O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ

Jacinta Becher Watte

UNIDADE DIDÁTICA

TEMA: O LETRAMENTO ATRAVÉS DE TEXTO POÉTICO

TÍTULO: POESIA, ESTÍMULO PARA LER E ESCREVER: saraus escolares.

Guarapuava

2010

Um bom poema é aquele que nos dá

a impressão de que está lendo a gente...

e não a gente a ele!

Mário Quintana

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Esta Unidade Didática está sendo elaborada para cumprir a determinação de produção

didática, como uma das atividades do PDE e será utilizada na aplicação do Projeto de Intervenção

Pedagógica pelo professor PDE e também estará disponibilizada para todos os professores da rede

em página específica no Dia a Dia Educação, sendo uma ferramenta que poderá ser incorporada ao

dia-a-dia escolar, contribuindo para que os alunos escrevam textos cada vez melhores e ampliem o

domínio da leitura e da escrita.

O tema proposto é “o letramento através de texto poético”, pois acreditamos que o processo

de letramento deve ser constante, começando no lar e aperfeiçoando-se na escola. O mais

importante é que os educandos adquiram a prática de ler e escrever, ampliando sua concepção do

mundo e desenvolvendo o senso crítico, tornando-se participativos, pois o sujeito letrado conseguirá

mudar sua história.

Magda Soares1 destaca que “letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um

contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno”. Eis uma parte do

poema de Magda Soares:

Letramento é diversão

É leitura à luz de vela

Ou lá fora, à luz do sol.

Letramento é prazer, é lazer, é ler em

Diferentes lugares e sob diferentes

Condições, não só na escola, em

Exercícios de aprendizagem.

São notícias sobre o presidente,

O tempo, os artistas da TV

E mesmo Mônica e Cebolinha

Nos jornais de Domingo.

Letramento é informar-se através da leitura, é

Buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir

Com a imprensa diária, fazer uso dela,

Selecionando o que desperta interesse,

1 Disponível em www.redenoarsa.com.br/biblioteca3

Divertindo-se com as tiras de quadrinhos. (…)Optou-se por letramento através de textos poéticos,

pois vivemos rodeados de poesia, ou seja, tudo que nos cerca e que nos emociona quando tocamos,

ouvimos ou provamos. E qual é a diferença entre poema e poesia?

O poema é um texto marcado por recursos sonoros e rítmicos. Geralmente o poema permite

outras leituras. A poesia está presente no poema, assim como em outras obras de arte.

Poesia é todo texto que nos desperta emoção, que tem ritmo, que tem rima, metáforas, escrito

em versos, estrofes. A poesia nos encanta nos enche a alma de sonhos... A poesia nos inspira, nos

faz sonhar, transmite emoções e é a nossa inspiração para viver a vida.

Estamos propondo atividades que oportunizem momentos lúdicos aos alunos, tendo em vista

exercícios de imaginação, de fantasia, de criatividade e de reflexão. Ao mesmo tempo, é nosso

objetivo mostrar a vida de uma forma mais poética, com mais liberdade para construir seu

conhecimento.

Após conversar com os alunos a professora declamará o poema “Tem tudo a ver” de Elias José.

Também muitos cantores usam a sensibilidade, a emoção para compor suas canções. Vamos

ouvir e observar a letra da música: “Deus, Eu e o Sertão” de Victor e Léo nos slides. Observem

também as paisagens. Como é linda a nossa natureza!

Dando sequência as atividades propomos aos alunos que pesquisem na família trovas, cantigas

de ninar, de roda e tragam para a sala de aula para serem compartilhadas na sala. No primeiro

momento oralmente, depois em grupo, registradas para elaborar um mural.

