não deixamde conspirar, náo se con-formam com as vitórias dopovo, nào se conformamcom os aspectos positivosda política externa do Go-vêrno. conspiram e amea-çam. E diante dessas tumea-cas. quando elas aparecem,nós comunistas, que somosum partido de oposição, nóscomunistas, que combate-mos a politic'1 econômico-financeira do Po.Vnó náovacilaremos em nos colo-

earmos ao lado do Oovérnocm defesa da legalidadeconstitucional contra aiameaças golpistas.

FLEXIBILIDADETÁTICA

Podeis imaginar que umapolítica semelhante, umatática tão flexível nio éfácil dc ser aplicada. Nio,não é fácil de ser aplicada.A tendência do homem épara estar de um lado oude outro e não compreen-demos multas vozes que avida nos obrigue e nos co-loque multas vezes diantede posições contraditórias.Não somos nós que temosuma política contraditória.E' a vida que é por exce-lêncla contraditória. E aen-do assim muitos compa-nhelros nossos, muitasvezes a pretexto de queo Governo realiza uma po-litlca externa que tem as-pectos positivos. Já nioquerem tomar nenhuma po-slção contra o Governo, co-locam-se a reboque do Go-vêrno. Isto levaria nossoPartido a perder a sua In-dependência. Essa é umaposição errônea que só podeser prejudicial à causa donosso povo.

Não, não nos comprome*temos com essa política an-tipopular do sr. San TiagoDantas, que está de piresna mão a pedir as esmolasdo imperialismo. Tantomais que isto não é neces-sárlo. porque a industrial!-zação do Pais. o orogres.-oe o desenvolvimento econó-mico podem ser realizadosbaseados unicamente nosrecursos internos e nocampo socialista, porque aUnião Soviética,e oa paísessocialistas- poderão apoiaresse desenvolvimento. Masse companheiros há que seequivocam para èsaí ladooutros também, r. pretextode que o governo faz umapolítica econômica e finan-celra reacionária e antino-pular, Ji querem negarqualquer possibilidade dealiança com a burguesia li-gada aos interesses nacio-nais e cujo representantetípico hoje no governo éjustamente o presidenteGoulart. A aliança portan-to com estas forcas nós co-munistas a reclamamos. Nóscomunistas nos considera-mos ainda agora combaten-do e criticando os aspectosnegativos da política do pre-sldente Goulart, aliados aopresidente Goulart na lutapela emancipação de nossaterra e pelo progresso doBrasil.

ÊXITOS DESSAPOLÍTICA

Com essa política os êxitosaumentam. Graças a essapolítica nestes últimos 5anos as ligações dos comu-nistas com as massas ae tor*naram multo mais eatrel-tas. A classe operária refor-çou sua organização e me*lhorou o grau de sua uni-dade. Reforçou-se a orga-nlzação dos trabalhadoresdo campo. O movimento na-cionallsta e democrático ai-cançou novos nivela, Niosão meras palavras. Os éxi-tos de nosso povo nesteaúltimos anos, seguindo estecaminho, estão evidentes,tornam-se claros diante dotodos que tenham serenida-de para acompanhar a rea-lidade brasileira.As fileiras de nosso Parti*do aumentam. De todas ascamadas sociais voltam-ae

para os comunistas os me-lnores elementos, em pro-cura de uma organizaçãopolítica que os arme para

. esta lu»a de emancipação donossa terra. E os acontecl-mentos o confirmam.Sabeis que ainda há ai-guns anos atrás, para reall-"Hj£? ingresso de sonda-riedade a Cuba encontraria-mos enormes, imensas, In.transponivei. mflSüdadaíE a nos então, nata mitonos restaria do que 'avrar onosso protesto cSntraTEa!

?SSÍ°J £ «"»» congressode solidariedade ao p-v0 ir*mão de Cuba. Mas oa du.mudaram. EsúUtl«êitò-avanço das forças democTa!«Cas, o crescimento do no-vimento operário, do mort-mento campo:,**, do m, vi-aunto nacionalista e demo-

Êrima"as* fazem com queínl' Suen» P">teste não -o-Jaime-081 é ° Cardwl &-»

* ba.st5»nt« grande o nú-mero de derrotas aue o im-Perialismo tem sofrido emnossa terra n'í flllim™ anos"graç!ísaess!-o,en.'u,ãoÜuiConclui na 5.» pág.)

¦\.

Page 5: Defesa da Democracia - Marxists Internet Archive na Guanabara, onde o clima de intolerância do Governo em torno do Congresso, culmina com a adoção de medidas policiais. O direito

— Ho ata Joneiro. lemorvo ela 29 de nrar«o a 4 da abril dt 1963 NOVOS RUMOS s —

O Comunista Júlio FutchikHerói Nacional da Tchecoslováquia

7 í-íliJKW^sffi*^*^^H EsAii-i -

HJtsb*******! **

Wam \\m\mmtmM,

Hm m H

O povo da Tchecoílová-«iuta comemorou há poucoa data anlversárla de Ju-Ho Futchik, herói nacional,nascido em 23 de fcvercl-ro de 1903 — e executadopelos nazista, cm 8 de «-tembro do 1943. Cortaram-lhe a vida em melo. comespantosa crueldade, masJúlio Futchik era desr.cshomens que vivem em pie-

Astrejildo Pereira

nltude cada minuto, e as*sim éle viveu até o últimoInstante, extraindo do seusacrifício uma lição deenergia e confiança paraoi homens seus iimãos.

Fllli.i de operários, upe*rário éle também, mas es-tudando ao mesmo tempoque trabalhava, conheceuainda menino os dias durosda guerra Imperialista de

'Hyt putâ &&'ve frita

1914*1918 e sua. conseqttén-cias. Aos 13 anos compu-nha versos Inspirados peloQue via e sentia ao seu re*dui. Terminada a guerra,da qual emergira a Pátriaríssurrecta. o jovem opera*rlo-e.tudante é Já um ml-lltanie ativo do ComitêOperárlo-Estudantll fele «•a própria enearnaçáu daaliança entre Jovens ope-ratiu» r r tudantrs.

Em 1921. Júlio Futchikingressa no Partido Co*munlsta e etereve nos lor-nais comunistas. Faz rapl-damente sua carreira deJornalista c escritor revo-lucionárit. c como tal é le-vado a participar dc gre-ves operárias e outros mo-vlmcntos de massa.

Em 1930 empreende suaprimeira viagem á URSS.onde colhe abundante ma-terial para reportagens erelatos sòbrc a vida dostrabalha dores' soviéticos,empenhados a fundo narealização do primeiro pia-no qüinqüenal.

Correm os anos de tra-balhos, dc lutas, de alegriasas alegrias profundas deum militante comunistaque realiza em plenitude asua vida dedicada fibra porfibra á causa da classeoperária e do socialismo.Sáo também anos de inti-mas alegrias, quando cn-contra aquela que viria sera sua companheira, - umaJovem á sua mesma feição,Oustava, Gusta, compa-nhelra de vida e de lutas,e que a éle sobreviveria,sobrevivendo em amor efidelidade ao homem e ás'suas idéias. Correm os anosc no curso dos anosacumulam-se os dados dogrande drama.

Corria o ano de 38. o anode Munich. A Inglaterra ea França, desprezando tra-tados e compromissos,traem a Tchecoslováquia ea abandonam aos apetitesnazistas. A burguesia "na-cional" trai seu própriopovo — e a 15 de março.de39 a ocupação é um fatoconsumado. Fato consu-mado que acelera a apro-xlmação da Segunda Ouer-

rs Mundial. Mas o povotchecoslovaco, traído, vilt*pendiado. torturado, náo sesubmete — e escreve en-t.io uma nova epopéia násua hbturla. travando naclandestinidade uma lutadc vida t de morte con-tra o cruel invasor da Pu*tria Jullo Futchik, dlrigen*tr comunista, é um dos gc-ncrols detsa terrível gucr*ra subterrânea. Em volan-te datado dc 1." dc maiode 1941. ordem do dia dasforças populares, gravoucie as seguintes palavras deforça e dc e-perunça:"Sim. estamos na rlan-deslinidade. na escuridãosubterrânea. Mas nau comomortos sepultado.-:, senãocomo sementes da caihcituboda lista que germina cque brotara no mundo In-tdro ao contato do sol pri-maveril. O Primeiro dcMaio e o mensageiro destaprimavera do homem livre,primavera das nações e dasua fraternidade, primàvc-ra da humanidade Inteira.Para essa claridade cami-nhames, embora no. en-contremos hoic nas trevassubterrâneas".

No dia 24 de abril dr1942. Jullo Futchik cal nasgarras da fera nazista. Co-locado á mercê dos verdu-gos da cruz gamada, sofreutorturas inimagináveis.Por um milagre de resis-tencia, de vontade e decombativldade. o prisioneiroconseguiu registrar dia pordia o seu martírio, e de suasnotas da prisão resultou umgrande livro — TestamentoSob a Forca, obra Imortalde um autêntico herói daclasse operária, um comba-tente comunista sem medoe sem mancha.

Jullo Futchik foi vinga-do: três anos depois de suaexecução, o nazismo ba-queava, lgnomlnlosamentc,e o povo da Tchecoslová-qula reconquistava a liber-dade perdida em 39, abrln-do o caminho que o con--duziria dentro em breyeao socialismo. Hoje, aTchecoslováquia é um dosmais prósperos paises docampo socialista, e isto se

deve á a»ccnsao da clat.roperaria ao Poder e ã dire-çao precisamente do Parti-da dc Jullo Futchik.

8:u iirandc livro — Tes-tumeutú Sob a Forca, pu-bllcadu a primeira vez emIU45 logo depois da libera-çáo, obteve extraordinárioêxito, com reedições sucos-slvas. e está traduzido em80 idioma, diferentes. &uma tragédia moderna cmforma de reportagem, tes-temunho. testamento — natragédia do homem venci-do que vence o destino erevive na alma do seu po-vo liberto. K também amensagem de confiança noluiuro. levada a milhões deleitores no mundo inteiro.

Teslamento Sob a Forca(oi traduzido em nossa lin-gua e publicado em ediçãobrasileira, em 1949. Há per-to de dois anos. de passa-gem por Praga, eu tivetportunldade de oferecerum exemplar desta ediçãobrasileira a Ousta Futchi-ková — em homenagem ámemória do autor, heróinacional da Tchecoslová-qula, comunista exemplar.

Gusta Futchiková liou-rou-me com a sua atençàcdurante uma boa hora deconversa sem formalidade,em que me falou do seucompanheiro e da obra queéle deixou. Ela trabalha naseção dc literatura politleada Editora do Estado e aidirige a edição das ObrasCompletas de Jullo Futchik.Ate maio de 1961, Já ha-viam saldo dos prelos 11 vo-lumes: obras literárias ejornalísticas, reportagens,relatos, etc. Outros volumesestavam prontos a sair ouem fase de preparação, In-clulndo a correspondência,com larga cópia de cartaspolíticas, literárias e inti-mss.

Gusta Futchiková. mu-lher admirável, em cuja fi-«ionomla grave e triste fã-cllmente se percebe a ex-pressão de uma obstinadaenergia Interior, é umapersonalidade de grandeprojeção em seu Pais, on-de ocupa o cargo de Vice-Presidente do MovimentoTchecoslovaco pela Paz,

0 HERÓI EA COMPANHEIRAJúlio Futchik c sua mu-lher, Quita Futchiková, em

foto feita cm 1932

NcaU qualidade, r a meupedido, ria dirigiu aosamigo*, brasileiros a

mensagem, escrita do pró*prio punho, estampada emfac-simlle nesta página cque vat traduzida a seguir:"Aos queridos amigosbrasileiros, defensores daPaz. envio as mais belas,calorosas e sinceras saúda-ções que sáo as saudaçôc»de Paz.

"Estou certa de que, uni-das todas as forças dus dc-fensores da Paz em lodo omundo, conseguiremos con-servoi a Paz, que é o desc-jo comum de todos os ho-mens honrados dos cincocontinentes.

"Sua sincera amiga, ami*ga do pacifico povo brasi-leiro - Gusta FufcrM-ot-d".

Motivos independentes dsminha vontade impedi-ram-me de divulgar hámais tempo esta mensagemda companheira de JulloFutchik Mas a palavra daPaz é sempre oportuna, náoperde nunca a atualidade.

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Manifestações dc Pesar Pela Morte de Rui FacóDe todos os pontos do

pai. e do exterior conti-nuam chegando mensagensde pesar pelo trágico deu-pareclmento do nosso com-panhelro Rui Facó, mortoem desastre comum aviãodo Lólde Aéreo Boliviano,quando viajava do Chilepara a Bolívia.

O diretor do Instituto, daAmérica Latina, da Acade-mia de Ciências da URSS.Serguel Mlkhallov, envioutelegrama |lamentando "apesada perda de um luta-dor conseqüente pela feli-cidade do seu povo, pelapaz e amizade entre ospovos.""Os colaboradores do Ins-tituto da América Latina,da Academia de Ciênciasda URSS — diz a mensa-gem —- acham-se profun-damente sensibilizados coma trágica morte do ilustra-do escritor e redator deNOVOS RUMOS, Rui deQueirós Facó. Sem jamaispensar em sua própria pes-soa, Rui Facó foi sempreum lutador conseqüente pe-ia felicidade do seu povo,pela pas e amizade entre ospovos. Partilhamos cònvos-eo a desgraça da pesadaperda e pedimos transmitirnossas sinceras condolên-elas aos pala do extinto,"

ENTIDADES ¦JORNALÍSTICAS

Do jornalista RelnaldoCâmara, presidente da As-

sociaçáo de Imprensa dePernambuco:

"AIP apresenta condolên-cias á direção de NOVOSRUMOS pelo trágico desa-pareclmento do JornalistaRui Facó. Lembramos com&'audades recente vltita deFacó à nossa Associação,onde féz bons amigos."

