acta n.º 10/2011 º rreuniÃo ordinÁria de...

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CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ “Nos termos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com nova redacção que lhe foi dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, as actas são publicitadas na integra, mediante edital afixado durante 5 dos 10 dias subsequentes à sua aprovação, tendo em vista garantir a publicidade necessária à eficácia externa das decisões”. ACTA N.º 10/2011 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 10-05-2011

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C Â M A R A M U N I C I P A L D A F I G U E I R A D A F O Z

“Nos termos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,

com nova redacção que lhe foi dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11

de Janeiro, as actas são publicitadas na integra, mediante edital

afixado durante 5 dos 10 dias subsequentes à sua aprovação,

tendo em vista garantir a publicidade necessária à eficácia

externa das decisões”.

AACCTTAA NN..ºº 1100//22001111

RREEUUNNIIÃÃOO OORRDDIINNÁÁRRIIAA DDEE

1100--0055--22001111

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CÂMARA MUNICIPAL

Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011

1

LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município---------------------------------

DATA - 10-05-2011---------------------------------------------------------------

A reunião iniciou-se com a presença de:-----------------------------------------

PRESIDENTE - João Albino Raínho Ataíde das Neves

VICE-PRESIDENTE - Carlos Ângelo Ferreira Monteiro

VEREADORES - Maria Teresa de Figueiredo Viana Machado

- Vítor Manuel Silva Coelho

- João Armando Pereira Gonçalves

- Maria Isabel Maranha Nunes Tiago Cardoso

- Ana Lúcia São Marcos Coelho Rolo

- António Joaquim Ribeiro da Silva Tavares

- Vítor Manuel Silva Guedes

ABERTURA DA REUNIÃO – Quinze horas e vinte e quatro minutos, deu-se início à

reunião, sendo a mesma secretariada pela Técnica Superior Ana Maria Caetano

Meneses Simões de Almeida, coadjuvado pela Coordenadora Técnica, Maria Helena

Ramos Pereira.------------------------------------------------------------------

ACTA DA REUNIÃO ANTERIOR – A acta da reunião ordinária do dia 01 de Fevereiro de

2011, depois de lida, foi posta à discussão e aprovada por maioria, com duas

abstenções da Vereadora do Partido Social Democrata Ana Lúcia Rolo e do Vereador

do Movimento “Figueira 100%” Vítor Guedes, por não terem estado presentes na

mesma.--------------------------------------------------------------------------

O Presidente deu início à reunião com o período de antes da ordem do dia, em

cumprimento do art.º 86.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela

Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º

4/2002, de 6 de Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do

Diário da República.------------------------------------------------------------

PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA

INTERVENÇÃO DOS MEMBROS DO EXECUTIVO

INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE

1 - INCLUSÃO DE PONTOS NA AGENDA DE TRABALHOS

O Presidente, sob proposta do Vereador António Tavares, propôs que fossem

incluídos, por aditamento, na agenda de trabalhos desta reunião, a fim da Câmara

analisar e votar na altura própria, os seguintes assuntos:----------------------

- Proposta de Atribuição de Medalha de Mérito Cultural em Prata Dourada a Elias

Cação Ribeiro, nos termos do Regulamento para a Concessão de Distinções

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Honoríficas, Medalhas, Diplomas e Chave de Honra da Cidade;---------------------

- Reabilitação do Edifício do Castelo Engenheiro Silva - Proposta de Abertura de

Concurso Público.---------------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento e, procedendo à votação, deliberou, por unanimidade,

aprovar a admissão dos referidos assuntos.--------------------------------------

2 - BASE AÉREA DE MONTE REAL

O Presidente deu conhecimento que esteve presente num encontro sobre a Base

Aérea de Monte Real, onde foi assinado um documento que apela ao Governo no

sentido de revogar o Diploma que dava exclusividade de exploração das bases

aéreas à ANA - Aeroportos de Portugal, S.A., por forma a que também seja

possível compatibilizar a Base Aérea de Monte Real com operadores privados. Este

foi um desafio que já tinha sido lançado pelo Primeiro Ministro, e uma vez que

há operadores disponíveis para integrar esse projecto, foi assinado um abaixo

assinado, para apelar ao Governo que tenha em consideração esta situação

especifica da Base Aérea de Monte Real.-----------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

3 - PRÉMIO CONCEDIDO EM ITÁLIA AO CINEASTA JORGE PELICANO

O Presidente revelou que o figueirense Jorge Pelicano, foi distinguido em

Itália, com o documentário «Pare, Escute, Olhe», na 59.ª edição do Trento Film

Festival, com o Prémio Cittá di Bolzano, para o Melhor Filme de Exploração e

Aventura.-----------------------------------------------------------------------

O Vereador Vítor Coelho salientou que o Movimento "Figueira 100%" está

completamente de acordo com a referência do Presidente, salientando que

pretendiam que a Câmara também aprovasse um voto, na próxima reunião, no sentido

de dar conhecimento do mérito de Jorge Pelicano que também já foi galardoado num

invento organizado pelo anterior executivo, tendo recebido um diploma nessa

cerimónia. Faz questão que se apresente um currículo detalhado deste

figueirense, para que possa receber um título honorifico.-----------------------

O Presidente disse, então, ficar a aguardar a apresentação da proposta do

Movimento "Figueira 100%", no sentido de felicitar este jovem realizador.-------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

INTERVENÇÃO DO VEREADOR ANTÓNIO TAVARES

4 - CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

O Vereador António Tavares, relativamente ao concurso nacional de leitura,

congratulou as duas alunas figueirenses, Carlota Magalhães, da Escola Secundária

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Dr. Joaquim de Carvalho, e Maria Francisca Silva, da EB 2,3 Dr. João de Barros,

que se distinguiram na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, realizada

no Auditório Municipal da Figueira da Foz. A Carlota, com 16 anos e a frequentar

o 11.º ano ficou apurada na categoria dedicada ao ensino secundário, e vai

disputar a semi-final, em Lisboa. A Maria Francisca, que se classificou em 3.º

lugar na categoria do 3.º ciclo, estará presente na competição como suplente. A

final realizar-se-á no dia 21 de Maio, tendo direito a uma transmissão

televisiva, na RTP.-------------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

5 - DOCUMENTÁRIO “ASSALTO AO QUARTEL DE BEJA” DE MIGUEL BABO E JOÃO OLIVEIRA

O Vereador António Tavares informou que, no passado Domingo, dia 8 de Maio, a

Câmara recebeu no Salão Nobre, a pedido da Junta de Freguesia de S. Julião da

Figueira da Foz, que está a assinalar o 25 de Abril de 1974, “os revoltosos do

assalto ao quartel de Beja”, que ocorreu em 1962, um documentário produzido pelo

figueirense Miguel Babo que teve lugar no Auditório Municipal da Figueira da

Foz, apresentando, em estreia absoluta, o documentário “Assalto ao Quartel de

Beja”, que recupera o momento histórico, 50 anos depois dos acontecimentos.-----

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

6 - VENCEDOR DO PRÉMIO “JOÃO GASPAR SIMÕES”

O Vereador António Tavares transmitiu que, na semana passada, o júri reuniu-se

para atribuição do prémio e menções especiais “João Gaspar Simões”, tendo o júri

salientado, por um lado, que houve uma excelente adesão da parte dum conjunto

alargado de escritores, pois foram submetidas a concurso 65 obras, todas elas

obedecendo a requisitos formais do respectivo regulamento, salientando-se a

qualidade das obras, unanimemente, por parte do júri, o que de certa forma

tornou a escolha difícil e que levou a que houvesse estas quatro menções.-------

Adiantou que, por outro lado, houve também uma excelente diversidade, quer do

ponto de vista dos temas, quer do ponto de vista da estética das obras

apresentadas, o que muito enriqueceu a participação dos concorrentes.-----------

Indicou que a obra premiada intitula-se “O fotógrafo da Madeira”, uma obra da

autoria de António Manuel Breda Carvalho, um professor que vive na Mealhada e

cuja narrativa se desenrola na Madeira durante o período do liberalismo,

excelentemente conseguida, quer do ponto de vista da estrutura narrativa, quer

do ponto de vista da prosa e da beleza estética, estando toda a obra imbuída por

uma excelente construção dos diálogos. Neste concurso foram ainda atribuídas

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menções especiais, designadamente às obras “A ternura mortuária do abraço” de

Luiza Guimarães Nunes, “Lugar da Capella” da autoria de João Carlos da Costa

Cruz, que se desenrola na proximidade do Concelho, abrangendo a região das

Gândaras. “O luto e a guerra” de Maria José Dias Leite e “O selo” de Ana Filipa

dos Santos Sobral, de Massamá e que colocou a acção do romance na Figueira da

Foz, entrelaçando a narrativa com a história e espaços desta cidade,

demonstrando ser conhecedora da história da Figueira.---------------------------

Concluiu, ainda, que a obra premiada é uma obra de grande fôlego, de alguém que

deve ter estudado muito bem a História da Madeira dessa altura e, a título de

gracejo, acrescentou que, certamente, Alberto João Jardim teria todo o interesse

em publicar esta obra para conhecimento dos madeirenses.------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

INTERVENÇÃO DO VEREADOR VITOR COELHO

7 - PALCO MONTADO NA PRAÇA NOVA

O Vereador Vítor Coelho levantou uma questão que se prende com o estado de

degradação do palco que está montado na Praça Nova, freguesia de S. Julião da

Figueira da Foz, para fazer face a um evento que, louvavelmente, a Junta de

Freguesia vai levar a efeito durante alguns fins-de-semana, numa perspectiva de

dinamizar a baixa da cidade. Assim como ele, outras pessoas têm comentado o

facto de as lonas e o envolvimento do palco estarem claramente rotos, causando

uma imagem de “terceiro mundo” a um palco que é para actividades de carácter

cultural e, apesar de conhecer bem as dificuldades que esta Câmara atravessa,

julga que isso não justifica que este problema não possa ser resolvido a custos

reduzidos.----------------------------------------------------------------------

O Presidente sublinhou que ia registar essa questão.----------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

INTERVENÇÃO DO VEREADOR JOÃO ARMANDO

8 - PLANO DE SANEAMENTO FINANCEIRO

O Vereador João Armando interveio para salientar que o Plano de Saneamento

Financeiro, apesar de ser um assunto que já foi abordado na última Assembleia

Municipal, julga que o mesmo devia ser, de novo, tratado em reunião de Câmara.--

Relembrou que todos os Vereadores investiram tempo a estudar documentos e a

fazer propostas em reuniões, até chegar a uma solução que considera

interessante, precisamente, pelo trabalho partilhado que foi conseguido e

apresentado pelo Município, mas que acaba por ser um plano da Câmara como um

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todo, pretendendo saber quais foram os desenvolvimentos que o Plano de

Saneamento Financeiro teve na última semana do mês de Abril, pois esteve fora do

País, mas como teve acesso aos jornais locais, ficou incrédulo com uma

entrevista dada pela Vereadora Isabel Cardoso, por estar a levantar a questão de

que o Plano de Saneamento Financeiro podia não ter viabilidade, tendo-lhe

parecido, no mínimo, imprudente, porque houve uma série de expectativas geradas

dentro do próprio tecido empresarial e das pessoas que estão à espera de

pagamento.----------------------------------------------------------------------

Contudo, acrescentou que se espantou por, dois ou três dias depois daquilo que

julgava ser uma posição do Executivo, de que podia haver dificuldades com o

Plano de Saneamento Financeiro, e afinal, em reunião de Assembleia Municipal o

Presidente disse que a viabilidade daquele plano se mantinha, demonstrando haver

alguma contradição e falta de articulação entre ambos. Supôs ter havido uma

certa confusão que considera necessário esclarecer, dada a importância

absolutamente vital que este instrumento tem para a gestão do município, para os

próximos anos.------------------------------------------------------------------

Questionou, também, se é possível saber quais foram as dúvidas levantadas pelo

Tribunal de Contas, uma vez que em reunião de Câmara o Presidente disse estarem

nessa fase, tendo-o voltado a referir em Assembleia Municipal, acrescentado que

estava quase a atingir o prazo do deferimento tácito do parecer emitido pelo

Tribunal de Contas.-------------------------------------------------------------

Assim, e admitindo que essa figura se aplica nesta situação, perguntou se se

tenciona optar pelo deferimento tácito, considerando esta figura um pouco

pesada, mesmo quando os cidadãos a evocam ao nível municipal, no caso do

licenciamento de uma habitação, porque depois tem consequências desagradáveis,

sublinhando que partir para um Plano de Saneamento Financeiro e para um contrato

que se quer fazer com entidades bancárias, baseado naquilo que poderá ser um

deferimento tácito, não é o melhor ponto de partida para uma negociação que se

quer o mais saudável possível.--------------------------------------------------

O Presidente realçou que esta é uma excelente oportunidade para se esclarecer

tranquilamente esta situação. E começando pelo fim, concordou com o Vereador

João Armando, por não querer este plano aprovado tacitamente, mas querendo-o

aprovado com a análise e o reconhecimento do mérito do pedido que é efectuado.

Contudo, em termos de Direito Administrativo diz verificar-se o deferimento

tácito, no decurso de trinta dias, para a entidade tutelar se pronunciar, e

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tendo já colocado essa dúvida, o próprio profissional de Direito Fiscal o

reconheceu.---------------------------------------------------------------------

Desta forma, e de acordo com uma informação que entretanto chegou, haverá uma

decisão do Tribunal de Contas, mas a questão suscitada vem de encontro ao que

tem sido a discussão sobre a desconformidade do Orçamento de Estado de 2011, o

Plano de Saneamento Financeiro e a justificação que foi dada ao Tribunal de

Contas de que só se pode ter um orçamento de acordo com o plano, sendo este,

aliás, um tema muito prezado pelo Movimento "Figueira 100%", em só poderem ter o

orçamento se se incorporar o próprio plano no exercício deste.------------------

Em relação à outra questão que o Vereador João Armando levantou, proferiu que é

natural que neste panorama e neste cenário financeiro em que se vive, hajam

algumas preocupações, legitimas, sobre a liquidez bancária e se efectue

declarações a transmiti-las. Mas, em Assembleia Municipal, deu nota de que a

Câmara está numa situação de asfixia financeira, no que diz respeito à liquidez

e pagamento de compromissos bancários assumidos, quer pela Câmara, quer pelas

empresas municipais, Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação

da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal e Figueira Paranova -

Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, com amortizações de

investimentos, verificando-se uma pressão muito grande por parte de algumas

entidades e de alguns credores, nomeadamente, de credores institucionais.

Contudo, nesse contexto, tem verificado uma política de aceitação e de

reconhecimento pelas próprias entidades bancárias, sendo que algumas delas são

as que vão viabilizar o Saneamento Financeiro, o que pressupõe uma legítima

esperança de que esta Câmara se disponha a honrar os seus compromissos para com

os credores, num processo que não é para se desenrolar só num acto, pois metade

da verba prevista no Orçamento é para fazer compensação de créditos.------------

Realçou que dezasseis milhões são imediatamente encaixados, sendo quase um plano

de regularização de dividas, o resto serão quinze milhões que se poderão gerir

com o tempo, em função das situações que se forem normalizando, tendo sido essa

a nota de tranquilidade que quis dar em Assembleia Municipal.-------------------

Ressalvou que está absolutamente convencido de que não foi intenção da Vereadora

Isabel Cardoso destabilizar mas, no âmbito de uma entrevista, manifestar

particular preocupação da realidade em que se vivia.----------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso, respondendo concretamente à surpresa do Vereador

João Armando, por conta daquilo que leu no jornal, quis, em primeiro lugar,

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dizer que o titulo não corresponde a nenhuma afirmação que fez, tal como podem

comprovar pela gravação, tendo, inclusive, o próprio jornal lhe pedido desculpa

por ter havido uma interpretação errada daquilo que disse. Contudo, no excerto

da entrevista, está escrito que havia algumas preocupações, quanto ao facto de

se poder alterar as condições em que se vai buscar o dinheiro à Banca, e como se

estava num período crítico, com o FMI – Fundo Monetário Internacional dentro do

País, a negociar um plano de contingência nacional, e ninguém tinha respostas

nem ninguém sabia como é que ia ser o futuro, sem querer alarmar, a sua resposta

foi meramente para alertar que estavam num processo de alta instabilidade

financeira do País.-------------------------------------------------------------

Frisou que não há outra alternativa para levar a cabo a solvabilidade financeira

da câmara, senão cumprir com o Plano de Saneamento Financeiro, com ou sem

dinheiro alheio, porque todo o plano de contingência e de redução da despesa que

está contido nesse plano, serve os propósitos da entrada de um financiamento.---

Em relação aos esclarecimentos que o Tribunal de Contas vem pedindo, realçou que

o primeiro e o segundo esclarecimento são detalhes de ordem técnica, de alguém

que está a analisar um processo e que não conhece toda a realidade, e lhe causa

alguma dificuldade entender, daí terem sido prestados esclarecimentos.----------

O Presidente interrompeu, dizendo que nem ele se chama “José Sócrates”, nem a

Vereadora Isabel Cardoso “Teixeira dos Santos”.---------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso enfatizou que o Presidente podia ter querido dizer

que os Orçamentos de Estado contêm restrições para as próprias Autarquias, e

esclareceu que as razões pelas quais o Orçamento de 2011, na parte da despesa,

não coincidir com a parte da receita, se devem ao facto de haver divida

transitada, portanto, que não foi liquidada e continua. Informou terem sido

solicitados pelo Tribunal de Contas alguns esclarecimentos, dois dias antes de

terminar o prazo de visto tácito, tendo o Município de imediato respondido e

ficado a aguardar a concessão do visto prévio.----------------------------------

Aproveitou também para dizer que as suas preocupações, realmente, são grandes.

Do ponto de vista financeiro, dando nota de que desde os primeiros cinco meses

do ano e em termos de previsão do que vai ser até Junho, e não havendo entrada,

para já, de nenhuma receita adicional de empréstimos, apenas tendo a

confirmação, ou não, da cobrança do IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis,

dentro de uma semana, e face à previsão do Orçamento de Tesouraria, a Câmara vai

ter uma cobrança total de receita para o mês de Maio de cerca de 5 milhões e 700

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mil euros, que é a perspectiva de cobrança e que será confirmada quando as

finanças fizerem a transferência do pagamento do IMI - Imposto Municipal sobre

Imóveis.------------------------------------------------------------------------

Continuou referindo a existência dos encargos com Pessoal e do serviço da dívida

vão ascender a mais 3 milhões e 400 mil euros este mês, estando incluído a

amortização dos juros de empréstimos de médio e longo prazo, factorings,

seguros, mas sem contemplar mais nenhum tipo de encargos do lado da despesa,

apenas os compromissos que são absolutamente necessários de serem regularizados.

