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Cursos Online EDUCA www.CursosOnlineEDUCA.com.br Acredite no seu potencial, bons estudos! Curso Gratuito Introdução à Educação Física na Educação Infantil Carga horária: 20hs

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Curso Educação Física

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Cursos Online EDUCA

www.CursosOnlineEDUCA.com.br

Acredite no seu potencial, bons estudos!

Curso Gratuito Introdução

à Educação Física

na Educação Infantil

Carga horária: 20hs

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Conteúdo Programático:

01. CONCEITUANDO

02. EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INTERDISPLINARIDADE

03. CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

04. DESENVOLVIMENTO SOCIAL E EMOCIONAL DA CRIANÇA SURDA

05. A PRIMEIRA INFÂNCIA

06. TECNOLOGIAS ESPECIAIS

07. TECNOLOGIA – UM ELEMENTO COGNITIVO

08. VANTAGENS DO USO TECNOLÓGICO

09. A ADAPTAÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO

10. PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

11. PERSPECTIVA ATUAL

12. CONVENÇÃO DA DEFICIÊNCIA

13. ARTIGO 24

14. INCLUSÃO

15. EDUCAÇÃO INCLUSIVA

16. ENSINO ESPECIAL

17. ENSINO INTEGRADO E ENSINO INCLUSIVO – ALGUMAS DIFERENÇAS

18. INCLUSÃO E RESPEITO ÀS DIFERENÇAS

19. DIREITO À DIVERSIDADE - (Brasil)

20. PROGRAMA DE AÇÃO INCLUSIVA – ALGUMAS AÇÕES

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1. POLÍTICAS PARA O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

As discussões em torno da educação física na educação infantil vêm se intensificando

desde a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB no.

9.394/96). De acordo com a nova LDB (Art.26, § 3o.), “A educação física, integrada à

proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica,

ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa

nos cursos noturnos”. Pode-se considerar que a sua inserção curricular na esfera da

educação infantil significa um avanço para o ensino da educação física. No entanto,

sabe-se que a construção de uma educação pública, democrática e de qualidade, da

qual a educação física seja parte integrante, não depende exclusivamente de leis, mas

também, e fundamentalmente, de políticas e ações governamentais que garantam as

condições objetivas para a sua concretização. Nesse sentido, ainda se tem muito o

quê refletir a respeito do espaço da educação física na educação infantil. Um dos

pontos essenciais dessa reflexão diz respeito à organização geral do currículo das

creches e pré-escolas, levando em consideração a indissociabilidade entre educação e

cuidado (educar e cuidar) no sentido de se buscar uma superação da dicotomia

educação/assistência no trabalho com a criança de zero a seis anos de idade.

2. EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A educação física na educação infantil pode configurar-se como um espaço em que a

criança brinque com a linguagem corporal, com o corpo, com o movimento,

alfabetizando-se nessa linguagem. Brincar com a linguagem corporal significa criar

situações na qual a criança entre em contato com diferentes manifestações da cultura

corporal (entendida como as diferentes práticas corporais elaboradas pelos seres

humanos ao longo da história, cujos significados foram sendo tecidos nos diversos

contextos socioculturais, sobretudo aqueles relacionados aos jogos e brincadeiras, às

ginásticas, às danças e às atividades circenses, sempre tendo em vista a dimensão

lúdica como elemento essencial para a ação educativa na infância. Ação que se

constrói na relação criança/adulto e criança/criança e que não pode prescindir da

orientação do (a) professor (a): deixar a criança brincar como queira, como se jogar

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fosse algo da natureza biológica da espécie, que não necessita de suportes culturais.

Assume-se, então, uma “concepção” espontaneísta de educação que afasta o

professor como figura de interação e interlocução, ou seja, como parceiro da criança

em seu processo de desenvolvimento, ignorando que neste processo certas noções

estão se construindo, ou antes, poderão se construir, desde que se cuide para a

ocorrência disto.

