declaração ambiental base aérea n.º 5 · entre a agência portuguesa do ambiente e a ex - ... a...

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Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2015 Referente ao período de 01.01.2013 a 31.12.2015

Ano de publicação: 2016

BASE AÉREA N.º 5

Monte Real

Direção-Geralde Recursos da Defesa Nacional

2 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Mensagem do comandante

Como Comandante da Base Aérea N.º 5 é

para mim um grande previlégio poder

afirmar que esta Unidade está fortemen-

te empenhada na concretização deste impor-

tante desafio, assumido pela estrutura superior

da Força Aérea e iniciado em 10 de junho de

2010 através de um protocolo de cooperação

entre a Agência Portuguesa do Ambiente e a ex-

-Direção-Geral de Armamento e Infraestruturas

de Defesa do Ministério da Defesa Nacional, de

ser certificada no exigente regulamento EMAS

(Ecomanagement and Audit Scheme) da União

Europeia, sendo a primeira Unidade militar por-

tuguesa em posição de atingir tal desiderato.

3Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Pela especificidade da sua missão, pela tec-

nologia e meios que opera, pelo envolvimento

a nível nacional e internacional, a Base Aérea

N.º 5 é sujeita a um grau de exigência opera-

cional significativo. Depois de quatro anos de

empenho, muito trabalho e persistência, foi

possível implementar um conjunto de procedi-

mentos e medidas ambientais obedecendo aos

requisitos do EMAS, naturalmente sem compro-

meter a missão e a segurança, facto que nos

deve orgulhar a todos.

Nos últimos anos a Unidade não tem poupa-

do esforços na busca de processos de trabalho

cada vez mais eficientes e na implementação

e melhoria de procedimentos ambientalmen-

te mais sustentáveis, continuando a garantir a

capacidade de desempenhar a missão atribui-

da e apostando na diminuição do impacto ne-

gativo sobre os recursos essenciais à vida para

as gerações futuras.

Por fim, a implementação do EMAS na Base Aé-

rea N.º 5 tem levado a uma ampla e intensiva

ação de consciencialização de que a preserva-

ção do ambiente é uma responsabilidade de

todos e para todos! O esforço, o empenho e a

dedicação constituirão um referencial que ele-

vará ainda mais o prestígio e o reconhecimento

público desta Unidade, sendo mais uma prova

de que só “Alcança quem não cansa”!

1. Introdução |06

1.1. Estrutura Organizacional |07

1.2. A Base Aérea N.º 5 |10

1.3. Missão da Base Aérea N.º 5 |11

1.4. O Ambiente e a Base Aérea N.º 5 |12

1.5. Estrutura Ambiental |13

1.5.1. Gabinete da Qualidade e Ambiente |14

1.5.2. Esquadra de Manutenção |15

1.5.3. Esquadra de Abastecimento |15

1.5.4. Centro de Saúde |16

1.5.5. Delegados de Segurança em Terra e Ambiente |16

2. Política Ambiental e SGA |18

2.1. Âmbito |19

INDÍCE

2.2. Política ambiental |19

2.3. Sistema de Gestão Ambiental |21

2.3.2. Controlo Operacional |23

3. Aspetos Ambientais |24

3.1. Identificação das Atividades, Produtos e Serviços |25

3.2. Identificação de Aspetos e Impactes Ambientais |25

3.3. Avaliação da Significância de Aspetos e Impactes Ambientais |25

3.3.1. Aspetos Ambientais Diretos da Base Aérea N.º 5 |28

3.3.2. Aspetos Ambientais Indiretos da Base Aérea N.º 5 |31

4. Objetivos, metas e PGA |32

4.1. Programa de Gestão Ambiental de 2015 |33

4.2. Programa de Gestão Ambiental de 2016 |35

5. Indicadores de Desempenho |38

Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.1. Indicadores principais |39

5.2. Indicadores ambientais |40

5.2.1. Eficiência Energética |41

5.2.1.1. Consumo de Energia elétrica |41

5.2.1.2. Produção de Energia renovável |43

5.2.1.3. Consumo de Diesel |44

5.2.1.4. Consumo de Gasolina |45

5.2.1.5. Consumo de Gás natural |47

5.2.1.6. Consumo de GPL |48

5.2.2. Consumo de Papel |49

5.2.3. Água |50

5.2.3.1. Consumo de Água |50

5.2.3.2. Água Residual Tratada |53

5.2.4. Resíduos |55

5.2.4.1. Resíduos Encaminhados |55

5.2.5 Biodeversidade |60

5.2.6. Emissão total de GEE |60

6. Requisitos Legais |62

6.1. Principais Requisitos Legais |63

7. Partes interessadas |68

8. Verificador Ambiental |70

6 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

1.Introdução

7Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

1.1 A Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional da Força Aérea encon-

tra-se publicada no Decreto-Lei n.º 187/2014,

de 29 de dezembro, intitulado LOFA, Lei Orgâ-

nica da Força Aérea. Aqui encontra-se definido

que ”a Força Aérea tem por missão principal

participar, de forma integrada, na defesa mi-

litar da República, nos termos da Constituição

e da lei, sendo fundamentalmente vocacionada

para a geração, preparação e sustentação de

forças e meios da componente operacional do

sistema de forças.”

O Decreto-Lei indica ainda que “a organiza-

ção da Força Aérea rege-se pelos princípios

de eficácia e racionalização, garantindo:

• A otimização da relação entre a componen-

te operacional e a componente fixa do siste-

ma de forças;

• A complementaridade com o Estado-Maior

General das Forças Armadas (EMGFA) e com

os outros ramos;

• A correta utilização do potencial humano,

militar ou civil, promovendo o pleno e ade-

quado aproveitamento dos quadros perma-

nentes e assegurando uma correta proporção

e articulação entre as diversas formas de

prestação de serviço efetivo.”

8 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

O comando da Força Aérea é exercido pelo

Chefe de Estado Maior da Força Aérea (CEMFA)

que, para o cumprimento da missão acima re-

ferida, compreende a seu cargo os seguintes

órgãos:

• O Estado-Maior da Força Aérea (EMFA);

• Os órgãos centrais de administração e direção;

• O comando de componente aérea, designado

por Comando Aéreo (CA);

• Os órgãos de conselho;

• O órgão de inspeção, designado por Inspeção-

-Geral da Força Aérea (IGFA);

• Os órgãos de base;

• Os elementos da componente operacional do

sistema de forças;

• Os órgãos e serviços regulados por legislação

própria.

A Base Aérea N.º 5 encontra-se na dependência

do Comando Aéreo (CA), tal como as restantes

Unidades Base. “ O CA tem por missão apoiar o

exercício do comando por parte do CEMFA, ten-

do em vista:

• A preparação, o aprontamento e a sustentação

das forças e meios da componente operacional

do sistema de forças;

• O cumprimento das missões reguladas por le-

gislação própria e de outras missões de natu-

reza operacional que sejam atribuídas à Força

Aérea, mantendo o CEMGFA permanentemente

informado das forças e meios empenhados e do

desenvolvimento e resultados das respetivas

operações;

• O planeamento e o comando e controlo da ati-

vidade aérea;

• A administração e direção das unidades e ór-

gãos da componente fixa, colocados na sua di-

reta dependência;

• O planeamento, a direção e o controlo da se-

gurança militar das unidades e órgãos da Força

Aérea.”

