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1 REVISTA CREF4/SP - ANO III - N” 05 - DEZEMBRO/2002 CONSELHO REGIONAL DE EDUCA˙ˆO F˝SICA DO ESTADO DE SˆO PAULO

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1REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Page 2: CONSELHO REGIONAL DE EDUCA˙ˆO F˝SICA DO ESTADO DE … · • Federação Paulista de Futebol Amador ... do CREF4/SP, participou da Clínica Internacional de Basquete para Treinadores,

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

2 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

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3REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

EXPEDIENTERevista CREFRevista CREFRevista CREFRevista CREFRevista CREF4/4/4/4/4/SPSPSPSPSP

Publicação Oficial doConselho Regional de Educação FísicaConselho Regional de Educação FísicaConselho Regional de Educação FísicaConselho Regional de Educação FísicaConselho Regional de Educação Física

do Estado de São Paulo - 4do Estado de São Paulo - 4do Estado de São Paulo - 4do Estado de São Paulo - 4do Estado de São Paulo - 4ªªªªª Região Região Região Região RegiãoRua Líbero Badaró, 377 - 27o andar, Conj. 2.704

Centro - SP - CEP 01009-000Telefax.: (0xx11) 3292-1700

[email protected] / www.crefsp.org.brAtendimento: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 17 horas

DIRETORIADIRETORIADIRETORIADIRETORIADIRETORIAPresidentePresidentePresidentePresidentePresidente Flavio Delmanto

11111ººººº Vice-presidente Vice-presidente Vice-presidente Vice-presidente Vice-presidente José Maria de Camargo Barros22222ººººº Vice-presidente Vice-presidente Vice-presidente Vice-presidente Vice-presidente Walter Giro Giordano

11111ººººº Secretário Secretário Secretário Secretário Secretário Georgios Stylianos Hatzidakis22222ººººº Secretário Secretário Secretário Secretário Secretário Roberto Jorge Saad11111ººººº Tesoureiro Tesoureiro Tesoureiro Tesoureiro Tesoureiro Hudson Ventura Teixeira22222ººººº Tesoureira Tesoureira Tesoureira Tesoureira Tesoureira Débora de Sá Branco

CONSELHEIROSCONSELHEIROSCONSELHEIROSCONSELHEIROSCONSELHEIROSAntônio Carlos PereiraDébora de Sá Branco

Fabio Kalil Fares SabaFlavio Delmanto

Georgios Stylianos HatzidakisGilberto José BertevelloHudson Ventura Teixeira

João Batista A. Gomes TojalJosé Maria de Camargo BarrosJosé Roberto Xidieh Piantoni

Margareth AnderáosMirian Aparecida Borba LemePeterson Antunes de Campos

Rita de Cássia Garcia VerenguerRoberto Jorge Saad

Sidney Aparecido da SilvaSílvio Silva SampaioVlademir FernandesWalter Giro Giordano

ASSESSORES DA DIRETORIAASSESSORES DA DIRETORIAASSESSORES DA DIRETORIAASSESSORES DA DIRETORIAASSESSORES DA DIRETORIAAlex Antônio Florindo

Cícero Theresiano de BarrosDurval Luiz da SilvaMilton Kazuo HidakaSebastião Meneguim

DEPARTAMENTO JURÍDICODEPARTAMENTO JURÍDICODEPARTAMENTO JURÍDICODEPARTAMENTO JURÍDICODEPARTAMENTO JURÍDICO Tadeu Corrêa

COMISSÕESCOMISSÕESCOMISSÕESCOMISSÕESCOMISSÕESComissão de Controle e Finanças

Comissão de Documentação e InformaçõesComissão de Educação e Eventos

Comissão de Ensino SuperiorComissão de Ética Profissional

Comissão de FiscalizaçãoComissão de Legislação e Normas

Comissão de Não-GraduadosComissão Especial para Criação de Seccionais

EDIÇÃO E REDAÇÃOEDIÇÃO E REDAÇÃOEDIÇÃO E REDAÇÃOEDIÇÃO E REDAÇÃOEDIÇÃO E REDAÇÃOSOLIDUS Comunicação

Jornalistas ResponsáveisCélia Sueli Gennari - MTB 21.650

Alice Francisca Leocadio Canavó - MTB [email protected]

Tel.: (0xx11) 9252 3379Fotos — Fotos — Fotos — Fotos — Fotos — Arquivo CREF4/SP

Capa: Fábio Caldeira

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃOPROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃOPROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃOPROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃOPROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃOCordeiro Lima Publicidade

[email protected]/Fax: (0xx11) 3983 9972Diagramação: Sidney Lima

IMPRESSÃOIMPRESSÃOIMPRESSÃOIMPRESSÃOIMPRESSÃOPERIODICIDADEPERIODICIDADEPERIODICIDADEPERIODICIDADEPERIODICIDADE SemestralTIRAGEMTIRAGEMTIRAGEMTIRAGEMTIRAGEM 25.000 exemplares

O CREF4/SP não se responsabiliza peloconteúdo de matérias de opinião, assinadas

pelo autor, e de anúncios publicitários.

Flavio DelmantoFlavio DelmantoFlavio DelmantoFlavio DelmantoFlavio DelmantoCREF4/SP 0002-GPresidente

A cada ano que passa nós, do Conselho Regional de Educação Física doEstado de São Paulo – 4a Região, melhoramos um pouco mais o atendimento aosregistrados. Hoje, além da nova sede, que ocupa 303 metros quadrados de áreaútil em quatro conjuntos e com uma infra-estrutura bem mais adequada, temosum novo setor, o Financeiro, que junto com a Fiscalização, Registro e Secretariavai agilizar ainda mais o atendimento.

Estamos trabalhando a todo vapor com a Comissão de Ética que, atra-vés de sindicância, analisa e julga as denúncias formuladas por profissionais deEducação Física e também de cidadãos que se consideram, de alguma forma,lesados por profissionais ou entidades relacionadas à área que exercem irregu-larmente a profissão.

Nos últimos meses conseguimos firmar convênios importantes para acategoria, que acabam refletindo no bem-estar da população. Participamos defóruns, clínicas, palestras em todos os setores da sociedade e estamos namídia, através da qual tornamos a profissão de Educação Física conhecidapositivamente, mostrando que temos uma profissão regulamentada, organizada,preocupada com os direitos, deveres e responsabilidades técnicas, éticas emorais e, ainda, empenhados em assegurar e garantir a segurança dos cidadãos,tirando do mercado aqueles que exercem irregularmente a profissão.

O Setor de Fiscalização ampliou sua atuação no Interior de São Paulocom aquisições importantes, como novos fiscais, e está fazendo um trabalhotambém de manutenção para os estabelecimentos que já se registraram e preci-sam de outras visitas ou orientações.

Para regularizar a situação dos profissionais provisionados, fizemosreuniões com instituições de ensino e com federações de esporte para discutiro desenvolvimento de um curso de apresentação do que é a profissão deEducação Física e quais as obrigações do profissional perante o Conselho e aárea de saúde.

Nós, como profissionais de Educação Física, temos o dever ético,entre outras responsabilidades, de assegurar aos nossos alunos ou clientes,um serviço profissional seguro, competente e atualizado, livre de danosdecorrentes de imperícia, negligência ou imprudência, utilizando todo o nossoconhecimento, habilidade e experiência, além de exercer a profissão comzelo, diligência, competência e honestidade, observando a legislação vigente,resguardando os interesses de nossos orientados e a dignidade, prestígio eindependência profissional.

Todos os esforços do CREF4/SP são para engrandecer o exercícioprofissional, pois o esporte é um dos fenômenos sociais mais marcantes daatualidade e cada vez mais exige recursos humanos bem preparados paraproduzir os valores inerentes a sua prática. Com determinação e a ajuda detodos os profissionais, venceremos os obstáculos, conquistaremos nossoespaço e mostraremos nosso valor.

EDITORIAL

CREF4/SP:LUTAS E VITÓRIAS

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CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

4 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

Os convênios foram criados para facilitar a obtenção da Cédulade Identidade Profissional por parte dos profissionais provisionados,em comum acordo entre Conselho, Confederações e Federações.

Esse profissional terá de concluir um curso (ainda em estudo,veja página 12), registrar-se no CREF4/SP, diretamente ou através dasfederações, e encaminhar toda a documentação exigida para, então,após avaliação da documentação, receber sua Cédula de IdentidadeProfissional definitiva. Entre as entidades que firmaram convênioscom o CREF4/SP no período de 07/02/2001 e 06/08/2002 estão:

• Liga de Capoeira de São Bernardo do Campo• Federação Paulista de Karatê• Federação de Karatê Shotokan do Estado de S. Paulo• Federação Paulista de Kendô• Federação Paulista de Kung-Fu do Templo Shaolin• Federação Paulista de Kung-Fu• Federação Paulista de Karatê Interestilos• Federação Paulista de Jiu-Jitsu• Federação Paulista de Karatê Tradicional• Federação Paulista de Judô• Federação Paulista de Tênis de Mesa• Federação Paulista de MorgantiJu-Jitsu• Federação Paulista de Taekwondo Interestilos• Federação Paulista de Futebol Amador• Federação de Taiyando do Estado de São Paulo• Federação Paulista de Karatê de Contato• Fed. de Taekwon-Do Tradicional do Est. de S. P. - ITE• Federação Paulista de Tai Chi Chuan, Tradicional,

Terapêutico, Competitivo e Marcial

CONSELHO SELA PARCERIAS

Delmanto entrega registros na Federação Paulista de Judô

AGOSTOAGOSTOAGOSTOAGOSTOAGOSTO• Prefeitura Municipal de TPrefeitura Municipal de TPrefeitura Municipal de TPrefeitura Municipal de TPrefeitura Municipal de Tatuíatuíatuíatuíatuí

José Maria de Camargo Barros• 11111aaaaa Semana da Educação Física, São Paulo Semana da Educação Física, São Paulo Semana da Educação Física, São Paulo Semana da Educação Física, São Paulo Semana da Educação Física, São Paulo

Flavio Delmanto,Hudson Ventura Teixeirae José Maria de Camargo Barros

• Prefeitura Municipal de São RoquePrefeitura Municipal de São RoquePrefeitura Municipal de São RoquePrefeitura Municipal de São RoquePrefeitura Municipal de São RoqueMirian Aparecida Ribeiro Borba Leme

SETEMBROSETEMBROSETEMBROSETEMBROSETEMBRO• II Copa Mundo de Karatê, São PauloII Copa Mundo de Karatê, São PauloII Copa Mundo de Karatê, São PauloII Copa Mundo de Karatê, São PauloII Copa Mundo de Karatê, São Paulo

Flavio Delmanto• UNESPUNESPUNESPUNESPUNESP, Rio Claro, Rio Claro, Rio Claro, Rio Claro, Rio Claro

José Maria de Camargo Barros• Centro Universitário Hermínio Ometto,Centro Universitário Hermínio Ometto,Centro Universitário Hermínio Ometto,Centro Universitário Hermínio Ometto,Centro Universitário Hermínio Ometto,

ArarasArarasArarasArarasArarasJosé Maria de Camargo Barros

• IHRSA/Fitness Brasil Latin AmericanIHRSA/Fitness Brasil Latin AmericanIHRSA/Fitness Brasil Latin AmericanIHRSA/Fitness Brasil Latin AmericanIHRSA/Fitness Brasil Latin AmericanConference, São PauloConference, São PauloConference, São PauloConference, São PauloConference, São PauloFlavio Delmanto

• FEFIS, SantosFEFIS, SantosFEFIS, SantosFEFIS, SantosFEFIS, SantosJosé Maria de Camargo Barros

• I Fórum de Educação Física EscolarI Fórum de Educação Física EscolarI Fórum de Educação Física EscolarI Fórum de Educação Física EscolarI Fórum de Educação Física Escolar,,,,,São PauloSão PauloSão PauloSão PauloSão PauloFlavio Delmanto

