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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

ILIANE ILICE BREITENBACH DOS SANTOS

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SUBSEQUENTE E A REALIDADE ESCOLAR: ANÁLISE DO ACESSO, 

PERMANÊNCIA E CONCLUSÃO 

LONDRINA2011

ILIANE ILICE BREITENBACH DOS SANTOS

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SUBSEQUENTE E A REALIDADE ESCOLAR: ANÁLISE DO ACESSO, 

PERMANÊNCIA E CONCLUSÃO 

      

Artigo – produção didático­pedagógico ­ apresentado ao   Núcleo   Regional   de   Educação   de   Londrina   e Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como requisito   obrigatório   dentro   do   Programa   de Desenvolvimento  Educacional   –  PDE e   respectiva conclusão do curso.

Orientadora: Profª. Eliane Cleide da S. Czernisz

LONDRINA2011

RESUMO

O tema abordado neste artigo é a Educação Profissional Subseqüente e tem 

como foco o estudo a “Educação Profissional Subsequente e a realidade escolar: 

análise do acesso, permanência e conclusão”. O objetivo deste artigo é refletir sobre 

as ações realizadas no Projeto de Intervenção Pedagógica realizado no segundo 

semestre  do  ano  letivo  de  2010,   juntamente com a  direção,  equipe  pedagógica, 

coordenação   de   curso   e   professores   do   Curso   Técnico   em   Contabilidade   – 

Subsequente,   do   Colégio   Estadual   São   José   ­   Ensino   Fundamental,   Médio   e 

Profissional,   do   município   de   Londrina.   Destacamos   a   valorização   da   formação 

continuada do professor, no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, que 

entendemos   ser   um   programa   multiplicador   de   conhecimentos,   idealizado   e 

desenvolvido pelo Governo do Estado do Paraná em parceria com as Secretarias de 

Estado da Educação – SEED  e Instituições de Ensino Superior –  IES. As ações 

realizadas na Escola através de estudos propostos tiveram como apoio um material 

didático   versando   sobre   a   legislação   aplicável   a   Educação   Profissional 

Subsequente, especificamente ao Curso Técnico em Contabilidade. Nesse trabalho 

foi dada ênfase aos direitos e deveres inerentes a todos os envolvidos no processo 

de   ensino­aprendizagem,   bem   como,   apresentado   os   instrumentos   legais   e 

constitucionais   do   Brasil   e   do   Paraná.  Os   resultados   apontam   contradições 

existentes  no   processo   de  permanência   e   conclusão   como  o  baixo   número   de 

concluintes e o alto número de evadidos. Também destacamos as condições de 

trabalho   de   professores   que   possuem   uma   jornada   de   trabalho   extenso 

comprometendo   o   fazer   docente.   Entendemos   que   tais   resultados   constituem 

desafios  que   reforçam a  necessidade  de  estudo  por  parte  dos  professores  que 

buscam uma escola de qualidade.

INTRODUÇÃO

Escrever sobre a realização de um projeto de intervenção requer apresentar 

alguns dados que nos permitam ilustrar, tanto o programa que dá origem ao projeto 

de  intervenção, quanto a escola.   Esta opção favorece o esclarecimento sobre o 

acesso e a permanência do aluno na escola.

A Lei Complementar nº 130, regulamenta o Programa de Desenvolvimento 

Educacional – PDE, que foi  instituído pela Lei Complementar nº 103/2004, e tem 

como objetivo oferecer Formação Continuada para o Professor da Rede Pública de 

Ensino do Paraná.

Este  Programa  de  Formação  Continuada,   implantado   como  uma  política 

educacional   de   caráter  permanente  no  ano  de  2009,   teve  o   ingresso  de  2.400 

professores da Rede Pública Estadual de Ensino, que durante 2 (dois) anos, teriam, 

a   partir   de   seus   trabalhos,   a   meta   de   melhoria   do   processo   de   ensino   e 

aprendizagem nas escolas públicas estaduais de Educação Básica.

As áreas de estudos do PDE correspondem às áreas como: Currículo da 

Educação Básica, Gestão Escolar,  Pedagogia,  Educação Especial  e Profissional, 

sendo   neste   caso,   nas   disciplinas   técnicas,   especificamente   na   Educação 

Profissional Subseqüente, área da qual deriva a discussão do presente artigo.

