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Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2016 Referente ao período de 01.01.2014 a 31.12.2016

Ano de publicação: 2017

BASE AÉREA N.º 5

Monte Real

Direção-Geralde Recursos da Defesa Nacional

2 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Mensagem do comandante

R eiterando as minhas palavras da anterior

edição, quero relevar, como Comandan-

te da Base Aérea N.º 5 (BA5), o enorme

privilégio que é para mim poder afirmar que

esta Unidade está cada vez mais empenhada

em manter a certificação alcançada na exigente

norma do regulamento EMAS (Ecomanagement

and Audit Scheme) da União Europeia, alcança-

da no ano passado.

Pela especificidade da sua missão, pela tecno-

logia e meios que opera, pelo envolvimento a

nível nacional e internacional, esta Unidade

Base é sujeita a um grau de exigência opera-

cional muito significativo. Depois de cinco anos

3Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

nacional desta edição, foi nomeada na catego-

ria de Organizações do Setor Público pelas suas

iniciativas relacionadas com a regeneração de

aeronaves F-16 para posterior alienação, que

permitem o reaproveitamento destes equipa-

mentos e prolongamento da sua vida útil, bem

como pelas medidas tomadas no âmbito da efi-

ciência energética e na redução de resíduos.

Nos últimos anos a Unidade não tem poupado

esforços na busca de processos de trabalho cada

vez mais eficientes e na implementação e me-

lhoria de procedimentos ambientalmente mais

sustentáveis, continuando a garantir a capaci-

dade de desempenhar a missão atribuída, en-

quanto mantemos uma aposta significativa na

diminuição do impacto negativo sobre os recur-

sos essenciais à vida para as gerações futuras.

Por fim, a implementação do EMAS na Base Aé-

rea N.º 5 tem levado a uma ampla e intensiva

ação de consciencialização de que a preserva-

ção do ambiente é uma responsabilidade de

todos e para todos! O esforço, o empenho e a

dedicação constituirão um referencial que ele-

vará ainda mais o prestígio e o reconhecimento

público desta Unidade, sendo mais uma prova

de que só “Alcança quem não cansa”!

de elevado empenhamento, muito trabalho e

grande resiliência, foi possível implementar um

conjunto de procedimentos e medidas ambien-

tais que nos possibilitaram ser a primeira Unida-

de militar portuguesa, e do espaço europeu, a

atingir a certificação supracitada, naturalmente

sem comprometer a missão e a segurança, facto

que nos deve orgulhar a todos.

Relevo, ainda, a candidatura da BA5 ao prémio

de excelência de gestão ambiental da União Eu-

ropeia, ficando entre os vinte finalistas de cerca

de 4 000 organizações concorrentes. A candida-

tura da BA5, selecionada pela Agência Portu-

guesa do Ambiente e distinguida com o prémio

1. Introdução |06

1.1. Estrutura Organizacional |07

1.2. A Base Aérea N.º 5 |10

1.3. Missão da Base Aérea N.º 5 |11

1.4. O Ambiente e a Base Aérea N.º 5 |12

1.5. Estrutura Ambiental |13

1.5.1. Gabinete da Qualidade e Ambiente |14

1.5.2. Esquadra de Manutenção |15

1.5.3. Esquadra de Abastecimento |15

1.5.4. Centro de Saúde |16

1.5.5. Delegados de Segurança em Terra e Ambiente |16

2. Política Ambiental e SGA |18

2.1. Âmbito |19

INDÍCE

2.2. Política ambiental |19

2.3. Sistema de Gestão Ambiental |21

2.3.2. Controlo Operacional |23

3. Aspetos Ambientais |24

3.1. Identificação das Atividades, Produtos e Serviços |25

3.2. Identificação de Aspetos e Impactes Ambientais |25

3.3. Avaliação da Significância de Aspetos e Impactes Ambientais |25

3.3.1. Aspetos Ambientais Diretos da Base Aérea N.º 5 |28

3.3.2. Aspetos Ambientais Indiretos da Base Aérea N.º 5 |31

4. Objetivos, metas e PGA |32

4.1. Programa de Gestão Ambiental de 2015 |33

4.2. Programa de Gestão Ambiental de 2016 |35

5. Indicadores de Desempenho |38

Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.1. Indicadores principais |39

5.2. Indicadores ambientais |40

5.2.1. Eficiência Energética |41

5.2.1.1. Consumo de Energia elétrica |41

5.2.1.2. Produção de Energia renovável |43

5.2.1.3. Consumo de Diesel |44

5.2.1.4. Consumo de Gasolina |45

5.2.1.5. Consumo de Gás natural |47

5.2.1.6. Consumo de GPL |48

5.2.2. Consumo de Papel |49

5.2.3. Água |50

5.2.3.1. Consumo de Água |50

5.2.3.2. Água Residual Tratada |52

5.2.4. Resíduos |55

5.2.4.1. Resíduos Sólidos Urbanos |54

5.2.4.2. Resíduos Encaminhados |56

5.2.5 Biodeversidade |60

5.2.6. Emissão total de GEE |60

6. Requisitos Legais |62

6.1. Principais Requisitos Legais |63

7. Partes interessadas |68

8. Verificador Ambiental |72

6 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

1.Introdução

7Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

1.1 A Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional da Força Aérea encon-

tra-se publicada no Decreto-Lei n.º 187/2014,

de 29 de dezembro, intitulado LOFA, Lei Orgâ-

nica da Força Aérea. Aqui encontra-se definido

que ”a Força Aérea tem por missão principal

participar, de forma integrada, na defesa mi-

litar da República, nos termos da Constituição

e da lei, sendo fundamentalmente vocacionada

para a geração, preparação e sustentação de

forças e meios da componente operacional do

sistema de forças.”

O Decreto-Lei indica ainda que “a organiza-

ção da Força Aérea rege-se pelos princípios

de eficácia e racionalização, garantindo:

• A otimização da relação entre a componen-

te operacional e a componente fixa do siste-

ma de forças;

• A complementaridade com o Estado-Maior

General das Forças Armadas (EMGFA) e com

os outros ramos;

• A correta utilização do potencial humano,

militar ou civil, promovendo o pleno e ade-

quado aproveitamento dos quadros perma-

nentes e assegurando uma correta proporção

e articulação entre as diversas formas de

prestação de serviço efetivo.”

8 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

O comando da Força Aérea é exercido pelo

Chefe de Estado Maior da Força Aérea (CEMFA)

que, para o cumprimento da missão acima re-

ferida, compreende a seu cargo os seguintes

órgãos:

• O Estado-Maior da Força Aérea (EMFA);

• Os órgãos centrais de administração e direção;

• O comando de componente aérea, designado

por Comando Aéreo (CA);

• Os órgãos de conselho;

• O órgão de inspeção, designado por Inspeção-

-Geral da Força Aérea (IGFA);

• Os órgãos de base;

• Os elementos da componente operacional do

sistema de forças;

• Os órgãos e serviços regulados por legislação

própria.

A Base Aérea N.º 5 encontra-se na dependência

do Comando Aéreo (CA), tal como as restantes

Unidades Base. “ O CA tem por missão apoiar o

exercício do comando por parte do CEMFA, ten-

do em vista:

• A preparação, o aprontamento e a sustentação

das forças e meios da componente operacional

do sistema de forças;

• O cumprimento das missões reguladas por le-

gislação própria e de outras missões de natu-

reza operacional que sejam atribuídas à Força

Aérea, mantendo o CEMGFA permanentemente

informado das forças e meios empenhados e do

desenvolvimento e resultados das respetivas

operações;

• O planeamento e o comando e controlo da ati-

vidade aérea;

• A administração e direção das unidades e ór-

gãos da componente fixa, colocados na sua di-

reta dependência;

• O planeamento, direção e o controlo da seguran-

ça militar das unidades e órgãos da Força Aérea.”

Intr

oduç

ão

9Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

Figura 1: Base Aérea N.º 5 na estrutura orgânica da Força Aérea.

10 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

A Base Aérea N.º 5 ocupa 482 hectares do território

Nacional, estando situada na Serra Porto de Urso,

localidade da Freguesia de Monte Real, concelho

de Leiria.

Implantada em 1959 sobre o aquífero Vieira de Lei-

ra – Marinha Grande, sofreu várias intervenções de

ampliação até atingir as dimensões atuais.

Trata-se de uma estrutura militar que trabalha em

contínuo, 24h por dia, todos os dias do ano. No

entanto, durante o período entardecer/noturno

apenas são realizados os serviços que garantem

a prontidão dos meios e segurança da Unidade.

1.2 A Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

BASE AÉREA N.º 5

NIF 600 010 686

NACE/CAE 84220 – Atividades de Defesa

MORADA Rua da Base Aérea Serra Porto do Urso 2425-022 Monte Real

TELEFONE 244618003

FAX 244612550

E-MAIL [email protected]

SITE www.emfa.pt

RESPONSÁVEL AMBIENTAL Chefe do Gabinete de Qualidade e Ambiente Major Gumersindo Brás

Tabela 1: Elementos identificadores da Base Aérea N.º 5.

11Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

Integrada na estrutura de Defesa Nacional e da

North Atlantic Treaty Organization (NATO), a mis-

são da Base Aérea N.º 5 é “garantir a prontidão

das Unidades Aéreas e apoio logístico e adminis-

trativo de unidades e órgãos nela sedeados, bem

como a segurança interna e a defesa imediata”,

contribuindo desta forma para a manutenção da

soberania do espaço aéreo nacional, para a defesa

integrada do território português, bem como para

o cumprimento dos compromissos internacionais

assumidos por Portugal.

