da administração pública
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Da Administração Pública
Disposições Gerais
Um Município celebrou convenção coletiva de trabalho com o Sindicato Municipal dos Empregados Públicos, através da qual se obrigou a conceder aumento dos vencimentos dos empregados públicos nos próximos três anos, a razão de 5% ao ano. Considerando que o acordo não foi cumprido logo no exercício seguinte, os empregados públicos municipais entraram em greve, reivindicando aumento salarial, muito embora ainda não tenha sido editada lei que defina os termos e os limites do direito de greve dos servidores públicos. Diante desse contexto, considere as seguintes afirmações à luz da Constituição Federal:
O aumento da remuneração dos empregados públicos não poderia ter sido objeto de convenção coletiva, em que pese a Constituição Federal garanta ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
Segundo a Súmula nº 679, do STF, “a fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva”. Esse entendimento é o que, hoje, também se aplica aos empregados públicos. Cabe destacar que ao servidor público civil é facultado o direito à livre associação (art. 37, inciso VI, CF/88).
É possível, sim, que tanto os empregados públicos quanto os servidores públicos exerçam seu direito de greve. Com relação aos servidores públicos, apesar da falta de lei regulamentadora sobre o direito de greve, decidiu o STF que eles poderão usufruir de tal direito, aplicando-se lhes a lei de greve do setor privado.
Os termos e limites do direito de greve deverão ser objeto de lei ordinária (e não lei complementar!). Com efeito, a CF/88 dispõe que “o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica” (art. 37, inciso VII).
Um ocupante de cargo de professor da rede pública municipal pretende prestar concurso para outro cargo na mesma Administração e exercê-los concomitantemente (por exemplo: o cidadão é formado em Matemática e História poderá prestar concurso público para os dois cargos de professor, desde que tenha compatibilidade de horário). Nesta hipótese, considerada a disciplina constitucional da matéria, o interessado: poderá acumular o cargo atual com outro de professor ou então com um técnico ou científico, desde que haja compatibilidade de horários, em qualquer hipótese.
Art 37 CF/88XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor;b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
(A) somente poderá acumular o cargo atual com um técnico ou científico, desde que haja compatibilidade de horários.
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(B) poderá acumular o cargo atual com até dois empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas, desde que haja compatibilidade de horários.
(C) não poderá acumular cargos na Administração, devendo optar entre o atual ou o futuro, se vier a ser aprovado em concurso, qualquer que seja o cargo.
(D) somente poderá acumular o cargo atual com outro de professor, desde que haja compatibilidade de horários.
(E) poderá acumular o cargo atual com outro de professor ou então com um técnico ou científico, desde que haja compatibilidade de horários, em qualquer hipótese.
O que seria então, cargo técnico ou científico??
Há uma certa controvérsia acerca do que venham a ser cargo técnico e cargo científico. Uma corrente entende que as expressões "técnico" e "científico" seriam sinônimas, e indicariam a necessidade de se tratar de cargo que exigiria nível superior. Entendemos, porém, que a interpretação constitucionalmente mais adequada é a seguinte: cargo científico é o cargo de nível superior que trabalha com a pesquisa em uma determinada área do conhecimento – advogado, médico, biólogo, antropólogo, matemático, historiador.
esse caso, o arquiteto também se enquadraria na possibilidade da acumulação.
Segue a jurisprudência do STJ:
“O Superior Tribunal de Justiça tem entendido que cargo técnico ou científico, para fins de acumulação com o de professor, nos termos do art. 37, XVII, da Lei Fundamental, é aquele para cujo exercício sejam exigidos conhecimentos técnicos específicos e habilitação legal, não necessariamente de nível superior” (STJ, 5ª Turma, RMS 20.033/RS, Relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, DJ de 12.03.2007) e, ainda: “a conceituação de cargo técnico ou científico, para fins da acumulação permitida pelo texto constitucional, abrange os cargos de nível superior e os cargos de nível médio cujo provimento exige a habilitação específica para o exercício de determinada atividade profissional, a exemplo do técnico em enfermagem, do técnico em contabilidade, entre outros”
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo... CRFB/88
atenção para o caput: não inclui as empresas públicas e sociedades de economia mista mandato eletivo federal, estadual ou distrital -----> afastado de seu cargo, emprego ou função; mandato de Prefeito ------> afastado ----> optar pela sua remuneração;
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mandato de Vereador (sem compatibilidade de horários)------> afastado ----> optar pela sua remuneração
(com compatibilidade de horários) ------> acumula cargo, exercício e remuneração.