O   Projeto   de   Intervenção   Pedagógica   na   Escola   foi   desenvolvido   no 

segundo semestre do ano letivo de 2010, no Colégio Estadual São José – Ensino 

Fundamental, Médio e Profissional.

O Colégio Estadual São José – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, 

está   situado   na   Rua   dos   Eucaliptos,   nº   215,   Jardim   Leonor,   no   Município   de 

Londrina, Estado do Paraná e, constitui­se num espaço de 43 anos de conquistas e 

contribuições para a educação do município, em especial com o bairro no qual está 

localizado.

Segundo dados obtidos da Proposta Pedagógica (2010) o colégio oferta a 

modalidade do Ensino Fundamental,  no período matutino e vespertino,  com 329 

alunos matriculados, a modalidade do Ensino Médio no período matutino e noturno 

com   142   alunos   matriculados   e   a   modalidade   de   Educação   Profissional, 

predominantemente,   no   período   noturno,   com   100   alunos   matriculados.   Estão 

cursando o Centro de Estudos de Línguas Estrangeiras Modernas  ­  CELEM, 42 

alunos. 

Consta na Proposta Pedagógica que os recursos financeiros necessários a 

manutenção da escola são enviados pelo Ministério da Educação e Cultura ­ MEC, 

pelo Fundo Rotativo da Secretaria de Estado da Educação ­ SEED, via Fundação 

Educacional  do  Paraná   ­  FUNDEPAR.  Observamos,  ainda,  que  há   captação  de 

recursos   através   da   Associação   de   Pais,   Mestres   e   Funcionários   ­   APMF,   na 

captação legal da cantina da APMF e de campanhas junto à comunidade e cantina 

da escola.

Na Proposta Pedagógica há a descrição da estrutura física do colégio que 

se compõe de três pavimentos: no 1º Pavimento estão localizadas dez salas de aula; 

um salão de eventos; uma área coberta, destinada para o lazer e para o refeitório e 

uma sala de artes. No 2º Pavimento está localizada a ala administrativa composta 

por:  uma sala de professores,  uma sala das coordenações, uma sala da equipe 

pedagógica, uma sala de informática, uma sala de mecanografia, uma cozinha, uma 

cantina, uma secretaria, dois banheiros para professores e funcionários, bem como, 

um banheiro para os alunos. No 3º Pavimento estão localizadas sete salas de aula, 

uma sala de aula adaptada para biblioteca, uma sala de leitura, uma Laboratório de 

Matemática,   um   Laboratório   de   Física,   Química   e   Biologia   e   Laboratório   de 

Informática. Além, destes espaços, o colégio conta com duas quadras poliesportivas 

e   um   refeitório   com   mesas   e   bancos.   Possui,   ainda,   os   seguintes   recursos 

pedagógicos:   retroprojetores,   tela   para   retroprojetor,   televisores,   videocassetes, 

aparelhos   de   som,   rádios   gravadores,   copiadoras,   projetor   de   slides,   spinlight, 

pirógrafo, DVDs, datashow, computadores, calculadoras e câmera fotográfica digital. 

A Proposta Pedagógica (2010) traz o histórico do colégio:

“fundado em 11 de  fevereiro  de  1967,  pelo  padre  Mário  Briatori,  com o nome de Casa Escolar São José. A escola foi construída num terreno de 815m²,   que   fora  destinado  à   residência  do  vigário,   que  generosamente, doou­o para edificação da tão necessária e desejada escola para os filhos do   Jardim   Leonor.   O   colégio   iniciou   suas   atividades,   com   362   alunos matriculados, nos três períodos”. 

De acordo com a Proposta Pedagógica o colégio, além de ofertar o Ensino 

Fundamental e Médio, oferece também os cursos profissionalizantes: Técnico em 

Administração,   Técnico   em   Contabilidade,   Técnico   em   Recursos   Humanos   e 

Técnico em Transações Imobiliárias. Ainda, oferta o Centro de Estudos de Línguas 

Estrangeiras   Modernas   ­   CELEM,   que   desenvolve   cursos   de   língua   e   cultura 

Espanhola, oportunizando aos interessados a oportunidade de estudar e conhecer 

outra cultura. 

