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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE

LOURDES RODRIGUES DE ASSIS

O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL NO DESENVOLVIMENTO DA

ESCRITA DA 5ª SÉRIE

ASSIS CHATEAUBRIAND

2009/2010

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LOURDES RODRIGUES DE ASSIS

O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL NO DESENVOLVIMENTO DA

ESCRITA DA 5ª SÉRIE

Produção Didático-Pedagógica constituída na forma de Unidade Didática, apresentada como um dos requisitos do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional 2009/2010, ofertado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, em parceria com a Secretaria de Tecnologia e Desenvolvimento.Orientadora: Profa. Ms. Clarice Cristina Corbari UNIOESTE – Marechal Cândido Rondon/PR

ASSIS CHATEAUBRIAND

2009/2010

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PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA – UNIDADE

DIDÁTICA

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Professora PDE: Lourdes Rodrigues de Assis

1.2 Área do PDE: Língua Portuguesa

1.3 Município: Assis Chateaubriand – Paraná

1.4 NRE: Assis Chateaubriand

1.5 Professora Orientadora IES: Profª Ms. Clarice Cristina Corbari

1.6 IES Vinculada: UNIOESTE

1.7 Escola de Implementação: Colégio Estadual Pe. Anchieta – Ensino Fundamental e

Médio

1.8. Público objeto da intervenção: alunos do Ensino Fundamental 5ª série.

2. TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE: A prática de escrita na Educação

Básica

3. TÍTULO: O discurso como prática social no desenvolvimento da escrita dos alunos de

5ª série.

4. APRESENTAÇÃO

O objetivo desta Unidade Didática é apresentar uma proposta de ensino-

aprendizagem da modalidade escrita da língua para os alunos de 5ª série do Colégio

Estadual Pe. Anchieta Ensino Fundamental e Médio, tomando como referência as

orientações emanadas das DCEs - Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua

Portuguesa do Estado do Paraná (2008), visando a resgatar nos alunos o domínio

discursivo da escrita, para que compreendam e possam interagir nas relações sociais com

seus próprios pontos de vistas, tomando-se o texto como elo de interação e os gêneros

discursivos como construções coletivas.

Para que o aluno produza bons textos, Antunes (2009) sugere que a prática de

escrita seja encaminhada em três etapas interdependentes e intercomplementares, as quais

são descritas a seguir. A autora aponta que o importante é abandonar a escrita vazia, de

palavras soltas, de frases inventadas, que não dizem nada porque não remetem ao mundo

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da experiência ou da fantasia dos alunos. A única linguagem que faz sentido é aquela que

expressa o que queremos dizer, por algum motivo, de nós, dos outros, das coisas, do

mundo (ANTUNES, 2009, p.115). A autora também lembra que, em toda atividade de

escrita, o aluno deve ser levado a vivenciar a experiência de planejar, escrever, revisar e

reformular seu texto.

Nesse sentido, propõe-se para a Unidade Didática propõe a seguinte sequência:

1. Em relação à escola:

a) apresentação do projeto à Direção, à Equipe Pedagógica e aos professores da

escola com o objetivo de criar o envolvimento necessário para a viabilização da proposta;

b) reunião com os pais dos alunos da 5ª série para as informações necessárias e

solicitação dos mesmos nas atividades a serem desenvolvidas.

2. Etapa com os alunos:

2. 1. Planejamento sobre o que vai ser produzido:

a) leitura de diferentes tipos de gêneros discursivos a fim de que compreendam e

esfera de circulação social do mesmo;

b) leitura dos gêneros apresentados, identificando suas características, organização

textual;

c) delimitação do tema da produção, definindo o objetivo e a intenção com que se

escreverá;

d) previsão dos possíveis interlocutores, da situação social em que o texto irá

circular e organizar ideias. Este será o momento da busca de sentido do texto, através da

mobilização, da motivação, relacionando-o ao contexto de uso, o enunciado.

2.2. A escrita “rascunho”: elaboração da primeira versão, isto é, o aluno escreverá a

partir da temática, do gênero, possíveis interlocutores, suas ideias, argumentos,

intencionalidade, objetivos, temática, finalidade, linguagem adequada às condições de

produção escrita do texto.

2.3. Escrita do texto: é o momento da revisão e reescrita. Antunes (2009, p. 116)

orienta que, para a revisão, o aluno seja levado a compreender que um bom texto não é um

texto correto (dentro dos padrões da norma culta), mas um texto bem encadeado, bem

ordenado, claro, interessante e adequado aos seus objetivos e aos seus leitores.

2.4. Socialização do texto do aluno, a partir das seguintes ações:

a) promoção de leitura do texto dos colegas;

b) organização dos textos dos alunos numa coletânea para leitura;

b) publicação da coletânea no site do colégio;

c) montagem do “livrinho” com a produção escrita dos alunos.

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Na prática da escrita, serão considerados os seguintes aspectos: adequação do

gênero, conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas, argumentação,

paragrafação, clareza de ideias, reescrita textual.

De acordo com as DCEs (2008), o gênero “história de vida” pode pertencer a

esferas sociais de circulação cotidiana, familiar, escolar e literária. Quanto ao conteúdo,

considera-se gênero primário, e a tipologia, memórias de narrativas. Nesta Unidade

Didática, o gênero proposto terá como suporte o caderno dos alunos, folhas avulsas

inseridas no mural ou em portfolios, e o veículo será o site do colégio e o “livrinho”.

