edição 214 - nov/dez 2000

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ASSEMBLÉIA DE DELEGADOS APROVA RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ANO 2000 P`GINAS CENTRAIS PRONTO O PROJETO DA SEDE ÚNICA DAS ENTIDADES MÉDICAS DE SC P`GINA 03 Paz ... É o desejo da ACM para o ano novo. Que os mØdicos catarinenses possam sonhar com um novo sØculo mais humano e feliz. Que os cidadªos catarinenses possam ver nascer um mundo melhor e mais digno. Feliz 2001 a todos nós. N” 214 Nov/Dez de 2000

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PAZ... É o desejo da ACM para o ano novo!

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Page 1: Edição 214 - Nov/Dez 2000

ASSEMBLÉIA DE DELEGADOS APROVARELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ANO 2000

PÁGINAS CENTRAIS

PRONTO O PROJETO DA SEDE ÚNICADAS ENTIDADES MÉDICAS DE SC

PÁGINA 03

Paz ...É o desejo da ACM parao ano novo.Que os médicos catarinensespossam sonhar com um novoséculo mais humano e feliz.Que os cidadãos catarinensespossam ver nascer um mundomelhor e mais digno.Feliz 2001 a todos nós.

Nº 214 � Nov/Dez de 2000

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Jornal da ACM2

EDITORIAL

FELIZ SÉCULO XXI

�FOI UM ANO DE

GRANDE

APRENDIZADO,

ONDE O PROPÓSITO

DA UNIÃO FOI

NOSSA MAIOR

ESCOLA E A

COMUNHÃO DE

IDEAIS NOSSA

PRINCIPAL

TAREFA�

EXPEDIENTE

Informativo da AssociaçãoCatarinense de Medicina - ACM

Rodovia SC-401, Km 4,Bairro Saco Grande - Florianópolis/SC

Fone/Fax: (048) 231-0300

DIRETORIAPresidente

Dr. Carlos Gilberto CrippaVice-Presidente

Dr. Viriato João Leal da CunhaSecretário Geral

Dr. Jorge Anastácio Kotzias FilhoDiretor de Patrimônio

Dr. João José Luz SchaeferDiretor de Publicações

Dr. André Sobierajski dos SantosDiretor Científico

Dra. Regina Célia S. ValinDiretor de Esporte

Dr. Gilberto D. da VeigaDiretor de Defesa de Classe

Dra. Nilzete L. BresolinDiretor Sócio-Cultural

Dra. Sandra M. W. RinaldiDiretor AdministrativoDr. Irineu M. BrodbeckDiretor de Previdência

Dr. Waldemar de Souza JúniorDiretor Financeiro

Dr. Dorival VitorelloDiretor de RegionaisDr.Tarcísio Crocomo

VICE-DISTRITAISSul � Dr. Júlio Márcio Rocha

Planalto � Dr. Fernando Luiz PagliosaNorte � Dr. Marcos F. Subtil

Vale do Itajaí � Dr. Péricles HenriqueZarske de Mello

Centro-Oeste � Dr. Élcio Luiz BonamigoExtremo-Oeste � Airton José Macarini

DELEGADOS JUNTO À AMBDr. Remaclo Fischer Júnior

Dr. Jorge Abi Saab NetoDr. Almir GentilDr. Théo Bub

Dr. Luiz Carlos EspíndolaDr. Roberto Benvenutti

Dr. Milton Ernesto ScopellDr. Altair Carlos PereiraDr. Manoel Bardini Alves

Dr. Oscar Antônio Defonso

EdiçãoTexto Final - Assessoria de Comunicação

JornalistasLena Obst Reg. 6048 MT/RS

Denise Christians Reg. 5698 MT/RSColaboradoras

Lúcia Py Lüchman e Adriana FreitasFotografiaRenato Gama

DiagramaçãoAlexandre Salles

ImpressãoGráfica e Editora Agnus Ltda.

Tiragem5.000 exemplares

Ao encerrar o ano 2000, aDiretoria da ACM quer saudara chegada do novo século aolado de todos os médicos cata-rinenses, familiares, amigos,colaboradores, funcionários,Presidentes das Regionais Mé-dicas, dos Departamentos e So-ciedades Científicas, parceiros

do sonho asso-ciativo e dasconquistas ob-tidas em bene-fício de toda aclasse.

Foi um anode grandesdesafios, emque o médicomais uma vezteve que lutarpelos seus di-reitos comocidadão ecomo profissi-onal; em que anossa ACMteve que en-contrar alter-nativas paravencer as suaspróprias difi-culdades eseus percalçosnesta viradade milênio.

Foi tam-bém um anode vitórias al-c a n ç a d a s ,brindadas como orgulho damissão cum-

prida e o sentimento da respon-sabilidade.

Foi ainda um ano de grandeaprendizado, onde o propósitoda união foi nossa maior escolae a comunhão de ideais nossaprincipal tarefa.

Com essa visão, deixamos oano para trás com uma históriaescrita, tendo entre seus capí-tulos de destaque:

a consolidação do COSE-MESC, que abre o caminhopara a Ordem dos Médicos e asede única das entidades;

a realização do III FE-MESC;

a pesquisa de opinião jun-to aos associados, importanteinstrumento para o planejamen-to estratégico da entidade;

a campanha pela qualida-de do ensino médico;

a ação pela aprovação daPEC da Saúde;

o lançamento do programaACM-Qualidade de Vida;

a criação da Comissão deDefesa de Classe;

a mobilização para rever-ter as imposições do CADE;

a campanha contra o abu-so dos planos de saúde;

a realização do Simpósiosobre LER/DORT.

Agora, esperamos que 2001chegue com seus novos hori-zontes e a esperança que aca-lentamos na construção de ummundo melhor, uma medicinamais digna e capaz de dar assuas mais importantes respos-tas: a saúde e a vida.

A todos, obrigado pela cum-plicidade no ano que se encer-ra.

E obrigado pela certeza dapresença no ano que chega.

Feliz 2001 !Feliz Século XXI !!

Carlos Gilberto CrippaPresidente ACM

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Jornal da ACM 3

O PROJETO VISLUMBRA ATENDER AS NECESSIDADES DE CADAENTIDADE, AMPLIANDO O INTERCÂMBIO ENTRE AS REPRESENTANTESESTADUAIS DA CLASSE E GERANDO FACILIDADES AOS PROFISSIONAISQUE PRECISAM DOS SEUS SERVIÇOS

NASCE O PROJETO DA SEDE ÚNICA DAS ENTIDADESA meta da união vivida pela clas-

se médica catarinense começa a darmais um importante passo a partirdo próximo ano: já está no papel oprojeto arquitetônico que prevê aconstrução da sede única das enti-dades, reunindo num só local as

instalações administrativas daACM, do CREMESC e do SI-MESC. A proposta prevê a edifi-cação de um novo prédio no terre-no da sede da ACM, logo após aguarita de entrada, com espaços in-dependentes para o Conselho e o

�A proposta tem todas as condiçõesde ser concretizada. Através da ação doCOSEMESC comprovamos que pode-mos alcançar muito mais quando esta-mos juntos. Não vejo porque isso tam-bém não possa ser vivido através de umasede única das entidades, diminuindocustos, gerando conforto e agilidade àsatividades e para os médicos que buscamo atendimento e os serviços de suas prin-cipais representantes estaduais�.

Dr. Edevard José Araujo � Presi-dente do CREMESC

Sindicato dos Médicos, atendendoas necessidades e peculiaridades decada um, facilitando o intercâmbioentre as entidades e também ge-rando facilidades aos profissionaisque precisam utilizar os serviços decada representante.

A sede única constitui-senum antigo sonho dos gestoresda Associação Catarinense deMedicina e tem na sua atual Di-retoria grandes defensores, as-sim como os principais dirigen-tes da classe.

�Com a evolução do COSEMESCvárias ações de interesse da classe médicae comuns das entidades da classe apro-fundaram bastante a atuação conjuntadas três entidades: ACM, CREMESC eSIMESC, na luta pelos interesses da ca-tegoria. Ainda hoje, várias ações dos mé-dicos são particularidades de cada enti-dade, mas nosso objetivo é caminhar nosentido desta união. A sede das entidadesno mesmo espaço geográfico vem facilitara evolução da idéia de entidade única�

Dr. Geraldo Swiech � Presidente doSIMESC

�Eu penso que é bem importantepara a classe em Santa Catarina unirna sede da ACM as entidades médicas.Este é o início da união física das nos-sas representantes. Apoiamos a inicia-tiva, mesmo porque já está programa-da para ser na ACM a sede da Acade-mia Catarinense de Medicina, assimcomo o Museu do Médico�

Dr. Murillo Ronald Capella � Pre-sidente da Academia Catarinense deMedicina

�Com a criação do COSEMESC(Conselho Superior das EntidadesMédicas) passamos a defender a inte-gração de forças como nossa maioraliada. Nada mais lógico do que con-gregarmos nossas atividades num úni-co local, respeitando as característicasde cada um, edificando de vez o órgãomáximo da medicina catarinense, quetraz em seu bojo um braço conselhal,sindical e associativo. Na verdade, es-tamos dando o nosso exemplo real deunião, possibilitando avanços históri-cos�.