Para o cumprimento cabal da sua missão, a Base

Aérea N.º 5 é composta por diversas infraestrutu-

ras, destacando-se a zona de aeródromo e diver-

sos edifícios e equipamentos de apoio necessários.

Atualmente opera 30 aeronaves de caça F-16 e de-

mais componentes que constituem o único siste-

ma de armas em operação. O universo de pessoal

colocado na Unidade, em 31 de dezembro de 2015

era de 814 indivíduos, entre militares e civis.

Para a sustentação e operação deste sistema de ar-

mas, desenvolvem-se vários processos de trabalho

que, contribuindo direta ou indiretamente para a

prontidão e operação, culminam na execução das

missões de voo, prevalecendo sempre a tónica na

segurança.

1.3 Missão da Base Aérea N.º 5

12 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Através do Despacho do CEMFA de 10JAN10,

exarado na Informação n.º 595, de 05JAN10, da

Divisão de Recursos (DIVREC), foi determinado o

desencadear das ações com vista à implementa-

ção e certificação do EMAS, na Base Aérea N.º 5.

Neste contexto, este documento constitui a pri-

meira Declaração Ambiental à luz do conceito

EMAS. Nela são fundamentalmente aprofunda-

dos os requisitos legais ambientais afetos às ati-

vidades da Base Aérea N.º 5 e o relacionamento

entre os aspetos ambientais e os objetivos pre-

tendidos, refletidos nos indicadores ambientais

que se consideraram como essenciais, praticá-

veis e exequíveis, em termos de monitorização

de dados.

1.4O Ambiente e a Base Aérea N.º 5

A 31 de outubro de 2007 o CEMFA, através do

Despacho n.º102/2007, manda publicar a Políti-

ca Ambiental da Força Aérea Portuguesa onde,

“com a finalidade de conciliar o cumprimento

da missão que lhe está atribuída com a proteção

do Ambiente” assume variados compromissos de

onde se destaca “assegurar, através do Sistema

de Gestão Ambiental (SGA), implementado em

apoio ao cumprimento da missão, a minimiza-

ção dos impactes que dela resultem, contribuin-

do para a proteção do ambiente e do desenvol-

vimento sustentável, através de boas práticas

ambientais”.

Intr

oduç

ão

13Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

1.5Estrutura Ambiental

Para gerir o SGA e aplicar os procedimentos ins-

tituídos, a Unidade dispõe duma estrutura am-

biental. Estando na dependência direta do Co-

mandante, compete ao Gabinete da Qualidade

e Ambiente (GQA) a gestão do SGA. Nesta estru-

tura, cada subunidade ou secção, dependendo

da sua dimensão e importância, é representada,

pelo menos, por um Delegado de Segurança em

Terra & Ambiente (DST&A). Para além destes,

existem serviços que têm responsabilidades di-

retas em aspetos específicos e importantes, ra-

zão pela qual também fazem parte da mesma.

Delegados de Segurança em Terra e

Ambiente

Esquadras e Centros

Orgão de Execução

Gabinete da Qualidade e Ambiente

Comandante CMDT

GQA

Grupo de Apoio

Esquadras e Centros

DST&A

Esquadras e Centros

DST&A

Grupo Operacional

Esquadras e Centros

DST&A

Esquadras e Centros

DST&A

Figura 2: Estrutura do Sistema de Gestão Ambiental na Base Aérea N.º 5.

14 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

plementado, à legislação aplicável, às diretivas

técnicas estabelecidas e à Política Ambiental da

Unidade;

• Contribuir para a utilização dos recursos dis-

poníveis de modo eficiente e responsável;

• Planear e controlar as atividades de formação

de cariz ambiental internas e externas;

• Supervisionar a monitorização da qualidade da

água de consumo humano e das águas residuais;

• Gerir a floresta e monitorizar as ações de ma-

nutenção da mesma;

• Rever e atualizar os Manuais relacionados com

o SGA da Unidade Base (UB), em coordenação

com o EMFA e com o Comandante da Logística

da Força Aérea (CLAFA);

• Coordenar internamente com outros órgãos da

Unidade as ações a desenvolver no âmbito da

Qualidade e Ambiente;

• Elaborar Planos de Auditorias Internas e de

simulacros, promover o seu cumprimento, pro-

pondo e controlando as ações corretivas;

• Acompanhar e colaborar com as auditorias ex-

ternas, promovendo a implementação das ações

corretivas definidas no âmbito das mesmas;

• Elaborar documentação interna, externa e

relatórios, no âmbito da Qualidade (nas partes

aplicáveis) e do Ambiente;

• Promover a implementação e aplicação dos

Na Base Aérea N.º 5, no final de 2008, é criado

o Gabinete da Qualidade e Ambiente (GQA) no

edifício do Comando, com a missão de assegurar

a implementação e funcionamento de um siste-

ma de gestão ambiental na Base, bem como o

apoio direto ao Comandante em todos os assun-

tos no âmbito das suas competências. Ao GQA

compete:

• Assegurar a melhoria contínua do SGA, com

base na monitorização dos processos e na ava-

liação do desempenho relativamente aos obje-

tivos definidos;

• Dar cumprimento aos requisitos do SGA im-

1.5.1.Gabinete da Qualidade e Ambiente

Intr

oduç

ão

15Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

1.5.2.Esquadra de Manutenção

1.5.3. Esquadra de Abastecimento

A Esquadra de Abastecimento é responsável pela

gestão do PATRI 2 e pelo encaminhamento dos

resídos armazenados. O PATRI 2 recolhe equipa-

mentos e mobiliários em fim de vida devolvidos

pelos serviços da Unidade.

procedimentos inerentes às funções Qualidade

e Ambiente;

• Gerir o PATRI 1, Parque de Armazenamento

Temporário de Resíduos Industriais, e promo-

ver o encaminhamento para o exterior dos Re-

síduos produzidos na Unidade.

A Esquadra de Manutenção (EMANUT) da Unida-

de é responsável pela manutenção e gestão dos

sistemas de abastecimento de água para consu-

mo, de saneamento e do tratamento de águas

residuais. Além desta componente ambiental

com grande impacte na Base Aérea N.º 5, esta

Esquadra apresenta também responsabilidades

na gestão e manutenção dos sistemas de aque-

cimento da Unidade e na manutenção e gestão

das áreas florestais.

16 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Os DST&A dependem, para as questões ambien-

tais, do Gabinete de Qualidade e Ambiente,

com funções ambientais atribuídas ao nível das

suas respetivas áreas de trabalho, tais como:

• Conhecer a Política Ambiental e o Programa

de Gestão Ambiental (PGA) da Unidade e da r

a conhecê-los ao pessoal do seu serviço;

• Organizar a documentação de trabalho e

apoio aplicáveis à sua área e à função de dele-

gado de ambiente;

• Gerir os resíduos que se encontram na sua

área em conformidade com o preconizado;

• Reportar ao GQA incidentes, anomalias ou

ocorrências, ou apresentar propostas de natu-

reza ambiental;

• Conhecer os procedimentos de emergência

previstos para ocorrências ambientais;

• Colaborar e acompanhar auditorias ambien-

tais na sua área de responsabilidade.

• Sensibilizar periodicamente o pessoal do seu

serviço, de forma a incutir-lhes a responsa-

bilidade para o cumprimento de procedimen-

tos e boas práticas ambientais;

• Manter uma colaboração estreita com o GQA

e participar nas reuniões de delegados quan-

do for convocado, informando o pessoal da sua

área do teor das mesmas.

O Centro de Saúde (CS) da Unidade, é respon-

sável pela monitorização e controlo da quali-

dade da água destinada ao consumo humano,

implementação do Programa de Controlo da

Qualidade da Água da Unidade e realizar, se-

manalmente, campanhas de monitorização da

rede de distribuição da Unidade, destinadas ao

controlo do cloro residual livre ou do dióxido

de cloro.

1.5.4. Centro de Saúde

1.5.5. Delegados de Segurança em Terra e Ambiente

Intr

oduç

ão

17Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Intr

oduç

ão

18 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

2. Política Ambiental e SGA

19Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

2.1Âmbito

2.2. Política Ambiental

Esta Declaração Ambiental é publicada devido

ao registo da Base Aérea N.º 5 no Regulamento

(CE) N.º 1221/2009 do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 25 de novembro, relativo à parti-

cipação voluntária de organizações num sistema

comunitário de ecogestão e auditoria (EMAS).

O âmbito da certificação incidiu sobre as “ati-

vidades desenvolvidas na Base Aérea N.º 5 para

a produção de horas de voo, entre as quais a

manutenção de aeronaves, de viaturas e equi-

pamentos auxiliares”. Dados relacionados com

consumos de combustíveis de aeronaves não

constam da presente declaração por a sua di-

vulgação poder afetar negativamente a confi-

dencialidade das informações relativas à defesa

nacional.