Resumindo:
Investidura no mandato de VEREADOR -> se houver compatibilidade, pode acumular as funções e as
remunerações; em não havendo compatibilidade, ainda assim, poderá optar por sua remuneração ou pelo
subsídio do cargo para o qual foi eleito.
Investidura no mandato de PREFEITO -> não acumula as funções, mas pode optar por sua remuneração ou pelo subsídio do cargo para o qual foi eleito.
Investidura em MANDATOS FEDERAIS, ESTADUAIS OU DISTRITAIS -> não acumula as funções e nem opta pela remuneração. Exerce apenas o cargo para o qual foi eleito e recebe "apenas" (apenas é ótimo! Queria eu um apenas desse na minha conta corrente!) o subsídio do cargo que exerce.
Servidores de carreira X efetivos
CF/88, Art. 37, inciso V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Bem exclusivamente neste caso há uma imprecisão da CF no uso desses termos, principalmente na
expressão "servidores de carreira".
Vejo assim, todos sabemos, que a função de confiança são exclusivas de servidores efetivos, aqueles que
prestam concurso, ou seja, nós... hehe... independente se o cargo é de carreia ou isolado.
Cargo de carreira é aquele escalonado em classes onde existe uma promoção de uma classe inferior para
outra imediatamente superior, sempre no mesmo cargo, vamos supor, o servidor é ocupante do Auditor
Fiscal Classe A I após dois anos de efetivo exercício passar para Auditor Fiscal Classe A II, aumentando
assim seu vencimento, isto deve esta previsto na lei que regulamenta a carreira do cargo de Auditor
Fiscal.
Já cargo isolado não há previsão na lei que cria o cargo, ou em qualquer outra lei específica, desse
escalonamento, ou seja, se o servidor entrou no cargo de Agente Administrativo, vai morrer nele.. hehe, o
aumento no salário desse servidor só ocorerrá com o revisão anual de seu vencimento garantida pela
inciso X do Art. 37 CF/88.
Há impresição quando a CF cita que os cargos em comissão a serem preenchidos por "servidores de
carreira", acredito que ele quis dizer seriam preenchidos por servidores efetivos, não acredito que ela
restringiria apenas aos servidores de carreira, excluindo os cargos isolados.
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Cargo em Comissão = Servidor de Carreira
Função de confiança = Servidor eFetivo
Bom, sabemos que os concursos terão prazo de validade de até dois anos, prorrogáveis por igual
período. E que a ADM é obrigada a convocar aqueles que passaram dentro do número de vagas. Certo?
Daí que, apesar de ter que convocar os aprovados dentro das vagas, a ADM não será obrigada a fazer
isso de imediato, tão logo o concurso seja homologado. Ela pode fazê-lo enquanto durar o prazo de
validade do concurso. Como este é prorrogável, enquanto não ocorrer a prorrogação ou o prazo não se
escoar por completo, nenhum candidato aprovado nas vagas pode exigir a convocação. Assim, o
candidato aprovado nas vagas só pode EXIGIR sua convocação durante o prazo improrrogável do
concurso (quando este já tiver sido prorrogado e não comportar mais prorrogação ou quando a ADM já
tiver externado que não haverá essa prorrogação), porque antes disso (enquanto for possível a
prorrogação) o seu direito à nomeação ainda não é exigível de imediato. É como se depois da
prorrogação não tivesse pra onde a ADM correr: vai ter que nomear naquele tempo e acabou. Mas
enquanto é possível procrastinar a nomeação, beleza, ninguém pode exigir nada.
Da mesma forma ocorre caso haja um novo concurso. Os aprovados em concurso anterior têm
prioridade na convocação, mas só podem EXIGIR a convocação durante o prazo improrrogável de
validade do concurso em que passaram, posto que antes disso (enquanto houver prazo a correr :P) seu
direito à nomeação ainda não pode ser exigível de imediato. Isso não exclui a preferência na convocação
em relação aos aprovados em concurso posterior, que é sempre exigível, independente do momento em
que está o prazo de validade.
Questão difícil - Lei orgânica municipal que estabeleça que perderá o mandato o Prefeito que
assumir outro cargo ou função na administração direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude
de aprovação em concurso público realizado antes de sua eleição, será incompatível com a
Constituição da República, ao sancionar com a perda do mandato o Prefeito que assumir cargo
em virtude de concurso público realizado após sua eleição.
Entendendo o Enunciado da Questão.