Ainda assim há um deficit de 400 mil euros em Junho. Entretanto, relembrou que

também têm compromissos com as Empresas Municipais, mas que mais tarde teria

ocasião de falar sobre isso.----------------------------------------------------

O Vereador João Armando, para terminar este assunto, pretendeu acrescentar que

não tinha dúvida nenhuma, nem nenhuma dificuldade em acreditar, que a Vereadora

não tinha a intenção de alarmar fosse quem fosse. Contudo, dentro da política de

contenção, há assuntos que não devem ser tratados nos jornais, e este, dado a

sua delicadeza, é daqueles que não vale a pena falar, porque estão numa fase

negocial.-----------------------------------------------------------------------

Aproveitou, ainda, para perguntar se há alguma alteração àquilo que estava

previsto no Plano de Saneamento Financeiro, levantando duas questões, uma sobre

o custo do dinheiro e a outra sobre o faseamento dos pagamentos e a concessão

dos empréstimos não ser na totalidade, mas repartido. Se lhe podem ou não

confirmar que o Plano de Saneamento Financeiro está com as mesmas condições

aprovadas em reunião de Câmara.-------------------------------------------------

O Presidente respondeu que os empréstimos estão assinados e acordados entre as

partes, ou seja, entre a Câmara e as respectivas entidades bancárias, para que

possam ser executados, e portanto, não há nenhuma alteração.--------------------

O Vereador Vítor Guedes referiu que o contrato com o Banco Espírito Santo, S.A.

prevê a possibilidade do banco, unilateralmente, alterar o que lá está

estipulado, e com o empréstimo do BES – Banco Espírito Santo, a Câmara está

sujeita a solubilidade do próprio banco.----------------------------------------

O Presidente asseverou que depois vai verificar, se as notícias que vêm à praça

vão no sentido de estabilizar a própria Banca.----------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

ORDEM DO DIA

1 - GABINETE DE APOIO À PRESIDÊNCIA

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1.1 - OBRA DO PARQUE DE ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEO SITO NO LARGO

DR. NUNES – PROPOSTA DE RESOLUÇÃO, DE DIMINUIÇÃO DO VALOR DA

INDEMNIZAÇÃO PELO PAGAMENTO INTEGRAL E DE UMA SÓ VEZ;

ENCARGOS PELA FIGUEIRA PARQUES – EMPRESA MUNICIPAL DE

ESTACIONAMENTO DA FIGUEIRA DA FOZ, ENTIDADE EMPRESARIAL

MUNICIPAL

Pela Divisão Jurídica e de Contratação Pública, foi presente a informação de 04

de Maio de 2011, dando conta da proposta de resolução, de diminuição do valor da

indemnização pelo pagamento integral e de uma só vez, encargos pela Figueira

Parques – Empresa Municipal de Estacionamento da Figueira da Foz, Entidade

Empresarial Municipal relativa à obra do Parque de estacionamento subterrâneo

sito no Largo Dr. Nunes. Foi igualmente apresentada a resolução convencional do

contrato do Parque Subterrâneo Largo Dr. Nunes, documento que aqui se dá por

integralmente reproduzido, constituindo o anexo número um à presente acta.------

O Presidente explicou que já em 2005 foram aprovadas as condições de venda do

direito de superfície, de um terreno situado no Largo Dr. Nunes, que se tratou

de uma alienação do direito de superfície, uma concessão do parque de

estacionamento, cujo preço inicial foi acordado em sessenta e cinco mil euros.--

Salientou que em 18 de Abril de 2006 foi feita uma minuta de escritura de compra

e venda para apreciação, tendo o adjudicatário, Schonwasser – Sociedade de

Promoção de Empreendimentos, S.A., solicitado autorização para a execução de

dois furos de sondagem. Referiu que em 22 de Novembro de 2006, deu entrada na

Câmara, no Departamento de Urbanismo, a memória descritiva e justificativa

referente ao projecto de arquitectura e que em 31 de Janeiro de 2007 deu entrada

nos serviços do referido departamento, um aditamento ao mencionado projecto de

arquitectura.-------------------------------------------------------------------

Acrescentou que só passados dois anos, em 25 de Maio de 2009, após a empresa ter

solicitado o desenvolvimento do processo, o então Vereador Lídio Lopes propôs

que este seja deixado à consideração do próximo Executivo.----------------------

Realçou, ainda, que em Abril de 2010 o Vereador António Tavares submeteu o

processo ao Departamento de Urbanismo para análise, passando então o mesmo a ser

devidamente acompanhado.--------------------------------------------------------

Revelou possuir alguns receios em relação a este projecto, dizendo discordar em

absoluto da sua própria viabilidade financeira, e considerando-o catastrófico

dada a fragilizada situação da autarquia. Disse que, nomeadamente, prever nos

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termos da minuta da escritura de compra e venda, uma venda anual na casa dos

cento e nove mil euros durante dez anos com opção de compra, com uma fixação de

preço de 3,00 € por dia, para cento e um lugares, era um estudo muito incipiente

que no fim de contas nos seus próprios pressupostos entrava em contradição com a

conclusão, porque dificilmente se poderia retirar os cento e nove mil euros

deste projecto.-----------------------------------------------------------------

Informou que para uma gestão cuidada e prudente, contactou a adjudicatária e

deu-lhes nota de um profundo desagrado em relação ao projecto, para além de

questionar a própria execução técnica do projecto, porquanto se sabe que são

terrenos muito sensíveis que em tempos foram zona de praia e poderão surgir ali

algumas surpresas. Fazendo uma análise numérica, disse ter verificado que a

própria viabilidade económica, partindo do principio que o projecto decorreria

na normalidade, se verificava que não era minimamente vantajoso para a Câmara

Municipal para além de estragar uma parte muito sensível da cidade.-------------

Salientou que após algumas negociações com o adjudicatário, conseguiu-se reduzir

o valor da indemnização acordado para cento e vinte e seis mil euros, tendo

aquele já procedido ao pagamento de trinta e dois mil e quinhentos euros

relativos ao pagamento das duas primeiras prestações do direito de superfície e

a danos emergentes.-------------------------------------------------------------

Disse que esta proposta será incorporada no âmbito da exploração da Figueira

Parques – Empresa Municipal de Estacionamento da Figueira da Foz, Entidade

Empresarial Municipal, que em reunião do Conselho de Administração ficou

deliberado que esta assumiria o pagamento da indemnização, na mesma perspectiva

em que estava inicialmente e vocacionada para a sua exploração.-----------------

Finalizou a sua intervenção, sugerindo que se acrescente ao presente contrato de

resolução que o Segundo Outorgante declara aceitar a quantia atrás mencionada e

fazer a declaração que é normal de que nada mais tem a receber do Primeiro

Outorgante para não se considerar uma indemnização parcial.---------------------

O Vereador Vítor Guedes, em nome do Movimento "Figueira 100%", disse subscrever

inteiramente as alíneas presentes nesta resolução convencional.-----------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar:-----------------------------------

1 – Nos termos do art.º 240º do D.L. 59/99, a resolução convencional do contrato

relativo à Obra do Parque de Estacionamento Subterrâneo sito no Largo Dr. Nunes,

celebrado entre o Município da Figueira da Foz e a empresa Schonwasser –

Sociedade de Promoção de Empreendimentos, S.A., e em consequência, do processo

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de transmissão em direito de superfície do referido terreno;--------------------

2 – O pagamento de uma indemnização à empresa Schonwasser – Sociedade de

Promoção de Empreendimentos, S.A., no valor de 126.000,00 € (cento e vinte e

seis mil euros), correspondente às duas primeiras prestações já pagas pelo

direito de superfície e ainda aos danos decorrentes com a elaboração da proposta

de concurso e com processo de licenciamento, entretanto, assumidos pela empresa;

3 – Que o pagamento da indemnização será assumido pela Figueira Parques -

Empresa Municipal de Estacionamento da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal a efectuar no dia 16 de Maio de 2011.---------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

1.2 - EMPRESA ÁGUAS DA FIGUEIRA, S.A. – TARIFÁRIO PARA O ANO DE

2011 - PARA RATIFICAÇÃO

Foi novamente presente pelo Presidente, para ratificação, o Tarifário e Tabela

de Custos Unitários para o ano de 2011, apresentado pela Empresa Águas da

Figueira, S.A. Presente, também, uma proposta apresentada pelo Presidente,

documento que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo

número dois à presente acta. ---------------------------------------------------

O Presidente esclareceu que na reunião de Câmara de 04 de Janeiro de 2011, foi

apresentado o referido tarifário, tendo apenas a Câmara tomado conhecimento da

proposta apresentada pela Empresa Águas da Figueira, S.A.. Contudo, veio o

Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de Agosto, consagrar em todos os princípios de

universalidade no acesso, de continuidade e qualidade de serviço e de eficiência

e equidade dos tarifários aplicados, competindo à entidade concedente, no caso

vertente ao Município da Figueira da Foz, ratificar a utilização anual das

tarifas nos termos previstos no contrato de concessão.--------------------------

Acrescentou que foi consultada a ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços de

Águas e Resíduos, tendo esta dado parecer favorável, pois apreciou a

conformidade da proposta com o contrato de 2005, considerando que se pode

ratificar este tarifário nos termos contratuais.--------------------------------

O Vereador Vítor Coelho elucidou que os Vereadores do Movimento "Figueira 100%"

apenas tiveram acesso a esta informação agora e que após consultar o referido

diploma e ter feito uma análise muito sumária do mesmo, lhes parece que não

havia necessidade de submeter à votação desta Câmara este tarifário para

ratificação, porém, não levantam qualquer obstáculo.----------------------------

O Vereador João Armando indicou que apesar de não terem tido acesso ao documento

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atempadamente, também os Vereadores do Partido Social Democrata nada têm a

acrescentar. Aproveitou para questionar se existe alguma indicação ou se há

algum desenvolvimento, sobre a renegociação do processo do concurso.------------

O Presidente respondeu que se estão a proceder às negociações da concessão em

função do protocolo já previamente definido, que se decidiram aqui as regras

sobre as quais obedeceria a negociação, tem decorrido para o preenchimento de

todos esses passos que incluía de grosso modo as orientações do novo decreto e

algumas recomendações também da própria ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços

de Águas e Resíduos.------------------------------------------------------------

Considerou que o que estava exposto era muito ambicioso, ultrapassadas que eram

as recomendações europeias e aquilo que é a realidade nacional, isto talvez

justifique o porquê do tarifário tão elevado no Município, aliás como se tem

sentido agora nas discussões sobre o ordenamento do território, onde as pessoas

questionam, se lá passa saneamento, se lá passa a estrada, se lá passa a

electricidade porque não construir.---------------------------------------------

Referiu que dentro da regra do bom senso não é possível explicar porque aquilo

que foi contratualizado em 2004 foi extremamente generoso para a população

prevendo caudais de fornecimento de fora da realidade, prevendo aumento da

população acima daquilo que são os dados objectivos dos censos.-----------------

Revelou que posteriormente a concessionária apresentou uma proposta, chamada

“caso base”, que foi pelo município contestada, dizendo que não se aceitam novos

pressupostos e nomeadamente nos resultados finais que tem a ver com o tarifado

considerou-se que ainda era possível conter e manter o projecto dentro do

tarifário existente e nalguns casos reduzi-lo, se bem que noutros possa haver um

ligeiro aumento.----------------------------------------------------------------

Deu ainda nota que se conseguiu reduzir dos quarenta e seis milhões acordados,

seis milhões, que foram colocados no QREN - Quadro de Referência Estratégico

Nacional o que terá implicações na própria concessão e portanto porque também

tinham sido utilizadas estas linhas de financiamento para os projectos de água e

elas podiam ser feitos, acrescentou que a Câmara está a fazer a candidatura

conjuntamente com a Águas da Figueira, S.A., a empresa veículo para a nossa

candidatura.--------------------------------------------------------------------

Anunciou que será feita uma reunião com a equipa técnica, que entretanto já se

recebeu a contraproposta sendo a mesma apreciada tão cedo quanto possível,

desejando que este contrato seja fechado com êxito, pois caso tal não se

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verifique poderão surgir consequências muito desagradáveis.---------------------

A Câmara deliberou, por maioria, com sete votos a favor e duas abstenções dos

Vereadores do Movimento “Figueira 100%”, Vítor Coelho e Vítor Guedes, ao abrigo

das disposições combinadas do n.º 3 do art.º 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, na sua redacção actualizada, e art.º 45.º do Decreto-Lei n.º 194/2009,

de 20 de Agosto, ratificar o despacho do Presidente, aceitando as alterações ao

Tarifário e Tabela de Custos Unitários a utilizar nas obras da responsabilidade

da Concessionária, para o ano de 2011, apresentado pela Empresa Águas da

Figueira, S.A..-----------------------------------------------------------------

O Vereador Vítor Coelho apresentou a seguinte Declaração de Voto:---------------

“O Movimento "Figueira 100%" desde sempre manifestou muitas reservas, ao

contrário do existente, relativamente ao tarifário. Sabemos que contratos são

contratos e como tal nada há a fazer, a verdade é que é altamente penalizador

para a população e como tal não podíamos votar favoravelmente esta proposta que

nos foi apresentada, razão pela qual nos abstemos”.-----------------------------

1.3 - PROTOCOLO ENTRE O MUNICIPIO DA FIGUEIRA DA FOZ E A ESCOLA

SECUNDÁRIA COM 3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO DE CRISTINA

TORRES, TENDO EM VISTA A DEFINIÇÃO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO

DE TRABALHO

Pelo Presidente foi presente o protocolo celebrado entre o Município da Figueira

da Foz e a Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Cristina Torres,

que tem por objectivo estabelecer, entre as duas entidades, as actividades a

desenvolver pelos formandos durante a Formação em contexto de trabalho, que aqui

se dá por integralmente reproduzido constituindo o anexo número três à presente

acta.---------------------------------------------------------------------------

O Presidente tomou a palavra, dando conhecimento que se trata de um protocolo de

Formação em contexto de trabalho, no âmbito da Protecção Civil. Considera-o

saudável e recomendável, referiu que deverá ser feita uma pequena rectificação

na cláusula quarta relativamente ao número de alunos, dizendo que serão

acolhidos todos aqueles que surgirem e não apenas os quinze referido na minuta

do protocolo.-------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade:--------------------------------------------

1 – Aprovar a celebração de um protocolo entre o Município da Figueira da Foz e

a Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Cristina Torres, visando

definir a formação em contexto de trabalho dos formandos do Curso Profissional

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de Técnico de Protecção Civil, com qualificação profissional de Nível 03;-------

2 – Rectificar a cláusula quarta do referido protocolo, sob proposta do Vice-

Presidente, que passará a ter a seguinte redacção: “O primeiro outorgante

compromete-se a acolher formandos nos Serviços Municipais de Protecção Civil”;--

3 – Conceder poderes ao Presidente para outorgar o Protocolo em apreço.---------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

2 - EQUIPA DE PLANEAMENTO ESTRATÉGICO E DE ORDENAMENTO DO

TERRITÓRIO

2.1 - AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE ASSESSORIA TÉCNICA INTEGRADA NO

CONCEITO “FIGUEIRA DA FOZ – CIDADE SUSTENTÁVEL, TERRITÓRIO

COESO, PARA PREPARAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA AGENDA 21 LOCAL,

DO ATLAS AMBIENTAL URBANO E DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO

AMBIENTAL DA FIGUEIRA DA FOZ” - RATIFICAÇÃO DO DESPACHO

Pela Divisão de Gestão Administrativa e de Património foi presente uma

informação datada de 28 de Abril de 2011, na qual se propõe que a Câmara

ratifique o despacho do Presidente da Câmara de 13 de Abril de 2011, que

autorizou a adjudicação da prestação de serviços de assessoria técnica, à

Universidade de Coimbra pelo valor de 174.900,00 €, acrescido de IVA, nos termos

do art.º 137.º do Código do Procedimento Administrativo, conjugado com o n.º 3

do art.º 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na sua redacção actual.-----

O Presidente interveio referindo que em 13 de Abril autorizou a adjudicação da

prestação de serviços acima mencionada, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 40/2011, de

1 de Abril, porém passados apenas alguns dias o diploma foi revogado pelo que o

Presidente deixou de ter competência para autorizar despesas no montante

superior a 150.000,00 € e por essa razão submete o processo novamente a reunião

para ratificação do despacho.---------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, ratificar o despacho do Presidente da

Câmara de 13 de Abril de 2011, que autorizou a adjudicação da prestação de

serviços de assessoria técnica, à Universidade de Coimbra pelo valor de

174.900,00 € (cento e setenta e quatro mil e novecentos euros), acrescido de IVA

à taxa legal em vigor, nos termos do art.º 137.º do Código do Procedimento

Administrativo, conjugado com o n.º 3 do art.º 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, na sua redacção actual.-----------------------------------------------

2.2 - AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE ASSESSORIA TÉCNICA INTEGRADA NO

CONCEITO “FIGUEIRA DA FOZ – CIDADE SUSTENTÁVEL, TERRITÓRIO

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COESO, PARA PREPARAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA AGENDA 21 LOCAL,

DO ATLAS AMBIENTAL URBANO E DE UM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO

AMBIENTAL DA FIGUEIRA DA FOZ” - APROVAÇÃO DA MINUTA DO

CONTRATO

Pela Divisão de Gestão Administrativa e de Património foi presente uma

informação datada de 28 de Abril de 2011, na qual se propõe que a Câmara aprove

a minuta do contrato de prestação de serviços documento que aqui se dá por

integralmente reproduzido, constituindo o anexo número quatro à presente acta.--

O Vereador João Armando dirigindo-se ao Presidente, questionou quem irá elaborar

o Plano Director Municipal dado ter verificado que o contrato é omisso quanto a

essa questão, insistindo se será, ou não, elaborado pela equipa

multidisciplinar.---------------------------------------------------------------

O Presidente esclareceu que este é um trabalho preliminar à elaboração do

próprio Plano Director Municipal e está convencido que o mesmo lhe será muito

útil, na medida em que quando se abrir o processo de revisão do plano, com os

elementos então disponíveis, se verá se a equipa técnica da Câmara Municipal é

suficiente ou se haverá necessidade de recorrer a algum apoio técnico

especializado.------------------------------------------------------------------

Acrescentou que relativamente ao Plano Director Municipal, a Câmara Municipal já

se encontra a proceder a uma série de levantamentos por freguesia, das situações

nevrálgicas e daquelas que consideram que face aos Planos Municipais de

Ordenamento do Território, e à Reserva Ecológica Nacional (REN) e Reserva

Agrícola Nacional (RAN), podem de alguma forma ser compatibilizados.------------

Finalizou, reiterando que, com este enquadramento, quando se abrir a discussão

sobre o Plano Director Municipal estar-se-á em condições de dar uma resposta

mais cabal às pessoas e de ter uma discussão mais participada.------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a minuta do Contrato de Prestação

de Serviços de Assessoria Técnica integrada no conceito “Figueira da Foz –

Cidade Sustentável, Território Coeso, para preparação e implementação da Agenda

21 Local, do Atlas Ambiental Urbano e de um Sistema de Monitorização Ambiental

da Figueira da Foz”, no valor de 174.900,00 € (cento e setenta e quatro mil e

novecentos euros), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, em cumprimento do

disposto no n.º 2 do art.º 98.º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro.--------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

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4 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO

4.1 - DIVISÃO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA E DE PATRIMÓNIO

4.1.1 - ACEITAR A DOAÇÃO DE BENS MÓVEIS A BENEFÍCIO DO INVENTÁRIO

MUNICIPAL

Pela informação n.º 71/2011, de 28 de Abril, a Divisão de Gestão Administrativa

e de Património dá conhecimento que a Escola Sede do Agrupamento de Escolas da

Zona Urbana da Figueira da Foz – EB 2 e 3 Ciclos Dr. João de Barros, doou às

EB1’s de Caceira, Abadias e Quatro Caminhos diversos bens informáticos,

passíveis de inventariação, designadamente, computadores, monitores, projectores

e um gravador de Cd, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido,

constituindo o anexo número cinco à presente acta.------------------------------

Os Serviços propõem que a Câmara Municipal da Figueira da Foz aceite a doação do

referido equipamento, de modo a proceder-se à sua correcta inventariação no

sistema de inventário e cadastro e ainda que o mesmo seja inventariado com valor

zero, uma vez que o referido equipamento já se encontra amortizado no local de

origem.-------------------------------------------------------------------------

Esta proposta mereceu o parecer de concordância do Director do Departamento

Administrativo e Financeiro, Dr. Miguel Felgueiras, em 29 de Abril de 2011,

tendo o Presidente, despachado o processo para reunião do Executivo Municipal,

em 04 de Maio de 2011.----------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade e nos termos da alínea h) do n.º 1 do art.º

64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11

de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de Fevereiro e

n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da República, aceitar

da Escola Sede do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz – EB

2 e 3 Ciclos Dr. João de Barros, a benefício do inventário municipal, diversos

bens informáticos, com valor zero, dado que o referido equipamento já se

encontra amortizado no local de origem.-----------------------------------------

4.2 - DIVISÃO DE GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO

4.2.1 - SERVIÇO DE CONTABILIDADE

4.2.1.1- PROCESSOS DO SERVIÇO DE CONTABILIDADE PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número seis à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do

art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,

de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de

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Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da

República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na

reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------

- Deferidos – 1 (um).-----------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

4.2.1.2 - RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA

Resumo diário da tesouraria do dia nove do corrente mês, verificando-se que

apresenta um saldo disponível de 1.445.948,88 €( um milhão, quatrocentos e

quarenta e cinco mil, novecentos e quarenta e oito euros e oitenta e oito

cêntimos).----------------------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

4.2.2 - SERVIÇO DE TAXAS E LICENÇAS

4.2.2.1 - PROCESSOS DO SERVIÇO DE TAXAS E LICENÇAS PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número sete à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do

art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,

de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de

Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da

República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na

reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------

- Deferidos – 35 (trinta e cinco).----------------------------------------------

- Indeferidos – 02 (dois).------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