A escolha desse gênero se fez por se tratar de um tema envolvente, real, e que

possibilita a interação com a família na pesquisa e elaboração da produção.

O aluno, neste gênero, é o sujeito histórico que se assume como locutor que vai

narrar fatos de sua vida, sua história, a de seus pais, avós, fatos curiosos de sua família. Na

história de vida, é possível romper com a estrutura do texto pronto, de “modelos” pré-

estabelecidos, dando lugar para a espontaneidade, a criatividade e o inédito, estabelecendo

uma relação do individual com o contexto social.

O texto será uma forma de dar voz aos alunos, suas vivências pessoais, tomando

como referência outros gêneros que se utilizam de narrativas, tais como: depoimentos,

entrevistas, biografias, memórias, contos, crônicas e ainda os documentos.

O gênero discursivo (textual) história de vida recupera fatos do cotidiano familiar,

valoriza o contato e interação com as famílias, avós e avôs, que guardam histórias

maravilhosas que podem ser registradas.

A história do aluno revela os acontecimentos do dia-a-dia do sujeito-aluno, sua

forma de pensar, de imaginar, de querer, seus projetos, sonhos, sentimentos e sua escolha

textual para dizer, isto é, “conceber o aluno como produtor de textos é concebê-lo como

participante ativo deste diálogo contínuo: com textos e com leitores” (GERALDI, 2004, p.

22).

“Escrever é sempre um ato de existência. Quando se escreve, conta-se o que se é. A história é mais real do que qualquer explicação”

(Ruth Rocha, 2003)

5 DESENVOLVIMENTO

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O homem sempre teve a necessidade de registrar os acontecimentos no tempo. Os

registros que o homem fez são chamados de fontes históricas. As fontes em que o homem

pode buscar informações sobre seu passado são: documentos escritos, audiovisuais, casas,

edifícios, prédios, pinturas, praças, obras de arte, músicas, lendas, figuras, fotos e muitos

outros.

No tempo das cavernas, o homem pintava nas paredes cenas no dia-a-dia. Quando

surgiram as cidades, o ser humano também registrava suas memórias e os acontecimentos

pintando nas paredes dos palácios, dos templos, nos vasos. Existem registros que retratam

como as pessoas trabalhavam, se vestiam, se alimentavam.

Há também aquelas que mostram pessoas passeando nas praças, nos parques, nas

cidades e nos campos em cores e em lugares diferentes.

Outra forma de registro dos acontecimentos são as fotografias.

Atividade 1 - Fotografias e imagens

Objetivo – Analisar fotografias e imagens, percebendo através delas o registro

de história da vida pessoal e familiar, através da pesquisa e observação.

Planejando sobre o que vai ser produzido: Leitura de diferentes gêneros discursivos Leitura dos gêneros apresentados, identificando suas características e organização textual

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Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/tvpendrive (Acesso em: 1º mar. 2010, 20:50).

Você tem uma fotografia guardada de alguma festa de aniversário? Ou de

batizado?

Onde encontramos fotografias? Para que elas servem?

O que você mais observa quando vê uma fotografia?

O que as fotos antigas lembram a vocês?(Observar imagens antigas)

Que informações as fotografias transmitem?

Quais as características de uma fotografia?

Lá na sua casa onde são guardadas as fotografias?

Você costuma olhar fotografias quando?

Seus avós guardam fotos nos mesmos lugares que seus pais?

Sua família costuma olhar as fotografias? Quando isso acontece?

Observem as fotografias e imagens que vocês trouxeram e analisem: cabelos,

roupas, expressões, calçados e o ambiente onde as pessoas estão.

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Descrição da imagem: Carlos Drummond de Andrade, nasceu em Itabira, Minas Gerais, no ano de 1902. Seu irmão Altivo publica, no único exemplar do jornalzinho Maio, seu poema em prosa "Onda". Sua primeira publicação "formal". Co-fundador de A Revista, importante canal de divulgação do Modernismo de Minas Gerais, em 1930 publicou Alguma Poesia.

Fonte:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/tvpendrive (Acesso em: 1º mar. 2010, 20:50).

Faça o registro no seu caderno do que você observou nas fotografias

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Dom“Deus dá a todos uma estrela.Uns fazem da estrela um sol.Outros nem conseguem vê-la". (Helena Kolody, 2004)

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Atividade 2 – Gênero documentosObjetivo – Pesquisar nos documentos pessoais e familiares informações que

possam orientar os alunos para que possam compor a história da família.

Existem também os documentos. Para conhecer a história, sempre recorremos aos

diversos registros produzidos pelo homem, às fontes históricas.

Os documentos e as lembranças fazem parte de nossa história nacional, mas como

podemos compreender a nossa história pessoal? Como podemos responder a pergunta: De

onde viemos? Se a pergunta for em relação a humanidade, temos muitas respostas, porém

quando ela é feita sobre nós, será que sabemos? Quem é você? De onde você veio? Qual é

a sua história pessoal?

Podemos conhecer a nossa história pela história de nossa família. Primeiro vamos

pesquisar o conceito de família no dicionário. Será que esse conceito é o mesmo para

todos?

Você obtém informações dos seus antepassados com as pessoas de sua família e

Poesia mínima “Pintou estrelas no muroe teve o céuao alcance das mãos.” ( Helena Kolody, 2004)

Vamos considerar que família é o primeiro grupo de convivência social.

É um conjunto de pessoas que possuem a mesma origem, estão ligadas entre si

por laços de parentescos sanguíneos, afetivos ou sociais.