OUTUBROOUTUBROOUTUBROOUTUBROOUTUBRO• UNESPUNESPUNESPUNESPUNESP, Presidente Prudente, Presidente Prudente, Presidente Prudente, Presidente Prudente, Presidente Prudente

Sidney Aparecido da Silva• Prefeitura Municipal de São SebastiãoPrefeitura Municipal de São SebastiãoPrefeitura Municipal de São SebastiãoPrefeitura Municipal de São SebastiãoPrefeitura Municipal de São Sebastião

Vlademir Fernandes• XXV Simpósio Internacional CiênciasXXV Simpósio Internacional CiênciasXXV Simpósio Internacional CiênciasXXV Simpósio Internacional CiênciasXXV Simpósio Internacional Ciências

do Esporte, São Paulodo Esporte, São Paulodo Esporte, São Paulodo Esporte, São Paulodo Esporte, São PauloFlavio Delmanto

• Universidade Paulista, São PauloUniversidade Paulista, São PauloUniversidade Paulista, São PauloUniversidade Paulista, São PauloUniversidade Paulista, São PauloJosé Maria de Camargo Barros

• Ministério de Esportes, São PauloMinistério de Esportes, São PauloMinistério de Esportes, São PauloMinistério de Esportes, São PauloMinistério de Esportes, São PauloFlavio Delmanto

• Secretaria Mun. Educação, CulturaSecretaria Mun. Educação, CulturaSecretaria Mun. Educação, CulturaSecretaria Mun. Educação, CulturaSecretaria Mun. Educação, Culturae Esportes de Mauáe Esportes de Mauáe Esportes de Mauáe Esportes de Mauáe Esportes de MauáJosé Maria de Camargo Barros

NOVEMBRONOVEMBRONOVEMBRONOVEMBRONOVEMBRO• Secretaria Mun. Juventude, EsporteSecretaria Mun. Juventude, EsporteSecretaria Mun. Juventude, EsporteSecretaria Mun. Juventude, EsporteSecretaria Mun. Juventude, Esporte

e Lazer de Aparecidae Lazer de Aparecidae Lazer de Aparecidae Lazer de Aparecidae Lazer de AparecidaVlademir Fernandes

• Universidade Mackenzie, São PauloUniversidade Mackenzie, São PauloUniversidade Mackenzie, São PauloUniversidade Mackenzie, São PauloUniversidade Mackenzie, São PauloJosé Maria de Camargo Barros

• UNIMEPUNIMEPUNIMEPUNIMEPUNIMEP, Piracicaba, Piracicaba, Piracicaba, Piracicaba, PiracicabaJosé Maria de Camargo Barros

• UNICASTELO, DescalvadoUNICASTELO, DescalvadoUNICASTELO, DescalvadoUNICASTELO, DescalvadoUNICASTELO, DescalvadoJosé Maria de Camargo Barros

• Universidade de São CarlosUniversidade de São CarlosUniversidade de São CarlosUniversidade de São CarlosUniversidade de São CarlosJosé Maria de Camargo Barros

• UNIFIEL, LimeiraUNIFIEL, LimeiraUNIFIEL, LimeiraUNIFIEL, LimeiraUNIFIEL, LimeiraJosé Maria de Camargo Barros

• Federação Paulista de Canoagem• Federação Paulista de Hapki-do• Fed. Paulista de Sankakmukwan Hapkido e Lutas• Associação Escola Elite das Artes Marciais• Federação Paulista de Pankration Athlima• Federação Paulista de Karatê Shotokan• Federação Paulista de Karatê Kyokushin Oyama• Federação Paulista de Lutas e Artes Marciais• Federação Paulista de Patinação Artística• Federação de Hapkido do Estado de São Paulo• Federação de Capoeira do Estado de São Paulo• Liga Regional Diademense de Capoeira• Federação Paulista de Levantamento de Peso• Federação de Taekwondo do Estado de São Paulo• Federação Paulista de Golfe• Federação Paulista de Boxe• Federação Paulista de Musculação• Federação Paulista de Volleyball• Federação Paulista de Basketball

• Federação Paulista de Handebol• Federação Paulista de Jogos de Dama• Liga Mun. de Capoeira de São Bernardo do Campo

CONVÊNIOS COM O CONFEFCONVÊNIOS COM O CONFEFCONVÊNIOS COM O CONFEFCONVÊNIOS COM O CONFEFCONVÊNIOS COM O CONFEF• Associação Brasileira Escolas de Futebol• Associação Brasileira dos Profissionais de Golfe• Confederação Brasileira de Badminton• Confederação Brasileira de Culturismo e Musculação• Confederação Brasileira de Karatê-Dô Tradicional• Confederação Brasileira de Kunf Fu – Shaolin• Confederação Brasileira de Luta de Braço• Confederação Brasileira de Tênis de Mesa• Confederação Brasileira de Yoga/Associação Brasi-

leira de Yoga Científico e Yoga Esporte• Confederação Nacional de Yoga do Brasil – CONYB• Conf. Soc. Brasileira de Tai Chi Chuan e Cultura

Oriental• Confederação Brasileira de Voleibol

Os Conselheiros do Conselho Regional de Edu-cação Física do Estado de São Paulo – 4a Região traba-lham voluntariamente como palestrantes em simpósios,seminários e congressos para informar sobre as atri-buições do Conselho e a responsabilidade técnica,ética e moral do profissional de Educação Física.

Para pedir a presença de um dessesprofissionais, a instituição de ensino, secretaria deesportes, prefeitura, clube, delegacia de ensino,federação, confederação ou estabelecimento voltadopara a área de Educação Física, dentro do Estado deSão Paulo, deve fazer uma solicitação formal, por escritoe devidamente assinada pelo responsável pelainstituição, para a diretoria do CREF4/SP, informando onome do evento, a data, horário e o local, com nomínimo 15 dias de antecedência, para que o pedidopasse em plenária e um conselheiro seja designadopara o evento.

Em 27 de setembro de 2002, os conselheirosHudson Ventura Teixeira, Walter Giro Giordano, FlavioDelmanto, estiveram presentes no I Fórum de Educa-ção Física Escolar. Na ocasião, o secretário de Estadoda Educação do Estado de São Paulo, Gabriel Chalita,fez a abertura oficial do evento e Fabio Saba, secretá-rio-adjunto, fez o encerramento, palestrando sobre aAderência à Prática de Atividade Física. Veja, a se-guir, onde os conselheiros estiveram neste semestre.

CONSELHEIROS ESTÃO EM TODA PARTE

CREF4/SP EM AÇÃO

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

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5REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

O trabalho de atuação e orientação aos pro-fissionais de Educação Física, realizado pelos con-selheiros do CREF4/SP, está trazendo excelentes re-sultados para a profissão. Cada dia que passa mais emais profissionais graduados e não-graduados se re-gistram no Conselho e ajudam a transformar ereformular a profissão. Convênios são firmados e reu-niões com entidades de ensino, federações esporti-vas, atletas e ex-atletas acontecem regularmente. Apreocupação é passar informações aos profissionaise à sociedade sobre os direitos, deveres e responsa-bilidades de uma profissão regulamentada.

Recentemente, Flavio Delmanto, presidentedo CREF4/SP, participou da Clínica Internacional deBasquete para Treinadores, em São Paulo,patrocinada pela Federação Paulista e pelaConfederação Brasileira de Basquete, que contoucom a participação de técnicos e personalidades dobasquetebol brasileiro e do técnico iuguslavo ZelimirObradovic, campeão da Euroliga pelo PanathinaikosAtenas, em 1999/2000 e 2002.

“Esse evento marca o convênio entre oCREF4/SP, a Federação e a Confederação e possibi-lita a reciclagem dos técnicos de basquete, além dedar ao Conselho a oportunidade de mostrar a impor-tância do registro para o profissional”, afirma Fla-vio Delmanto, presidente do CREF4/SP.

Segundo Antônio Chakmati, presidente da

CLÍNICADEBASQUETEMARCACONVÊNIOENTRE INSTITUIÇÕES

Zelimir Obradovic,técnico iuguslavo

Antônio Chakmati,presidente da FederaçãoPaulista de Basquete

Gerasime NicolasBozikis, presidenteda CBB

Federação Paulista de Basquete, o convênio com oCREF4/SP é muito importante, pois, ultimamente,qualquer jogador que pára de jogar vira técnico, semse preocupar com estudo ou reciclagem, o que dei-xa o basquete sem técnicas e práticas modernas.“Achamos que um técnico de basquete, no mínimo,tem de ser professor de Educação Física, ou seja,um profissional que já tem noções de esporte, deposicionamento e de como tratar os atletas”, co-menta o presidente.

Para Gerasime Nicolas Bozikis, o Grego,presidente da Confederação Brasileira de Basquete-bol (CBB), o convênio com a Federação Paulista deBasquetebol é fundamental. “Hoje, praticamente,não temos mais ninguém trabalhando no basquete-bol que não seja professor de Educação Física, masé preciso que esse profissional seja registrado noCREF4/SP e esteja participando sempre de ativida-des para sua atualização”.

A preocupação da CBB, atualmente, dizrespeito aos técnicos e professores de EducaçãoFísica que trabalham com as categorias infantis —mini, mirim, infantil, infanto, juvenil e cadete —,pois são os responsáveis pela formação do atleta.“Vamos dar ênfase para que haja um controle maiore para que esses professores fiquem capacitados etenham condições de poder ser, antes de mais nada,educadores”, esclarece Grego.

Fotos:CésarViégas

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

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CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

6 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

Nos últimos meses, o CREF4/SP conseguiu firmar convênios importantes para a categoria, que acabamrefletindo no bem-estar da população. Entre eles está o firmado com a Amil – Assistência Médica InternacionalLtda., que elaborou um plano especial, em condições diferenciadas, para assistência médica e odontológica.

A partir desse convênio, os profissionais inscritos passam a ter vantagens, como carência zero —exceto para doenças pré-existentes e obstetrícia, com idade até 59 anos —, consultas, exames e internaçõessem limites, cobertura conforme a regulamentação da Lei 9.656/98, atendimento em todas as especialidadesreconhecidas e doenças catalogadas no CID 10 (Código Internacional de Doenças).

O convênio prevê também fisioterapia, radioterapia, quimioterapia, inaloterapia e UTI sem limites, trans-plante de rins e córneas, serviço de courier para planos de livre escolha, teleatendimento 24 horas com médicode plantão, cartão de identificação permanente, rede credenciada contando com os melhores médicos, hospitais elaboratórios no Brasil e no Exterior, coletas de exames a domicílio (Plano Quality e Continents), agendamentoexclusivo, através de contato de teleatendimento (3061-1000).

Para adquirir um dos planos é preciso ligar diretamente para a Amil, pois o CREF4/SP apenas viabilizou oconvênio. Informações e adesões só na Amil. Os valores da tabela abaixo são válidos até 30/01/2003.