Intr

oduç

ão

9Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

Figura 1: Base Aérea N.º 5 na estrutura orgânica da Força Aérea.

10 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

A Base Aérea N.º 5 ocupa 482 hectares do território

Nacional, estando situada na Serra Porto de Urso,

localidade da Freguesia de Monte Real, concelho

de Leiria.

Implantada em 1959 sobre o aquífero Vieira de Lei-

ra – Marinha Grande, sofreu várias intervenções de

ampliação até atingir as dimensões atuais.

Trata-se de uma estrutura militar que trabalha em

contínuo, 24h por dia, todos os dias do ano. No

entanto, durante o período entardecer/noturno

apenas são realizados os serviços que garantem

a prontidão dos meios e segurança da Unidade.

1.2 A Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

Tabela 1: Elementos identificadores da Base Aérea N.º 5

11Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

Integrada na estrutura de Defesa Nacional e da

North Atlantic Treaty Organization (NATO), a mis-

são da Base Aérea N.º 5 é “garantir a prontidão

das Unidades Aéreas e apoio logístico e adminis-

trativo de unidades e órgãos nela sedeados, bem

como a segurança interna e a defesa imediata”,

contribuindo desta forma para a manutenção da

soberania do espaço aéreo nacional, para a defesa

integrada do território português, bem como para

o cumprimento dos compromissos internacionais

assumidos por Portugal.

Para o cumprimento cabal da sua missão, a Base

Aérea N.º 5 é composta por diversas infraestrutu-

ras, destacando-se a zona de aeródromo e diver-

sos edifícios e equipamentos de apoio necessários.

Atualmente opera 30 aeronaves de caça F-16 e de-

mais componentes que constituem o único siste-

ma de armas em operação. O universo de pessoal

colocado na Unidade, em 31 de dezembro de 2015

era de 814 indivíduos, entre militares e civis.

Para a sustentação e operação deste sistema de ar-

mas, desenvolvem-se vários processos de trabalho

que, contribuindo direta ou indiretamente para a

prontidão e operação, culminam na execução das

missões de voo, prevalecendo sempre a tónica na

segurança.

1.3 Missão da Base Aérea N.º 5

12 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Através do Despacho do CEMFA de 10JAN10,

exarado na Informação n.º 595, de 05JAN10, da

Divisão de Recursos (DIVREC), foi determinado o

desencadear das ações com vista à implementa-

ção e certificação do EMAS, na Base Aérea N.º 5.

Neste contexto, este documento constitui a pri-

meira Declaração Ambiental à luz do conceito

EMAS. Nela são fundamentalmente aprofunda-

dos os requisitos legais ambientais afetos às ati-

vidades da Base Aérea N.º 5 e o relacionamento

entre os aspetos ambientais e os objetivos pre-

tendidos, refletidos nos indicadores ambientais

que se consideraram como essenciais, praticá-

veis e exequíveis, em termos de monitorização

de dados.

1.4O Ambiente e a Base Aérea N.º 5

A 31 de outubro de 2007 o CEMFA, através do

Despacho n.º102/2007, manda publicar a Políti-

ca Ambiental da Força Aérea Portuguesa onde,

“com a finalidade de conciliar o cumprimento

da missão que lhe está atribuída com a proteção

do Ambiente” assume variados compromissos de

onde se destaca “assegurar, através do Sistema

de Gestão Ambiental (SGA), implementado em

apoio ao cumprimento da missão, a minimiza-

ção dos impactes que dela resultem, contribuin-

do para a proteção do ambiente e do desenvol-

vimento sustentável, através de boas práticas

ambientais”.

Intr

oduç

ão

13Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

1.5Estrutura Ambiental

Para gerir o SGA e aplicar os procedimentos ins-

tituídos, a Unidade dispõe duma estrutura am-

biental. Estando na dependência direta do Co-

mandante, compete ao Gabinete da Qualidade

e Ambiente (GQA) a gestão do SGA. Nesta estru-

tura, cada subunidade ou secção, dependendo

da sua dimensão e importância, é representada,

pelo menos, por um Delegado de Segurança em

Terra & Ambiente (DST&A). Para além destes,

existem serviços que têm responsabilidades di-

retas em aspetos específicos e importantes, ra-

zão pela qual também fazem parte da mesma.

Figura 2: Estrutura do Sistema de Gestão Ambiental na Base Aérea N.º 5

14 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

plementado, à legislação aplicável, às diretivas

técnicas estabelecidas e à Política Ambiental da

Unidade;

• Contribuir para a utilização dos recursos dis-

poníveis de modo eficiente e responsável;

• Planear e controlar as atividades de formação

de cariz ambiental internas e externas;

• Supervisionar a monitorização da qualidade da

água de consumo humano e das águas residuais;

• Gerir a floresta e monitorizar as ações de ma-

nutenção da mesma;

• Rever e atualizar os Manuais relacionados com

o SGA da Unidade Base (UB), em coordenação

com o EMFA e com o Comandante da Logística

da Força Aérea (CLAFA);

• Coordenar internamente com outros órgãos da

Unidade as ações a desenvolver no âmbito da

Qualidade e Ambiente;

• Elaborar Planos de Auditorias Internas e de

simulacros, promover o seu cumprimento, pro-

pondo e controlando as ações corretivas;

• Acompanhar e colaborar com as auditorias ex-

ternas, promovendo a implementação das ações

corretivas definidas no âmbito das mesmas;

• Elaborar documentação interna, externa e

relatórios, no âmbito da Qualidade (nas partes

aplicáveis) e do Ambiente;

• Promover a implementação e aplicação dos

Na Base Aérea N.º 5, no final de 2008, é criado

o Gabinete da Qualidade e Ambiente (GQA) no

edifício do Comando, com a missão de assegurar

a implementação e funcionamento de um siste-

ma de gestão ambiental na Base, bem como o

apoio direto ao Comandante em todos os assun-

tos no âmbito das suas competências. Ao GQA

compete:

• Assegurar a melhoria contínua do SGA, com

base na monitorização dos processos e na ava-

liação do desempenho relativamente aos obje-

tivos definidos;

• Dar cumprimento aos requisitos do SGA im-

1.5.1.Gabinete da Qualidade e Ambiente

Intr

oduç

ão

15Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

1.5.2.Esquadra de Manutenção

1.5.3. Esquadra de Abastecimento

A Esquadra de Abastecimento é responsável pela

gestão do PATRI 2 e pelo encaminhamento dos

resídos armazenados. O PATRI 2 recolhe equipa-

mentos e mobiliários em fim de vida devolvidos

pelos serviços da Unidade.

procedimentos inerentes às funções Qualidade

e Ambiente;

• Gerir o PATRI 1, Parque de Armazenamento

Temporário de Resíduos Industriais, e promo-

ver o encaminhamento para o exterior dos Re-

síduos produzidos na Unidade.