1) O art. 38 da CF/88 estabelece a regra para quem ocupa Cargo Efetivo e DEPOIS é eleito Prefeito.
Regra: afasta-se do cargo efetivo e assume o mandato (cargo eletivo).
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
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emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
2) O art. 28,§1º c/c art. 29, XIV vale para quem é eleito prefeito e DEPOIS é nomeado para cargo efetivo.
Regra: continua no cargo de prefeito, toma posse no cargo efetivo e, logo em seguida, pede o afastamento
desse cargo efetivo até a conclusão do mandato.
Art. 28, § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto
no art. 38, I, IV e V.
Art. 29, XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único (leia-se §1º).
3) Detalhe Fundamental para Resolver a Questão: A regra do item “2” vale tanto para o concurso público
realizado antes quanto para o realizado após a eleição.
Exemplificando, Imagine que Dioclécio, candidato a Prefeito de “Kubanacan” estudava para concurso
público, realizou o concurso e, antes de sair o resultado do certame, foi eleito prefeito e diplomado,
passando a exercer o mandato. Depois que ele já era prefeito, saiu o resultado do concurso e ele foi
aprovado. Aplica a regra do item 2: toma posse e pede afastamento.
Agora imagine que, durante o seu mandato de prefeito, Dioclécio resolveu prestar concurso, foi aprovado
e convocado. Também aplica a regra do item 2: toma posse e pede afastamento.
Conclusão: A regra do item 2 vale tanto para o concurso realizado antes quanto para o realizado depois da
eleição para prefeito.
Veja o que o Enunciado diz:
“Lei orgânica municipal que estabeleça que perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou
função na administração direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude deaprovação em concurso
público realizado antes de sua eleição, será “
Perceba que o enunciado, de forma sutil e cruel, restringe indevidamente a regra do art. 28,§1º c/c art. 29,
XIV da CF, pois impede que o prefeito tome posse em cargo efetivo por concurso público
realizado DEPOIS da eleição.
4) A regra do item 2 (posse em cargo efetivo durante o exercício de mandato) aplica-se a duas espécies de
cargos eletivos: para o cargo de Governador (art. 28,§1º) e para o de Prefeito (art. 29, XIV, por remissão).
Resumindo...
Perderá o mandato eletivo o Governador ou Prefeito que assumir outro cargo ou função na
administração pública direta ou indireta, sem que tenha realizado concurso público. Ex. cargo
comissionado.
Não perderá o mandato caso o Governador ou Prefeito assuma um cargo ou função em virtude de
concurso público, independente se o concurso foi realizado antes ou depois do exercício do mandato
eletivo.
Caso realizem um concurso público quando já estiverem ocupando um mandato eletivo:
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O Governador ficaria afastado do cargo efetivo por se tratar de um mandato eletivo estadual; assim que o
cumprisse poderia exercer o cargo ou função na administração pública. (art. 38 I da CF)
Já o prefeito, também ficaria afastado do cargo cumprindo o mandato, sendo que poderia optar pela
remuneração. Ex: Um prefeito, no exercício do seu mandato, realiza um concurso para magistratura e
consegue êxito, nesse caso ele não perderia o mandato de prefeito, ficando afastado do cargo efetivo de
juíz, podendo optar pela remuneração. (art 38. II CF)
Segundo o art. 37, XI da CF o subsídio dos promotores de justiça está limitado a 90,25 % do
subsídio dos Ministros do STF, assim como o dos procuradores e defensores públicos tb está
limitado a este teto.
Dos Servidores Públicos
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:
II - exoneração dos servidores não estáveis
Art. 33, EC 19/98: Consideram-se servidores não estáveis, para os fins do art. 169, § 3º, II, da Constituição Federal aqueles admitidos na administração direta, autárquica e fundacional sem concurso público de provas ou de provas e títulos após o dia 5 de outubro de 1983.
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Súmulas STF
- Dentro do prazo de validade de concurso público, a Administração poderá escolher o momento no qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, estando obrigada a nomear os aprovados dentro do número de vagas previsto no edital, ressalvadas situações excepcionalíssimas que justifiquem soluções diferenciadas, devidamente motivadas de acordo com o interesse público.
- Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público, nem ser substituído por decisão judicial.
- Até que sobrevenha lei específica para regulamentar o exercício do direito de greve pelos servidores públicos civis, aplica-se-lhes, no que couber, a lei que disciplina o exercício do direito de greve dos trabalhadores em geral.
FCC-2010-q1