Na distribuição de turmas, conforme Proposta Pedagógica, o colégio busca 

atender a demanda da comunidade escolar e orientações dadas pela SEED. 

O público escolar descrito  na caracterização da comunidade da proposta 

pedagógica é constituído basicamente por alunos que moram no bairro, muitos sem 

residência própria, com renda familiar entre 1 a 3 salários mínimos. Percebemos que 

o colégio atende uma comunidade carente, com vários problemas socioeconômicos 

como: o desemprego, a violência, os lares desajustados, as drogas, entre outros que 

dificultam a permanência de alunos na escola. Apesar destas dificuldades, vem para 

o colégio atraídos pelo espaço físico e pelos projetos desenvolvidos..

Em levantamento que caracteriza o perfil  dos funcionários,   foi  constatado 

que a maioria tem Ensino Médio completo. Praticamente todos têm mais do que 2 

anos de tempo de serviço. A quase totalidade dos funcionários considera o local de 

trabalho  seguro.  Quanto   à   participação,   a  maioria   se  dispõe  a   comparecer   nas 

reuniões da escola  e  tem representação ativa  no  Conselho  Escolar,  mas não é 

engajada a nível sindical (Proposta Pedagógica, 2010).

Com relação ao corpo docente o levantamento aponta como características 

que   é   composto   por   professores   cuja   grande   maioria   cursou   especialização   e 

possuem mais de 20 anos de atuação profissional. Buscam avançar no domínio dos 

recursos tecnológicos, para programar suas aulas, mas muitos consideram que há 

necessidade de maior acessoria e formação neste sentido. Quanto à metodologia 

consideram que a atividade extraclasse pode completar o trabalho de sala de aula, e 

participam de projetos  sempre  que viáveis.  Pretendem  ficar  na  profissão  até   se 

aposentarem e apontam as condições de trabalho como os fatores mais importantes 

na   profissão   (seguidos   por   salários,   trabalho   da   equipe   pedagógica   e   trabalho 

interdisciplinar).   Com   relação   à   escola,   a   grande   maioria   alega   ter   escolhido   o 

colégio  por  opção  própria   e   aponta  como  maiores  problemas  a   indisciplina  dos 

alunos, a invasão de pessoas da comunidade na escola, e problemas com drogas. 

Apesar   das   dificuldades,   são   otimistas   em  afirmar   que   acreditam   que   a  escola 

pública pode melhorar (Proposta Pedagógica, 2010).  

Para entender o processo de ensino aprendizagem na educação profissional 

é necessário primeiro saber qual legislação vem respaldando o trabalho pedagógico 

na escola. 

O   presente   trabalho   procurou   abordar   a   legislação   que   fundamenta   a 

Educação  Profissional  Subsequente,   especificamente,  para  o  Curso  Técnico  em 

Contabilidade.

O estudo da legislação, sobretudo com relação a Educação Profissional, na 

modalidade Subsequente,   fez­se necessário a partir  do pressuposto de que esta 

modalidade de ensino  tem atendido de  forma prioritária,   jovens e adultos que  já 

estão   inseridos  no  mercado  de   trabalho  ou,   ainda,   predispostos  a  pleitear  uma 

colocação. Daí a necessidade de se questionar o tipo de cidadão e trabalhador que 

essa escola tem formado para atuar na sociedade. Portanto, este trabalho sugere 

uma análise reflexiva à cerca da proposta legal, para esta modalidade de ensino e, o 

que na prática vem sendo executado, ou seja, a distância entre o ensino oficial e a 

realidade observável.

AS BASES LEGAIS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 

A legislação que rege a educação profissional toma por base a Constituição 

Federal Brasileira.  A Constituição Federal no Título VIII “Da Ordem Social”, Capítulo 

III   “Da Educação,  da  Cultura  e  do  Desporto”,  Seção  I   “Da Educação”,  em seus 

artigos 205 a 214, aborda o tema relacionado à educação do Estado brasileiro. Já a 

Constituição do Estado do Paraná reservou o Título IV “Da Ordem Social”, Capítulo 

II “Da Educação, da Cultura e do Desporto”, Seção I “Da Educação”, em seus arts. 