A Esquadra de Manutenção (EMANUT) da Unida-

de é responsável pela manutenção e gestão dos

sistemas de abastecimento de água para consu-

mo, de saneamento e do tratamento de águas

residuais. Além desta componente ambiental

com grande impacte na Base Aérea N.º 5, esta

Esquadra apresenta também responsabilidades

na gestão e manutenção dos sistemas de aque-

cimento da Unidade e na manutenção e gestão

das áreas florestais.

16 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Os DST&A dependem, para as questões ambien-

tais, do Gabinete de Qualidade e Ambiente,

com funções ambientais atribuídas ao nível das

suas respetivas áreas de trabalho, tais como:

• Conhecer a Política Ambiental e o Programa

de Gestão Ambiental (PGA) da Unidade e da r

a conhecê-los ao pessoal do seu serviço;

• Organizar a documentação de trabalho e

apoio aplicáveis à sua área e à função de dele-

gado de ambiente;

• Gerir os resíduos que se encontram na sua

área em conformidade com o preconizado;

• Reportar ao GQA incidentes, anomalias ou

ocorrências, ou apresentar propostas de natu-

reza ambiental;

• Conhecer os procedimentos de emergência

previstos para ocorrências ambientais;

• Colaborar e acompanhar auditorias ambien-

tais na sua área de responsabilidade.

• Sensibilizar periodicamente o pessoal do seu

serviço, de forma a incutir-lhes a responsa-

bilidade para o cumprimento de procedimen-

tos e boas práticas ambientais;

• Manter uma colaboração estreita com o GQA

e participar nas reuniões de delegados quan-

do for convocado, informando o pessoal da sua

área do teor das mesmas.

O Centro de Saúde (CS) da Unidade, é respon-

sável pela monitorização e controlo da quali-

dade da água destinada ao consumo humano,

implementação do Programa de Controlo da

Qualidade da Água da Unidade e realizar, se-

manalmente, campanhas de monitorização da

rede de distribuição da Unidade, destinadas ao

controlo do cloro residual livre ou do dióxido

de cloro.

1.5.4. Centro de Saúde

1.5.5. Delegados de Segurança em Terra e Ambiente

Intr

oduç

ão

17Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

18 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

2. Política Ambiental e SGA

19Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

2.1Âmbito

2.2. Política Ambiental

Esta Declaração Ambiental é publicada devido

ao registo da Base Aérea N.º 5 no Regulamento

(CE) N.º 1221/2009 do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 25 de novembro, relativo à parti-

cipação voluntária de organizações num sistema

comunitário de ecogestão e auditoria (EMAS).

O âmbito da certificação incidiu sobre as “ati-

vidades desenvolvidas na Base Aérea N.º 5 para

a produção de horas de voo, entre as quais a

manutenção de aeronaves, de viaturas e equi-

pamentos auxiliares”. Dados relacionados com

consumos de combustíveis de aeronaves não

constam da presente declaração por a sua di-

vulgação poder afetar negativamente a confi-

dencialidade das informações relativas à defesa

nacional.

A Diretiva N.º 001/2016, da Base Aérea N.º 5,

define a atual Politica Ambiental da Unidade,

através do compromisso estabelecido pelo Co-

mandante para com a Organização e a socieda-

de envolvente, no que diz respeito ao cumpri-

mento das obrigações legais e na minimização

dos impactes ambientais associados às ativida-

des desenvolvidas na Unidade, sem comprome-

ter o cumprimento da missão e de forma a:

a. Cumprir com a legislação ambiental em vigor

e respetivas atualizações, bem como com nor-

mativos e requisitos que a Força Aérea ou a Base

Aérea N.º 5 subscrevam;

b. Implementar um Sistema de Gestão Ambien-

tal (SGA) e revê-lo, periodicamente;

c. Contribuir para a proteção do ambiente e

para o seu desenvolvimento sustentável, fixan-

do metas e objetivos associados aos aspetos am-

bientais significativos;

d. Considerar os aspetos ambientais nos proces-

sos de tomada de decisão, principalmente, nos

processos de aquisições de bens, equipamentos

e serviços;

e. Considerar os aspetos ambientais nos proces-

Polít

ica

Ambi

enta

l e S

GA

20 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

sos de trabalho, especialmente na manutenção

de aeronaves, viaturas, equipamentos e infraes-

truturas;

f. Integrar requisitos e procedimentos ambien-

tais no planeamento e realização de exercícios

e operações, contribuindo para a prevenção da

contaminação dos solos, águas subterrâneas e

superficiais;

g. Garantir a formação do pessoal com respon-

sabilidades diretas no SGA e a sensibilização

para as questões ambientais de todo o pessoal

da Base;

h. Elaborar planos de emergência, a serem co-

locados em prática, em caso de acidente am-

biental, capazes de minimizarem os impactes

ambientais associados aos aspetos ambientais

significativos;

i. Envolver neste projeto, de forma ativa, todo

o pessoal da Base Aérea N.º 5 e comunicar in-

ternamente o teor desta política, bem como a

evolução e resultados do SGA;

j. Garantir a melhoria contínua na prevenção

da poluição, através da redução de resíduos

produzidos, na reutilização de materiais e equi-

pamentos, na promoção da reciclagem, na re-

dução do consumo de energia, das emissões

sonoras e atmosféricas, bem como no consumo

de recursos naturais, diminuindo a captação de

águas subterrâneas;

k. Comunicar para o exterior, através dos ca-

nais adequados, o desempenho ambiental desta

Unidade.

l. O Comando da Unidade compromete-se a

empenhar os recursos disponíveis ao estabele-

cimento, implementação e manutenção do SGA

na Base Aérea N.º 5.

Polít

ica

Ambi

enta

l e S

GA

21Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

2.3Sistema de Gestão ambiental

Conforme referido em 1.4. encontra-se imple-

mentado na Base Aérea N.º 5 o EMAS, Regu-

lamento (CE) n.º 1221/2009, num processo ini-

ciado em 2010, é aplicável exclusivamente na

área da Base delimitada pelo seu perímetro e

abrange todo o pessoal colocado e em trânsito

na Base Aérea N.º 5. Estão excluídas do concei-

to EMAS todas as restantes áreas e infraestru-

turas pertencentes à Unidade fora do referido

perímetro.

A documentação que constitui o SGA é dividida

em Procedimentos de Gestão do Sistema (PGS) e

Procedimentos de Controlo Operacional (PCO).

Estes têm associadas Instruções de Trabalho (IT)

e Registos (R). Os procedimentos foram desen-

volvidos de forma a controlar os Aspetos Am-

bientais identificados, permitindo assim a todo

o pessoal que desenvolve as suas atividades,

atuar eficazmente para que os objetivos am-

bientais propostos sejam alcançados. Estes vão

sendo melhorados e refinados, acompanhando

as fases de planeamento, implementação e ope-

ração, verificação e revisão pela gestão do SGA.

Polít

ica

Ambi

enta

l e S

GA

22 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

2.3.1. Gestão do Sistema

Os procedimentos de Gestão do Sistema atual-

mente existentes são catorze, conforme se indi-

cam na estrutura a seguir indicada:

Figura 3: Procedimentos relativos ao Sistema de Gestão Ambiental na Base Aérea N.º 5.