A Diretiva N.º 001/2016, da Base Aérea N.º 5,

define a atual Politica Ambiental da Unidade,

através do compromisso estabelecido pelo Co-

mandante para com a Organização e a socieda-

de envolvente, no que diz respeito ao cumpri-

mento das obrigações legais e na minimização

dos impactes ambientais associados às ativida-

des desenvolvidas na Unidade, sem comprome-

ter o cumprimento da missão e de forma a:

a. Cumprir com a legislação ambiental em vigor

e respetivas atualizações, bem como com nor-

mativos e requisitos que a Força Aérea ou a Base

Aérea N.º 5 subscrevam;

b. Implementar um Sistema de Gestão Ambien-

tal (SGA) e revê-lo, periodicamente;

c. Contribuir para a proteção do ambiente e

para o seu desenvolvimento sustentável, fixan-

do metas e objetivos associados aos aspetos am-

bientais significativos;

d. Considerar os aspetos ambientais nos proces-

sos de tomada de decisão, principalmente, nos

processos de aquisições de bens, equipamentos

e serviços;

e. Considerar os aspetos ambientais nos proces-

Polít

ica

Ambi

enta

l e S

GA

20 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

sos de trabalho, especialmente na manutenção

de aeronaves, viaturas, equipamentos e infraes-

truturas;

f. Integrar requisitos e procedimentos ambien-

tais no planeamento e realização de exercícios

e operações, contribuindo para a prevenção da

contaminação dos solos, águas subterrâneas e

superficiais;

g. Garantir a formação do pessoal com respon-

sabilidades diretas no SGA e a sensibilização

para as questões ambientais de todo o pessoal

da Base;

h. Elaborar planos de emergência, a serem co-

locados em prática, em caso de acidente am-

biental, capazes de minimizarem os impactes

ambientais associados aos aspetos ambientais

significativos;

i. Envolver neste projeto, de forma ativa, todo

o pessoal da Base Aérea N.º 5 e comunicar in-

ternamente o teor desta política, bem como a

evolução e resultados do SGA;

j. Garantir a melhoria contínua na prevenção

da poluição, através da redução de resíduos

produzidos, na reutilização de materiais e equi-

pamentos, na promoção da reciclagem, na re-

dução do consumo de energia, das emissões

sonoras e atmosféricas, bem como no consumo

de recursos naturais, diminuindo a captação de

águas subterrâneas;

k. Comunicar para o exterior, através dos ca-

nais adequados, o desempenho ambiental desta

Unidade.

l. O Comando da Unidade compromete-se a

empenhar os recursos disponíveis ao estabele-

cimento, implementação e manutenção do SGA

na Base Aérea N.º 5.

Polít

ica

Ambi

enta

l e S

GA

21Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

2.3Sistema de Gestão ambiental

Conforme referido em 1.4. encontra-se imple-

mentado na Base Aérea N.º 5 o EMAS, Regu-

lamento (CE) n.º 1221/2009, num processo ini-

ciado em 2010, é aplicável exclusivamente na

área da Base delimitada pelo seu perímetro e

abrange todo o pessoal colocado e em trânsito

na Base Aérea N.º 5. Estão excluídas do concei-

to EMAS todas as restantes áreas e infraestru-

turas pertencentes à Unidade fora do referido

perímetro.

A documentação que constitui o SGA é dividida

em Procedimentos de Gestão do Sistema (PGS) e

Procedimentos de Controlo Operacional (PCO).

Estes têm associadas Instruções de Trabalho (IT)

e Registos (R). Os procedimentos foram desen-

volvidos de forma a controlar os Aspetos Am-

bientais identificados, permitindo assim a todo

o pessoal que desenvolve as suas atividades,

atuar eficazmente para que os objetivos am-

bientais propostos sejam alcançados. Estes vão

sendo melhorados e refinados, acompanhando

as fases de planeamento, implementação e ope-

ração, verificação e revisão pela gestão do SGA.

Polít

ica

Ambi

enta

l e S

GA

22 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

2.3.1. Gestão do Sistema

Os procedimentos de Gestão do Sistema atual-

mente existentes são catorze, conforme se indi-

cam na estrutura a seguir indicada:

Figura 3: Procedimentos relativos ao Sistema de Gestão Ambiental na Base Aérea N.º 5.

Polít

ica

Ambi

enta

l e S

GA

23Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Controlo Operacional

PCO.01 Águas de

Abastecimento PCO.02 Águas

Residuais

PCO.03 Energia

PCO.04 Poluição

Atmosférica

PCO.05 Resíduos

PCO.06 Solos

PCO.07 Floresta

PCO.08 Destacamentos

2.3.2. Controlo Operacional

Existem oito documentos de controlo operacio-

nal que foram elaborados para todas as ativi-

dades que estão diretamente relacionadas com

aspetos ambientais, significativos. Nos mesmos

constam as medidas a adotar em cada descritor

ambiental de modo a controlar os aspetos am-

bientais e diminuir a sua significância, garantin-

do o acompanhamento das atividades geradoras

dos mesmos. Deste modo, é possível monitori-

zar e prever situações danosas para o ambien-

te e apresentar medidas concretas que visam o

cumprimento da Política Ambiental da Unidade.

Figura 4: Documentação referente ao Sistema de Gestão Ambiental da Base Aérea N.º 5.

Polít

ica

Ambi

enta

l e S

GA

24 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

3. Aspetos Ambientais

25Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

3.1. Identificação das Atividades, Produtos e Serviços

3.2. Identificação de Aspetos e Impactes Ambientais

A Unidade através dos DST&A realizou o levan-

tamento inicial das atividades, produtos e ser-

viços da Base Aérea N.º 5 abrangidos pelo SGA

e que interagem com o ambiente. Após a ela-

boração deste levantamento foram analisadas

as atividades de forma a apurar os aspetos e

impactes ambientais diretamente relacionados.

Nas diversas atividades, como anteriormente

referido, foram identificados os aspetos am-

bientais e potenciais impactes ambientais asso-

ciados. Uma vez efetuada a lista base de ati-

vidades, produtos e serviços com os respetivos

aspetos e impactes ambientais associados, a

Base Aérea N.º 5 identificou aqueles que podem

ter um efeito cumulativo. Perante este fato a Uni-

dade procedeu à avaliação dos aspetos ambien-

tais, com o intuito de avaliar a sua significância.

Aspe

tos

am

bien

tais

Para apoiar a avaliação da significância dos As-

petos Ambientais da Base Aérea N.º 5 foi defi-

nido o procedimento de avaliação dos aspetos

e impactes ambientais. Este procedimento con-

siste em caracterizar os aspetos ambientais de

acordo com a situação operacional (origem do

aspeto ambiental associada à natureza da ati-

vidade), a incidência (efeito provocado no meio

ambiente), a classe (dependência do aspeto das

atividades internas ou externas à Unidade) e a

temporalidade (ocorrência do aspeto no tem-

po), de acordo com as seguintes características:

3.3. Avaliação da Significância de Aspetos e Impactes Ambientais

26 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

• Situação Operacional:

Normal (N) – Sempre que resulte de atividade

de rotina;

Ocasional (O) – Ocorre raramente, não resultan-

do de atividades de rotina;

Emergência (E) – Sempre que resulte de uma

ocorrência anómala (e normalmente não de-

sejada), nomeadamente a existência de riscos

particulares.

• Tipo de incidência:

Positiva (+) – Sempre que produza benefícios ou

reduza danos no ambiente;

Negativa (-) – Sempre que produza danos no

ambiente.

• Classe:

Direto (D) – Advém das atividades inerentes à

Unidade, sobre as quais esta detém o controlo

por decisões de gestão interna;

Indireto (I) – Resultam de uma interação da Uni-

dade com terceiros sobre os quais ela não possui

inteiro controlo de gestão mas deve utilizar a

sua capacidade de influência.

• Temporalidade:

Passado (P) – Sempre que resulte de ocorrências

passadas;

Atual (A) – Se a sua ocorrência se verificar no

tempo presente;

Futuro (F) – Sempre que a sua ocorrência esteja

prevista num espaço temporal futuro.

Após caracterizar cada aspeto ambiental, é

atribuída a significância aplicando um sistema

de pontuação numerária segundo a avaliação

de alguns critérios. Os critérios de classificação

adotados para estabelecer a significância dos

aspetos, são os seguintes:

• Probabilidade (1 a 4 pontos) – Associado à

frequência com que o impacte pode vir a ocor-

rer (situações de emergência);

• Frequência (1 a 4 pontos) – Associado à quan-

tidade de vezes que o impacte ocorre;

• Severidade(1 a 4 pontos) – Reflete a grandeza

Aspe

tos

am

bien

tais

27Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Aspe

tos

am

bien

tais

do impacte;

• Controlo do Aspeto ( -1 a 2 pontos) – Capaci-

dade de controlar (aspetos diretos) ou influen-

ciar (aspetos indiretos) o aspeto ambiental.

A classificação quanto à significância dos aspe-

tos ambientais é obtida através da aplicação da

seguinte fórmula (tendo em conta a situação

operacional do aspeto ambiental).

Atribuído o valor de significância, são considera-

dos significativos os aspetos que obtenham uma

pontuação igual ou superior a 8, assim como

todos aqueles que apresentem uma severidade

igual a 4 pontos.

Situação Operacional Pontuação (P) Aspeto significativo

Em situações normais ou ocasionais P = F x S + C P ≥ 8 V S = 4

Em situações de emergência P = P x S + C

Tabela 2: Determinação da Significância dos Aspetos Ambientais.

28 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 As

peto

s a

mbi

enta

is

3.3.1. Aspetos Ambientais Diretos da Base Aérea N.º 5

Após a avaliação realizada aos serviços e ativi-

dades desenvolvidas na Unidade, foram defini-

dos os Aspetos Ambientais Diretos Significativos,

explanados no quadro da página seguinte.

29Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Aspe

tos

am

bien

tais

Aspetos Ambientais Principais Atividades Geradoras Impacte Ambiental Metodologias de Gestão Incidência

Consumo de Água

Construção de infraestruturas

Consumo de recursos naturais

Ações de sensibilização

- Confeção alimentar Interdição da Rega

Lavagem de equipamentos, viaturas e instalações Aproveitamento de águas da chuva para lavagem dos canis

Instalações sanitárias

Produção de Água Residual

Manutenção de veículos terrestres Contaminação do solo Separadores de hidrocarbonetos e de gorduras nos locais de maior produção de águas residuais suscetíveis de incapacitar a ETAR da Unidade

- Manutenção de aeronaves Contaminação de recursos hídricos Tratamento das águas residuais na ETAR da Unidade

Confeção alimentar

Instalações sanitárias

Consumo de Energia Elétrica

Iluminação

Consumo de recursos naturais

Ações de Sensibilização

- Utilização de Equipamentos Elétricos Redução da iluminação pública

Iluminação setorial nos hangares

Produção de Energia Renovável Iluminação do posto de abastecimento de combustível

Diminuição do consumo de recursos naturais +

Aquecimento de águas sanitárias

Consumo de Diesel Transporte de Recursos Humanos e Materiais

Consumo de recursos naturais. Otimização dos percursos -

Construção e demolição de infraestruturas Conciliação das necessidades de transporte

Consumo de Gás Aquecimento de Instalações

Consumo de recursos naturais Otimização dos sistemas de aquecimento, das temperaturas e dos horários -

Confeção alimentar

Consumo de Gasolina Manutenção de espaços verdes Consumo de recursos naturais Utilização exclusiva nos equipamentos de manutenção florestal -

Consumo de GPL Aquecimento de Instalações Consumo de recursos naturais Otimização dos sistemas de aquecimento, das temperaturas e dos horários -

Consumo de Papel Atividades administrativas Consumo de recursos naturais Utilização preferencial de documentação digital - Desflorestação Impressão frente e verso

Consumo de JP8 Atividade Aérea

Consumo de recursos naturais Utilização dos recursos exclusivamente para fins Militares -

Manutenção de aeronaves

Tabela 3: Aspetos Ambientais Significativos da Base Aérea N.º 5.

30 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 As

peto

s a

mbi

enta

is

Aspetos Ambientais Principais Atividades Geradoras Impacte Ambiental Metodologias de Gestão Incidência

Consumo de Produtos Químicos Manutenção de veículos terrestres

Consumo de recursos naturais

Utilização dos recursos exclusivamente para fins oficiais -

Manutenção de aeronaves Racionalização na utilização dos produtos químicos

Produção de Resíduos Recicláveis

Confeção alimentar

Consumo de recursos naturais

Condições adequadas à segregação

- Serviços Administrativos Encaminhamento dos resíduos para operadores

licenciados

Serviços de Abastecimento

Produção de óleos usados

Confeção alimentar

Contaminação do solo e de recursos hídricos

Condições adequadas ao armazenamento temporário dos resíduos nos serviços

- Manutenção de veículos terrestres Encaminhamento dos resíduos para operadores

licenciados

Manutenção de aeronaves

Produção de Resíduos Hospitalares Serviços de saúde

Consumo de recursos Condições adequadas à segregação

- Aumento do risco de contaminação Encaminhamento dos resíduos para operadores

licenciados

Produção de resíduos radioativos Deteção de incêndios Contaminação do solo e de recursos hídricos

Encaminhamento dos resíduos para operadores licenciados -

Produção de Resíduos Perigosos

Manutenção de veículos terrestres

Contaminação do solo e de recursos hídricos

Condições adequadas ao armazenamento temporário dos resíduos nos serviços

- Manutenção de aeronaves Encaminhamento dos resíduos para operadores

licenciados

Serviços de Saúde

Derrames de Químicos

Manutenção de infraestruturas

Contaminação do solo e de recursos hídricos

Bacias de retenção

- Manutenção de veículos terrestres Separadores de hidrocarbonetos

Manutenção de aeronaves Procedimentos de prevenção e combate a derrames

Emissão de Ruído Atividade Aérea

Poluição Sonora Medidas mitigadoras -

Manutenção de aeronaves

Emissões Gasosas Transporte de recursos humanos e materiais Poluição atmosférica Monitorização dos gases provenientes de

caldeiras atividades que utilizem COV -

Aquecimento de instalações Efeito de estufa Inspeções periódicas a todos os veículos

31Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Aspe

tos

am

bien

tais

3.3.2. Aspetos Ambientais Indiretos da Base Aérea N.º 5

Da análise da Significância dos Aspetos Ambien-

tais Indiretos, não resultou a identificação de

Aspetos Ambientais Significativos. A execução

de atividades no interior da Unidade por entida-

des externas e com impacto ambiental, nomea-

damente com produção de RCD, de resíduos pe-

rigosos e consumo de combustível, resultantes

da sua atividade, estão integradas nos processos

de aquisição, como obrigações contratuais. Os

destacamentos realizados no interior da Uni-

dade têm também impactes relevantes, no en-

tanto, são integrados e tratados como aspetos

ambientais diretos da Base Aérea N.º 5.

32 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

Da análise da Significância dos Aspetos Am-bientais Indiretos, não resultou a identificação de aspetos Ambientais Significativos. Por um lado a execução de atividades no interior da Unidade por entidades externas e com impac-to ambiental, nomeadamente a responsabili-dade do tratamento e transporte de RCD, de resíduos perigosos e consumo de combustível, resultantes da sua atividade, estão integradas nos processos administrativos, como obriga-ções contratuais. Por outro lado, verificou-se que durante os destacamentos realizados no interior da Unidade, estes apresentam diver-sos Aspetos Ambientais com impactes relevan-

4. Objetivos, Metas e PGA

33Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Em janeiro de 2016 foi proposto e aprovado pelo

Comandante da Unidade, o Programa de Gestão

Ambiental (PGA) para o referido ano. De forma

resumida, indicam-se no mapa abaixo, os obje-

tivos e a correspondente situação em termos de

concretização.

Obj

etiv

os,

met

as e

PG

A

4.1. Programa de Gestão Ambiental de 2016

34 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 O

bjet

ivos

, m

etas

e P

GA

Tabela 4: Cumprimento do Programa de Gestão Ambiental 2015.

Nº OBJETIVO EXECUÇÃO TAXA EXECUÇÃO

1 Promover a formação e a sensibilização ambiental do pessoal da Unidade DEZ16 Taxa de Execução: 67% Foram enviados 2 militares para o CGA da DEP dos 3 militares previstos.

2 Melhorar a Gestão de Resíduos 2016 Taxa de Execução:100%

Colocado Ecoponto nos Alojamentos e Envio dos Panos MEWA para reciclagem

NOV16 Taxa de Execução: 100% Big-Bags movimentados para armazém

3 Supervisionar a Gestão dos RCD produzidos na Unidade SET16 Taxa de Execução: 100% Cláusula relativa à Política Ambiental nos contratos de adjudicação

4

Melhorar a gestão do parque florestal

DEZ16 Taxa de Execução: 100% Área junto à ETAR requalificada

DEZ16 Taxa de Execução: 100% Adjudicação de serviço de recolha de resíduos florestais

DEZ16 Taxa de Execução: 100% Plantação de Eucaliptos no espaldão da Carreira de Tiro

DEZ16 Taxa de Execução: 100% Aprovação PGF da BA5 pelo ICNF

5 Melhorar a resposta a ocorrências ambientais decorrentes de situações de emergência

AGO16 DEZ16

Taxa de Execução: 50% PATA Aprovado PPEA para aprovação

DEZ16 Taxa de Execução: 100% Aquisição contínua de bacias e tabuleiros

6 Diminuir emissões atmosféricas MAR16 Taxa de Execução: 100% Lavagem de armamento ligeiro da Secção de Material de Guerra realizada com equipamento SafetyKleen

7 Melhorar a qualidade e a eficiência do consumo da água

Não cumprido

Objetivo não atingido. Aumento dos consumos de água apesar da sensibilização do pessoal para a poupança contínua e para um rápido alerta sempre que sejam visíveis fugas de água.

FEV16 Taxa de Execução: 100% Plano de Limpeza e Higienização das Cisternas da Unidade aprovado

DEZ16 Taxa de Execução: 100% Reparação do equipamento de filtragem para o elemento Bário no Furo 1

8 Melhorar a eficiência energética

Não cumprido

Objetivo não atingido. Aumento dos consumos de energia elétrica apesar da sensibilização realizada no âmbito da gestão racional da energia consumida.

Não cumprido

Objetivo não atingido. Aumento dos consumos de Gás apesar da sensibilização realizada no âmbito da gestão racional do consumo do gás.

- Objetivo não atingido. Aguardar abertura de candidaturas (MDN-DGRDN)

35Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Do Programa de Gestão Ambiental (PGA) traça-

do para 2017, constam os seguintes objetivos e

metas.

4.2. Programa de Gestão Ambiental de 2017 O

bjet

ivos

, m

etas

e P

GA

36 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 O

bjet

ivos

, m

etas

e P

GA

Tabela 5: Programa de Gestão Ambiental 2016.