História e Documentos

Existem documentos que trazem um pouco de nossa história, exemplo:

RG – Registro Geral

CPF – Cadastro de Pessoa Física

CNH – Carteira Nacional de Habilitação

Título de Eleitor

Cartão de Vacina

Carteira de Trabalho

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Escreva para que servem os documentos abaixo e qual a importância deles:

a) Registro de Nascimento:

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b) Registro Geral:

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c) Carteira Nacional de Habilitação:

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• Quais documentos que você conhece?

• Você já tem Registro Geral? (Carteira de Identidade)

• Para que servem estes documentos?

• Você conhece outros documentos pessoais?

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d) Título de Eleitor:

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e) Carteira Profissional:

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f) Carteira de Vacinação:

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Atividade 3 – Gênero Registro de Nascimento

Objetivo – Ler o gênero Registro de Nascimento, destacando datas, o nome e o

dos familiares, cidades que aparecem no documento, características do gênero e sua

importância na composição da história pessoal.

“Registro de Nascimento é outra forma de contar história, contada em palavras. é um documento que conta um pouco da história da pessoa.” (Caderno Pedagógico 2. In: AMOP, 2007, p. 25).

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Você já viu esta propaganda?

Fonte: Site da Secretaria Especial dos Direitos Humanos - SEDH

De posse da cópia de sua certidão de nascimento, você terá um texto que descreve e

narra, ao mesmo tempo, sua identidade legal em seu país, pois é através de seu registro de

nascimento que você se torna “gente”, pessoa, um brasileiro com direitos e deveres.

Segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos (2010) a certidão de

nascimento é o primeiro passo para o pleno exercício da cidadania. Sem o documento,

meninos e meninas ficam privados de seus direitos mais fundamentais, sem acesso aos

programas sociais. Adultos, não podem obter a carteira de identidade, CPF e outros

documentos. Por isso, é preciso fazer com que os bebês já saiam das maternidades com

nome e sobrenome.

Muitos alunos não conhecem o seu Registro de Nascimento. E você, conhece? Em

que lugar da sua casa está guardado o seu Registro? Você sabe onde se faz o Registro de

Nascimento?

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Observe o Registro de Nascimento. Veja quantas informações existem nele! Leia!

Depois preencha com ajuda de seus pais o modelo de Registro.

Pesquise no seu Registro de Nascimento quando nasceu – dia, mês, ano, hora

Onde você nasceu – lugar, cidade, estado, hospital

Nome completo de seus pais.

Qual era a profissão deles na época em que você nasceu?

Quem são seus avôs maternos e paternos?

Você sabe onde nasceu? E o que disseram quando você nasceu?

Para facilitar a pesquisa procure preencher o formulário de um Registro com a

ajuda de seus pais.

Não se esqueça, o Registro de Nascimento é um documento muito importante, por

isso deve mantê-lo sempre bem guardado!

“Eu tenho nome, mas quem não tem? Sem certidão de nascimento eu não sou

ninguém” Você já ouviu esta propaganda da UNICEF, sobre a importância do

registro de nascimento?

Como já vimos, uma das formas de conhecermos a nossa história pessoal é através

de documentos. Onde podemos encontrar documentos? Para que eles servem?

Você sabia que o Registro de Nascimento é um documento que conta um pouco da

história das pessoas? Este é o primeiro documento civil a que um cidadão tem

acesso.

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Fonte: Conselho Nacional de Justiça – Corregedoria (2009) 8 junho 10: 00)

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Como vimos do Registro de Nascimento podemos obter muitas informações a

respeito de nossa história. Com base nestas informações, é possível escrever outros gêneros

discursivos, como, por exemplo, montar uma árvore genealógica.

Vamos considerar que família é o primeiro grupo de convivência social. É um

conjunto de pessoas que possuem a mesma origem, estão ligadas entre si por laços de

parentescos sanguíneos, afetivos ou sociais.

Entreviste uma pessoa de sua família para saber uma pouco mais sobre sua

história. Aqui vai uma sugestão de pergunta, mas você poderá perguntar que

achar importante para sua história.

Nome completo:...............................................................................................

Idade:.............................................................

Cidade, estado e país onde nasceu:..................................................................

Por que escolheu esse lugar para mora?:..........................................................

................................................................................................................................

................................................................................................................................

Quando se mudou? Qual o meio de transporte usou para se mudar?...............

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................................................................................................................................

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Esta contente com o lugar onde mora?.............................................................

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Preserva algum costume característico do lugar de onde veio? Qual?.............

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Elabore outras perguntas que considerar importante!

Entrevista – é um gênero textual da esfera jornalística cujo objetivo é fazer com que o leitor conheça melhor as opiniões, ideias do entrevistado com relação ao mundo e as pessoas. (SARMENTO, 1998)

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Atividade 4 – Árvore genealógica

Objetivo – Pesquisar as origens das pessoas da família por meio de um

levantamento dos registros, fotos, locais onde nasceram e viveram, para construir a

árvore genealógica.

Você conhece a história de sua família? Você conhece seus avôs maternos e

paternos? Vamos pesquisar?

Procure no dicionário o significado da palavra “genealogia”, depois copie-o:

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................................................................................................................................

................................................................................................................................

................................................................................................................................

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Uma das formas de visualizarmos as origens da família é a árvore genealógica.

Você já viu uma árvore genealógica? Onde? Como era?