Dr. Carlos Gilberto Crippa � Pre-sidente da ACM

Jornal da ACM 3

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Jornal da ACM4

A ACM parabeniza a Associa-ção Médica da Serra (AMS) pelaconquista da sua nova sede, inau-gurada no dia 09 de dezembronuma cerimônia histórica na região,coordenada pelo Dr. Osmar Gu-zatti Filho, Presidente da entida-de. A solenidade contou com apresença de aproximadamente300 convidados, entre eles o Pre-sidente da ACM, Dr. Carlos Gil-berto Crippa, representantes doCREMESC, Sindicato dos Médi-cos, Unimed, Unicred, Usimed ede dirigentes do legislativo local,que acompanharam as homena-gens especiais feitas ao COSE-MESC (Conselho Superior dasEntidades Médicas de Santa Ca-tarina) e aos Drs. Américo José deOliveira, pela sua participação sin-dical, Antônio Carlos Koeche e Il-defonso Bertolini, que adquiriramo terreno que hoje abriga a novasede.

As instalações foram construí-das através da parceria da AMScom a ACM, assim como a partici-pação de todos os profissionais as-sociados, que auxiliaram no inves-timento, com 1.100 metros qua-drados de área construída, com-posto por centro de convenções eanfiteatro com capacidade para 300pessoas, sala para reuniões cientí-ficas, secretaria, sala de diretoria,bar e campo de futebol ilumina-do. Para o futuro, a Associação da

Serra ainda planeja a instalação deum play-ground, o Museu doMédico da região, sala de jogos euma galeria especial aos ex-presi-dentes da entidade.

�É sempre muito positivo vero resultado advindo de um traba-lho sério e competente como oexecutado pela AMS, que de-monstra mais uma vez o seu cres-cimento e potencial�, avalia o Pre-sidente da ACM. Já para o Dr. Os-mar Guzatti Filho, a nova sede re-presenta a realização de um sonho.�A conquista é de todos os médi-cos da região�.

Para coroar uma obra de tama-nha importância, a AMS organizou

AS INSTALAÇÕES OCUPAM UMA ÁREA CONSTRUÍDA DE 1.100 METROS QUADRADOS,CONTEMPLANDO TODAS AS NECESSIDADES DA ASSOCIAÇÃO

INAUGURADA NOVA SEDE DA REGIONAL MÉDICA DA SERRA

A INAUGURAÇÃO DA SEDE ACONTECEU NODIA 09 DE DEZEMBRO, REUNINDO DIRIGENTESDAS ENTIDADES MÉDICAS ESTADUAIS EASSOCIADOS DE TODA A REGIÃO

uma programação completa, inclu-indo a apresentação do trio musicalJervis Mileski, que interpretougrandes clássicos da MPB, uma ex-posição de quadros e um coqueteldançante. A festa encerrou somen-te no dia seguinte à solenidade de

inauguração, com a comemoraçãodo �Natal da Família Médica�, quereuniu associados e familiares parauma grande e merecida confrater-nização de final de ano.

ACM TEM NOVO DIRETORDE PUBLICAÇÕES

DR. ANDRÉ SOBIERAJSKI TERÁ ENTRE SUAS TAREFAS A EDIÇÃODA REVISTA ARQUIVOS CATARINENSES DE MEDICINA

O Dr. André Sobierajski dosSantos é o novo Diretor de Pu-blicações da Associação Catari-nense de Medicina, função quevinha sendo acumulada peloVice-Presidente da entidade,Dr. Viriato João Leal da Cunha.Entre as novas tarefas assumi-das pelo neurologista está a edi-ção da Revista Arquivos Catari-

nenses de Medicina, importan-te instrumento de divulgaçãocientífica da classe e que neces-sita de uma atenção especial. Onovo Diretor da entidade é for-mado pela UFSC, fez pós-gra-duação no Instituto de Neuro-logia no Uruguai e resort felowem doenças neuromusculares noCanadá.

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Jornal da ACM 5

Médicos de Santa Catarina reu-niram-se nos dias 08 e 09 de de-zembro para tratar de um dos maisimportantes temas da medicinamoderna em todo o mundo: asLesões por Esforço Repetitivo(LER), que vêm atingindo traba-lhadores dos mais distintos seto-res de atividades. O Simpósio�LER/DORT no Contexto das Sín-dromes Dolorosas Crônicas� foi umapromoção da Associação Catari-nense de Medicina, coordenadopela Diretoria Científica da enti-dade, que optou por abordar otema sob o ponto de vista de di-versas especialidades médicas,entre elas a medicina do trabalho,a ortopedia/traumatologia, a reu-matologia, a medicina física e rea-bilitação, a psiquiatria e a acupun-tura.

Além de tratar dos avanços notratamento das LER, o Simpósioteve espaços reservados para falarsobre as causas da doença, o usode medicação, as terapias que en-volvem a hipnose e a neurolin-güística, assim como as transfor-mações no ambiente necessárias

para prevenir as lesões. As mudan-ças nos postos de trabalho com aglobalização da economia, o papeldo Departamento Regional doTrabalho e a legislação específicaao tema também compuseram asdiscussões realizadas durante osdois dias do evento, que obteveum resultado acima da expectati-va, com a ampla e debatida partici-pação dos profissionais catarinen-ses e convidados especiais.

SIMPÓSIO LER/DORTMOBILIZA MÉDICOS CATARINENSES

DRA. REGINA CÉLIA VALIM,COORDENADORA DO EVENTO,

E O PRESIDENTE DA ACM,DR. CARLOS GILBERTO

CRIPPA, RECEBERAM OSPARTICIPANTES NO CENTRO DE

CONVENÇÕES

A ABERTURA DO EVENTO OCORREU NA NOITE DE 08 DE DEZEMBRO, COMREPRESENTANTES DA ACM E DAS ESPECIALIDADES ENVOLVIDAS NA PROGRAMAÇÃO

MÉDICOS DE DIVERSAS REGIÕES CATARINENSESCOMPARECERAM À PROGRAMAÇÃO MULTIDISCIPLINARDESENVOLVIDA PELA DIRETORIA CIENTÍFICA

�A avaliação que podemos fazer do Sim-pósio sobre LER/DORT na ACM é bastantepositiva. Houve um comparecimento bem im-portante dos médicos, principalmente daque-les ligados a empresas e à medicina do traba-lho. O nível das palestras foi muito bom etodas trouxeram novidades, novos conceitos.Além disso, a característica multidisciplinardo Simpósio proporcionou uma boa troca deexperiências e informação, o que acrescentoumuito a todos�.

Dra. Regina Valim - Diretora Ci-entífica da Associação Catarinense deMedicina

�O Simpósio, sem dúvidas, foi um suces-so. Penso que atingiu o que as pessoas vierambuscar. Houve o entendimento que a LER

SUCESSO COMEMORADO PELOS COORDENADORES E PARTICIPANTESnão é uma doença e que não incapacita aspessoas para o trabalho, precisa é de trata-mento. Do ponto de vista da programaçãoneurolingüística e da hipnose, que são terapi-as reconhecidas pelo Conselho Federal de Me-dicina e Conselho Federal de Psicologia, pode-se tratar o paciente com LER/DORT mexen-do em seu pensamento, isto é, reestruturando-o e trabalhando no nível do sofrimento dador, minimizando-o e promovendo alteraçõesde comportamento com a intenção de melho-rar sua condição de vida�.

Dr. Antônio Carlos Althoff -Presidente da Sociedade Catarinense deReumatologia

�É fundamental a realização de eventosdesse porte, reunindo diversos profissionais

para discutir um tema tão polêmico quantoimportante. O primeiro passo para tratar-mos com eficiência das LER/DORT é o co-nhecimento técnico sobre a dor crônica, vertodas as suas causas e conseqüências. O as-sunto ganha ainda mais força se avaliadosob o ponto de vista da tensão social, dodesemprego e da permissividade do sistematrabalhista brasileiro. Com esse quadro, aslesões por esforço repetitivo podem ser conside-radas uma epidemia nacional, diagnostica-das com muita subjetividade e sérias deficiên-cias. Tantos nuances devem ser realmente tra-tadas com atenção especial pelos médicos emtodas as regiões brasileiras�.