ASSISTÊNCIAMÉDICA:PLANOSESPECIAISPARAINSCRITOS

PLANO ODONTOLÓGICOPLANO ODONTOLÓGICOPLANO ODONTOLÓGICOPLANO ODONTOLÓGICOPLANO ODONTOLÓGICO

Preço por beneficiário titular ou dependente com qualquer grau de parentescoDental I (R$)Dental I (R$)Dental I (R$)Dental I (R$)Dental I (R$) Dental II (R$)Dental II (R$)Dental II (R$)Dental II (R$)Dental II (R$)

Faixa de 0 a 17 anos 44,37 44,37Acima de 17 anos 56,16 70,84

OS PLANOS DISPONÍVEIS SÃO:OS PLANOS DISPONÍVEIS SÃO:OS PLANOS DISPONÍVEIS SÃO:OS PLANOS DISPONÍVEIS SÃO:OS PLANOS DISPONÍVEIS SÃO:

• PLANO INDIVIDUAL• PLANO INDIVIDUAL• PLANO INDIVIDUAL• PLANO INDIVIDUAL• PLANO INDIVIDUAL ————— alternativa 122 (Medicus Especial, Medicus, Opções, Opções Plus, Quality eContinents), desconto de 12% da 1a a 18a lâmina de pagamento em banco;

• • • • • PLANO GRUPALPLANO GRUPALPLANO GRUPALPLANO GRUPALPLANO GRUPAL ————— alternativa 122 (Medicus Especial, Medicus, Opções, Opções Plus, Quality eContinents), desconto de 16% da 1a a 18a lâmina de pagamento em banco;

• • • • • PLANO FAMILIARPLANO FAMILIARPLANO FAMILIARPLANO FAMILIARPLANO FAMILIAR ————— casal, casal com 1 ou mais filhos solteiros até 25 anos. (Medicus Especial, Medicus,Opções, Opções Plus, Quality e Continents), desconto de 18% da 1a a 18a lâmina depagamento em banco.

PLANO OPÇÕES – QUARTO PRIVPLANO OPÇÕES – QUARTO PRIVPLANO OPÇÕES – QUARTO PRIVPLANO OPÇÕES – QUARTO PRIVPLANO OPÇÕES – QUARTO PRIVAAAAATIVOTIVOTIVOTIVOTIVO

Faixa EtáriaFaixa EtáriaFaixa EtáriaFaixa EtáriaFaixa Etária VVVVValor Talor Talor Talor Talor Totalotalotalotalotal Valor com descontoValor com descontoValor com descontoValor com descontoValor com desconto0 a 17 150,98 132,86

18 a 29 176,65 155,4530 a 39 211,98 186,5440 a 49 231,06 203,3350 a 59 341,97 300,93

> 60 905,88 797,17

PLANO MEDICUS ESPECIAL – QUARTO PRIVPLANO MEDICUS ESPECIAL – QUARTO PRIVPLANO MEDICUS ESPECIAL – QUARTO PRIVPLANO MEDICUS ESPECIAL – QUARTO PRIVPLANO MEDICUS ESPECIAL – QUARTO PRIVAAAAATIVOTIVOTIVOTIVOTIVO

Faixa EtáriaFaixa EtáriaFaixa EtáriaFaixa EtáriaFaixa Etária VVVVValor Talor Talor Talor Talor Totalotalotalotalotal Valor com descontoValor com descontoValor com descontoValor com descontoValor com desconto0 a 17 126,09 110,96

18 a 29 147,53 129,5330 a 39 177,04 155,8040 a 49 192,97 169,8150 a 59 285,60 251,33

> 60 756,54 665,76

PLANO MEDICUS 122 – QUARTO PRIVPLANO MEDICUS 122 – QUARTO PRIVPLANO MEDICUS 122 – QUARTO PRIVPLANO MEDICUS 122 – QUARTO PRIVPLANO MEDICUS 122 – QUARTO PRIVAAAAATIVOTIVOTIVOTIVOTIVO

Faixa EtáriaFaixa EtáriaFaixa EtáriaFaixa EtáriaFaixa Etária VVVVValor Talor Talor Talor Talor Totalotalotalotalotal Valor com descontoValor com descontoValor com descontoValor com descontoValor com desconto0 a 17 135,59 119,32

18 a 29 158,64 139,6030 a 39 190,37 167,5340 a 49 207,50 182,6050 a 59 307,10 270,25

> 60 813,54 715,92

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

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7REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

A Comissão de Ética do CREF4/SP, que recebeu novos inte-grantes, designados em reunião plenária realizada em setembro de2002, possui uma infra-estrutura montada para investigação, e estácom força total para dar suporte e dignidade à profissão de EducaçãoFísica. Para isso, os integrantes deste grupo residem em São Paulo ese reúnem, ordinariamente, todas as quartas-feiras, às 8h30min, eextraordinariamente quando necessário.

Segundo Walter Giro Giordano, presidente da Comissão, asdenúncias de usuários ou profissionais devem ser feitas formalmen-te, por e-mail ou carta e, a partir daí, a Fiscalização faz um levanta-mento da situação física, legal e funcional da academia, instituiçãoou do profissional denunciado. “Em caso de controvérsias nos depo-imentos apurados, é solicitado o comparecimento do denunciantepara a confirmação das afirmações feitas por e-mail para, se for ocaso, serem convocadas testemunhas e, até mesmo, ser feita umaacariação entre as partes”.

O profissional registrado também pode denunciar problemascomo a falta de condições no trabalho ou alguém que esteja atuandoirregularmente. “Muitos casos são resolvidos administrativamente,através do Setor de Fiscalização, mas sempre que preciso, é formadauma Comissão de Sindicância, para apurar os fatos, colher depoi-mentos e os encaminhar à Comissão de Ética que, em plenária, daráo parecer para cada situação”.

A Comissão de Ética é formada por seis pessoas: Prof.Walter Giro Giordano (CREF4/SP 0004/G), Cícero Theresiano deBarros (CREF4/SP 107/G), Durval Luiz da Silva (CREF4/SP 209/G),José Cintra Torres de Carvalho (CREF4/SP 110/G), Milton KazuoHidaka (CREF4/SP 1014/G) e Nelson Gil de Oliveira (CREF4/SP9008/G). “Como presidente da Comissão de Ética, procurei profis-sionais que trabalham em diversos setores, como o municipal e oestadual, universidades e em instituições como a ACM. Estouaguardando uma sétima pessoa da área do SESI, SESC ou simila-res”, disse Giordano. “Isso não significa que eles são representan-tes oficiais desses setores, mas podem trazer informações perti-nentes sob diferentes pontos de vista”.

COMISSÃODEÉTICATRABALHACOMFORÇATOTAL

De acordo com o Estatuto do CREF4/SP, artigo 46, seção VI, compete àComissão de Ética Profissional, as seguintes atribuições:

I - Zelar pela observância dos princípios do Código de Ética;

II - Propor, ao Plenário do CREF4/SP, mudanças no Código de Ética Profissio

nal, para que este leve a proposta ao CONFEF;

III - Funcionar como Conselho Superior de Ética;

IV - Julgar os casos de denúncia de Profissionais ou Pessoas Jurídicas que

tenham ferido o Código de Ética Profissional;

V - Examinar e apreciar, em Primeira Instância, os recursos interpostos por

seus inscritos, inclusive, determinando diligências necessárias a sua

instrução, levando a seguir, a homologação do Plenário do CREF4/SP.

ATRIBUIÇÕES GERAIS

EVENTO VAI DISCUTIR ÉTICA EEDUCAÇÃO FÍSICA NO MERCOSUL

O 18o Congresso Internacional de Educação Física, Desporto e Recreação, que acontecerá de 12 a 15 de janeiro, em Fozde Iguaçu, vai abordar a Educação Física no Mercosul e também a ética profissional. A Comissão de Ética do CREF4/SPestará no local para discutir os assuntos pertinentes a essa área. “A Ética é muito importante, pois é ela que subordinao profissional ao Conselho. É preciso trabalhar em atenção à ética, não só em relação à capacidade e à técnica”, explicaWalter Giro Giordano, presidente da Comissão de Ética, que acredita que haverá pontos abordados em outros Estadosque talvez façam com que o Código de Ética seja adaptado ou alterado. “Esse evento vai universalizar a ética na Educa-ção Física no País”.

Da esq. para dir.: Cícero Theresiano de Barros, Durval Luiz da Silva, Nelson Gil de Oliveira,Milton Kazuo Hidaka, Walter Giro Giordano e José Cintra Torres de Carvalho

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COMISSÕES

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8 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

INFRA-ESTRUTURADOCREF4/SPAGILIZA PRESTAÇÃODESERVIÇOO Conselho está crescendo. Segundo Clarice Pinheiro

Machado, gerente geral, no novo endereço o Conselho ocupaum total de 303 m2 de área útil em quatro conjuntos — 200 amais que no antigo prédio. Para atender as necessidades doCREF4/SP, o local passou por uma reforma: o gesso do teto foiconsertado, a parte elétrica foi revisada, as peças dos banhei-ros foram reformadas e trocadas e as divisórias e armáriosembutidos foram aproveitados.

Com o aumento do espaço, todos os setores agorapossuem entradas independentes. O Setor de Registro é omaior em número de funcionários e ocupa o maior espaçofísico, adequado ao volume de documentos que possui. “Para2003, a meta é a digitalização para agilizar ainda mais o setore economizar em espaço e móveis”, informa Izabel GertrudesPinto, encarregada do setor. Já a Fiscalização, tem 6 fiscaiscom as duas novas contratações para a parte de apoio admi-nistrativo e ocupa um conjunto de 60 m2 com toda a infra-estrutura necessária - computadores, mesas e arquivos.

Os visitantes, por sua vez, estão se mostrandosatisfeitos com o novo ambiente e sua localização, pois oConselho fica próximo ao Metrô e evita a baldeação. Quemvem das Regiões Norte e Sul, desce na Estação São Bento epara quem vem das Regiões Leste e Oeste, desce na EstaçãoAnhangabaú.

Ao redor da nova sede localizam-se inúmeros estaci-onamentos, restaurantes e hotéis, pontos de ônibus e táxi e ainfra-estrutura propiciou a melhora na qualidade do atendi-mento, que é feito com mais agilidade. Hoje existem compu-tadores em todas as dependências – no Setor de Fiscalizaçãosão 2, no de Registro 4, na Secretaria 2, no Financeiro 1, comosuporte há 1 na sala de reuniões e ainda 2 servidores, um parasistema e back-up e outro para Internet, ambos consideradospara uso geral. Gerência Geral

Em dezembro de 2002, Vera LúciaMartim Groessler assumiu um novo setor doCREF4/SP: o Financeiro. O novo setor, é o res-ponsável pelas contas a pagar, antes da secre-taria, e taxa de registro e anuidade, que perten-cia ao Setor de Registro. Tudo que se trata dedinheiro, passa a ser de sua alçada. O setorterá condições para projetar a receita e produ-zir relatórios, trabalhando diretamente comPaulo Yassuo Koike, contador do Conselho.Dessa forma, o Registro vai se dedicar especi-ficamente à emissão e recepção de documentopara registro de Pessoa Física e Jurídica e nãoterá mais nada atrelado a boleto bancário.

FINANCEIROENTRA EM AÇÃO

Diretoria

Recepção da Diretoria

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CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Rua Líbero Badaró, 377 � 27o andarConj. 2704 � Centro � São PauloCEP 01009-000

Rua Líbero Badaró, 377 � 27o andarConj. 2704 � Centro � São PauloCEP 01009-000

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[email protected] www.crefsp.org.br

Telefax.: (0xx11) 3292-1700

ATIVIDADES DOSSETORES ATÉ

20 DE DEZEMBRO DE 2002

fiscalização

3.3143.3143.3143.3143.314 notificações

916916916916916 denúncias

2.4242.4242.4242.4242.424 visitas

1.1211.1211.1211.1211.121 ofícios para o Ministério Público

289289289289289 respostas do MP

228228228228228 municípios envolvidos em denúncias

1.1741.1741.1741.1741.174 registros de Pessoa Jurídica

FISCALIZAÇÃOFISCALIZAÇÃOFISCALIZAÇÃOFISCALIZAÇÃOFISCALIZAÇÃO

13.59813.59813.59813.59813.598 processos analisados

12.25812.25812.25812.25812.258 processos cadastrados

7.2687.2687.2687.2687.268 cédulas de identidade e certificados entregues

12.00712.00712.00712.00712.007 protocolos recebidos

9.8639.8639.8639.8639.863 correspondências recebidas

19.54319.54319.54319.54319.543 correspondências enviadas

REGISTROREGISTROREGISTROREGISTROREGISTRO

Setor de Registro

Recepção do Registro

Secretaria

SECRETARIASECRETARIASECRETARIASECRETARIASECRETARIA

5.2455.2455.2455.2455.245 ofícios protocolados

981981981981981 e-mails recebidos

518518518518518 fax recebidos

4.3824.3824.3824.3824.382 ligações recebidas

Sala de Reuniões

Hall de Entrada

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O Setor de Fiscalização é o termômetro do CREF4/SP. Quanto maisaumenta o trabalho dos fiscais, mais cresce o número de inscritos. ParaFernando Izac Soares, encarregado da Fiscalização, a grande novidade é que odepartamento se regionalizou. Hoje, três dos seis fiscais do Conselho moramno Interior, próximos à região a ser fiscalizada, o que torna o atendimento maisrápido pela facilidade que eles têm para se locomover.