4.2.2.2 - FEIRA DE S. JOÃO/2011 - HOMOLOGAÇÃO DA ACTA DE ABERTURA DA

PROPOSTAS – INFORMAÇÃO DOS SERVIÇOS QUANTO AO VALOR DAS

PROPOSTAS APRESENTADAS

Pelo Serviço de Taxas e Licenças, foi presente a acta de abertura de propostas

apresentadas para ocupação de espaço na Feira de S. João/2011, documento que

aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número oito à

presente acta.------------------------------------------------------------------

O Vice-Presidente, no seguimento destas propostas, leu um pedido de alguns

feirantes que a seguir se transcreve: “Os feirantes do sector de diversões, do

sector de restauração e bebidas e dos restantes concorrentes que todos os anos

participam na referida Feira de São João, vêm por este meio encarecidamente

solicitar a V. Exa. a possibilidade neste ano corrente, derivado à grave crise

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económica que o país atravessa e à subida constante do preço dos combustíveis,

que nos afecta substancialmente, sejam mantidos os mesmos valores constantes do

Edital do ano transacto. Mais ainda, solicitamos que possa ser alterada a data

de 17 a 24 de Junho para 4 a 26 do mesmo mês de 2011. Informamos V. Exas. das

feiras já realizadas deste ano de 2011, nomeadamente, Aveiro, Leiria, Abrantes,

Rio Maior, Sesimbra, as respectivas autarquias mantiveram as mesmas importâncias

do ano anterior.”---------------------------------------------------------------

Explicou que a alteração de preços deste ano se deve ao facto das despesas

provenientes de 2010, rondarem os dezoito mil, setecentos e quarenta e sete

euros e a receita no ano em causa foi de quinze mil duzentos e setenta e dois

euros. Salientou que se tentou aproximar a receita à despesa e que é difícil

fazê-lo dado o período que o país atravessa, que a Câmara atravessa, existir um

evento destes em que se arrecada mais despesa do que receita.-------------------

Revelou, também, que os feirantes o alertaram para uma situação em relação à

instalação eléctrica, que provavelmente deveria ter estado mais desperto em

2010, mas nessa altura a informação que possuía era que a instalação devia ser

feita nos moldes dos anos anteriores, que se tratava da maior despesa que a

Câmara iria ter relativamente à feira, tendo já reduzido bastante a despesa com

a Polícia de Segurança Pública e com os balneários.-----------------------------

Informou que os feirantes lhe forneceram algumas sugestões, tendo solicitado ao

Eng.º Parente Abreu ajuda para perceber se a solução deles seria a correcta,

acrescentando que se conseguiu reduzir a despesa em catorze mil duzentos e cinco

euros ao usar os armários que estão na feira servindo estes para abastecer os

feirantes, não tendo de se colocar aqueles postes provisórios e aquela teia de

cabos rectos. Solicitou aos serviços uma previsão de despesas relativamente a

2011, com este valor de fora, tendo sido reduzido o valor em quatro mil e

quinhentos euros.---------------------------------------------------------------

Atendendo a estas circunstâncias colocou à consideração da Câmara a hipótese de

poder realizar a feira nesta perspectiva, alertando que os feirantes deverão

assumir o compromisso de acompanhar os preços praticados em 2010.---------------

O Vereador João Armando questionou se poderá ser deferido o pedido de extensão

do tempo de estadia, ao que o Vice-Presidente respondeu que uma vez que se

reduzem os custos com a opção anterior, não vê inconveniente em alargar o

período, dizendo que inclusive compreende os motivos invocados pelos feirantes,

pois quanto mais alargado for o período da feira, maior a probabilidade de se

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arrecadar uma maior receita.----------------------------------------------------

O Vereador Vítor Coelho disse estar de acordo que se deverá repensar o evento e

alterar, provavelmente, aquilo que era prática corrente fazer-se aquando das

festas de S. Julião. Na sua perspectiva, o público alvo das festas de São João

pouco tem a ver com o que se passava na década de 80 e 90, porque os jovens têm

desejos diferentes. Entende que o espaço físico actual já não satisfaz o que é

exigível para se fazer num evento desta natureza, sugerindo que se arranjasse um

novo espaço de modo a inovar esta feira.----------------------------------------

Aludiu ao que se verifica na cidade de Aveiro, onde foi criado um espaço físico

próprio para fazer a Feira de Março com todas as infra-estruturas indispensáveis

ao seu funcionamento, nomeadamente em termos de sanitários. Reconhece que a

situação financeira da Câmara Municipal da Figueira da Foz apenas permite fazer

o que é possível, dizendo estar claramente contra o facto de se gastarem verbas

exorbitantes em festejos, quando há algumas coisas que na sua perspectiva são

prioritárias.-------------------------------------------------------------------

Referiu ter lido na comunicação social, que entre 2012 e 2013 as autarquias irão

ter menos verbas provenientes do Orçamento de Estado num total de trezentos e

cinquenta milhões de euros, recordando que em reuniões de Câmara anteriores

mostrou o seu desagrado em relação ao apoio que estava para ser concedido na

prova de Enduro. Não é que não gostasse que esta prova se realizasse cá, porém

entende existir outras necessidades que a Câmara deve suprir, lembrou que na

altura foi inclusive criticado e considerado um pouco miserabilista, mas a

verdade é que prefere que lhe chamem miserabilista do que caloteiro.------------

Concluiu, dizendo ter falado, informalmente, com o Vereador António Tavares

sobre as festas de S. Julião, deste ano, estando completamente de acordo com a

filosofia que foi seguida no intuito de se tentar arranjar soluções em que a

receita cubra as despesas que se vão fazer, por conseguinte, concorda com a

filosofia de raciocínio adoptada apesar de não concordar com o local.-----------

O Presidente interveio dizendo que posteriormente se abordará o tema dos

festejos e festas e que no essencial está de acordo com o que foi dito, que

inclusive tem tido uma certa preocupação perante as colectividades e a comissões

de festas no sentido de apelar à autosustentação dos eventos.-------------------

O Vereador João Armando esclareceu que não existiu, na reunião passada, qualquer

tipo de ambição de desistir da Feira de S. João, aliás essa é a razão pela qual

os Vereadores do Partido Social Democrata se irão abster com o modelo proposto,

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pois apesar de não estarem de acordo com o mesmo não vale a pena estar aqui

sempre “a bater no ceguinho”. Sobre esta alteração muito concreta, julga que se

a redução nas taxas é benéfica, naturalmente não votarão contra, contudo tem

algumas dúvidas que traga mais valias significativas.---------------------------

A Câmara deliberou, por maioria, com quatro votos a favor e cinco abstenções dos

Vereadores do Partido Social Democrata, Teresa Machado, João Armando e Ana Lúcia

Rolo e Movimento "Figueira 100%", Vítor Coelho e Vítor Guedes, homologar a acta

de abertura de propostas apresentadas para ocupação de espaços na Feira de S.

João/2011 e reduzir o valor base das propostas.---------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

4.2.2.3 - CLUBE RODAS N’AREIA – REALIZAÇÃO DE UMA PROVA DO CAMPEONATO

NACIONAL DE MOTOCROSS EM MARINHA DAS ONDAS - PEDIDO DE

ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS PELA EMISSÃO DA LICENÇA PARA A

COLOCAÇÃO DE FITAS OU FAIXAS ANUNCIADORAS, DISPOSITIVOS

DESTINADOS A ANÚNCIOS OU RECLAMOS, SUPORTES PUBLICITÁRIOS

(TELAS, PAINÉIS E MUPIES) E SUPORTES PUBLICITÁRIOS

(BANDEIROLAS, FAIXAS, PENDÕES E OUTROS)

Foi presente o requerimento, registado sob o n.º 4920, em 18 de Março de 2011,

do Clube Rodas N’Areia através do qual solicitaram licença para ocupação da via

pública e a isenção do pagamento de taxas pela emissão da licença para colocação

de publicidade na rua e ocupação do espaço público, inerente à realização de uma

prova do Campeonato Nacional de Motocross.--------------------------------------

O Serviço de Taxas e Licenças, em 18 de Março de 2011, informou que os pendões,

mupis e lonas acima mencionados se destinam à divulgação da referida prova, que

teve lugar no passado dia 03 de Abril.------------------------------------------

Acrescenta que, desde que sejam respeitados os artigos n.os 3.º, 4.º e 6.º da

Lei n.º 97/88, de 17 de Agosto, assim como o estipulado para estes casos no

Regulamento Municipal de Publicidade e Propaganda, não se vê inconveniente no

deferimento do solicitado.------------------------------------------------------

Mais informam que nos termos da Tabela de Taxas e Outras Receitas, o valor total

das taxas a isentar é de 709,98 € (setecentos e nove euros e noventa e oito

cêntimos).----------------------------------------------------------------------

O Vereador António Tavares, em 19 de Abril de 2011, remeteu o processo à reunião

de Câmara Municipal, para decisão quanto à eventual isenção de taxas.-----------

A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos da alínea f), do n.º 1, do art.º

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7.º, do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas, isentar o Clube Rodas

N’Areia, do pagamento das taxas no valor de 709,98 € (setecentos e nove euros e

noventa e oito cêntimos), pela emissão das licenças inerentes à realização de

uma prova do Campeonato Nacional de Motocross, que teve lugar no passado dia 03

de Abril de 2011.---------------------------------------------------------------

4.2.2.4 - JUNTA DE FREGUESIA DE BUARCOS – FEIRA MEDIEVAL INFANTE

D.PEDRO - RUA 5 DE OUTUBRO - BUARCOS - PEDIDO DE ISENÇÃO DO

PAGAMENTO DE TAXAS PELA EMISSÃO DA LICENÇA DE RUÍDO POR

OCASIÃO DE ARRAIAIS, ESPECTÁCULOS DE DIVERSÃO, FESTAS

POPULARES, PROVAS DESPORTIVAS E OUTRAS CELEBRAÇÕES

A Junta de Freguesia de Buarcos, em 18 de Abril de 2011, solicitou a isenção do

pagamento das taxas inerentes ao licenciamento do evento “Feira Medieval Infante

D. Pedro”, que teve lugar nos passados dias 23, 24 e 25 de Abril, na Rua 5 de

Outubro, na freguesia de Buarcos.-----------------------------------------------

O Serviço de Taxas e Licenças informou que a alínea g), do n.º 1, do art.º 7.º,

do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas prevê a possibilidade da

Câmara Municipal conceder a isenção de taxas às autarquias locais.--------------

Por outro lado, nos termos da alínea b), do art.º 34.º, da Tabela de Taxas e

Outras Receitas, o valor das taxas de licença de ruído por ocasião de arraiais,

espectáculos de diversão, festas populares, provas desportivas e outras

celebrações, é de 5,70 € (cinco euros e setenta cêntimos).----------------------

O Vereador António Tavares, em 19 de Abril de 2011, remeteu o processo à reunião

de Câmara para decisão.--------------------------------------------------------

O Vereador João Armando começou por enaltecer a iniciativa da Junta de Freguesia

de Buarcos. Dirigindo-se ao Vice-Presidente, realçou dizendo que esta é a prova

que às vezes necessita de muito mais do que criatividade e imaginação e que

quando o Vice-Presidente quiser reunir o número de pessoas para discutir a

próxima feira deveria convidar o Presidente da Junta de Freguesia de Buarcos

certamente terá umas ideias interessantes para o futuro, neste tipo de

iniciativas, dado que esta Feira Medieval foi claramente um sucesso uma vez que

os custos não foram elevados e que durante os três dias houve milhares de

pessoas a visitar a feira, citando “Parece quase um ovo de Colombo”.------------

Realçou, ainda, dizendo que até pode ser fácil organizar um evento como este e

que é preciso, que se calhar há outras coisas que eventualmente se pode “puxar

pela cabeça” e assim incentivar as freguesias a mostrarem o que têm e o que

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podem oferecer, dando o exemplo da feira de São João, que eventualmente podia

ser uma coisa diferente sem precisar de se fazer investimentos megalómanos.-----

O Vice-Presidente respondeu, dizendo que não podia estar mais de acordo porque

antes da relação que demos da feira de São João, se reuniu com o Presidente de

Junta de Buarcos na perspectiva de se fazer algo diferente este ano em relação à

Feira de S. João, nomeadamente a alteração do espaço, ao que o Vereador João

Armando clarificou que não se estava a referir ao local onde a feira foi

realizada, mas sim da forma como se cativou as pessoas em determinado tipo de

circuito e que vêm a este tipo de eventos, a sua opinião não passa por se fazer

ou organizar coisas novas, mas sim o tipo de evento que foi possível montar com

muitos poucos custos.-----------------------------------------------------------

O Presidente questionou se alguém teria mais alguma nota.-----------------------

O Vereador Vítor Guedes, tomou da palavra e disse concordando que a questão não

está no espaço mas sim na concepção e adequação deste tipo de eventos à

juventude dos nossos tempos que não se revêem em nada com aquele espaço, com

aquele tipo de diversão, pois não está adequado e é essa a razão pela qual a

feira tem vindo a decair progressivamente de ano a ano e cada vez é mais grave,

cada vez as solicitações que a juventude quer e exige são completamente

diferentes. Dirigindo-se ao Vice-Presidente, sugeriu que se comece já a pensar

na feira do próximo ano na tentativa de fazer algo diferente dos anos

anteriores.---------------------------------------------------------------------

Relativamente a este pedido de isenção de 5,00 €, do seu ponto de vista sugere

que numa próxima revisão de Regulamento de Taxas e Licenças, se proceda a

algumas alterações, dado existirem valores a serem cobrados que depois são

presentes à reunião de Câmara para serem isentados, e existe uma norma que não é

aplicada e acabasse por a isentar o pagamento das taxas devidas, salientou que

seria benéfico estabelecer um valor mínimo, um pouco acima dos valores

apresentados neste pedido.------------------------------------------------------

O Presidente, considerou a observação pertinente e referiu que será apresentado

um Regulamento de isenção de taxas e licenças, podendo assim este assunto ser

ponderado, todavia, com os normativos existentes esta isenção não é dispensada.

Tem de ser excepcionado dentro do regulamento. E assim sendo, a autoridade

administrativa aplica-se também nestas situações ou então têm de ser

excepcionada. Relativamente ao evento propriamente dito o Presidente acrescentou

estar de acordo com o voto de congratulação e satisfação, tendo acompanhado a

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feira de perto, no último dia, onde conversou com os organizadores, que são

professores da Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho, que depois

arregimentam escolas em regime de voluntariado, juntamente com um grande

envolvimento da comunidade, nomeadamente da Junta de Freguesia e das Comissões

de Festas e salientou o mérito da Junta de Freguesia e reiterou a ideia de que é

benéfico, que a própria comunidade se envolva na produção do evento, como foi

este o caso e depois temos também soluções que podem ser expostas.--------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos da alínea g), do n.º 1, do art.º

7.º, do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas, isentar a Freguesia de

Buarcos do pagamento das taxas no valor de 5,70 € (cinco euros e setenta

cêntimos), devidas pela ocupação da via pública com o evento “Feira Medieval

Infante D. Pedro” realizada no passado mês de Abril, na Rua 5 de Outubro,

freguesia de Buarcos.-----------------------------------------------------------

4.2.2.5 - FREGUESIA DE TAVAREDE – COMEMORAÇÕES DO DIA DE TAVAREDE -

PEDIDO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS PELA EMISSÃO DA

LICENÇA DE RUÍDO POR OCASIÃO DE ARRAIAIS, ESPECTÁCULOS DE

DIVERSÃO, FESTAS POPULARES, PROVAS DESPORTIVAS E OUTRAS

CELEBRAÇÕES E EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO E

FUNCIONAMENTO DE RECINTOS ITINERANTES OU IMPROVISADOS

Pela Secção de Taxas e Licenças foi presente o requerimento registado com o

n.º 7439, de 28 de Abril de 2011, no qual a Freguesia de Tavarede solicitou a

isenção de taxas inerentes às licenças necessárias à realização das Comemorações

do Dia de Tavarede, a levar a efeito no terreno anexo às traseiras da respectiva

sede.---------------------------------------------------------------------------

Os Serviços comunicam que nos termos da alínea g), do n.º 1, do art.º 7.º, do

Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas se prevê a possibilidade da

Câmara Municipal conceder a isenção de taxas às autarquias locais.--------------

O Vereador António Tavares, em 03 de Maio de 2011, despachou o processo para a

reunião de Câmara Municipal.----------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, isentar a Junta de Freguesia de Tavarede,

no âmbito das Comemorações do Dia de Tavarede, do pagamento das taxas devidas

pela emissão das licenças de ruído por ocasião de arraiais, espectáculos de

diversão, festas populares, provas desportivas e outras celebrações, e de

instalação e funcionamento de recintos itinerantes ou improvisados no valor

total de 52,25 € (cinquenta e dois euros e vinte cinco cêntimos).---------------

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4.3 - DIVISÃO DE RECURSOS HUMANOS

4.3.1 - SIADAP – MISSÃO E OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS PARA 2011

Pela Divisão de Gestão de Recursos Humanos, foi presente para conhecimento o

despacho n.º 24-PR/2011, onde se encontram fixados a Missão e Objectivos

Estratégicos definindo assim o início do processo do SIADAP – Sistema de

Avaliação Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública

- para o ano de 2011, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido,

constituindo o anexo número nove à presente acta.-------------------------------

O Presidente referiu que pretende levar a cabo a estruturação de todo o SIADAP,

porém como houve uma reestruturação orgânica dos serviços existem ainda algumas

dificuldades. Salientou que acompanhou de perto as preocupações e modelos

adoptados por outras Câmaras Municipais e que se irá realizar uma reunião para

fixação do SIADAP 2 e para finalmente se atingir o SIADAP 3 devidamente

estruturado.--------------------------------------------------------------------

Lembrou que este é um tema recorrente de litígio nos Tribunais Administrativos,

que neste momento está a decorrer uma acção com os trabalhadores da Autarquia

quanto ao método de avaliação de 2009, que pretende melhorar o mesmo mas é uma

tarefa que se vai construindo porque também tem de alguma forma de ser

assimilado pelos próprios avaliadores.------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

4.3.2 - PROPOSTA DE ABERTURA DE PROCEDIMENTOS CONCURSAIS NA

SEQUÊNCIA DA REESTRUTURAÇÃO ORGÂNICA, PARA PROVIMENTO DE

CARGOS DE CHEFES DE DIVISÃO

Na sequência da reestruturação orgânica da Câmara Municipal da Figueira da Foz

publicada em 19 de Outubro de 2010, foi presente uma proposta do Presidente

tendo em vista a abertura de procedimentos concursais para dirigentes

intermédios de 2.º grau.--------------------------------------------------------

São colocados a concurso os cargos de chefes de Divisão de Gestão Administrativa

e de Património, da Divisão de Recursos Humanos, da Divisão de Ambiente, da

Divisão de Gestão Urbanística, da Divisão de Projectos Municipais, da Divisão de

Obras e Serviços Municipais, e da Divisão de Educação, Acção Social e Saúde,

sendo também parte integrante da presente proposta, e para conhecimento, um

exemplar de carácter geral do Aviso de abertura.--------------------------------

O Presidente salientou existir carência de Chefes de Divisão, disse, ainda, que

foram abertos procedimentos para todas as divisões à excepção da Divisão de

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Auditoria o que atempadamente será acautelado, para os cargos de Chefe de

Serviço que ainda não estão a concurso, entendendo que só após a nomeação dos

Chefes de Divisão serão os mesmos iniciados, considerando fundamental o

provimento destes cargos.-------------------------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes respondeu que relativamente a este recrutamento lhe

parece que o concurso, face às propostas aqui presentes, é um pouco redutor nas

licenciaturas que estão na proposta, dizendo ser apologista de alargar o leque

de candidatos para que, e dessa forma, haja maior maleabilidade na escolha, e a

possibilidade de toda a gente que se licenciou e possui os requisitos mínimos

necessários para concorrer, não serem coarctadas no concurso.-------------------

Parece-lhe que este recrutamento está quase a escolher candidatos à medida, não

acreditando que foi esse princípio que presidiu à realização deste recrutamento,

contudo persistem sempre algumas dúvidas. Deu como exemplo o recrutamento para

Chefe de Divisão de Gestão Administrativa e de Património, em que se solicita

licenciatura nas áreas de gestão e direito, parecendo-lhe que com um economista

que concorra, não sendo bem área de gestão, não está apto aqui a concorrer.