Dr. Milton Helfenstein Jr �Reumatologista e Professor da Universi-dade de São Paulo

O REUMATOLOGISTA MILTONHELFENSTEIN JR FOI UM DOSDESTACADOS PALESTRANTES DOSIMPÓSIO

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Os médicos e professores daUFSC, Pierre Galvagni Silveirae Gilberto do Nascimento Gale-go, foram homenageados no dia27 de novembro pelo governa-dor Esperidião Amin e o Secretá-rio de Estado da Educação, PauloBauer, em reconhecimento à con-quista de prêmio nacional emInovação Tecnológica. A premi-ação é uma promoção da Finan-ciadora de Estudos e Projetos (FI-NEPE), entidade vinculada aoMinistério da Ciência e Tecno-logia, que reconheceu a impor-tância do trabalho dos médicos ca-

Os gastroenterologistas MarcoZambrano e Ulisses Veras Di Migue-li, de Florianópolis, receberam o prê-mio do melhor trabalho em fotografiaendoscópica digestiva �NeoplasiaGástrica Precoce Tipo II C + III �Videoendoscopia digestiva com am-plificação� apresentado no XII Con-gresso Brasileiro de Endoscopia Di-gestiva, durante a IV Semana do Apa-relho Digestivo, em Foz do Iguaçu,de 8 a 12 de outubro.

O Presidente do Congresso, Dr.Luiz Felipe Paula Soares, enviou umacorrespondência cumprimentando osdois médicos pelo excelente trabalhoapresentado na sessão de fotos em en-doscopia digestiva e informando a se-leção dos dois médicos catarinensescomo os premiados entre muitos ou-tros especialistas de todo Brasil.

A Semana do Aparelho Digestivoreuniu também o XXXVI CongressoBrasileiro de Gastroenterologia, o IXCongresso Nacional do Colégio Bra-sileiro de Cirurgia Digestiva e o IICongresso Brasileiro de Enfermagemem Gastroenterologia, Endoscopia eCirurgia do Aparelho Digestivo.

Dr. Ulisses Di Migueli é especia-lista em Endoscopia Digestiva pelaSociedade Brasileira de EndoscopiaPeroral e o Dr. Marcos Zambrano éespecialista em Endoscopia Digesti-va pela Sociedade Brasileira de En-doscopia Digestiva, com mestrado edoutorado em gastroenterologia pelaUSP.

Um projeto do Centro de Ensino eTreinamento Integrado de Anestesiolo-gia de Santa Catarina recebeu o prêmio�Dr. Renato Ribeiro� como melhor tra-balho no Brasil de conclusão de resi-dência médica em anestesiologia. O prê-mio foi entregue ao chefe do CET, Dr.Getúlio Rodrigues de Oliveira Filho,

tarinenses no projetoApolo, que vem sendodesenvolvido há cincoanos e constitui-se numaalternativa no tratamen-to de aneurismas de aor-ta. O prêmio tem por ob-jetivo destacar empresasque investem em tecno-logia e inovação e apre-sentam os melhoresprojetos.

O trabalho foi esco-lhido entre cerca de 400 outrosde todo o Brasil e já foi apresen-tado em vários países da Améri-

ca Latina e Europa. �O prêmiorevela a importância das empre-sas de base tecnológica de San-

GOVERNADOR HOMENAGEIA MÉDICOS PREMIADOSta Catarina�, declarou du-rante a solenidade no Pa-lácio o representante doFINEPE em Santa Cata-rina, Rodrigo Coelho.Para o médico PierriGalvagni Silveira a pre-miação �é uma honramuito grande e o reco-nhecimento de anos detrabalho, com a certezaque podemos desenvol-ver tecnologia de pontaem solo catarinense. Com

isso, o estado entra no cenáriointernacional de desenvolvi-mento de biotecnologia na áreamédica�.

DESTAQUE EMFOTOGRAFIAENDOSCÓPICA

orientador do projeto, e ao residente ÉricLitvinski, no 47º Congresso Brasileirode Anestesiologia e 7º Luso Brasileiro,realizados em São Paulo, de 28 de outu-bro a 02 de novembro.

A �Comparação entre a Bupivacaína0,75% e a Ropivacaína 0,75% em Blo-queio Peribulbar� é de autoria também

PRÊMIO DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM ANESTESIOLOGIA

dos médicos Marcos Antônio Nicolodie Adilson José Dal Mago.

O trabalho foi desenvolvido no Hos-pital Governador Celso Ramos, sededo CET/SBA Integrado de Anestesio-logia da Secretaria de Estado da Saúde.

A maternidade-escola do HospitalUniversitário foi uma das vencedoras dasegunda edição do Prêmio Galba Araújo,instituído com a meta de estimular os es-tabelecimentos de saúde para que ado-tem um atendimento humanizado àsmulheres e aos filhos durante a gravideze o parto. A conquista do HU foi devidoao trabalho desenvolvido pela equipemultidisciplinar do Hospital, que temcomo resultado maior a redução da morta-lidade materna. A solenidade de entregada premiação ocorreu no Ministério daSaúde.

O HU TEM EM SUA MATERNIDADE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR QUEATUA PARA REDUZIR A MORTALIDADE MATERNA

MATERNIDADE DO HU CONQUISTA �GALBA ARAÚJO�

O Cirurgião Geral Ernesto Damerau recebeu Moção deReconhecimento aos Serviços Prestados à Medicina Brasi-leira e Mundial pelo �Oxford Textbook of Clinical Hepato-logy�. Professor do Departamento de Clínicas do Centro deCiências da Saúde da UFSC, responsável pelo Serviço deClínica Cirúrgica, autor de diversos trabalhos publicado noBrasil e no exterior, o médico catarinense é também funda-dor do Colégio Internacional de Cirurgia Digestiva e jáexerceu diversas funções junto às entidades médicas catari-nenses.

MOÇÃO DERECONHECIMENTO

DR. DAMERAU EM MEIO À EQUIPE DE CIRURGIÕES DO HU

GOVERNADOR ENTREGA SÍMBOLO DA BANDEIRACATARINENSE AOS MÉDICOS AUTORES DO PROJETO

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Jornal da ACM 77

Um dos mais importantes eventos da clas-se médica no Brasil neste ano ocorreu nos dias17 e 18 de novembro, em São Paulo: o I Con-gresso Brasileiro de Política Médica, que tevea participação de aproximadamente 400 pro-fissionais e lideranças do setor, entre eles oscatarinenses Dr. Carlos Gilberto Crippa, Pre-sidente da ACM, e o Dr. Remaclo Fischer Ju-nior, Vice-Presidente da AMB-Sul. O eventofoi organizado pela Associação Médica Brasi-leira (AMB), em parceria com a Associação Pau-lista de Medicina (APM), tendo como metaprincipal encontrar propostas para aprimorar aassistência médica no país, seja no setor públi-co ou privado.

Um dos debates mais polêmicos da progra-mação foi relacionado ao CADE (Conselho Ad-

PARCERIA PARAQUALIDADE DAASSISTÊNCIA À SAÚDE

Um importante projeto de parceriaestá sendo estudado pela ACM junto àSecretaria de Estado da Saúde, que temcomo meta maior aperfeiçoar o trabalhodos médicos que atuam nos municípiosdo interior do estado, com poucos re-cursos para a realização de cursos cientí-ficos e de atualização. A ação receberá onome de �Reciclagem Médica� e já temmanifesto o apoio das 27 Regionais daACM em todo estado. Com o trabalho, aAssociação Catarinense de Medicina e aSES esperam valorizar a atividade médi-ca e proporcionar à população uma maiorqualidade na assistência, atendendo asnecessidades básicas de cada pólo cata-rinense.

�Queremos ser um instrumento cadavez mais eficaz de conhecimento dosprofissionais que atuam fora das gran-des cidades de Santa Catarina, fazendotambém com que os médicos entendama importância de repassar as informaçõesrecibidas aos agentes de saúde, que hojedesenvolvem um trabalho efetivo juntoà população�, defende o Presidente daAssociação, Dr. Carlos Gilberto Crippa,que também estuda a possibilidade deimplantar no estado um curso de exten-são de emergências médicas para os es-tudantes de medicina.