Em seguida colocar a música: Aquarela de Toquinho e Vinícius, para os alunos ouvirem. Em

seguida distribuir folhas de sulfite ou papel pardo, lápis de cor, giz de cera, tinta gauche, pincéis,

etc. Ouvindo a música e deixando falar a emoção, os alunos vão desenhar, rabiscar, pintar, enfim

deixar livre a criatividade. Este trabalho será exposto no mural. Observar com os alunos o tema da

canção. Realizar um levantamento de palavras que falam da natureza. Como podemos interpretar a

frase “que descolorirá”. Na teve pendrive colocar o clip da música: “Aquarela”. Disponível em

“youtube.com” para que os alunos comparem com sua produção.

Poesia é a nossa inspiração para viver a vida. Brincar de poesia é uma possibilidade aberta a

todos em exercícios lúdicos e criativos.

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Como o autor José Paulo Paes nos escreve em seu poema:

Convite

Poesia

é brincar com palavras

como se brinca

com bola, papagaio, pião.

(…)

Depois dessa leitura, provocar uma conversa sobre poemas, fazendo-os observar a estrutura,

o jogo das palavras, a beleza, as idéias que se tem sobre o título, versos, e algumas palavras do

poema relatando o que mais gostaram, o que acharam mais interessante, qual a mensagem que o

poeta quis nos transmitir. Pensando no lugar onde vivem, tem rio perto de sua casa? Como ele

é: grande, pequeno, suas águas são límpidas ou poluídas? Elas se renovam a cada dia?

Vocês observaram que os textos poéticos são escritos de forma diferente. São escritos em

versos e estrofes. O verso é cada linha de um poema. O conjunto de versos forma a estrofe.

O autor usa uma forma especial de linguagem mais dirigida à imaginação e a sensibilidade,

do que ao raciocínio. Ao ler e interpretar textos, falamos de dois tipos de sentido:

• sentido próprio, que as palavras costumam ter nos textos informativos, também

chamado denotação. Exemplos: A explosão da bomba matou dez pessoas. O fogo

destruiu a floresta.

• sentido figurado, decorrente não só do contexto em que a palavra é empregada como

também do leitor que interpreta o texto, apoiado por sua própria experiência de vida e

em seu repertório de leituras, chamado também conotação. Exemplos: ....”a explosão

em verde, em flores e frutos...”Estava dominado pelo fogo da paixão.

Realizar o “Jogo dramático” a partir do poema como “Leilão de Jardim”:

LEILÃO DE JARDIM

Quem me compra um jardimcom flores?

borboletas de muitas cores,

lavadeiras epassarinhos,

ovos verdes e azuisnos ninhos?

Quem me compra estecaracol?

Quem me compra um raiode sol?(…) Cecília Meireles

Passos a serem seguidos para realizar o Jogo Dramático:

Entregar uma cópia do poema a cada aluno. Realizar a leitura silenciosa por todos,

seguida de uma leitura oral expressiva pelo professor. Iniciar um diálogo sobre o poema:

gostou? O que mais gostou? O que achou diferente? O que achou engraçado? Afastar as

carteiras e todos sentam no chão, formando, se possível um círculo. Conversar um pouco

sobre leilão: o que é? Já presenciou um? De quê? Onde? Deixar que os que conhecem

expliquem aos demais. Conversar sobre o jardim: o que é? Se gostam, se têm? Se sabem

cuidar de um jardim; fazer um levantamento dos animais/bichos e objetos presentes no jardim

leiloado, Sugerir que os alunos indiquem outros animais, objetos e plantas que poderiam ser

encontrados em um jardim. Anotar no quadro as sugestões que surgirem. Propor um Jogo

Dramático com a participação de todos os alunos, tedo como cenário o jardim e as

personagens enumeradas pelos alunos. Organizar o Jogo. Dar uma ordenação mínima às ações

(sequência possível; diálogos das flores, discussão das formigas, etc.). Iniciar o Jogo:

incentivar ao máximo a improvisação que é à base do Jogo Dramático (falas, gestos,

movimentos, etc.). Depois de iniciado, o jogo pode ser interrompido rapidamente quando

houver algum impasse. O que importa é o envolvimento alegre e espontâneo de todos. Após

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encerrado o jogo comentar e discuti-lo com os alunos, deixá-los comentar livremente. Reler o

poema que motivou a atividade.