A regionalização veio de encontro à necessidade do Interior, que sóera fiscalizado quando o fiscal se deslocava de São Paulo para o local solici-tado, e também para atender a uma reivindicação dos inscritos. “Hoje, o númerode pedidos de fiscalização no Interior é muito grande”.

O setor ainda conta com Roberto Ribeiro, fiscal de manutenção, queatende entidades que já foram visitadas, fiscaliza e dá uma espécie de suportetécnico para instituições já inscritas.

Todas as medidas tomadas pelo Setor de Fiscalização no que se refereà contratação de fiscais, aquisição de equipamentos, orientações e autuaçõessão para agilizar o atendimento. “O número de denúncias vai aumentar na medidaem que a informação chegar e a atuação da fiscalização for mais intensa, porisso é preciso estar sempre preparado”.

Segundo o encarregado, quanto mais informado for o profissional maispoder de argumentação e questionamento ele tem. “Quando você consegueenviar a fiscalização para qualquer local e a informação chega, tanto os usuáriosquanto os profissionais vão questionar, vão se corresponder, manter contato,querendo esclarecimentos e entendendo mais qual é a ação do Conselho e osbenefícios de se ter uma profissão regulamentada”.

SETORCRESCEE APARECE

Em outubro, a Fiscalização deu inícioao Projeto Garimpo. A meta é fiscalizar, atédezembro de 2003, o equivalente a 7.200 novasentidades, o que dá uma média de 600 visitaspor mês. “Imaginamos atingir 9.000entidades, contando com as que já visitamos”,explica Fernando. O nome de Garimpo surgiuporque o fiscal sai com algumas referênciase acaba encontrando outras. “As academiasde grande porte são fáceis de seremlocalizadas, mas aquelas pequenas que estãode certa forma irregulares não só em relaçãoao Conselho, mas em relação à VigilânciaSanitária, à Prefeitura, ao Ministério doTrabalho e outros órgãos são as que os fiscaisvão ter de garimpar”.

PROJETOS:

O Projeto Revisita foi implantado emdezembro de 2002 e estabelece que os fiscaisvoltem às instituições já fiscalizadas paraverificar se cumpriram as especificaçõesdeterminadas por lei e, principalmente emrelação ao exercício ilegal da profissão.

Fernando Izac Soares, encarregado da Fiscalização

REVISITA

GARIMPO

FISCALIZAÇÃO:

PROVIDÊNCIAS DO DEPARTAMENTOJURÍDICO EM 2002

O Departamento Jurídico do CREF4/SP, em2002, intensificou a assessoria na Comissão de Éti-ca, no sentido de estabelecer as formas de procedi-mentos administrativos a serem adotados para a ve-rificação do aperfeiçoamento das atividades laboraisdos profissionais de Educação Física, visando a pro-teção do consumidor em relação aos serviços presta-dos pelos profissionais. Também apoiou a Fiscaliza-ção no intuito de prover os fiscais durante suas ativi-dades, dando o prosseguimento necessário para osprocedimentos adotados e que não obtiveram as in-formações necessárias.Essas providências criaramprocedimentos como:

a) Envio de 1121 ofícios ao Ministério Públi-co do Estado de São Paulo, no sentido de requerer aabertura de Inquérito Policial pela prática da Contra-venção Penal de Exercício Irregular da Profissão, pre-vista no artigo 47 da Lei das Contravenções Penais.

b) Obtenção de 300 respostas do MinistérioPúblico, no sentido de comunicar ao Conselho o an-damento dos feitos.

c) Acompanhamento de 160 audiências nosDistritos Policiais do Estado de São Paulo, sanandodúvidas e esclarecendo aos Delegados de Polícia a

Fernando Izac SoaresFernando Izac SoaresFernando Izac SoaresFernando Izac SoaresFernando Izac Soares (CREF4/SP 135/G)encarregado do setorRoberto RibeiroRoberto RibeiroRoberto RibeiroRoberto RibeiroRoberto Ribeiro (CREF4/SP 9418/G )fiscal de manutençãoGeraldo Luiz de TGeraldo Luiz de TGeraldo Luiz de TGeraldo Luiz de TGeraldo Luiz de Toledo Costaoledo Costaoledo Costaoledo Costaoledo Costa (CREF4/SP 12048/G)São Paulo e Grande São PauloMarcelo Moreira PassosMarcelo Moreira PassosMarcelo Moreira PassosMarcelo Moreira PassosMarcelo Moreira Passos (CREF4/SP 7318/G)São Paulo e Grande São PauloCristina Elizabeth ValeroCristina Elizabeth ValeroCristina Elizabeth ValeroCristina Elizabeth ValeroCristina Elizabeth Valero (CREF4/SP 3977/G)ItápolisMárcio TMárcio TMárcio TMárcio TMárcio Tadashi Ishizakiadashi Ishizakiadashi Ishizakiadashi Ishizakiadashi Ishizaki (CREF4/SP 1739/G)Mogi das CruzesGilmar Regitano de BarrosGilmar Regitano de BarrosGilmar Regitano de BarrosGilmar Regitano de BarrosGilmar Regitano de Barros (CREF4/SP 2603/G)Bauru

FISCAIS DE SÃO PAULO EREGIÃO

função do Conselho Regional de Educação Física.Embora não seja do conhecimento de mui-

tos profissionais, as irregularidades estão sendo apu-radas e vários profissionais, que por qualquer motivoestavam relutantes em efetuar suas inscrições, aca-baram sendo citados para efetuar suas defesas, fatosque poderiam ter sido evitados diante do reconheci-mento e conseqüente registro no órgão competente.

Para maiores esclarecimentos, desde 07 dejulho de 2001, através de publicação em Diário Ofici-al do Estado, foi promulgada a Lei Estadual no 10.848,que dispõe sobre o funcionamento de estabelecimen-tos de ensino e prática de modalidades esportivas.

Esta lei visa a obrigar todas as entidadesestabelecidas no Estado de São Paulo, ao registro dasrespectivas empresas, determinando inclusive os do-cumentos necessários para efetuar o devido registro.

Embora não possam ser divulgados, váriosprofissionais não-registrados estão sendo processa-dos e, com base na aplicação da Lei no 9.099/95,estão sendo concitados ao pagamento de cestas bá-sicas a instituições de caridade, o que não deixa deser uma condenação pelo não cumprimento do quedetermina a Lei no 9.696/98.

Foto: Célia Gennari

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A Fiscalização do CREF4/SP estevepresente nos Jogos Regionais e nos 66o JogosAbertos do Interior - Franca 2002, que acontece-ram, respectivamente, em julho e setembro. Aação da fiscalização foi encaminhada depoisde uma reunião com representantes da Secreta-ria de Esportes e Lazer do Estado de São Paulo.“Avisamos que o técnico só poderia atuar nosjogos mediante a apresentação do protocolo doregistro ou da Cédula de Identidade Profissio-nal, caso contrário, teria de ficar de fora, nãopodendo instruir sua equipe”, informa FernandoIzac Soares, encarregado da Fiscalização. “Oregulamento das competições também estabe-lecia que tanto o técnico quanto seu auxiliardeveriam apresentar a Cédula de IdentidadeProfissional.”

Como resultado da ação da fiscaliza-ção, alguns técnicos não puderam atuar, fican-do do lado de fora por não cumprirem a determi-nação do regulamento da competição e tambémpor não terem o registro profissional. Segundo

Paulo Rogério Jaouiche, coordenador de Esporte e Lazer do Estado de SãoPaulo, grande parte dos dirigentes de esportes entendeu as exigênciasestabelecidas por lei e encarou positivamente a fiscalização promovidapelo Conselho. “O CREF4/SP teve uma atuação muito firme e positiva nosJogos Regionais e Abertos do Interior”.

Fernando alerta que é preciso que se entenda que será sempreobrigatória a apresentação do registro profissional, não só para a fiscaliza-ção, mas também para seguir o regulamento imposto pela própria Secreta-ria. A perspectiva para 2003 é que 95% dos profissionais que estejamdiretamente envolvidos com os Jogos Regionais e Abertos estejamregistrados.

ATUAÇÃO RIGOROSANOS JOGOS REGIONAISE ABERTOS

O Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo (CREF4/SP) está trabalhando para melhorar a prestação de serviço de Educação Física. Paraisso, coloca-se à disposição para receber, averiguar e encaminhar denúncias contraprofissionais que insistem em exercer ilegal ou irregularmente a profissão, ou quenão zelem pela saúde física de seus clientes.

O CREF4/SP irá considerar qualquer comunicado ou notícia, devidamentefundamentada, que chegue ao seu conhecimento, e procederá de acordo com oestabelecido na Resolução 023/00, que dispõe sobre a fiscalização e orientação dePessoa Física e Pessoa Jurídica.

As denúncias só serão aceitas mediante identificação do denunciante(nome, endereço e telefone) e do profissional ou estabelecimento denunciado.

O promotor público de Suzano,José Mário B.M. Barbuto, ao investigar ofuncionamento de um estabelecimento des-tinado a atividades esportivas, sem profis-sional registrado no Conselho Regional deEducação Física, considerou a contraven-ção penal de exercício ilegal da profissão,conforme disposto na Lei 9.696/98, queregulamenta a Profissão de Educação Físi-ca, e também incluiu a prestação de servi-ço do profissional de Educação Física noCódigo de Defesa do Consumidor (CDC).

Segundo o promotor, em ofício,considerando que aos consumidores devemser garantidos serviços com padrões ade-quados de qualidade e segurança (artigo4o, inciso II, item d, do CDC), a prestaçãode serviço na área da atividade física,desportiva e similar está também enqua-drada dentro do CDC. “Isso quer dizer queo usuário insatisfeito que usufrui desseserviço pode inserir a entidade ou o profis-sional dentro do Código de Defesa do Con-sumidor, por estar pagando pelo serviçoprestado”, comenta Fernando, encarrega-do da Fiscalização.

O usuário tem o direito de acessaro Procon e questionar a qualidade da pres-tação do serviço do profissional e de secomunicar com o Conselho para questio-nar a ação do profissional. Já os donos deacademias e empresários precisam seconscientizar de que se o profissional co-meter algum erro, a responsabilidade nãoé só da entidade, passa a ser dele tam-bém. Porém, se esse profissional não forregistrado no CREF, a entidade será indagadaem um primeiro momento. “A responsabi-lidade do profissional e das entidades émuito grande”.

Com a regulamentação da profis-são, hoje o aluno que sai da faculdade jáestá informado, esclarecido, registrado evai para o mercado de trabalho com o re-gistro profissional, sabendo o que é o Có-digo de Ética da Profissão, quais sãos osdireitos, deveres e responsabilidades quetem. “Provavelmente, ele vai prestar seuserviço ciente da sua inclusão no Códigode Defesa do Consumidor e da existênciado Conselho, que defende e regulamenta oexercício de sua profissão”.