CONGRESSO DE POLÍTICAMÉDICA DEFINE PROPOSTAS PARA

A SAÚDE BRASILEIRAministrativo de Defesa Econômica), que foirepresentado no evento pelo Conselheiro JoãoBosco Leopoldino, defendendo a idéia de quenão é aceitável qualquer tipo de tabela ou listade preços para procedimentos médicos. A res-posta foi dada pelo Dr. Remaclo Fischer Juni-or, que também é representante da AMB jun-to ao CFM: �Estamos sendo vítimas do rigorda Lei. As empresas têm seus direitos respei-tados através de suas tabelas, mas o CADE,no entanto, julga que nós, médicos, não pode-mos nos organizar e nem editar nossa próprialista de procedimentos. Isso é incoerente�.

Por fim, o Congresso listou uma série desugestões de ações prioritárias para a saúdebrasileira, destacando-se, entre outras:

SETOR PRIVADO SETOR PÚBLICO� Apoiar legislação destinada a impedir � Programar fóruns de debates nacionais ea criação de novas escolas médicas estaduais sobre os problemas do setor.

� Aprovar a criação de uma CPI dos planos � Capacitar médicos para que participemde saúde. ativamente dos Conselhos de Saúde.

� Envolver a Agência Nacional de Saúde � Mobilizar a classe médica para atuar nona relação entre empresas e prestadores de processo de regulamentação da PEC da Saúde.serviços.

� Manter diálogo aberto com o CADE, para � Reconhecer o Programa Saúde da Família ea necessária compreensão dos problemas. inseri-lo na estrutura do SUS.

� Implantar a Lista de Procedimentos Médicos � Apoiar a implantação de consórcios entre 2000, buscando amparo da legislação. municípios como política integrada de assistência

médica.

CATARINENSES REMACLO FISCHER JUNIOR, CARLOS GILBERTO CRIPPA, ANTÔNIOSERAFIM VENZON E MARCOS NEMETZ ESTAVAM ENTRE AS LIDERANÇAS

PRESENTES NO EVENTO

PRESIDENTES DA AMB, ELEUSES PAIVA, DO CFM, EDSON DE ANDRADE, EDIRIGENTES LOCAIS ABRIRAM A IMPORTANTE PROGRAMAÇÃO, EM SÃO PAULO

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Jornal da ACM8

A Diretoria da Associação Ca-tarinense de Medicina apresen-tou o relatório de Atividades deum ano da atual gestão durante aAssembléia Geral Ordinária deDelegados, realizada no dia 11 denovembro, reunindo delegadosda entidade, Presidentes de Re-gionais Médicas e das Sociedades/Departamentos de Especialida-des. Um dos destaques da pautada reunião foi a situação econô-mica vivida pela ACM em 2000 esuas perspectivas para a entradade 2001. Demonstrando com bas-tante transparência as contas doexercício, algumas ações foramapresentadas e debatidas pelospresentes como indispensáveisao associativismo médico no es-tado:

Campanha de conscientiza-ção das Diretorias das RegionaisMédicas sobre a importância daACM na defesa da classe.

com os seguintes integrantes:Titulares:Dr. Edevard José de AraujoDr. Ciro SonciniDr. Felipe Felício

Suplentes:Dr. Manoel BardiniDr. Osmar Guzatti FilhoDra. Cidália SimasFunções: apreciar todos os as-

suntos relacionados com o patri-mônio, bens, rendas, fundos, as-pectos econômicos e financeirosda vida da entidade e matérias cor-relatas, assim como fiscalizar osrespectivos atos executivos daDiretoria, atribuições estas em que

Campanha de novos associa-dos, inclusive através de estabe-lecimento de benefícios especiaisàs Regionais que obtiverem mai-or número de novos sócios, queresultam na ampliação da força daentidade e o poder de conquistada medicina catarinense

Campanha de resgate dosassociados inadimplentes, nãoapenas para colocar em dia o caixada entidade, com o pagamento dasanuidades atrasadas, mas para es-timular o retorno dos colegas àACM.

Também foi definido duranteo encontro que a Associação pro-moverá um debate específico en-tre as lideranças da classe em todoestado para discutir sobre os valo-res das anuidades, em data aindaestudada pela Diretoria da ACM.Por fim, a AGO decidiu que a pró-xima Assembléia será na cidade deBlumenau, em novembro de 2001.

Aprovadas Contas do Exer-cício.

Criada nova categoria de só-cio: filho de médico, com umamensalidade de R$ 20,00

Sócio Médico Residente: al-teração no valor da mensalidade(R$ 10,00 em Florianópolis e 50%deste valor nas demais Regionais),com a cobrança feita pela Associa-ção dos Médicos Residentes(AMR), que repassa o valor paraACM.

Sócios Recém-Formados:valor da mensalidade será de R$10,00 acrescidos do valor cobradopela AMB, de R$ 6,50.

Criado Conselho Fiscal da ACM,

se incluem emitir pareceres sobrefixação das contribuições dos só-cios e demais receitas; despesasdos diferentes setores de ativida-de; orçamento de cada exercício;balancetes e balanço geral; presta-ção de contas, relatórios da Dire-toria e auditorias; inventários debens.

Criação efetiva do Fundo deAssistência ao Médico � FAM, comuma contribuição de R$ 1,00 namensalidade dos sócios com até 65anos de idade, que passam a ter di-reito à auxílio funeral conforme re-gulamento específico. Sócios remi-dos/jubilados com mais de 65 anospermanecem com sistemática de

pecúlio dos r$ 1.250.00 para famíliaapós apresentação da certidão deóbito do associado em dia.

Coberturas do FAM, com limi-te de R$ 3 mil:1) assistência funeral, além do

traslado do corpo ao local do se-pultamento.

2) serviços de assessoria nas for-malidades, obtenção de docu-mentos e pagamento de taxasrequeridas.

3) registro de óbito em cartório

4) taxa de sepultamento

5) sepultamento

6) cremação

DECISÕES APROVADAS

A AGO FOI COORDENADA PELOS DRS. VIRIATO LEAL DA CUNHA (VICE-PRESIDENTE), CARLOSGILBERTO CRIPPA (PRESIDENTE) E IRINEU BRODBECK (DIRETOR FINANCEIRO)

ASSEMBLÉIA DE DELEGADOSAVALIA CONTAS DA ENTIDADE

DELEGADOS, PRESIDENTES DE REGIONAIS E SOCIEDADES DE ESPECIALIDADESCOMPARECERAM À REUNIÃO

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Jornal da ACM 9

UM ANO DA ATUAL GESTÃO DA ACM

O PRESIDENTE DA ACM,DR. CARLOS GILBERTOCRIPPA, AO LADO DESEUS DIRETORES,MANTEVE-SE EMNEGOCIAÇÃOPERMANENTE COM OSGESTORES DO PAÍS, DOESTADO E DA SAÚDECATARINENSE PARA AOBTENÇÃO DASMELHORIASINDISPENSÁVEIS AOSETOR E O RESPEITOAOS DIREITOS DOSPROFISSIONAIS

III FÓRUM DAS ENTIDADES MÉDICAS DE SANTA CATARINA NÃO SÓ CONSOLIDOU OCOSEMESC COMO TAMBÉM LANÇOU A CAMPANHA PELA QUALIDADE DO ENSINO MÉDICO NOESTADO, CONTRA A PROLIFERAÇÃO DE ESCOLAS MÉDICAS SEM A NECESSIDADE SOCIAL ECONDIÇÕES ADEQUADAS PARA FUNCIONAMENTO

SIMPÓSIOCATARINENSE DEMEDICINA ABORDOUAS LESÕES PORESFORÇOREPETITIVO,REUNINDO MÉDICOSDE DIVERSASREGIONAIS EESPECIALIDADESNA SEDE DA ACM

FESTA DO DIA DOMÉDICO HOMENAGEOUOS DESTAQUESASSOCIATIVOS ECIENTÍFICOS DA CAPITALE DAS REGIONAIS

INAUGURAÇÃO DA NOVASEDE DE LAGES,

CONSTRUÍDA EM PARCERIACOM A ASSOCIAÇÃO

CATARINENSE DE MEDICINA

Jornal da ACM 9

Durante a Assembléia Geral Ordinária de Delega-dos, a Diretoria da ACM apresentou um relatório das

suas ações neste primeiro ano de mandato, destacan-do o intenso trabalho de defesa e política médica.

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egoísmo. É individualismo. Por isso, énecessário que todos nós nos engagemosnesta luta de classe. Unidos, fazendo par-te da ACM e da AMB, afim de que, osseus ilustres e dignos dirigentes, possamse sentir estimulados a continuar a luta,que não é fácil, em prol da nossa classe.

Separados, enciumados, ressentidos,divididos seremos sempre fracos. Porisso, para ter saúde, para ter força é pre-ciso ter UNIÃO.