Outra hipótese: improvisar um leilão acrescentando o(s) leiloeiro(s), outros

objetos/personagens a serem leiloados e os compradores. Incentivar para que as personagens

que estão sendo leiloadas participem do evento. Elas podem protestar diante do valor que lhes

está sendo atribuído, inquirir seus compradores sobre o lugar para onde serão levadas, enfim,

revelar seus desejos, suas vontades.

Outros poemas que podem ser motivadores de jogos dramáticos: “Natal”, de Vinícius

de Moraes; “A Arca de Noé” de Vinícius de Moraes, e muitos outros que o professor vai

descobrindo ao longo de sua experiência.

Após realizar o jogo dramático, com a letra do poema, conversar com os alunos sobre

o tema do poema. Vocês conhecem algum jardim? Em sua casa tem jardim? Têm borboletas,

passarinhos, ninhos? Se vocês encontrarem um ninho, vocês destroem? Um passarinho,

formigas, um sapo, um lagarto, um grilo, uma cigarra, matam? O que está acontecendo com

nossa natureza? Mesmo no sítio é comum ver esses bichinhos? Já ouviram falar deste ditado:

“Deus perdoa sempre, os homens, às vezes, mas a natureza nunca.” Assistem na televisão o

que acontece nas grandes cidades? Por que está acontecendo isto? Levar os alunos a

perceberem a destruição que os homens estão fazendo na natureza e fazê-los refletir sobre

suas ações.

Esclarecer para os alunos que cada gênero textual tem características próprias, e a

situação de produção também varia, ou seja, é preciso levar em conta alguns dados: Quem

escreve? Para quem? Com qual finalidade? Onde o texto será publicado? Explicar que os

poemas deles serão conhecidos por muitas pessoas, no mural da escola, no sarau e no livro ou

coletânea, que ficará no acervo da biblioteca.

Uma das características do poema “são escritos com palavras que combinam.” Este

recurso é chamado de rima. Colocar no mural o lembrete: “rima é a identidade de sons, no

final das palavras.” Propor palavras para os alunos criem rimas.

Propomos outra atividade de “Leitura e jogo” com palavras:

Você já pensou em quantas centenas de palavras você conhece? Elas estão guardadas,

reservadas, para serem utilizadas nas mais diferentes situações.

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1- Para começar pense em uma palavra qualquer, de acordo com os temas dos poemas

lidos, escreva-a em seu caderno.

2- Quando o professor solicitar, cada aluno dirá, em sequência a palavra que escolheu.

Alguém escolheu a mesma palavra?

3- Peça a cada aluno que diga novamente a mesma palavra, mas desta vez repetindo-a

duas vezes.

4- Junte sua palavra com a do colega e escreva uma em seguida da outra, na ordem que

desejar.

5- Agora com a palavra de todos, vamos construir quadras malucas.

Você sabe que é uma quadra? Um poema escrito em quatro linhas é uma quadra. Cada

linha é um verso.

O professor vai anotar no quadro todos os pares de palavras, um embaixo do outro,

formando quadras, até que todos sejam registrados. Se faltarem linhas na última quadra,

inventem.

Que dupla de palavras combinou melhor? Qual foi a dupla mais maluca? De qual par de

palavras você mais gostou? E os colegas o que acharam?

6- Leia em coro as quadras, como estão escritas.

7- Copie apenas a quadra onde estão a sua palavra e a de seu colega.

8- Você observou várias quadras malucas, volte a ler sua quadra maluca.

9- Com o mesmo colega, tente transformar a quadra maluca em um pequeno poema. Ele

terá quantas linhas vocês quiserem.

- Não deixe nenhuma palavra de fora. Acrescente palavras se for necessário, repita

palavras, se quiser.

- Conseguiram? Quem quer ler para a turma?

Assistir no laboratório do Paranadigital os vídeos que estão disponíveis no site:

www.youtube.com: “Carta da mãe natureza” e “Pense em mim”.