PROFISSIONALÉ INSERIDO

NO CÓDIGO DOCONSUMIDOR

DENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIASDENÚNCIAS

Roberto Jorge Saad representa CREF4/SP em Franca

Jaouiche,coordenador de esportes

Foto

: Fáb

io Ca

ldeira

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Nos dias 8 e 14 de novembro de 2002, oConselho Regional de Educação Física – 4a Re-gião reuniu, respectivamente, representantes deentidades de ensino superior e federações esporti-vas para discutir sobre o conteúdo e a realizaçãode um curso para profissionais não-graduados emEducação Física. “A idéia do curso não é habilitaro profissional, mas introduzir a Educação Física,caracterizá-la como profissão, dar a oportunidadeaos profissionais não-graduados para que tenhamnoções de ética e moral, conhecimentos sobre osaspectos legais do exercício profissional, as res-ponsabilidades que assumem ao se tornarem umprofissional dessa área e as inter-relações queexistem entre as atividades do mercado de traba-lho e a Educação Física”, explica Flavio Delmanto,presidente do CREF4/SP.

Apesar de apenas 13 universidades envia-rem seus representantes para a discussão, todasas 82 instituições de ensino superior envolvidas naformação dos profissionais de Educação Física fo-ram convidadas. “A realidade das instituições daCapital é diferente da do Interior de São Paulo, por

CREF4/SP PROPÕE CURSOPARAPROFISSIONAISNÃO-GRADUADOS

Conselho realiza debate com representantes de instituições de ensino superior eConselho realiza debate com representantes de instituições de ensino superior eConselho realiza debate com representantes de instituições de ensino superior eConselho realiza debate com representantes de instituições de ensino superior eConselho realiza debate com representantes de instituições de ensino superior efederações esportivas para decidir a melhor maneira de fazer com quefederações esportivas para decidir a melhor maneira de fazer com quefederações esportivas para decidir a melhor maneira de fazer com quefederações esportivas para decidir a melhor maneira de fazer com quefederações esportivas para decidir a melhor maneira de fazer com que

os provisionados fiquem em conformidade comos provisionados fiquem em conformidade comos provisionados fiquem em conformidade comos provisionados fiquem em conformidade comos provisionados fiquem em conformidade coma regulamentação da profissãoa regulamentação da profissãoa regulamentação da profissãoa regulamentação da profissãoa regulamentação da profissão

isso é importante ouvir o que cada uma tem a di-zer”, comenta Flavio. Na reunião com as federa-ções, o quórum foi maior, das 40 convidadas, 19compareceram.

O conteúdo do curso foi elaborado comauxílio de alguns especialistas da área, e éestruturado, fundamentalmente, no curso deintrodução em Educação Física da UNESP de RioClaro. “Esse curso não tem nenhuma intenção deaperfeiçoamento técnico, pretende apenasapresentar a área de Educação Física aosprovisionados, caracterizar o que seja essaatividade profissional e expor as responsa-bilidades que lhes serão atribuídas pelo exercíciode uma profissão regulamentada”, explica JoséMaria de Camargo Barros, vice-presidente doCREF4/SP.

Essa iniciativa atende a uma dasdeterminações das Resoluções 013/99 e 045/02 doCONFEF, que estabelece que os profissionaisregistrados no Sistema CONFEF/CREFs, semdiploma de curso superior de Educação Física,freqüentem, com aproveitamento, um curso de 200

horas proposto pelo Conselho Regional de EducaçãoFísica. O professor José Maria deixou claro quecabe às instituições de ensino de Educação Físicadesenvolver e ministrar esse curso e afirmou que aparceria com elas também tem como objetivoaproximar os provisionados para motivá-los afreqüentar, posteriormente, o curso de EducaçãoFísica.

Para englobar um maior número deprofessores envolvidos com a questão dosprovisionados por força da lei, o CREF4/SP propôsque o curso seja ministrado por professores,devidamente indicados pelas instituições, para75h/aula — 50h/aula em sala e 25h/aula deatividades.

Para completar a carga horária, o alunodeverá comprovar mais 25h/aula, através decertificados de participação em eventos acadêmicos/científicos na área, e obter mais 100 h/aula de umcurso especificado legalmente na concepção doConselho, que deve ser desenvolvido pela entidaderesponsável por aquele tipo de serviço em que oprofissional for supervisionado.

Representantes de13 universidadesestavam no debate

Foto

: Céli

a Gen

nari

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CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULOCONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ENTIDADES DE ENSINOENTIDADES DE ENSINOENTIDADES DE ENSINOENTIDADES DE ENSINOENTIDADES DE ENSINO• O curso tem conteúdo específico, que deve

ser ministrado da maneira que o professorachar mais conveniente.

• O professor deve ser inscrito no ConselhoRegional de Educação Física.

• A cada tópico os alunos recebem uma tarefade atividades equivalente a 4 horas.

• No final do curso o aluno fará um trabalhoescrito para expôr o que compreendeu.

• O curso deve ser concluído até o dia 30 desetembro de 2003.

FEDERAÇÕESFEDERAÇÕESFEDERAÇÕESFEDERAÇÕESFEDERAÇÕES• Serão fornecidas declarações para comprovar

a participação do profissional no curso.• O custo do curso ficará entre as entidades e

o profissional. As faculdades irão informaros valores, que posteriormente poderão serdiscutidos com as federações, e então oCREF4/SP irá confeccionar folders, comvalores diferenciados.

• Independente de ser ou não federado, oprofissional deverá fazer esse curso e, dequalquer forma, terá que comparecer àfederação.

• O convênio já será válido para as federaçõesparticiparem desses cursos.

• Após o curso, o provisionado terá somenteuma área específica de atuação e com asmesmas responsabilidades de umprofissional graduado.

• Somente as empresas prestadoras de serviçosna área da atividade física, têm obrigação deserem inscritas no CREF4/SP.

A reunião com os representantes das federações esportivas mostrou que todos estão abertos a discussõespara melhorar a atuação dos profissionais como um todo. É claro que nem tudo é aprovado, mas nota-se adisposição para se chegar a um consenso.

A somatória das 100 horas em que o profissional participou de eventos promovidos pela Federação,deverá constar no certificado fornecido, pois não é intenção do CREF4/SP prejudicar os profissionais com acomprovação mínima de 3 (três) anos. “Se nesse meio tempo o provisionado não tiver nenhuma participação emseminários ou cursos, não poderá ser considerado um profissional, esclarece José Maria de Camargo Barros.

Um dos representantes das federações discordou da colocação do professor, alegando que muitos profis-sionais atuam há muitos anos na área e são conceituados e, ainda, que o Conselho estava pressionando oprofissional a participar de Congressos e Seminários. Apesar de não discordar do ponto de vista em questão, JoséMaria afirmou que, caso determinado profissional não tenha participado de nenhum dos eventos da federação, teráde completar as 100 horas solicitadas.

Quanto ao local dos cursos, caberá às instituições de ensino informar os dados que foram solicitados peloConselho, para que, então, sejam confeccionados folders com as especificações necessárias, como data, local,valor etc., deixando outros detalhes por conta das próprias federações. Caso os profissionais não façam o curso econtinuem trabalhando na área sem Cédula de Identidade Profissional, estarão praticando o exercício ilegal daprofissão e deverão ser denunciados. O provisionado tem de ser registrado no Conselho para poder fazer o curso.

FEDERAÇÕES DISCUTEM ASSUNTO

PONTOS-CHAVE

ENTIDADES DE ENSINOENTIDADES DE ENSINOENTIDADES DE ENSINOENTIDADES DE ENSINOENTIDADES DE ENSINO• Centro Univers. Hermínio Ometto — UNIARARAS• Universidade de Franca• FEFISA — Faculdades Integradas• FIG — Faculdades Integradas Guarulhos• FUNEC — FISA — Santa Fé do Sul• Universidade Cidade de São Paulo• UNIVAP – São José dos Campos• Universidade Bandeirantes de São Paulo• Univer. Bandeirantes de São Bernardo do Campo• UniFMU• Centro Universitário Votuporanga• UniCastelo

FEDERAÇÕESFEDERAÇÕESFEDERAÇÕESFEDERAÇÕESFEDERAÇÕES• • • • • Federação Paulista de Karatê Tradicional• • • • • Federação de Tayando do Estado de São Paulo• • • • • Federação de Taekwondo-Do Tradicional• • • • • Federação Paulista de Karatê• • • • • Federação Paulista de Kung Fú• • • • • Federação Paulista de MorgantiJu-Jitsu• • • • • Liga Mauaense de Capoeira• • • • • Federação Paulista de Tai Chi Chuan, Tradicional,

Terapêutico, Competitivo e Marcial• • • • • Liga Regional Diademense de Capoeira• • • • • Associação Escola Elite das Artes Marciais• • • • • Federação de Hapkido do Estado de São Paulo• • • • • Federação Paulista de Taekwondo Interestilos• • • • • Federação Paulista de Capoeira• • • • • Liga São Bernardense de Capoeira• • • • • Federação Paulista de Karatê Interestilos• • • • • Federação Paulista de Judô• • • • • Federação Paulista de Karatê de Contato• • • • • Assoc. Desp. e Cultural de Capoeira Beira Rio• • • • • Federação do Estado de São Paulo

ENTIDADESPRESENTES

13REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

A maioria dos grupos de profissio-nais provisionados faz parte de federaçõesesportivas, como a Federação de Capoeira,Judô, Tae Ken Do, Voleibol, Equitação, Pati-nação Artística, Box etc. Segundo José Ma-ria de Camargo Barros, essas entidades de-vem organizar um programa de atualização oualgo específico para cada modalidade nasescolas de Educação Física.

Dentro dessa nova proposta, conformeo vice-presidente, é preciso que exista um espí-rito de aproximação entre as federações esporti-vas ou atividades que prestam serviços na áreade Educação Física e esportes e as instituiçõesde ensino de Educação Física, e que estas sepreocupem e passem a perceber essas outrasatividades do mercado de trabalho. “O curso éobrigatório e devemos aproveitar essa oportuni-dade para realmente propor uma nova situaçãoque produza resultados, com laços de relaciona-mentos entre as Escolas de Educação Física eas Federações Esportivas, o que, até hoje, prati-camente não existe”.

PROVISIONADOSPRECISAM SEATUALIZAR

O CREF4/SP, através de um levanta-mento por CEP de não-graduados por região,descobriu que o total de profissionaisprovisionados registrados na Capital e GrandeSão Paulo, que obrigatoriamente terão de fazer ocurso proposto pelo Conselho, é de 2.436.Número que, em 2003, deve chegar a 3.500 ou4.000 profissionais. Veja quantos e onde estãoesse profissionais inscritos na Capital e naGrande São Paulo.