Polít

ica

Ambi

enta

l e S

GA

23Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

2.3.2. Controlo Operacional

Existem oito documentos de controlo operacio-

nal que foram elaborados para todas as ativi-

dades que estão diretamente relacionadas com

aspetos ambientais, significativos. Nos mesmos

constam as medidas a adotar em cada descritor

ambiental de modo a controlar os aspetos am-

bientais e diminuir a sua significância, garantin-

do o acompanhamento das atividades geradoras

dos mesmos. Deste modo, é possível monitori-

zar e prever situações danosas para o ambien-

te e apresentar medidas concretas que visam o

cumprimento da Política Ambiental da Unidade.

Figura 4: Documentação referente ao Sistema de Gestão Ambiental da Base Aérea N.º 5.

Polít

ica

Ambi

enta

l e S

GA

24 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

3. Aspetos Ambientais

25Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

3.1. Identificação das Atividades, Produtos e Serviços

3.2. Identificação de Aspetos e Impactes Ambientais

A Unidade através dos DST&A realizou o levan-

tamento inicial das atividades, produtos e ser-

viços da Base Aérea N.º 5 abrangidos pelo SGA

e que interagem com o ambiente. Após a ela-

boração deste levantamento foram analisadas

as atividades de forma a apurar os aspetos e

impactes ambientais diretamente relacionados.

Nas diversas atividades, como anteriormente

referido, foram identificados os aspetos am-

bientais e potenciais impactes ambientais asso-

ciados. Uma vez efetuada a lista base de ati-

vidades, produtos e serviços com os respetivos

aspetos e impactes ambientais associados, a

Base Aérea N.º 5 identificou aqueles que podem

ter um efeito cumulativo. Perante este fato a Uni-

dade procedeu à avaliação dos aspetos ambien-

tais, com o intuito de avaliar a sua significância.

Aspe

tos

am

bien

tais

Para apoiar a avaliação da significância dos As-

petos Ambientais da Base Aérea N.º 5 foi defi-

nido o procedimento de avaliação dos aspetos

e impactes ambientais. Este procedimento con-

siste em caracterizar os aspetos ambientais de

acordo com a situação operacional (origem do

aspeto ambiental associada à natureza da ati-

vidade), a incidência (efeito provocado no meio

ambiente), a classe (dependência do aspeto das

atividades internas ou externas à Unidade) e a

temporalidade (ocorrência do aspeto no tem-

po), de acordo com as seguintes características:

3.3. Avaliação da Significância de Aspetos e Impactes Ambientais

26 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

• Situação Operacional:

Normal (N) – Sempre que resulte de atividade

de rotina;

Ocasional (O) – Ocorre raramente, não resultan-

do de atividades de rotina;

Emergência (E) – Sempre que resulte de uma

ocorrência anómala (e normalmente não de-

sejada), nomeadamente a existência de riscos

particulares.

• Tipo de incidência:

Positiva (+) – Sempre que produza benefícios ou

reduza danos no ambiente;

Negativa (-) – Sempre que produza danos no am-

biente.

• Classe:

Direto (D) – Advém das atividades inerentes à

Unidade, sobre as quais esta detém o controlo

por decisões de gestão interna;

Indireto (I) – Resultam de uma interação da Uni-

dade com terceiros sobre os quais ela não possui

inteiro controlo de gestão mas deve utilizar a

sua capacidade de influência.

• Temporalidade:

Passado (P) – Sempre que resulte de ocorrências

passadas;

Atual (A) – Se a sua ocorrência se verificar no

tempo presente;

Futuro (F) – Sempre que a sua ocorrência esteja

prevista num espaço temporal futuro.

Após caracterizar cada aspeto ambiental, é

atribuída a significância aplicando um sistema

de pontuação numerária segundo a avaliação

de alguns critérios. Os critérios de classificação

adotados para estabelecer a significância dos

aspetos, são os seguintes:

• Probabilidade (1 a 4 pontos) – Associado à

frequência com que o impacte pode vir a ocor-

rer (situações de emergência);

• Frequência (1 a 4 pontos) – Associado à quan-

tidade de vezes que o impacte ocorre;

• Severidade(1 a 4 pontos) – Reflete a grandeza

Aspe

tos

am

bien

tais

27Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Aspe

tos

am

bien

tais

do impacte;

• Controlo do Aspeto ( -1 a 2 pontos) – Capaci-

dade de controlar (aspetos diretos) ou influen-

ciar (aspetos indiretos) o aspeto ambiental.

A classificação quanto à significância dos aspe-

tos ambientais é obtida através da aplicação da

seguinte fórmula (tendo em conta a situação

operacional do aspeto ambiental).

Atribuído o valor de significância, são considera-

dos significativos os aspetos que obtenham uma

pontuação igual ou superior a 8, assim como

todos aqueles que apresentem uma severidade

igual a 4 pontos. Tabela 2: Determinação da Significância dos Aspetos Ambientais.

28 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 As

peto

s a

mbi

enta

is

3.3.1. Aspetos Ambientais Diretos da Base Aérea N.º 5

Após a avaliação realizada aos serviços e ativi-

dades desenvolvidas na Unidade, foram defini-

dos os Aspetos Ambientais Diretos Significativos,

explanados no quadro da página seguinte.

29Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Aspe

tos

am

bien

tais

Tabela 3: Aspetos Ambientais Significativos da Base Aérea N.º 5.

30 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 As

peto

s a

mbi

enta

is

31Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Aspe

tos

am

bien

tais

3.3.2. Aspetos Ambientais Indiretos da Base Aérea N.º 5

Da análise da Significância dos Aspetos Ambien-

tais Indiretos, não resultou a identificação de

Aspetos Ambientais Significativos. A execução

de atividades no interior da Unidade por entida-

des externas e com impacto ambiental, nomea-

damente com produção de RCD, de resíduos pe-

rigosos e consumo de combustível, resultantes

da sua atividade, estão integradas nos processos

de aquisição, como obrigações contratuais. Os

destacamentos realizados no interior da Uni-

dade têm também impactes relevantes, no en-

tanto, são integrados e tratados como aspetos

ambientais diretos da Base Aérea N.º 5.

32 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

Da análise da Significância dos Aspetos Am-bientais Indiretos, não resultou a identificação de aspetos Ambientais Significativos. Por um lado a execução de atividades no interior da Unidade por entidades externas e com impac-to ambiental, nomeadamente a responsabili-dade do tratamento e transporte de RCD, de resíduos perigosos e consumo de combustível, resultantes da sua atividade, estão integradas nos processos administrativos, como obriga-ções contratuais. Por outro lado, verificou-se que durante os destacamentos realizados no interior da Unidade, estes apresentam diver-sos Aspetos Ambientais com impactes relevan-

4. Objetivos, Metas e PGA

33Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Em janeiro de 2015 foi proposto e aprovado pelo

Comandante da Unidade, o Programa de Gestão

Ambiental (PGA) para o referido ano. De forma

resumida, indicam-se no mapa abaixo, os obje-

tivos e a correspondente situação em termos de

concretização.

Obj

etiv

os,

met

as e

PG

A

4.1. Programa de Gestão Ambiental de 2015

34 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 O

bjet

ivos

, m

etas

e P

GA

Tabela 4: Cumprimento do Programa de Gestão Ambiental 2015.

35Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Do Programa de Gestão Ambiental (PGA) traça-

do para 2016, constam os seguintes objetivos e

metas.

4.2. Programa de Gestão Ambiental de 2016 O

bjet

ivos

, m

etas

e P

GA

36 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 O

bjet

ivos

, m

etas

e P

GA

Tabela 5: Programa de Gestão Ambiental 2016.

37Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Obj

etiv

os,

met

as e

PG

A

38 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

Da análise da Significância dos Aspetos Am-bientais Indiretos, não resultou a identificação de aspetos Ambientais Significativos. Por um lado a execução de atividades no interior da Unidade por entidades externas e com impac-to ambiental, nomeadamente a responsabili-dade do tratamento e transporte de RCD, de resíduos perigosos e consumo de combustível, resultantes da sua atividade, estão integradas nos processos administrativos, como obriga-ções contratuais. Por outro lado, verificou-se que durante os destacamentos realizados no interior da Unidade, estes apresentam diver-sos Aspetos Ambientais com impactes relevan-

5. Indicadores de desempenho

39Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Da análise da Significância dos Aspetos Ambien-

tais Indiretos, não resultou a identificação de

Aspetos Ambientais Significativos. A execução

de atividades no interior da Unidade por entida-

des externas e com impacto ambiental, nomea-

damente com produção de RCD, de resíduos pe-

rigosos e consumo de combustível, resultantes

da sua atividade, estão integradas nos processos

de aquisição, como obrigações contratuais. Os

destacamentos realizados no interior da Uni-

dade têm também impactes relevantes, no en-

tanto, são integrados e tratados como aspetos

ambientais diretos da Base Aérea N.º 5.

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

5.1. Programa de Gestão Ambiental de 2015

O valor B será doravante representado pelo nú-

mero médio de colaboradores a trabalhar na

Base Aérea N.º 5, dados registados pela Esqua-

dra de Pessoal, Controlo de efetivos, por tabe-

las extraídas do Sistema de apoio à gestão na

Força Aérea, ou seja, o número médio anual dos

efetivos da Base (militares e civis), dos milita-

res de outras origens destacados na Unidade por

razões de exercícios ou outras e dos civis per-

tencentes a empresas contratadas que prestam

serviços na Base Aérea N.º 5, para o período

compreendido de 2013 a 2015, de acordo com o

constante no gráfico da seguinte figura:

Gráfico 1: Número médio anual de colaboradores na Base Aérea N.º 5.

40 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2. Indicadores ambientais

Os atuais indicadores encontram-se organizados

da seguinte forma:

a. Eficiência Energética:

i. Consumo de Energia elétrica;

ii. Produção de Energia renovável;

iii. Consumo de Diesel;

iv. Consumo de Gasolina;

v. Consumo de Gás natural;

vi. Consumo de GPL;

vii. Índice de Consumo de Combustível

Aeronáutico;

b. Eficiência dos materiais:

i. Consumo de Papel;

No decurso de 2015 foram definidos os indica-

dores ambientais simples e basilares, mas pos-

síveis de monitorizar com rigor, que possibili-

tam demonstrar periodicamente o desempenho

ambiental da Unidade. Por outro lado, foram

preferencialmente selecionados indicadores de

consumo, pois a sustentabilidade encontra-se

relacionada com a melhoria continua que assen-

ta na premissa de realizar mais com menos. É

nesse sentido que a Politica Ambiental da Unida-

de sugere a redução dos consumos afetos ao de-

senvolvimento das atividades da Unidade, sem

comprometer a missão.

c. Água:

i. Consumo de Água;

ii. Água residual tratada;

d. Resíduos:

i. Resíduos encaminhados;

e. Biodiversidade;

f. Emissões:

i. Emissão total de GEE

(Gases com Efeito de Estufa).

Estes indicadores serão seguidamente analisa-

dos com base nos registos anuais bem como a

sua relação com o número de colaboradores.

No período analisado, 2013 a 2015, deu-se uma

Indi

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41Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

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5.2.1. Eficiência Energética 5.2.1.1. Consumo de Energia elétrica

A energia elétrica consumida pela Unidade é

maioritariamente fornecida por uma entidade

externa. Uma pequena fração, em situações de

emergência, é obtida através de geradores ou

de baterias não sendo contemplada neste indi-

cador (ver consumo de combustíveis).

A redução dos consumos de energia elétrica tem

um peso significativo no orçamento na Unidade.

A partir de 2010 tomaram-se algumas iniciati-

vas para a redução do consumo, essencialmente

através da sensibilização e da adoção de medi-

das imediatas, nomeadamente a redução de 50%

da iluminação dos arruamentos, iluminação sec-

torial dos hangares de forma a iluminar exclu-

sivamente as áreas com trabalhos a decorrer e

gestão mais eficiente de equipamentos elétricos

no apoio diário à manutenção. Estas ações resul-

taram numa redução significativa tendo-se veri-

ficado uma redução de cerca de 25% até 2013.

alteração de horário normal de trabalho com o

aumento de 7 para 8 horas diárias e no segundo

semestre de 2014, iníciou o programa de aliena-

ção dos F-16 à Força Aérea Romena. Iniciaram-

-se também as obras no aeródromo por parte da

Repartição de Engenharia em Aeródromos (REA),

na construção da nova placa de estacionamen-

to de F-16. Estes fatores têm impacto negativo

direto na variação dos valores dos indicadores.

42 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

No gráfico 2 verifica-se um ligeiro aumento

anual, admitindo-se que o aumento da hora de

trabalho, bem como o significativo acréscimo

da atividade operacional, resultante do iní-

cio da formação a um destacamento da Força

Aérea Romena e por esse incremento ter sido

feito no período noturno, refletindo-se também

num acréscimo em termos energéticos, terão

influenciado este aumento

De 2014 para 2015 a atividade operacional vol-

tou a aumentar devido ao incremento do nú-

mero de voos dedicados à Força Aérea Romena.

Este aumento coresponde a 35% da atividade

Gráfico 2:

Consumo anual de energia elétrica por colaborador

(KWh/colaborador)

Indi

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o

noturna, ou seja, apresenta um impacto sobre

o consumo de energia elétrica total não quanti-

ficável mas muito significativo, pelo que, seria

expectável um maior aumento dos consumos

registados. Dado que estas atividades são limi-

tadas no tempo, é espectável que estes valores

tendam a diminuir no futuro.

43Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.1.2.Produção de Energia renovável

Atualmente encontram-se instalados na Unida-

de dois equipamentos de produção de energia a

partir de fontes renováveis:

(1) Painel solar fotovoltaico;

(2) Conjunto de painéis solares térmicos.

O painel solar fotovoltaico encontra-se instala-

do desde o início de 2012 no parque de esta-

cionamento das viaturas de abastecimento de

combustível, com o propósito de alimentar a

iluminação desse local.

O segundo equipamento encontra-se junto ao

alojamento de sargentos N.º 2 e é utilizado na

produção de águas quentes sanitárias para os

alojamentos N.º 1 e N.º 2 de Sargentos. Durante

a colocação deste equipamento não foi contem-

plado a instalação de um contador, pelo que não

é possível a contabilização da energia produzi-

da e desta forma refletir o seu contributo nes-

te descritor, pelo que não será contemplado na

análise.