177 a 189, para tratar do tema relacionado à educação no Estado paranaense. Os 

arts. 205 da CF e o art. 177 da CE, assim dispõem:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e   incentivada   com   a   colaboração   da   sociedade,   visando   ao   pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 2001, pág. 121 e PARANÀ, 2001, pág. 73,).

Para se refletir sobre as condições de acesso, permanência e conclusão de 

alunos   do   Curso   Técnico   em   Contabilidade,   na   modalidade   Subsequente,  é 

necessário buscar o seu amparo legal. Neste sentido, tanto a Constituição Federal 

quanto a Constituição do Estado do Paraná apresentam normas que asseguram o 

acesso de todos a educação e, em contrapartida, definem como sendo dever do 

Estado em oferecê­lo e, ainda, buscam assegurar a preparação do educando como 

cidadão e a sua qualificação para o mercado de trabalho. 

Essa discussão sobre a formação para o trabalho é  enfatizada desde os 

anos de 1940 com a criação do SENAI e SENAC e com a promulgação das Leis 

Orgânicas   de   Ensino,   como   podemos   analisar   em   Romanelli   (1993).   Tornou­se 

realidade com a Lei 5692/71 que trouxe a profissionalização compulsória nos cursos 

chamados “cursos de segundo grau”. 

Nos dias atuais, para que os cursos técnicos em nível médio possam atingir 

os seus objetivos, ou seja, preparar os seus educandos como cidadãos e, ainda, 

qualificando­os para o mercado de trabalho são necessários que sejam assegurados 

alguns   princípios   básicos.   Estes   princípios   estão   definidos   no   artigo   206   da 

Constituição Federal: 

I ­  igualdade de condição para acesso e permanência na escola, vedada qualquer forma de discriminação e segregação;II ­ liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;III   ­   pluralismo   de   idéias   e   de   concepções   pedagógicas   e   religiosas,   e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;IV   ­   gratuidade   de   ensino   em   estabelecimentos   mantidos   pelo   Poder Público, com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza;V ­ valorização dos profissionais do ensino, garantindo­se, na forma da lei, planos de carreira para todos os cargos do magistério público, piso salarial de acordo com o grau de formação profissional e ingresso, exclusivamente por concurso de provas e títulos, realizado periodicamente, sob o regime jurídico adotado pelo Estado;VI ­ gestão democrática do ensino público, na forma da lei;VII ­ garantia de padrão de qualidade. 

Para que a educação seja considerada um direito de todos é necessário que 

haja a previsão legal do montante de recursos que nela serão investidos. Vale a 

pena   lembrar   que  a   mesma  pode   ser   ofertada   pela   rede   pública   ou  particular. 

Quando  ofertada  pela   rede  pública,   a  Constituição  Federal,   em seu  artigo  212, 

determina a percentagem mínima da receita com impostos que deverá ser aplicada 

na mesma e qual a participação de cada ente federativo, no sentido de se garantir o 

acesso, a permanência e a equidade nos pontos de chegada. 

Art.   212.   A   União  aplicará,   anualmente,  nunca   menos  de  dezoito,   e  os Estados,  o  Distrito  Federal   e  os  Municípios  vinte  e   cinco  por  cento,  no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências,   na   manutenção   e   desenvolvimento   do   ensino   (BRASIL, 2001, pág. 123) 

A aplicação de recursos financeiros na educação é o que permite cumprir 

com o princípio do direito universal à educação para todos, está presente na Lei de 

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) foi aprovada em 20 de dezembro de 

1996, sendo sancionada pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso. 

A LDBEN em questão separou a Educação Profissional do Ensino Médio, 

rompendo com o caráter de compulsoriedade dos anos de 1970. Porem esta mesma 

legislação  deixou  a  possibilidade  da   integração.  No  Título  V   “Dos  Níveis  e   das 

Modalidades de Educação e Ensino”, Capítulo III “Da Educação Profissional” e, nos 

art. 39 a 42, contempla a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. 

