dalvan j. reinert, phd j. miguel reichert, phd · 2020. 3. 1. · solo largamente usados como...

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O atual sistema de manejo das condições físicas do solo propicia o uso eficiente dos corretivos e fertilizantes? Dalvan J. Reinert, PhD J. Miguel Reichert, PhD

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  • O atual sistema de manejo das condições físicas do solo propicia o uso eficiente dos corretivos e

    fertilizantes?

    Dalvan J. Reinert, PhD J. Miguel Reichert, PhD

  • Física do Solo:

    - equações matemáticas que descrevem fluxos e processos e interações do solo com o ambiente;

    - monitoramento e predição de fenômenos naturais;

    - leis válidas para todas as profundidades e para tipos de solo;

    - ciência básica;

    - pesquisa teórica e modelagem.

    Fertilidade do solo:

    - fatores que controlam a disponibilidade de nutrientes às plantas;

    - práticas de manejo para o uso eficiente de fertilizantes e segurança ambiental;

    - conhecimento empírico + estatístico;

    - ciência aplicada;

    - interação entre solos, plantas e clima;

    - resolução de problemas práticos.

    X

    (van Lier et al., 2002)

  • Fatores de crescimento de plantas

    {(água, ar, temperatura, resistência mecânica) + (nutrientes)}

    Umidade do Solo

    Resistência Mecânica

    Temperatura Aeração

    Densidade Densidade Poros

    Densidade Poros

    +

    (Letey, 1985)

  • Lei do mínimo de Liebig: “tudo junto reunido”!

  • Dinâmica dos nutrientes

    Interação da física do solo com a fertilidade

    (Adaptado de van Lier et al., 2002)

    SOIL PHYSICS

    Physical Factors

    Temperature Water content

    Aeration Leaching

    Biological Factors

    Microorganisms (species and abundance) Vegetation (dry matter production, rooting characteristics)

    Chemical Factors

    pH Mineralogy

    Organic matter

    Nutrient supply and availability

    SOIL

    FERTILITY

  • Várias interfaces da física (e biologia) do solo com a fertilidade

    (Imagem de: Garcia, 1998)

  • Mecanismos de suprimento de nutrientes

    Interceptação radical

    Difusão

    Fluxo de massa

  • Elemento

    Interceptação

    radical

    Fluxo de

    massa

    Difusão

    --------------- % ---------------

    N 1 99 0

    P 2 4 94

    K 3 25 72

    Ca 27 73 0

    Mg 13 87 0

    S 5 95 0

    B 3 97 0

    Cu 70 20 10

    Fe 50 10 40

    Mn 15 5 80

    Mo 5 95 0

    Zn 20 20 60 (Malavolta et al., 1989)

    Mecanismos de suprimento: aqui tem aspectos físicos

  • Estrutura do solo, absorção de água e de solutos: Caso do P

    Potencial de água

    Um

    idad

    e

    Filme de água

    Ar

    Microagregado

    Grâ

    nu

    lo d

    e P

    Rota de difusão

    Efeito na Área Efeito na Umidade e Tortuosidade

  • UFSM-Departamento de Solos

    Relações da porosidade de aeração e resistência do solo apresentadas

    por Silva et al. (2004) demonstram que os valores críticos ou restritivos

    não funcionam de maneira abrupta cessando o crescimento (Figura 11),

    porém indicam que os valores críticos de espaço aéreo e resistência do

    solo largamente usados como referência não estão muito distantes

    Valores de crescimento de plantas com a variação de porosidade de aeração

    (a) e de resistência à penetração (b) em solo sob plantio direto (PD) e

    convencional (PC). Fonte: Silva et al. (2004).

    (a) (b)

  • Densidade (g cm-3

    )

    1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0

    Um

    idade (

    cm

    3 c

    m-3

    )

    0,0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    IHO

    PA

    RP

    CC

    PMP

    Juntando as partes: estratégia IHO

    (Collares et al., 2006)

    Portanto, o estado de compactação e a funcionalidade do sistema poroso definem o movimento de água e íons no solo. Como juntar: 1) Fatores de

    capacidade: IHO, por exemplo.

    2) Fatores de intensidade: fluxos.

  • IHORP=3MPa e Raízes (área para absorção)

    (Kaiser et al., 2009)

    (Kaiser et al.)

  • (Kaiser et al., 2009)

    NT comp

    (Kaiser et al.)