Assim, existindo apenas um único equipamento

de produção de energia passível de ser contabi-

lizado, constatou-se que apenas 180kWh por ano

são produzidos na Unidade através de energia

renovável. Atendendo aos consumos de ener-

gia da Unidade este valor representa menos de

0,01% da energia total consumida, sendo por isso

considerado desprezível. Este facto não diminui

a importância atribuída a este indicador, tendo

em vista a sua natureza e a ideia de se apresen-

tarem projetos nesta área a curto prazo, haven-

do muita margem para introduzir melhorias.

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o

44 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.1.3. Consumo de Diesel

Os veículos terrestres, os equipamentos com motor a combustão (geradores de cor-rente elétrica e equipamentos auxiliares) e a caldeira de aquecimento situada no edi-fício do Centro Coordenador de Segurança e Defesa – CCSD (aquecimento do edifício e águas quentes sanitárias) utilizam o die-sel como combustível. Das utilizações acima referidas é de referir que são os veículos terrestres os que consomem a maioria do diesel, pelo que as medidas implementadas a nível central de redução dos consumos de diesel incidiram sobretudo na utilização mais eficiente destes veículos.

O gráfico seguinte traduz os consumos, por colaborador, realizados na Base, quer por viaturas e equipamentos da Unidade, quer por viaturas, máquinas e equipamentos que pertencem a outras Unidades, mas que por razões de passagem ou estadia temporária, abasteceram na Base Aérea N.º 5.

Verifica-se que o período 2013-2015 ocorreu

um aumento anual de cerca de 14%. A ra-

zão prende-se com o facto de se ter iniciado

uma obra de elevada dimensão no aeródromo

(construção de uma placa de estacionamento

de aeronaves e respetivos acessos), implican-

Gráfico 3: Consumo anual de diesel por colaborador

(l/colaborador)

Indi

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o

45Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

São poucos os equipamentos da Unidade que

consomem gasolina. Essencialmente são apa-

relhos de manutenção, em especial de espa-

ços verdes, tais como: roçadoras, motosser-

ras, sopradores, corta relvas, entre outros.

5.2.1.4. Consumo de Gasolina

do um movimento considerável de viaturas,

maquinaria e equipamentos militares. Esta

obra, que ainda continua, elevou considera-

velmente os consumos de diesel realizados na

Unidade. No total foram consumidos 45.495 li-

tros de diesel durante o ano de 2014 e 79.571

litros no ano de 2015. Tal significa que, sem

este substancial incremento, em 2015, a Uni-

dade teria reduzido o consumo de diesel face

a 2013 em cerca de 8%.

46 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Gráfico 4: Consumo anual de gasolina por colaborador

(l/colaborador)

No gráfico constata-se que o consumo médio por

pessoa apresenta um valor máximo em 2015 de

1,80 litros anuais por indivíduo, tratando-se de um

valor desprezível na avaliação do desempenho am-

biental da Unidade.

Pode constatar-se, através dos valores apresen-

tados no gráfico 4, que os consumos de gasolina

quando comparados com o indicador do diesel, se

tratam de valores quase insignificantes. Os aumen-

tos ocorridos a partir de 2013, explicam-se pelo

aumento das ações de manutenção dos espaços

verdes (jardins e floresta) resultantes do aumento

gradual da capacidade de intervenção da Esquadra

de Manutenção, com mais equipamentos e pessoal

afetos a esta área.

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47Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.1.5. Consumo de Gás natural

A Base Aérea N.º 5 utiliza essencialmente gás

natural para o aquecimento de águas sanitárias,

aquecimento de edifícios, produção de vapor e

confeção de alimentos. Estes consumos, indica-

dos no gráfico ao lado, ocorrem em centrais de

aquecimento distribuídas pela Unidade e numa

central de vapor.

Analisando o gráfico 5, regista-se uma tendência

de redução de consumos bastante acentuada, so-

bretudo de 2013 para 2014, que reflete o resulta-

do do investimento realizado pela Unidade com o

apoio do Ministério da Defesa Nacional (MDN) na

aplicação de um projeto de eficiência energética,

entre o final de 2013 e o inicio de 2014, que pas-

sou pela alteração de 5 subestações distribuídas

pela Unidade em centrais térmicas de aquecimen-

to e a instalação de outras 3 novas, reduzindo-

-se substancialmente o débito da rede de vapor.

Tendo em conta o consumo por colaborador, verifica-se que ocorreu uma redução de 35% de 2013 para 2014. Estes valores no ano de 2014 superaram largamente o objetivo traça-do que apontava para uma redução de 15%, enquanto para 2015, o objetivo de manter os consumos relativamente a 2014, face ao au-mento da operacionalidade e da ativação de 2 alojamentos, foi cumprido.

Gráfico 5:Consumo anual de gás natural por colaborador

(kWh/colaborador)

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48 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.1.6. Consumo de GPL

Na Unidade existem também algumas centrais

de aquecimento a GPL. Desta forma, os seus

consumos serão também analisados, apesar da

margem de evolução deste indicador ser menor,

até porque os consumos ocorrem essencialmen-

te durante os meses frios do ano.

Relacionando-se os consumos de GPL com os

consumos de gás natural, verifica-se que o im-

pacto global do GPL nos consumos de gás na

Unidade é inferior a 2% pelo que os valores va-

riam consoante a dimensão dos períodos frios ao

longo dos anos.

Na análise por indivíduo deste indicador, regis-

ta-se uma redução de 13% de 2013 para 2014

e de 6% de 2014 para 2015. O facto de estar

relacionado com as temperaturas registadas ao

longo do ano e variando aleatoriamente de ano

para ano, não permite uma afirmação clara da

evolução do seu desempenho.

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Gráfico 6: Consumo anual de GPL por colaborador (m3/colaborador)

49Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.2. Consumo de Papel

O consumo de papel na Unidade é aferido pelo

número de resmas requisitadas pelas diversas

subunidades à Secção de Material de Expedien-

te, Higiene, Proteção e Limpeza. Os formatos

usados são o A3, A4 e A5. O consumo de A3 e

de A5 é residual comparativamente com o A4.

Desde há vários anos que se implementaram

medidas de eficiência neste material, tais

como, a obrigatoriedade de impressão frente

e verso, utilização preferencial do GroupWise

(e-mail institucional) na comunicação ao invés

do impresso escrito, a implementação de um

sistema de correspondência digital, o filtro das

chefias nas requisições destes artigos e na sen-

sibilização geral para a racionalização e utili-

zação eficiente deste recurso.

Gráfico 7: Consumo anual de papel por colaborador (Kg/colaborador)

Indi

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50 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

No ano de 2014 constata-se uma subida conside-

rável do consumo de papel. Este fato deve-se ao

apoio ao destacamento da Força Aérea Romena

presente na Unidade desde setembro desse ano,

uma vez que foi necessário imprimir um número

muito elevado de manuais próprios para dar for-

mação a estes militares, no âmbito da alienação

dos F-16. Decorrente do contrato de alienação,

esta documentação teve obrigatoriamente de

ser disponibilizada em papel, inviabilizando o

recurso ao formato digital.