Art.  39.   A   educação   profissional,   integrada   às   diferentes   formas   de educação,  ao   trabalho,  à  ciência  e  à   tecnologia,  conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Parágrafo único. O aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio   e   superior,   bem como   o   trabalhador   em  geral,   jovem  ou   adulto, contará com a possibilidade de acesso à educação profissional. Art.  40. A educação profissional será  desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho. Art.  41.  O conhecimento adquirido na educação profissional,   inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos. Parágrafo único. Os diplomas de cursos de educação profissional de nível médio, quando registrados terão validade nacional. Art. 42. As escolas técnicas e profissionais, além dos seus cursos regulares, oferecerão   cursos   especiais,   abertos   à   comunidade,   condicionada   a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade. (BRASIL, 1997, pág. 61).

A Educação Profissional  Técnica em Nível  Médio poderá  ser ofertada na 

forma articulada ao ensino médio e na forma subseqüente. A forma articulada ao 

ensino médio é aquela destinada àqueles que concluíram o ensino fundamental e na 

forma subseqüente, é aquela destinada àqueles que já concluíram o ensino médio. 

O  Curso  Técnico  em  Contabilidade,   na  modalidade   subseqüente   é   o   objeto   de 

estudo deste trabalho e deve, além de preparar para a cidadania e para o mercado 

de trabalho, também, certificar para o prosseguimento de estudos.

O Parecer nº 16/99 regulamenta as Diretrizes Curriculares Nacionais para a 

Educação Profissional de Nível Técnico e, dentre os temas abordados encontram­se 

os princípios da Educação Profissional Técnica de Nível Médio que dividem­se em 

princípios gerais e comuns com a educação básica e os princípios específicos da 

educação profissional. 

Dentre os princípios gerais e comuns da Educação Profissional Técnica de 

Nivel Médio podemos destacar o principio da articulação da educação profissional 

técnico com o ensino médio, que se refere aos valores estéticos, políticos e éticos. 

Com relação à essa base valorativa podemos ressaltar que o  principio da 

estética “estimula a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a 

afetividade” e, como tal, facilita “a constituição de identidades capazes de suportar a 

inquietação, conviverem com o incerto, o imprevisível e o diferente” (TROJAN, 2004, 

p. 427).

Por   sua   vez   o  princípio  político   “abarca   a  política   da   igualdade,   visa   a 

constituição de  identidades que  reconheçam e respeitem os direitos humanos,  o 

bem comum e aos princípios do Estado Democrático de Direito; e combatem a todas 

as formas discriminatórias” (Boletim OPA nº 25, 2006, p. 01). 

Ainda,   o   princípio   ético   pauta­se   na   “ética   da   identidade   para   constituir 

identidades sensíveis e igualitárias frente à realidade de seu tempo, além de orientar 

o educando em suas diversas esferas – profissional, civil, social e pessoal – a agir 

com solidariedade, responsabilidade” (Boletim OPA nº 25, 2006, p. 01).

Esses   princípios   são   importantes   na   educação   profissional   pela 

possibilidade   da   constituição   de   características   que   vem   sendo   solicitadas   ao 

homem   e   trabalhador   contemporâneo.   Já,   dentre   os   princípios   específicos 

encontram­se os que definem: 

“a  sua  identidade e especificidade, e se  referem ao desenvolvimento de competências para a laborabilidade, à flexibilidade, à interdisciplinaridade e à   contextualização   na   organização   curricular,   à   identidade   dos   perfis profissionais  de conclusão,  à  atualização permanente dos cursos e seus currículos, e à autonomia da escola em seu projeto pedagógico”  (BRASIL, 1999, pág. 24). 

Tanto   a   Constituição   Federal   quanto   a   Lei   de   Diretrizes   e   Bases   da 

Educação   Nacional   asseguram   os   princípios   a   serem   adotados   na   educação, 

princípios  legais  que garantem o direito  do cidadão ao acesso e permanência à 

educação e que devem, portanto, ser adotado na Educação Profissional Técnica de 

Nível Médio.