3. LINGUAGEM CORPORAL

Favorecer a brincadeira no contexto da educação infantil não pode levar a uma

atitude de “laissez faire” - abandono pedagógico, de abrir mão da mediação do adulto

no processo educativo com a criança. Ao contrário, é no contexto da brincadeira que

se precisa aprender a realizar o papel do professor como mediador, intencional e

explícito, do processo de elaboração dos conceitos sistematizados na relação de

ensino. Na Educação Física a cultura corporal/de movimento traz no seu campo-

objeto de conhecimento, manifestações corporais já presentes na vida das crianças,

que deverão ser tematizadas com elas, não só na aula dessa disciplina, como também

em outros momentos, atendendo assim, a perspectiva de articulação a ser

desenvolvida pela equipe pedagógica. Sob essa ótica, a linguagem corporal não é

uma “propriedade” da educação física e, embora seja a sua especificidade, deve ser

trabalhada em outros momentos da jornada educativa, tendo a dimensão lúdica como

princípio norteador.

4. PROFESSOR OU ALICADOR DE JOGOS?

Pode-se observar que quando há professoras (es) de educação física trabalhando em

diferentes espaços de educação infantil, acabam atuando, predominantemente, como

meros “aplicadores de joguinhos” que têm como função primordial “divertir” as

crianças. O professor é o “especialista em brincadeiras” responsáveis pelo corpo, pelo

movimento e pela diversão das crianças. Nesse caso, a presença dos (as)

“especialistas” em educação física pode gerar uma concepção compartimentada de

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criança e acentuar “velhas” dicotomias bastante conhecidas no espaço escolar: a

professora de educação física fica responsável pelo “corpo” das crianças e a

professora "generalista" pelo “intelecto”, como se isso fosse possível. Essa visão

dicotômica, relacionada à tradição racionalista ocidental, enfatiza, ainda, a

superioridade do “intelecto” sobre o “corpo”. Outro aspecto a ser considerado é que,

muitas vezes, por existir um espaço específico para um trabalho corporal nas aulas de

educação física, nos demais tempos da jornada cotidiana, acentua-se um trabalho de

natureza intelectual no qual a dimensão expressiva por meio da gestualidade é

praticamente esquecida. A aula de educação física passa, então, a ser vista como a

“dona” do corpo e do movimento das crianças. Somando-se a isso, o possível caráter

lúdico das atividades corporais, é comum ver crianças sedentas pela aula de educação

física quando chegam às escolas. Saltam aos olhos imagens de “explosão corporal”

diante da possibilidade de se libertarem das carteiras escolares” que funcionam, na

maioria das vezes, como “armaduras corporais”, até mesmo em pré-escolas.

5. VISÃO SEXISTA

Não se pode negar que a especificidade da educação física localiza-se justamente no

âmbito da cultura corporal. Assumir essa especificidade, sem a pretensão de ser os

“donos” da expressão corporal das crianças, pode ser um importante ponto de partida

para configurar entrelaçamentos com diferentes áreas de conhecimento. Outra

situação a ser refletida diz respeito ao fato de não ser raro encontrar pré-escolas do

setor privado com aulas de “balé” para as meninas e de “judô” para os meninos.

Nesses casos, além de se limitar as possibilidades das crianças de contato com

diferentes temas da cultura corporal, reforça-se uma visão “sexista”, extremamente

equivocada. As crianças, desde muito cedo, vão aprendendo que “dança é coisa de

menina” e “luta é coisa de menino”, reforçando estereótipos em relação às práticas

corporais e aos diferentes papéis sociais desempenhados por meninas e meninos,

mulheres e homens. Mais tarde, serão o “futebol dos meninos” e o “vôlei das

meninas” alguns dos principais exemplos de estereotipias no âmbito da educação

física escolar, as quais têm reforçado a ideia de turmas separadas em meninos e

meninas nas aulas de educação física.