QUANTOS DEVEMPARTICIPAR

CAPITALCAPITALCAPITALCAPITALCAPITALNorte 129129129129129Centro 109109109109109Sul 310310310310310Leste 136136136136136Oeste 259259259259259

GRANDE SÃO PAULOGRANDE SÃO PAULOGRANDE SÃO PAULOGRANDE SÃO PAULOGRANDE SÃO PAULOOsasco e Região 153153153153153Guarulhos e região 7 37 37 37 37 3Mogi e região 8 88 88 88 88 8São Bernardo e região 160160160160160Santos e região 158158158158158São José dos Campos e região 112112112112112Campinas e região 323323323323323Ribeirão Preto e região 121121121121121São José do Rio Preto e região 5 85 85 85 85 8Araçatuba e região 2 02 02 02 02 0Bauru e região 8 88 88 88 88 8Sorocaba e região 115115115115115Presidente Prudente e região 2 42 42 42 42 4

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14 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/200214 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

“A iniciativa é bastante interessante,pois através desse tipo de estudo esses profissio-nais vão saber o que é a área de Educação Física.A partir daí conseguiremos conscientizá-los paraque, no futuro, eles façam o curso de EducaçãoFísica. Quanto ao número de representantes pre-sentes, acho que falta uma conscientização sobrea necessidade de se estar buscando esse tipo deinformação”.Profa. TProfa. TProfa. TProfa. TProfa. Telma Telma Telma Telma Telma T. de Oliveira Almeida. de Oliveira Almeida. de Oliveira Almeida. de Oliveira Almeida. de Oliveira Almeida, professorada FIG — Faculdades Integradas Guarulhos – e daFUNEC / FISA de Santa Fé do Sul

“Esse curso será muito importante paramostrarmos a Educação Física e o que significater responsabilidade ética e moral na profissão.Já existe a idéia prática do trabalho, mas faltaum subsídio forte. Esse curso é um encantamen-to para trazermos essas pessoas, que já têmuma prática considerável, para dentro da facul-dade. Temos de construir uma nova idéia deEducação Física, com responsabilidade e conhe-cimento, afinal, trabalhamos com a formação doprofissional”.Profa. Luciene Conte Kube Profa. Luciene Conte Kube Profa. Luciene Conte Kube Profa. Luciene Conte Kube Profa. Luciene Conte Kube (CREF4/SP 10206/G),coordenadora do curso de Educação Física doCentro Universitário Hermínio Ometto –UNIARARAS

“A questão levantada pelo CREF4/SP émuito pertinente e vem resolver um problema quecausava uma certa preocupação em relação àqualidade do profissional provisionado que, pornão possuir o curso de graduação e estar nomercado de trabalho, embora com direitoadquirido, não tinha a mínima noção do que era aatuação da nossa profissão. Esperamos que essecurso possa suprir esse tipo de deficiência deforma que ele possa ter subsídios paratransformar a atuação do profissional em algointeressante e benéfico para a população”.Prof. Luiz Augusto da Silva Garcia Prof. Luiz Augusto da Silva Garcia Prof. Luiz Augusto da Silva Garcia Prof. Luiz Augusto da Silva Garcia Prof. Luiz Augusto da Silva Garcia (CREF4/SP1758/G), coordenador de estágio e auxiliar dacoordenação de curso na UNIFEV – Universidadeda Fundação Educacional de Votuporanga

� �� �REPERCUSSÃO

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O CREF4/SP, em Ofício Circular envia-do aos profissionais não-graduados em CursoSuperior de Educação Física, passou as se-guintes informações:

Como é de conhecimento, V.Sa. deve-rá freqüentar o curso de Introdução à Educa-ção Física e Caracterização da Profissão,organizado pelo Conselho Regional de Edu-cação Física do Estado de São Paulo e de-senvolvido em parceria com Escola/Facul-dade de Educação Física e Entidades deAdministração de Esportes.

No sentido de minimizar custos e con-tribuir com os profissionais, o CREF4/SPpropõe o curso em módulos, de forma apossibilitar o aproveitamento de programasde atualização já desenvolvidos pelos pro-fissionais.

O curso é composto por três módulos:Módulo IMódulo IMódulo IMódulo IMódulo I – 75 horas: será desenvol-

vido em forma de seminários por algumasFaculdades/Escolas de Educação Físicacredenciadas pelo CREF4/SP. Em breve V.Sa.receberá as informações necessárias sobreeste módulo.

Módulo IIMódulo IIMódulo IIMódulo IIMódulo II – 25 horas: consiste nacomprovação de participação em eventoscientíficos e/ou profissionais. A participa-ção é válida desde que realizada entre 02/09/95 e 30/09/03. Se V.Sa. costuma parti-cipar de tais eventos, é só juntar a docu-mentação que comprove a carga horáriaexigida para ser apresentada ao CREF4/SP.Se não, procure participar de tais eventos,visando a completar as 25 horas destemódulo no prazo previsto.

Módulo IIIMódulo IIIMódulo IIIMódulo IIIMódulo III – 100 horas: consiste naparticipação em programas de atualizaçãotécnica/científica na modalidade de atua-ção (capoeira, futebol, musculação, dançaetc.) A participação é válida desde que re-alizada entre 02/09/98 e 30/09/03, se V.Sa.costuma participar de tais eventos, é sójuntar a documentação que comprove a car-ga horária exigida para ser apresentada aoCREF4/SP. Se ainda não completou essacarga horária nesse período, procure parti-cipar visando a completar as 100 horas destemódulo. As Entidades de Administração doEsporte (Ligas e Federações) estão organi-zando tais programas para possibilitar aosprofissionais provisionados o atendimentodesta exigência. Se for do interesse deV.Sa., entre em contato com as Federaçõesou Ligas Esportivas do Estado de São Paulopara informações a respeito. Em breve V.Sa.estará recebendo mais informações e a apos-tila dos seminários previstos no módulo I.

OFÍCIO CREF4/SPN.º 0049/02

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15REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

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LEGISLAÇÃO

Capítulo III - Da Educação, da Cultura e dos Esportes e Lazer (...)Capítulo III - Da Educação, da Cultura e dos Esportes e Lazer (...)Capítulo III - Da Educação, da Cultura e dos Esportes e Lazer (...)Capítulo III - Da Educação, da Cultura e dos Esportes e Lazer (...)Capítulo III - Da Educação, da Cultura e dos Esportes e Lazer (...)

Seção III - Dos Esportes e Lazer

Art. 264Art. 264Art. 264Art. 264Art. 264 - O Estado apoiará e incentivará as práticas esportivas formais e nãoformais, como direito de todos.

Art. 265Art. 265Art. 265Art. 265Art. 265 -O Poder Público apoiará e incentivará o lazer como forma de integraçãosocial.

Art. 266Art. 266Art. 266Art. 266Art. 266 - As ações do Poder Público e a destinação e recursos orçamentáriospara o setor darão prioridade:

I - ao esporte educacional, ao esporte comunitário e, na forma da lei,ao esporte de alto rendimento;

II - ao lazer popular;

EDUCAÇÃO, ESPORTES E LAZER:NORMAS E CONDUTAS

Capítulo V - Do Esporte, Lazer e RecreaçãoCapítulo V - Do Esporte, Lazer e RecreaçãoCapítulo V - Do Esporte, Lazer e RecreaçãoCapítulo V - Do Esporte, Lazer e RecreaçãoCapítulo V - Do Esporte, Lazer e Recreação

Art. 230Art. 230Art. 230Art. 230Art. 230 - É dever do Município apoiar e incentivar, com base nos funda-mentos da Educação Física, o esporte, a recreação, o lazer, aexpressão corporal, como formas de educação e promoção soci-al e como prática sociocultural e de preservação da saúde físicae mental do cidadão.

Art. 231Art. 231Art. 231Art. 231Art. 231 - As unidades esportivas do Município deverão estar voltadas ao atendi-mento esportivo, cultural, da recreação e do lazer da população, destinan-do atendimento específico às crianças, aos adolescentes, aos idosos eaos portadores de deficiência.

Art. 232Art. 232Art. 232Art. 232Art. 232 - O Município, na forma da lei, promoverá programas esportivosdestinados aos portadores de deficiência, cedendo equipamentosfixos em horários que lhes permitam vencer as dificuldades domeio, principalmente nas unidades esportivas, conforme critériosdefinidos em lei.

Art. 233Art. 233Art. 233Art. 233Art. 233 - O Município destinará recursos orçamentários para incentivar:

I - o esporte formação, o esporte participação, o lazer comunitário, e,na forma da lei, o esporte de alto rendimento;

II - a prática da educação física como premissa educacional;

III - a criação e manutenção de espaços próprios e equipamentos condi-zentes às práticas esportivas, recreativas e de lazer da população;

IV - a adequação dos locais já existentes e previsão de medidasnecessárias quando da construção de novos espaços, tendo emvista a prática dos esportes, da recreação e do lazer por parte dosportadores de deficiência, idosos e gestantes, de maneira integradaaos demais cidadãos.

Art. 234Art. 234Art. 234Art. 234Art. 234 - O Executivo, através do órgão competente, elaborará, divulgaráe desenvolverá, até o mês de fevereiro de cada ano, programatécnico-pedagógico e calendário de eventos de atividades espor-tivas competitivas, recreativas e de lazer do órgão e de suasunidades educacionais.

Art. 235Art. 235Art. 235Art. 235Art. 235 - O Poder Municipal, objetivando a integração social, manterá eregulamentará, na forma da lei, a existência dos clubes desportivosmunicipais, com a finalidade primordial de promover o desenvolvi-mento das atividades comunitárias no campo desportivo, da recrea-ção e do lazer, em áreas de propriedade municipal.

Parágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo único - Para fazer jus a quaisquer benefícios do Poder Público, bemcomo aos incentivos fiscais da legislação pertinente, os clubesdesportivos municipais deverão observar condições a seremestabelecidas por lei.

Art. 236Art. 236Art. 236Art. 236Art. 236 - Lei definirá a preservação, utilização pela comunidade e oscritérios de mudança de destinação de áreas municipais ocu-padas por equipamentos esportivos de recreação e lazer, bemcomo a criação de novas.

Veja o que rege a Constituição do Estado de São Paulo e a Lei OrgânicaVeja o que rege a Constituição do Estado de São Paulo e a Lei OrgânicaVeja o que rege a Constituição do Estado de São Paulo e a Lei OrgânicaVeja o que rege a Constituição do Estado de São Paulo e a Lei OrgânicaVeja o que rege a Constituição do Estado de São Paulo e a Lei Orgânicado Município de São Paulo sobre Educação, Cultura, Esportes, Lazer e Recreaçãodo Município de São Paulo sobre Educação, Cultura, Esportes, Lazer e Recreaçãodo Município de São Paulo sobre Educação, Cultura, Esportes, Lazer e Recreaçãodo Município de São Paulo sobre Educação, Cultura, Esportes, Lazer e Recreaçãodo Município de São Paulo sobre Educação, Cultura, Esportes, Lazer e Recreação

III - à construção e manutenção de espaços devidamente equipadospara as práticas esportivas e o lazer;

IV - à promoção, estímulo e orientação à prática e difusão da Educa-ção Física;

V - à adequação dos locais já existentes e previsão de medidasnecessárias quando da construção de novos espaços, tendo emvista a prática de esportes e atividades de lazer por parte dosportadores de deficiência, idosos e gestantes, de maneira integradaaos demais cidadãos.

Parágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo únicoParágrafo único - O Poder Público estimulará e apoiará as entidades e asso-ciações da comunidade dedicadas às práticas esportivas.

Art. 267Art. 267Art. 267Art. 267Art. 267 - O Poder Público incrementará a prática esportiva às crianças, aosidosos e aos portadores de deficiências.

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULOCONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULOCONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULOCONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULOCONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULOLEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULOLEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULOLEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULOLEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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15REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

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16 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

PRÊMIODEBENEMÉRITOSDE EDUCAÇÃOFÍSICAREÚNE

AUTORIDADESEPROFISSIONAISEMSÃOPAULO

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Fotos:FábioCaldeira

Caio Luiz de Carvalho, ministro de Esportes e Turismo

Não é possível pensar em construçãoNão é possível pensar em construçãoNão é possível pensar em construçãoNão é possível pensar em construçãoNão é possível pensar em construçãode quadras sem o elementode quadras sem o elementode quadras sem o elementode quadras sem o elementode quadras sem o elemento

humano, é a mesma coisa que terhumano, é a mesma coisa que terhumano, é a mesma coisa que terhumano, é a mesma coisa que terhumano, é a mesma coisa que terum hospital sem médicoum hospital sem médicoum hospital sem médicoum hospital sem médicoum hospital sem médico�

�Flavio Delmanto, presidente do CREF4/SP

Homenageamos a todos que nãoHomenageamos a todos que nãoHomenageamos a todos que nãoHomenageamos a todos que nãoHomenageamos a todos que nãomediram esforços para dar à Educaçãomediram esforços para dar à Educaçãomediram esforços para dar à Educaçãomediram esforços para dar à Educaçãomediram esforços para dar à Educação

Física um sentido maiorFísica um sentido maiorFísica um sentido maiorFísica um sentido maiorFísica um sentido maior� �16 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

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17REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

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O Prêmio CREF4/SP de Benemérito de Educação Física,realizado no dia 9 de dezembro pelo Conselho Regional de Educa-ção Física do Estado de São Paulo – 4a Região, homenageou osprofissionais paulistas que, com seu trabalho, determinação eforça de vontade contribuíram e têm contribuído para o engrande-cimento da profissão. Em seu discurso, Flavio Delmanto, presi-dente do CREF4/SP, disse que a intenção do prêmio é prestarhomenagens a todos que não mediram esforços para dar à Educa-ção Física um sentido maior e destacado entre as profissões deresponsabilidade e credibilidade do País.