  “Assim,   os   princípios   da   igualdade   de   condições   para   o   acesso   e   da permanência na escola, a  liberdade de aprender e ensinar, a valorização dos  profissionais  da educação e os  demais  princípios  consagrados  pelo artigo   3.º   da   LDB   devem   estar   contemplados   na   formulação   e   no desenvolvimento   dos   projetos   pedagógicos   das   escolas   e   demais instituições de educação profissional” (Brasil, 1999, pág. 24). 

O Conselho  Estadual  de  Educação do Estado do Paraná   regulamenta  a 

Educação   Profissional   Técnica   de   Nível   Médio   através   das   Deliberações   e 

Pareceres, ainda, a Secretaria de Educação do Estado do Paraná legisla sobre a 

matéria   em   suas   Resoluções   e   Instruções.   A   partir   de   tais   normas   e 

encaminhamentos legais é que são elaborados os documentos da escola como, por 

exemplo, a Proposta Pedagógica e o Regimento Escolar.

ESTRATÉGIAS   PARA   PROMOÇÃO   DO   ACESSO   E   PERMANÊNCIA   DOS 

ALUNOS NA ESCOLA.

A análise dos pressupostos legais proposta para estudo com professores e 

equipe pedagógica foi uma etapa que contou também com um levantamento sobre 

as estratégias que possibilitem além do acesso, também a permanência do aluno da 

educação profissional na escola.

Após a realização desta etapa foram analisados e discutidos os seguintes 

aspectos:

1. a expansão da educação profissional e a criação do Curso Técnico em 

Contabilidade – Subsequente, do Colégio Estadual São José – Ensino Fundamental, 

Médio e Profissional. 

2.   as   formas   de   implantação   do   Curso   Técnico   em   Contabilidade   – 

Subsequente,   do  Colégio   Estadual   São   José   –   Ensino   Fundamental,   Médio   e 

Profissional.

3.   as   formas   de   ingresso   no   Curso   Técnico   em   Contabilidade   – 

Subsequente,   do  Colégio   Estadual   São   José   –   Ensino   Fundamental,   Médio   e 

Profissional.

4. os problemas relacionados à permanência e conclusão no Curso Técnico 

em   Contabilidade   –   Subsequente,   do  Colégio   Estadual   São   José   –   Ensino 

Fundamental, Médio e Profissional.

5.   o   índice   de   concluintes   do  Curso   Técnico   em   Contabilidade   – 

Subsequente,   do  Colégio   Estadual   São   José   –   Ensino   Fundamental,   Médio   e 

Profissional.

A culminância da discussão foi concretizada com a avaliação dos resultados 

obtidos junto a todos os envolvidos – professores e equipe pedagógica Em termos 

legais as formas de ingresso e permanência nos cursos de Educação Profissional 

Subsequente   para   o   Curso   Técnico   em   Contabilidade   são   asseguradas   na 

Constituição Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 

–   LDBEN,  Normas   Complementares   às   Diretrizes   Curriculares   Nacionais   da 

Educação Profissional Técnica de Nível Médio e de Especialização Técnica de Nível 

Médio  ­   Deliberação  n.º  009/06   e   na  Orientação   sobre   a   Matrícula   nos 

Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual  de Educação Básica para o Ano 

Letivo   de   2010   ­  Instrução   Normativa   Nº   04/09,   conforme   pode­se   ver   na 

fundamentação teórica. 

Em ações concretas o  Colégio Estadual São José – Ensino Fundamental, 

Médio  e  Educação Profissional,   tem o sentido  de  assegurar  a  permanência  dos 

alunos   na   escola,   tem­se   articulado   para   a   implantação   de   ações   que 

complementam o curso Técnico em Contabilidade como destacamos a seguir:

Hora­atividade   ­  contribui   para   a   organização   da   prática   pedagógica   do 

professor, possibilitando ao mesmo, tempo para troca de idéias e experiências, bem 

como para reflexão, planejamento e avaliação da prática pedagógica, correção de 

provas   e   trabalhos,   atendimento   a   pais   e   alunos.   Trata­se   de   um   momento 

importante   em   que   o   professor   pode   se   organizar   para   pensar   o   ensino,   para 

redimensionar as formas de mediação pedagógica com o aluno.