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6. VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO BÁSICA

A educação infantil foi inserida na educação básica, portanto, seus profissionais

requerem o mesmo tratamento dos outros que nela atuam. É preciso eliminar

preconceitos arraigados da tradição brasileira, como o de que o profissional que atua

com crianças de 0 a 6 anos não requer preparo acurado equivalente ao de seus pares

de outros níveis escolares, o que demonstra o desconhecimento da natureza humana

e de sua complexidade, especialmente do potencial de desenvolvimento da faixa

etária de 0 a 6 anos. Pensar em uma política de formação profissional para a

educação infantil requer, antes de tudo, a garantia de um processo democrático que

permita a ascensão na escolaridade, em todos os níveis, e a valorização dessa

formação no patamar de outros cursos. Portanto, é preciso pensar também nos

leigos, não expulsar os recursos humanos que atuam no sistema. A diversidade

brasileira requer propostas que atendam às especificidades do país. Se o contexto

social requer uma formação mais ágil para essa faixa etária, uma política de formação

profissional deve estimular o convívio de propostas diferentes, sem que a faina da

quantidade obscureça a qualidade dessa formação, sem que a discriminação anule a

identidade do profissional.

7. A OBSERVAÇÃO, A IMITAÇÃO E A EXPERIMENTAÇÃO

A aprendizagem e o desenvolvimento estão interrelacionados desde que a criança

passa a ter contato com o mundo. Na interação com o meio social e físico a criança

passa a se desenvolver de forma mais abrangente e eficiente. Isso significa que a

partir do envolvimento com seu meio social são desencadeados diversos processos

internos de desenvolvimento que permitirão um novo patamar de desenvolvimento. A

criança, por meio da observação, imitação e experimentação das instruções recebidas

de pessoas mais experientes, vivencia diversas experiências físicas e culturais,

construindo, dessa forma, um conhecimento a respeito do mundo que a cerca. Para

que esses conceitos sejam desenvolvidos e incutidos no aprendiz, o meio ambiente

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tem que ser desafiador, exigente, para poder sempre estimular o intelecto e a ação

motora desta pessoa. No entanto, não basta apenas oferecer estímulos para que a

criança se desenvolva normalmente, a eficácia da estimulação depende também do

contexto afetivo em que esse estímulo se insere, essa ação está diretamente ligada

ao relacionamento entre o estimulador e a criança. Portanto, o papel da escola no

âmbito educacional deve ser o de sistematizar esses estímulos, envolvendo-os em um

clima afetivo que serve para transmitir valores, atitudes e conhecimentos que visam o

desenvolvimento integral do ser humano.

8. O MOVIMENTO E OS CAMPOS SENSORIAIS

O principal instrumento da educação física é o movimento, por ser o denominador

comum de diversos campos sensoriais. O desenvolvimento do ser humano se dá a

partir da integração entre a motricidade, a emoção e o pensamento. No caso

específico da educação física, o profissional dessa área possui ferramentas valiosas

para provocar estímulos que levem a esse desenvolvimento de forma bastante

prazerosa: a brincadeira, o jogo e o esporte. A partir da brincadeira e do jogo, a

criança utiliza a imaginação que é um modo de funcionamento psicológico

especificamente humano, que não está presente nos animais nem na criança muito

pequena. A partir da utilização da imaginação, a criança deixa de levar em conta as

características reais do objeto, se detendo no significado determinado pela

brincadeira. Mesmo havendo uma significativa distância entre o comportamento na

vida real e o comportamento no brinquedo, a atuação no mundo imaginário e o

estabelecimento de regras a serem seguidas criam uma zona de desenvolvimento

proximal, na medida em que impulsionam conceitos e processos em desenvolvimento.

Esse impulso dado aos “conceitos e processos de desenvolvimento” deverá ser

fornecido pela educação física ao propiciar jogos e brincadeiras que, intencionalmente,

estimulem a imaginação e a criatividade. Além disso,

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9. O AMBIENTE SOCIOCULTURAL

O processo de desenvolvimento dos indivíduos tem relação direta com o seu ambiente

sociocultural e eles não se desenvolveriam plenamente sem o suporte de outros

indivíduos da mesma espécie. Dessa forma, percebe-se que a escola, e neste caso

específico a educação física, tem um papel fundamental no aprendizado e

consequentemente no desenvolvimento dos indivíduos, desde que estabeleça

situações desafiadoras para seus alunos. A interferência de outras pessoas (professor

e outros alunos) é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo. O papel do

professor deve ser o de interventor intencional, estimulando o aluno a progredir em

seus conhecimentos e habilidades através de propostas desafiadoras que o leve a

buscar soluções, por intermédio da sua própria vivência e das relações interpessoais.