Com a ajuda de seus pais, organize a sua árvore genealógica. Você pode

desenhar ou colar fotos, escrevendo o nome em cada círculo.

A genealogia permite conhecer as relações de parentesco e os antepassados das pessoas de uma família, levando em conta sua naturalidade.

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Desenhe, pinte e escreva os nomes de seus bisavós paternos, bisavós

maternos, avós paternos e maternos, depois escreva o nome de seu pai e de sua

mãe e, por último, escreva o seu nome.

Se quiser, pode escrever também o nome de seus irmãos.

Fonte: Ilustração de Rafael Gandhi de Sarro Camilo de Godoi

Atividade 5 - Linha do tempoObjetivo – Identificar os principais fatos históricos de sua vida pessoal e

familiar, registrando e situando no tempo.

Desenhe uma linha horizontal, usando lápis e régua. Numere-as a partir do ano que

você nasceu e registre os principais fatos.

Nas

cim

ento

Prim

eiro

ano

Segu

ndo

ano

Terc

eiro

ano

Esco

la

Ani

vers

ário

s

Pres

ente

s

Out

ros

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Atividade 6 – Meu nome, minha históriaObjetivo – Reconhecer a importância do nome, sua história e seu significado.

O nome constitui uma palavra-texto, com grau de significação ímpar: nele esta

contida toda a história da criança. É pouco provável que alguma criança, ao ter contato

com a escrita, não expresse forte desejo de colocar a marca de seu nome em todo espaço

possível. Ora, o não atendimento desse desejo implica em lançar fora esse recurso valioso

no envolvimento da criança com o código da língua escrita. (Currículo Básico da Escola

Pública do Paraná. PARANÁ, 1992).

Leia o fragmento do texto sobre um garotinho que não gostava do nome dele e

descubra por quê.

Nome feio

(Fragmento)

Não tinha jeito! O Chico não gostava do nome dele e pronto...

– Mãe, por que você foi escolher o nome de Francisco para mim? Eu não gosto

desse nome porque vira Chico e o João falou que Chico é nome até de macaco.

A mãe dele não sabia direito o que responder. Afinal, quando ela era pequena,

também não gostava de seu nome. As crianças viviam fazendo gozação:

– Ivete canivete põe no fogo e a mão derrete!

Foi pensando nisso que ela argumentou:

– Sabe Chico, quando a gente é pequeno, a gente não gosta do nome. Acho que isso

acontece com todo mundo...(...)

(Salete Brentan,1978.)

Você sabe a origem do seu nome?

Você já pensou por que seu pai e sua mãe colocaram esse nome em você?

Você gosta de seu nome?

Você conhece a história de alguém que não gosta do nome?

Você sabe o significado do seu nome?

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Após ler o fragmento do texto “Nome feio” escreva sobre seu nome (quem

escolheu, a origem, o significado, etc.)

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Atividade 7 – Gênero Literatura InfantilObjetivo – Ler obras da Literatura Infantil, observando suas características,

enredos, personagens, como possibilidades e modelos mobilizadores de escrita de

histórias.

Outra forma de conhecermos nossa história é através de objetos, roupas, móveis,

quadros de pinturas, brinquedos, material escolar, hábitos, livros, poesias, músicas,

costumes e na forma de falar. Também podemos conhecer o passado, a “nossa história”,

através de fontes orais, como as histórias que os mais velhos nos contam, os relatos,

depoimentos e conversas. A memória é valiosa para o conhecimento.

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A literatura é fonte de lindas histórias.

Bisa Bia, Bisa Bel

O que será que acontece nesta história? O livro conta a história de quem? Quem

seriam as duas bisavós do título? Antes de lermos a história, vamos conhecer um pouco

sobre a escritora autora de vários livros de literatura infantil.

É muito importante saber quem é o autor das histórias, podemos conhecê-lo através

da sua biografia

Como vocês ouviram no livro Bisa Bia, Bisa Bel, de Ana Maria Machado, a autora

conta a história de Isabel e sua bisavó materna. Tudo começa quando ela encontra uma foto

de sua bisavó Beatriz e passa a carregá-la para cima e para baixo. Em sua imaginação, ela

começa a conversar com Bisa Bia e aprende com ela as coisas como eram antigamente.

Essa história envolve pai, mãe, tia, avô e avó. Depois de ouvir esta bela história, você, com

certeza, estará interessado em saber mais sobre a sua história, a de seus avós, pais, de sua

família, amigos e colegas, sobre o papel da mulher em várias etapas da vida.

Biografia é um gênero discursivo que relata da vida de uma pessoa e, como qualquer

gênero textual que você estuda, nela há determinadas estruturas linguísticas que se destacam

na composição. Por se tratar da informação da vida de alguém, na biografia impera a ordem

cronológica, e de maneira bem estruturada, a fim de mostrar, passo a passo, os

acontecimentos vividos pelo biografado.

Ana Maria Machado é uma escritora de literatura Infantil, nascida no Rio de Janeiro em

1941, foi professora de Língua Portuguesa na Sorbone, França, até o início da década de 70.

Na década de 1980, revelou ser a década do livro na vida de Ana Maria Machado. Largou

tudo o que vinha fazendo e fundou uma livraria especializada em Literatura Infantil, a

Malasartes. Ela já publicou mais quarenta livros. Já recebeu vários prêmios, entre eles se

destaca o Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infantil e

Juvenil, em Cartagena de Índias, na Colômbia.