Também no recrutamento para Chefe de Divisão de Recursos Humanos, tem algumas

dúvidas na medida em que não percebe se um licenciado em administração pública

autárquica, serviço social ou filosofia também não tem aqui cabimento.----------

No caso de recrutamento para Chefe de Divisão do Ambiente, revelou não

compreender como se pede licenciatura em engenharia do ambiente, ou arquitectura

paisagista ou engenharia civil, e não se pede em engenharia florestal,

engenharia zootécnico, engenharia do ambiente e energia, dado que são todas

licenciaturas que se adaptam e se adequam a este tipo de funções.---------------

Questionou, relativamente aos recrutamentos de Chefes da Divisão de Gestão

Urbanística e de Projectos Municipais porque é que não está prevista a

licenciatura em planeamento urbano, respectivamente. Julga, que no que concerne

ao recrutamento de Chefe de Divisão de Obras e Serviços Municipais se poderia

equacionar que um engenheiro electrotécnico aqui pudesse concorrer também e logo

se via se se adequava ou não às funções.----------------------------------------

Para o cargo de Chefe de Divisão de Educação, Acção Social e Saúde pensa que um

licenciado em ciências de educação ou um licenciado em gestão do comportamento

organizacional também poderiam concorrer neste domínio.-------------------------

Finalizou a sua intervenção, dizendo que são estes os reparos que pensa que

deveriam ser contemplados, permitindo que os concursos sejam mais abrangentes do

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que aquilo que é proposto.------------------------------------------------------

O Presidente discordou da opinião do Vereador Vítor Guedes, entendendo que a lei

não determina que tenha que ser o mais abrangente possível, esta deixa ao

dirigente, neste caso ao Presidente da Câmara, o direito de optar pelas áreas

que acha que satisfazem as necessidades técnicas da Autarquia. Revelou que foram

tidas em consideração as áreas pertinentes para os cargos, referindo que essa

abrangência implicaria, em termos de análise de currículos, alguma dificuldade,

dado que é natural que dezenas de candidaturas, nalgumas áreas que o Vereador

nomeou tem um pouco a malapata de nunca serem abrangidas nem nestes nem noutros

concursos.----------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por maioria, com sete votos a favor e duas abstenções dos

Vereadores do Movimento "Figueira 100%", Vítor Coelho, e Vítor Guedes, aprovar:-

1 – A proposta de abertura de procedimento concursal para provimento dos cargos

de Chefes de Divisão de Gestão Administrativa e de Património, da Divisão de

Recursos Humanos, da Divisão de Ambiente, da Divisão de Gestão Urbanística, da

Divisão de Projectos Municipais, da Divisão de Obras e Serviços Municipais e da

Divisão de Educação, Acção Social e Saúde;--------------------------------------

2 – A constituição do Júri constante do aviso anexo à proposta de abertura dos

concursos, documento que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo

o anexo número dez à presente acta;---------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

5 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE URBANISMO

5.1 - DIVISÃO DE AMBIENTE

5.1.1 - PROTOCOLO ENTRE O MUNICIPIO DA FIGUEIRA DA FOZ E A EMPRESA

WIPPYTEX, LDª, TENDO EM VISTA A RECOLHA DE ROUPA E CALÇADO

NO CONCELHO

Pela Divisão de Ambiente foi presente a informação n.º 4555/2011, acompanhada da

minuta do Protocolo de Colaboração a estabelecer com a Wippytex, Ld.ª, documento

que aqui se dá por integralmente reproduzido, constituindo o anexo número onze à

presente acta.------------------------------------------------------------------

Os Serviços informam que a Wippytex, Ld.ª propôs a esta Câmara Municipal a

elaboração de protocolo com vista a realizar a recolha de roupa e calçado usado

neste concelho, alargando assim a sua área de intervenção territorial que

actualmente abrange o concelho de Aveiro. A roupa e calçado recolhida será

reutilizada e reciclada nomeadamente para a aplicação na industria automóvel,

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panos de limpeza, etc.----------------------------------------------------------

Os Serviços consideram que a eventual assinatura do protocolo com a Wippytex,

Ld.ª, poderá também proporcionar a diminuição nos custos de recolha e tratamento

de resíduos urbanos pois esta componente será desviada dos circuitos de recolha

e separação dos resíduos e não tem qualquer encargo para a Câmara Municipal.----

Deste modo a empresa propõe a colocação de 12 contentores de recolha, nas zonas

com maior número de habitantes no Concelho.-------------------------------------

O Vereador António Tavares, em 29 de Abril do corrente ano, remeteu o assunto a

reunião de Câmara.--------------------------------------------------------------

O Presidente clarificou que o Protocolo a celebrar entre o Município da Figueira

da Foz e a empresa Wippytex, Ld.ª, tem em vista a recolha de roupa e calçado no

concelho. A Vereadora Teresa Machado enalteceu a ideia e acrescentou que nesta

sequência, a ideia de eventualmente se criar um projecto de uma loja social onde

essa roupa seria toda concentrada, e pudesse ser adquirida, evitando assim que

as pessoas a deitassem fora como acontece muitas vezes, também o Vereador Vítor

Coelho em nome do Movimento “Figueira 100%”, concorda e enaltece esta

iniciativa, chamando apenas à atenção sobre a localização exacta dos contentores

devido às dimensões dos mesmos.-------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo de

Cooperação entre o Município da Figueira da Foz e a Empresa Wippytex, Ld.ª, pelo

prazo de três anos, automaticamente prorrogáveis por iguais períodos, visando a

recolha de roupa e calçado usado para posterior reutilização e reciclagem, sem

quaisquer custos para a Câmara Municipal da Figueira da Foz.--------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

5.2 - DIVISÃO DE GESTÃO URBANÍSTICA

5.2.1 - PROCESSO N.º 313/2008 – JORGE & FILHOS, LDª. – PEDIDO DO

REQUERENTE NO SENTIDO DE LIQUIDAR AS TAXAS REFERENTES ÀS

COMPENSAÇÕES EM NUMERÁRIO

Do Serviço de Apoio Administrativo foi presente o processo em epígrafe, propondo

a aceitação do pagamento das compensações em numerário no valor de 14.703,96 €

(catorze mil setecentos e três euros e noventa e seis cêntimos) relativas ao

processo de demolição e construção, de edifício pela firma Jorge & Filhos, Ld.ª,

sendo esta a actual titular do processo de obras.-------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar o pagamento da compensação em

numerário no valor de 14.703,96 € (catorze mil setecentos e três euros e noventa

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e seis cêntimos), pela firma Jorge & Filhos, Ld.ª nos termos do Regulamento de

Urbanização, Edificação e de Taxas e Compensações Urbanísticas (RUETCU).--------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

5.3 - SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO DO URBANISMO

5.3.1 - PROCESSOS DO SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO DO URBANISMO

PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número doze à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do

art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,

de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de

Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da

República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na

reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------

- Deferidos – 120 (cento e vinte).----------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

6 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE PROJECTOS, OBRAS E SERVIÇOS

MUNICIPAIS

6.2 - DIVISÃO DE OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

6.2.1 - EB1 DA QUINTA DOS VIGÁRIOS – MOÍNHOS DA GÂNDARA - APROVAÇÃO

DA MINUTA DO CONTRATO

Pela Divisão de Obras e Serviços Municipais, foi presente o processo em

epígrafe, acompanhado da minuta do Contrato de Empreitada de “EB1 Quinta dos

Vigários – Moinhos da Gândara – Construção”, documento que se dá aqui por

integralmente reproduzido, constituindo o anexo número treze à presente acta.---

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a minuta do Contrato de Empreitada

de “EB1 Quinta dos Vigários – Moinhos da Gândara – Construção”, no valor de

195.336,94 € (cento e noventa e cinco mil trezentos e trinta e seis euros e

noventa e quatro cêntimos), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, em

cumprimento do disposto no n.º 1 do art.º 98.º do Código dos Contratos Públicos,

aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro.------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.2.2 - ESPLANADA SILVA GUIMARÃES – ZONA COMERCIAL - AUTO DE

RECEPÇÃO DEFINITIVA E LIBERTAÇÃO DE GARANTIAS BANCÁRIAS

Foi presente o auto de recepção definitiva referente à empreitada da obra da

“Esplanada Silva Guimarães – Zona Comercial” elaborado pela Divisão de Obras e

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Serviços Municipais, em 14 de Abril de 2011, dando nota que, decorrido o prazo

de cinco anos e examinados os trabalhos executados pela firma Manuel Mateus

Frazão – Construção Civil e Obras Públicas, se verificou estarem os mesmos em

conformidade com as condições do contrato, podendo proceder-se à recepção

definitiva da obra e libertação das respectivas garantias bancárias.------------

Após despacho proferido pelo Vice-Presidente em 28 de Abril de 2011, o processo

foi presente a reunião de Câmara.-----------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento e deliberou, por unanimidade, aprovar o auto de

recepção definitiva referente à empreitada de “Esplanada Silva Guimarães – Zona

Comercial”, adjudicada à firma Manuel Mateus Frazão – Construção Civil e Obras

Públicas, e autorizar a libertação das respectivas garantias bancárias.---------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.2.3 - CONSTRUÇÃO DO MURO DE SUPORTE EM GABIÕES NA R.U. – 1.º

TROÇO, 2.ª FASE – BUARCOS - AUTO DE RECEPÇÃO DEFINITIVA E

LIBERTAÇÃO DE GARANTIAS BANCÁRIAS

Pela Divisão de Obras e Serviços Municipais foi presente o auto de recepção

definitiva, datado de 15 de Abril de 2011, referente à empreitada de “Construção

do Muro de Suporte em Gabiões na R.U. 1.º Troço, 2.ª Fase - Buarcos”, dando nota

que, decorrido o prazo de cinco anos e examinados os trabalhos executados pela

firma Jeremias de Macedo & Companhia, Ld.ª, se verificou estarem os mesmos em

conformidade com as condições do contrato, podendo proceder-se à recepção

definitiva da obra e libertação das respectivas garantias bancárias.------------

Após despacho proferido pelo Vice-Presidente em 28 de Abril de 2011, o processo

foi presente a reunião de Câmara.-----------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento e deliberou, por unanimidade, aprovar o auto de

recepção definitiva referente à empreitada de “Construção do Muro de Suporte em

Gabiões na R.U. 1.º Troço, 2.ª Fase - Buarcos”, adjudicada à firma Jeremias de

Macedo & Companhia, Ld.ª, e autorizar a libertação das respectivas garantias

bancárias.----------------------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.2.4 - REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO DO CASTELO ENGENHEIRO SILVA -

PROPOSTA DE ABERTURA DE CONCURSO PÚBLICO - EXTRA-AGENDA

Pela Divisão de Obras e Serviços Municipais foi presente a informação de 04 de

Maio corrente, na qual se propõe a aprovação do caderno de encargos

redireccionado para a actual realidade, justificado pela necessária revisão do

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projecto de execução, mantendo-se o valor base previsto no concurso e o

objectivo inicial da obra.------------------------------------------------------

O Vice-Presidente salientou que na sequência da degradação que o edifício sofreu

desde 2009, provocada pelo desmoronamento da cobertura e fachadas, houve a

necessidade de reajustar o caderno de encargos atendendo ao interesse que a obra

tem para todos os figueirenses.-------------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado fez um pequeno reparo à informação técnica dizendo

que a mesma se encontra redigida, metade de acordo com o novo acordo ortográfico

e a outra metade ainda com o acordo actual, julgando que se deveria uniformizar

essa questão.-------------------------------------------------------------------

O Vereador João Armando realçou que quando o projecto veio a primeira vez a

reunião de Câmara já essas alterações físicas do edifício tinham ocorrido,

considerou que o primeiro caderno de encargos deveria ter incluído essas mesmas

rectificações.------------------------------------------------------------------

O Vice-Presidente destacou que quando o novo Director de Departamento Municipal

Projectos, Obras e Serviços Municipais tomou posse, foi informado pelos Serviços

para a necessidade de se proceder a esta rectificação, causada pela distância

entre a data de execução do projecto e a actual realidade. Houve, no seu

entender, esta preocupação e esta transparência por parte dos Serviços.---------

O Presidente interveio dizendo que nestas questões mais vale corrigir e ser

exaustivo na rectificação do que deixar os procedimentos mal efectuados,

considerou inclusive ser um acto de alguma humildade o facto de se assumir que

houve ali um lapso e que se pretende resolver essa situação.--------------------

Referiu que os Serviços estão actualmente a envolver-se mais na apreciação

técnica dos projectos que vêm de outsource, o que não acontecia anteriormente,

tanto neste caso concreto como no caso do mercado porque julga que deve também

haver uma rentabilização de meios e até ser discutido em termos políticos.------

A Câmara deliberou, por unanimidade, revogar a deliberação de Câmara de 29 de

Março de 2011, ponto 6.2.3 da respectiva acta e aprovar:------------------------

1 – A despesa inerente a esta contratação pública;------------------------------

2 – A abertura de procedimento de Concurso de Empreitada de Obras Públicas de

“Reabilitação do Edifício do Castelo Engenheiro Silva”, nos termos da alínea b),

do art.º 19.º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

18/2008, de 29 de Janeiro, na sua última redacção, no valor de 259.904,68 €

(duzentos e cinquenta e nove mil, novecentos e quatro euros e sessenta e oito

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cêntimos), acrescido de IVA à taxa legal em vigor;------------------------------

3 – Que o Júri seja constituído pelo Director do Departamento Municipal de

Projectos, Obras e Serviços Municipais, António Carlos Albuquerque de Sousa e

pelos Técnicos Superiores, Teresa Dinora Ferreira Cardoso e Maria João Santos

Lopes Pombo, como membros efectivos, e pelo Técnico Superior Nuno Miguel Penas

Mendes e pela Assistente Técnica Sónia Alexandra Simões Mota dos Santos Vidal,

como membros suplentes;---------------------------------------------------------

4 – A delegação de competências no Júri para prestar esclarecimentos, ao abrigo

das disposições emergentes do art.º 69.º do Código dos Contratos Públicos,

aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, na sua redacção

actualizada;--------------------------------------------------------------------

5 – As peças do concurso.-------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

6.3 - SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO ÀS OBRAS MUNICIPAIS

6.3.1 - PROCESSOS DO SERVIÇO DE APOIO ADMINISTRATIVO ÀS OBRAS

MUNICIPAIS PARA CONHECIMENTO

Relação que constitui o anexo número catorze à presente acta, donde constam os

processos a seguir mencionados e que foram despachados ao abrigo do n.º 3 do

art.º 65.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002,

de 11 de Janeiro e pelas Declarações de Rectificação n.º 4/2002, de 6 de

Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março, publicadas na I Série do Diário da

República e no âmbito das competências delegadas no Presidente da Câmara na

reunião de 04 de Novembro de 2009.----------------------------------------------

- Deferidos – 05 (cinco).-------------------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento.----------------------------------------------------

7 - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ASSUNTOS SOCIAIS

7.2 - DIVISÃO DE JUVENTUDE E DESPORTO

7.2.1 - FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES JUVENIS, FEDERAÇÃO DAS

ASSOCIAÇÕES JUVENIS DO DISTRITO DE COIMBRA E AGÊNCIA

NACIONAL PARA A GESTÃO DO PROGRAMA JUVENTUDE EM ACÇÃO –

PEDIDO DE APOIO LOGÍSTICO PARA A REALIZAÇÃO DO SEMINÁRIO

NACIONAL E MOSTRA DE BOAS PRÁTICAS “JUVENTUDE EM ACÇÃO, RUMO

A 2020” – MOSTRA DE BOAS PRÁTICAS

Da Divisão de Juventude e Desporto foi presente a informação n.º 103/SGD, datada

de 04 de Maio de 2011, dando conta de que, a Federação Nacional das Associações

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Juvenis, a Federação das Associações Juvenis do Distrito de Coimbra e a Agência

Nacional para a Gestão do Programa Juventude em Acção, vão realizar nos próximos

dias 20, 21 e 22 de Maio um Encontro Nacional de Associações Juvenis e um

seminário subordinado ao tema “Juventude em Acção, Rumo a 2020” – Mostra de Boas

Práticas, que contará com a participação de cerca de 300 Dirigentes das

Associações Juvenis de todos os Distritos de Portugal e Região Autónoma da

Madeira e dos Açores, bem como com a presença de 30 correspondentes do Instituto

Português da Juventude.---------------------------------------------------------

Com a concordância do Vereador António Tavares foram cedidos a título gratuito

diversas instalações no CAE, designadamente: sala para a organização. Ao lado da

recepção, espaço para mostra/stands no rés do chão, auditório pequeno, 3 salas

polivalentes com 80 cadeiras, cada e diversos expositores para afixar

informação.---------------------------------------------------------------------

Assim e tendo como base a deliberação de Reunião de Câmara de 02 de Fevereiro de

2010, que aprovou a tabela de preços para a cedência de instalações do CAE, o

apoio logístico e/ou parceria desta Câmara Municipal, ao evento, importará no

montante de 5.095,00 € (cinco mil e noventa e cinco euros), acrescido de

1.500,00 € (mil e quinhentos euros) relativo às despesas com pessoal de

acompanhamento de produção, equipa técnica, recepção, limpeza e segurança.------

Após despacho proferido pelo Vice-Presidente em 03 de Maio de 2011, o processo

foi presente a reunião de Câmara.-----------------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes, questiona se perante o actual quadro financeiro da

Câmara, que foi retratado como sendo “uma situação de bancarrota”, passa a

expressão, se torna difícil de entender a concessão de apoios dos montantes

apresentados, montantes que muito embora sejam justos, sejam adequados à acção

tenham todo esse sentido positivo na sua atribuição, colidem com a dita situação

financeira desta Câmara, sugerindo que, não colocando em causa a justeza do

evento em si, ou a situação económica da Câmara é uma situação razoável e

permite que se continue a atribuir este tipo de apoios ou não sendo esta a

situação da Câmara, deve-se começar a olhar para estes pedidos de outra forma e

começar a cercear os mesmos e outros. Finalizou a sua intervenção dizendo que no

fundo se não há dinheiro não pode haver festa, e chamando à atenção para o

discurso dos Governantes, para a atribuição de menos subsídios uma vez que a

situação financeira é delicada.-------------------------------------------------

O Presidente, agradeceu a intervenção do Vereador, mas invocou que este é

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daqueles casos que não se pode excepcionar, dado que, entre o custo e o

beneficio, vale a pena acompanhar esta iniciativa. Salientou que, é bom que

quando as pessoas recorrem à Câmara a pedir apoio logístico, tenham a perfeita

noção que estão a exigir um esforço desta, no entanto este encontro é daqueles

que só honra a cidade e mobiliza muita gente. ----------------------------------

O Presidente acrescentou que esta Câmara tem vindo a diminuir sistematicamente

os apoios, e mesmo as poucas excepções foram presentes à Câmara, não tendo sido

atribuído nenhum subsídio ou apoio financeiro sem uma deliberação da Câmara,

pois considera que esse é o procedimento adequado e não a pratica do passado.

Terminou reiterando que a isenção de pagamento destas taxas se faz em função do

mérito da iniciativa.-----------------------------------------------------------

O Vereador António Tavares, entreviu dizendo que os preços que encontram

contabilizados, são preços de tabela, preços de mercado, que na realidade o

valor em termos de custo, é efectivamente muito menor.--------------------------

O Vereador Vítor Guedes disse não ter dúvidas nenhumas de que o valor

apresentado, não é o custo real, porém advertiu que a regra é a contabilização

dos apoios em função dos valores de mercado, e não nos valores reais, assim

sendo, o valor que se está a atribuir em termos de apoio são cinco mil e tal

euros, não são dois mil ou três mil, do seu ponto de vista é assim que tem que

ser aferido sempre, devem ser aferidos sempre todos os apoios oferecidos, uma

vez que é isso que dá depois uma análise dos custos.----------------------------

O Vereador António Tavares acrescentou que só abordou este tema porque o

Vereador comparou uma declaração da Vereadora em relação às dificuldades

económicas em relação a um apoio logístico que está a ser feito neste momento,

se estamos a comparar as duas coisas, pareceu-lhe justo que se faça, não em

termos de comparação daquilo que é o apoio quanto aos preços que estes

equipamentos têm para o mercado, mas sim, quanto aos custos efectivos que têm

para o Município. --------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, nos termos constantes da informação da

Divisão de Juventude e Desporto e de acordo com a Tabela de Preços para a

cedência de instalações do Centro de Artes e Espectáculos:----------------------

1 - Isentar a Federação Nacional das Associações Juvenis do pagamento das taxas

devidas pela cedência de diversas instalações do Centro de Artes e Espectáculos

para a realização do Encontro Nacional de Associações Juvenis e do Seminário

“Juventude em Acção, Rumo a 2020” – Mostra de Boas Práticas, no valor de

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6.266,85 € (seis mil duzentos e sessenta e seis euros e oitenta e cinco

cêntimos);----------------------------------------------------------------------

2 – Conceder um apoio logístico, em termos de disponibilização de pessoal para

acompanhamento da produção, equipa técnica, recepção, limpeza e segurança, no

valor de 1.500,00 € (mil e quinhentos euros).-----------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

7.2.2 - GINÁSIO CLUBE FIGUEIRENSE – CAMPEONATO NACIONAL DE ESTAFETAS

E DISTÂNCIA LONGA NOS DIAS 28 E 29 DE MAIO, NA MATA DO URSO,

LEIROSA – PEDIDO DE ISENÇÃO DE TAXAS E APOIO LOGÍSTICO

Foi presente o processo em epígrafe, o qual se fez acompanhar de uma carta

registada sob o n.º 7088, em 20 de Abril de 2011, do Ginásio Clube Figueirense,

solicitando autorização para a realização do Campeonato Nacional de Estafetas e

Distância Longa em Orientação Pedestre, a realizar nos dias 28 e 29 de Maio de

2011, na Mata do Urso – Leirosa, solicita ainda algum apoio logístico, bem como

a isenção do pagamento das taxas inerentes à realização do evento, dado tratar-

se de um evento sem fins lucrativos.--------------------------------------------

Os Serviços informam, que nos termos da alínea a), do art.º 131.º, da Tabela do

respectivo Regulamento a taxa a aplicar será de 19,10 € (dezanove euros e dez

cêntimos).----------------------------------------------------------------------

O Vice-Presidente, por despacho de 28 de Abril de 2011, autorizou a realização

do referido evento, submeteu a isenção do pagamento de taxas a reunião de

Câmara.-------------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, isentar o Ginásio Clube Figueirense, do

pagamento da taxa referente no montante de 19,10 € (dezanove euros e dez

cêntimos), pela realização do Campeonato Nacional de Estafetas e Distância

Longa, a realizar nos dias 28 e 29 de Maio de 2011, nos termos da alínea b), do

n.º 1, do art.º 7.º, do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas.--------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

8 - DIVISÃO DE CULTURA

8.1 - CULTURA

8.1.1 - CADERNOS DE FOTOGRAFIA - FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA AO

PÚBLICO

Através da informação n.º 196, de 20 de Abril de 2011, a Divisão de Cultura dá

conta que através de uma parceria com a CB Unidesign, desenvolveram um projecto

cultural no âmbito da fotografia designado Cadernos de Fotografia, propondo a

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fixação do preço de venda ao público dos mesmos pelo valor de 4,00 € (quatro

euros). Acrescentaram, ainda, que os custos desta edição ficaram a cargo da CB

Unidesign que entendeu reverter os lucros da venda a favor da Divisão de

Cultura.------------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, fixar em 4,00 € (quatro euros) o preço de

venda ao público dos Cadernos de Fotografia, revertendo os lucros a favor da

Divisão de Cultura.-------------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

8.1.2 - CEDÊNCIA DE PARTE DE INSTALAÇÕES DA ANTIGA UNIVERSIDADE

INTERNACIONAL – PROPOSTA DE CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO COM A

ASSOCIAÇÃO DE AMIZADE E DAS ARTES GALEGO PORTUGUESA E COM O

SPORTING CLUBE FIGUEIRENSE

Pela Divisão de Cultura foi presente uma informação datada de 03 de Maio do

corrente ano, na qual se propõe a celebração de Protocolo entre o Município da

Figueira da Foz e a Associação de Amizade e das Artes Galego Portuguesa e com o

Sporting Clube Figueirense, documentos que aqui se dão por integralmente

reproduzidos, constituindo os anexos números quinze e dezasseis à presente acta.