OBJETIVO ASPETO AMBIENTAL META AÇÃO PRAZO Promover a formação e a sensibilização ambiental do pessoal da Unidade

Não aplicável Prevenir os impactes ambientais resultantes de más práticas ambientais

Propor três DSTA para o Curso de Gestão Ambiental (CGA) SET17

Melhorar a Gestão de Resíduos

Produção de Resíduos

Melhorar a segregação e armazenamento adequado dos resíduos

- Aumentar a rede de recolha de resíduos diferenciados – (criação de ilhas de resíduos em áreas comuns) - Propor soluções para a valorização de outros resíduos.

2017

Supervisionar a Gestão dos RCD produzidos na Unidade

Produção de Resíduos

Garantir o correto encaminhamento dos RCD e/ou reaproveitamento destes

- Envolver o GQA durante o planeamento/execução de obras - Promover a reutilização dos RCD. - Assegurar a requalificação dos locais intervencionados. - Prever contentores para RCD quando o volume se justificar.

2017

Melhorar a gestão do parque florestal

Consumo Gasolina

Reflorestação da floresta

- Requalificar áreas intervencionadas (Antiga Saibreira). - Estudar candidatura a programas financiados (Programa de desenvolvimento Rural – PDR 2020)

2017

Valorizar os resíduos florestais

- Recolher e armazenar temporariamente os diversos resíduos florestais e encaminhá-los para valorização ou fertilizante (estilha);

2017

Renovar área florestal envelhecida

Através do Plano de Gestão Florestal (PGF) efetuar propostas para substituição gradual de Pinhal. DEZ17

Melhorar a resposta a ocorrências ambientais decorrentes de situações de emergência

Derrames de químicos

Alterar/melhorar a rampa de manutenção dos equipamentos de apoio

Melhorar/alterar acesso ao fosso de manutenção e lavagem dos equipamentos de apoio as aeronaves. JUN17

Melhorar o sistema de prevenção e controlo de derrames

Melhorar o sistema de recolha para derrames na placa de estacionamento dos F-16 “Whisky”. 2017

Impermeabilizar o solo da área de parqueamento dos equipamentos de apoio na Secção de Equipamento Auxiliar.

JUN17

37Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Obj

etiv

os,

met

as e

PG

A

OBJETIVO ASPETO AMBIENTAL META AÇÃO PRAZO

Melhorar a qualidade e a eficiência do consumo da água

Consumo de Água

Diminuir o consumo de água na Unidade para valores inferiores a 300 L/ind. por dia (Fonte: APA – PENSAAR2020)

- Sensibilizar o pessoal para comunicar fugas de água. Divulgar contactos das entidades responsáveis. - Sensibilizar pessoal para a racionalização e evitar desperdícios.

2017

Melhorar a qualidade da água para abastecimento humano

- Substituição do material filtrante para o elemento Bário do equipamento instalado no Furo 1. - Beneficiação do sistema de distribuição (instalação de uma linha de ar comprimido).

ABR17

Melhorar a eficiência energética

Consumo de Energia Elétrica

Reduzir o consumo de energia elétrica face a 2015 para um valor inferior a 9,5 Kw/h/ind. por dia

- Ações de sensibilização para uma gestão racional da energia. - Divulgar consumos trimestralmente no portal interno.

2017

- Planear auditoria energética à Unidade por entidade externa.

Consumo de Gás

Diminuir o consumo de gás face a 2015 para um valor inferior a 0,75 m3/ind. por dia

- Ações de sensibilização para uma gestão racional da energia. - Divulgar consumos trimestralmente no portal interno.

2017

- Estudar a viabilidade de substituir o sistema de vapor da Messe (fraca eficiência energética). 2017

Produção de Energia Renovável

Aumentar a utilização das energias renováveis

Projeto – Estudar aplicação e viabilidade de instalação de equipamentos para aproveitamento da energia solar (fotovoltaicos e solar térmico). Estudar a aplicação de projetos ao abrigo de programas financiados por fundos Europeus.

2017

Divulgar a evolução ambiental da Unidade Não aplicável

Dar a conhecer o SGA da Unidade

- Elaboração do MBA5 340-4 Manual do Sistema de Gestão Ambiental - EMAS 2017

Valorizar área florestal da Unidade

- Realização de um estudo sobre os Benefícios da Área Florestal 2017

Promover as boas práticas ambientais nos ramos das Forças Armadas

- Concorrer ao Prémio da Defesa Nacional e Ambiente - Concorrer ao Prémio EMAS 2017

38 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

Da análise da Significância dos Aspetos Am-bientais Indiretos, não resultou a identificação de aspetos Ambientais Significativos. Por um lado a execução de atividades no interior da Unidade por entidades externas e com impac-to ambiental, nomeadamente a responsabili-dade do tratamento e transporte de RCD, de resíduos perigosos e consumo de combustível, resultantes da sua atividade, estão integradas nos processos administrativos, como obriga-ções contratuais. Por outro lado, verificou-se que durante os destacamentos realizados no interior da Unidade, estes apresentam diver-sos Aspetos Ambientais com impactes relevan-

5. Indicadores de desempenho

39Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Os Indicadores Ambientais são analisados segun-

do a sua relação com um indicador transversal,

denominado Indicador de Desempenho, de for-

ma a permitir a análise e avaliação temporal dos

mesmos. O Indicador de Desempenho, mais à

frente designado por valor “B” é o número mé-

dio de indivíduos a trabalhar na BA5 (Gráfico 1),

ou seja, o número médio anual dos efetivos da

Base, dos militares de outras origens destacados

na Unidade por razões de exercícios ou outras,

bem como dos civis pertencentes a empresas

contratadas que prestam serviços na BA5. Em 2016 a Unidade acolheu e organizou inúme-ros projetos, eventos e missões que influen-

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

5.1. INDICADORES DE DESEMPENHO

Desta forma é importante referir que, devi-do aos seus compromissos internacionais e também ao trabalho de divilgação e sensi-bilização para a importância da Defesa Na-cional, a BA5 contou não só com a presença de vários militares romenos, que participa-ram no Programa de Alienação de Aeronaves F-16 à República da Roménia, e com des-tacamentos de outros militares de outras nacionalidades, mas também com inúmeras visitas e eventos, como o Dia da Defesa Na-cional, onde participaram mais de 6.600 jo-vens, e o o dia da Base Aberta que contou com mais de 16.000 pessoas. (Gráfico 2).

Gráfico 2: Número de indivíduos presentes na BA5 em 2016.

Gráfico 1: Número médio anual de colaboradores na BA5.

40 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2. Indicadores ambientais

Os indicadores fornecem, desta forma, uma ava-

liação rigorosa do desempenho ambiental da

Unidade, tendo um contributo essencial na to-

mada de decisão ao nível da gestão dos aspetos

e impactes ambientais, através da influência nas

atividades desenvolvidas. Por fim, o valor dos in-

dicadores resulta do rácio entre os Indicadores

Com o propósito de assegurar o controlo aproxi-

mado à evolução do desempenho ambiental da

Unidade, estabeleceram-se um conjunto de pa-

râmetros maioritariamente mensuráveis, desig-

nados por Indicadores Ambientais (Tabela 6), que

permitem obter resultados específicos da gestão

dos Aspetos Ambientais. Estes indicadores cor-

respondem a impactes do descritor a avaliar, re-

presentando, normalmente, consumos e emissões

quando se trata da avaliação operacional. Quanto

ao controlo do desenvolvimento do sistema, são

monitorizados dados que traduzam o cumprimen-

to do definido no SGA, como a percentagem de

cumprimento dos objetivos e metas estabelecidos.

Ambientais (valor A) e o Indicador de Desempe-

nho (valor B), sendo o valor final monitorizado ao

longo do tempo.

Nos próximos capítulos são apresentados gráficos

correspondentes ao desempenho de cada indica-

dor ambiental e gráficos de comparação mensal.

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

DESCRITOR INDICADOR AMBIENTAL UNIDADE (A/B)

Águas de Abastecimento Água Consumida (AC) m3AC

/ B (nº indivíduos)

Águas Residuais Água Residual Tratada (AR) m3AR / B (nº indivíduos)

Energia Energia Elétrica Consumida (EEC) kWhEEC / B (nº indivíduos)

Energia Renovável Produzida (ERP) kWhERP / B (nº indivíduos)

Resíduos Resíduos Encaminhados (R) KgR / B (nº indivíduos)

Consumo de Materiais

Diesel Consumido (D) LD / B (nº indivíduos)

Gasolina Consumida (G) LG / B (nº indivíduos)

GPL Consumido (GPL) m3GPL/ B (nº indivíduos)

Gás Natural Consumido (GN) m3GN/ B (nº indivíduos)

Papel Consumido (P) KgP / B (nº indivíduos)

Emissões Emissão Total de GEE (CO2eq) KgCO2eq / B (nº indivíduos)

Tabela 6: Indicadores Ambientais.

41Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

5.2.1. Eficiência Energética 5.2.1.1. Consumo de Energia elétrica

A energia elétrica consumida pela Unidade é

maioritariamente fornecida por uma entidade

externa. No entanto, a pequena fração que, em

casos pontuais, é obtida através de geradores

ou de baterias, não é contemplada neste indica-

dor, uma vez que se encontra refletida no con-

sumo de Diesel.

O consumo de energia elétrica encontra-se es-

treitamente associado à quantidade de indiví-

duos presentes na Unidade e também ao volume

de atividade operacional, que corresponde não

só horas de voo, mas também a todos os servi-

ços inerentes a estas, como é o caso dos ser-

viços de manutenção e inspeção de aeronaves,

que, por sua vez, se traduz num aumento, ainda

que ligeiro (menos que 2%), deste indicador,

face ao ano anterior.