Silenciosamente com seu lápis e papel... com sua vida...com os pés na terra...com seus

sentimentos, com as sensações que os vídeos despertaram em você.

1- Rabisque uma folha em branco.

2- Escreva palavras soltas.

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3- Escreva frases a partir das palavras, revelando as lembranças, idéias ou sensações que os

vídeos causaram em você.

4- Use repetições, ou não, e escreva quantos versos e estrofes quiser.

Em seguida promover atividades de leitura, silenciosa e oral, na biblioteca, no laboratório de

informática. Pedir aos alunos que leiam diferentes poemas, mas procurem alguns do mesmo

tema aos trabalhados na sala, que falem sobre a natureza, o meio ambiente, a água, etc.

Incentivar o aluno a declamar com entonação, clareza, gestualidade, observando postura,

pronúncia e entonação com fundo musical.

Os poemas evocam sensações, impressões, sentimentos. Auxiliar os alunos a descobrir o

que o poema desperta em cada um deles através dos questionamentos: o que sentiram ao

escutar/ler o poema, ouvir esse poema nos faz lembrar coisas alegres ou tristes, conseguem

imaginar o que o poeta quis nos mostrar.

Entregar para a turma os poemas abaixo digitados e pedir que leiam silenciosamente.

Alguns constroem, outros destroem. E, com sim e o não, o poema se constrói.

Destrói os peixesCom as tuas usinas

Destrói as árvoresCom as suas turbinas

Destrói os pássarosCom as tuas armas ferinas.(…) Chico Bezerra

Era uma vez

Era uma vezUm matoVerdeE compacto

Tenho o retrato. (…) Maria Dinorah

Passado, presente e futuro.

Passado, vegetaçãoNão há poluição

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(Foto da autora)

Nem tecnologiaE fabricação.(…)

Presente, pouca vegetaçãoGozaçãoE muito ladrão.

Futuro, nenhuma vegetaçãoPoluição (…) Silvia Oselka

1- Escreva no caderno uma lista de fatos que você sabe, acha ou sente que não estão indo

bem no mundo, no Brasil, na sua cidade, na sua localidade, na sua escola, na sua casa...

2- Escolha um ou mais desses fatos e tente escrever um poema sobre ele

3- Você pode organizar o seu poema de maneira parecida com algum dos que você leu

nesta aula.

Outra atividade é parafrasear o poema abaixo A pesca de Affonso Romano de Sant’ana

A pesca

o anilo anzolo azul

o silencioo tempoo peixe

a agulhaverticalmergulha

a água a linha a espuma

o tempo o peixe o silêncio(…)

Comente com os alunos o texto acima. Pergunte a eles se já participaram de uma pescaria:

Como foi? Com quem, onde, quando? Também que percebam os versos e estrofes curtos, a

presença predominante de substantivos antecedidos de artigos, a repetição de versos etc.

Anote no quadro negro estas observações. Depois, sugira aos alunos que, em duplas, tentem

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(Foto da autora)

criar novos poemas utilizando uma estrutura semelhante. Sugira alguns temas que poderão

desenvolver: a viagem, o caminho de casa para a escola, o piquenique, a pescaria, a vida, o

rio, a floresta, o meio ambiente, a natureza, o amanhecer, o anoitecer, etc. Incentive-os

também a sugerir outros temas. Após a criação, as duplas podem trocar os textos entre si para

leitura ou lê-los em voz alta para a classe. Aqui, como em todas as outras atividades, deve-se

estimular entre os alunos o respeito pela produção dos colegas, o que se expressa na atenção

durante a leitura e até no aplauso que surge espontaneamente. (Lembre-se de guardar os

poemas produzidos para, osteriormente, serem selecionados para a coletânea e sarau. )

Distribuir os textos para os alunos. Ler para e com os alunos:

Cimento armado

Batem estacas no terreno morto,No terreno morto surge vida nova.As goiabeiras do velho parqueE as roseiras abandonadas,Serão cortadasE derrubadas.