Parece até que a trajetória imprimidapelo ex-Presidente da ACM, e ex-Presi-dente da AMB e 1º ex-Presidente daAssociação Médica Mundial, o ilustremédico e professor Dr. Antônio Monizde Aragão, o CACIQUE dos médicosde SC, até parece que esta trajetória,este sonho, esta luta, foi revestida demilagre. E os milagres acontecem na vidasim. Mas os milagres só acontecem navida quando as pessoas acreditam neles.Por isso temos que lutar, numa batalha,mais uma vez, para vencê-la e obter su-cesso. E sucesso é obter o que se quer.

Felicidade é gostar do que se ob-tém. A felicidade que se obtém sozinhoé individualista, é egoísta. A felicidadeque se obtém em conjunto, pela UNIÃOpode e deve ser compartilhada por to-dos, dividida e festejada por todos. Elaé comunitária. É associativa. É comum atodos. E como isso é bonito. E isto fazbem para todos nós. Faz bem para aVIDA. Principalmente para a nossa vidainterior. Por isso sejamos unidos. Viva-mos em UNIÃO. Vivamos e permane-çamos em união. Vivendo em UNIÃO,teremos FORÇA, porque ela vai nos tra-zer mais luz. Luz, não só para enxergar,mas principalmente, luz interior.

Porque:�Se há luz na alma,Haverá beleza na pessoaSe há beleza na pessoaHaverá harmonia nos laresSe há harmonia nos laresHaverá Ordem na NaçãoSe há Ordem na NaçãoHaverá Paz no Mundo�

Vivamos pois, em Paz e em UNIÃO.E que a entrada no novo século nos

encontre UNIDOS, para benefício detodos.

Pensem Nisso.

No dia 11 de novembro passado,tive o imenso prazer de representar, naqualidade de Delegado Titular, a Soci-edade Brusquense de Medicina na As-sembléia de Delegados da ACM. Digoimenso prazer, porque nos idos de 20de setembro de 1969, sob a presidênciado ilustre e grande médico, e não me-nos grande figura humana, hoje, prestesa assumir a vice-prefeitura de Florianó-polis, Dr. Murillo Ronald Capella, naépoca, o líder da classe médica catari-nense, fundamos a nossa Regional, ten-do presente, dentre tantos outros médi-cos ilustres, o �CACIQUE� dos médi-cos de Santa Catarina, Prof. Dr. AntônioMoniz de Aragão, então Secretário Esta-dual de Saúde.

Não foi fácil aquela luta. Não tínha-mos o número suficiente de médicospara, de acordo com os Estatutos da ACM,fundarmos nossa Regional. Eu e o Dr.Emílio Luiz Niehbur, por várias vezesnos reunimos para elaborar o nosso Esta-tuto e adequá-lo ao Estatuto da ACM.Foi aí então, que surgiu a idéia brilhan-te do Dr. Murilo Capela de nos empres-tar os médicos do Vale do Rio Tijucas,que eram sócios diretos da ACM a fazerparte de nossa Regional, ou seja, do Valedo Itajaí Mirim, com sede em Brusque.Que bonito este gesto. Que idéia mara-vilhosa. Então, teve que ser feita comuma CISÃO, para que houvesse umaUNIÃO. Ou seja, os médicos do Valedo Rio Tijucas foram desmembrados daACM, e emprestados para os médicosdo Vale do Rio Itajaí Mirim, para queassim fosse fundada a nossa Regional: ARegional Médica de Brusque. E ela exis-te até hoje. E ainda é atuante. Com opassar dos anos, o número de médicoscresceu, chegando atualmente perto de150. Mas nem todos são sócios da Regi-onal. E isso é que nos preocupa.

Mas foi através do BOM SENSO,que foi tomada uma medida política afimde que pudesse haver a UNIÃO dosmédicos da Vale do Rio Itajaí Mirim,com sede em Brusque.

Se não fosse isto, talvez estivésse-mos sem Regional até hoje, e portanto,desunidos e sem representação para fa-zer as justas e devidas reivindicações.

Somos daqueles que pensam que ohomem não deve viver isolado. Ele nãofoi criado por Deus para viver como ere-

mita, viver isolado. Ele tem que viverem consonância com outros homens. EmUNIÃO com outros homens. Em comu-nhão com outros homens. Em coletivi-dade. Em comunidade para obter o bemcomum. Em associação com outros ho-mens. Em assim fazendo ele poderá sermais feliz, porque naquele momento dedificuldade po-derá obter oapoio, a com-preensão e aajuda de seu co-lega.

É preciso,pois, haverUNIÃO para terFORÇA, e por-tanto lutar pelasjustas reivindi-cações, a fim deaspirar dias econdições me-lhores para anossa classe.Vamos pois,nos unir em tor-no das Regio-nais, da ACM,e da AMB, as-sociando-nos aelas. Já sou só-cio remido daACM, com osmeus 63 anosde idade e 38anos de profissão, mas não me furto aoprazer, mas principalmente ao dever delutar por esta classe, cujo objetivo maiordeverá ser sempre o de melhorar as con-dições de saúde e da qualidade de vidado ser humano. Para isso somos médi-cos. Porque a medicina é uma arte quetem o caráter comum de todas as artes: ode ser ciência destinada a nos dar prazer.Que prazer? O prazer de viver!

E na assembléia de Delegados diri-gida por este ilustre e grande médicoDr. Carlos Gilberto Crippa, percebi asua profunda preocupação com a falta decolaboração, com a falta de UNIÃO demuitos médicos do nosso Estado, quetalvez, por não terem compreendido ain-da o sentido filosófico da luta de classe,ainda nela não se engajaram, estão àmargem dos quadros associativos da ins-tituição, e são os primeiros a reclamar

dos seus direitos, mas os últimos a cum-prir com os seus deveres de classe.

Por isso quero neste instante fazerum apelo a todos os profissionais médi-cos de nosso querido Estado, para quenos UNAMOS em torno de nossas Re-gionais, da ACM e AMB, associando-nos a elas, afim de que possamos ter

FORÇA, paralutar com deno-do, e fazer valernossas justas emerecidas rei-vindicações.

Somenteunidos podere-mos ter força.Unidos, e ten-do força tere-mos saúde paracontinuar naluta. SAÚDE �FORÇA �UNIÃO. Nóspassamos poresta vida. Ou-tros virão. Quedirão se encon-trarem uma clas-se enfraqueci-da?

A globaliza-ção se fez em to-dos os setoresda vida. E comotal, na Medici-

na também. Os recursos tecnológicos queo século 20 trouxe à medicina, foraminestimáveis. Ao mesmo tempo, as con-dições sócio-econômicas vigentes, dei-xam à margem um número grande dapopulação.

É preciso pois, que este �STATUSQUO�, esta situação, e, em conjunto,em UNIÃO com a classe médica atravésseus órgãos representativos: REGIO-NAIS, ACM e AMB, se possa chegar aum bom entendimento, afim de quetodos possam ser beneficiados.

Muitos alegam que não precisam daACM e seus Departamentos e nem daAMB e seus Departamentos, para clini-car. Somente precisam estar inscritos noCRM. E isto é verdade. É verdade sob oponto de vista legal. Mas, sob o ponto devista de UNIÃO DA CLASSE, de Asso-ciativismo, não é legal e nem justo. É

OPINIÃO

A UNIÃO FAZ A FORÇADR. MÁRCIO CLÓVIS SCHAEFER

�A FELICIDADE QUE SE

OBTÉM EM CONJUNTO,

PELA UNIÃO PODE E

DEVE SER

COMPARTILHADA POR

TODOS, DIVIDIDA E

FESTEJADA POR TODOS.

ELA É COMUNITÁRIA. É

ASSOCIATIVA.

É COMUM A TODOS.�

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�O trabalho nãopode ser fonte dedor, doença ou demorte, já que o serhumano passa, demaneira geral, maisda metade das ho-ras acordadas traba-lhando. É o quemais faz durantetoda a sua vida. Por-tanto, não pode ser fonte de dano àsaúde�, sentencia o Dr. CasimiroPereira Júnior, Presidente da Associ-ação Nacional de Medicina do Tra-balho - ANAMT, cargo que ocupa jápor três mandatos.

No momento a Associação estáenvolvida no aprimoramento das nor-mas técnicas de segurança, junto aoMinistério do Trabalho e empresas,numa atuação também conjunta como CFM. O objetivo é orientar o mé-dico desta área para agir dentro dosprincípios de ética e da melhor con-duta técnica. �É que os médicos atu-am entre o patrão e o empregado,numa posição difícil, porque devemcuidar da segurança dos trabalhado-res, sem se deixar manobrar por quemlhes paga, ou seja o patrão. A descon-fiança do trabalhador inviabiliza aação do médico, por isso, deve man-ter posição firme na defesa da saúdee segurança dos funcionários a quemassiste�, explica o Presidente, lem-brando que a especialidade, a partirde 1973, ganhou um Código de Con-duta próprio, para atender esta e ou-tras questões.