No entanto, a fim de contrariar a tendência em

aumentar os consumos deste indicador, a Unida-

de tem apostado em medidas e ações que visam

reduzir estes consumos, como campanhas de

sensibilização, a redução de da iluminação dos

arruamentos na ordem dos 50% e a iluminação

sectorial dos hangares, que permite iluminar

exclusivamente as áreas com trabalhos a decor-

rer e uma gestão mais eficiente de equipamen-

tos elétricos no apoio diário à manutenção. Gráfico 3: Energia total consumida.

42 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

O Gráfico 5, uma vez que apresenta o comporta-

mento dos consumos médios mensais de energia

elétrica e da atividade operacional, nomeadamen-

te as horas de trabalho ligadas à área operacional,

permite uma análise mais equitativa dos resulta-

dos obtidos em 2016 face aos do ano anterior. É

importante destacar que a ocorrência de um ex-

cesso de consumo pontual no mês de março, equi-

valente a cerca de 30% do consumo de 2015, ori-

gina um desequilíbrio deste indicador que não se

verifica, de um modo geral, nos restantes meses

do ano. Assim, se durante este mês, os consumos

apresentassem um comportamento expectável, o

saldo final deste indicador seria positivo.Gráfico 5: Consumo mensal de Energia Elétrica.

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

Gráfico 4: Consumo anual de Energia Elétrica por colaborador.

43Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.1.2.Produção de Energia renovável

Atualmente encontram-se instalados na Unida-

de dois equipamentos de produção de energia a

partir de fontes renováveis:

(1) Painel solar fotovoltaico;

(2) Conjunto de painéis solares térmicos.

O painel solar fotovoltaico encontra-se instala-

do desde o início de 2012 no parque de esta-

cionamento das viaturas de abastecimento de

combustível, com o propósito de alimentar a

iluminação desse local.

O segundo equipamento encontra-se junto ao

alojamento de sargentos N.º 2 e é utilizado na

produção de águas quentes sanitárias para os

alojamentos N.º 1 e N.º 2 de Sargentos. Durante

a colocação deste equipamento não foi contem-

plado a instalação de um contador, pelo que não

é possível a contabilização da energia produzi-

da e desta forma refletir o seu contributo nes-

te descritor, pelo que não será contemplado na

análise.

Assim, existindo apenas um único equipamento

de produção de energia passível de ser contabi-

lizado, constatou-se que apenas 180kWh por ano

são produzidos na Unidade através de energia

renovável. Atendendo aos consumos de ener-

gia da Unidade este valor representa menos de

0,01% da energia total consumida, sendo por isso

considerado desprezível. Este facto não diminui

a importância atribuída a este indicador, tendo

em vista a sua natureza e a ideia de se apresen-

tarem projetos nesta área a curto prazo, haven-

do muita margem para introduzir melhorias.

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

44 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.1.3. Consumo de Diesel

Os consumos de Diesel na Unidade estão relacionados com a utilização dos veículos terrestres, dos equipamentos com motor de combustão, como é o caso dos geradores de corrente elétrica, dos equipamentos auxilia-res e da caldeira de aquecimento do edifício do Centro Coordenador de Segurança e Defe-sa – CCSD, sendo que a maioria deste consu-mo provém das deslocações dos veículos ter-restres. Indo ao encontro dos resultados dos outros indicadores, o consumo anual de Diesel se relaciona com o volume de trabalho, sendo compreensível que nos períodos de maior ati-vidade ocasionem maiores consumos.

Indi

cado

res

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penh

o

Gráfico 7: Consumo mensal de Diesel.

Gráfico 6: Consumo anual de Diesel por colaborador.

45Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.1.4. Consumo de Gasolina

No entanto, apesar do aumento do volume de trabalho no ano de 2016, constata-se uma redução do consumo médio anual de Diesel na ordem dos 15% face aos valores de 2015 (Gráfico 6). Esta diminuição, como de-mostra o gráfico 7 deve-se essencialmente à utilização mais eficiente dos veículos, atra-vés de um sistema de partilha de recursos entre as diversas secções.

São poucos os equipamentos da Unidade que

consomem gasolina. Essencialmente são apa-

relhos de manutenção, em especial de espa-

ços verdes, tais como: roçadoras, motosser-

ras, sopradores, corta relvas, entre outros.

Também neste domínio, como se pode observar no

Gráfico 8, se verificou uma redução significativa

face ao ano transato. Contudo, dada a quantidade

anual consumida deste recurso, este torna-se mais

sensível a variações e acusa, com maior veemên-

cia, o volume de trabalhos realizados na área de

manutenção dos espaços verdes. Assim, um ano

em que se realize um menor número de trabalhos

46 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

dica

dore

s de

des

empe

nho

resulta, posteriormente, num menor consumo de

Gasolina.

Analisando o desempenho destes valores ao

longo do ano (Gráfico 9), novamente se verifi-

ca que foi no intervalo entre fevereiro e maio,

juntamente com o mês de julho, que se obte-

ve os maiores picos de consumo. A fim de se

realizar uma análise mais equitativa, a média

anual de 2016 apresentada neste mesmo gráfico

calculada apenas tendo em conta os meses com

consumo (11 meses), desprezando o mês sem

consumo de Gasolina (fevereiro).

Gráfico 9: Consumo mensal de Gasolina.

Gráfico 8: Consumo anual de Gasolina por colaborador.

47Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.1.5. Consumo de Gás natural

A Base Aérea N.º 5 utiliza essencialmente gás

natural para o aquecimento de águas sanitárias,

aquecimento de edifícios, produção de vapor e

confeção de alimentos. Portanto, dado o núme-

ro de indivíduos alojados na BA5, o número de

destacamentos e também a quantidade de visi-

tas anuais à Unidade, compreende-se o aumento

verificado em 2016 comparativamente aos obser-

vados em 2015 (Gráfico 10). Um outro fator de

grande influência é a temperatura média, uma

vez que os meses de maior consumo de Gás na-

tural correspondem aos meses mais frios do ano.

Desta forma elaborou-se o Gráfico 11 que torna

mais percetível esta relação de causa-efeito.

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

Gráfico 11: Consumo mensal de Gás Natural.

Gráfico 10: Consumo anual de Gás Natural por colaborador.

48 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.1.6. Consumo de GPL

Na Unidade existem também algumas centrais de

aquecimento a GPL, nomeadamente em 4 das 16

centrais de aquecimento existentes para AQS e

aquecimento dos edifícios. Apresentado um com-

portamento semelhante ao Gás Natural, os consu-

mos de GPL obtiveram, em 2016, um ligeiro au-

mento, face aos consumos de 2015 (Gráfico 12). À

imagem do que se constata com o Gás natural, os

consumos de GPL estão relacionados não só com

o número de indivíduos alojados na Unidade, mas

também com a variação das temperaturas médias

mensais. Prova disso é o Gráfico 13 que apresenta

a flutuação dos consumos de GPL ao longo do ano.

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

Gráfico 13: Consumo mensal de GPL.

Gráfico 12: Consumo anual de GPL por colaborador.

49Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.2. Consumo de Papel

Os consumos de papel na Unidade são rela-tivos às quantidades requisitadas pelas di-versas subunidades à Secção de Material de Expediente, Higiene, Proteção e Limpeza. Fruto de várias medidas de eficiência im-plementadas na Unidade nos últimos anos, como a obrigatoriedade de impressão frente e verso, a utilização preferencial do Group-Wise (e-mail institucional) na comunicação ao invés do impresso escrito e a implemen-tação de um sistema de correspondência di-gital, é possível verificar-se uma diminuição do consumo deste recurso (Gráfico 14). Gráfico 14: Consumo anual de Papel por colaborador.

Indi

cado

res

de d

esem

penh

o

50 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.3. Água 5.2.3.1. Consumo de Água

A água para consumo abastecida provém de

três furos situados dentro da Unidade, recaindo

nesta a responsabilidade de assegurar a correta

gestão da rede de abastecimento e garantir a

qualidade da água distribuída.

A BA5 tem vindo a desenvolver várias medidas

que resultaram na redução do consumo de água

nos últimos anos, tais como a forte sensibiliza-

ção aos militares e civis que frequentam a Uni-

dade para uma utilização eficiente e responsá-

vel deste recurso e a instalação de um sistema

de recolha de águas pluviais, proveniente dos

telhados da Secção Cinófila, para a lavagem dos

respetivos canis.

No entanto, dada a dimensão e a idade da rede

de abastecimento, ocorrem, ao longo do ano,

situações de difícil controlo, como as fugas e

ruturas na rede, que contribuem negativamen-

te para o desempenho ambiental, uma vez que

agravam os consumos de água, como se pode

verificar no Gráfico 15.

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51Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

A análise ao consumo anual de água encontra-

-se, desta forma, relacionada não com o au-

mento do consumo individual de cada militar e

civil efetivo na Unidade, mas com as variações

anuais da população presente na mesma, que

originam episódios inesperados de excesso de

consumo de água. Este facto pode ser verificado

no Gráfico 16, que apresenta os consumos mé-

dios mensais de água ao longo do último ano e

a flutuação da população presente na Unidade.

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Gráfico 16: Consumo mensal de Água.

Gráfico 15: Consumo anual de Água por colaborador.