O Presidente interveio dizendo considerar esta cedência como uma forma de

rentabilizar e preservar as instalações da antiga Universidade Internacional.---

A Vereadora Teresa Machado questionou se a proposta também é no sentido de

alterar a designação de “Universidade Internacional” para “O Sítio das Artes” ao

que o Presidente respondeu que essa questão será analisada posteriormente pelo

que solicita que a mesma não seja tida em consideração.-------------------------

A Vereadora Teresa Machado sugere e alerta para alguma precaução nestas

cedências porque considera que depois será mais difícil retomar o espaço, quando

for necessário.-----------------------------------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes concordou com o alerta dado pela Vereadora Teresa

Machado, recordando o Presidente que existem sérias dificuldades em retirar as

pessoas de determinado local caso as mesmas não o façam voluntariamente. Apesar

de tudo considera que é preferível ocupar o espaço do que deixá-lo à mercê da

degradação.---------------------------------------------------------------------

Julga que se se vislumbrar a curto prazo, um outro tipo de ocupação para esses

espaços ou uma ocupação ideal que não esta, que talvez seja de reponderar o

preenchimento ou a ocupação sucessiva do espaço ou vários espaços ali existentes

porque depois pode ser de facto complicado libertar a área.---------------------

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O Vereador António Tavares salientou que nenhuma das duas instituições referidas

têm sede própria e que, no fundo, a autarquia está também a resolver um problema

destes estabelecimentos. Lembrou que segundo os protocolos a cedência dessas

instalações não acarretam quaisquer encargos para a Câmara, uma vez que todos os

custos serão suportados pelas instituições.-------------------------------------

Esclareceu que compete igualmente às referidas entidades, conforme mencionado na

cláusula segunda dos protocolos, o restauro e a conservação do espaço que lhes

for cedido. Enfatizou que com essa utilização o espaço será dinamizado e servirá

também o interesse municipal.---------------------------------------------------

Acrescentou que para além da cedência ser a título precário e gratuito, conforme

mencionado nos protocolos, referiu que no decorrer das conversações feitas com

entidades, foram conversas tão honestas e transparentes que as entidades sabem

que se houver necessidade de saírem por via das necessidades elas estão nessa

disponibilidade.----------------------------------------------------------------

Finalizou a sua intervenção dizendo que ainda ficarão disponíveis algumas salas

ao lado do auditório, que estão em excelente estado, e essas poderão ficar

sempre reservadas para outros usos, portanto são salas que devem levar à volta

de duzentas pessoas.------------------------------------------------------------

O Presidente entende que se atingiu uma precedência razoável para a manutenção

das instalações e para a sua preservação. Quanto aos projectos que estavam

inicialmente previstos, nomeadamente os Cursos de Especialização Tecnológica

(CET´S), disse que não pretende desistir dos mesmos, mas que numa fase

embrionária poderão ser desenvolvidos nas próprias escolas secundárias, aliás,

até com maior adequação tanto na Escola Dr. Joaquim de Carvalho como na

Bernardino Machado, se porventura depois esses cursos e a necessidade de

instalação dos institutos aumentar, procurar–se-á então fazer uma adaptação.----

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a celebração do Protocolo entre o

Município da Figueira da Foz e a Associação de Amizade e das Artes Galego

Portuguesa e com o Sporting Clube Figueirense, cedendo o município parte das

instalações da antiga Universidade Internacional a estas instituições privadas

sem fins lucrativos, bem como algum mobiliário e equipamento, para prossecução

de objectivos de desenvolvimento da área da cultura e das artes.----------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

8.1.3 - PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL EM

PRATA DOURADA A ELIAS CAÇÃO RIBEIRO – EXTRA-AGENDA

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O Vereador António Tavares apresentou a informação de 09 de Maio corrente, da

Divisão de Cultura, onde se propõe a atribuição de Medalha de Mérito Cultural em

prata dourada, a Elias Cação Ribeiro, que a seguir se transcreve:---------------

“Elias Cação Ribeiro nasceu em Quiaios, a 1 de Abril de 1921, tendo iniciado a

sua carreira profissional em 1949, na fiscalização das obras da Escola de

Aviação Naval Gago Coutinho, em Aveiro, no âmbito da Comissão Administrativa das

Novas Instalações para a Marinha (CANIM).---------------------------------------

No âmbito da sua actividade de mais de três décadas ao serviço da CANIM e da já

extinta Comissão Administrativa para as Novas Instalações das Forças Armadas

(CANIFA), exerceu acções de fiscalização de inúmeras obras de instalações

militares, revelando sempre excepcionais qualidades profissionais, de zelo e

competência, argumentos fundamentais para o Despacho de Concessão da Medalha de

Cruz Naval, atribuído a Elias Cação Ribeiro em 2003.----------------------------

Refira-se ainda que, após a extinção da CANIFA, em 1985, acompanhou a instalação

e organização do arquivo de processos técnicos e patrimoniais relativos às obras

efectuadas para a Marinha pelas CANIM e CANIFA, grande parte delas por si

próprio fiscalizadas.-----------------------------------------------------------

A História, sobretudo relativa à sua terra natal e ao seu Concelho, foi a

disciplina que abraçou nos seus tempos livres, revelando um auto didactismo

marcado pelo rigor e honestidade intelectual, bem patentes em todos os escritos

e documentos por si elaborados.-------------------------------------------------

Ao longo da sua vida foram inúmeros os artigos que elaborou sobretudo para

periódicos da Figueira da Foz, bem como algumas monografias, sempre dedicadas à

temática histórica, conforme listagem que se anexa.-----------------------------

Elias Cação Ribeiro faleceu na sua terra natal, Quiaios, a 14 de Fevereiro de

2011, não podendo de forma alguma ser esquecido pelo seu mérito e atributos

profissionais que desde cedo colocou ao serviço da Figueira da Foz, do seu

Concelho, dos seus Cidadãos, mas também do seu País, pensando ser oportuno

reconhecer e louvar pública e formalmente esta personalidade, pelo que venho por

este meio colocar à consideração de V. Exa. a atribuição da Medalha de Mérito

Cultural em prata dourada precisamente ao Senhor Elias Cação Ribeiro, a título

póstumo, conforme o Art.º 14.º do Regulamento Municipal para a Concessão de

Distinções Honorificas.”--------------------------------------------------------

O Vereador António Tavares aproveitou a ocasião para transmitir aos Vereadores

que no dia 21 de Maio, a Junta de Freguesia de Quiaios irá realizar um conjunto

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de iniciativas de homenagem a essa personalidade e que essa passará pelo

descerramento da placa toponímica, no seguimento da aprovação em reunião de

Câmara da atribuição do seu nome a uma artéria da praia de Quiaios, será

igualmente efectuada uma exposição da sua obra, assim como será feito a

apresentação de um livro editado postumamente.----------------------------------

O Presidente agradeceu a explicação dada e revelou ser pertinente esta

apresentação por várias razões, quanto mais não seja saber porque é que a Câmara

Municipal opta pela atribuição deste agradecimento e para também dar

oportunidade de publicamente dar nota das demais atribuições se vão levar a cabo

no âmbito deste objectivo.------------------------------------------------------

A Câmara, após ter procedido à votação por escrutínio secreto, deliberou, por

unanimidade, sob proposta do Vereador António Tavares, nos termos do art.º 14.º,

Capitulo II do Regulamento de Concessão de Distinções Honoríficas, Medalhas,

Diploma e Chave de Honra da Cidade, atribuir a Medalha de Mérito Cultural em

Prata Dourada, a Elias Cação Ribeiro, a título póstumo, como forma de lhe

prestar público reconhecimento pelo seu mérito e atributos profissionais que

desde cedo colocou ao serviço do seu concelho, dos seus cidadãos e também do seu

país.---------------------------------------------------------------------------

8.2 - CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS

8.2.1 - PROGRAMAÇÃO DE ESPECTÁCULOS – MÊS DE JUNHO DE 2011 –

APROVAÇÃO DE PREÇOS

Do Centro de Artes e Espectáculos foi presente, para conhecimento, a programação

dos espectáculos previstos para o mês de Junho de 2011, bem como a proposta dos

respectivos preços para aprovação, documento que aqui se dá por integralmente

reproduzido, constituindo o anexo número dezassete à presente acta.-------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, tomar conhecimento da Programação de

espectáculos do mês de Junho de 2011 do Centro de Artes e Espectáculos e aprovar

os respectivos preços.----------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

11 - SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS

11.1 - PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS

11.1.1 - ABERTURA DE CONCURSO PÚBLICO PARA AQUISIÇÃO DE UM VEÍCULO

URBANO DE COMBATE A INCÊNDIOS (VUCI) – REVOGAÇÃO DA

DELIBERAÇÃO DE CÂMARA DE 15 DE MARÇO DE 2011 E ABERTURA DE

NOVO PROCEDIMENTO

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Pela Divisão Jurídica e de Contratação Pública, foi presente a informação de 02

de Maio corrente, comunicando que será necessário revogar a deliberação de

Câmara Municipal de 15 de Março de 2011, pela qual foi aprovada a abertura de

procedimento concursal destinado à aquisição de um veículo urbano de combate a

incêndios e respectivas peças de procedimento, substituindo-a por outra que

autorize a abertura de novo procedimento concursal e aprovação das novas peças

de procedimento.----------------------------------------------------------------

O Presidente referiu que foi detectado no caderno de encargos que o mesmo

continha alusões a marcas, circunstância que poderia beneficiar os concorrentes

que apresentassem na sua proposta equipamento específico daquela marca,

prejudicando os demais. Nesse sentido, propõe à Câmara Municipal a revogação da

deliberação de Câmara de 15 de Março de 2011.-----------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, ao abrigo das disposições combinadas do n.º

12 do art.º 49.º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

18/2008, de 29 de Janeiro e n.º 1 do art.º 141.º do Código de Procedimento

Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de Novembro, ambos

na sua última redacção, revogar a deliberação de Câmara de 15 de Março de 2011,

ponto 11.1.1 da respectiva acta, que autorizou a aquisição de um Veículo Urbano

de Combate a Incêndios (VUCI), com fundamento na invalidade do acto que fixou

especificações técnicas fazendo referência a uma marca;-------------------------

Mais foi deliberado, também por unanimidade, aprovar:---------------------------

1 - A despesa inerente à aquisição deste equipamento;---------------------------

2 – A nova proposta de aquisição de um Veículo Urbano de Combate a Incêndios

(VUCI), através do procedimento de Concurso Público, nos termos da alínea b) do

n.º 1 do art.º 20.º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto Lei

n.º 18/2008, de 29 de Janeiro;--------------------------------------------------

3 - Que o Júri seja constituído pela Vereadora Maria Isabel Maranha Nunes Tiago

Cardoso, pelo Chefe de Bombeiros Jorge Humberto Pires Rascão Piedade e Paula

Isabel Gouveia Costa, Chefe da Divisão Jurídica, na qualidade de membros

efectivos, e pelo Bombeiro de 1.ª Carlos Manuel de Carvalho Pinto, e Renato

Alexandre Fonseca Nunes, Coordenador Técnico, na qualidade de membros suplentes;

4 – A delegação de competências no Júri para prestar esclarecimentos, proceder à

rectificação de erros ou omissões das peças do procedimento e pronunciar-se

sobre os erros e omissões identificados pelos interessados, ao abrigo das

disposições do n.º 2 do art.º 69.º do Código dos Contratos Públicos;------------

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5 – O Programa de Concurso, o Caderno de Encargos e Mapa de Quantidades;--------

6 – Que a adjudicação da aquisição desta viatura fique condicionada à prévia

aprovação da candidatura entregue para o efeito, no âmbito do Quadro de

Referência Estratégico Nacional – Eixo 4 – Protecção e Valorização Ambiental,

reservando-se o Município a faculdade de não adjudicação no caso desta não ser

aceite, ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 1 do art.º 79.º do Código dos

Contratos Públicos.-------------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

13 - FIGUEIRA DOMUS - EMPRESA MUNICIPAL DE GESTÃO DE HABITAÇÃO DA

FIGUEIRA DA FOZ, ENTIDADE EMPRESARIAL MUNICIPAL

13.1 - ESCLARECIMENTOS SOBRE O FINANCIAMENTO CONCEDIDO À EMPRESA

PARTICIPADA FIGUEIRA PARANOVA - RENOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

URBANO, EMPRESA MUNICIPAL

O Presidente começou por dizer que, em negociação com a Caixa Geral de

Depósitos, foi-lhes concedido um contrato de financiamento de dois milhões e

duzentos mil euros, prorrogado a seis meses, desde que fosse garantido o

pagamento de juros, na medida em que a Figueira Paranova - Renovação e

Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal é uma empresa que não é 100%

municipal, e por isso, teve que se ter cuidados acrescidos, porque também tem

efeitos para o parceiro privado, sendo que o Relatório de Actividades e Contas

referentes ao ano de 2010, não estando correcto e não sendo aprovado, nos termos

do art.º 68.º do Decreto-Lei n.º 262/86, de 02 de Setembro - do Código das

Sociedades Comerciais - estabelece no n.º 1 que “Não sendo aprovada a proposta

dos membros da administração relativa à aprovação das contas, deve a assembleia

geral deliberar motivadamente que se proceda à elaboração total de novas contas

ou à reforma, em pontos concretos, das apresentadas.”, e no n.º 2 “Os membros da

administração, nos oito dias seguintes à deliberação que mande elaborar novas

contas ou reformar as apresentadas, podem requerer inquérito judicial(...)”,

salientando não ser, com certeza, esse o caso, só se assim o entenderem. Propôs

que as rectificações fossem consideradas efectuadas à data desta reunião de

Câmara, enviando-se o Relatório de Actividades, tal qual foi elaborado, não

valendo a pena alterar os seus termos, mas apenas colocar uma nota de rodapé

onde constará que a rectificação foi efectuada nos termos do art.º 68.º do

Código das Sociedades Comerciais.-----------------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes insurgiu-se apontando que a proposta apresentada é

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consubstanciada numa informação da Divisão Jurídica, que acompanha a atribuição

dos suprimentos, no valor de 110.980,00 €, dizendo que a transferência deveria

ter sido efectuada ao abrigo do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de

Dezembro.-----------------------------------------------------------------------

O Presidente realçou que essa informação serve de suporte para esclarecimento da

situação em causa, e para salvaguardar possíveis acções de inspecção, uma forma

de ultrapassar a realidade em questão.------------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes sublinhou que não estava de acordo com o Presidente, mas

antes de dizer o que pensa, gostaria de ouvir a Administradora Executiva da

Figueira Domus, Dr.ª Filipa Vaz Serra, que está presente, para que os

esclarecesse da razão pela qual, ao longo das deliberações, e ainda à pouco

vinha expresso num jornal, sempre se opôs a estes empréstimos, ou a estes

subsídios à exploração, tal como foi evocado pelo Presidente quando disse que as

entregas em dinheiro foram para suprir as necessidades de exploração, logo, são

considerados subsídios à exploração, estando curioso acerca da razão pela qual

sempre houve oposição por parte desta, precisamente na questão da liquidez,

julgando ser um facto importante para a discussão e análise desta situação.-----

O Presidente ressalvou que a posição da Administradora Executiva é em relação à

Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal, e deve ser analisada esta situação numa

perspectiva global, de compromisso para com a Figueira Paranova - Renovação e

Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, a Figueira Domus - Empresa Municipal

de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal e a

Caixa Geral de Depósitos, que é a entidade que, de alguma forma, lhes pode dizer

onde é que têm que acudir imediatamente, onde é que aceita a discussão e a

prorrogação do cumprimento das obrigações.--------------------------------------

Acrescentou que também aceita que, para a gestão da Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal, esta questão seja absolutamente inconveniente, por ter um orçamento

restrito para o cumprimento de alguns objectivos, contudo, não deixa de ser

participante da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa

Municipal, mas compreende que ter que orçar um imponderado torna-se

inconveniente, mas esta situação tem que ser resolvida perante os credores e não

perante uma empresa de per si.--------------------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes pretendeu colocar à consideração esta questão: para

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imputar os cento e dez mil euros, números redondos, e tal como vem no n.º 6 do

art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro “...o montante previsional

necessário à cobertura dos desvios financeiros verificados no resultado de

exploração anual acrescido dos encargos financeiros...” da Figueira Paranova -

Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, foram atribuídas

determinadas verbas que ao longo do ano de 2010 serão sucessivamente imputadas.