Dos . "•"Jgos da RádioCentral de Moscou:

"Abalados com a trágicanoticia da morte do gi*un-de camarada e amigo RuiFacó. uma perda inestimá-vel, apresentamos pêsames,em nome da Rádio Centralde Moscou, aos seus íaml-llares, amigos e colegas."

Por proposta do jorna-lista Fernando Segismun-do, na sessão de instalaçãoda comissão organizadorado X Congresso Nacionaldos Jornalistas, em realiza-ção em Brasília, guardou-seum minuto de silêncio emhomenagem à memória deRui Facó, "jornalista des-de jovem e sempre haven-do se notabilizado no tratodas questões que mais deperto interessavam ao nos-so povo. Seus trabalhos...ficarão na história do jor-nalismo e nos fastos patrló-ticos como peças memora-veis, dignas de meditação eexemplo,"

JORNALISTASDE BRASÍLIA

Em nome dos seu. cole-gas de Imprensa, o jorna-lista Salambet Jacond, pre-sldente em exercício doSindicato dos JornalistasProfissionais de Brasilia.er viou á nossa redação"sentidos pêsames pelo fa-lectoiento do confrade RuiFacó, brilhante e corajosapena da imprensa brasilei-ra, combatente firme e va-

loroso das grandes causasdo nosso povo."ESCRITORESDE PERNAMBUCO

Pelo seu presidente PauloCavalcanti, a União Brasi-lelra de Escritores, seçãode Pernambuco, manifestou"seu profundo pesar pelofalecimento do escritor RuiFacó, considerando o altovalor político, moral e In-telectual do pranteado con-frade."

Ainda de Recife, em seunome e dos demais jornalis-tas da Sucursal da Agén-cia Nacional, o jornalistaNicolau Abrantes transmi-tiu-nos • seu "profundo pe-sar pela irreparável perdaque representa para a lm-prensa e literatura naclo-nais o trágico falecimentodo confrade Rui Facó, in-fatlgável defensor do de-senvolvlmento Independeu-te e progressista da culturae da economia do nossopais."

Manifestações de pesarnos foram transmitidastambém pelo jornal "TerraLivre", que circula entre oscamponeses, e pela Edito-rial Vitória, onde Facó edi-tou seu primeiro livro, Bre-sil, Século XX.

PARLAMENTARESE CONTEC

Os deputados federaisMarco Antônio, HenriqueLima, Ramon Oliveira, Maxda Costa Santos, Mário Li-ma, Fernando Santana, Ro-berto Saturnino Demlsthó-clides Baptlsta, Adão Perel-ra Nunes e Gastão Pedrei-ra também enviaram men-sagen de condolências àredação de NOVOS RUMOS.

Na Assembléia Legislati-

va da Guanabara, o depu-tado Ib Teixeira fés regis-trar nos anais da Casa "aprofunda dor dos Jornalis-tas pera morte de Rui Facó,exemplo de honradez e dig-nidade profissional, nãotransformando sua penacm instrumento a serviçode Interesses estranhos aosdo povo brasileiro".

Dos diretores e funciona-rios da Confederação Na-cional dos Trabalhadoresnas Empresas de Crédito,"o mais sentido pesar faceâ trágica ocorrência quevitimou ilustre jornalista,infatigável combatente dascausas populares e nossoinesquecível *a m 1 g o RuiFacó".

OUTRASMANIFESTAÇÕES

Por carta, telegramas ocartões, também apresen-

Sairá êste mês

taram condolência, a esteJornal, pelo falecimento donosso companheiro RuiFácó, as seguintes pessoas:Juvênclo Marlano, agentede NR em Crato, Ceará,João Batista Barbosa e es-posa. Joaquim Câmara Fer-relra, da Sucursal de NRem São Paulo. Stelllta Cer-queira Lima, Homero Pi-nhelro. Benjamtn Tabak.Elói Martins, de Porto Ale-gre, A. R. Vasconcelos, deCampo Grande, Mato Oros-so, Walter Ribeiro. Brasíliae outros.

A Associação Guanabari-na de Imprensa, pelo seus e c r etárío-geral, BspiritoSanto, e a Associação Bra-sileira de Solidariedade aoPovo Paraguaio, tambémenviaram mensagem á nos-sa redação, apresentando

5a. edicao do

Manifesto do Partido ComunistaKarl Maix e Friednch Enqols

Pedidos a EDITORIAL VIToRIA LIMITADACaixa Postal 165 ZC 00Rio de Janeiro - Ouaruijara

Atendemos por Reembolso Postal

condolências pelo prema-turo desaparecimento donosso companheiro RuiFacó.

COMO LIQUIDAR 0SUBDESENVOLVI-

"

MENTO E AESPOLIAÇÃOESTRANGEIRA

A luta que «e trava nospaíses .ubdesenvolvldoscontra a espoliação estran*geira deve englobar a qua-se totalidade do povo. Delaprecisam participar aliadosde vários padrões, desde osmais firmes e conseqüentesaté os mais precários e pro-visórlos. O estudo da forma-çâa das frentes únicas an-tlimperialistas é assunto deum debate de lideres departidos comunistas e ope-rários de diversos paisespublicado no n. 1/63 da re-vista PROBLEMAS DA PAZE DO SOCIALISMO a ven*da nas livrarias e princi*pais bancas de jornais.

No mesmo número vemum artigo do diretor cine-matográfico soviético Grl-gorl Chukrai, abordando oproblema da personalidadena arte. Chukrai contesta atese de que só no mundocapitalista é possível a li-berdade individual na cria*çâo artística. Contém o ar-tigo apreciação sóbre osfilmes "A Doce Vida" "OAno Passado em Marienbad"e outros que provocaramjulgamentos contraditóriosda critica e do público.Agência e assinaturas: ruada Assembléia. 34, tala 304,Rio - GB.

Instala-se Comissão Organizadorado X Congresso Dos JornalistasBRASÍLIA (Do correspon-

dente) — lm cerimôniapubisê», qus contou com apresença do representantedo Presidente da República,do Prefeito, de membros doCongresso Nacional e de ou-trás autoridade., instalou-ee no dia 35, na Bscola-Par-que, a comissão organizado-ra do X Congresso Nacionalde Jornalistas, convocado

».l V>\

pela Federação Nacional deJornalistas, pelo Sindicatodos Jornalistas Profissionaisde Brasília, pela AssociaçãoBrasileira de Imprensa eoutras entidades classistasdos Estados. ¦ ¦

Vinte e cinco Jornalistas,vindos de quase todos os Es-tados da Federação, estive-ram presentes ao ato, depoisde. nos dias anteriores, ha-verem discutido e aprovadoo projeto de regimento e

, V A

do temário do Congresso, aser submetido à classe, emsetembro vindouro, quando,em Brasília, se realizará ocertame.

Sóbre os preparativos doX Congresso, ouvimos oconfrade Fernando Segis-mundo, diretor-secretário daA. B. I„ que aqui se encontrarepresentando o presidenteHerbert Moses. Disse-nosêle:

— O regimento elabora-do pela Comissão Organiza-

dora. com a participação decompanheiros dos Estados,reflete bem o ritmo novoque desejamos imprimir àsnossas reuniões, reivlndi-cando o máximo no menortempo. Trezentos e cinqüen-ta jornalistas virão a Bra-silia em setembro cuidar desuas aspirações, que pode-remos resumir assim: defe-sa da profissão, liberdadeprofissional e sindical, atua-lização do conceito de im-prensa, comportamento da

V'\

imprensa na apreciação dosproblemas e no bem-estargeral do povo, objetivos eorganização dos congressosc conferências dos jornalis-tas, assuntos gerais e temashistóricos. Merecerão cuida-do especial os itens refe-rentes á revisão dos regis-tros fraudulentos, aos esta-glários, ao Imposto sindical,e ás aspirações éticas, á de-tesa das tradições e da cul-tura nacional e ã questãodo papel.

Sm mensagem que tive ahonra de ler, durante a so-lenidade convocatória, a As-sociaçáo Brasileira de Im-prensa, pela voz de seupresidente, deixou claro seudesejo dp participar frater-nalmente, com os jornalis-tas de todo Brasil, dos tra-balhos do X Congresso, afim de, unidos e fortaleci-dos. alcançarmos todas asnossas reivindicações deprofissionais e patriotas.

Canto de Página

EmMp

ÇUIIDl NOSSASCRIANÇAS *

O outro lado do monstruoso crime no qual perdeu avicia um jovem belo, estudioso, bom, chamado Odtlo costaNrto, morte que abalou toda a c|dad< o outro tado —di/la - e a tristeza monstruosa, nor. f noa, n » seus asses-sinos. Sáo meninos pobres, ningrln! v ff.w. perdido, portodo. os vidos, inclusive pela camrli.ad*» de matar tiodura r friamente. Se a morte de Ocülo a q>mm eu queriaiiiultn o multo bem. doeu fundo i.v i:*.lm. o retrato doaHiiroto.1 criminosos corta-me o c rnçao, Tenho vontadede perguntar aos gritos, aos novcr.... o que /licites denosso» crianças? Nrgastcs-lhrs tudo: A direito * escola, aodivertimento, o direito a serem crianças, 8no meninoscurtidos pela miséria, pela fome, pelo desconforto dos lares,pelos maus tratos, foragidos do 8AM. essa escola de cri-mes. O que receberam eles dos governos a n8o ser pri-são, p.-piincamentos, fome, desespero. O que vai ser delesse nadn será feito para que possam um dia reabilitaremsuas vidas? Vão continuar fugindo do SAM onde nlo su-portnrào os maus tratos c aprenderão a matar melhore a roubar mais.

Ninguém nasce criminoso. Todas as crianças nascemcrianças c necessitam o direito de ser crianças, ma« comopoderão sê-lo vivendo na promiscuidade, com o eiem-pio de um melo ambiente de criminosos e de crimes? Jun-te-se a i«so os filmes americanos de mocinhos, as estóriasde quadrinhos, que mesmo os que não sabem ler vêem asfiguras, a criança se faz homem rapidamente na mlsértae dal ao crime é um passo. O primeiro furto e a derra-pagrm rápida para oi assaltos até á violência.

Nesta cidade, meninos que deviam estar em escolas,que deviam ter um lar e comida, estão matando pararoubai'. Digam os governantes: o que fizeste, de nossaecrianças.' **»«•*¦

Tópicos Típicos

Plírt Ssvirfiw

O GLOBO — Jornal que vocês devem conhecer ao me-nos de ima) reputação — publicou na quarta-feira dasemana atrasada, uma fotografia curiosa. Homens e mu-lheres desfilando com cartazes, tiveram as- suas flslonó-mias austeras fixadas pelo objetiva, durante u'a mani-festação de protesto contra... n nudez do. animais.Num mundo onde há tanta coisa errada, onde há tantacoisa gravemente errada, alguns cidadãos e cidadãs aindase. animam a protestar contra a nudez dos animais Aocorrência se deu nos Estados Unidos, é claro. E em oueoutro lugar se daria? "Os manifestantes, segundo informação do Jornal a ouejá nos referimos, disseram ei ..rmbrog da "Sociedade

Contra a Indecência dos An!.... !¦ Nus»; e íorâularem uinapelo a esposa do presidente Kennedy, que pratica a eoui-w.Ç»°n ,ela e a?ue!a ^c aoarcc- <• r cima nalTfotaVmnai .SavaVà

" P " dama dü Pais.VC8t.we os antasSí^ieSc a notícia náo tivesse saído do insuspeltisslmo oreãi.de imprensa acima mencionado, podtir-se-la pensar quese tratasse rie alguma "gozação" â civilização do dólarsauemos todos dos aspectos ridículos qne assume a heran-ça puritana nos Estados Unido.- r dc como o» norta-ame-ricanos sao complicados e lnfantl:,, cm geral, quandoaedefrontam com as questões relativas ao iam™ MU•Sociedade Contra a Indecência dos Animais Hus^eita-

tenefe«Ãm yerdadelro "corde de Idiotice Neiíi «TtalSSegSS a taíto?

8Ua* aventuras P«l0« hotéis da Bahia, Ae-Volto a examinar a fotografia em que se documentaa manifestação. Meu olhai se fixa no rosto sombrio, nreo-cupado. dc unia senhora que carrega um cartaz. O cartascontém uni apelo à senhora Kennedy: "Mrs.. Kennedy. norfavor vista oá seus cavalos, a bem da decência'"Observo detidamente a fisionomia preocupada destamanifestante, o horror e a abominação que se refletem noseu semblante ao contemplar a nudez lmpudlca dos ea-valos de Jacquellne.

t™,,m«H<;ru}0 as ^,plIas ,desta P°bre senhora, suas retlnas«Siad,as Plla nudez dcsavergonhada, monstreSeTSortSamerSno' 8tM CaVa'°S da MpÔSa do Pre8«*5te

.ôloVem*me ° l"ipulso de lhe diZ6r uma P*1"™ «•• co»-

nrnvLiCSIlvesM Presente á manifestação de protesto éprovável que eu procurasse tranqullizá-la e lhe dissesse-tas 7 £ShJ2?u5stao* Preocu.Pada. madame. Aílri£rd?oon-ias, a sennora nao c uma égua...

Preste no 41* Aniversário do Partido:Unir Todos os Patriotas o Democratas

(Continuação da «*.« pág.)comunistas, ganhando rígrandes massas popularessob a sua direção.