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É possível fazer como dona Sonia: reunir as fotos de seus bisavós e pesquisar um

pouco sobre eles, o tempo em que viveram. Como se vestiam? Como eram decoradas as

suas casas? Como eram suas brincadeiras, divertimentos? Como eram suas festas? Quais

eram as músicas preferidas daquele tempo? Procure obter o maior número de informações

possíveis – vale tanto pesquisar ou conversar com eles pessoalmente ou perguntar para

seus pais.

Registre como é seu relacionamento com seus avós, ou com pessoas que você

considera como avós, o que gostam de fazer juntos, o que você mais gosta neles,

curiosidades da vida deles.

Existem outros livros de literatura infantil que contam lindas histórias de avôs e

avós, por exemplo:

O livro Histórias de avô e avó, de Athur Netrosviski, é um livro, de cunho

autobiográfico, em que o autor Arthur, fala de sua família, formada por imigrantes russos

de origem judaica. O destaque vai para vô Maurício e vô Felipe, bisavó Olga, vó Luísa e

vó Póli – todos adoráveis e cheios de histórias para contar. Como aquela vez em que vó

Luísa, ainda menina, levou uma corrida de um touro, ou quando vô Felipe comprou um

carro e, mesmo sem saber dirigir, resolveu que ia fazer o automóvel andar de qualquer

jeito.

No livro Histórias e lorotas da vovó, da escritora Mirna Pinsky, conta história da

vovó Rita, uma velhinha incrível. Quem sabe ela não é parecida com a sua avó?

Histórias e lorotas

da vovó

Mirna Pinski

Histórias de avô e avó

Athur Netrosviski

A Família do Marcelo

Este é um livro da escritora Ruth Rocha, ele é muito bonito, fala sobre família tem

lindas ilustrações. No final do livro sugere alguns jogos muito legais.

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A partir da leitura e análise dos livros de literatura infantil acima,

que contam histórias de bisavós, avôs, avós, pais, mães e famílias, está na hora de você

fazer seus registros. Escreva sobre sua família, seus avós e bisavós.

Escreva sobre seus avós e bisavós_________________________________________________________________________

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Atividade 8 – Gênero crônicaObjetivo – Ler crônicas, identificando suas principais características textuais

como possibilidade de escrita, com fatos e momentos do cotidiano dos alunos.

Ninguém resiste a uma boa história, é só alguém começar a contar e já ficamos

curiosos para saber o que vai acontecer no final. Gostamos de histórias por vários motivos:

elas trazem boas lembranças, recordações, risos e muitas sensações boas. Além disso, é

através de histórias que as pessoas compreendem melhor os outros e a si mesmo, e até o

mundo!

Quando eu era criança, meu pai contava muitas histórias em torno do fogão à lenha,

nos dias frios. Eram demais, tinha de lobisomem, mula-sem-cabeça, histórias de sua

infância e muitas outras.

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Tem gente que gosta de ouvir histórias, mas tem muita gente que gosta de escrevê-

las! Todos têm um montão de histórias guardadas na família só esperando que alguém as

escreva. Muitas histórias que os escritores escreveram e/ou escrevem foram vividas por

eles. É claro que tem as inventadas, mas as que fizeram parte da suas infâncias são muito

interessantes!

Vejam como a escritora Danuza Leão escreve sobre a casa de sua avó e do seu avô

nestas duas crônicas, maravilhosas! Primeiro vamos conhecer quem é Danuza Leão.

Observe o jeito que a escritora escreve, a forma como ela apresenta a história. Será que

esse texto tem uma forma especial?

Danuza Leão (Itaguaçu, 26 de julho de 1933) é uma jornalista e escritora

brasileira. Irmã da cantora Nara Leão, foi casada com o jornalista Samuel Wainer,

fundador do extinto jornal Última Hora.É autora de livros como Na sala com

Danuza e As aparências enganam. Atualmente, é colunista do jornal Folha de São

Paulo. Em 1992, obteve um grande êxito editorial com Na sala com Danuza. Em

2006 lançou sua autobiografia Quase tudo. É mãe da artista plástica Pinky Wainer,

do falecido jornalista Samuel Wainer Filho e de Bruno Wainer, empresário do

ramo de distribuição cinematográfica.

Onde encontramos este tipo de texto?

Para que servem estes textos?

Quem lê?

Você já leu algum texto parecido com estes?

Este texto é uma crônica.

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Neste fragmento de uma crônica a autora descreve como era a casa de sua avó.

TEXTO 1 - A casa da minha avó

Era um sobrado; na parte de baixo, o armazém do meu avô, onde se vendia um

pouco de tudo. Tecido, renda, sianinha, botões, fumo de rolo, açúcar, feijão em grãos de

um modo geral – não em pacotes mas em sacos grandes, que ficavam no chão. No andar de

cima, onde morava a famílias, era a casa de minha avó – nunca do meu avô. (...)

Em cima, dando para a praça, havia uma sala de visitas que só era aberta em

ocasiões muito especiais - que nunca aconteciam -, com um sofá, cadeiras estofadas e um

piano. Mais para dentro uma grande sala de jantar onde todos almoçavam e jantavam à

mesma hora – 11:30 e 19 h; em cada quarto, três ou quatro camas, e banheiro era um só,

para os avós, 12 filhos e os netos que lá passavam grandes temporadas.

(...)