Um prédio novo de dez andares,Frio e cinzentoTerá seu corpo de cimento armadoEnraizado no velho parqueDe goiabeirasDe roseirais.(…) Paulo Bonfim

Minha velha árvore

Minha velha árvore é tudo o que eu queria,não quero edifícios, carros e caminhõesquero minha velha árvorechega de pessoas, bebês e elevadoresquero minha velha árvoreonde eu via aqueles pássaros condores(…) Suzana Taiul,

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(Foto da autora-SP)

Verdes e vozes

Escutem as vozesNo meio dos ramosSabiás, tico-ticos,Pardais, gaturamos...

Escutem os riosOs risos chegando,Das águas correndo,Das pedras cantando!

Escutem os grilosCrilando serestaNos vão das janelaDas horas em festa!(…) Maria Dinorah

1- Discutir com os alunos o tema dos poemas.

2- Agora escreva pedidos de socorro:

a) dos pássaros b) dos rios c) dos peixes d) das matas e) do próprio homem

3- Escolha uma proposta:

a) Imagine um espaço onde aconteça o oposto do que ocorreu no poema “Cimento armado”

b) Imagine que você, alguém ou um lugar ganha uma nova árvore, o oposto do que ocorreu no

poema “Minha velha árvore”.

- Tente escrever um poema.

Ele falará sobre algo que você ou alguém viveu, ou sobre um desejo, uma esperança.

3- Ao terminar, releia. Se necessário, reelabore, até ficar satisfeito com sua criação!

4-Troque com alguém. Ou leia para todos.

Uma das mais marcantes características da linguagem poética é a utilização da

linguagem figurada.

Vamos tratar das mais importantes figuras de linguagem: comparação e metáfora. A

comparação é uma relação de semelhança entre elementos por meio de termos comparativos:

como, qual, feito, que nem. Na metáfora o autor elimina o termo comparativo, utilizando uma

expressão em lugar da outra, por haver entre elas uma relação de semelhança. Toda metáfora é

uma espécie de comparação implícita.

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(Fotos da autora- Rio Teles Pires-MT)

Ilustrar com exemplos dos slides e com o texto “O leão” de Vinícius de Moraes

O leão

Leão! Leão! Leão!

Rugindo como o trovão

Deu um pulo, e era uma vez

Um cabrito montês.

Leão! Leão! Leão!

És o rei da criação!

Tua goela é uma fornalha

Teu salto, uma labareda

Tua garra, uma navalha

(…)

Observamos no verso “rugindo como um trovão”, que o autor compara o rugido do

leão a um trovão, usando o termo comparativo “como”. Em outros versos como: “ Tua goela é

uma fornalha(…) Tua garra, uma navalha”, o autor elimina o termo comparativo. Neste caso

temos a metáfora, muito usada como recurso nos poemas.

Para aprofundar nosso estudo, criar comparações poéticas as palavras:

É doce ... É branco... É suave... É aspero... É amargo... É forte... É escuro... É claro...

Transformar comparações em metáforas:

- O rio das cidades são como lixões a céu aberto.

- Minha escola é como um lar.

- A cor das águas do rio é escura como carvão.

- Teu amor é como fogo que arde em meu peito.

Recriar e produzir poemas de temas diversos. Reescrita dos poemas produzidos.

Tentando mudar a prática dos alunos na leitura e transformar seu cotidiano dos alunos

envolvidos no projeto, bem como os demais alunos da escola estaremos propondo diversas

atividades de leitura de poemas envolvendo-os na hora cívica com uma declamação, ou no

início da aula. Divulgação no mural da frente da escola de poemas produzidos e de autores

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consagrados. Também propomos pintar o muro e escrever versos ou quadras criados pelos

alunos.

Produzir com poemas criados ou consagrados desenhos, teatros, danças para

apresentação no sarau. Para esta atividade contaremos com a participação dos professores da

escola e demais alunos.

Mas o que vem a ser sarau?