Ex- Secretário Geral da Associa-ção Catarinense de Medicina � ACM,Dr. Casimiro, que iniciou sua carreiracomo cirurgião pediátrico, atua aindacomo Médico Legista, sendo geren-te do IML de Florianópolis. Ele énatural de Santos (SP), formou-se em1967 pela Faculdade de Ciências Mé-dicas da PUC do Paraná, trabalhouno Hospital Naval em Florianópolis

por um ano e depois voltou a SãoPaulo, em 1968, para fazer especiali-zação em Cirurgia Pediátrica, perma-necendo por cinco anos. Foi lá queiniciou, quase que por acaso, o inte-resse pela Medicina do Trabalho.

�Em São Paulo comecei a exer-cer a profissão em empresas, e naSambra, do grupo Santista, em 1972,fiz o primeiro curso de medicina dotrabalho e desde então não parei mais.Quando retornei à capital catarinen-se fui coordenador do primeiro cursode formação de médicos do trabalhoem Santa Catarina, num convênioentre ACM e UFSC.

Ele também recorda com satisfa-ção o programa que realizou comoconselheiro da Fundacentro � Fun-dação Jorge Du Prat Figueiredo � deSegurança e Medicina do Trabalho,onde permaneceu por 10 anos, perí-odo em que participou da criação edesenvolvimento de métodos e polí-ticas de prevenção e segurança.

O Presidente da ANAMT tam-bém foi Superintendente do Hospi-tal Caridade por seis anos e atuoupor 20 anos na CELESC , de ondesaiu aposentado. Assumiu a Associa-ção Nacional de Medicina do Traba-lho (fundada em 1968) pela primeiravez para o biênio 1987/89 e perma-neceu até 1991. Já o terceiro manda-to assumiu em 1998, onde permane-cerá até maio de 2001, ano do con-gresso nacional da especialidade emBelo Horizonte, onde haverá eleiçãopara a próxima diretoria.

�Por Dentro� do SitePORTAL DE MEDICI-

NA. Esse é o novo projeto quea Associação Catarinense deMedicina está desenvolvendo,em parceria com a MonticelloConsultores Associados e a HotPropaganda. Com base na suabem sucedida experiência

como o mais importante pro-vedor de conteúdo médico-ci-entífico do sul do país, a ACMlançará, já no início de 2001, umPortal especializado em medi-cina. Em breve mais notíciassobre o projeto e a data do seulançamento.

NOVO PROJETO

O site da Sociedade Catari-nense de Pediatria - SCP está emfranca atividade. Contando como apoio da Cremer - uma fiel cola-boradora dos Departamentos eSociedades da área Científica daACM, a nova Diretoria, capitane-ada pelo seu Presidente, Dr. Arol-do Prohmann de Carvalho, vemdando uma atenção toda especial

ao site, procurando torná-lo maisdinâmico e moderno, inclusivedesenvolvendo uma nova apre-sentação gráfica, que logo estaráno ar. Neste mês de novembro osite publicou a quarta edição doseu Boletim, editado em parceriacom a Nestlé do Brasil. Vale apena visitá-lo no endereçowww.acm.org.br/scp.

PEDIATRIA

Por falar em Sociedades, aSociedade Catarinense deOftalmologia - SCO,www.acm.org.br/sco , acaba delançar no seu site a seção �As-

suntos Profissionais�, que temcomo objetivo abordar temas re-lacionados aos interesses dosprofissionais da especialidade.Confira!

OFTALMOLOGIA

MÍDIA PRIVILEGIADANão deixe para a última

hora! O mercado está se profis-sionalizando. A prova disso é oentendimento que um dos fa-tores de sucesso do seu eventoé uma boa divulgação, com omaior tempo de exposição pos-sível na mídia. E que melhormídia do que o seu site ou aseção de eventos do site da

ACM. Um bom exemplo é aSCO, que desde agora está dan-do ampla divulgação ao VIICongresso Sul-Brasileiro de Of-talmologia, que será realizado de29 a 31 de março de 2001, noCostão do Santinho, juntamen-te com o XI Simpósio da SCO eo I Simpósio Regional da SB-CPO.

PERINATOLOGIAA Sociedade Catarinense de

Pediatria não deixou por menos.Está usando o seu site para di-vulgar o XVII Congresso Brasi-leiro de Perinatologia, que serárealizado entre 10 e 14 de no-

vembro de 2001 no Centrosul,juntamente com a XIV Reuniãode Enfermagem Perinatal. Ali-ás, vale a pena visitar a homepa-ge do evento: www.acm.org.br/perinatal.

Destaques CatarinensesO Jornal ACM oferece um espaço especial

para os médicos de Santa Catarina que ocupamou já ocuparam a presidência de Sociedades

Científicas Nacionais de Especialidades.

DR. CASIMIRO PEREIRA JR.

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Jornal da ACM12

O queestou lendo

�A paixão pela leitura vem de quandoeu era ainda criança e li toda a obra deMonteiro Lobato. Considero-me um ver-dadeiro rato de biblioteca e tenho um gostomuito eclético. Leio tudo o que encontroe, em geral, um livro por mês, porque leioe releio, volto ao ponto que mais me cha-mou atenção, saboreando lentamente.Minha biblioteca não é grande, abriga atu-almente cerca de 300 títulos dos mais vari-ados assuntos. Quando gosto de um livro,quero tê-lo, nem que seja para folhea-lode vez em quando.

Gosto de livros de história antiga, ro-mances, armas antigas, obras técnicas so-bre aviação, fotografia, mecânica, enfim,muita coisa. Agora estou lendo �Roma noapogeu do império�, de Jerome Carcopino.Para quem gosta desta linha de história,eu recomendo o clássico �A cidade antiga�,de Fustel Coulanges. Entre os autoresnacionais, aprecio a Cora Coralina (�Poe-mas dos Becos de Goiás e histórias mais�).Dos estrangeiros, Arthur Conan Doyle émeu preferido, de quem li toda a linha doSherlock Holmes e os romances históri-cos; do Herman Hesse gosto em especialdo O livro das Fábulas e Caminhada. Pro-curo ler sempre antes de dormir, mesmoque esteja muito cansado, porque a leitu-ra me leva a um mundo paralelo e expan-de minha consciência, além de me fazerrelaxar�.

Dr. Sérgio Lobato KanderCirurgião Pediátrico de Blumenau

O queestou lendo

DR. KANDER: �LEIO TUDO O QUE ENCONTRO,SABOREANDO LENTAMENTE�

ALÉM DO CONSULTÓRIO ...

Meu lado artísticoMeu lado artístico

Desde muito garoto o pneu-mologista e médico do esporteJosé Carlos Cancelier tem umaligação forte com a prática es-portiva, principalmente o fute-bol. Com apenas 13 anos já par-ticipava do time amador �Itaú-na Atlético Clube�, em Sideró-polis, e já no final da década de60 começou a profissionalizar-se como jogador. Em 1970,atuou no time do Avaí, em Flo-rianópolis, mas logo após, quan-do começou a estudar medici-na na UFSC, deixou de lado osjogos profissionais para se de-dicar aos estudos. Especializan-do-se em medicina esportiva em1977, Dr. Cancelier foi convi-dado para organizar o Departa-mento Médico do Avaí.

�Nunca abandonei o fute-bol, conta o médico, que hojejoga as famosas �peladas� trêsvezes por semana em dois ti-mes diferentes: o �Água Viva�,no Campeche, e o �Adebu-

lhas�, no Colégio Catarinense.�Há mais de 15 anos jogo noAdebulhas junto com os médi-cos e meus amigos Murillo Ca-pella e Quaresma�. Os dois ti-mes participam de vários jogosno Brasil e exterior na categoriasenior. No ano passado, joga-ram no Canadá e este ano fo-ram para a França. �E, sempreganhamos!�, narra com entusi-asmo.

�Praticar esporte é algo mui-to saudável, principalmentepara aliviar as tensões do dia-a-dia�, recomenda Dr. Cancelier

que também orgulha-se em serum dos sócios fundadores daprimeira Associação de Médicosde Clube de Futebol Brasilei-ra.

�Em minha trajetória, parti-cipei sempre dos jogos oficiaisde futebol de campo promovi-dos pela Associação Catarinen-se de Medicina, como nas Olim-píadas Médicas e no time defutebol do Hospital Florianópo-lis que �fazia chover� e váriasvezes chegou na ponta tanto nacapital como em jogos no inte-rior do Estado�.