(LEÃO, Danuza. Folha de São Paulo, Caderno C. 21 jul. 2002, p. 2 apud. FARACO,

2005)

Crônica – é uma narrativa condensada, que focaliza um flagrante da vida cotidiana,

pitoresco e atual, real ou imaginário com ampla variedade temática, porém coloquial.

Sua ação é rápida e sintética (SARMENTO, 1998). Assemelha-se a uma reportagem

jornalística. Sua temática está sempre relacionada com acontecimentos do dia-a-dia,

pois ela se dá a partir de um flash, um breve momento do cotidiano, um fato

corriqueiro, que, através do cronista, com seu toque de humor, sensibilidade, ironia,

crítica e poesia, possibilita ver além do fato, numa visão mais abrangente, algo que

diariamente deixa-se escapar. A crônica é, portanto, uma prosa curta, amena e

coloquial, com toques de malícia e humor, sobre fatos da atualidade ou hábitos e

costumes dos diversos segmentos sociais.

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Estudando a crônica “A casa da minha avó”

• Com as informações do fragmento do texto, é possível descrever a casa da avó?

• Como eram as comidas?

• Do que as crianças mais gostavam?

• Quando elas iam passear na casa da avó?

• O que representava uma grande farra para as crianças?

• O que foi uma grande frustração para a narradora?

Lemos o texto “A casa da minha avó”. Agora vamos ler o texto “A casa do meu avô”.

O que será que tem de diferente a casa do avô? Será que nessa casa, as pessoas têm hábitos

diferentes? Onde a narradora se sentia mais à vontade? Para saber, vamos ler o texto.

TEXTO 2 – A casa de meu avô

(...)

No quintal, um monte de galinhas soltas, e também um galo grande, lindo, de penas

ruivas, e um galinho garnisé branco. A primeira percepção de vida que senti – sem

entender – foi quando segurei pela primeira vez um ovo que a galinha tinha acabado de

botar. O ovo era quente, mas um quente diferente, perturbador; um quente vivo.

Havia uma mangueira e os mais novos amarravam um saquinho na ponta de uma

vara para tirar as mangas ainda verdes; as frutas eram massageadas para que parecessem

maduras e vendidas numa rua longe da casa – espertos, os meninos. Quando se comia

galinha, o que era raro, era ao molho pardo, e a garotada não perdia a cena, com direito a

muito cacarejo e muito sangue. A briga na mesa era pela moela, o objeto de desejo de

todos. (...)

(LEÃO, Danuza. Folha de S. Paulo, Caderno C, 28 jul. 2002, p.2. apud. FARACO, 2005 )

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Após a leitura dos textos completos (no livro indicado acima) A casa de meu avô e

A casa de minha avó, procure lembrar, descrever e registrar sobre a casa de seus avós. Não

se esqueça de observar todos os detalhes: Onde se localiza, do que é feita, cor, modelo,

espaço que você mais gosta, as comidas preferidas e outras coisas que você achar

interessante. Você poderá escrever observando a forma que a escritora Danuza Leão

escreveu as suas crônicas. Depois dê um título.

Tema: A casa de meus avós maternos

• Como era a casa do avô?

• Que morava na casa?

• Onde ela se situava?

• Quais as recordações da narradora?

• O que aconteceu com o avô da narradora?

• O que você achou de mais interessante?

• A casa de seus avós tem alguma semelhança com as casas

apresentadas no texto?

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Atividade 9 – Gênero poesia Objetivo: Ler poesias como possibilidades de escrita da história de vida.

As histórias também podem ser encontradas no gênero poesia, como esta do poeta

Ricardo Azevedo. É uma forma diferente de escrever histórias.

Ricardo Azevedo nasceu em São Paulo no ano de

1949. É escritor, ilustrador e pesquisador brasileiro. Já

publicou mais de cem livros para crianças e jovens. O

primeiro foi escrito quando ainda era adolescente –

tinha 17 anos – e foi batizado de Um homem no sótão.

O escritor também é desenhista, autor da maioria das

ilustrações de seus livros. Seus livros receberam

diversos prêmios e foram publicados em outros países,

como Portugal, México, Alemanha e Holanda.

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Fragmentos

Texto - A casa de meu avô

Na casa de meu avô

Além do jardim florido

Plantado pelo seu Júlio

Além de ter um cachorro

Dengoso mas furioso. (...)

AZEVEDO, Ricardo. A casa de meu avô. São Paulo: Ática, 1998.

“ Infância”

“Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.

Minha ficava sentada cosendo.

Mau irmão pequeno dormia.

Eu sozinho menino entre mangueira”. (...) (Drummond, 2002)

Pesquise no livro Antologia Poética de Carlos D. de Andrade a poesia completa, leia e

copie no seu caderno.

E você se lembra como é a casa de seus avós? Vamos fazer como a Danuza Leão

ou como Ricardo Azevedo, escrever sobre a casa de nossos avós paternos?

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“Quando nasci, um anjo torto

Desses que vivem na sombra

Disse: Vai, Carlos! ser gouche na vida.” (Drummond, 2002)

Atividade 10 - Fatos da minha infância

Objetivo: Relembrar e registrar os fatos da infância instigados pela leitura de

obras literárias.

Toda pessoa tem histórias de fatos que aconteceram na sua infância, guardadas na

memória. Essas histórias nos ajudam a nos constituirmos como sujeitos históricos. Podem

ser sobre uma festa, uma passeio, um animal de estimação, um amigo especial, uma coisa

boa que nos fez muito feliz ou uma coisa triste que nos fez chorar.