Isto não deve significar uma educação autoritária, mas sim, uma educação que

possibilite ao aluno, por meio de estratégias estabelecidas pelo professor, construir o

seu próprio conhecimento, com a reestruturação e reelaboração dos significados que

são transmitidos ao indivíduo pelo seu meio sociocultural.

10. O DESENVOLVIMENTO REAL E O DESENVOLVIMENTO POTENCIAL

Qualquer processo de ensino para ser eficiente deve levar em conta o nível de

desenvolvimento real da criança e o seu nível de desenvolvimento potencial adequado

a sua faixa etária, conhecimentos e habilidades que já possui. O profissional de

educação física ao trabalhar na educação infantil deve conhecer os estágios do

desenvolvimento dessa fase, para proporcionar os estímulos adequados a cada etapa.

Agindo dessa forma, o desenvolvimento será mais harmônico no campo motor,

cognitivo e afetivo-social, trabalhando assim, o ser na sua forma integral. A evolução

infantil obedece a uma sequência motora, cognitiva, e afetiva-social que ocorrerá de

forma mais lenta ou mais acelerada, de acordo com os estímulos recebidos. A criança

entre de 01 ano e meio e os dois anos de idade age sem refletir. O ato precede o

pensamento. A partir dessa fase, a criança já adquire duas funções importantíssimas:

o andar e a linguagem. O pensamento passa a ser projetado no exterior pelos

movimentos e pela linguagem. Isto permitirá uma maior participação na sua relação

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com o meio. A ação da criança sobre o meio estimulará sua atividade mental. A partir

daí, a criança começa a ter maior consciência sobre sua própria pessoa, iniciando a

formação da sua autoimagem. Em seguida, a criança vai iniciando a sua vida social ao

formar pequenos grupos, porém ocorre uma troca constante de amizades e de grupos

(escola, clubes, etc.). Esse intercâmbio social é essencial, pois leva a criança a se

adaptar a diferentes papéis, reconhecendo-se como pessoa.

11. VISÃO CIENTÍFICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Cada fase de desenvolvimento infantil tem suas próprias características, portanto

exigem estudos aprofundados sobre os métodos pedagógicos, as qualidades dos

estímulos fornecidos e a atuação intencional do profissional na aula de educação

física. O professor deve levar em conta a peculiaridade de cada fase pela qual o aluno

passa as particularidades de cada jogo, brincadeira ou esporte que possam auxiliar o

educando no seu desenvolvimento integral. Pela importância que a infância

representa na formação da personalidade do indivíduo, esses estudos devem estar

respaldados por uma “práxis” pedagógica que leve a uma organização didática,

modificando a visão de aulas de educação física de embasamentos estritamente

empíricos, para uma visão mais científica, evitando-se um choque entre teoria e

prática o que poderá refletir negativamente na formação de nossos jovens.

12. AS VIVÊNCIAS CULTURAIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Os jogos, os esportes, as danças, as lutas e as diversas formas de ginástica estão

presentes na nossa cultura, influenciando o comportamento, transmitindo valores,

fazendo parte do dia-a-dia das pessoas, seja como prática nos momentos de lazer,

seja como possibilidade para a atuação profissional ou de apreciação na mídia. Na

escola, o ensino da Educação Física pode e deve incluir a vivência dessas modalidades

como conteúdos, ampliando as possibilidades de os alunos compreenderem,

participarem e transformarem a realidade. No entanto, os professores polivalentes,

com formação em Magistério, ou em Pedagogia, e os especialistas, graduados em

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Educação Física, avaliam, muitas vezes, o ensino da área como inadequado, refletindo

uma prática que se apóia em um processo seletivo de alunos aptos para o padrão

competitivo. Excluem-se, nesse processo seletivo, muitos dos que não conseguem o

desempenho esperado em um tempo predeterminado para o desenvolvimento de tais

capacidades. É preciso reconhecer que a ação educativa, quando centraliza o processo

de ensino e aprendizagem em seqüências pedagógicas que têm como referência um

aluno ideal e não o aluno real, pode redundar em fracasso. A partir dessa

constatação, propomos que nesta série sejam discutidos não só os diferentes jeitos de

fazer e aprender, mas também os diferentes tempos necessários para aprendizagem,

baseados em situações reais do cotidiano escolar.