Entre os convidados estavam Caio Luiz de Carvalho, mi-nistro de Esportes e Turismo, Antonio Carlos Pereira, diretor deProgramas Sociais do Ministério de Esporte e Turismo, represen-tando Lars Grael, secretário Nacional de Esportes, Luciana Te-mer Castelo Branco, secretária de Estado de Juventude, Esporte,Lazer e Recreação, Nadia Campeão, secretária Municipal deEsporte, Fabio Kalil Saba, secretário-adjunto da Educação, re-presentando Gabriel Chalita, secretário de Estado da Educação,e Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de EducaçãoFísica - CONFEF.

Para o ministro Caio de Carvalho, que sempre destacou aimportância do profissional de Educação Física quanto a sua for-mação e à saúde da população dos grandes centros em seus depo-imentos, discursos e nas propagandas que estão sendo veicula-das atualmente na Televisão, o evento deve servir de referênciapara os jovens professores de Educação Física. “Muitas pessoascriticam o passado, mas se esquecem que se não fossem essespioneiros, mal teriam chegado até aqui”.

O ministro salientou que é fundamental, em um País comoo nosso, de 170 milhões de habitantes, o trabalho com o esporte,não somente sob o ponto de vista do alto rendimento, que tambémé importante, mas o esporte de base, o Esporte Escolar e o EsporteSolidário, que são projetos iniciados no governo FHC e que esperatenham continuidade. “Não é possível pensar em construção dequadras sem o elemento humano, é a mesma coisa que ter umhospital sem médico”.

Antônio Carlos Pereira aproveitou a ocasião para enaltecero trabalho e a dedicação do ministro e o empenho de Lars Grael,secretário Nacional de Esportes, no que se refere à EducaçãoFísica. Quanto aos homenageados, completou: “Alguns dos pro-fessores que me deram este legado, como o Prof. Godofredo JoséCassati Júnior e o Prof. Antônio Boaventura da Silva, podem tercerteza de que aprendi os rumos da ética, da transparência, dahonestidade e da conduta e que este seu aluno não faltou com adignidade e a honestidade nessa profissão. É uma honra ser inclu-ído em uma homenagem em que as figuras mais importantes fo-ram aquelas que nortearam a nossa profissão”.

Nadia Campeão, Luciana Temer e Fabio Saba, aproveita-ram a oportunidade e anteciparam alguns projetos para 2003.Nádia anunciou que a Prefeitura de São Paulo está estudando,através da Secretaria de Esporte, a possibilidade de candidatar acidade de São Paulo para sediar os Jogos Olímpicos de 2012.Luciana contou que o Governo do Estado lançou o concurso naci-onal de arquitetos para reformulação do Ginásio do Ibirapuera. E,Fabio Saba informou que já começou e terá continuidade nopróximo ano, o Fórum de Capacitação do Professor de EducaçãoFísica. “São 9.980 professores da rede estadual que estão pas-sando por um processo de atualização de métodos - que acompa-nham o que já vinha acontecendo - mas em cima do que acredi-tamos como elemento de participação desses alunos de Educa-ção Física Escolar”, completou.

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Luciana Temer Castelo Branco, secretária de Estadoda Juventude, Esporte, Lazer e Recreação

Nadia Campeão, secretária Municipal de Esporte

Fabio Kalil Saba, secretário-adjunto da Educação

Jorge Steinhilber, presidente do CONFEF

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18 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

OPRÊMIO Os troféus do Prêmio CREF4/SP de Benemérito de Educação

Física foram elaborados por 40 crianças de 4 a 5 anos do Centro deEducação Infantil Municipal Tancredo Neves, no Jardim Ângela - ZonaSul de São Paulo. Sob a orientação do artista instrutor Alex Cerveny doArte-Educador Lourenço José Pereira, as crianças participaram dasOficinas de Criatividade e Modelagem em Argila, sob o tema Esporte,visitando exposições de artes monitoradas, direcionadas à escultura.Os troféus foram finalizados no processo milenar de cera perdida efundidos em bronze, conferindo-lhes caráter de peça única. A realiza-ção das esculturas contou ainda com a colaboração da equipe BrasilConnects e dos assistentes de desenvolvimento infantil do Centro deEducação Infantil - CEI. Esta colaboração mútua resulta na doação deuma biblioteca infantil para os escultores mirins.

O Prof. Antônio Boaventura da Silva foi o grande homenageado datarde. A maioria dos professores e profissionais que foi premiada disseque o exemplo que recebeu, enquanto estudante, veio do austero pro-fessor Boaventura. Emocionado por ser lembrado e ter a oportunidadede rever alunos e colegas, o professor, em seu discurso, proferiu asseguintes palavras:

“Senhores ex-alunos, é um grande prazer a oportunidade que opresidente do Conselho nos oferece de estarmos aqui e rever tantagente que já esteve junta nas escolas deste País. Vocês nem imaginamo quanto isso vai me ajudar a viver um pouco mais. Eu peço a Deus queme aqueça a voz para eu poder dizer alguma coisa a mais que eu achoque os senhores precisam ouvir. A manifestação de carinho de vocês começou há muito tempo, porque hámuito tempo vocês vêm batalhando para educar. Pensamos em mudar o sentido de instruir, aproveitando asoportunidades surgidas nas escolas e nos centros esportivos para educar. Eu não vou me alongar muito, masquero insistir neste particular, senhores, porque há certas palavras que a gente não pode desprezar quandofala em educar. Uma delas é disciplina. Onde não existe disciplina, dificilmente existe educação. Tambémnão podemos nos esquecer da palavra atitude, que é o que este País ainda precisa aprender a assumir. Aatitude se aprende na escola. É na escola, com os garotos, que nós vamos ter de ajudar este País, porque semisso, sem essa qualidade, nós não vamos nos ajudar, porque sem atitude não teremos confiança, outrapalavra importante. A confiança tem de existir desde o lar, o que já está difícil de consolidar, mas énecessária e indispensável. E, para terminar, não podemos esquecer da liderança, que é o que este País estáprecisando. Precisamos de seres humanos que possam associar a parte humana à parte administrativa econduzir, desta maneira, os desígnios deste País, que é tremendamente e excepcionalmente rico, e que estáprecisando de educação, disciplina, solidariedade e responsabilidade. Muito obrigado”.

BOAVENTURA: UM EXEMPLOPARA TODOS

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“O País está preci-sando de disciplina,solidariedade e res-ponsabilidade”

Flávio Delmanto entrega prêmio ao professor

18 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

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HOMENAGEADOSCONTAMSUAHISTÓRIA

Os profissionais e professores de Educação Física que receberam o Prêmio CREF4/SP de Beneméri-Os profissionais e professores de Educação Física que receberam o Prêmio CREF4/SP de Beneméri-Os profissionais e professores de Educação Física que receberam o Prêmio CREF4/SP de Beneméri-Os profissionais e professores de Educação Física que receberam o Prêmio CREF4/SP de Beneméri-Os profissionais e professores de Educação Física que receberam o Prêmio CREF4/SP de Beneméri-to de Educação Física, contam um pouco de sua vida, a quem dedicaram seus troféus e quanto se sen-to de Educação Física, contam um pouco de sua vida, a quem dedicaram seus troféus e quanto se sen-to de Educação Física, contam um pouco de sua vida, a quem dedicaram seus troféus e quanto se sen-to de Educação Física, contam um pouco de sua vida, a quem dedicaram seus troféus e quanto se sen-to de Educação Física, contam um pouco de sua vida, a quem dedicaram seus troféus e quanto se sen-tem orgulhosos de terem ajudado, de alguma forma, a consagrar a Educação Física como uma profis-tem orgulhosos de terem ajudado, de alguma forma, a consagrar a Educação Física como uma profis-tem orgulhosos de terem ajudado, de alguma forma, a consagrar a Educação Física como uma profis-tem orgulhosos de terem ajudado, de alguma forma, a consagrar a Educação Física como uma profis-tem orgulhosos de terem ajudado, de alguma forma, a consagrar a Educação Física como uma profis-

são regulamentada. A seguirsão regulamentada. A seguirsão regulamentada. A seguirsão regulamentada. A seguirsão regulamentada. A seguir, conheça um pouco sobre as pessoas que fazem parte da história da Edu-, conheça um pouco sobre as pessoas que fazem parte da história da Edu-, conheça um pouco sobre as pessoas que fazem parte da história da Edu-, conheça um pouco sobre as pessoas que fazem parte da história da Edu-, conheça um pouco sobre as pessoas que fazem parte da história da Edu-cação Física cação Física cação Física cação Física cação Física do Estado do Estado do Estado do Estado do Estado de São Paulode São Paulode São Paulode São Paulode São Paulo

No primeiro ano de Educação Física, em 1952,o professor Walter Giro GiordanoWalter Giro GiordanoWalter Giro GiordanoWalter Giro GiordanoWalter Giro Giordano recebeu a mis-são de levar 3 mil alunos de São Paulo para o Rio deJaneiro. Para um primeiro-anista ele conta que sesaiu muito bem e que, de lá para cá, sempre traba-lhou em prol da Educação Física. Lecionou no ensinoparticular, ensino oficial de São Paulo, na Prefeiturado Município de São Paulo, nas faculdades de Edu-cação Física de Santo André e de Guarulhos, naSecretaria Estadual de Esportes e foi secretário-exe-cutivo do Conselho Regional de Esportes.

Quanto à regulamentação da profissão, contaque foi conseguida a duras penas. A primeira tenta-tiva foi feita quando era presidente da Associação

dos Professores de Educação Física do Estado de SãoPaulo e presidente da Federação Brasileira de Associa-ções. Isso significou uma viagem pelo Brasil inteiro paraque aquele Projeto de Lei fosse realmente o fruto de umtrabalho nacional e não regional de São Paulo, Rio deJaneiro ou Minas Gerais. Na ocasião, o Brasil inteiro semanifestou. Todas as APEFs levaram a questão da regula-mentação para seus Estados, para que lá elaborassem, emreuniões ou assembléias, um Projeto de Lei que traduzisseo anseio de cada uma das regiões do País e, posteriormen-te, trouxessem-no de volta. Assim foi feito. Foram deze-nas de viagens e um trabalho perene de lobby no Congres-so Nacional, junto com João Bastos, deputado e professorde Educação Física da região de Cruzeiro. Giordano contaque estiveram em todas as lideranças, inclusive no Gabi-nete da Casa Civil, do então Ministro Marco Maciel, econseguiram uma aprovação. Mas, nos últimos dias deseu governo, o presidente José Sarney vetou totalmente oProjeto, com o parecer do Ministério do Trabalho. Feliz-mente, segundo Giordano, outras pessoas levantaram abandeira novamente e hoje a regulamentação esta aí eninguém a contesta mais, pois é firme e irreversível.