Vamos ler algumas dessas histórias que alguém já escreveu. Vejam que gracinha é

esse poema de Manuel Bandeira.

1 Porquinho-da-Índia

Quando eu tinha seis anos

Ganhei um porquinho-da-índia.

Que dor de coração me dava

Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!

Levava ele prá sala

Manuel Bandeira - Manuel

Carneiro de Sousa Bandeira

Filho nasceu no Recife –

19/04/1886 –, foi um poeta,

crítico literário e de arte,

professor de literatura e

tradutor brasileiro. Escreveu

muitas poesias, prosas e

outros. É um nome muito

importante na Literatura

Brasileira

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Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos

Ele não gostava:

Queria era estar debaixo do fogão.

Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas . . .

— O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.

2 A bailarina

Esta menina

tão pequenina

quer ser bailarina. (...)

Mas depois esquece todas as danças,

e também quer dormir como as outras crianças.

(MEIRELES, Cecília. 1992)

Veja agora como o escritor Pedro Bandeira descreve

seu jeito de ser, no poema. Leia o fragmento e pesquise

a poesia completa e cole no seu caderno e ilustre-a.

Palavras de Cecília Meireles:

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro,

três meses depois da morte de meu pai, e

perdi minha mãe antes dos três anos.

Essas e outras mortes ocorridas na

família acarretaram muitos contratempos

materiais, mas, ao mesmo tempo, me

deram, desde pequenina, uma tal

intimidade com a Morte que docemente

aprendi essas relações entre o Efêmero e

o Eterno.(...)”

Pedro Bandeira é o autor de literatura juvenil mais vendido no Brasil. É autor de 77 livros publicados, entre eles títulos consagrados como a série Os Karas, A marca de uma lágrima, Agora estou sozinha…, A hora da verdade e Prova de fogo.

O poema A bailarina de Cecília Meireles descreve os sonhos de uma menina. Leia este fragmento, depois pesquise a poesia completa e cole no seu caderno.

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3 Identidade

Às vezes nem eu mesmo

sei quem sou.

Às vezes sou

“o menino queridinho”,

às vezes sou

“moleque malcriado”. (...)

(BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris. São Paulo: Moderna, 1984. p.89.)

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Após ler os poemas acima, é possível identificar o assunto dos mesmos?

Quais as características que eles apresentam?

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Saber Viver

“Não sei... Se a vida é curta

Ou longa demais pra nós,

Mas sei que nada do que vivemos

Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas”. (...) Cora Coralina (2005)

Atividade 11 - Histórias da Infância – EscolaObjetivo – Ler histórias, observando o enredo, a sequência, as personagens e a

forma que o escritor relata fatos de sua infância, levando o aluno a ter contato com o

texto literário.

O menino maluquinho é um livro infanto-juvenil brasileiro, escrito em 1980, pelo

escritor Ziraldo, desenhista e cartunista mineiro de Caratinga. O livro apresenta as histórias

e invenções de uma criança alegre e sapeca, “maluquinha”. O livro é cheio de desenhos e

atividades que descrevem o sabor da infância de um garotinho muito feliz. Este livro já fez

tanto sucesso que até virou filme, peça teatral, história em quadrinho, série de TV e até

2006, já tinha vendido dois milhões e meio de exemplares.

O menino marrom conta a história de três meninos: do menino marrom, do

menino cor-de-rosa e do menino que mora no coração do Ziraldo, que é um menino poeta,

contador de histórias, que vive sonhando, imaginando e inventando muitos causos e lindas

histórias novas para contar para nós.

• Você já fez alguma maluquice?

• Já foi chamado de menino maluquinho?

• Já fez alguma coisa bem maluca?

• O escritor de Literatura Infantil Ziraldo conta história de dois meninos e de suas

infâncias. Você conhece as histórias?

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Com base nas histórias apresentadas pelo escritor Ziraldo, escreva uma ou mais

histórias de seus melhores amigos, de suas “artes” de sua infância. Coloque títulos!

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O que a história do menino maluquinho e a do menino marrom têm em comum?

O que é possível aprender sobre as histórias que você leu?

Quais as características da escrita do Ziraldo nos livros?

O que você achou das ilustrações?

Você conhece alguém parecido com os meninos da história?

Será que existe uma história para meninas maluquinhas?

Você já fez algumas “artes” iguais às que os meninos fizeram?

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Outras sugestões: Contos da Escola – Um livro de contos – Seleção e apresentação de Ruth Rocha,

contendo contos de vários escritores sobre a vida na escola.

Contos para rir e sonhar – de Ruth Rocha e Sylvia Orthof – Coleção Literatura em

minha casa, volume 2.

Meninos e meninas – de Ruth Rocha, Ama Maria Machado e Sonia Robatto, vários

contos.

Durante todas as aulas, você foi anotando, registrando, pesquisando informações

sobre sua vida e de seus familiares, com base nas anotações efetuadas durante as aulas,

chegou o momento de escrever a sua História, de ser escritor. Você pode organizá-la em

forma de livro, isto é, por capítulos. O primeiro capítulo você pode iniciá-lo apresentando-

se:

Capítulo 1 – Apresentando o escritor: para isso utilize as informações obtidas nas

fotografias, no Registro de Nascimento e nas perguntas que você fez aos seus familiares.

Você pode começar assim...