UNIDADE DE AÇÃOComemoramos este qua-dragésimo primeiro aniver-sárto.do nosso Partido con-vencidos de que marchamos

para grandes êxitos ho ca-minho da revolução. E ja-mais deixa de ser oportunorelembrar que para nós, co-munlstas, revolução nao asinônimo de violência e quaem nosso Pais se formos ca-pazes de unir a todos os pa-triotas, a todos os demoein-tas, a ciasse operária, oscamponeses, a intelectuall-dade,. as camadas médias nr-banas e a burguesia ligadiaos interesses nacionais, re-presentaremos uma forçatal, que diante dela nenhumgoverno poderá resistir.

Sim, o que é necessário éunir. As dificuldades aindasão grandes para unir a tô-das essas forças. As dlscri-mlnações, os preconceitoscontra os comunistas, as di-vergèncias partidárias. s>.'desconfianças criadas peloísentimentos religiosos aindadificultam essa unidade. Masavançamos no caminho deuma unidade cada vez ma-ior. E se conseguirmos real-mente unir a maioria des-sas forças patrióticas e de-mocráticas teremos umaforça Invencível em nossaterra, que imporá respeito aqualquer governo. E aquelegoverno que não quiser res-peitar essa força será na-turalmente substituído poroutro que realize as tarefasimpostas pelo movimentopatriótico e democrático. Is-to significa que a posslblli-dade de um caminho pacifl-co existe em nossa terra, eque nós devemos utilizá-loaté o fim. A classe operáriao que interessa é êsse cn-minho pacifico Ê claro: nãotemos ilusões, sabemos atéonde vai a estupidez do lm-periallsmo na defesa de seusInteresses.

O psencia'. portanto, é quePstejnrnoc sempre prrpara-dos nara moH;fic?r rànirta-mente a nossa tática. Os

governoa de conciliação, co-mo o atual, nlo sao capazesde enfrentar a solução dosproblemas brasileiros. Dlfl-cllmente irão a uma refor-ma agrária que o povo bra-sllelro exige. Uma reformaque acabe com o latifúndioe entregue a terra aos cam-poneses. Dificilmente Irãoàs medidas contra o Impe-nalismo reclamadas pelosinteresses nacionais. Istosignifica que se estes pro-blemas não forem enfrenta-dos ns contradições da socie-dade brasileira se fifruçnrão,tornando-se cada dia maisserias, cada dJa mais graves,aproximando-se o t.omentoem que sua superação setornará indispensável. O queé indispensável é que nestemomento o movimento na-clonallsta, particularmenteos comunistas, esteja suflei-entemente forte para dirigiro processo revoluciona rio en'nossa terra,

É imperioso que saibamos,nós comunistas, utilizar ea-da dia, cadn hora, cada mi-mito pp.ra melhor nos ligar-ino;; às massas t êste'o pri-mélro dever dos comunistas.P -a oncanlzá-Jas, uni-las eiã-ias pira as Justas po-slçoe«j do nosso Partido, pa-r:; a luta rfla conquista deum governo nacionalista edemocrático. Cabe a nós sa-ber utilizar cada hora. cadaminuto, para construirmosnm partido d» vanguarda,educar a cari.- comunistaensinar o m^rxismo-lcnlnls-mo anllcado à rprtüd.ide bra-sileira.

Quem ftiz a revolução sãoas raa«»*, süo os milhões.O ponpi ri-"; comunistas con-sist» fm '*ber dirigir asihti-TOs .-,-.-,, acerto pelo ca-fT :'. revolução.i data, em que fes-te- mos o quadragéslmo

primeiro aniversário de nos-so Partido sentimos qu» «eaproximam momentos rf^ci-slvos para a história do nos-so pòvó", O mie eu vos.pesoasrçjrurar cm nome dos co-rf: listas 'd" toda o Brasil éque 33 comunistas brasilei-m- saberão honrar o nome-do .eus mártires e de seusheróis, sabprão-cumprir comc seu dever hL»"tcnco.

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• ¦..ih-v..v.j.rr.;1.; ..;...;,

Page 6: Defesa da Democracia - Marxists Internet Archive na Guanabara, onde o clima de intolerância do Governo em torno do Congresso, culmina com a adoção de medidas policiais. O direito

— é

Assli Umot a NRtNOVOS RUMOS Rio dt Janeiro, lemano de 39 de marco a 4 de abril d* 1963 -

Latifundiários InstalamClima de Terror na Paraíba

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«Os latifundiários da Pa-raiba, aproveitando-se damorte de um du seus emtiroteio que eles própriosprovocaram em Sape, estãodl.spo.stos a assassinar-mepara Impedir que os cam-ponííos tenham seu repre-sen tante na Assembléiaem Joio Pesíon. um repre-(.entanto que denuncie oscrimes que diariamente saocometidos pelos donos daterra no Estado e que aju-de os lavradores em suaslutas pela conquista dat*-r»". denunciou o depu-tado Assis Lemos em entre-vista exclusiva concedida aNR

.0 deputado Francisco deAssis Lemos de Souza, elei-to n; lcg?nda do PSB. épresidente da Federaçãotias Ligas Camponesas daParaiba c sua vida correpi ligo porque os latiíun-diários, que já o feriramcm dois atentadas, contra-taram div.-rsos capangaspara elimina-lo cm qual-quer lugar, mesmo no re-rlnto da A>.ccmblcla.

Deis latos serviram agorapara recrudescer D Mio dasfazendeiros contra AssisLemos. Em primeiro lugar,o deputado foi eleito 1.°secretário da mesa da As-scmbHia, apesar de todosos esforces dos latifundiá-rins para imncdir que issoacontecesse. E denoi.s. amete do dono da FazendaLíidcira Grande. RubensRcgis. num tiroteio com oslavradores.

''O episódio em que per-deu a vida Rubens Régis,dif.s o deputado Assis Lc-mos, foi a culminação deuma luta que há muito vemse travando, c c m a reco-mendação das Ligas paraque os camponeses nãoaceitassem os despejos fei-tos pelos latifundiários sem •mandado judicial"TIROTEIO

No dia 13 de fevereiro,quando se realizavam aseleições para a mesa da As-sembléia. cerca de 20 lati-

.fundiários — os deputadosAgulnaldo Vcloso e JoacilPereira (assessor jurídico egenro do presidente da As-soclação dos ProprietáriosRurais da Paraíba), Fer-nando Meireles, César eMário Cartaxo. Antônio Ve-loso, três irmãos Porciún-cuia, Rubens Régls, queera da diretoria da Asso-clação, e outros — ruma-ram, armados de fuzis emetralhadoras, para a fa-zenda Jucuri. de proprieda-de de Adauto Gomes, nomunicípio de Sapé, para,por suas próprias mãos,destruir o casebre e expul-sar a família do lavradorOtávio Félix, membro daLiga.

Eram cerca de 5,30 horasda manhã, quando os lati-fundiários se defrontaramcom um grupo de campo-neses na casa de OtávioPéltx. Os trabalhadorespreveniram que era melhoros fazendeiros recuarem,mas estes abriram fogo. Natroca de tiros caiu -mortoRubens Régis, tido como omais feroz e audacioso Ini-migo dos camponeses. Oslavradores, :,em poder re-slstir aos fuzis e metra-lhadoras, tiveram de reti-.rar-se. mas Otávio Felix

caiu prisioneiro dos lati-fundiários, que o amarra-ram a uma arvore para as-slstir à destruição da casa,havendo suspeitai- dr que otrabalhador tenha sidomassacrado em seguida.

Com a «o**tc do latiíun-diário, a Associação dosProprietário, divulgou pelaImprensa e pek< rádio dcquuse todo ) pais. prlnc»-palmcnte Guanabara, SãoPfulo, Pernambuco e Pa-u.lba, amplos noticiáriosprocurandi criar na opi-niáo pública a idéia de queA m. Lemos írra c autordo homicídio c que sua ell-.inação serii urre simplesvingança dn tamilla do la-tilundiúrlo morto.

Diz o depu tido que têms.do freqüente) ae leuniõeseiilro os fazendeiros, todosu„itante conhecidos, comoo° deputados Agulnaldo Ve-loso e Joaiíll Pereira, Ar.lò-nlo Vcloso, Otacillo Couti-ni-o, Fernando ..lelreles,Cussiano Rh»; ro e outro?toda» tratando ae como ellrrlr.ar Assis ..ema.;.

ANTECEDENTES

"O casebre de Otávio Fé-lix — conta o deputado —já. havia sido derrubadoanteriormente, pois o cam-punes so recusara a sairsem mandado judicial, dcvez que já morava há dezanos no local. Foi recons-tituido por vários lavrado-res das redondezas, que secotizaram para comprarmateriais e mesmo paratrabalhar."

O fazendeiro Adauto Go-mes. dono da fazenda Ju-curi, através de seu filho, oagrônomo Durval Gomes,que foi colega c aluno dodeputado Assis Lemos naEscola de Agronomia, disseà.s autoridades policiais queo que havia no casebre eraum depósito de armas.

Cerca de 20 soldados, co-mandadas pelo tenente Ma-tusalém, foram ao local desurpresa e verificaram quenão havia arma alguma, esim uma família passandonecessidades, com um gru-pó de companheiros namesma situação, ajudando."Na véspera do ataque —é ainda o deputado AssisLemos quem esclarece —os latifundiários que parti-ciparam da expedição esti-veram reunidos com o go-gernador Pedro Gondim,concordando com êste quea expulsão ou não do cam-ponês seria transferida pa-ra a alçada judicial, acôr-do que os fazendeiros nãocumpriram"

ASSIS VIAJAVA

Adiantou o deputado que,apesar de se.r presidente daFederação das Ligas, nàohavia tomado .o:iheclmen-to do que se passava na fa-zenda Jucuri, porquantoesteve no R. de Janeiro até30 de janeiro, tratando deassuntos de interesse doscamponeses, como instala-ção de hospitais, postos doSAMDU, sementes e trato-res, benefícios que, cm par-te, já foram conseguidos."Viajei a 31 de janeiropara a Paraiba, a fim departicipar da eleição damesa da Assembléia, tendo

permanecido rm João Pes-soa até 12 de fevereiro,quando voltei para o Rio,cm companhia ao deputadoJosé Maranhão, t iclt; pre-sldcnte da mesa da Assem-biola, para nos entrevistar-mos com o presidente JoãoGoulart", n.i|ar.tou AssisLemas.

Disse ainda t deoutadoque nesses 12 dia. que pas-«ou na capitai' paraibanaafastou-se apena.» para ira Recife, cm companhiados deputados José Mara-«liâc e Mário Silveira. E foiopenas uma vsz a Sapé, diald, para uma concentraçãoanteriormente marcida pe-ia Liga local, n qual com-pareceu uma delegação dcestudantes paulistas."Tão logo. soube das ma-r.chras dos latifundiáriosem torno do mm nome —disse o deputa-lo — pro-curei o delegado BandeiraLins. encarregado do In-qitérito policial, apiesentan-dn-me para depor e soli-citando a conclusão do re-ferido inquérito com amaior brevidade possível."

dor. fazenda Ipanema emiiltus ou 'ns.

"A .orlcr.hçfto das Lluna6 dc que n trabalhador nãodeve de f rt<a alguma saisem niiiiid -lo judicial poisdo contrário não encontra*vil no L'-1 •' • outro proprlc-túrlo quo o recebi Por Issoé que os f: ? inteiros adota-rom o m.toito de destruli acr-a. o que força n campo-nês a rCIrv- • :om a fa-mllln", acrescentou.

O deputado denunciouque tem havido casosmonstruosos d? derrubadade casas com crianças den-tro, fato comprovado no rc-latórlo do major OodoaldoMonteiro, da policia do Es-tado, no Inquérito realiza-do por determinação do en-láo secretário do Interior eSegurança Pública depu-tado Silvio Porto.

O agravamento dn «¦»¦•.•-ção, segundo o pasidentedaFederação das Ligas, estáocorrendo porque or cam-•jonèscs estão se ivcuiando.a fazer o cambão trabalhogratuito como pagamento

Paraíba, tão Iteu o» com-P"n'i?s souODtiiciii do meua .assumo Vurlas associa-'."-cs de lavradores Já s: dl-i'riram ao governo e.Un-liinl. e.dvf.tlndo que n ml-nha elmlnaçáo fislea seriasinal para o desencadea-monto, no Estado, de ncõeste eliminação também fi-'loa dos donos da t.rra.

;to de forma' alguma cor*!'( ponde aos Interesses domovimento camponês."

E o deputado Assis Lemosencerrou a palestra com n>simiinics pulavrus:"Para evitar oue as ->:-sas se encaminhem nesseuiiiii). di.ijo-mc u opui.a,pública c ú« aucrrldaü.ís li-deralt para que apoiem oscamponeses da Par; .'ja ev J u d c m a Im- . oos latifundiários continuemnssas.-lndndo Impv m tv.no{ que lutam pelos -lir.ltosdos camponês**."