�Tocar sax é poder ex-pressar os sentimentos,uma forma de desenvolvera criatividade, alcançar pra-zer e de relaxar. Quandosento para tocar, me divirtotanto que esqueço as ho-ras. A música sempre foimuito presente na minhavida. Aos nove anos de ida-de comecei a tocar violão, depoisgaita de boca e em 1985, já forma-da em Enfermagem, resolvi tro-car a gaita pelo saxofone. Decidi,então, passar um ano em BeloHorizonte � 1986 � para apren-der com o melhor saxofonista dopaís, o mineiro Nivaldo Ornelas.Em 1987 retornei a Florianópolis

mas continuava com as aulas demúsica e teoria musical, pois umavez por mês ia para Belo Hori-zonte.

Hoje já conquistei o título desaxofonista profissional pelaOrdem dos Músicos do Brasil etenho no Nivaldo Ornelas e noStan Getz minhas inspirações

para tocar. Apesar de meusax ser soprano, como o doKenny G, não gosto do es-tilo dele, que é muito cho-roso. Entre as atividadesmusicais, participei de fes-tivais de inverno de OuroPreto e de São João Del Rey,onde era possível encontraros melhores músicos do

país, como Toninho Horta e fa-mília Caymi, por exemplo. Demaneira geral, costumo tocar emcasa, com os amigos, como o Pau-lo Mota, mas cheguei a pensar emseguir carreira. Acabei optandopela medicina�.

Dra. Gláucia Gondin - Mastolo-gista, Ginecologista e Obstetra

Meu esporte preferido

DR. JOSÉ CARLOS CANCELIER (AO CENTRO) DEFENDENDO OTIME DO HOSPITAL FLORIANÓPOLIS

DRA.GLÁUCIA GOSTA DE TOCAR AO LADODOS AMIGOS E COLEGAS MÉDICOS

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Jornal da ACM 13

NOTA DEESCLARECIMENTOSEGURO DE VIDA

A ACM informa aosseus associados e médicosem geral que o sr. ÊnioTadiello e a sra. Eloísa Du-arte Subtil, ex-corretores daSega Corretora de Segurosestão comercializando pro-duto não chancelado pelaentidade e usando indevi-damente as credenciaisque lhes foram entreguesno passado.

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Como você pode ver, além de não pagar mais imposto, o investimento feito no AGF Previdência Annuity aindapermitiu, neste caso, uma restituição de R$ 1.301,00 além de ficar com R$ 4.800,00 investidos no plano.

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Nova Base de Calculo ............................. 29.160,00Imposto de Renda (27,5%) ....................... 8.019,00Parcela a deduzir ...................................... 4.320,00

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COLABORADORES DA ACM

Valdir Niques trabalha na ACM desde 1979. Suaprimeira função na Associação Catarinense de Me-dicina foi de diretor de convênios, cargo que ocu-pou até 1986, quando o FUNRURAL foi extinto. Ocolaborador passou então a ser o tesoureiro da enti-dade até o momento em que as obras da sede nobairro Saco Grande começaram e ele passou a acom-panhar a construção. �De lá para cá, faço um poucode tudo. Agora, estou como responsável pelo Patri-mônio, sou encarregado dos Serviços Gerais, doDepartamento de Compras e do Pessoal�. Alémdisso, por sua facilidade em se comunicar, é o funci-onário Valdir que geralmente organiza as festas, oschurrascos, enfim, todos os congraçamentos feitosna ACM.

�Eu vi a entidade crescer. Era tudo um grandemangue quando começaram as obras de nossa sede,

da qual sinto orgu-lho de ter participa-do da construção,em cada tijolo queaqui foi colocado. NaAssociação eu sintocomo se estivesseem minha própriacasa. Por isso, é amim que as pessoasacabam se dirigindoem casos de dúvidana rede elétrica ou na canalização�. O colaborador, que é casado e pai de doisfilhos, também destaca o carinho que tem pelos colegas: �Sou quase como umtio de todos, pois além de ser um dos funcionários mais antigos, sei que soutambém um dos mais velhos. Na verdade, eu agradeço a ACM pelos melhoresmomentos da minha vida e coloco-me sempre à disposição para o trabalho�.

Para conhecer mais de perto a ACM, publicamos nestacoluna entrevistas com os colaboradores da entidade,

descrevendo suas funções e expectativas.

A Associação Catarinense de Me-dicina sempre se preocupou em fa-zer as melhores parcerias para ofere-cer benefícios diferenciados a você,associado.

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posto de renda a pagar ou, até mes-mo, elevar o valor de sua restituição,já que todo investimento feito no AGFPrevidência Annuity é dedutível doImposto de Renda até o limite de12% da sua renda bruta anual, con-forme estabelece legislação fiscal vi-gente.

VALDIR NIQUES: ORGULHO PELO TRABALHO E COMPANHEIRISMO COM A EQUIPE

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Jornal da ACM 1515

AGENDA DA DIRETORIA

HOSPITAL DECARIDADE EM FOCO

�Relações de Poder num Hospitalde Caridade: uma Visão Foucaultiana�.Este é o título do livro lançado pela en-fermeira e professora Miriam SüsskindBorenstein, que vem ganhando reper-cussão no setor da saúde catarinense,tendo em vista a importância do Cari-dade em Santa Catarina. Trata-se de umtrabalho de tese de doutorado, cujoobjetivo é retratar as décadas de 50 e 60do atual século dentro do referido hos-pital. �O livro permite ao leitor perce-ber os saberes da época, os conhecimen-tos desenvolvidos, os personagens (mé-dicos, enfermeiras, provedor etc.), bemcomo as relações de poder que se esta-beleceram no ambiente de trabalho�,lembra a autora, que entrevistou 23personalidades para desenvolver a obra,entre eles dez dos médicos que ajuda-ram a construir o Caridade e sua histó-ria.

Informações: Fone (48) 223-1050

LEITURAOBRIGATÓRIA

Prestigie as obras literárias produzi-das por médicos catarinenses. A dicadesta edição do Jornal da ACM fica paraas duas novas obras do Dr. OsmardAndrade Faria: �O alegre e IrreverenteContador de Historietas Mágicas� e�Restos de Nós�. O médico-escritor éautor de outros 20 livros, sendo que �ABatalha de Araranguá� (1982) foi edita-do pela ACM, e �Eutanásia� foi lança-do na festa do Dia do Médico de 1998,na sede da Associação Catarinense deMedicina.

O Dr. Osmard Andrade Faria, alémde médico já foi radialista e jornalista.Residindo em Florianópolis desde1961, já pertenceu ao Serviço de Saúdeda Marinha, foi médico perito da Previ-dência Social e bronco-esofagologista doHospital Infantil Joana de Gusmão. Jápublicou livros com traduções no exte-rior e foi merecedor de diversos prêmi-os como contista.

Informações: [email protected]

OUTUBRODia 09 � Reunião do COSEMESCDia 10 � Reunião do CREMESC e lideran-

ças de Sociedades de EspecialidadesDia 16 � Reunião de Diretoria da ACMDia 18 � Reunião com a Diretoria de Previ-

dênciaDia 19 � Assembléia de Delegados da AMBDia 20 � Assembléia de Delegados da AMB � Festa do Dia do MédicoDia 21 � Palestra na IV Jornada Médica de

Jaraguá do SulDia 23 � Abertura da XXXIV Jornada

Catarinense de Debates Científicos eEstudos Médicos

Dia 24 � Audiência Pública na OAB � Co-missão de Direitos Humanos

Dia 25 � Palestra na FURB, na SemanaAcadêmica de Medicina

Dia 26 � Auditoria na Procuradoria, refe-rente ao IPESC

Dia 27 � Inauguração da nova sede daUNICRED

Dia 28 � Reunião do Conselho Deliberativoda ACM

Dia 30 � Reunião com as Sociedades deEspecialidades

NOVEMBRODia 01 � Reunião com o Economato da

ACMDia 06 � Reunião na Secretaria de Estado

da Saúde � Comissão de Avaliação dasEscolas Médicas

Dia 11 � Assembléia de Delegados da ACM,Ordinária e Extraordinária

Dia 13 � Reunião de Diretoria da ACMDia 14 � Reunião com o Secretário de Esta-

do da Saúde e Diretores de HospitaisDia 16 � Visita da Comissão de Avaliação

das Escolas Médicas � Univali e UnisulDia 17 � Congresso de Política Médica, em

São Paulo � AMB e APMDia 18 � Congresso de Política Médica, em

São Paulo � AMB e APMDia 23 � Visita da Comissão de Avaliação

das Escolas Médicas � FURB e UNI-VILLE

� Abertura da IV Jornada do Hospi-tal Celso Ramos

Dia 27 � Reunião com associados de Guara-mirim � Reunião com representantes daPrevidência do Sul

DEZEMBRODia 04 � Reunião de DiretoriaDia 07 � Almoço com Assessoria JurídicaDia 08 � Abertura do Simpósio Catarinense

sobre LER/DORTDia 11 � Reunião com o Conselho Consulti-

vo da ACMDia 13 � Reunião com o Conselho Editorial

da Revista Arquivos Catarinenses deMedicina

Em abril de 2001, no período de 5 a 7, aSociedade Catarinense de Pediatria estarápromovendo, com o apoio da Sociedade Bra-sileira de Pediatria, Sociedade Brasileira deInfectologia e Sociedade Catarinense de In-fectologia, o III Simpósio Brasileiro de Vaci-nas. O evento ocorrerá no Centro de Con-venções de Florianópolis (Centro Sul) e játem confirmados os seguintes convidados:

Dr. William Hausdorff (EUA) Dr.Ralph Clements (Bélgica) Dr. Eduardo Lopes (ARG) Dr. Calil Kairalla Farhat (Brasil)

O simpósio é uma grande oportunidadede atualizar-se na área de vacinas.