52 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Constata-se, desta forma, que no período em

que se confirma o maior aumento do consumo

de água, entre janeiro e maio, verifica-se igual-

mente um aumento de ocorrências inesperadas,

que estão associadas a um aumento pontual da

população existente na Unidade, resultante das

visitas e da maior afluência de militares romenos

e que, consequentemente, condicionam os con-

sumos deste recurso.

Um outro fator que assume uma importân-cia significativa sobre os valores acima apre-sentados é a conclusão das obras realizadas pela REA - Repartição de Engenharia de Ae-

ródromos, como foi o caso da construção da Placa de Estacionamento da zona Oeste do aeródromo, cujo término ocorreu apenas no mês de junho.

Através da avaliação da informação relativa às lavagens de aeronaves constata-se ain-da que dois dos meses commaior afluência, setembro e novembro, estão de igual modo relacionados a dois dos meses com maiores volumes de água consumida, demonstrando, de certa forma, a preponderância destas ocorrências sobre este indicador.

5.2.3.2. Água Residual Tratada

A água residual produzida na Unidade é encami-

nhada para a Estação de Tratamento de Águas

Residuais (ETAR) localizada no interior da mes-

ma. Esta água que é conduzida até à entrada da

ETAR é composta, maioritariamente, por água

residual doméstica e águas pluviais, nos meses

de maior precipitação, sendo também compos-

ta por água proveniente das áreas operacionais

da Unidade.

Desta forma os valores deste indicador ambien-

tal encontram-se condicionados pelos valores

de precipitação local, pela densidade popu-

lacional presente na Unidade ao longo do ano

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53Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

e pelo volume de horas de trabalho nas mais

diversas secções. Todos estes fatores condicio-

nantes dificultam, desta forma, o controlo e

a gestão deste indicador, não sendo possível,

eventualmente, apresentar permanentemente

uma redução mensal significativa face aos anos

transatos.

Posto isto constata-se que no ano de 2016 deu-se um aumento considerável de produ-ção de águas residuais (Gráfico 17), prin-cipalmente durante os primeiros meses do ano, de janeiro a maio, que correspondem igualmente aos meses de maior consumo de

Indi

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Gráfico 18: Produção mensal de Água Residual.

Gráfico 17: Produção anual de Água Residua por colaborador.

54 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

água. Ainda que, no referido período, os va-lores são substancialmente superiores, esta tendência manteve-se praticamente duran-te todo o ano, à exceção do mês de setem-bro. Contudo, apesar deste aumento face ao ano de 2015, nota-se, mesmo assim, uma redução expressiva face aos resultados de 2014, que se encontram intensamente con-dicionados devido ao grande volume de pre-cipitação que ocorreu nesse respetivo ano.

Analisando a variação mensal deste indica-dor, através do Gráfico 18, verifica-se que os meses com maior produção de água resi-dual estão diretamente associados quer aos meses de maior consumo de água (no início e no final do ano), quer aos meses com va-lores de precipitação média mensal superio-res face aos de 2015.

5.2.4. Resíduos 5.2.4.1. Resíduos sólidos urbanos

Devido à diversidade das atividades desenvolvi-

das na Unidade, a tipologia dos resíduos produzi-

dos corresponde a uma vasta gama. No entanto

estes podem ser divididos em resíduos sólidos ur-

banos (RSU) e em resíduos perigosos.

Os RSU, ao contrário dos anos anteriores, passa-

ram a ser geridos pela Unidade e, desta forma,

foram igualmente contabilizados e registados.

Assim, uma vez que estes resíduos não foram

corretamente quantificados nos outros anos,

não é possível realizar uma análise comparativa

de valores finais, disponibilizando-se apenas os

volumes mensais de 2016 (Gráfico 19). Contudo,

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55Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

não deixa de ser interessante efetuar esta análise

juntamente com a variação do número de indi-

víduos presentes na Unidade ao longo do ano e,

por outro lado, comparar os valores mensais com

a média anual de produção de resíduos. Através

da leitura deste gráfico é possível verificar que os

períodos em que a produção de RSU é superior à

média anual são, de igual modo, os períodos em

que a Unidade contou com a presença de mais

pessoas, quer devido à maior afluência de visitan-

tes, entre fevereiro e junho, quer em virtude da

presença do maior número de militares romenos,

do início do ano até julho, e quer devido ao Dia da

Base Aberta, que decorreu no mês de setembro.

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Gráfico 19: Produção mensal de RSU.

56 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Quanto aos outros fluxos, que são devidamente

encaminhados pela Unidade, já é possível con-

frontar os resultados com os outros anos. A produ-

ção destes resíduos está associada ao volume de

atividade realizado nas áreas de manutenção e,

dada a extensão de trabalho realizado em 2016,

como seria expectável, nota-se um aumento de

produção de residuos (Gráfico 20). É importante

referir que fatores como o aumento de ativida-

de operacional, a conclusão das obras realiza-

das pela REA e também a substituição de alguns

materiais na Unidade, tais como equipamentos

informáticos e algum imobiliário, influenciam os

resultados finais deste indicador. Os parques são

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5.2.4.2. Resíduos encaminhados

57Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

fechados e isola- dos entre si, de forma a con-

trolar o acesso aos mesmos, possuem piso imper-

meável e bacias de retensão.Quanto ao destino

final destes resíduos, é possível verificar, através

da análise do Gráfico 21 (juntamente com a Ta-

bela 7), que grande parte destes é caminhada

para valorização e reutilização, sendo que, ain-

da assim, cerca de 30% é depositada em ater-

ro. No entanto, tendo em conta estes números,

torna-se importante referir que, devido ao tipo

de missão atribuída à Unidade, grande parte da

gestão de resíduos é vocacionada para materiais

perigosos, o que apresenta várias implicações no

que toca à sua valorização ou reutilização.

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Gráfico 20: Produção anual de Resíduos Encaminhados por colaborador.

58 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

dica

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nho

Código Designação do Tratamento R9 Refinação de óleos e outras reutilizações R12 Troca de resíduos para valorização R13 Acumulação de resíduos para valorização D1 Deposição em aterro D9 Tratamento biológico D15 Armazenagem para eliminação

Tabela 7: Designação dos tipos de tratamento.

Gráfico 21: Tipos de tratamento dos Resíduos Encaminhados.

59Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

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Tabela 7: Designação dos tipos de tratamento.

60 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

5.2.5. Biodiversidade

5.2.6. Emissão total de GEE

Gráfico 22: Áreas da Unidade.

A Unidade ocupa uma área total de cerca de

4.822.000 m2 , dos quais cerca de 1.000.000

m2 em área construída (edifícios, pistas, pla-

cas), cerca de 3.822.000 m2 de espaços verdes,

das quais a floresta com 3.581.000 m2 e outras

áreas verdes com 241.000 m2, sendo garantida

a sua adequada manutenção permitindo assim

que sirva de habitat para animais selvagens.

A emissão de GEE está relacionada com inúme-

ros fatores, muitos deles com impossibilidade

momentânea de serem quantificadas.

O Gráfico 23 retrata os consumos da energia

elétrica, gás natural, GPL, gasóleo e gasolina

como fontes produtoras de GEE e foram quan-

tificados com base no Despacho nº 17313 de 26

de junho de 2008. Para este indicador não entra

a contabilização dos consumos de JP8 (combus-

tível das aeronaves F-16) por ser uma matéria

considerada classificada. A produção de energia

renovável foi considerada como fonte mitigado-

ra de GEE.

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61Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Naturalmente, com a diminuição de alguns in-

dicadores analisados anteriormente, seria es-

perado que também uma redução anual deste

indicador, ainda que ligeira, como se pode ve-

rificar. Não obstante, à semelhança dos outros

indicadores, torna-se interessante realizar uma

avaliação da Emissão Total de GEE ao longo do

ano juntamente com o volume de atividade

operacional e o número de militares romenos

presentes, tal como se verifica no Gráfico 24.

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Gráfico 24: Produção mensal de GEE.

Gráfico 23: Produção anual de GEE por colaborador.

62 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

6. Requisitos Legais

63Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Atendendo às características próprias e à ele-

vada variedade de atividades desenvolvidas, a

Base Aérea N.º 5 assemelha-se a uma pequena

cidade. Desta forma, as disposições legais apli-

cadas à Unidade abarcam uma grande diversi-

dade de legislação ambiental. A seguir indica-se

uma lista não exaustiva de serviços existentes

na Unidade com relação direta, em maior ou

menor grau, com Aspetos Ambientais:

• Captação, tratamento e abastecimento de

água para consumo;

• Saneamento e tratamento de águas residuais;

• Produção e distribuição de energia elétrica;

• Climatização de instalações;

• Serviços administrativos;

• Alojamentos e residências;

• Manutenção de infraestruturas;

• Manutenção de equipamentos e viaturas;

• Manutenção de aeronaves;

• Manutenção de espaços verdes;

• Confeção e serviço de alimentação;

• Manutenção e utilização de equipamentos e

espaços desportivos;

• Manutenção e utilização de armamento;

• Transporte de recursos humanos e de bens ma-

teriais;

• Armazenamento e utilização de produtos quí-

Prin

cipa

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equi

sito

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s

micos;

• Produção e gestão de resíduos sólidos urbanos

e resíduos perigosos;

• Prestação de serviços de saúde;

• Serviços de Assistência e Socorro.