¦'JÁWÊ _^_^_l_^^_a'_^H kW^mW' *^»»»»^BSBBBB1^A *'V^I^IIIII^O^i^ll iIiIb^iiI trn^Ê

MARANHÃO: VIOLÊNCIASCONTRA CS CAMPONESES

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ROTINA"Já se tornou comum, dealguns meses para cá, gru-po.' de latifundiários irem

pessoalmente percorrer pro-priedades de outros paraderrubar casas e expulsarcamponeses da terra, gene-rallzando-se na Paraíba odespejo de trabalhadorespela violência, de vez queatravés da Justiça se tornadifícil despejá-los, já quenas questões surgidas oscamponeses estão semprecom a razão", garantiu odeputado paraibano.Dentre as centenas de ca-sos mais recentes, o par-lamentar lembrou 16 fami-lias expulsas da fazenda

.Tapira na vésoera do Na-tal. mais de vinto na fa-a ' da Guia, além de ínú-meros do Engenho Corre-

ARRUMADORES DO RECIFE CONQUISTAMREIVINDICAÇÕES: ACORDO ASSINADO

RECIFE iDo carrespon-dente) — Finalmente, dia13 do corrente, foi firmado,entre o Sindicato dos Ar-rumadores do Estado dePernambuco e as classesprodutores, um acordo sa-larial. pelo qual os traba-lhadores tiveram um au-mento de 457c, garantia dopagamento do 13.° mês e1% ainda como garantia de25 diárias ao mês.

UNIDADEA conquista das reiyindi-

cações dos arrumadores foifruto da unidade da classe.que há dias, vinha amea-çando entrar em greve, fa-ce à resistência das émpré-sas exportadoras em nãoatenderem suas justas rei-vlndicações. Enquanto isso,o governador Miguel Ar-raes, através da SecretariaAssistente, procurava solu-cionar o impasse, que, porfim, foi resolvido.

De seu lado, os arruma-dores, a fim de apressar osentendimentos, resolveram,na manhã daquele mesmodia. deflagrar a greve hávários dias decretada.

O movimento atingiu, emcheio, a empresa Imperia-lista SANBRA, paralisandoo serviço de embarque e de-sembaraue dos seus produ-tos .'algodão) que deveriamser colocados em dois na-vios que. posteriormente,demandariam à África doSul. Sabendo do fato, os di-retores da empresa ermu-Dioaian o ocorrido aos di-

rlgentes das classes produ-toras, que, em seguida, fo-ram ao Sindicato dos Esti-vadores, onde já se encon-travam reunidos os diri-gentes do Pacto de Ação daOrla Marítima. Dali, apósos entendimentos, rumaramcom os trabalhadores páraa Delegacia Regional doMinistério do Trabalho c,depois, para o Palácio doGoverno, onde foi assinadoum ttcòrdo salarial, íican-do ainda para discutir os10% para garantia do sa-lário-família. Portanto, aluta prosseguirá pela con-quista desta e outras rei-vindicações.

Foi firmado entre as par-tes o seguinte acordo:"Acordo salarial que fa-zem, de um lado, o Sindi-cato dos Arrumadores doEstado dé Pernambuco e,de outro, a Federação dasIndústrias do Estado dePernambuco, a Federaçãodo Comércio Varejista doEstado de Pernambuco e òSindicato das Empresas deTransportes de Carga doEstado de Pernambuco:

1 — Será concedido umaumento de 45% sóbre ospreços atuais das tabelasque estabelecem o paga-mento da mão-de-obra, fei-ta pelos arrumadores namovimentação das merca-dorias nos armazéns, dasfirmas industriais e comer-ciais, e nos serviços do. car-çras e descargas simultâneasrios veículos rc'-• "v;"s. -v*.tábuas em referência- sãoas homologadas pelo Con-

selho Diretor da AssociaçãoComercial de Pernambuco,em sessão de 20-10-61 emais os 55% que foramconcedidos em 20-8-62;

— Ficam mantidas tô-das as demais cláusulas doacordo salarial fixado em20-8-62;— Ficam assegurados

aos arrumadores as seguih-tes percentagens que inci-dirão sobre os novos pro-ços das tabelas, resultantedo presente acordo:.7% para fazer face aopagamento das férias re-muneradas, direito já asse-g u r a d o aos arrumadoresconforme o acordo firmadoem 27-11-62;

8,3% para fazer faceao pagamento do 13.° mêsaos arrumadores e ainda1% como pagamento de 25diárias, tudo isto de con-.f o r m i d a d o do que ficoucombinado

Estes dois percentuais se-rão pagos ao Sindicato dosArrumadores do Estado dePernambuco, que os reco-lherá ao Banco rin Brasilem contas especiais vin-culadas. que só poderão sormovimentadas cõm autavi-zação rin Ministério do Tra-balho e Previdência Social.

— Será discutido, defuturo, o direito do salário-família para os arrumado-res.

5—0 presente acordoserá firmado »m oito vias.pari' om pfeitr ino.ni c en-trará rm vigor a pi".tir dadata da assinatura."

li

do arrendamento), prefe-rindo pagar em dinheiro.REAÇÃO

"Acho que minha acào àfrente das lutas campone-sas ne. Paraiba, já provouque náo tenho medo dasameaças e dos crimes doslatifundiários, o que temo,agora, são as conseqüênciasque poderiam advir se talameaça se cumprisse. Nãotenho dúvida de que have-ria um banho de sangue na.

PRESTES SAÚDAPERNAMBUCANOS

RECIFE (Do correspon-dente) — Na madrugadado dia 14, transitou pelacapital pernambucana, pro-cedente de Cuba, permane-cendo alguns minutos noaeroporto dos Guararapei,em contato com correliglo-nários e amigos, o dirlgen-te comunista Luiz CarlosPrestes.

Na oportunidade, solici-tado por um dos repórteresdo jornal "A Hora", concr-deu, por escrito, a seguintemensagem ao povo pe.r-nambucano:"De passagem pelo Recl-fc, de volta de Cuba e daUnião Soviética, é com ale-gria que saúdo o povo per-nambucano por intermédiode "A Hora".

Ao visitar o heróico po-vo dé Cuba — território 11-vie da América — pudesentir de perto seu grandeentusiasmo revolucionárioe sua decisão inabalável dedefender as conquistas re-volucionárias e derrotarq u a 1 q u e r agressão. Asameaças, no entanto, não •co ra.n e cabo aos povosdos demais - países latino-americanos manifestarigualmente sua vontade deluta e sua disposição de en-frenta.r, ombro a ombro,com os irmãos cubanos,nosso inimigo comum — oimperialismo norte-amerl-cano. O povo cubano e seusdirigentes, com Fid?l Cas-tro à frente, apreciam ai-tamente a política do pre-sidente Goulart de defesada autodeterminação doP-Vo cubano e contrária aqualquer intervenção emCuba.

Idêntica é a atitude dospovo. dos países socialistas,especialmente da União So-viétlca, que tem dado aCuba toda a ajuda moral,política e material, em pro-porções imensas.

AienfWf-nruto

LUZ CAilLOS rKEhiES.

São Luis iDo correspon-dentei - "A lei é a lei. masa policia quando quer fazer(."'. mesmo", vociferou o.-ibtencnte Severo, da Poli-cia Mi'ltar do Maranhão,quando, á frente de 0 poli-ciais, Invadiu o local emque se reuniam dezenas deonmpcnesrs cm São Mr-teus, pa.ra fundar o Slndl-cato dos Trabalhadores Ru-rals.

O fato s? deu dia 19 demarço, no momento cm que«cubava de sei aclamada udiretoria provisória dnSin-dicato. Os policiais entra-,ram violentamente no re-cinto, roubaram -s ri:-cumentos da entidade, quese encontravam cm cimada mesa. e *vepde.-api o i-der camponês Martinho Nu-nes e o presidente da Uniãodos Ferroviários do M.rn-nhão, Benedito Teixeira,que compareceu á solcni-dade para hipotecar a so-lldarledade do Pacto deUnidade Sindical.

PREFEITO LATIFUNDIÁRIO

O responsável direto pe-Ias violências policiais con-tra os camponeses que de-sejavam organizar seu sin-dicato segundo as normasdo Estatuto do Trabalha-dor Rural, recentementesancionada pelo presidenteJoão Goulart, é o prefeito

MAFERSA:TRABALHADORESPODERIO IRA GREVE

BELO HORIZONTE (Dasucursal) — Voltou a esta-ca zero o problema daMAFERSA. Quando tudoparecia solucionado, fracas-sou o encontro de dirlgen-tes sindicais mineiros e re-presentantes do BNDE e daCVRD no Rio de Janeiro.

Informações prestadas àreportagem pelo deputadoSinval Bambirra, do Con-gresso Sindical, dão contade que "apenas um ligeiroprogresso" ocorreu nas ne-gooiações efetuadas. Dian-te disso os metalúrgicos quejá fizeram uma passeata deprotesto resolveram dar umultimato ao governo e aosresponsáveis pelo funciona-mento normal da firma deque paralisarão toda a ca-pitai, quinta-feira, caso nãose encontre uma soluçãonas conversações com opresidente João Goulart.

COMISSÃO

Enquanto que os opera-rios estão em assembléiapermanente, e prosseguemos preparativos para a de-flagração de uma greve ge-ral da categoria para qual-quer hora em apoio aosseus colegas dá MAFERSA.uma comissão avistou-sesábado com o governadorMagalhães Pinto. Nesta reu-nião foi exposto ao chefedó Executivo Estadual oresultado das demarchesefetuadas até o momento.Conseguiram do governo es-fadual o empréstimo de umônibus para conduzir à Bra-sília uma comissão de sin-dicalistas. Na capital daRepública deverão avistar-se com o presidente JoãoGoulart, segundo disse osr. Onofre Martins, presi-dente do Sindicato dos Me-talúrgicos.

Caso fracassem mais es-¦sas negociações, será decre-tada uma greve geral detodos os metalúrgicos, napróxima reunião de quinta-feira. Se Isso ocorrer pode-rão parru s>r os trohnihosap oní*-' -icnte, 10 milmetalúrgicos.

de São Mateus, sr. MarcosPinheiro.O prefeito Marcos Pinhei-

ro, que é dono de quase tó-das as terras do municípiovem por todos osmclos ten-tando impedir a organiza-çáo do Sindicato Rural, re-cusando-se inclusive a afl-xar na Prefeitura, comomanda n lei, o edital d-convocação da reunião pa-ia fundar o Sindicato.

O sr. Marcos Plnheir-. íacusado de haver transfor-mado seus capangas pes-soais, a serviço de réus. la-tlfúndios, em guardas mu-ivcioais, continuando auti-li7nr o.s bandidos como. soem vez ri» prefeito, fô.-seproprietário do município.

T:dos êsses fatos foramdenunciados ao ministro doTrabalho. _r. Almino Afon-so, de quem se esperamprovidências urg:ntes, devez que a policia mantémpreso o camponês MartinhoNunes ("oltoii anems o li-der ferroviário BeneditoTeixeira) e continua que-rendo Impedir a criação dcSindicato.

EM GOVERNADORARCHER

Também em GovernadorArcher as autoridades im-pediram a fundação doSindicato Rural, embora ainão houvesse prisões.

Os membros da comissãoorganizadora do sindicatotelegrafaram ao ministroAlmino Afonso, que respon-deu dirigindo-se ao Dele-gado do Trabalho em têr-mos enérgicos. As medidas,contudo, lim'tam-se a no-

E AINDA DIZEM QUE t AUTÔNOMAUm leitor de Juazeiro do Norte, Ceará, escreve-nos

a respeito das Imensas preocupações que a Companhia Hl-drclótrlca de Paulo Afonso vem causando ao povo doCarlri "devido aos aumentos diversos sentidos por todapopulação". Envia-nos anexa uma nota em que o 8u-perlntendente da Companhia de Eletricidade do Carlricomunica o aumento provocado pelo salário minlmo. Per-Riinta-nos cie quem seria o responsável por este estadode coisas: o governo federal ou o superintendente dacompanhia. Possivelmente os dul., pois devem estar decomum acordo, por Isso que éle é superintendente.

MACE EM SITU*?A0 I7E CALAMIDADEO vereador José Duti.i dc Magé, Estado do Rio,

ftgglni nos reluta u calamitosa situação de seu municí-pio: "Trabalhadores, profcsiôrrs o funcionários nào re-cebem salários há o meses, O novo prefeito vai pagaro mês corrente c ficar devendo os atrasados"... "Se-tenla por cenio das crianças do município nào tém es-

í colas"... "O Posto Médico de Planeta, além dc desapa-reinado e sem medicamentos, tftá obrigando o povo a,e valer do médico do Cenlro de Melhoramentos. O dr.Assis está t'iiv._iH:o os doentes para Magé, Petrópolls,i por incrível que pareça, somo., obrigados a recorrer aoiospital Getúlio Vargas na Guanabara, etc." ... "Dezenas'e trabalhadores estão nmercados, de serem demitidos porfalta de dinheiro"... "Os lavradores exigem a reformatgrária o estão se sindicalr-undo em mus «a, por inlclati-

va do líder MANOEL FERREIRA, presidente da Federaçãode Lavradorei" .. "Por faliu de" luz e força, a maioriacio novo e do comércio de Plabctá. etc, usa lampiãoe geladeira comercial á querosene" Em • observação finaldiz o vereador Jesé Dutra: "O povo faz um apelo ao"Orupo de Trabalho" criado por sua excelência o sr.presidente da República, para que se socorra Magé".

A PROPÓSITO DOS 4 ANOS DE EXISTÊNCIADE "NOVOS RUMOS"

José A Pereira, a propósito dos 4 anos de exlstên-cia de NOVOS RUMOS, conta-nos, para enorme satisía-çào nossa, como é recebido nosso jornal em Pelotas. Nestazona o nosso jornal é batizado com estas frases: "O NO-VOS RUMOS, chegou, é o jornal que o dólar náo comprou",e, também, "não é de aluguel; disso o seu Miguel". Prós-seguindo, relata-nos José Pereira que "as principais man-chetes que interessam ao novo são lidas cm pequenoscomícios". São estes tipos de recepção e de colaboraçãona divulgação de nossas idéias que nos recompensamplenamente e nos trazem alento para prosseguir eu»nessas tarefas.