A escola também se preocupa com a Inclusão e busca realizar ações que 

vislumbram   assegurar   a   educação   de   qualidade   para   todos   os   alunos   com 

necessidades especiais, em todas as etapas e modalidades da Educação Básica. 

A escola,  ainda,  oferece diversos projetos  e  atividades em parceria  com 

outras   instituições,   colaboradoras  no  processo  de  socialização  e   relacionamento 

interpessoal. 

Entre estes destacamos o  Programa Atitude, da Secretaria de Estado da 

Criança   e   da   Juventude,   do   Governo   do   Estado,   que   chega   às   comunidades 

paranaenses   com   uma   proposta   inédita   de   participação   social   na   busca   pela 

superação   das   violências   que   envolvem   as   crianças,   os   adolescentes   e   suas 

famílias. Suas ações são dirigidas a crianças e jovens com seus direitos violados e 

suas famílias que vivem em comunidades que concentram indicadores de exposição 

às situações de violência. 

E também o Programa mais Educação do Governo Federal que incentiva a 

permanência do aluno no período  integral  dentro da escola. Para os alunos que 

participam deste programa é oferecido um lanche no meio da manhã e almoço.

Mesmo com esforços para realização de tais ações, segundo a secretaria da 

escola os dados dos alunos do Curso Técnico em Contabilidade – Subseqüente 

mostram que no primeiro semestre do ano letivo de 2010, na turma do 1º semestre, 

formam matriculados 32 alunos, sendo aprovados 10. Os demais foram transferidos, 

desistiram ou foram reprovados.

No segundo semestre  do  ano  letivo  de  2010,  na   turma do 1º  semestre, 

formam matriculados 37 alunos, sendo aprovados 13. Os demais foram transferidos, 

desistiram ou foram reprovados. Na turma do 2º semestre foram matriculados 10 

alunos,  sendo aprovados 08.  Os demais  foram  transferidos,  desistiram ou  foram 

reprovados. 

Verificamos a partir destes dados que para além do acesso, devemos nos 

centrar na permanência e conclusão, pois uma margem pequena de alunos conclui o 

curso. Há que ser ressaltado que muitos alunos do curso subseqüente são alunos 

de   maior   idade,   muitos   já   trabalham   e   optaram   por   retornar   e   buscar   novos 

conhecimentos.

Outro   aspecto   a   ser   mencionado   nessa   discussão   e   que   consideramos 

importante são os docentes. A tabela abaixo demonstra dados dos docentes como: 

o nome, a função, a habilitação, o vínculo e a carga horária semanal dos professores 

que trabalham no Curso Técnico em Contabilidade Subsequente. 

Nome Completo Função  Graduação Vínculo HorasProfessor A Docente Ciências Contábeis QPM 60Professor B Docente Letras QPM 20Professor C Docente Administração PSS 60Professor D Docente Ciências Contábeis  QPM 60Professor E Docente Tec. em Proc. de Dados PSS 40

Professor FCoordenador 

e Docente

Técnico em Contabilidade 

Esquema I

QPM 20

Professor GDocente Ciências Contábeis, Direito

Esquema I

QPM 60

Fonte: Proposta Pedagógica – 2º semestre/2010

A partir da análise da tabela acima, podemos vislumbrar que os docentes do 

curso  são,  em sua maioria,  concursados e  habilitados na área  de  sua atuação. 

Sabe­se   que   grande   parte   dos   docentes   trabalha   durante   o   dia   em   atividades 

vinculadas a sua área de formação e à  noite trabalham como professores, o que 

possibilita   uma   interação   entre   o   fazer   específico   do   profissional   da   área   e   a 

discussão específica do curso. Já, por outro lado, a maioria dos professores possui 

uma carga horária excessiva, alguns até superior a 40 horas, o que, muitas vezes, 

traz prejuízos quanto a uma dedicação maior as atividades didático­pedagógicas. 

Esse pode ser um fato que contribui para o desgaste da ação pedagógica na escola. 

Lembramos que assim, como tanto aluno como professores passam por situações 

difíceis. O aluno trabalha e estuda à noite. O professor trabalha durante o dia e à 

noite. Há  um desgaste nas condições que envolvem o aprender e o ensinar que 

estão relacionadas às condições concretas de vida.