13. O PROJETO EDUCATIVO E A EDUCAÇÃO FÍSICA

Neste debate, não direcionaremos as questões apenas para o professor especialista,

mas também para o professor polivalente, que em muitos lugares assume o

desenvolvimento dessa área/disciplina nas séries iniciais. Não cabe, neste momento,

argumentar se deve, ou não, a Educação Física de 1ª a 4ª série de o Ensino

Fundamental ser desenvolvida por um professor especialista, pois independentemente

das conquistas que possam ser obtidas pelos profissionais da área, temos, de fato,

que constatar uma realidade: em muitos lugares não existe o especialista e uma

proposta de trabalho precisa ser desenvolvida. Essa proposta deve tornar-se parte do

projeto educativo, valorizando o potencial formativo que a Educação Física tem para a

educação global dos alunos. Neste momento, questiona-se a concepção de que a

simples reprodução daquilo que foi ensinado seja uma evidência da aprendizagem dos

alunos sobre os conteúdos da Educação Física. O que se pretende é que o aluno saiba

fazer, entenda o que faz, como aprendeu, como pode continuar aprendendo sobre

aquilo que o interessa, e que amplie seu olhar sobre as práticas da cultura corporal,

podendo apreciá-las e entendê-las de forma não preconceituosa e, assim,

capacitando-se a criticar os valores transmitidos como verdades finais.

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14. A EDUCAÇÃO FÍSICA CONSTRÓI CIDADANIA

A Educação Física é um componente importante na construção da cidadania, na

medida em que seu objeto de estudo é a produção cultural da sociedade, da qual os

cidadãos têm o direito de se apropriar. Neste sentido, entende-se a Educação Física

como uma área de conhecimento da cultura corporal de movimento e a Educação

Física escolar como uma área/disciplina que introduz e integra o aluno nesta área da

cultura, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,

instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e

das ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da

qualidade de vida. A inclusão do aluno é o eixo fundamental que norteia a concepção

e a ação pedagógica da Educação Física escolar, considerando todos os aspectos ou

elementos, seja na sistematização de conteúdos e objetivos, seja no processo de

ensino e aprendizagem, para evitar a exclusão ou alienação na relação com a cultura

corporal de movimento.

15. O PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE

A perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem busca o desenvolvimento da

autonomia, a cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios

democráticos. Os conhecimentos construídos devem possibilitar a análise crítica dos

valores sociais, como os padrões de beleza e saúde, desempenho, competição

exacerbada, que se tornaram dominantes na sociedade, e o seu papel como

instrumento de exclusão e discriminação social. A Educação Física escolar deve

considerar a diversidade como um princípio que se aplica à construção dos processos

de ensino e aprendizagem e orienta a escolha de objetivos e conteúdos, visando a

ampliar as relações entre os conhecimentos da cultura corporal de movimento e os

sujeitos da aprendizagem. Busca-se legitimar as diversas possibilidades de

aprendizagem que se estabelecem com a consideração das dimensões afetivas,

cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos.

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16. EDUCAÇÃO FÍSICA OU ATIVIDADE FÍSICA?

A diferença entre a Educação física e a Atividade física é que a atividade física é

qualquer movimento do corpo, produzido pelo músculo esquelético que resulta em um

aumento do gasto energético. Atividade física se refere ao gasto calórico promovido

por uma ação superior físico, como um deslocamento, um movimento físico qualquer.