VIGARICE NAS LAGOSTAS"Um daqueles que amam, de fato,, esta terra" escreve-

nos um leitor dessnvolvc-ndo raciocínios sóbre p caso tiaslagostas, procurando pur trás dos fatos, as verdadeirascausas que a "Imprensa sadia" não conta. E chega à con-clusão que, .por trás de tudo, há, sem dúvida, o dedo do'inperiallsmo: americano. Assim é que éle caracteriza oImperialismo, como cs que "agem em todas as partes doSlcbo terrestrfc, brigam de quando em quando e fazem aspazes quando náo podem pesar uma presa sozinhos" Êmesmo de se estranhar o grande vigor com que os "ior-nais estrangeiros escritos em oortuguès" (isto é, os porta-vozes do governo americano) gritaram "na defesa dosinteresses nacionais". Estamos certos que não era o In-terésse dos pescadores nordestinos.UBERLÂNDIA PERDE UMA GRANDELUTADORA PELA PAZ

Uma leitora relata para nós a ampla atividade pelapaz desenvolvida por Filomena Soares Gouveia, falecidano dia 2 de março do corrente ano, com 64 anos de Idade."Dona Filomena foi a mulher de Uberlândia que maisparticipou dos Congressos da Paz" ... "Sempre estava nadianteira das coletas de assinaturas pela Paz" .. "Ajudoua organizar as mulheres. Foi uma das Fundadoras daOrganização Feminina e da Creche, hoje Casa da Criança,

.. .. Que abriga 200 crianças". E termina, depois de enumerardir informações às autori- ^ „arios de seus benefícios: "Dona Filomena fêz inúmerosdades municipais. jg bens ao P°v.0' difícil de serem enumerados, por isso o

Os camponeses marcaramnova data para a fundaçãodo sindicato, esperandodesta feita ter êxito, a.exemplo de seus compa-nheires de Bacabal, Coroa-tá e Rosário. Neste muni-cipio, o ix-nrefeito, depu-tado Ivan Saldanha, doouaos lavradores uma sedepara o Sindicato.

CONTRAELEIÇÃODEPELEGOS

BELO HORIZONTE »Pasucursal) — Continuam ostrabalhadores em c a r r i surbanos na luta pela der-rubada das eleições no Dcpartamento de Bondes eônibus que deram vitóriaa um conhecido pelègo, osr. George de Freitas.

Segundo o sr. Eu r ê n i oCaetano, presidente OoSindicato nos Trabalhado-res em Carris Urbanos cCabos Aéreos de Belo Hori-zont-e, a eleição do sr.Gcorgé de Freitas "foi umadas maiores irregularida-des" de que tem notícia,desde que assumiu a presi-dència do Sindicato.

Os operários, que não es-táo conformados com asfraudes havidas, preparamo esquema de resistência,já estando nrontn um re-curso a ser enviado ao Tri-bunal de Recursos do Es-tado.

DELEGADO SEVICIALAVRADOR A MANDODO LATIFUNDIÁRIO

Curitiba, (Da sucursal) —O delegado de Florai se vi-ciou, na delegacia da cida-de, o lavrador Manuel daCruz Clementino e seu fl-lho, a mando de seu pa-Irão, o sr. Jòsc Bergo, a fimde obrigá-los a assinar adesistência de seu contra-to agrícola que só em ce-reais valia mais de CrS200.000.00, pagando-lhe ape-nas a quantia rie Cr$ ..,.25.000,00, descontando aindaCrS 4.598,00 co.no gastos d"aDelegacia e corrida de gipe.No momento, o advogadodo Sindicato está tratar-do de obter a punição o-autoridfido oue uti""o»-"f-do noH-... --- lho foi confr-rido pr'~ "imeter crimescontra o povo.

seu cortejo à morada final foi um dos mais concorridos.Todos queriam levar sua última despedida como gratidãodo bem recebido.

DEFENDER CUBA É DEFENDER A AMÉRICALATINA

José J.erônimo, de Austim, Estado do Rio, pronuncia-se sóbre as posições agressivas que o governo americanovem tomando em relação à gloriosa ilha de Cuba. "Naépoca atual atravessamos graves ocorrências que inspiramcuidados em toda a América Latina. Estas gravldades sur-gem em face dos perigos dramáticos que ameaçam Cuba,pelos atos anti-cristãos e desumanos desencadeados pelacovardia e traição estadunidense". Assim sendo, èle julgaque cabe a todos os "brasileiros patriotas e demais povosda America Latina" manterem-se em posição de alertajunto aos atuais governos e levar sua solidariedade àCuba. O Congresso de Solidariedade a Cuba ai está paraque demonstremos todo nosso apoio.

A VERDADEIRA SOLUÇÃO PARAA MENDICÂNCIA

De São Paulo, chega-nos a carta de Isabel Ferreira daSilva contra a- matança dos mendigos que "trouxe inqule-taçáo à gente de coração bem formado. "Mas Isabel pro-cura logo colocar o problema nas seus devidos termos: "Amendicância existe como resultado do egoismo social, oriun-do do sistema capitalista", por isse. de nada adianta a"vergonhosa e deprimente caridade", e sim "derrubar ocontra-senso e a aberração deste sistema e instituir a 11-berdade de trabalho e de consumo para todos os seres hu-manos".

RECIFE UM DIAJoacir, de Recife, nos envia uma poesia de Rildo Melo

que na impossibilidade de publicá-la na integra deixamosaqui alguns trechos:"Quando alguém

Um diaArrancar a máscaraDesta miserável cidadeDescobrirá fome.Descobrirá angústia.Manipuladas no asfaltoE consumidos nos subúrbiosNum mercado torpeDe exploração.Quando alguémUm dia,Amar esta cidadeNão haverá mais fome.Não haverá mais angústia.A lamaDeixará de consumir caranguejosOs arranha-céusNão mais devorarão mocambos.O silêncio da noite'Libertará suas amantes.RecifeQuando o povo,Um dia...

NOBRE PROFUNDAMENTE NOCIVO -NOBRE CAUSA

José Lima da Silva, Artur Bernardes, João Nepomu-ceno, Nereu Almeida dirigiram um telegrama de repúdioaos pronunciamentos de Raimundo Nobre de Almeida che-fe do Departamento Politloo e -Jornalístico da Rádio' Mai-link Veiga, através dessa emissora, redigido nos secuin-tes termos: ''NAO SE DEFENDE OU PROPAGA O NATin.NALISMO REPISANDO TESES DE ESQUERDA OU DE DT-REITA, JULGAMOS SEUS PRONUNCIAMENTOS A RES-PEITO DO NACIONALISMO PROFUNDAMENTE NOCIVOSA NOBRE CAUSA". «uwvu&Por. outro lado. enviaram um telegrama de solidário-dadeap coronel Dagoberto Rodrigues diante das calúnias;_fr.-*- oor este ilustre patriota na coluna "Faics íflci-

o'un/da'.^„._:digida 90S ^ Feraandes* na %¦

• > - I fc»UÍÜÜl . .. _:,.-. .¦¦-...,,;

Page 7: Defesa da Democracia - Marxists Internet Archive na Guanabara, onde o clima de intolerância do Governo em torno do Congresso, culmina com a adoção de medidas policiais. O direito

*- 96a és Jonoíro, umona da 29 ds marco a 4 do abril dt 1963 —»

Conferência do Coita RicaDslmlao dt am

NOVOS RUMOS 7-silêncio

M t m du ssjên-_* Informação, eom

notlctarlu vaso» a dado»ImprulBU, silêncio qus sóu distes depois ds encer-rada a reunião, reallaou-M•m •-*» Jo?* da Cuta Rtas,dtas M s 30 de marco, umaeonferêncls do presidentedu Estado» unldu commui| colegs» du ael» psisescontinentais da AméricaCentral.

Clamo Já estava prévia-menta assentado pelos par-ttclpantu. o conclave foiencerrado com a asslnatu-ra du sete - Estados Uni-dos, Coata RIcS, Ouatema-ta, Honduras. Nicarágua,Panamá e El Salvador —na "Declaração da Amérl-ca Central".

O documento se divide —sxutamente na metade —sm duss partes, A primeirasão cerca dc três laudas emela du paises centro-amerlcsnos pedindo verbas,o u Estados Unidos con-cordando. A segunda, domesmo tamanho, os Esta-du Unidos exigindo medi-du coletivas contra Cuba,cm troca dos dólares, e osdemais assentindo.

O capitulo final da "De-claração" estabelece as me-dldu contra a subversão,

Autodeterminação Foi Arrematada em Leilãaoacentuando qus "é ssssnclslreforçar u medldu dsstl»nadas a enfrentar a agres-são subversiva, origináriadu focos de agitação comu-nlata que o Imperialismosoviético possa manter emCuba ou em qualquer outrolugar ds América", e u ale-natárlos da mensagem ex-temam sua plena conflan-ça na OEA, "pela prontaação do Conselho em fazerrecomendações au gover-'nos para contra-atacar taisatividades nessas reuniões".

Ficou msrcsda para abriluma reunião du ministrosdo Interior dos sete países,a fim de Impedir o transi-to de seus concidadãos pa-ra Cuba e cubanos para.seus psises, assim comoqualquer material ou noti-cia proveniente da ilha.

E, finalmente, u seis pai-ses centro-americano» pe-dem aos Estados Unidosque as forças aéreas e na-vais dos ianques ocupem u

eapaçu t mares ds mupaíses, "na rsallsação dsmaior vigilância aérsa smarítima e na Intercepta-ção dentro ds aguu terrl-torlsls", s entregsm seusarquivos s Informações po-litico-pollcials aos norte-amerleanu, ao declararem3us

"deverá ssr encontra-o pela reunião de minls-

tros um melo de lntercám-blo mais rápido e comple-to de Informações sôbte omovimento de pessoas, ms-terlsl, dinheiro e armasentre Cuba e nossos pai-ses."EXEMPLO DEMOCRÁTICO

A reunião se fés para ga-rantir a democracia ame-rlcana, conforme c próprioKennedy frlscu aos estu-dantes de Costa Rica. cl-tando como elementos» bà-slcos o direito de cada na-cão possuir um governo In-dependente, livre de Impo-ílçôcs ou da coerção exter-na, modelando sua própria

economia s sociedade deacordo com a vontade doKvo

(slc). o direito à II»rdsde política, liberdade

ds expressão s de escolhere derrubar uu próprio go-vêrno (hlp), s o direito àJustiça social, isto é, a dis-tribulção equltatlv. da ter*ra (upa). assInilanJo sin-da que "a dem»cr.icia lm-pera em quass todos osnossu territórios'.

Realmente. Os Ms diasda conferência mostraramessa democracia na CostaRica. As fronteiras do paisforam literalmente fecha-das, não entrando ou saindo ninguém. PoUcinmcnirtriplicado pari protegei opresidente Ianque da» "homenagens" do povo costa-rlquenho e cuVps m*dtdassemelhantes.

Esses fatu foram ccnflr-.ir.ados D*na.< de* laraçôe» docônsul daquele pais naGuanabara, sr. Luís MeloSampaio, que afirmou, diu

antes da reunião, haver ra-cebldo ordens para nai darvisto a ninguém que qui»teste entrar na Costa Ri-ca ate 26 de março Espc-c I a I m e n t e )ú-naii.«.'as...Disse Blnda o cônsul que aproibição du vistos atingiainclusive u pussportes ;lo.«membro» do Itamaratl.

Mu nem mesmo assimKennedy ss fiou nessa se»gursnçs democrática. Tô»dss u véus que precisavaIr de um lugar para outro— do teatro para a embil-xsda Ianque, dal para aUniversidade, de volta àembaixada e para o aero-porto — o fazia de heil-cóptero, como Lacerda nasblltsu ãs favelas cariocas.OS PARTICIPANTES

A cada referencia dopresidente Kennedy aos dl-reltos soberanu dos psises,não Ingerência e náo ccer-ção externa, etc., u chefesde Estado da Ouatemala,

MU e Mtoenfos delegados de lodo o País

Congresso Dos MunicípiosEncampação Dos Trustes

Foide

Pel

Eletricidad Refe e iserormas deBaseMil selscentos e quarentaJelegados de todos os pon-tos do pais — em sua maio-

ria prefeitos e vereadores— reunidos em Curitiba noVI Congresso Nacional deMunicípios, .aprovaram porunanimidade uma resoluçãorecomendando a encampa-ção pura e simples, pelocusto histórico, de todas asempresas estrangeiras deenergia elétrica. A resolu-ção determinou *alnda o ofl-ciumento a todas as Cama-ras Municipais, à FrenteParlamentar Nacionalista,ao ministro de Minu eEnergia e ao presidente daRepública, dando conheci-mento ds decisão do Con-gresso e solicitando apoiopara a sua efetivação.

O Congresso realizou-sede 19- a- 33 de março e nouu decorrer foram apresen-tadss s dlscutidu 510 tesess proposições, versando qua-u todas sobre problemasdu municípios, suas rela-ções com os governos dosEstados e da União.