  Na tabela a seguir podemos vislumbrar  tais dados além dos motivos da 

opção   dos   alunos   pelo   Curso   Técnico   em   Contabilidade,   na   modalidade 

subsequente.

Em   discussão   com   os   alunos   sobre   os   motivos   da   escolha   do   ensino 

noturno, foi  comentado pela maioria que esta foi  a melhor opção, pois trabalham 

durante o dia.

Já, com relação à satisfação que possuem a respeito da escola, foi notório e 

comum os elogios a cerca da organização administrativa e pedagógica da escola, 

mas deixaram claro o que os incomoda de fato, é o pouco tempo que tem disponível 

para estudar, já que a maioria trabalha durante o dia, para sustentarem a si próprios 

e, muitas vezes, até as suas famílias. 

É   consenso,   para   a   maioria   dos   alunos   que   sem   estudar,   sem   obter 

conhecimento,   as   condições   de   vida   ficam   mais   precárias.   Reconheceram   a 

importância da escola e associam o estudo à  condição básica para  ingressar no 

mercado de trabalho, tão escasso de vagas. 

O Colégio Estadual São José – Ensino Fundamental. Médio e Profissional 

segue toda a regulamentação da Secretaria de Estado da Educação – SEED e, tem 

como eixo norteador da Educação Profissional o Trabalho como princípio educativo.

Deste modo a orientação pedagógica está centrada no preparo dos alunos 

para o mundo do trabalho. O que se busca é um preparo e formação que leve o 

aluno a aprender  sem que  isso  tenha significado de adaptar  ao mundo em que 

vivemos. A proposta é de substituir o treinamento por aprendizagem na formação do 

homem, cidadão e trabalhador.

Sintetizando, a SEED, através do Departamento de Educação Profissional, assumiu o compromisso com uma política de educação profissional em que o trabalho deve ser compreendido como princípio educativo no sentido da politecnia   ou   da   educação   tecnológica,   sustentado   pelos   conceitos   de trabalho, de cultura, de ciência e de tecnologia. O trabalho compreendido como  fundamento unificador  da educação como prática  social;  a  ciência como   disponibilizadora   dos   conhecimentos   produzidos   e   legitimados socialmente   e   fundamento   da   técnica   e   da   tecnologia;   a   cultura   como categoria   que   sintetiza   as   diferentes   formas   de   criação   existentes   na sociedade,   através   de   seus   símbolos,   representações   e   significados (PARANÀ, p. 11).

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES  

A discussão até o momento empreendida demonstra que mesmo havendo 

uma ampla base legal que sustenta a educação profissional  garantindo o direito de 

acesso à educação por parte do aluno, esta esbarra em condições concretas dos 

alunos. Trata­se de uma questão que merece ser ampliada mediante novos estudos. 

Uma outra questão a ser ressaltada é que os professores também passam 

por situações concretas que dificultam o exercício docente com qualidade como por 

exemplo a tripla jornada de trabalho. Entendemos que condições de trabalho são 

imprescindíveis para que possamos obter bons resultados. Da mesma maneira que 

um aluno cansado não consegue aprender, um professor sobrecarregado também 

não consegue ensinar.

É preciso lembrar que as condições concretas de vida de que falamos aqui 

possuem   uma   face   contraditória.   Poderíamos,   ao   verificar   que   trata­se   de   uma 

situação difícil para ser resolvida, simplesmente nos acomodar a ela. De outro modo 

percebemos   que   esta   é   a   condição   que   deve   nos   mover   para   encaminhar   a 

profissionalização subseqüente de maneira diferente.

Como professora da educação profissional entendo que o estudo das bases 

legais  mostra  o  aspecto  da  cidadania   legal,  o  que  deveria   ser  o   ideal  e  não  o 

concreto, o que diz respeito às condições de vida das pessoas. Por este motivo é 

que devemos nos organizar como professores, estudando e buscando compreender 

as   formas,  as  possibilidades  de  mudança  de  nossa  condição  docente  para  que 

possamos de fato proporcionar aos alunos a permanência na escola, uma escola de 

qualidade.

  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  

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36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da 

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