Abordando o consumo, e pelas razões atrás ex-

postas, verifica-se assim um incremento de 12

% no consumo registado em 2015 face a 2013,

apesar da redução de 3% registada de 2014 para

2015. Estes valores tenderão a regredir para va-

lores de 2013 devido ao fim do programa em

curso e também devido ao processo de imple-

mentação dos serviços partilhados na Unidade

e ao levantamento de processos com base nos

princípios LEAN.

5.2.3. Água 5.2.3.1. Consumo de Água

A água para consumo da Base Aérea N.º 5 é

abastecida através de furos próprios, de acor-

do com a lei n.º 58/2005 de 29 de dezembro,

estes furos foram autorizados de acordo com

as licenças: furo 1, AC24:227-2008, 3.700 m3/

mês, furo 3, PS1: licença n.º A006662.2016.RH4

de 2016, para aumento de extração para 12.000

m3/mês, de 2016 que substituiu a licença de

225/2008 e furo 4, PS2: 223/2008, 3.000 m3/

mês. Desta forma, a manutenção e gestão da

rede de abastecimento é realizada pela Unida-

de, são efetuadas as análises definidas nas li-

cenças e efetuada a comunicação dos volumes

captados. A figura 8 apresenta um uma redução

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51Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

de 2013 para 2014 fruto de ações internas de

sensibilização e reparações na rede devido a

fugas.

Parte do esforço de redução de consumos de

água é aplicada na manutenção e conservação

das condutas de abastecimento que devido à

idade e extensão, apresentam frequentemen-

te fugas difíceis de detetar, constituindo um

fator inflacionador dos consumos. A Unidade

continua a dedicar esforços na sensibilização

dos recursos humanos na utilização eficiente

e responsável deste recurso e através da apli-

cação de medidas minimizadoras de consumo,

sendo um exemplo em 2014 a instalação de um

sistema de recolha de águas pluviais obtidas a

partir dos telhados da Secção Cinófila e arma-

zenada num depósito subterrâneo para a lava-

gem dos respetivos canis.

Os valores de 2015 apresentam uma tendência

de subida, resultando do aumento do número

de horas de trabalho e também devido a ter co-

meado, no final de 2014,uma obra de elevada

dimensão como já foi anteriormente referido,

que provocou o aumento verificado em 2015,

nomeadamente através da utilização de água

na produção de betão e lavagem de pavimen-

tos, justificando desta forma, o aumento de 6%

relativamente a 2014.

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52 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Gráfico 8: Consumo diário de água por colaborador (l/colaborador)

Em conclusão, os valores apresentados por

colaborador são de facto elevados, no entan-

to, estes não podem ser comparados com o

valor de referência do consumidor urbano,

bem mais baixo.

Tendo em conta as múltiplas e específicas

atividades realizadas na Unidade, foi fei-

ta uma pesquisa recente, tentando-se assim

uma aproximação mais realista. Para tal,

adotou-se como referência para os objetivos

de 2015 e 2016, o plano estratégico de abas-

tecimento de água, da Agência Portuguesa do

Ambiente “PENSAAR 2020”, balizado para um

consumo médio diário por pessoa menor que

0,3 metros cúbicos de água extraída, o que

vai bem para além da meta do mesmo plano

(<0,195 metros cúbicos) para a água faturada

aos consumidores.

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53Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Gráfico 9: Volume da água tratada na ETAR (m3) e precipitação total (mm)

5.2.3.2. Água Residual Tratada

A água residual da Unidade é encaminhada

para a Estação de Tratamento de Águas Resi-

duais (ETAR) com licença L007038.2016.RH4,

para fossa sética do Hangar A (EMAE) com li-

cença n.º P007309.2016.RH04, fossa sética

dos mísseis com licença n.º P006836.2016.RH4

e 5 separadores de hidrocarbonetos com li-

cenças n.º: L006898.2016.RH4, L006891.2016.

RH4,L006896.2016.RH4, L006863.2016.RH4,.

L006971.2016.RH4.

Dada a natureza das diversas atividades de ma-

nutenção, é necessária uma vigilância constan-

te e uma sensibilização do pessoal, pois nessas

ações são usados muitos produtos químicos de

uma variedade e complexidade tal que, incor-

retamente usados, poderiam colocar em o risco

a ETAR, por contaminação.

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54 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Os valores obtidos, para este indicador, en-contram-se relacionados com dois fatores: a água consumida pela Unidade e a pluviosida-de ocorrida ao longo do ano.

O caudal de água proveniente do saneamen-to que chega à obra de entrada da ETAR é composto maioritariamente por água pro-veniente do saneamento básico, sendo que é de admitir que uma parte da mesma seja composta por água proveniente das chuvas.

Através do gráfico 9, pode verificar-se au-mento significativo do volume de água tra-

tada, reduzindo em 2015 para valores infe-riores a 2013. Mediante os dados recolhidos no site: www.meteoleiria.pt, podemos veri-ficar que no período de análise os volumes de consumo de água acompanham o valor da precipitação.

Os valores apresentados no gráfico 10, só por si, não permitem verificar a melhoria de desempenho ambiental, uma vez que como já foi referido, encontram-se condicionados pelo índice de pluviosidade.

Gráfico 10: Volume anual de água tratada por colaborador

(m3/colaborador)

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55Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Gráfico 11: Produção anual de Resíduos por colaborador

(kg/colaborador), exceto RSU

5.2.4. Resíduos 5.2.4.1. Resíduos Encaminhados

A maior parte dos resíduos produzidos na Unida-

de são originados nas diversas atividades admi-

nistrativas, apoio e manutenção desenvolvidas,

seja de infraestruturas, de equipamentos ou de

aeronaves. Dividem-se essencialmente em resí-

duos sólidos urbanos e em resíduos perigosos e

são enquadrados pelos Decreto-Lei n.º 73/2011

de 5 de setembro e legislação especifica.

Os volumes de resíduos sólidos urbanos (RSU) en-

caminhados para o exterior não são possíveis de

quantificar, uma vez que se encontram dispensa-

dos do acompanhamento de Guia de Transporte

de Resíduos. Por outro lado, a forma como é feita

recolha não permite quantificar com um mínimo

de rigor a quantidade encaminhada.

Através do gráfico 11 regista-se,em 2013, um

valor significativo de resíduos encaminhados de-

vido ao facto de até essa data a Unidade acu-

mular os resíduos metálicos. Em 2013 efetuou-se

o encaminhamento de resíduos metálicos corres-

pondentes ao período de acumulação de 2011 a

2013.

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56 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

A partir desta data, a acumulação destes resí-

duos não foi superior a um ano, voltando-se a

valores mais baixos em 2014 e 2015 e que tra-

duzem a produção anual da Unidade, rondando

os 180Kg por colaborador.

Para melhorar a gestão e controlo dos resíduos

a Base Aérea N.º 5 possui dois parques de arma-

zenamento temporário de resíduos industriais.

Armazena os resíduos perigosos e o PATRI 2 ar-

mazena os resíduos industriais para valorização

e reciclagem. Os parques são fechados e isola-

dos entre si, de forma a controlar o acesso aos

mesmos, possuem piso impermeável e bacias de

retensão.