Contabilizando os resultados operacionais financeiros dos anos de 2007, 2008 e

2009, com base nos quais se obtém a fundamentação para a tal imputação, e tal

como refere o documento facultado pela Câmara, no ano de 2007, verificou-se um

resultado negativo no valor de 31.458,38 €, e se as suas contas não estão

erradas, multiplicado pela percentagem que a Figueira Domus - Empresa Municipal

de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal detém

do Capital Social da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano,

Empresa Municipal, que é de 52%, traduz-se no valor de 16.358,35 €. Se fizer

igual conta no ano de 2008, verifica que os resultados operacionais de exercício

negativos foram no valor de 31.972,31 €, que multiplicado por 52% dá 16.625,60

€. No ano de 2009 verifica que o resultado operacional negativo da Figueira

Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal foi de

36.859,07 €, que multiplicado por 52%, percentagem da Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal, arredonda no valor de 19.166,71 €, contudo, alertou que somando as

parcelas dos 16.358,35 €, 16.625,60 €, 19.166,71 € totaliza o valor de 52.177,66

€, mas considerando o que vem no n.º 2 do art.º 31.º da Lei 53-F de 2006, de 29

de Dezembro “Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do presente artigo, no caso de o

resultado de exploração anual operacional acrescido dos encargos financeiros se

apresentar negativo, é obrigatória a realização de uma transferência financeira

a cargo dos sócios, na proporção da respectiva participação social com vista a

equilibrar os resultados de exploração operacional do exercício em causa.” Ou

seja, deve ter esta avaliação de resultados operacionais no final de cada

exercício. Portanto, tendo em conta que os apoios que foram dados à Figueira

Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, no ano de

2010, sabia-se os resultados operacionais dos anos 2007, 2008 e 2009, e tendo em

conta estes valores, a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação

da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, caso lhe fosse permitido

fazer estas transferências, o que no seu ponto de vista tem sérias dúvidas, só e

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tão só poderia ter sido transferido para a Figueira Paranova - Renovação e

Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal o valor de 52.177,66 € e nunca o valor

de 110.980,00 €, que é o valor que consta do orçamento e que lá está imputado a

título de empréstimo.-----------------------------------------------------------

Por esta razão não há enquadramento jurídico, nem legal, para fazer esta

imputação, e depois na informação e para justificar o injustificável, refere-se

que foi transferido mais dinheiro do que aquele que se devia, tentando-se fazer,

não diz má habilidade, mas é um pouco como “esticar o cobertor e depois puxar-se

para cima e mostrar-se a parte de baixo, por a manta ser pequena”. Tentou-se ir

buscar os resultados operacionais de 2010, que obviamente só foram conhecidos no

início deste ano, na elaboração das contas no final do ano de 2010, e obteve-se

um resultado operacional negativo, no valor de duzentos e quarenta e dois mil

euros, e com esse valor foram buscar aos 178.169,32 €, que estão na informação

da Divisão Jurídica que consta do processo, concluindo que havia enquadramento

jurídico legal para os 52.150,67 € de transferências, não havendo enquadramento

legal para tudo o resto, por isso, nunca poderá ser imputado, nos termos do

art.º 31.º da Lei 53-F/2006, de 29 de Dezembro, porque as contas traduzem a

realidade do ano 2010, e não se pode ir buscar números ao ano de 2011 para

compor.-------------------------------------------------------------------------

Levantou outra questão que é o facto de, uma coisa é fazer imputações de valores

para compensar os resultados operacionais negativos, outra é fazer apoios à

exploração e depois, porque afinal não tem enquadramento legal, e vir dizer que

assim não dá, nos termos do tal art.º 31.º, porque não foi esse o critério

utilizado aquando da atribuição do apoio, quando foi atribuído o valor pela

Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal à Paranova, não foi deliberado pelo Conselho de

Administração, atribui-los em função da compensação pelos resultados

operacionais negativos, foi para pagar IVA, ADSE, Seguros, Salários, o que julga

algo extraordinário, não entendendo muito bem, porque o IVA devia ter sido

retido pela Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa

Municipal, nas suas transacções comerciais, colocando em causa esta situação.---

A Vereadora Isabel Cardoso explicou que esse IVA diz respeito à construção do

prédio na Rua dos Combatentes da Grande Guerra, Freguesia de S. Julião da

Figueira da Foz, a que agora os empreiteiros intitulam “a retenção do sujeito

passivo”, em que não é o empreiteiro que paga o IVA na factura, é a empresa a

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quem é facturado e que se responsabiliza pelo seu pagamento, algo que foi

estipulado há dois anos por legislação própria.---------------------------------

O Vereador Vítor Guedes realçou que isso não retira, em nada, aquilo que disse

antes, acrescentando que o que está em causa são verdadeiros subsídios à

exploração, levantando ainda outro problema, do domínio do art.º 13.º da Lei n.º

53-F/2006, de 29 de Dezembro, que refere concretamente que são expressamente

proibidos “...quaisquer formas de subsídios à exploração”, questionando como é

que se delibera a atribuição de um apoio à exploração para poder conformar os

termos do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, quando no art.º

13.º da mesma Lei se refere que estes são proibidos.----------------------------

Reforçou a ideia de que o que pretende é acautelar o enquadramento desta

operação, sob o ponto de vista legal, salientando, ainda, que o próprio n.º 3 do

art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro refere “Os sócios de direito

público das empresas prevêem nos seus orçamentos anuais o montante previsional

necessário à cobertura dos prejuízos de exploração anual acrescido dos encargos

financeiros que sejam da sua responsabilidade. ”O que quer isto dizer que a

Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal, para fazer este apoio tinha que,

necessariamente, no ano de 2010, ter previsto no seu orçamento uma rubrica ou

uma verba para poder fazer estas transferências a este nível, o que não estava,

logo, mesmo que fosse legal, não podia ter feito esta transferência de verbas

para a Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa

Municipal. Para além disso, também no n.º 4 refere “No caso de o orçamento anual

do ano em causa não conter verba suficiente para a cobertura dos prejuízos

referidos no número anterior, deve ser inserida uma verba suplementar no

orçamento do exercício subsequente, efectuando-se a transferência no mês

seguinte à data de encerramento das contas. ”Ou seja, a Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal, não tinha verba provisionada no exercício de 2010 e teria que, no

exercício de 2011, ter-se provisionado uma rubrica onde se pudesse fazer a

compensação do valor que teria de entregar a nível de compensação pelos

resultados negativos operacionais, e só nessas circunstâncias é que se podia ter

entregue o dinheiro, logo, considerou aquela entrega ilegítima, não tendo

qualquer enquadramento legal e não podendo ser, de forma alguma, imputada.------

Além disso, acrescentou que também se tem que enquadrar esta situação com a

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realidade que transparece das actas do Conselho de Administração, que lhes

oferecem a tradução exacta de qual o destino que foi dado a este dinheiro, e

pela Acta do Conselho de Administração, de 15 de Fevereiro, de 11 de Maio, de 14

de Julho e a de 07 de Dezembro, de 2010, foram atribuídos os apoios de cerca de

dez mil euros pela Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da

Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal à Figueira Paranova - Renovação

e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, transcrevendo-se da acta n.º 3/2010

“... no sentido de que há dificuldades de tesouraria naquela empresa para

proceder ao pagamento do IVA referente ao 4.º trimestre de 2009, foi proposto

pelo Presidente da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da

Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, efectuar um empréstimo de

sócio, previsto no n.º 1 do art.º 243.º do Decreto-Lei n.º 262/86, de 02 de

Setembro - Código das Sociedades Comerciais -, no valor de 29.000,00 €.”,

portanto, a menos que apaguem a acta, o que não lhe parece que legal, está tudo

bem explícito. Na acta de 11 de Maio de 2010 também se lê: “...proceder ao

pagamento do IVA referente ao 1.º trimestre de 2010,...” e na informação que a

acompanha contém os pagamentos da ADSE, IVA, IRS, CGA. Na acta de 14 de Julho de

2010, contém algo que julga ser inadmissível, aprovou-se o montante de 14.400,00

€ à Figueira Paranova, destinado ao pagamento de CGA, IRS, ADSE, Salários e

Juros de Empréstimos, à semelhança de todas as outras com excepção da primeira,

em que a Administradora Executiva, Dr.ª Filipa Vaz Serra estava de férias e,

curiosamente, só estavam dois membros do Conselho de Administração no dia em que

se aprovou o empréstimo, apontando um lapso, que é o facto da deliberação não

poder ser por maioria, por só lá estarem duas pessoas, e sim por unanimidade.---

Ressalvou que a Administradora Executiva, Dr.ª Filipa Vaz Serra, levantou a

questão da legalidade destas imputações, pois colocava em dificuldades

financeiras a própria Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação

da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, e essa é outra questão que

se têm que equacionar, isto é, mesmo que fosse legal, esta imputação colocaria a

própria empresa que apoia em dificuldades financeiras.--------------------------

Falou, ainda, da ilegalidade dos próprios apoios serem deliberados pelo Conselho

de Administração, tendo que necessariamente vir a reunião de Câmara, porque a

Câmara é que é a Assembleia Geral desta empresa, não tendo sido conferido ao

Administrador, Dr. Carlos Monteiro, que não tinha poderes desta Câmara para

emprestar dinheiro que não é dele, mas de todos, considerando importante referir

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que a Administradora Executiva questionou se estes suprimentos não têm que ir à

Assembleia da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da

Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, ou seja, à reunião de Câmara

para conhecimento, contudo, sublinhou que não era para conhecimento, mas para

aprovação, uma vez que foi aprovada a nova denominação da Figueira Paranova para

empresa Municipal, entretanto, o Presidente do Conselho de Administração

informou que essa denominação, embora já estivesse sido aprovada em reunião de

Câmara e Assembleia ainda não havia qualquer registo, e nessa altura não era

necessário levar este assunto a reunião de Câmara.------------------------------

Confrontou esta situação, que manifesta um total desrespeito por esta Câmara,

pela Assembleia Geral da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de

Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, para além da

circunstância de haver ignorância, porque esta Câmara teve uma intervenção

directa na transformação da Figueira Paranova, de Sociedade Anónima para

Sociedade Pública, cumprindo com os requisitos da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de

Dezembro, portanto, o Vereador e Vice-Presidente sabia perfeitamente, por ter

intervindo nessa transformação, que a sociedade não tem que estar registada para

ter eficácia entre as partes, e que o registo é para produzir eficácia perante

terceiros, porque o acto entre as partes é absolutamente óbvio, e ao dizer que

não se pode levar à Câmara, por não estar registado, decidindo no “recato da

casa”, julga ser algo inadmissível, inqualificável, e um total desrespeito para

com esta casa e para o órgão de que ele próprio faz parte, e mesmo que esta

deliberação de atribuição do empréstimo não coubesse a esta Câmara, mesmo que

assim não fosse, mandava a providência que ele tivesse circulado, e não, de

forma negligente, não ouvir aquilo que a Administradora Executiva que lhe diz de

que estas atribuições de apoios colocam em risco a própria empresa, e o Vice-

Presidente, ao invés de ter a cautela de colocar perante todos a informação de

que existia esta situação para melhor lhe dar resposta, deliberou sozinho,

conjuntamente com o Sr. Rui Manuel Carvalho de Oliveira Cardoso, a concessão de

empréstimos, sem enquadramento Jurídico.----------------------------------------

Frisou que não tem nada contra a Administradora Executiva, que todos lhe

garantem que é uma pessoa extraordinariamente competente, e se assim não fosse

não faria declarações com a frontalidade que faz, publicamente, conforme viu

retratado numa página de um jornal, portanto, se faz afirmações públicas nesse

sentido é porque assume e tem a certeza da sua veracidade.----------------------

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Por isto tudo, não vai aceitar esta imputação, nos termos do art.º 31.º da Lei

n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, porque não consegue perceber qual é o

enquadramento jurídico, e sem colocar em causa que a situação seja delicada,

considera que uma coisa é compreender a delicadeza da situação, e outra é

compreender que há uma necessidade premente em dar resposta a uma situação que

traz dificuldades para todos, pois, mesmo que a Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal, ficasse colocada em situação económica com resultados operacionais

complicados, teria também de haver previsão no próprio orçamento da Câmara para

que lhe pudesse atribuir esses apoios.------------------------------------------

Alertou que uma coisa é ser sensível a esta situação, e outra é colaborar com

uma situação que, do ponto de vista da ilegalidade, não tem enquadramento. Além

disso, se o Vice-Presidente, no início do ano, quando houve a necessidade de

atribuição do primeiro apoio à Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento

Urbano, Empresa Municipal, quando a situação lhe foi colocada, se tivesse tido o

bom senso de trazer o processo a reunião de Câmara, por forma a resolver esta

questão, talvez se tivesse arranjado uma solução, pois agora as soluções são

extraordinariamente difíceis, porque há um histórico, actas de deliberação do

Conselho de Administração, actas da aprovação de contas e informações, inclusive

esta da Divisão Jurídica, pela qual se pretende aprovar esta atribuição de

110.980,00 €, sem qualquer enquadramento jurídico.------------------------------

O Presidente realçou que tudo o que o Vereador Vítor Guedes disse está correcto,

e de facto, este não foi o procedimento mais adequado, mas foi assumido em

função de pareceres que o Vice-Presidente colheu na altura, inclusive, à margem

da Inspecção Geral das Finanças há peritos e técnicos que consideram que este

foi o procedimento adequado. A grande dificuldade depois é na articulação com a

Câmara, uma situação perfeitamente atípica, nomeadamente, a da Figueira Paranova

- Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal e de quem está na

Assembleia Geral desta.---------------------------------------------------------

Contudo, salientou que não foi ele quem gerou esta situação e todo este

embrulho, uma situação perfeitamente excepcional, de se criar uma empresa

municipal ao criar outra empresa municipal. Não sendo seguramente uma invenção

deste Executivo, aliás, dentro da Lei do Sector Local, que na altura já estava

em vigente, pareceu-lhe claro que esta figura não tem cobertura. Portanto, os

vícios existiam, as dívidas existiam, e chamando-lhe Sociedade Anónima ou

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Empresa Municipal vai dar tudo ao mesmo, pois é um acto que sem dúvidas trouxe

responsabilidade e repercussões para a Câmara Municipal. Mas, detectado o vício,

o Executivo veio com toda a transparência apresentar uma solução, nos termos do

art.º 68.º do Código das Sociedades Comerciais, porque o que se pretende é que

fique bem claro que não houve qualquer exercício de administração danosa, apesar

de todo este negócio ter sido à revelia da nossa vontade, e é injusto estar

agora a querer imputar a responsabilidade de um resultado catastrófico a quem,

em boa vontade, está a querer resolvê-lo.---------------------------------------

Quanto à questão de a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação

da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, estar a tomar uma posição

perante a Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa

Municipal, pode esclarecer que é um acto de gestão e de minimização de custos,

porque as implicações que poderia ter de não pagar os juros, e tiveram que fazer

um esforço imenso na transferência de verbas da Câmara para a Figueira Domus,

era o vencimento imediato de um empréstimo de dois milhões e duzentos mil euros,

com todo o descrédito que isso poderia implicar para a autarquia a vários

níveis. Portanto, foi na ponderação de interesses que se assumiu essa

prioridade, e vê na intervenção do Vereador Vítor Guedes uma proposta

alternativa, sendo que o que o art.º 68.º do Código das Sociedades Comerciais

prevê que o problema seja devidamente rectificado, para que a aprovação das

contas possa ter um maior esclarecimento. Sendo que a aprovação das contas não é

um mero acto formal e substancial, neste caso, qualquer interessado pode ter a

percepção real de que os dinheiros foram bem aplicados no recurso e por causa da

exploração em causa. Assim, dizer que o Vice-Presidente geriu aquilo como se

fosse dinheiro seu, é dar a entender e é precisamente isso que ele quer evitar,

que houve uma aplicação incorrecta dos dinheiros públicos e sempre foi essa a

sua preocupação, não havendo uma réstia, sequer, nem de administração foi

danosa, nem de que os dinheiros não foram aplicados nesse objectivo. Esta foi a

solução face ao enquadramento legal que estava ao alcance, estando dispostos a

discutir alternativas se assim o entenderem, porque o problema não fica

resolúvel e a lei também diz que ele não pode ficar insolúvel.------------------

O Vereador Vítor Guedes referiu que o Presidente tinha dito que este Executivo

não era responsável por esta situação e não era justo serem agora

responsabilizados por ela, e que o Vereador Vítor Guedes tinha feito uma

invocação subliminar de que o Vice-Presidente tinha utilizado o dinheiro como

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sendo seu, contudo, o que disse é que o dinheiro não era do Vice-Presidente e

que este, de facto, não tinha autorização, pois não lhe foi conferido mandato

para constituir e aprovar empréstimos de dinheiro da Figueira Domus para a

Paranova. Mas nunca disse que o dinheiro foi mal utilizado, desbaratado ou

utilizado de forma ilícita. Longe de si essa imputação, antes pelo contrário.---

Frisou que o Presidente está a distorcer aquilo que ele disse para tentar, de

alguma forma, justificar o injustificável, inclusivamente, disse que tinha a

noção das dificuldades que a Paranova tinha e que acarretava, tanto para a

Figueira Domus, como para a Câmara Municipal. Porém, uma coisa é ter essa noção,

e outra é dar enquadramento e cobertura a determinadas situações, e aquilo que

aqui foi proposto não tem enquadramento jurídico, tal como o próprio Presidente

também lhe deu razão.-----------------------------------------------------------

O Presidente realçou que na perspectiva do Executivo tem enquadramento legal,

mas se o Vereador Vítor Guedes quiser pode apresentar uma alternativa, porque

este problema não pode ficar insolúvel.-----------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes sublinhou que não foi ele que criou este problema, e o

que apenas tem que dizer é o que lhe parece, que é a consequência lógica da

leitura da lei, e por muita boa vontade que se tivesse de fazer a imputação do

valor entregue a título desta compensação pelos resultados negativos dos valores

entregues em 2010, que dá os 52 mil euros, como é que o Presidente lhe arranja

justificação para os 110 mil euros. A não ser que vá buscar aos resultados

operacionais negativos de 2010 e 2011, parecendo-lhe tudo uma ficção, com a qual

não pode corroborar.------------------------------------------------------------

O Presidente realçou que se trata da realidade, e não de ficção, sendo o défice

de exploração que está em causa.------------------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes contrapôs que se está a aprovar contas de 2010, e não de

2010 e 2011, não podendo estar a utilizar números de 2011 para compensar os de

2010.---------------------------------------------------------------------------

O Presidente realçou que também não pretendia rectificar o que estava para trás,

e que esta é uma deliberação tomada em 2011, está a aprovar contas de 2010 e a

assumir défices de 2011.--------------------------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes retorquiu que se está a aprovar contas de 2010,

questionando se já se sabia desta situação antes.-------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso esclareceu que se está a falar em relação à questão

do fecho do resultado do exercício de 2010, ter como resultado final negativo.--

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O Vereador Vítor Guedes evocou uma expressão do Presidente, que diz ser muito

correcta “não é a forma que enquadra os factos, são os factos neles próprios” e

se nas Actas está expresso que o dinheiro foi para prover pagamentos de dívidas

da ADSE, IRS, Salários, etc., como é que agora se pode fazer a imputação deste

mesmo dinheiro para compensar resultados operacionais negativos. A não ser que

seja uma compensação ou subsídio à exploração, o que é proibido pelo art.º 13.º

da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, e é neste ponto que se tem que

esclarecer esta situação, com base no enquadramento legal.----------------------

O Presidente salientou que esta solução que ali está tem enquadramento legal,

estando a assumir expressamente que a situação não foi tratada de acordo com as

imposições da Inspecção Geral das Finanças, e até podia ter enquadramento no

normativo se se considerasse, como em muitos casos se considera e se tem

considerado, que isto era resolúvel pelos suprimentos.--------------------------

O Vereador Vítor Guedes discordou, não sendo possível com base na Lei, e até

porque não há previsão no orçamento para a imputação destes valores.------------

A Vereadora Isabel Cardoso questionou, então, por que razão é que ninguém

alertou, desde 2007, que tinha de se fazer a provisão desses encargos, porque

disso também não se podem esquecer e nem apagar.--------------------------------

O Vereador Vítor Guedes respondeu que isso tem de perguntar a quem deve, não a

si.-----------------------------------------------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso frisou que os Resultados Operacionais negativos,

desde que a nova Lei entrou em vigor, têm estado a ser cobertos pelo Município

da Figueira da Foz nas empresas em que participa na proporção do seu Capital,

voltando a repetir por que é que não os cobriram em 2007, e nos restantes anos,

questionando se consideram invulgar que se esteja a repor agora a normalidade.--

O Vereador Vítor Guedes replicou que a lógica que lhe está a transmitir é “isto

está mau e nós fazemos o mesmo”.------------------------------------------------

O Presidente pediu para lerem o n.º 4 e 7 do artigo 31.º da Lei n.º 53-F/2006,

de 29 de Dezembro, repetindo que esta é a solução e o plano que encontraram para

resolver problemas que vêem desde 2007, se não estiverem de acordo, apresentem-

lhe uma solução alternativa, pois é a isso que a lei obriga.--------------------

O Vereador Vítor Guedes disse que pode haver consequências para quem esteve na

administração no ano de 2007, mas também pode haver consequências para quem

esteve em 2010, e se optar por ir por esse caminho, então, que se coloque à

votação esta proposta.----------------------------------------------------------

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O Vice-Presidente quis referir que todos estes suprimentos foram feitos com base

em pareceres jurídicos, portanto, não foram efectuados com a boa vontade de

ninguém, são conceituados juristas que dizem que esta solução é perfeitamente

possível e legal, que o procedimento é correcto.--------------------------------

Outra nota que julga ser pertinente, é o facto de, por não ser jurista sempre

teve a preocupação de, quer em termos de Assembleia Geral da Paranova, quer em

termos do Conselho de Administração da Figueira Domus, obter pareceres jurídicos

que suportassem as situações, ninguém trabalhou com leviandade.-----------------

O Vereador Vítor Guedes alegou que a Administradora Executiva, Dra. Filipa Vaz

Serra, disse que a atribuição da verba “...coloca a empresa em grave situação.”,

e voltou a questionar se o Vice-Presidente não achava que devia ter trazido o

assunto a reunião de Câmara, ao accionista da empresa, a dar-lhe nota das

dificuldades que ia criar e como se poderia colmatar desta situação e depois

ainda diz que o procedimento foi correcto, após ter sido alertado das

dificuldades que ia criar à empresa, julgando que têm ambos uma noção

completamente diferente do que é correcto.--------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado interveio, para reforçar a ideia de que não estão a

duvidar da boa fé do Executivo por fazer esta proposta, mas ao compulsar as

actas trouxe-lhe alguma preocupação, acabando por subscrever as últimas palavras

do Vereador Vítor Guedes quando diz que numa reunião de 15 de Fevereiro de 2010,

o Vice-Presidente foi alertado para esta situação que não foi colmatada. Não

duvida da boa fé do Presidente, nem da forma honesta que tem revelado para

resolver as coisas, mas ao ouvir a exposição do Vereador Vítor Guedes que,

aliás, expôs exactamente os mesmos pontos que pretendia trazer, pois só tiveram

conhecimento das actas numa reunião na semana passada, e inclusive o próprio

Presidente disse que o procedimento correcto seria primeiro trazer à reunião de

Câmara a deliberação que mandatasse o Presidente do Conselho de Administração da

Figueira Domus, e só depois este Conselho reunia e se podia rectificar.---------

O Presidente disse que não se importa de adoptar esse procedimento, simplesmente

não é o procedimento correcto. A solução vem à Câmara, e acaba por vir à Câmara

para provisão, depois de comunicada à Paranova. A Paranova comunica à Figueira

Domus e a Figueira Domus vai reproduzir à Câmara, dizendo: neste exercício em

que tive de acudir à Paranova, tive que o fazer por força do n.º 4 e 7 do art.º

31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro.-----------------------------------