É um conceito cartesiano e linear que aparta e fragmenta a motricidade humana em

mero movimento. Já a Educação física é uma ação planejada e estruturada, que pode

utilizar-se de vários elementos como o esporte, a dança, a luta, o jogo, a brincadeira

e a atividade física. A Educação Física nasce da maneira como a conhecemos hoje

com o advento da modernidade, da sociedade urbana e industrial e a necessidade de

preparar e educar os corpos para a produção nas fábricas, para a apropriação e

disseminação de hábitos higiênicos e de comportamentos saudáveis. Também para

melhorar as condições sanitárias. a educação física quer dizer que é um movimento

que ajuda á fortalecer os ossos e melhora a saúde de muitas pessoas.

17. O PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA

O profissional da Educação Física necessita de um curso superior, durante o qual

estudará os aspectos fisiológicos, bioquímicos, genéticos, antropométricos e

neuromotores das atividades físicas como também suas dimensões sociais e

psicomotoras. Deve ser capaz de orientar jogos e atividades lúdicas corretamente,

cuidando da postura correta dos participantes, do respeito às normas do

jogo/atividade, de assegurar o interesse de todos e do aproveitamento físico por parte

dos jogadores/participantes. Em princípio os profissionais de Educação Física tinham

origem militar, mas atualmente existem escolas civis com preparação tão boa quanto

institutos militares. No Brasil, os profissionais da Educação Física têm no Conselho

Federal de Educação Física (CONFEF), o orgão principal de organização, normatização

e apoio das atividades pertinentes a sua área de atuação. Os Conselhos Regionais de

Educação Física (CREFs) são subdivisões do CONFEF nos estados e têm a função de

orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício das atividades próprias dos profissionais de

Educação Física. Atualmente são treze CREFs, abrangendo todos os estados

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brasileiros. Uma pessoa com bacharel em Educação Física caberá a atuação em

clubes, academias, centros esportivos, hospitais, empresas, planos de saúde,

prefeituras, acampamentos, condomínios e qualquer espaço de realização de

atividades físicas com exceção da escola de educação básica. A escola de educação

básica é atendida por aqueles que tem o grau ou título de Licenciatura em Educação

Física.

18. EDUCAÇÃO FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA

Atividade física regular controlada por profissionais da Educação Física, está associada

diretamente a melhorias da saúde e condições físicas dos praticantes. A redução dos

níveis de ansiedade,stress,um sistema imunológico fortalecido, tornando o organismo

menos sujeito a doenças como o câncer e causar ao seu tratamento redução das

náuseas e a dor. Sendo que a inatividade física associada a dietas inadequadas, ao

tabagismo,ao uso do àlcool e outras drogas são determinantes na ocorrência e

progressão de doenças crônicas que trazem vários prejuízos ao ser humano, como,

por exemplo, redução na qualidade de vida e morte prematura nas sociedades

contemporâneas, principalmente nos países industrializados.

19. EDUCAÇÃO FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA II

Atividade física adaptada por vezes, torna-se necessária aos sujeitos que apresentem

algumas contraindicações médicas ou dificuldades físicas momentaneas/definitivas,

mas tendo em conta o diagnóstico feito pelos médicos, o profissional da educação

física deverá ser capaz de criar ao paciente atividade física adaptada sem prejudicar a

saúde do paciente melhorando-a, havendo uma interecção de conhecimentos com as

ciências médicas.

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20. DESPORTO OU ESPORTE?

Desporto ou Esporte é uma atividade física sujeita a determinados regulamentos e

que geralmente visa a competição entre praticantes. Para ser esporte tem de haver

envolvimento de habilidades e capacidades motoras, regras instituídas por uma

confederação regente e competitividade entre opostos. Algumas modalidades

esportivas se praticam mediante veículos ou outras máquinas que não requerem

realizar esforço, em cujo caso é mais importante a destreza e a concentração do que

o exercício físico. Idealmente o esporte diverte e entretém, e constitui uma forma

metódica e intensa de um jogo que tende à perfeição e à coordenação do esforço

muscular tendo em vista uma melhora física e espiritual do ser humano.As

modalidades esportivas podem ser coletivas, duplas ou individuais, mas sempre com

um adversário