A encampação das em-prêsu estrangeiras, conces-slonáriu da exploração dosserviços de energia elétricafoi o tema mais debatido.O vereador Edgar José Cur-velo, de Pelotas, Rio Oran-de do Sul, apresentou fun-damentado trabalho, Justi-ficando a passagem para amunicipalidade pelotense doacervo da The Rlogfanden-se Llght and Power Syn-

dicate, Ltda.), que há maisde 5U anos monopoliza ofornecimento de luz e fôr-ça naquela cidade gaúcha.Intervindo nos debates oprefeito de Tatui. Estado deSão Paulo, João Lisboa,demonstrou documentada-mente como procedera parafazer passar ao dominlo domunicípio a companhia es-trangeira que operava nasua clri'ade. O prefeito pau-lista denunciou inclusive oterror desencadeado pelasubsidiária do truste, quechegou ao ponto de empre-sar Jagunços para tocaia-Io e Influir Junto a setoresdo poder Judiciário paraforçar a transferência domagistrado que decidira pe-ia encampação.VOTO PARAANALFABETOS

Por proposta du vereado-res Miguel Batista e CarlosDuarte, do Recife, foi de-cldlda a proposição, soCon-gresso Nacional, da supres-são do item I, do artigo 132da Constituição Federal,que priva do direito de vo-to os cidadãos não alfabe-tlzados, os soldados e osmarinheiros. Também foisolicitada a revogação do .artigo 58 da lei eleitoral, queproíbe os comunistas de secandidatarem a postos ele-tivos.AUTODETERMINAÇÃO

De autoria do vereador

Sérgio Barguil, de Pompéla,São Paulo, foi aprovadauma resolução de apoio àpolitlc'a de respeito à auto-determinação dos povos e aoprincipio de não-lnterven-ção de uma nação nos ne-góclos internos de outra,posta em prática de algumtempo a esta parte pelo go-vêrno brasileiro, particular-mente com relação a Cuba.RESPEITO AO POVO

O vereador Said. de Ri-beiráo Preto, apresentouprojeto de resolução conde-nando a cassação du man-datos du deputadu eleitospelos trabalhadores paulls-tu a 7 de outubro ultimo,enquanto outro vereadorbandeirante reivindicou — e

. obteve — do. plenário .umpronunciamento de apoioaos sargentos escolhido» ps-ra representar o. povo emváriu casas legislativas, ecujos mandatos também seencontram ameaçados.SINDICALIZAÇAO RURAL

O vereador José Rodri-gues, de Maringá, Paraná,denunciou autoridades go-vernamentais do seu Esta-do, de São Paulo e da Pa-raiba, que vêm criando obs-táculos ao cumprimento dalei de sindicallzaçáo rural,no que são lncentlvadu eaplaudidos pelos latlfundlá-riu. Disse o edil paranaen-se que os sindicatos rurais

representam importante ins-trumento para a luta doscamponeses "pela garantiados seus direitos, por con-dlções de vida mais dignase humanas e pela supera-ção dos restos feudais ain-da existentes no campo,que constituem sério fatorde estrangulamento do de-senvolvimento nacional". -

Afirmou o vereador JoséRodrigues que as autorlda-des que colocam dtflculda-des à organização du tra-balhadores rurais em sindi-catos estão-se revelando, naprática, simples agentesdu latifundiárlu, grileirose donu de engenho, "alémde se Insurgirem frontal-mente contra decisões dogoverno federal e do poderleglslstlvo".

REFORMAS Dl RASE

Em nome ds bancada doRio Orande do Sul o verea-dor Alberto Scheroeter, dePorto Alegre, propôs a In-corporação do movimentomunlclpallsta ã luta pelasreformas de base. Sugeriuque as Câmaras Municipaisestudem projetos tratandodu reformas de estrutura,adotem pontos de vista só-bre u mesmos e reunsn* -se,juntamente com u prefei-tos e demais munlcipalls-tas, em Brasilm, Já no mêsde Junho, para fazer sentirá câmara Federal e ao Se-nado a necessidade de

apressar a votação das re-formas.

Aprovada pela unanlml-dade dos congressistas aproposta du gaúchos, trataagora a diretoria da Asso-ctação Brasileira de Munlci-pios de pôr em execução asmedldu nela estabelecidas.GORDON INBI

O Congresso adotou umaresolução condenando scer-bamente u declarações doembaixador norte-amerlea-no no Brasil, Lincoln Gor-don, prestadu nu EstaduUnldu s Injurlosu so nu-so governo e à nossa Pá-trla. Propôs a medida o dl-rigente da ABM — e verea-dor em Fortaleu, Ceará —Luclsno Barreira.

Por sua vw o govsrnadorNel Braga que urvia asanfitrião (gorando, por ia-so, da simpatia du eon-gresslstu), sofreu trsmen-da derrota quando a totali-dade dos prefeitos parana-enses, com apoio de suasrespectivas, bancadas, fézaprovar moção de protestocontra sua conduta no pa-gamento du cotas devidasttos município».VII CONORESSO EMBELÉM

O VII Congresso da ABMserá realizado em Belém doPará, local escolhido pelaunanimidade du delegadospresentes em Curitiba.

GQ

emeos d o Euase P

spaçoaram São Paulo

SAO PAULO IDj ru-cursai) — Ao desemlnrca-rem de um dos mais im-pressionantes modelos da

moderna aeronáutica sovié-tica — ò majestoso jactocomercial TU-114 — noAeroporto Internacional deViracopos, no último dia 22,repetiu-se diante de Nico-lalev e Popovltch, os "gê-meos do espaço", a mesmaatmosfera de transbordan-te simpatia e entusiasmoque marcou, há um anoatrás, a passagem do pio-nelro do espaço cósmico,Júri Oagarin.

No alegre colorido duflores que lhes ofertaram,já no aeroporto e depoisna manifestação que lhesproporcionou a classe opera-ria paulista, identificava-sea simpatia com que se re-cebia na principal cidadedo Brasil os heróis da malnextraordinária façanha donosso século, os heróis deum dos grandes feitos dosocialismo em prol da cl-ência, do bem da humanl-dade, em prol da paz.COM A IMPRENSA

Na entrevista que conce-deram à imprensa paulista,Nicolaièv e Popovltch exter-.

naram as impressões senti-das no desenrolar de suamagnífica experiência side-ral. Tendo, por sua slmpa-tia e domínio rtas respos-tas, conquistado os jorna-listas, esclareceram lnúme-ros problemas levantadosdurante a entrevista.

Respondendo a uma dasperguntas, afirmaram quenunca se verificou qualquerfracasso durante as experl-ênclas espaciais na UniãoSoviética. Acerca da ausên-cia de propaganda antecl-pada quando dessas experl-éncias, os astronautas cita-ram o provérbio que diz queé melhor "trabalhar mais efalar menu".

Nicolaièv e Popovltch es-clareceiam também que seupais não guarda sigilo dosresultados alcançados emsuas experiências astronáu-ticas, sendo que dados mi-nuciosós sobre as mesmassão fornecido» a todas uorganizações cientificas es-peclallzadu do mundo quese interessam pelo assunto.Kruschlov mesmo JA propôsum contato direto, que po-deria ser extremamente pro-veltoso, entre os especlall»-tas da União Soviética edos Estados Unidos. Talproposta, no entanto, nãoteve acolhida por parte duautoridades norte-america-nu.

Ao fim du entrevista, ucosmonautu fizeram proje-tar, para u presentes, umfilme de seu memorável vôosideral.COM OS TRABAIHADOMS

Com o apoio da maioriadas entidades sindicais ds8. Paulo, os Sindicatos duAeronautas e du Aerovlárlupromoveram um encontroentre Popovltch e Nicolaiève os trabalhadores, que serealizou em grande teatroda cidade.

"Somos trabalhadoras, fl-lhos de operários e campo-neses, como vocês. 8omuiguais, nada há de especialentre nós e vocês. Apenu

Nlcsrágus, Honduras, Pa-namt, El Salvador c CostaRica deviam corsr, pelomenu no Intimo.

A história do» seis- pai-tes é Incrível. E multo se-melhante, no que toca kdominação absoluta exerci-da pelo Imperialismo lan-que, que não só os espoliasem piedade econômica-mente — a América Cen-trai continental é pratica-mente um feudo da faml-gerada United Frult Com-pany. umblllcalmente 11-gada ao ex-secretário deEstado norte-americanoJohn Pôster Dulles —. ro-mo também dita literal-mente sua política Internae externa, fazendo e desfa-zendo, até mesmo ussassl-nsndo seus governantes.

Fazemos abaixo uma II-geira síntese de fatos dosseis paises centro-amerlea-nu.GUATEMALA

Ê praticamente, desde oinicio do século, uma pro-prledade de United Frultque, com sua» subsidiáriasCompanhia Agrícola daGuatemala e FerrocarrllesInternacionales de Centro-América, domina a quasetotalidade da economia dopais.

Em 1944 houve uma re-v o 1 u ç á o democrática naOuatemala, dermbando-se,a 20 de outubro, o tiranoJorge Ub'co. quo governoude 1930 a 1944. Uma dasprincloats conquistas dare-volução foi a aprovação daReforma Agrária.

Eleito o presidente JacobArbenz em 1951, que deve-ria governar até 1957. co-meçou a aplicação efetivada reforma agrária em ..1952. além de outra» me-dldns democráticas e popu-lares. Foram expropriadas,com indenização, e entre-gues aos camponeses, asterras da United Frult. ou-trás companhias Ianques elatifundiários locais.

Imediatamente os lan-quês desfecharam covsrdee violenta campanha con-tra a Ouatemala "comunls-ta". culminando em açõesarmadas. Invasão e derru-bada do governo Arbenzem 1954. As terras volta-ram au.antigos latlfundlá-riu e as vlolênclu conti-nusram, Inclusive com tor-tura e fuzilamento dos li-deres operários e popula-TU.

Atualmente é governadapor Ydlgoraa Fuente», con-siderado o mais raivoso inl-migo de Cuba ns Amérl-ca Central, governo queagora periclita seriamentecom as guerrilhas dos pa-triotàs guatemaltecas.HONDURAS

Ê um pais semifeudal esemicolonlal. Tem utransportes, energia elétrl-ca, comunicações, explora-ções agricolas e mineiras,controle de capitais banca-rios e financeiros, empres-timos e inversões, tudo nasmãos dos norte-americanos.Pais mohocultor, produzbanana, explorada pelosprincipais latifundiários doterritório: United Frult,

Standandard Frult Com-pany r Rcsárlo Mining Cor-po-at!on.

O» EUA ocupam como sefiVs.--em sua» u Ilha» doCisne, apesar das lutas dopovo hondurenho para rr-cuperá-las. e orientama poliria de seus governo*,,cuja história é pontllhadade ditaduras, golpes de Es-tado, etc. O atual presiden-te é Rnmón Vllleda Mora-les. que assumiu o poderum ano depois ds derru-bnda de Jullo Lozano Dia*.EL SALVADOR

Ê o menor dos rela. mo-nocultor de café. Quatorrelatifundiários são ns donosdo pais, detendo todas aspropriedades — bancos,terras, governo, exército eclero. As ferrovias são daUnited Frult (FerrocarrllesInternacionales), assim co-mo u instalações portui-rias.

Os analfabetos represen-tam 73% da população, quevive sobresaaltadn prlu ru-cesslvu golpes de Estado.Nesses dois últimos anos Jáforam depostos um presi-dente e duss Juntas clvLs emilitares, que deram o lu-gar so atual presidente Ju-lio Adalberto Rlvera.NICARÁGUA

A Standard Frult andSteam Shlp e a United Frultcontrolam totalmente a pro-dução e exportação de pro-dutos agrários e a navega-ção, tendo enormes conces-soes em terras, o capitalianque controla a minera-ção, as comunicações e o.comercio exterior.

O poder político perten-ceu de 1937 a 1958 ao tiranoAnastasio Somoza. Quandoeste foi assassinado, seu fl-lho Luiz Somoza Dcbayle osubstituiu e indicou é ele-geu o atual "presidente".René Schick Gutlerrez.

Os fuzileiros navais nor-te-amerleanos já ocuparama Nicarágua 4 vezes paragarantir o governo a tite-res do Imperialismo. A casaé tão du Ianques, que atéum aventureiro dUquelepais, William Walkcr. jádeu un golpe de Estado11854i e sc proclamou pre-sidente.PANAMÁ

Não fôsu a particular!-dade da Zona do Canal, u-ria simplesmente eomo udemais. Monocultor (ba-nana), United Frult, comterra», ferroviu^ minerais,aervlçu públicos, transpor-tes, etc., nas mãos de com-panhlas lsnques. .

Mu há a historia do ca»na] que liga o Mar do Ca-ribe ao Pacifico.

Ligado á Colômbia desdea ocasião da libertação doJugo espanhol, houve inú-meias tentativas revolucio-náriu de separação do Pa-namá, culminando com aInsurreição popular lidera-da por Victorlno Lorenzoem 1902. Com o assassinatodo lider em 1903, a nascenteoligarquia panamenha li-gou-se aos ELA.

A 3 de novembro de 1903.quando as tropas colombla-nss marchavam para deter

a luta srpsratUta, oa lan»quês cortaram o avanço pa-raltsando as ferrovias desua propriedade e criandoentão a República "inda»pendente" do Panamá, des-mrmbiada da Colômbia. EU dias depois, com a» tro-pas colombianas ao sul, quepodiam pôr-s" on marchase os ianques lhes fran-quoasaem o^ trens, c sob amira dos canhões dc en-couraçados norte-america-nos dos dois lados do Istmo,o Panamá não teve outraalternativa mifto assinar nTratndo entregando aos EE.UU. a zona em que foi cons-truido o c.inal, còmpreen-dendo uma faixa de terrade 10 milhas i5 de cadalado),

O T-.ntado determina quea doação se faz em caráterperpétuo, que o Panamá re-nuncla r concede aos EUAa participação a qur possater direito futuramente nasutilidades do Cnnnl. e quenenhuma modificação nogoverno ou nas leis do IU»namá pode afetar os direi»tos dos F.l'A de acordo coma convenção.