O Vereador Vítor Guedes interrompeu, para dizer que para acudir àquela empresa,

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a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal, colocando-se numa situação de dificuldades, bem

como a própria Câmara.----------------------------------------------------------

O Presidente questionou como é que se vai convocar e usar, em termos de

Assembleia Geral, a decisão desta situação, numa entidade em que a Câmara não

faz parte, só através da Figueira Domus.----------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes realçou que na reunião de Câmara participa a Figueira

Domus, e portanto, a Figueira Domus tem provisionado nas suas contas a

compensação de resultados negativos de exercício que se venham a verificar na

Paranova, na qualidade de sua participada. Por sua vez, a Câmara tem

provisionado nas suas contas a compensação da Figueira Domus num eventual caso

de resultados operacionais negativos de exercício. E nada disto foi feito.------

Acrescentou que teve o cuidado de consultar o que se passava noutras Câmaras,

como por exemplo, na Câmara de Aveiro, relativamente à sua participada a Empresa

Municipal que gere o Estádio Municipal, e para fazer esta compensação, como não

tinha provisionado nas suas contas de exercício, o valor global de 900 mil

euros, ia entregar, agora, não estando bem certo, cento e tal mil euros, que era

o valor que tinha disponível, não entregou os 900 mil euros que, no fundo, era a

verba necessária à compensação dos resultados operacionais de exercício, e

porque era aquele valor que estava provisionado e no exercício seguinte há que

fazer a tal compensação do montante restante. Considera que o Presidente é que

tem de arranjar aqui uma solução diferente desta, porque ele não é economista.--

O Presidente disse que esta situação devia ser reflectida em termos previsionais

à Câmara, e não, em termos previsionais à Domus.--------------------------------

O Vereador Vítor Guedes salientou que a Figueira Domus - Empresa Municipal de

Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal tem

apenas um Administrador Executivo.----------------------------------------------

O Presidente realçou que se está a rectificar vários problemas do passado,

nomeadamente, de exercícios de três anos e a acudir uma situação urgente. Disse

tratar-se de um acto de gestão.-------------------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes referiu que o empréstimo em causa devia ter sido

presente à apreciação da Câmara Municipal para ser aprovado, o que não é um mero

acto de gestão. Se não existe um enquadramento jurídico não se pode esperar que

cada um dos membros do Executivo Municipal delibere algo que vai contra o que

diz a própria Lei. Sugeriu ao Presidente que consulte um economista ou o Revisor

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Oficial de Contas de forma a obter uma solução para um enquadramento e uma

justificação jurídica.----------------------------------------------------------

O Presidente respondeu que não pode fazer uma enquadração directa da Figueira

Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal à Câmara

Municipal.----------------------------------------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes mencionou que a Câmara Municipal da Figueira da Foz é a

Assembleia Geral da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da

Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, pelo que tem a possibilidade de

resolver este assunto que considera premente e delicadíssimo, tendo o Presidente

avaliado que gravidade seria se os dinheiros andassem perdidos, mas foram bem

aplicados e as pessoas estão de boa fé. Ajuizou que se esta situação viesse

resolvida detrás não se estava agora neste impasse.-----------------------------

A Vereadora Teresa Machado advertiu para que não se estivesse sempre a invocar o

passado, ao que o Presidente realçou que não lhe cabe assumir as culpas todas,

pois entende que não foi o próprio que colocou a Câmara Municipal da Figueira da

Foz neste estado.---------------------------------------------------------------

A Vereadora Teresa Machado referiu que o Presidente concordou com a intervenção

do Vereador Vítor Guedes ao dizer que se cometeram ilegalidades.----------------

O Presidente respondeu que tendo em conta a apreciação das actas está correcto

se se partir do princípio que os procedimentos foram os adequados.--------------

A Vereadora Teresa Machado indicou que existe que uma verba não estava incluída

no orçamento da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da

Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, ao que o Presidente exclamou

que de alguma vez tinha que ser rectificadas algumas situações.-----------------

O Vereador Vítor Guedes disse que as actas mencionam que há liquidação dos

Impostos Sobre o valor Acrescentado e das comparticipações para a Direcção-Geral

de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública.--------

O Presidente fez referência ao n.º 7 do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29

de Dezembro, em que permite a correcção do plano previsional de mapas de

demonstração de fluxos de caixa líquidos desde que os participantes procedam às

transferências financeiras necessárias à sustentação de eventuais prejuízos

acumulados em resultado de desvios ao plano previsional inicial.----------------

O Vereador Vítor Guedes julga que a permissão de concessão de financiamento não

faz sentido mas é o que está previsto na Lei, ironizando que se faz um parecer

nos termos previsto na legislação, mas que como não faz sentido não se cumpre.--

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A Vereadora Teresa Machado afirmou que todas estas resoluções do Conselho de

Administração, estão nas actas e nos respectivos anexos resultam de informações

da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal.---

A Vereadora Isabel Cardoso tomou a palavra mencionando que o IVA – Imposto Sobre

o Valor Acrescentado e o IRS – Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

são encargos decorrentes da actividade de exploração da empresa, pelo que o

Vereador Vítor Guedes só teria razão se estivesse em causa investimentos.-------

O Vereador Vítor Guedes questionou à Vereadora Isabel Cardoso se não tem a regra

de como é calculada a compensação, tendo esta respondido afirmativamente.-------

O Vereador Vítor Guedes mencionou que não pode cobrir sobre um resultado que

ainda não se sabe que é do final de 2010 sem o início de 2011.------------------

A Vereadora Isabel Cardoso corrigiu que o que se vai cobrir é o resultado

negativo da exploração do exercício de 2010 que devia ter sido provisionado à

partida, o que tendo em conta o n.º 7 do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29

de Dezembro, considera que está legalmente coberto, não colocando qualquer

objecção à solução apontada pelo Presidente.------------------------------------

Foram então presentes a votação duas propostas distintas, uma subscrita pelo

Presidente e adiante designada pela letra A e outra apresentada pelos Vereadores

do Movimento "Figueira 100%" designada pela letra B, e cujo teor é o seguinte:--

Proposta A – “Analisado o Relatório de Actividades e Contas referentes ao ano de

2010 da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da

Foz, Entidade Empresarial Municipal, considera-se que o mesmo padece de alguns

vícios, tal como é demonstrado nos pareceres da Divisão Jurídica e de

Contratação Pública e do Dr. Carlos Lobo, respectivamente de 02 e 16 de Maio de

2011, pelo que entendemos que as Contas da empresa devem ser rectificadas no

sentido de o valor aí referido como suprimentos de 110.980,00 € (sendo que

apenas 52.150,67 € correspondem ao valor a transferir pela Figueira Domus à

Paranova relativamente aos resultados de exploração anual operacional acrescidos

dos encargos financeiros que se apresentavam negativos de 2007, 2008 e 2009) ter

sido efectuado ao abrigo do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro.-

Deve a Figueira Domus efectuar em 2011 uma correcção aos seus registos

contabilísticos, anulando o crédito que actualmente revela sobre a participada

Paranova, por contrapartida da transferência para consolidação financeira nos

termos do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro. Deverá proceder a

essa correcção, deliberando nesse sentido em sede de Conselho de Administração.-

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Esta rectificação tal e qual é sugerida já foi efectuada por deliberação do

Conselho de Administração da Figueira Domus em Maio de 2011.--------------------

Consequentemente, também a Paranova, no decurso de 2011, deverá efectuar

correcção aos seus registos contabilísticos no sentido de registar como

subsídios até ao valor do resultado de exploração negativo acrescido dos

encargos financeiros que se verificaram ao longo dos anos na mesma, os montantes

transferidos pela Figueira Domus. Também, para o efeito, deverá ser convocada

reunião do Conselho de Administração para deliberação de correcção do Relatório

de Contas.----------------------------------------------------------------------

Nestes termos e com estes fundamentos, consideramos que estão reunidos os

requisitos previstos no art.º 68.º do Código das Sociedades Comerciais para

aprovação do Relatório de Actividades e Contas referentes ao ano de 2010 da

Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal.”------------------------------------------------

Proposta B – “Considerando que:-------------------------------------------------

- O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal convocou uma reunião extraordinária daquele órgão, com preterição das

formalidades legais;------------------------------------------------------------

- O Presidente do Conselho de Administração da Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal nas reuniões daquele órgão votou favoravelmente a atribuição de

suprimentos à sua participada Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento

Urbano, Empresa Municipal, sem submeter tais deliberações a aprovação da

Assembleia Geral da empresa, no caso concreto o órgão executivo da Câmara, e em

completo desrespeito pelas regras consagradas no n.º 3 do art.º 6.º dos

Estatutos da Empresa;-----------------------------------------------------------

- Enquanto Presidente do Conselho de Administração da Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal, deliberou em sede da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento

Urbano, Empresa Municipal, a atribuição de suprimentos a esta última empresa, no

valor de 400.000,00 €, sem estar devidamente mandatado para tal;----------------

- Devem tais deliberações ser consideradas nulas nos termos do art.º 412.º do

Código das Sociedades Comerciais;-----------------------------------------------

- A assumpção de funções de Presidente do Conselho de Administração em ambas as

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empresas por parte do Vice-Presidente da Câmara, entra no regime das

incompatibilidades definidas no n.º 6 do art.º 410.º do Código das Sociedades

Comerciais, e em consequência as deliberações onde participou estão feridas de

nulidade, nos termos da alínea c) do n.º 1 do art.º 411.º do mesmo Código;------

- Até à data o Presidente do Conselho de Administração não apresentou qualquer

solução tendo em vista sanar os vícios ou ilegalidades entretanto apontadas, com

excepção da rectificação da deliberação de 06 de Maio de 2011 que, em nosso

entender, não sana o facto de o Conselho de Administração não ter poderes para

atribuir quaisquer valores à Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento

Urbano, Empresa Municipal;------------------------------------------------------

- Não ter sido levada em conta a informação da Administradora Executiva no

sentido de que tais empréstimos colocavam em risco a solvabilidade da Figueira

Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade

Empresarial Municipal;----------------------------------------------------------

Os Vereadores do Movimento "Figueira 100%" discordam da solução apresentada pelo

Presidente e propõem que o Executivo Municipal ou o Presidente do Conselho de

Administração da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da

Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, apresentem uma proposta para

sanação das ilegalidades contidas em todas as deliberações de atribuição de

suprimentos em 2010.------------------------------------------------------------

Se os vícios forem sanados e as Contas da empresa corrigidas, por forma a que

traduzam o reflexo destes subsídios à exploração no seu próprio resultado de

exercício, então os Vereadores do Movimento "Figueira 100%" terão condições para

as aprovar numa próxima reunião de Câmara”.-------------------------------------

A Câmara deliberou, por maioria, com quatro votos contra do Presidente, Vice-

Presidente e Vereadores Isabel Cardoso e António Tavares, e cinco votos a favor

dos Vereadores do Partido Social Democrata, Teresa Machado, João Armando e Ana

Lúcia Rolo e do Movimento "Figueira 100%", Vítor Coelho e Vítor Guedes, aprovar

a proposta B, subscrita pelos Vereadores do Movimento "Figueira 100%" no sentido

de não se aprovar o Relatório de Actividades e Contas referentes ao ano de 2010

da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal, até que os vícios sejam sanados e as Contas da

empresa corrigidas.-------------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso apresentou a seguinte Declaração de Voto:------------

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“Votei a favor da solução de repor alguma normalidade nas contas, e digo

normalidade porque, uma vez que considero que a Lei n.º 53-F/2006 do Sector

Empresarial do Estado não é clara em relação à constituição de suprimentos,

entendo eu que podem ser constituídos. De qualquer das formas, a solução

preconizada com base no art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro,

deveria ter sido cumprida nos exercícios de 2007, 2008, 2009 e agora em 2010

também, assim sendo, não teria havido resultados negativos de exploração na

Paranova, que levaram ao estrangulamento que se verificou nesta empresa no ano

de 2010. Mais ainda, uma correcta Gestão Pública desta empresa deveria, com base

no art.º 9.º n.º 2 da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, salvaguardar as

dificuldades da empresa onde participa com a maioria de Capital, neste caso, a

Figueira Paranova. Se desde o momento em que se verificaram essas dificuldades

tivesse sido cumprido e articulado, com base neste art.º 9.º n.º 2, um contrato-

programa que permitisse a boa execução do objecto social daquela Empresa, não

teria havido necessidade em 2010 de estar a utilizar-se suprimentos para acudir

às necessidades de exploração daquela empresa.”---------------------------------

O Vereador António Tavares apresentou a seguinte Declaração de Voto:------------

“Votei a favor da proposta A, atendendo aos termos e aos argumentos do parecer

da Divisão Jurídica da Câmara Municipal.”---------------------------------------

13.2 - FIGUEIRA DOMUS - EMPRESA MUNICIPAL DE GESTÃO DE HABITAÇÃO DA

FIGUEIRA DA FOZ, ENTIDADE EMPRESARIAL MUNICIPAL - RELATÓRIO

DE ACTIVIDADES E CONTAS REFERENTES AO ANO DE 2010

Da Figueira Domus, Entidade Empresarial Municipal foi presente para aprovação o

Relatório de Actividades e Contas referente ano de 2010, em cumprimento dos

estatutos desta entidade empresarial municipal e das disposições emergentes da

Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro.-------------------------------------------

O Presidente referiu que a Câmara Municipal da Figueira da Foz é a Assembleia

Geral da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira

da Foz, Entidade Empresarial Municipal, mas o Conselho de Administração da

Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal é o co-responsável pelas obrigações da Figueira

Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal. Disse não

puder envolver directamente a Câmara Municipal nas deliberações sobre a Figueira

Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, pelo que a

proposta é de rectificação das contas, e em bom rigor se fosse uma participação

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directa da Autarquia não se estava perante este problema. Trata-se na realidade

de um acto de gestão entre estas duas empresas municipais. Pretende-se evitar

outro tipo de implicações, transferindo-se a verba necessária para a Figueira

Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade

Empresarial Municipal ficando resolvido por ora a situação, e posteriormente,

leva-se por diante o processo de extinção da Figueira Paranova - Renovação e

Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal.--------------------------------------

O Vereador Vítor Guedes mencionou que um Administrador prudente deve questionar-

se se tem ou não tem mandato, se deve ou não deve colocar os assuntos à

apreciação da Assembleia Geral correspondente, que em sua opinião é isso que

deveria ter sido feito.---------------------------------------------------------

O Presidente referiu que até concordou com esse juízo, contudo existe uma

triangulação, uma questão de legitimidade que o impede de concordar.------------

O Vereador Vítor Guedes enfatizou que a Assembleia Geral da Figueira Paranova -

Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal não dá ordens à Figueira

Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade

Empresarial Municipal, pode é perante determinada necessidade confrontá-la na

qualidade de sócio ou participante, e sendo esta última que a gerir, avaliar se

a situação se encontra dentro dos seus poderes normais de gestão. Parece-lhe que

um Administrador de uma empresa municipal emprestar dinheiro sem consultar o

accionista não entra, isto é, qualquer atribuição de um empréstimo seja a que

título fosse carecia sempre de ter sido apreciado pela Assembleia Geral da

Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal, e nesta situação particular deveria ter de

imediato sido comunicado a esta entidade que estavam perante um problema que se

iria reflectir não só este ano mas provavelmente em meses subsequentes pelo que

havia a necessidade de encontrar uma solução sem termos qualquer problema do

ponto de vista da legalidade. Não é agora sobre a discussão que ao arrepio de

toda a informação e de tudo o que está proposto para ser feito que se vai

alterar a correcção do ponto previsional dos mapas. Mas isso não está alterado,

portanto, mesmo que assim seja, primeiro tem que se alterar os mapas.-----------

O Presidente esclareceu que a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de

Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal para já assumiu a

sua responsabilidade perante a Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento

Urbano, Empresa Municipal, e vem agora perante a Câmara Municipal, em relação

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directa, comunicar que no exercício da sua actividade teve que aceitar

obrigações de determinado montante, pelo que reponha-se o valor para seu

equilíbrio financeiro.----------------------------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso salientou que esse montante se reflecte nas contas da

Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal automaticamente.---------------------------------

O Vereador Vítor Guedes tomou novamente a palavra duvidando que estas questões

tenham sido colocadas tal qual foram agora explanadas. Disse que também lhe cabe

a si a responsabilidade por votar legalidades e ilegalidades, e que ela tem que

reflectir esta operação em termos de contabilidade, e se fosse o caso não tinha

problemas.----------------------------------------------------------------------

Fez uma analogia desta situação com uma semelhante que ocorreu no Município de

Aveiro que deliberou a atribuição de um valor título de compensação de

resultados operacionais de exercício para uma empresa municipal, sendo que a seu

ver aqui teria que se utilizar os mesmos critérios. A Câmara Municipal, na

qualidade de Assembleia Geral da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de

Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, delibera se os

resultados operacionais de exercício forem negativos a concessão de apoio à

empresa municipal, o que não é o mesmo para concessionar apoio à Figueira

Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal que é detida

pela Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da

Foz, Entidade Empresarial Municipal.--------------------------------------------

O Presidente referiu que o Vereador Vítor Guedes já se repetiu várias vezes e

que foi claro no seu raciocínio, mas tirando alguma divergência em relação ao

seu ponto de vista, julga que apoiam os dois a parte de se criar uma solução, e

a solução está encontrada e é igual para ambos, só que a do Vereador Vítor

Guedes vai dar uma volta muito maior, ou seja, propõe que sejam declaradas nulas

todas as actas e todas as deliberações que foram tomadas, e este Executivo está

a propor, por considerar que o Relatório de Contas de 2010, tal qual é

apresentado, não está correcto, e conforme diz a Lei, deve-se rectificar de

imediato, indo de encontro à deliberação tomada em 06 de Maio de 2011, que

reconhece que este é um subsídio à exploração concedido pela entidade

empresarial municipal Figueira Domus à empresa municipal Figueira Paranova,

ficando a primeira em défice perante a entidade participante, ou seja, perante a

Câmara Municipal, a quem pode reportar esse custo de exploração.----------------

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60

Considerou que a única diferença que há entre eles é que o Vereador Vítor Guedes

considera que a Assembleia Geral da Paranova é a Câmara Municipal, e este

Executivo considera, tal como tem sido desde a sua génese, que a Assembleia

Geral da Paranova é a Figueira Domus, e repercute à sua entidade participante,

reforço que a anomalia está na criação da empresa Figueira Paranova, Empresa

Municipal.----------------------------------------------------------------------

Ressalvou que se forem considerar que há uma deliberação do Conselho de

Administração da Figueira Domus, Entidade Empresarial Municipal a atribuir

empréstimos à Figueira Paranova, Empresa Municipal, não tem dúvidas de que é

nula por força da Lei. Mas considerou-se, na altura, que era necessário recolher

o tal parecer jurídico que se apelava e rogava há dois ou três anos, pesa

embora, se tenha dado alguns pareceres jurídicos, mas com uma formulação

diferente, mas em tudo igual, em termos práticos, e aquilo que ficou deliberado

foi convocar uma reunião de Conselho de Administração, sendo que orientação que

foi dada ao Presidente do Conselho de Administração foi para que se convoque um

novo Conselho de Administração, para no fim de contas ratificar e assumir por

uma só vez todo esse exercício de exploração, e depois reporte esse efeito

negativo à sua entidade participante, que neste caso é a Câmara, funcionando um

pouco como um dominó, e essa foi a solução que foi apresentada e com a qual

concorda.-----------------------------------------------------------------------

Portanto, a proposta que faz é no sentido de se considerarem as nulidades

supridas pela deliberação de 06 de Maio de 2011, que seja rectificada de acordo

com a deliberação de 11 de Maio de 2011, o que vai dar um exercício negativo à

Figueira Domus, Entidade Empresarial Municipal no valor de 110 mil euros, o

valor total dos suprimentos que teve que fazer à Paranova, que depois por força

do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro virá à Câmara para que

seja atribuído o respectivo subsídio de exploração, e por isso, julga que estão

em condições de considerar que o Relatório de Contas de 2010 padece deste vício.