    IHORP=3MPa e Raízes (área para absorção)

  • 1,25 a 1,3

    1,3 a 1,4

    1,4 a 1,5

    1,56 1,7 a 1,8

    Ds quando IHO = 0

    Areia, %

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

    Franco Argiloso

    Franco Siltoso

    Argila

    Muito Argiloso

    (5 autores e 11 solos)

    Mg m-3

  • UFSM-Departamento de Solos

    XVI RBMCSA 2006

    0 200 400 600 800 1000Argila, g kg-1

    1.2

    1.4

    1.6

    1.8

    1.1

    1.3

    1.5

    1.7

    1.9

    Ds c

    IH

    O,

    Mg

    m-3

    Dsc IHO = -0,00072 argila + 1,79321

    R2 = 0,87

    12

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    11

    12

    13

    14 15

    16

    17

    0 200 400 600 800 1000Argila, g kg-1

    1.2

    1.4

    1.6

    1.8

    1.1

    1.3

    1.5

    1.7

    1.9

    Ds c

    Res

    t, M

    g m

    -3

    Dsc Rest = -0,00070 argila + 1,86045

    R2 = 0,83

    1

    4

    32

    56

    7

    8

    9

    10

    11

    1213

    Densidade crítica a partir de dados de IHO (Dsc IHO) (a) e a partir

    de restrições ao crescimento radicular ou rendimento (Dsc Rest.)

    (b), em função do teor de argila.

    (a) (b)

  • 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9

    Densidade do Solo, g cm-3

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    Pro

    fun

    did

    ad

    e, cm

  • Indicador físico aliado a

    Indicador biológico

    1.5 1.55 1.6 1.65 1.7 1.75

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    0 0.5 1 1.5 2 2.5 3

    30

    20

    10

    0

    Resistência à

    penetração, MPa Densidade do

    solo, Mg m-3

    Pro

    fun

    did

    ad

    e, c

    m

    Argissolo Vermelho Amarelo, 12 % de argila

  • Guandú

    Sistema radicular

    em área de

    plantio direto.

    Latossolo Roxo

    68% de argila - 0

    a 25 cm

  • Metodologia descrição de raízes

  • Guandú/Nabo

    1.55

    1.69

    1.79

    1.83

    1.82

    1.81

    Densidade Mg m-3

  • 1.88

    prof. 7.5 – 10 cm

    Pousio/Nabo

  • Juncea/Nabo

    1,85

    1,84

    1,58

    1.86

    1.80

    1.77

    Densidade Mg m-3

  • 1.55

    1.69

    1.79

    1.83

    1.82

    1.81

    Distribuição do sistema radicular do Guandú anão

  • Ano agrícola 2003/2004

    Resultados

    Crescimento radicular da cultura da soja

    Plantio direto

    +

    compactação

    Plantio direto Escarificado

    22 cm

    Foto: Luis Eduardo A.S. Suzuki

    22 cm

    Foto: Luis Eduardo A.S. Suzuki

    8 cm

    Foto: Luis Eduardo A.S. Suzuki

  • Compactação induzida &

    produtividade de feijão –

    safra 2001/2002 (chuva escassa)

    0 1 2 3 4 5

    Resistência à penetração (MPa)

    40

    30

    20

    10

    0

    Pro

    fun

    did

    ad

    e (

    cm)

    D ia 30-01-2002ns

    ns

    ns

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    ns

    ns

    ns

    ns

    ns

    0 1 2 3 4 5

    Resistência à penetração (MPa)

    40

    30

    20

    10

    0P

    rofu

    ndid

    ade (

    cm)

    D ia 30-11-2001

    T0

    T1

    T2

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    *

    ns

    ns

    ns

    ns

    ns

    ns

    Ds 10-15cm 1,70 1,75 1,85 Mg m-3

    Produtividade 3,0 1,8 1,1 Mg ha-1

    (100) (60) (40)

    0 2 4 passadas 10 Mg

    10-15cm

  • PDC/milho PD/milho Escarif/milho

    PDC/soja PD/soja Escarif/soja

    Crescimento radicular da cultura do trigo

    Inverno/2004

    Resultados

  • Estado compactação x

    Rendimento culturas

    Trigo redução (25%), por falta de

    oxigênio.

    Soja menor resposta aos estados de

    compactação.

    Milho redução (15%) do rendimento.

    Feijão redução até 60%,

  • Melhoria da estrutura do solo

    sob SPD Rotação de culturas

    +

    sistema radicular subsolante

    Controle tráfego x umidade

    Raízes: rotação cultural e poros biológicos

    Mecanismos sulcadores de semeadoras

  • O atual sistema de manejo das condições físicas do solo propicia o uso eficiente dos corretivos e

    fertilizantes?

    Dalvan J. Reinert, PhD J. Miguel Reichert, PhD

  • Rotação de culturas Componente Crítico…

    Nabo

    Crot. juncea

    Trigo

    Milho

    Soja

  • Foto: Luis Eduardo A.S. Suzuki

  • História das pressões associada aos valores de umidade do solo

    = Estado ou Nível de Compactação

    = Forças Compressivas – Forças Descompactadoras (Leia-se manejo do solo)