Os valores declarados na tabela seguinte dizem

respeito às quantidades produzidas em 2015 e

submetidas no MIRR 2015 de 29/03/2016, em

função da operação de valorização R e D.

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57Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

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Tabela 6: Quantidade total de resíduos produzidos em 2015.

58 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

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59Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

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60 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.5. Biodiversidade

5.2.6. Emissão total de GEE

Gráfico 12: Áreas da Unidade.

A Unidade ocupa uma área total de cerca de

4.822.000 m2 , dos quais cerca de 1.000.000

m2 em área construída (edifícios, pistas, pla-

cas), cerca de 3.822.000 m2 de espaços verdes,

das quais a floresta com 3.581.000 m2 e outras

áreas verdes com 241.000 m2, sendo garantida

a sua adequada manutenção permitindo assim

que sirva de habitat para animais selvagens.

A emissão de GEE está relacionada com inúme-

ros fatores, muitos deles com impossibilidade

momentânea de serem quantificadas. O gráfico

13 é baseado nos consumos da energia elétri-

ca, gás natural, GPL, gasóleo e gasolina como

fontes produtoras de GEE e foram quantifica-

dos com base no Despacho n.º 17313 de 26 de

junho de 2008. Para este indicador não entra a

contabilização dos consumos de JP8 (combus-

tível das aeronaves F-16) por ser uma matéria

considerada classificada. A produção de energia

renovável foi considerada como fonte mitigado-

ra de GEE.

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

61Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Gráfico 13: Emissão de GEE [CO2eq]

Desde 2010 a Unidade tem vindo a aplicar os

pincípios LEAN nos processos principais e com

maior peso nos custos de funcionamento, no-

meadamente na manutenção de aeronaves, ma-

nutenção de equipamento auxiliar e manuten-

ção de sistemas elétricos terrestres. Estas ações

representaram uma redução de 22% até 2013,

com uma redução progressiva equivalente de

produção de GEE desde 2010, sinal de uma me-

lhoria no desempenho ambiental da Unidade.

Em 2014 verifica-se um pequeno ajustamento e

para 2015 ocorreu um aumento de 7%, derivado

do conjunto de razões já analisadas.

Segundo o “Relatório do Estado do Ambiente

2014” desenvolvido pela Agência Portuguesa do

Ambiente, o valor referente à produção média

de GEE por habitante em 2012 em Portugal foi

de 6,52 ton CO2eq e de 8,98 ton CO2eq para a

União Europeia. Da comparação, pode afirmar-

-se que a situação da Unidade se encontra abai-

xo da média nacional (considerando a exclusão

dos consumos de JP8).

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

62 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

6. Requisitos Legais

63Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Atendendo às características próprias e à ele-

vada variedade de atividades desenvolvidas, a

Base Aérea N.º 5 assemelha-se a uma pequena

cidade. Desta forma, as disposições legais apli-

cadas à Unidade abarcam uma grande diversi-

dade de legislação ambiental. A seguir indica-se

uma lista não exaustiva de serviços existentes

na Unidade com relação direta, em maior ou

menor grau, com Aspetos Ambientais:

• Captação, tratamento e abastecimento de

água para consumo;

• Saneamento e tratamento de águas residuais;

• Produção e distribuição de energia elétrica;

• Climatização de instalações;

• Serviços administrativos;

• Alojamentos e residências;

• Manutenção de infraestruturas;

• Manutenção de equipamentos e viaturas;

• Manutenção de aeronaves;

• Manutenção de espaços verdes;

• Confeção e serviço de alimentação;

• Manutenção e utilização de equipamentos e

espaços desportivos;

• Manutenção e utilização de armamento;

• Transporte de recursos humanos e de bens ma-

teriais;

• Armazenamento e utilização de produtos quí-

Prin

cipa

is R

equi

sito

s L

egai

s

micos;

• Produção e gestão de resíduos sólidos urbanos

e resíduos perigosos;

• Prestação de serviços de saúde;

• Serviços de Assistência e Socorro.

Verifica-se que cada função acima descrita,

apresenta uma componente ambiental asso-

ciada e distinta. Assim, as mesmas disposições

legais aplicáveis à Unidade encontram-se repre-

sentadas simultaneamente em diversas ativida-

des, mas expressam-se de acordo com o serviço

em questão. No entanto, podem identificar-se

isenções na legislação devido ao contexto mi-

6.1. Principais requisitos legais

64 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

litar previsto em alguns diplomas. Apesar das

isenções existentes, a Unidade encontra-se em-

penhada na aplicação dos esforços necessários

com o intuito de cumprir com os requisitos le-

gais ambientais dentro das suas possibilidades,

sem comprometer o cumprimento da missão

que é a segurança do espaço aéreo nacional.

Tal como referenciado anteriormente, a listagem

de documentação legal é extensa e o seu levan-

tamento e atualização faz parte do processo de

Registo do Sistema de Gestão Ambiental com a

referência RGS.03.01, Edição 2 de 23 de maio

de 2016, pelo que são apresentados as principais

referências que tutelam a gestão ambiental na

Unidade, o desempenho relativo à sua aplicação,

bem como a situação face aos requisitos legais

( C-Conforme, NC-Não Conforme):

Prin

cipa

is R

equi

sito

s L

egai

s

65Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Tabela 7: Requisitos Legais aplicáveis à Base Aérea N.º 5.

66 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 Pr

inci

pais

Req

uisi

tos

Leg

ais

67Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

68 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

7. Partes Interessadas

69Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Durante 2015 foram efetuadas várias atividades

internas de divulgação e sensibilização, em que

participaram os Delegados do Ambiente e res-

tantes militares da Unidade, sobre temas res-

peitantes ao ambiente e ao EMAS e que a seguir

se destacam:

a. Comunicações internas:

i. Divulgação por E-mail e Portal interno a todos

os elementos da Unidade, com apresentação da

evolução dos indicadores e para assinalar datas

relevantes para a proteção do ambiente;

ii. Ações de Sensibilização aos Delegados do Am-

biente através de reuniões e palestras relaciona-

das com o EMAS, ;

iii. Briefing Mensal a grupo heterogéneo de

25/30 elementos da Unidade.

iv. Briefing e-leaning para pessoal recém-co-

locado.

v. Briefing a entidades estrangeiras que visi-

tam a Unidade.

vi. Briefing a destacamentos na Unidade.

vii. Semana do Ambiente de 29MAI a 5JUN2015.

viii. Concurso de fotografia sobre o

tema “Preservar o Ambiente”.

b. Comunicações Externas:

i. Participação nas III Jornadas do Ambiente da

Força Aérea com palestra sobre a implemen-

Part

es in

tere

ssad

as

tação do EMAS na Base Aérea N.º 5.

ii. Divulgação a Comunidade local e

estabelecimentos de Ensino de iniciativas re-

lativas ao Ambiente e a visitantes, cerca de

2420, de diversas entidades locais regionais e

nacionais;

iii. Divulgação, a Entidades locais e Empre-

sas, da implementação do EMAS na Unidade

e comunicação na Página de internet da For-

ça Aérea da Politica Ambiental e Relatório de

Sustentabilidade Ambiental da Base Aérea N.º

5 em 2015.

70 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

8. Verificador Ambiental

71Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Veri

ficad

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PT-000115