O atual presidente do paisé filho de um dos chefes daoligarquia de 1903. Negocl-ant? milionário, o p-lmrlroato de Roberto FranciscoChíurl depois de assumirfoi fazer uma viagem deinstruções aos Estados Uni-dos.COSTA RICA

Mais um feudo da UnitedFrult, que possui no paisimensidões em terras, por»tos, navlu e ferrovias, con-trotando 60 por cento dasexportações. A eletricidadeestá nas mãos da Bond andShare e u transportesaéreu são feitos pela PanAmerican World Airways.

Em 1053 foi derrubada aditadura de Otllio Ulate eeleito presidente José Fl-gueres. Bastou que este em1954 aumentasse u impo»-tos pagos pela United Frultpara que. em janeiro de1955, destacamentos arma-dos da Academia Militar daWest Polnt <Ianque), treina-du na Nicarágua, invadia-sem o pais para liquidar oregime "comunista" de Fi-gueres.

O atual presidente, Fran-cisco José Orllch, é fervo-roso defensor ds Aliançapara o Progresso. E' homemeducado e Instruído nu Eb-tadu Unldu.QUERIAM INVASÃO

Foi com tais homens, quenão representam evidente-manto a vontade de muporo», qae o presidenta duEUA se reuniu para tratarda "rsdemocratímção" dsCuba.

Os titere», segundo u no-ticlu, desejavam medlduduras, a invuão de Cuba,enfim. Mas esbarraram" naoposição de Kennedy. quspreferiu u simples reco-mandaçôss s sanções menuviolentas.

O presidente dos EUA pre-feriu assim, é claro, nãoporque êsse fosse o seu de-séjo, mu porque sabe per-feltamente que hoje u tem-pu mudaram e não podofazer o que féz na Guate-mala e seu vizinhos. Hoje,além do poderio da UniãoSoviética e do campo so-clallsta, a opinião públicamundial não permito maisatentados tão cínicos.

Por Isso a "Decraração daAmérica Central" é um do-cumento tão chôcho...

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tivemos a sorte de Ir ao es-paço sideral" foram algu-mas du palavras da sau-dação que os "gêmeos do es-paço" dirigiram au traba-lhadores paulistas.As federações e sindicatosde trabalhadores do Estadode São Paulo entregaramau cosmonautas da URSSum pergamlnho, em que seexpressa o desejo de que ogrande feito por eles reall-zado sirva para o estreita-mento da amizade entre to-du u povos do mundo.O QUE FIZERAM EM SP.

Os dois astronautas sovié-ticos têm cumprido intensoprograma de visitas s sole-

nidades. Logo após sua che-gada estiveram em visita aogovernador do Estado.

Posteriormente, no Ibirs-puera, percorreram a Expo-sição Internacional de Ae-ronáutica e Espaço, o do-mlngo eles passaram emGuarujá, onde foram ãprata.

Também visitaram a Cl-dade Universitária, o Insti-tuto Butantã, o espetáculode Silveira Sampaio, na te-levlsão, e compareceram auma sessão de debatas noauditório da Biblioteca Mu-nlcipal.

Satisfazendo vontade ma-riifestada desde sua chega-da, assistiram a um jogo do

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Santos, quando puderamapreciar a mestrla dc Pele.Da comitiva de Popovltch

s Nicolaièv tazom parte oitocientistas soviéticos queaproveitaram a ocasião pa-ra manter contatos comcolegas brasileiros e com osupeclslistas integrantes daConferência de Astronáuticae Cibernética que se reall-sou no Iblrapuera.

O avião TU-114 desper-tou a admiração dos pau-listanu que, no domingo,tomaram a estrada que le-va a Campinas, onde fica oaeroporto Internacional, emIntermináveis filas de vel-culu, ansiosos por ver smaravilhosa aeronave.

TAMMM aOSTIM DO MARDnrânte quase uma hora, os "gêmeos do espaço" deliciaram-se oom fl# ágtias da praia Pernambuco, no Quarujá. Vemos

Popovich, com alguns de seus acompanhantes.

BRH Bmí Ita -Mu I

saW.';.£ P^^^\l HÉbI ¦

$10 MAIS 0 "TU"Os heróis soviéticos apreciam na Exposição fnfernaetonal<fe Aeronáutico e Espaço um modelo de moderno avião.Embora elogiando muito a aeronave, disseram que oTV-114 i superior

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VIRAM TUDONa Exposição Internacional de Aeronáutica e Espaço, noIbirapuera, Nicolaièv s Popovich. examinam materiais da

mostra.

mmmmSAO IGUAIS

Os cosmonautas foram homenageados pelos trabalhadorespaulistas, num encontro promovido pelos Sindicatos dasAeroviários e dos Aeronautas 'jotoi. Nicolaièv v. Popovk idisseram aos operários: "Somos fithos de operários e cam-

sonsas», tomos trsbsihadorêt iguais a vçoif.

. St-tWf.vi.s.àií^.vr,--:,,., *&&Bi.\ \ fa. Aí *-.' ¦* aia-*«aIMÍgi*^i»/ji*^

Page 8: Defesa da Democracia - Marxists Internet Archive na Guanabara, onde o clima de intolerância do Governo em torno do Congresso, culmina com a adoção de medidas policiais. O direito

Todo o Brasil Representado10 Congresso de Solidariedadea Cuba Realizado em Niterói

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Ettavn repleta a .sede doSindicato dos Operários Na-vais d« Estado do Rio, nur :,n ,... i . ;j|.{e»rft, ((tutu-dn hg Instalou o EncontroNacional de Solidariedade uCuba. Avisados, momentosantes, do novo local, dele-r,a<'úi\s de todiw o,s Estados• grande massa popular.• nvessíiivim i' l-.il.-i de(lu inabnrn, leallaando, u Jüi-.intuo» d.i ABI o ato quoo governador Carlos* Laccr-dv. com o apoio da embai->-.i.!.\ norte-americana c oea t.cnj Jayme Câmara,proibiu sr efetuasse nu Riode .Tanclro.

A" lanchas e barcas, ap: r:i!' das 17 horas despe-Javr-m ca capital flumlncn-.<¦" 'landes grupo-: d<j dele-gados, representações debrirros e associações popu-la:is, que não s? cansavamde saudar o ato demoerá-ti-o cio governador BadgcrSilveira, defendendo a.s II-1; -r< ad; s democráticas c gn-iv.níindo a realização doEiTjontro no hcii R íaclo.

?ou*:o depois da-- 21 ho--ras o professar HenriqueMiranda, d.-' Comissão Or-ganlnador.1, eonvlda os re-p osentantes das delega-fi!* presentes, parla-nen-tures e dirigentes sindicaisa tomarem assento à mesa.pas; ando q direção dos tra-balhos ao general GonzagaLeite.

PERSONALIDADESPRESENTES

Compareceram à sessão cintegraram a mesa. entrenutras, as seguintes perso-nnlidades: os .representan-les dn PTB cia GB. depu-tado-i Paulo Alberto, Ib Tti-xeirn, Hércules Correia eJosé Dutra, estn último re-presenfando lambem o vi-ce-governarior, sr. Eloy Du-tra; generais Gonzaga Lei-te. Sampson Sampaio eHenrique Oc-.,L, ilc.r.f>nbar-•gador O.ni Duarte. Pereira:Álvaro Ventura, presidentedo Sindicato dos OperáriosNavais; deputado Frnncis-co Julião: dr. ValcnoKonder, secretário-gcral doMovimento Brasileiro dosPartidários da Paz: depu-t-*do Geraldo Reis; Waldirt--.ir.tos, presidente do Sin-clicàto dos Marinheiros;Roberto Morena, do Conse-lho Fiscal do IAPI; depu-

lados Celso Brant, Adüo1». Nunes c Demlsthósll-des Baptlsto; Domar Cam-pos, economista; deputadose.itacluais Affonso CcImiMonteiro iRJi, El.slo Rvtma-lho iRJi. Gilberto Azevedo," Pernambuco l; HumbertoArqulboldo Campbell, presi-dente do Sindicatodos Bancários da OB: LuizVlegas dn Motta Lima. so-(Tctarlo do CONTEC; Ar-lar Cantallce, presidente cioConselho da União dos Por-tuai los do Brasil; Vinícius

Caldeira Brant c CarlosAlberto, presidente c dire-lor da UNE; vereador Mi-guel Batista: dr. José Gui-mnrues, presidente da As--'"".ação de Solidariedade aCuba. de Pernambuco: ospresidentes das delegaçõesdo Alagoas. Pernambuco.•Sergipe. Goiás. Rio Grandedo Sul Paraná. Minas Oe-rnl.s, Brasília, Guanabara,Rio de Janeiro e outrosE-tados: Gcorge Tavares,da FLN da EECB; BavardDomaria Boiteaux, da Fcd.dos Professores: JornalistaMuniz Bandeira, represen-tando o dep. Sérgio Mu-galhaes; Rubens Wandcr-ley. dirigente popular doEstado do Rio; poetisa An-tonieta Dras de Morais, re-presentando a União de Es-critores de São Paulo, emuitos outros dirigentessindicais, políticos e popu-lares.

DELEíJAÇfiÈSPRESENTES

Dirigentes o representan-tes de várias entidades sin-dlciiis c populares estiverampresentes a-o ato. Entre elas,auoiamos: Operários Na-vais d.o Mocaiigué. União ciosTrabalhadores Favelados doMorro do Borel, Rádiolore.Kfaustas, trabalhadores deVitória ila Conquista, Por-lliarips do Riu de .Janeiro.Aposentados du IAPI, Fo.giii.-ia.s du Mar.nha Mcrcnn-te Conselho Sindical de Ni-leicii. Trabalhadores do Pe-irôloo, Ferroviários do Rioi.írandc do Sul, Bancários deMinas Gerais, professores daGB c muitas outras.

Também esteve presenteum grupo de jovens perua-nos, saudados entusiástica-mente bem como vários de-legados de países Irmãos.

OS ORADORES

Usou ii.i pnluvrn, em pn-meiro lugar-, o dono >i,i ea-sa, Álvaro Vonituá, presi.ilonic d» S n.iifiiio [tos Ope-rArlos Naval», qUc reiterou

a íulldiirlcdndo rie ki •iniiip.inirilos á tIItfl i-iii ile-íe»u tic Cllbii, Depois oe su-llentiir que, diante do ulu dni.ii.cr. a, não vacilou o seuSindicato om roluuar-su áoiyuusíçiiii da Comissão u, •gidilzadorii, q orador acres-lontou:

"Estamos (llvpiisiiis ,idar lodu o iijii (|(> suli'1.11 !••dade no bravo povo itilia-,,u", concluindo com um pro-trsiu contra a prisão de cum-poneses ue Duque- do Caxias,t|lle se dirigiam num ônibusparu a cstiiçíio das lianas11,1 Cili.

o general Luiz Cion/ugade Oliveira l.ein-, assumiu-do a presidência dos traba-II108. falou em nome da Co-mUsfiu Organizadora, oi/.ca-iln lios objetivos du ronda-vo, Km sua oração, o ge-ncral Gonzaga Lelie verbe-rou veementemente ti iitu deLucm-du, afirmando mie ira-cljixlu o ódio de um liumem(|ue se afastara du povo, pu-ra ligur-.se aos piores inimi-go.s oi- nossa Pátria.

Sen discurso foi enlrecor-lado do palmas e de licquen-tes saudações a Cuba.

A PALAVRADO PTB

Foi convidado a falar, aseguir, o deputado Paulo Al-berto, qiip discursou em no-me da bancada do PTBnn Guanabara. Entusiásti-comente aplaudido pela pn.siçân quo assumiram seuscompanheiros, protestandona Assembléia contra a vlolenda do sr. Carlos Lacerda,o deputado dis.se que "nossapresença significa a-nceessi-dado do preservar as liber-dados, democráticas na Ame-rica Latina". Acrescentou(|iié n pnvo bia.silcira já •(•e n eu n i r ti suficiejitemonte amadurecido paia senlirn exemplo de Cuba. n quec chegada a hora rie alteraino Brasil a estrutura econô-mi ca.

Vária.- \p/rf. o deputadoPaulo Alberto foi ovacionadode pé pela assistência, prln-cipalmente quando afirmouque a luta em defesa de

Opinião Pública li i"iii"ir

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íll ascista de LacerdaO governador fascista da Guanabara deu mais uma vez

o ar de sua graça ao proibir ilegal e violentamente a rea-lização no Estado do Congresso de Solidariedade a Cuba,insurgindo-se mais uma vez contra os governantes-federaisque haviam autorizado o ato c isolando-se totalmente daopinião pública nacional.

Repercutiu vivamente em todos cs círculos a façanhado assassino de mendigos, sendo a sessão da Câmara Fede-ral de terça-feira, dia 26, praticamente dedicada ao fato.

Ü deputado Max da Costa Santos (PSB-GB) ocupou omicrofone paru mostrai' que a proibição colide com as ga-rantias iniciais oferecidas pelo governo federal "que consi-derava a realização desse conclave como um dos direitosque a Constituição garante gos cidadãos brasileiros".

O parlamentar socialista, que é o secrétário-geral daComissão Organizadora cio Congresso,.prosseguiu referindo-se às declarações de autoridades como o chanceler HermesLima e o embaixador brasileiro em Washington. RobertoCampos, quanto a "inoportunidade" do conclave quando oministro San Tiago Dantas se encontrava nos Estados Ut.ii-dos cm negociações econômicas, c afirmou que tais riecla-.rações revelavam que o ministro da Fazenda transacionavaa soberania nacional em troca de dólares.