Eu,..., nasci no dia..., na cidade de... no estado... Sou filho de... e de... meus avós,

pais dos meus pais, são... Meus avós, pais de minha mãe, são... Nasci no hospital..., às ...

horas e fui registrado no cartório... O livro em que fui registrado já é o número... e a folha

onde está escrito meu registro é a folha número... Uma pessoa chamada... foi testemunha

do meu registro e quem me registrou foi meu pai. Com esse registro eu passei a existir

como um brasileiro, com direitos e deveres, sem ele eu não seria gente para a lei.

Escrita rascunho – elaboração da primeira versão do texto e escolha do gênero

Agora é a sua vez!

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Capítulo 2 – Neste capítulo, seria interessante apresentar a sua família: Seus

pais, avós e bisavós. Aproveite para relatar alguns causos ou algumas “molecagens” de seu

avô, uma receita deliciosa de sua avó, ou outras que você quiser. Fique à vontade! Utilize

as anotações da árvore genealógica, as entrevistas e outras fontes. Lembre-se de que você

pode escolher o gênero que pretende relatar suas memórias.

Capítulo 3 – Neste capítulo, você poderá escrever histórias interessantes,

engraçadas, tristes, alegres, sobre as festas, os melhores presentes, sobre sua infância, sua

caminhada escolar, seus amigos, animais de estimação e outras que achar significativas.

Após escrever suas histórias, você poderá ilustrá-la!

Os registros dos alunos foram feitos num caderno rascunho e que a partir desse

momento servirão de material de apoio para a escrita dos textos. Os textos escritos pelos

alunos estarão disponíveis no site do colégio e no “livrinho”, não só para os alunos, mas

toda a comunidade escolar pode ter acesso.

Espera-se, com esse trabalho através dos gêneros apresentados, o aluno de 5ª série,

desenvolva a sua capacidade de produção escrita deforma prazerosa. Que ele possa

identificar-se com produtor/criador de suas histórias, compreenda o uso social de seus

textos e assuma-se como sujeito histórico.

Ressalta-se que em nenhum momento a proposta de produção escrita esteve

desvinculada da oralidade e leitura, pois, através delas buscou-se a possibilidade exercitar

o diálogo, nos questionamentos, na exposição dos alunos, na análise das idéias dos colegas

e de autores e diferentes gêneros apresentados.

Escrita do texto versão final – após correção e reestruturação Socialização dos textos – leitura do texto do aluno pelos colegas Postagem no site do colégio e elaboração do “livrinho”

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10. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

AMOP – Associação dos Municípios do Oeste do Paraná. Departamento de Educação.

Sequência Didática: uma proposta para o ensino da Língua Portuguesa nas séries

iniciais. Organização: Carmem Terezinha Baumgärtner, Terezinha da Conceição Costa-

Hübes. Cascavel: Assoeste, 2007- Caderno Pedagógico 1.2.3.

ANA, Maria Machado. Bisa Bia, Bisa Bel. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2002. (Literatura

em minha casa).

ANDRADE, Carlos Drummond. Antologia Poética. 50. Ed.Rio de Janeiro: Record, 2002.

ANTUNES, Irandé. Aulas de Português: encontro & interação. 7. ed. São Paulo:

Parábola, 2009.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

______. Marxismo e filosofia da linguagem. 9. ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

BANDEIRA, Manuel. Vou-me embora pra Pasárgada. Org. Emanuel de Moraes. 2. ed.

Rio de Janeiro: José Olympio, 2007.

BRENTAN, Salete. Revista Alegria. São Paulo. N. 60, 1978.

CECÍLIA, Meireles e outros. Para Gostar de Ler. Volume 6 – Poesias. 8. ed. São Paulo:

Ática, 1992.

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2005.

GERALDI, João Wanderley. Portos de passagem. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

______. Da redação à produção de textos. In: CHIAPPINI, Ligia (Coord.). Aprender e

ensinar com textos de alunos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2004.

KLEIMAN, Ângela B.; MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles (Orgs.). Letramento e

formação do professor: práticas discursivas, representações e construção do saber.

Campinas: Mercado de Letras, 2005.

KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez,

2003.

MARCUSCHI, Luis Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6. ed.

São Paulo: Cortez, 2005.

MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles. Leitura, produção de textos e a escola:

reflexões sobre o processo de letramento. Campinas: Mercado de Letras / Autores

Associados, 1998.

PARANÁ. Secretaria Estadual de Educação do Paraná. Currículo Básico para a Escola

Pública do Estado do Paraná. Curitiba. SEED. 1992.

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PARANÁ. Secretaria Estadual de Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.

PINSKY, Mirna. Histórias e Lorotas da vovó. 4. ed. São Paulo: FTD, 1991. (Desenhos de

Ciça Fittipaldi. Coleção Segundas Histórias.).

ROCHA, Ruth. A família de Marcelo. São Paulo: Salamandra, 2001.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica,

1999.

SARMENTO, Leila Luar. Oficina de Redação. São Paulo: Moderna, 1998.

ZIRALDO, Alves Pinto. O menino Marrom. São Paulo: Melhoramentos, 2005. (Série

Mundo Colorido)

______. O Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2005. (80ª impressão)

Ilustrações – Desenhos de Rafael Gandhi de Sarro Camilo de Godoi

Site: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.phpAcesso em: 1º mar. 2010, 20:50

Site: www. cnj .jus.br/ (acesso em: 8 junho 10: 00)

Site: www. wikipedia .org Site : http://certidaodenascimento.gov.br/wordpress/

Site : www.presidencia.gov.br/sedh/

Site : www.releituras.com/cmeireles_bio.asp