Resumiu, dizendo que pretende que se reconheça o vício no Relatório de Contas e

se considere que o mesmo foi rectificado por deliberação de 06 de Maio de 2011.-

O Vereador Vítor Guedes salientou que o n.º 6 do art.º 410º do Decreto-Lei n.º

262/86, de 02 de Setembro - Código das Sociedades Comerciais - refere que “O

administrador não pode votar sobre assuntos em que tenha, por conta própria ou

de terceiro, um interesse em conflito com o da sociedade; em caso de conflito, o

administrador deve informar o presidente sobre ele.” E no n.º 1 do art.º 411.º

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do mesmo Código sobre a invalidade das deliberações considera que “são nulas as

deliberações do Conselho de Administração, cujo conteúdo não esteja por natureza

sujeito a deliberação do Conselho de Administração, e cujo conteúdo seja

ofensivo dos bons costumes ou de preceitos legais imperativos”, que é o caso,

anulabilidade ou arguição de anulabilidades e sanação destas questões. Já o n.º

3 do art.º 412.º do Código das Sociedades Comerciais refere que a Assembleia

Geral dos accionistas pode ratificar, e não é rectificar, qualquer deliberação

anulável do Conselho de Administração, ou substituir por uma sua deliberação

nula.---------------------------------------------------------------------------

Considerou, portanto, que só há dois possíveis caminhos: de sanação de

irregularidades da deliberação, ou é ratificada pela Assembleia Geral, sendo o

órgão competente, ou por uma nova deliberação relativamente àquela que seja

nula. A anulável é ratificada. A nula é uma nova deliberação sobre o assunto,

não há rectificações de deliberações, essa figura não a conhece aqui, e para

além disso, essa questão continua a colidir com os próprios estatutos da

empresa, que não permitem ao Conselho de Administração deliberar sobre estas

matérias, cabe essa deliberação à Assembleia Geral da empresa que é a Câmara

Municipal. Portanto, o Conselho de Administração da Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal, não pode, na tal deliberação de 06 de Maio de 2011, fazer uma

declaração e uma deliberação a dizer que rectifica aquilo que foi deliberado nas

sucessivas deliberações do Conselho de Administração de 2010, e onde se lê

suprimentos deve-se ler, com certeza, transferência.----------------------------

O Presidente ressalvou que o Vereador Vítor Guedes considera que a Assembleia

Geral da Figueira Domus é a Câmara, sem dúvida, mas a Assembleia Geral da

Figueira Paranova, Empresa Municipal é constituída pela Figueira Domus, Entidade

Empresarial Municipal, pela Visabeira – Imobiliária SGPS, S.A. e pela Figueira

Center, Ld.ª, e a anomalia está ali, devia ser a Câmara, mas não é, é a entidade

participante que é a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação

da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal, e por isso, se considera que

essa questão está ultrapassada pela deliberação de 06 de Maio de 2011.----------

O Vice-Presidente disse pensar desde o inicio que o problema se centra no facto

da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da

Foz, Entidade Empresarial Municipal ser accionista da Figueira Paranova, Empresa

Municipal, mas o Acordo Parassocial da empresa municipal Paranova prevê

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suprimentos, pois refere que as partes acordam que as deliberações apenas

poderão ser aprovadas em sede de Conselho de Administração, e depois considera a

realização, restituição e remuneração de suprimentos. Deixou claro que os

suprimentos que foram feitos da entidade empresarial municipal Figueira Domus à

empresa municipal Figueira Paranova, foram precedidos de pareceres jurídicos e

dos Revisores Oficiais de Contas.-----------------------------------------------

Referiu que, recentemente, o Professor Dr. Carlos Lobo disse que a Inspecção

Geral de Finanças tem um entendimento diferente. Mas torna-se evidente que esta

situação também se levanta porque em reunião de 19 de Março de 2009 do Conselho

de Administração da empresa municipal Figueira Paranova, foi aprovado o

Relatório de Contas relativo ao exercício de 2007 que diz: “O Dr. Victor Pereira

deu conhecimento que a Figueira Domus irá transferir 52% da diferença entre os

resultados operacionais e os encargos financeiros, tendo em conta o controle do

endividamento público, com base no n.º 2 do art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de

29 de Dezembro, e no n.º 2-B do art.º 36.º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro”.

Situação que não aconteceu. Depois na reunião do Conselho de Administração da

Figueira Paranova, de 30 de Março do mesmo ano, a aprovação do Relatório de

Contas relativamente ao Exercício de 2009. “O Dr. Victor Pereira referiu de novo

a questão da cultura dos resultados negativos da empresa na proporção do Capital

Social da empresa, com base no n.º 2 do art.º 31 da Lei n.º 53F/2006, de 29 de

Dezembro e no n.º 2-B do art.º 36º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, tendo a

Presidente do Conselho de Administração informado que essa questão iria ser

analisada em sede de Conselho de Administração da Figueira Domus, E.E.M.”. Em 29

de Maio de 2009, também por ofício n.º 53/09, da Figueira Paranova, E.M. para a

Figueira Domus, E.E.M., relativamente às contas de 2008, pela diferença entre

resultados operacionais e os resultados financeiros, no valor negativo de

aproximadamente trinta mil euros, refere-se: “proceda-se à transferência da

verba para a cobertura dos valores negativos, na proporção do capital social

como accionista”. O que não foi feito. Em reunião do Conselho de Administração

da Figueira Paranova, E.M., de 16 de Julho de 2009, em que se verifica a

alteração dos Estatutos da Figueira Paranova, Empresa Municipal, faz referência

à carta enviada à Figueira Domus, Entidade Empresarial Municipal, relativamente

à cobertura dos resultados negativos da empresa. A Presidente do Conselho de

Administração, que consultou o jurista Dr. Vaz Castro, confirma que a Figueira

Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade

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Empresarial Municipal deve cobrir o valor da proporção da sua participação como

os restantes accionistas, salientando ainda que a empresa já devia, até 28 de

Dezembro de 2008, ter procedido à alteração dos Estatutos, de acordo com o n.º 1

do art.º 48.º da referida Lei. A Presidente do Conselho de Administração

informou ter acertado com a Administradora Executiva da Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal, Dra. Filipa Vaz Serra que se transfira a referida verba, que será

contemplada no próximo orçamento da Figueira Domus, pelo montante previsional

necessário à cultura dos prejuízos, salvaguardando que a questão da alteração

dos estatutos aquando a transferência de verbas, deverá estar resolvida.

Acrescentou ainda que apesar de ter tido uma reunião no dia 06 do corrente mês

com o jurista da Figueira Paranova, Empresa Municipal. na qual solicitou a

elaboração da alteração aos estatutos, e o documento ainda não foi entregue.

Portanto, durante três anos os subsídios negativos de exploração não foram

efectuados e agora há um problema em 2010, e gostaria que ficasse bem vincado

que a primeira situação e a segunda surge para pagamento de IVA e passou a ler:

“Venho informar a falta de pagamento de IVA, no valor de 15 mil euros, sendo que

se não for pago até à data limite, dará lugar à cobrança de uma coima por parte

das Finanças, no valor de 10% da prestação, nos termos do Regime Geral da

Infracção Tributária, falta de entrega de prestação tributária e cobrança de

juros legais.”------------------------------------------------------------------

Referiu, ainda, que os subsídios negativos de exploração não foram efectuados da

Figueira Domus, E.E.M para a Figueira Paranova, Empresa Municipal, e surgindo

uma situação de pagamentos de IVA, havendo pareceres de juristas que dizem que

os suprimentos são legais, tendo os Revisores Oficiais de Contas se pronunciado

sobre a situação e também acharam que era legal. À data de hoje e pelo parecer

da Inspecção Geral de Finanças suscitam-se dúvidas, que poderão não ser aquilo

que se propõe, mas que se reponha os subsídios negativos de exploração de 2007,

2008, 2009 e 2010, e que o dinheiro que entrou enquanto suprimentos seja para

colmatar essa obrigação legal, que não tinha sido cumprida.---------------------

O Vereador Vítor Guedes questionou pelo parecer que foi apresentado, admitindo

que possa ter havido ali um lapso, mas continuou, dizendo que, em 2007 a

obrigação de transformação da sociedade anónima em empresa municipal ainda não

se constituía, ou seja, ainda estava dentro do tal prazo de dois anos de

adaptabilidade dos Estatutos à empresa municipal, e portanto, ainda estão no

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âmbito de uma sociedade anónima. E nesse âmbito não tem dúvidas de que são

permitidos contratos de suprimentos.--------------------------------------------

Contudo, salientou que a questão que colocou não mereceu atenção, que é a

questão de o Conselho de Administração da Figueira Domus - Empresa Municipal de

Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal não ter

mandato para deliberar suprimentos na Figueira Paranova - Renovação e

Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, e não está a fazer confusão, não está

a raciocinar no âmbito da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento

Urbano, Empresa Municipal, tendo referido à letra da questão da Assembleia Geral

da Figueira Paranova, onde foram deliberados os tais suprimentos, porque é algo

extraordinário, que um Presidente do Conselho de Administração, oito dias antes,

numa reunião ser alertado por um membro que tem por função executar e tratar da

administração e da empresa, para as dificuldades económicas que se traduziam

para a empresa a atribuição de suprimentos, e oito dias depois, enquanto

representante dessa empresa está a deliberar na Assembleia Geral da Figueira

Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal a atribuição de

436 mil euros, sem mandato para tal.--------------------------------------------

Também não consegue entender como é que se encontra tudo regularizado, quando a

Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal, no âmbito do seu Conselho de Administração,

delibera concessões de suprimentos ou atribuições de suprimentos ou contratação

de suprimentos, estando-lhe vedado, dizem os Estatutos, nos termos da alínea x)

do n.º 3 do art.º 6.º, que carece do consentimento da Câmara Municipal a

contratação de empréstimos. E os suprimentos são empréstimos, nos termos do

art.º 243.º do Código das Sociedades Comerciais, e como são empréstimos carece

do consentimento da Assembleia Geral, porque é a Assembleia Geral é que

representa o sócio, e a Administração tem por função administrar não tem por

função disponibilizar dinheiro que não é seu, essas deliberações tem que

necessariamente passar pelo crivo da Assembleia Geral.--------------------------

Outra questão que não percebe, é querer que se aprovem contas tal qual estão com

a menção que se faz para depois serem rectificadas, quando as contas são

aprovadas depois de rectificadas, não são aprovadas antes. Primeiro, verifica-se

se aquelas deliberações foram tomadas por quem tinha ou não tinha poderes legais

para o fazer, e depois suprem-se as nulidades, deliberando de novo.-------------

O Presidente salientou que a única coisa que continua a divergir é o facto de

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considerar que esta tomada de posição da Figueira Domus - Empresa Municipal de

Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal não tinha

que, necessariamente, vir à Câmara, resultante da má opção de se ter permitido

que uma empresa municipal gerasse outra. Portanto, a proposta vai no sentido de

reconhecer o erro nas Contas tal qual está, e considerar que, de acordo com o

artigo 68.º do Código das Sociedades Comerciais estão em condição de as aprovar,

com a rectificação proposta pela reunião do Conselho de Administração de 06 de

Maio de 2011.-------------------------------------------------------------------

Referiu que a proposta fica de acordo com o art.º 68º do Código das Sociedades

Comerciais, nos termos e descrevendo-se a parte do Movimento "Figueira 100%".---

O Vereador Vítor Guedes frisou que o Presidente não colocou à votação a proposta

da aprovação das Contas da Figueira Domus, e o art.º 68º refere recusa de

aprovação de contas, mas não houve recusa nenhuma na aprovação. Se for colocada

a aprovação das Contas, não tem problema nenhum em assumir a deliberação e votar

contra.-------------------------------------------------------------------------

Salientou que o Presidente também está a dizer que não coloca as contas à

aprovação, porque entende que têm que ser rectificadas, questionando como é que

as coloca nesta Câmara à votação para aprovação, e se fica consignado em acta

que, quer o Executivo Camarário, quer o Movimento "Figueira 100%" não aprova as

contas tal e qual elas estão. Citou também os art.º 68º do Código das Sociedades

Comerciais, que refere “(...)que não sendo aprovada a proposta dos membros da

administração relativa à aprovação das contas (...)”, lembrando que aqui a

proposta da aprovação de contas não foi apresentada à votação, não se está a

deliberar sobre proposta nenhuma da apresentação de contas, porque o Presidente

disse que ia retirar da aprovação da reunião, a aprovação das contas.-----------

Sugeriu dever-se apenas referir que o relatório de contas, por deliberação da

Câmara, foi retirado da votação, tendo sido deliberado por maioria e fazendo

menção às duas propostas, votadas no ponto anterior. E antes de ser novamente

presente para votação na reunião de Câmara, sejam cumpridos os procedimentos que

foram sugeridos pelo Movimento "Figueira 100%" e depois é que vai ser aprovado,

porque foi isso que ficou aqui deliberado e foi isso que foi objecto de

deliberação.--------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por maioria, com sete votos contra do Presidente e Vereador

António Tavares, dos Vereadores do Partido Social Democrata, Teresa Machado,

João Armando e Ana Lúcia, e do Movimento "Figueira 100%", Vítor Coelho e Vítor

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Guedes, e duas abstenções do Vice-Presidente e da Vereadora Isabel Cardoso, não

aprovar o Relatório de Actividades e Contas referentes ao ano de 2010 da

Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz,

Entidade Empresarial Municipal, na sequência da aprovação da proposta B,

subscrita e apresentada pelos Vereadores do Movimento "Figueira 100%", nesse

sentido.------------------------------------------------------------------------

Deliberação aprovada em minuta.-------------------------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso apresentou a seguinte Declaração de Voto:------------

“Votei a favor da aprovação de contas, porque entendo que da leitura de todos os

documentos enquadradores legais por que se rege a Empresa Municipal Figueira

Domus, não resulta claro, que não seja possível a constituição de suprimentos

para fazer face a necessidades de exploração, quando está a participar noutra

empresa. Como tal, entendo que as contas do ponto de vista contabilístico se

encontram bem relevadas e deviam merecer votação favorável.”--------------------

A Vereadora Teresa Machado apresentou a seguinte Declaração de Voto:------------

“Os Vereadores do Partido Social Democrata, face ao assunto em votação, ou seja,

o Relatório de Contas da Figueira Domus e, como aqui foi assumido, pelos motivos

aduzidos, que as contas reproduzem processos que enfermam de vícios de

ilegalidade e nulidade, não podem votar a favor.”-------------------------------

O Vice-Presidente apresentou a seguinte Declaração de Voto:---------------------

“O meu voto é a abstenção, de acordo com o parecer jurídico que existe da

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, de 07 de Dezembro

de 2007. Contudo quero realçar que todas as decisões do Conselho de

Administração, da Figueira Domus, E.E.M., foram tomadas com base em pareceres

jurídicos e acompanhados pelos ROC´S. Quero ainda também frisar que acompanhei a

proposta desta rectificação de contas, porque em 2007, 2008 e 2009 não se

cumpriu a Lei relativamente ao art.º 31.º da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de

Dezembro, e esta seria uma maneira de suprir essa situação.”--------------------

O Vereador António Tavares apresentou a seguinte Declaração de Voto:------------

“Votei contra as Contas, atendendo aos termos e aos argumentos do parecer da

Divisão Jurídica da Câmara Municipal.”------------------------------------------

14 - FIGUEIRA PARANOVA – RENOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO,

EMPRESA MUNICIPAL

14.1 - PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA O INÍCIO DOS PROCEDIMENTOS TENDO

EM VISTA A DISSOLUÇÃO DA FIGUEIRA PARANOVA – RENOVAÇÃO E

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DESENVOLVIMENTO URBANO, EMPRESA MUNICIPAL

O Presidente deu nota que são muitos os ónus e os encargos que estão a cair

sobre a Câmara Municipal, da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento

Urbano, Empresa Municipal. Destacou o recente processo de negociação com a Caixa

Geral de Depósitos no sentido de se pagar os juros de um empréstimo de 2,2

milhões de euros, não se vislumbrando solução para a manutenção desta empresa,

que está tecnicamente falida.---------------------------------------------------

Salientou que o processo de insolvência poderá ser assumido com as empresas

municipais, mas considerando o volume de obrigações existentes para com os

credores, nomeadamente com a Caixa Geral de Depósitos, S.A., as empresas

municipais não podem entrar num processo só de insolvência é uma questão

discutível com implicações para os demais.--------------------------------------

Propôs, até por uma questão preventiva, que a Câmara autorize o Conselho de

Administração da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa

Municipal a iniciar o procedimento tendo em vista a extinção da empresa.--------

O Vereador Vítor Guedes revelou ter alguma dificuldade em perceber o alcance

desta proposta, disse não colocar em causa que muito provavelmente o caminho da

Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal seja a

sua dissolução, porém entende que caberá ao seu Conselho de Administração fazer

os estudos necessários, referindo quais as repercussões que se traduzem para o

Município, relativamente a optar-se pela extinção, apresentando posteriormente à

Câmara para esta deliberar.-----------------------------------------------------

Julga que deverá ser o Conselho de Administração a evocar as razões pontuais

pelas quais se deve optar por essa via, as reproduções que essa extinção vai ou

não produzir e ter nas contas da própria Câmara, porque segundo foi referido

existe aqui um passivo enorme, implicando um esforço financeiro também ele

enorme por parte da Câmara.-----------------------------------------------------

O Vice-Presidente respondeu que o Conselho de Administração não poderá iniciar o

processo de extinção ou liquidação sem existir uma deliberação prévia por parte

da Câmara Municipal.------------------------------------------------------------

Revelou ter sérias dúvidas sobre a constituição da Assembleia Geral da Figueira

- Paranova Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, porque de

acordo com os estatutos e conforme referido no acordo parassocial aprovado em

2003, tem de existir três terços da Assembleia-Geral para aprovar a sua

dissolução, porém referiu que com base na Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro,

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Acta n.º 10 da Reunião Ordinária de 10-05-2011

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a Assembleia – Geral será constituída pela Câmara Municipal.--------------------

Apesar de ter algumas dúvidas em relação a esta matéria destacou que a Câmara,

em termos legais, não pode decidir per si a dissolução sem ir à Assembleia -

Geral da Figueira - Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa

Municipal, questionando como é que poderá fazer essa proposta junto da

assembleia da empresa sem antes dar conhecimento à Câmara.----------------------

A Vereadora Isabel Cardoso entende que caberá à Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal dada a sua participação na Figueira Paranova - Renovação e

Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal, propor essa extinção.----------------

O Vereador Vítor Guedes, concordou dizendo que terá de existir essa autorização

e para haver esse pedido de autorização tem que haver um documento que suporte a

justificação.-------------------------------------------------------------------

O Presidente disse que a Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de

Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial Municipal deverá apresentar a

razão pela qual considera que a sua participada Figueira Paranova - Renovação e

Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal deva ser extinta.---------------------

O Vereador Vítor Guedes entende que a extinção da Figueira - Paranova Renovação

e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal deve ser decidida na própria empresa

em conjunto com os seus accionistas.--------------------------------------------

O Presidente reiterou que cabe à própria tutora, Figueira Domus - Empresa

Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade Empresarial

Municipal, deliberar sobre essa extinção, sugerindo que seja apresentado,

posteriormente, o pedido de autorização à Câmara Municipal, tendo o Vice-

Presidente concordado com o argumento invocado.---------------------------------

A Vereadora Isabel Cardoso interveio dizendo que a Câmara enquanto Assembleia

Geral da Figueira Domus - Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira

da Foz, Entidade Empresarial Municipal está, no fundo, a mandatar o nosso

representante na Paranova a dar-lhe autorização para caso seja decidida a

extinção da empresa na Assembleia Geral da Paranova, ele tem autorização da sua

Assembleia Geral para votar a favor.--------------------------------------------

O Presidente finalizou a sua intervenção considerando que a Figueira Domus -

Empresa Municipal de Gestão de Habitação da Figueira da Foz, Entidade

Empresarial Municipal deve apreciar a necessidade ou não da dissolução da

Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal e caso

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se opte por esta solução solicitar autorização à Câmara com a respectiva

fundamentação.------------------------------------------------------------------

A Câmara deliberou, por unanimidade, retirar este assunto da ordem de trabalhos.

14.2 - FIGUEIRA PARANOVA – RENOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO,

EMPRESA MUNICIPAL - RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS

REFRENTES AO ANO DE 2010

Pelo Presidente foi presente para conhecimento o Relatório de Actividades e

Contas referente ao ano de 2010, da Figueira Paranova - Renovação e

Desenvolvimento Urbano, Empresa Municipal.--------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento do Relatório de Actividades e Contas referente ao

ano de 2010, da Figueira - Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano,

Empresa Municipal nos termos da alínea c), do art.º 27.º, da Lei n.º 53-F/2006,

de 29 de Dezembro.--------------------------------------------------------------

14.3 - FIGUEIRA PARANOVA – RENOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO,

EMPRESA MUNICIPAL - RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

REFERENTE AO ANO DE 2010

Pelo Presidente foi presente, para conhecimento, o Relatório de Execução

Orçamental, da Figueira Paranova - Renovação e Desenvolvimento Urbano, Empresa

Municipal referente ao ano de 2010.---------------------------------------------

A Câmara tomou conhecimento do Relatório de Execução Orçamental referente ao ano

de 2010, nos termos da alínea d), do art.º 27.º, da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de

Dezembro.-----------------------------------------------------------------------

E não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente declarada encerrada a

reunião eram vinte e uma horas, da qual, para constar, se lavrou a presente

acta, que será previamente distribuída a todos os membros da Câmara Municipal

para posterior aprovação e que vai ser assinada pelo Presidente e pelo

Secretário, nos termos da Lei.--------------------------------------------------