Essa posição de fraqueza dp governo federal, prosseguiuo orador,'"deu. oportunidade a que o sr. Cario.-; Lacerdaproibisse a realização do congresso c decretasse a prisãodos delegados estrangeiros que chegam aquela capital", a.s-sinalando que "o território da Guanabara é hoje área in-terditada ao pensamento livre e ao livre exercício dos di-reitos que a Constituição assegura".

FPNA Frente Parlamentar.Nacionalista, que dera integral

apoio ao congresso, criticou energicamente o governador daGuanabara.O presidente da FPN. deputado Sérgio Magalhães, falou

na Câmara terça-feira, frisando que "a Frente protestacontra a inominável violência praticada uelo governador duGuanabara e. através de seus representantes, continuaraocupando a tribuna para protestar contra o atentado aliberdade de pensamento e ao direito de reunião".

O parlamentar prestou contas ainda cias providênciastomadas pcia FPN para garantir o êxito do. conclave, por-quanto foi ela que conseguiu com o governador Badger Sil-veira a transferência pura o Estado do Rio

OUTRO GOVERNADORTambém o governador de Goiás. Mauro Borges, concor-

dou em receber os participantes rio congresso, depois deconsulta feita pelo deputado Neiva Moreira, um dos diii-gentes da Frente Parlamentar Nacionalista.

MINISTRO DA JUSTIÇAO sr. João Mangabeira, ministro .'n Justiça, prestou de-

elarações contra á atitude t! governador Cario.-, Lacerda.Disse o ministro qne ¦ '"'nm das invocações leites pelo

governador da Guanabara, du que o congresso visa a sub-

versáo da ordem, estão absolutamente contidas no-progra-ma de convocação do conclave, publicamente divulgado.

ILEGALEm sua coluna no "Jornal do Brasil", o ex-dcpuludóMario Martins analisa o ato fascista do governador- gliiina-banno. concluindo por .sua ilegalidade c pcia possibilidadede punição para Lacerda.Transcrevemos abaixo a parle da crônica que examinaos textos invocados pelo governador:

i oni DisT ° GovÇr»í"'or. em .sua nola oficial, que "o Lei1207, ailtOliza a intervenção do Poder Executivo em reu-!^!-?i,,,o.?íini° l)ílclíica. e Sl'm armas, convocada para casa™, ?.-' °U c,'n rednlü U'l'lliuiu clí' associação quando a«Arugò

" '' 1,ara ni',l;a> (i<-' ^q proibido por lei"Convém lembrar, inicialmente, que a lei citada "Dispor

sobre o direito de reunião" e náo sobre "o direito de inter-vencao' ü diz o artigo em questão: "Sob nenhum pretextopudera qualquer agente do Poder Executivo intervir em reu-niao. pacifica e sem armas, convocada para casa particularou recinto iechado, salvo no parágrafo 15 do Artigo Ml daConstituição lacudir vitimas do desastres ou crimes) ounor m»\w'oc-í,,ao se, ílWí- »ara iJ1'atí(:a fie ato Proibidoorlei. Nes.sa ultima hipótese a autoridade terá de sub-S d" «i U,° a dCCÍf ° dl' Julz- riclUrü de dois dias, "sobpena de seis meses a dois anos de reclusão".

A Lei em que se arrlmou o Governador para lusllficai'n proibição exigida foi n cie n." Í802 de 1953. transcrevendoit nota oficia; os seguintes trechos: Ê crime-fazer publica-mente propaganda, ai de processos violentos para subver-"teV£ mt£ mha\ ü" SC,;.K"-'«" da «»(,'-'-« ^-m comolenta- mudar a ordem política c social estabelecida naConstituição, mediante ajuda ousitbsidio de Estado estran"gciro ou de organização estrangeira ou de caráter interna-eional (Artigos 2.". item III. r Ártico 11.°) Ora, o tal Con-grosso e sobre Cuba e não sobre o Brasil, portanto náoincide nos referidos artigos, jà que nele ninguém vai pregara favor de métodos de violência nara derrubar o nos«oOovérno e para rasgar u nossa Constituição, Tampouconele, haverá quem pretenda que o Brasil declare guerra ¦'Cuba ou a outra qualquer nação Nessas condições e evi-de sÜDbrte^àTe?0!1^

á^nm^ d« Lei 1802 para serviroe supoite a Lei 1207. Nao prevalecendo aauela a últim-inao pode ser utilizada Nem devia ser lembraria%nhi»t !!pelo Governador pois a Lei 1802 depois de díef «Sftò cfl°asy°.nlp^o.ffn^ v^tt ku™ w f^textualmente em seu Artigo 23: " ' declara."Ofender fisicamente, injuriar ou coagir, nor motivosdoutrinários, políticos ou sociais, pos,:,, que estiver sol asua autoridade ou permilir que ctitrcm ò faca desde nZa ação ou a omissão seja rie autoridade judiciaria ou policiaPena: reclusão de um a dois anos." pum-iai.

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Ciii.i i'i,i ciimiim » iodou nsivma.l.i-, ila poptilaçflc/, m-j.in.i du suas convieçOos po-líticiis on rellglosug

Ajfú-i o (lincursn du \v\nv-M-oiante irabiillilsiit, fulou" (Ililgenle hinili.-iil HolH.'1'luMoiCllil, llioslianilo que ,iiiçád do |tuvn brasileiro pc-11 ao udelJnniiiiiçfio do po-\u 1'tiliano não começa rallíli|lll'll- 11(11, 111,1,, j|| „(• l.l/lllM-niir u.i> lulas c proiiuncla-mento» dos irubulhudorcs,i-iii vária» oporiunidadcs,Quanto ao ato ii(. Lacerda,ilisse qui* n.K passava deiic.-o.-pi in, acivsccntando quoo Imjierliilismo pode ficarrorlij do t|Ue, u (|iie se tcaliza'in (-tiDii, nós havemos lioreali/iir no Uraull.

Expressou, n seguir, a ho-lioaiiedadi- do proletariadoda Guanabara tio Encontro,•issin.liando ser necessária aunidade dp lótlns ns cama-,rins poptiliirüs, para uma ele-ii\.i solldiirledíiile a Cuba.

Depois de Morena, falou oilcpuiado Francisco Juliáo: ai evolução cubana 6 irrevór*slvel i- o povo ilp Cuba es-ta disposto a defendei' seuiTglme, Disse que Lacerda«¦'i nos pedaços (¦ á medidafine cai se desespera, Propôsque se coiistlluis.se uma co-missão iicrinaiiciiie Inter-americnna de solidariedadeao povo ctibiinu, concluindopor citar palavras de um ml-llclíino de Havana; "O revo-lueionário é o último a cn-mer, o último a dormir, e oprimeiro a morrer pela l'á-iria.'

FALAM OSESTUDANTES

Longamente aplaudido ansei anunciada sua palavra,falou o presidente da Cuiáo¦Nacional dos Estudantes,Vinícius Caldeira Brant,iif'rm;ttido que "ns estudan-tes associam sua voz a estalula, porque sr consideramparcela do povo brasileiro."K-:pre- <!-i :i solidariedade*dos estudantes á luta pelaautodeterminação, d i z o n •do qne, ao defender Cuba.estamos defendendo todos ospovos da América Latina.

Como último orador, faloun representante.de Alagoasconvidado pelo general Gon-zaga Leite para agradecer apresença rias delegações rdos convidados.

PROTESTOS NA GBNa Guanabara, E.-lado vitima rio gangster Lacerda arepercussão da violência do governador foi enorme, comprotestos surgindo de todos os setores ria opinião oúblicavários deputados se pronunciaram na Assembléia Le-gislativa contra r, atentado as liberdades democráticas co-metiCo --'.'lo chefe do e3:ecuti\o.

A sra. Edna Lott tPTBl. nesse "-entir'n lembrou outrasproezas de Lacerda, purüciilaimuKc suas atitudes t medi-

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das fascistas nos acontecimentos que sucederam a renün-cia rio .sr. Jânio Quadros.Entre inúmeras outras entidades sindicais e populares,a União Nacional dos Estudantes distribuiu nola oficialsobre o' desmando de Lacerda, dizendo quo "atentar contrao direito de reunião significa ferira Constituição brasileiranaquilo que ela possui de mais democrático c em defesa daqual tem o povo se dirigido á praça pública".

NOTA DO PTBA bancada d0 Partido Trabalhista Brasileiro na Assem-bleia lançou nota olicia.l nos seguintes termos-

n - ,e1ll"'?a o^vnardlnàriamcnte, para examinar a notaoficiai do Oovérno do Estado, proibindo a realização do Con-gichso de Solidariedade a Cuba a Bancada do PTB tomouas .seguintes decisões: .

renurlin lB^n('íSC'a ír™!«.,n,sin deixa cIa''0 Q seil mais vivo,e ' o'" dc Tlol»n«» *0 Governo, do Estado, ao im-pecni a i-allzaçao do Congresso de Solidariedade a Cuba

'

fron--in"-,^ '

i1-K'Cl',atlc0'-tal al° du Sr' Governador fere' Oliai

'àssilndeCünDS.ntUÍÇa-° ^^ ° °S ****** M™*

df Alfãntilffa8 cPIÍ?a ^'^f — "-^-como o Pacto

i„,BL7 Au a-uoiarm°s a realização do Congresso nós odenStien ir

GS dc q"e na° se |5uck' excluir do rogue

bani1 c"õnMsn-;l!n 1" áW De^lltllclo« Trabalhistas dn G-:.,v-

'acào do Congresso P-fSa da Bancada ao At° de insta-

riór 5,1(7

^of,',"1^10' faccas «dveríências do Sr. Governa-.'t », o d , d,( C|Ue nan clt've"' ali comòârècer aqueles

n isoe d U!,ldade^ a bancada d0 PTB dignou duas Co-

MinisMa jT$?°S l,^alhistas P«ra comunicarem ao

a nresencf ftn„e ao Comandante do Primeiro ExércitobeSlSk^nSc^ho"! tZt%rt"Coimso-.

~

QUEM APOIOU LA3ERDAekt-i nn. desnecessário dizer quem apoiou o ato fas-var b Vi Minad0r Lac-erda- nao f°ra a necessidade de ra-vai bem seus nomes na mente do povo.

O cardeal, arcebispo dá Guanabara. Dom Jaime de Bar-res câmara, coerente com suas atitudes parcas de crUia-msmo, foi dos primeiros. Enviou oressuroso telegrama a La-eeuia onde. entre outras coisas, diz que "louvo a enéreicaatitude de Vossa Senhoria". enérgicaLogo em seguida, a famigerada Associação Comercial

que felicita o gangster "pela corajosa e lúcida atitude doseu Governo no «ine foi imediatamente acompanhada pelaorganização fantoche-terrorista da Frente da Juventudeuemperatica que nao perde a ocasião para expelir suascontumazes baboseiras contra a UNE.E mais unia meia-dúzia de pessoas que rivalizam comas n -br-. pt*'T vas do CWi? da Lanterna em seu fanatismo

por !-— /: i- .ii-, pS depntsdOs Amaral Neto. Joào Mendescheie da ADP é do 1BAD. o padre Medeiros Neto, a viúva

de Hitler Raimundo Padilha o banqueiro Herbert Levi oplay-boy Danilo 'Nunes, o troglodita Armando Falcão.

Os mesmos de sempre, enfim.

VIOLÊNCIASOs Instintos predatórios do mata-mendigo Lacerda Jáfuncionam sem motivação. Imaginem numa ocasião coiiioessa... As ameaças raivosas começaram com o texto da notapioiúiudo o eongroro. com a referência á orisáo dos parti-cipantes, mesmos o.s delegados estrangeiros

n,,i,^epois da faníaj;roi'Uda. Passou nos atos. Mandou suapolicia cercar o prédio da Associação Brasileira de Iinpren-sa com tal aparato que assustou até o.s simnles passageirosdos lotações que partem, das imediações, para a -íona sulLm seguida mandou ocupar miliiarmente a Praça XVde Novembro, onde partem e chegam as lanchas de Niterói.pondo em risco a liberdade o mesmo a vida — que ninauémtem nenhuma garantia-contra o.s bandidos de sua policiaprincipalmente depois qtte receberam ordens e carta-bran-ca do governador de atirar para matar - dos milhares detrabalhadores que diariamente atravessam a baiaE lá prendeu arbitrariamente 53 membros cias i iuasCamponesas dc Capivari e da Associação de Lavradores depuque.de Caxias, que pacificamente se dlsnunham a ir aNiterói assistir á sessão de abertura do congresso.

O RIDÍCULOriienu BOVernador Carlos Lacerda náo consegue fugir ao ri-gèS:^a^:eguepo;-lóda ,3artp-E"°fisi--«««a

Terça-feira, em plena Cinelàndia, cinco homens mu-uidos de maquinas dc filmar e fotografar tomavam algu-mas cenas no local, quando foram vistos peía' nofeiaCUldado. agitadores perigosos, aoroxima daqui 'cerca

dali. se vêem os quatro presos e levados para o DOPS.Na repartição favorita do governador, começaram asdificuldades. Perguntas. Intèi rogatórios, mas não'havia jeitodos beieguins compreenderem que idioma falavnm os pri-sloneirog já apontados como agentes estrangeiros, audacio-sos revolucionários.Quando conseguiram um intérprete, este trouxe luz àignorância dos policiais: os senhores Henri Canier SereeElhar, George Gerard d'Arigou. Bernard Pierre e Paul Taqueeram apenas turistas franceses que colhiam na Cinelàndiaalgumas lembranças do Rio de Janeiro...

NOVOS

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