Os seguintes temas serão abordados:� Novas Vacinas

� Combinação de Vacinas� Vacinas em Situações Especiais� Calendário Vacinal

A participação do pediatra é de extrema im-portância para o sucesso do evento.

Maiores informações:Caixa Postal 3081 - CEP 88025-301Florianópolis-SCFone (**48) 251 9091Fone/Fax (**48) 251 9099e-mail [email protected]/scp

Dra. Sônia Maria de FariaPresidente do Simpósio

III SIMPÓSIO BRASILEIRODE VACINAS

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Jornal da ACM16

CRÔNICA MÉDICA

MAGRINHODR. SAULO BERBER

O domingo amanhecera cinzento e minhamente, ao acordar, estava da cor do céu. Forcei-me para fora da cama e me obriguei a dirigir os30 km até chegar no hospital. Iniciei o plantãotorcendo para que este fosse um dia calmo, demodo a recuperar algumas horas de sono, per-didas na noitada de sábado.

Lá pelo meio da manhã, as nuvens tinhamse dispersado, e também o nevoeiro em minhamente começava a se diluir, quando ao telefo-ne a já cansada voz da telefonista anuncia quetenho que �fazer uma triagem�, ou seja, aten-dimento de urgência com eventual internação.Largo a cama que já estava ficando quentinha,e sigo em frente. Recostado à porta do consul-tório observo dois homens vindo em minhadireção, um gordo e outro magro. Vinham ladoa lado, lentamente, pelo longo corredor parci-almente ensolarado, o gordo pelo lado que dápara o pátio, o magro por dentro, parecendoencurralado. O magro era bem magrinho mes-mo, parecendo até meio raquítico, usando umacamisa tipo punk com desenhos de caveiras ecruzes, calça jeans e tênis branco, estudante naaparência como faz supor a pasta que traz consi-go. A seu lado um cara barbudo, gordo e forte,policial civil por profissão, conforme já fui in-formado pela auxiliar de �triagem�... . Atender aosdois era minha primeira tarefa naquele plantão de do-mingo.

A finalidade do atendimento era decidir se interna-va ou não. Não o barbudo, mas o magrinho, é claro.

Ao leitor pode parecer tarefa fácil decidir quanto àinternação, mas vai aos poucos mudar de idéia quandosouber que estou num hospital psiquiátrico, começan-do o plantão com um excedente de 24 pacientes inter-nados na enfermaria masculina, excedentes de umaocupação regular de 35 vagas; ou seja, estou quase como dobro da ocupação habitual. Esta situação, ocorrendonuma enfermaria onde estão pessoas em surto psicóticoagudo, equivale a um barril de napalm pronto a serdetonado, modernizando um pouco a clássica expres-são. Jogar mais uma pessoa para dentro era aumentar operigo. Sabia disto por conhecer este hospital desdequando comecei a cursar a faculdade de medicina, há30 anos. Na época ele tinha uma população de 2000doentes numa instituição em que cabiam 850. Era ofinal da era dos grandes manicômios, e começava alonga caminhada em direção ao moderno hospital psi-quiátrico. Depois de formado, como neurologista, alitrabalhei por 10 anos, participando das transformaçõese vivendo uma época em que se faziam fortes as idéiasda antipsiquiatria. Esta corrente do pensamento psi-quiátrico, refletindo as tendências libertárias da décadade sessenta, advogava a manutenção do doente na co-

munidade, fornecendo meios para sua recuperação, oque contrariava a tendência asilar predominante atéentão. Questionava também o tradicional conceito or-ganicista de �doença mental�, vendo nesta condiçãomais um desconforto existencial ou psicossocial do queuma doença. Demorou mais duas décadas para que opêndulo do pensamento humano voltasse a oscilar umavez mais na direção da internação (agora bem mais sele-tiva), e da visão que inclui como causa das chamadas�doenças mentais�, tanto os fatores físicos como ospsicossociais.

Passei 12 anos longe do hospital e agora voltava ater que encarar o problema do excesso de lotação. Ainfluência da antipsiquiatria, agora relegada ao planohistórico, mas ainda presente em mim, traria dificulda-des adicionais, como veremos a seguir.

Ao sentarmos os três, o gordo explica a situação: omagro estivera assediando algumas adolescentes narua, e fora recolhido à delegacia e dela trazido para cáporque achavam que era louco. Um prontuário do hos-pital à minha frente registrava internação anterior, oca-sião em que ele foi diagnosticado como sendo esquizo-frênico. Ao ler este dado, não consulto mais o prontu-ário e passo a observar com mais detalhe o magrinho.

Vejo um homem argumentando com toda lucidezquanto ao absurdo de sua perda de liberdade atual etalvez futura. Sua fala, bem articulada e convincente,me levou considerar seu discurso totalmente normal.

Aos meus ouvidos começaram a soprar vozes,metafóricas e não alucinatórias, se me permite oleitor explicar. Falaram aos meus ouvidos: Laing,Cooper, Szacz, Basaglia e outros heróis da antip-siquiatria, meus ídolos na década de setenta.Depois de argumentarem individualmente, ber-raram em coro: �Só porque o cara é um poucodiferente, não significa que devemos privá-lode sua liberdade!�. Comecei a duvidar da ne-cessidade de proceder à internação.

Mas no entusiasmo de demonstrar a sua sim-ples condição de estudante, abrindo a pasta, eleme mostrou seu caderno. O que vi me fez mu-dar de idéia. Página após página lá estava regis-trada uma clara produção esquizofrênica. Frasesincompletas, pensamento fragmentado, dese-nhos tipicamente psicóticos. Laing e Coopersilenciaram. Szacz e Basaglia persistiram, embo-ra bem mais reticentes. Comecei a pender para ainternação. Ao mencionar esta possibilidade, omagro fica muito indignado, começando a seagitar. Neste momento, ao colocar distraidamen-te um bilhete em cima da mesa, o barbudo adi-cionou uma informação importante ao contextoda situação. O recado dizia que o cara era faixapreta simplesmente, em Kung- Fu. Pedi licen-ça e saí em busca de reforços. Experientes fun-

cionários, seis ao todo, foram colocados ao longo docorredor.

Ao voltar para o consultório, não olho mais para oprontuário, decidido pela internação. Quando anunciominha decisão, o magro pula para a porta e atras delepulo eu. Ao puxar o fôlego para gritar �segura!�, porum momento o tempo estanca e os anos setenta estãode volta. Vejo um ser humano buscando a liberdade.O grito demora um pouco mais para sair, demora otempo suficiente que permita a ele, qual ágil gazela, sedesvencilhar do pessoal da segurança e, saltando para ojardim, ganhar a rua e a liberdade. Noto que todosrespiram aliviados, menos o gordo. O policial civil aci-ona a Polícia Militar para a captura.

O plantão de domingo segue o seu curso.Em menos tempo do que leva para se contar, chega

uma radiopatrulha com o magro algemado. Calmamen-te é levado por funcionários e policiais até a enfermariaonde recebe, após discreta resistência, uma medicaçãosedativa na forma de injeção, logo dormindo relaxado esereno.

Na longa fila que deixa a enfermaria, funcionários epoliciais conversam. Em minha mente a dúvida aindapaira como uma névoa: seria este cara realmente perigo-so? Foi quando ouvi um auxiliar de enfermagem dizerpara o outro:

�- Na última internação ele quebrou o braço de umatendente em dois lugares�.