Verifica-se que cada função acima descrita,

apresenta uma componente ambiental asso-

ciada e distinta. Assim, as mesmas disposições

legais aplicáveis à Unidade encontram-se repre-

sentadas simultaneamente em diversas ativida-

des, mas expressam-se de acordo com o serviço

em questão. No entanto, podem identificar-se

isenções na legislação devido ao contexto mi-

6.1. Principais requisitos legais

64 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

litar previsto em alguns diplomas. Apesar das

isenções existentes, a Unidade encontra-se em-

penhada na aplicação dos esforços necessários

com o intuito de cumprir com os requisitos le-

gais ambientais dentro das suas possibilidades,

sem comprometer o cumprimento da missão

que é a segurança do espaço aéreo nacional.

Tal como referenciado anteriormente, a listagem

de documentação legal é extensa e o seu levan-

tamento e atualização faz parte do processo de

Registo do Sistema de Gestão Ambiental com a

referência RGS.03.01, Edição 2 de 10 de maio

de 2017, pelo que são apresentados as principais

referências que tutelam a gestão ambiental na

Unidade, o desempenho relativo à sua aplicação,

bem como a situação face aos requisitos legais

( C-Conforme, NC-Não Conforme):

Prin

cipa

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65Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Tabela 8: Requisitos Legais aplicáveis à Base Aérea N.º 5.

Descritores Ambientais Principais requisitos aplicáveis Conformidade Legal

Água para consumo humano

Autorização de captação Cumprimento dos volumes limite de captação Registos e comunicação a entidades competentes Taxa de Recursos Hídricos

Furo ACA24 -227/2008; Furo PS2 - 223/2008 Furo PS1 - A006662.2016.RH4 de 2016/05/24, aumento de captação Volumes limite de captação conforme. Comunicação à ARH. Pagamento conforme

Água residual tratada

Autorização de descarga Cumprimento Plano Monitorização Cumprimento Valores Limite de Descarga Registos e comunicação a entidades competentes

ETAR - licença L007038.2016.RH4 Fossa sética do Hangar A (EMAE) com licença nº P007309.2016.RH04, Fossa sética dos mísseis com licença nº P006836.2016.RH4 e 5 separadores de hidrocarbonetos com licenças nº: L006898.2016.RH4, L006891.2016.RH4, L006896.2016.RH4, L006863.2016.RH4,. L006971.2016.RH4. Planos de monitorização, valores limite, registo e comunicação, em curso.

Ar – Fontes Fixas Cumprimento Planos de Monitorização Cumprimento Valores Limite de Emissão Aspetos construtivos das chaminés

Monitorização efetuada: Relatório MG 148-1/2015 de ABR Relatório MG 678-1/2015 de NOV Valores limite conformes Contrução conforme

Ar – ODS

Inventário Equipamentos Utilização de substâncias permitidas Verificação de fugas Qualificação Técnicos

RCO.04.05 Quantidades de ODS e Gases Fluorados. Conforme – R22, Fichas preenchidas Conforme, Certificado 2844R/15-A

Ar – Gases Fluorados e refrigerantes

Inventário Equipamentos Verificação periódica de fugas Qualificação Técnicos

RCO.04.05 Formulario em SIRAPA nº 16988/08jan16 Certificado FLU1737 até 13/04/2022

Armazenamento de combustíveis.

Petróleo e derivados

Licencimento Verificações periódicas

Licenciamento SIINFRAS nº 125-229, 125-497, 125-213, 125-505, 125-507, 125-508 Inspeção DAT 16ABR2013 e IMI (NATO) 08OUT2013

Equipamentos Sob Pressão

Registo Autorização de funcionamento Licenciamento Verificações periódicas

Tanques Oxigénio: Instalação e autorização nº 014319/C e 014320/C Tanques Azoto: Instalação e autorização nº 014318/C e 014321/C 30/06/2015 Manómetros válidos até 31DEZ2017

Embalagens Responsabilidade na gestão dos resíduos Enviada para entidade certificada VALORLIS

66 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Descritores Ambientais Principais requisitos aplicáveis Conformidade Legal

Floresta PGF Erradicação de Coníferas hospedeiras

Submetida após publicitação ao ICNF 31MAI2016 Relatório ACHAR/1 04/02/2013 e manifestos de abate 2013/99067 e 2013/110456

Gestão de Resíduos - Industriais, Urbanos, Hospitalares, Pneus

Classificação dos resíduos Minimização / separação na origem Transporte Destino final autorizado Quantificação Registo e comunicação a entidades competentes (MIRR)

Transporte efetuado com GAR para operadores licenciados. Hospitalares - contrato com Cannon Hygiene nº 119599 de 11/02/2016 Parques de Resíduos na Unidade, PATRI 1 e PATRI 2. Código APA – APA00079419. Submissão MIRR2016 06MAR2017

Pilhas e Acumuladores usados

Responsabilidade na gestão dos resíduos Destino final

Ecopilhas, com GAR e operação R13 Pilhas e acumuladores industriais – Entidade: Exide Technologies Recycling II com GAR e operação R4

Óleos Usados Responsabilidade na gestão dos resíduos Destino final

SOGILUB, acordo PROU Nº 10099521 13ABR16 Emitidas GAR, operação R09

Óleos Usados Alimentares Responsabilidade na gestão dos resíduos Destino final

FILTROBAÇA, APA00139868 Emitidas GAR, operação R13 MIRR2015 29MAR2016

REEE Responsabilidade na gestão dos resíduos Destino final

Recolha em pontos localizados na Unidade. Protocolo Amb3E de 29/05/2009

Radiações eletromagnéticas Plano Verificação

Plano elaborado anualmente. Efetuado em 2015. Em conformidade

Segurança Contra Incêndios Plano Verificações periódicas extintores

Manual da Força Aérea – Sistema Integrado de Prevenção contra Incêndios Verificações em conformidade Verificadores certificados nº 0440.EXTI.15.2015.L em 01/12/2015

Substâncias perigosas

Não utilização de substâncias ou preparações perigosas restringidas ou proibidas Classificação, Embalagem e Rotulagem Fichas de Dados de Segurança

Não são utilizadas substâncias perigosas de acordo com o âmbito da certificação. Fichas de segurança em Português, excluindo as fichas de segurança de aplicação exclusiva em aeronáutica e importados diretamente pela Organização militar em que são traduzidas informações do perigo para a saúde e para o meio ambiente, estas ações estão em curso

Transporte de Matérias Perigosas

Viaturas Condutores Conselheiro Segurança

Viaturas inspecionadas e em conformidade. Condutores com licença ADR para combustíveis e explosivos. Conselheiro de segurança com certificado nº 684/2007 válido até 28/06/2020

Prin

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67Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

68 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

7. Partes Interessadas

69Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

A comunicação é um ponto essencial na eficácia

do SGA da BA5, uma vez que permite não só

uma maior envolvência dos militares e civis da

Unidade, como também aumentar a conscien-

cialização para as questões ambientais.

A principal informação comunicada interna-

mente é referente, de forma geral, à Políti-

ca ambiental, objetivos e metas, à atribuição

de funções e responsabilidades ambientais, à

divulgação dos requisitos de legislação ambien-

tal, à análise do desempenho ambiental, aos

procedimentos relativos a tarefas que afe-

tam aspetos ambientais significativos e aos

principais riscos e procedimentos de resposta

a emergências. Este processo permite, não só,

uma sensibilização junto do pessoal da Unidade

e das partes interessadas, como também, por

outro lado, viabiliza a implementação mais ca-

paz de medidas de precaução face às ocorrên-

cias ambientais reportadas.

Para efetuar a comunicação destes temas entre

o pessoal nos vários níveis da BA5, podem ser

utilizados diversos métodos de comunicação,

nomeadamente as reuniões, ações de forma-

ção, impressos de comunicação interna, artigos

no jornal ou página da intranet, GroupWise,

Part

es in

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ssad

as

placards, cartazes, panfletos, caixas de suges-

tões e qualquer comunicação verbal.

A BA5 tem dado primazia à formação e sensi-

bilização contínua dos seus trabalhadores, con-

siderando que esta aposta é essencial para a

excelência e melhoria do seu desempenho am-

biental. Desta forma, quer o GQA, na Unidade,

quer os próprios DST&A, nas suas secções, têm

a responsabilidade de realizar ações de sensibi-

lização.

7. PARTES INTERESSADAS

70 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Gráfico 25: Número de Sensibilizações por Tema Gráfico 26: Número de Sensibilizações por Grupo da BA5

Part

es in

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71Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5

Part

es in

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Tabela 9: Nº de Visitas à BA5 em 2016

A comunicação abrange igualmente as partes

interessadas, sendo que esta permite à BA5

demonstrar o seu empenho relativamente

ao ambiente e os principais desenvolvimen-

tos do SGA. Os principais conteúdos de comu-

nicação externa são a Política Ambiental,

os principais aspetos e impactes ambientais

significativos e os dados sobre o desempenho

ambiental, que se podem encontrar tanto da

Declaração Ambiental, como no Relatório de

Sustentabilidade Ambiental, ambos enviados

e divulgados às partes interessadas. Em 2016,

tal como referido anteriormente, a BA5 contou

com a presença de várias visitas, tanto no âm-

bito do Dia da Defesa Nacional, como também

visitas de carácter pontual, como o Dia da Base

Aberta, que permitiram a divulgação das ações

ambientais desenvolvidas na Unidade. Estas vi-

sitas corresponderam a um universo de mais de

24.000 pessoas ao longo do ano.

72 Declaração Ambiental | Base Aérea N.º 5 In

trod

ução

8. Verificador Ambiental

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