Sarau é, segundo os dicionários consultados, reunião festiva, dentro de casa, de clube ou

de teatro, em que se passa a noite a dançar, a jogar, a tocar, etc. Também pode ser concerto

musical de noite, assim como reunião de pessoas para recitação e audição

de trabalhos em prosa ou verso. Uma reunião festiva, um evento cultural onde as

pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente. Pode envolver

dança, poesia, círculos de leitura, seção de filme, música, bate-papo filosófico, pintura, teatro

etc.

O objetivo do sarau é a integração de alunos e comunidade, mas principalmente a

divulgação dos trabalhos realizados na escola com o desenvolvimento do projeto.

Será realizado em novembro, na quadra da escola, uma noite festiva, com a participação

de toda a comunidade, contando com a participação das escolas da região e demais

convidados.

A organização ficará a cargo dos alunos participantes do projeto, assim como a

decoração do ambiente, tudo voltado ao tema do letramento, dando ênfase a preservação

do meio ambiente. Estes declamarão os textos produzidos, ou de poetas consagrados.

Serão realizadas danças, monólogos, teatros, músicas com alunos e artistas da região,

etc. Também serão convidados alunos de outras escolas que desejarem declamar, apresentar

uma música, teatro, dança etc. Sendo um evento de leitura os convidados poderão participar,

seja ouvindo ou lendo um poema, pois os textos produzidos serão expostos em mural ou varal.

No final da noite distribuiremos mudas de árvores aos participantes, de acordo com o

que conseguirmos no viveiro municipal.

Com o intuito da divulgação da produção dos alunos, serão buscados patrocinadores

para a publicação de um livro, ou na falta destes, será organizada uma coletânea que será

disponibilizada aos alunos, a comunidade e a biblioteca da escola.

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REFERÊNCIAS:

ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da Escola. São Paulo, Cenpec: Fundação Itaú Social;

Brasília, DF: MEC, 2008, 2009.

BERALDO, Alda. Trabalhando com Poesia, volume 1 e 2. Ática, 1990, São Paulo.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná. Curitiba, 2008.

PINHEIRO, Hélder. Poesia na sala de aula. Campina Grande. Bagagem, 2007.

PROPOSTA DE LÍNGUA PORTUGUESA - Anos Finais do Ensino Fundamental da

Escola Estadual de Volta Grande.

MACHADO, Ana Maria. Cinco Estrelas. Ana Maria Machado, apresentação e seleção.

Coleção: Literatura em minha casa. Editora Objetiva ltda; Rio de Janeiro, 2001.

MENEZES, Cândida Zuiani. Vamos Escrever? Atividades de redação, 5, 6, 7. Cândida

Zuiani Menezes Marlene Karabolad de Matos Paulo, Elza Bahdur E Lahan, São Paulo; FTD;

1993.

QUINTANA, Mário. Eu passarinho: poesia/Mário Quintana; seleção e organização Fábio

Weintraub e Fabrício Waltrick; colagens Mariana Newlands. São Paulo: Áica, 2009.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Ensinar e aprender:

Volume 2, Projeto de Correção de Fluxo CENPEC.2000.

Sites consultados:

http://www.pucrs.br/gpt/poesia.php, acesso em 10//11/2009, às 16 h.

http://www.redenoarsa.com.br/biblioteca/29set08, acesso em 05/10/2009 às 9 h.

http://www.fabiorocha.com.br/mario.htm, acesso em 10/11/2009, às l5 h5 min.

http://www.ca.ufsc.br/sapeca/revista1.htm, acesso em 07/10/2009 às 14 h25 min.

http://www.maricell.com.br/amigos2004/fcoelhoreceitadepoesia acesso dia

12/12/2009 às 17h49min .

http://www.slideshare.net/christall2009/poema-letramentoacesso em 09/10/2009 às

10hs16min.

http://www.youtube.com.br acesso em 26/112009 às 14 h.

http://www.revista.agulha.nom.br/paulo1.html acesso em 03/02/2010 às 10hs25min.

http://saraubenedito.wordpress.com/o-que-e-sarau/ acesso em 17/05/2010 ás 14hs.

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