Por essas e outras o professor Giordano dedica seuprêmio a todos aqueles colegas que batalharam com elena primeira tentativa da regulamentação da profissão e aoConselho Regional de Educação Física do Estado de SãoPaulo, que se instalou às próprias custas, sem nenhumauxílio oficial. Lembra que no começo havia só uma funci-onária, Isabel Gertrudes Pinto, e que agora já são 25 funci-onários. Receber esta homenagem, para ele, é perceber oreconhecimento das pessoas próximas e saber que fezalguma coisa importante para a Educação Física.

“Se o profissionalrecém-formado seempenhar realmen-te no trabalho queele deve desenvol-ver como professor,sem dúvida terá umacarreira de sucesso”

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Nascido em São José do Rio Pardo, o pro-fessor Nuno Cobra RibeiroNuno Cobra RibeiroNuno Cobra RibeiroNuno Cobra RibeiroNuno Cobra Ribeiro, que teve a oportuni-dade de trabalhar, por mais de 10 anos, com opiloto Airton Senna, é formado pela Escola deEducação Física de São Carlos, pós-graduado pelaUniversidade de São Paulo, professor de Qualida-de de Vida na Área de Recursos Humanos doPrograma de Educação Continuada em Adminis-tração para Executivos – USP-MBA e consultor deQualidade de Vida Individual em Empresas. Commais 40 anos de atividade, é conhecido e admira-do no Brasil e no Mundo pelas atividades comatletas profissionais, empresários, deficientes fí-sicos, presidiários e alunos de escolas públicas.

Seu trabalho tem como base a reconquista do corpotanto pelo aprimoramento físico quanto mental. Foi umdos primeiros a tratar de conceitos que a psicologiamoderna coloca no centro de seus estudos, como ainteligência emocional.

“O que antes pare-cia impossível torna-se possível quandoalguém se senteapto a transpor to-dos os obstáculos,conhecendo a suaverdadeira grande-za interior”

Para o bi-campeão mundial de Basquete,medalista de bronze nas olimpíadas de 60 e 64,e comentarista esportivo, professor WlamirWlamirWlamirWlamirWlamirMarquesMarquesMarquesMarquesMarques, receber o troféu de benemérito é muitoemocionante por ser a primeira vez que é home-nageado como professor de Educação Física. Em1971, quando tinha 34 anos e estava parando dejogar Basquetebol, conheceu o médico Dr.Luciano Teobaldo, que sugeriu que fizesse facul-dade de Educação Física, o que considerou inte-ressante e acabou se inscrevendo no curso deEducação Física da FEFISA. Ele conta que foi umaluno espetacular porque se agarrou ao cursocom fanatismo, pois achava que seu futuro esta-

va ali. Depois de formado, em 1973, sempre colocou aprofissão acima de qualquer valor que pudesse rece-ber como técnico ou qualquer coisa relacionada aoBasquetebol. Chegou a ser professor do Colégio SãoLuiz durante 15 anos e está na FEFISA há 28 anos.

A exemplo do professor Boaventura, disse que serhomenageado vai ajudá-lo a viver mais, pois irá contri-buir para se esforçar para ganhar outros prêmios.

“Do basquete eunão quero maisnada, já ganheimuito. Mas achoque estou come-çando a carreiraagora, com estahomenagem”

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20 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

Ex-técnico da Seleção Brasileira de Volei-bol, entre 1992 e 1996, e atual técnico do BCN deOsasco, o microempresário e professor José José José José JoséRoberto Lages GuimarãesRoberto Lages GuimarãesRoberto Lages GuimarãesRoberto Lages GuimarãesRoberto Lages Guimarães possui um Centro deTreinamento Esportivo em Barueri. Contra a vonta-de de sua mãe que fazia gosto que seu filho fossemédico ou engenheiro, José Roberto optou pelaEducação Física por dois motivos. O primeiro foipara continuar jogando voleibol e o segundo porenxergar um pouco mais à frente e achar que aEducação Física, em um futuro próximo, teria umdestaque na sociedade brasileira e mundial. Paraele, houve uma transformação no mundo em ter-mos de saúde, cuidado com o corpo e com a mente.

As pessoas começaram a procurar o profissional de Edu-cação Física para poder ter alguma atividade e o Brasildeu um salto de qualidade em todos os sentidos.

Em relação à regulamentação, ele acha que veio emboa hora e que foi um grande passo, pois o maior problemaque percebia era que muitos trabalhavam com a saúde daspessoas sem serem aptos para isso. Alguns com criançase pessoas de mais idade, como personal trainner, massem a menor base. Segundo ele, a regulamentação veiopara dar um basta a essa situação. Hoje, quem quisertrabalhar com Educação Física ou coordenar um Centro deTreinamento, seja de tênis, de futebol ou de bocha, vai terde ser inscrito no Conselho e estar de acordo com a lei.

Como homenageado, sente-se honrado por ser umdos propagadores da regulamentação e da seriedade doprofissional de Educação Física. Por tudo que aconte-ceu na sua vida, agradece, em especial, a sua mulher,Alcione Aparecida Araújo, não só como técnico e pro-fissional, mas também como pessoa.

“Posso não vencer,mas vou sempre fa-zer o melhor possí-vel e com o coração”

“Todo professor de Educação Física é umeducador”. É assim que pensa o coronel da PM eprofessor Nestor Soares Públio Nestor Soares Públio Nestor Soares Públio Nestor Soares Públio Nestor Soares Públio. Nascido no In-terior de São José do Rio Preto e filho desemianalfabetos, o professor veio para São Paulo,entrou na PM e, em 1959, saiu como tenente. De-pois, cursou Educação Física e acabou sendo pro-fessor da Escola de Educação Física. Quando co-nheceu o professor Boaventura, foi para a Federa-ção Paulista de Ginástica e para a Universidade deSão Paulo. Especialista em ginástica olímpica, hojeaposentado, teve a honra de presidir o Conselho deGinástica e ser assessor da Confederação Brasilei-ra de Esportes. Acredita que seu grande mérito foi

ter sido juiz de Ginástica Olímpica nos Jogos Olímpicosde Moscou. Toda sua experiência está relatada em umlivro, baseado em uma pesquisa de mais de 20 anos,chamado a Evolução Histórica da Ginástica Olímpica, jápublicado, no qual fala da Ginástica Olímpica Internaci-onal, da Educação Física no País, dos Jogos Olímpicos,Campeonatos Mundiais etc. Foi também coordenador deEducação Física da UNIBAN.

Como educador, sente-se honrado por ser premiadoe ressalta que aprendeu muito com os professores AntonioBoaventura da Silva e Augusto Disselo.

Para ele, a regulamentação é muito importante por-que está sendo reconhecido o verdadeiro valor do professorde Educação Física, que hoje é o profissional de EducaçãoFísica. Sem uma boa orientação da saúde, de como cuidardo próprio corpo, todos irão à falência.

“Além de um pro-fissional de Educa-ção Física é preci-so ser um educa-dor. É na escolaque vamos formara base do políticode amanhã”

Atualmente voltado para projetos sociais, oprofessor Hudson V Hudson V Hudson V Hudson V Hudson Ventura Tentura Tentura Tentura Tentura Teixeiraeixeiraeixeiraeixeiraeixeira colaboracomo conselheiro para o CREF4/SP e para a ACM.Como conselheiro de Estado, participou do governoCovas e no começo do governo Alckmin. Durante43 anos trabalhou como professor de Educação Fí-sica no Colégio Arquidiocesano, onde chegou a serdiretor. Trabalhou em várias escolas particulares,foi pesquisador, escreveu alguns livros de Pedago-gia da Educação Física e vendeu uma obra para oMinistério de Educação e Cultura: um livro de didá-tica para professores. Foi presidente da APEF e umdos diretores da FBAPEF, quando começou o movi-mento da regulamentação. Trabalhou também como

técnico, personal trainner e teve uma academia de ginás-tica e natação. Seu grande sonho é ter uma ONG forte,com a participação popular, pois sua maior preocupaçãoé a qualidade de vida e cidadania.

Assim que leu alguns trabalhos do professor JoséMaria de Camargo Barros, hoje vice-presidente do CREF4/SP, entendeu que toda profissão precisava de umorganizador, e que a organização só se concretizaria como Conselho Federal, que seria o responsável por estabe-lecer limites e divisas de ocupação profissional. Daí aimportância da regulamentação da profissão de Educa-ção Física, movimento que participou ativamente.

Apesar de não esperar ser homenageado, con-cluiu que realmente procurou fazer o melhor pela profis-são e, assim como os demais, alegra-se com esseprêmio, não por vaidade, mas para poder servir de espe-lho para que os próximos caminhem e saltem mais altoque ele e sua geração.

“Os profissionais deEducação Física pre-cisam ter consciênciado que é ter uma pro-fissão regulamenta-da e quais são suasobrigações técnicas,éticas e morais”

O professor José Astolphi José Astolphi José Astolphi José Astolphi José Astolphi, atualmente apo-sentado, sempre foi militante do Departamentode Educação Física e Esportes, que mais tarde foitransformado em Secretaria de Esportes e Turis-mo. Nesse local passou por todos os cargos. Foidiretor de Recreação e da Divisão de Esportes ecoordenador de Esportes do Estado de São Paulodurante 3 anos, em duas oportunidades diferen-tes. Foi árbitro de Futebol e de Basquetebol.

Segundo ele, a Educação Física sofreu umasérie de cortes nas escolas e nos clubes e o níveldos profissionais que trabalhavam com esportecaiu muito. Porém, com o CREF4/SP e a atuaçãoda Fiscalização, esse nível está melhorando, o

que favorece o esporte e a Educação Física na escola.O professor ficou feliz por ser homenageado e

afirmou, modestamente, que só fez o que sua posiçãoe seus cargos o obrigaram. No entanto, disse ser hon-roso para qualquer cidadão saber que ainda se lem-bram de quem passou pela Educação Física e quereconhecem aquilo que se procurou fazer. Neste dia,emocionado, lembrou-se de seu pai, Segundo Astolphi,um cidadão simples de Birigui que o encaminhou parao esporte e que, com grande sacrifício financeiro, fezcom que estudasse.

“Aqueles que que-rem ingressar naEducação Físicaprecisam se dedicarà profissão como seela fosse um sacer-dócio”

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Durante 20 anos, o professor GodofredoGodofredoGodofredoGodofredoGodofredoJosé Cassati JúniorJosé Cassati JúniorJosé Cassati JúniorJosé Cassati JúniorJosé Cassati Júnior foi diretor de faculdade. Tra-balhou em alguns colégios e depois passou para aárea de esportes. Chegou a ser técnico de Handebolda Seleção Paulista, Seleção Brasileira e presiden-te da Federação Paulista de Handebol. Foi preparadorfísico do Santos Futebol e hoje é coordenador deEsportes da Faculdade de Engenharia Industrial deSão Bernardo do Campo, onde trabalha com noveestagiários de Educação Física.

Considera a regulamentação fundamental, poisna época em que começou, há 47 anos, havia muitoleigo trabalhando. Agora a profissão está mais valo-rizada e quem está começando já está inserido posi-

tivamente no mercado de trabalho.Para ele receber esta homenagem é muito importan-

te, pois se sente prestigiado como profissional de Educa-ção Física. Entre aqueles a quem dedica seu prêmio estásua mulher, Filomena Vasques Cassati, que sempre o apoioue incentivou, seus pais, que já faleceram, e seus filhos,que direta ou indiretamente seguem a profissão.

“O Conselho Regi-onal de São Pauloé um incentivo paraquem está em dúvi-da sobre a profis-são. Então, esclare-ça-se logo e façaEducação Física”

A professora Norma de OliveiraNorma de OliveiraNorma de OliveiraNorma de OliveiraNorma de Oliveira, ex-joga-dora da Seleção Brasileira de Basquetebol, nasdécadas de 60 e 80, durante 20 anos, é argentinanaturalizada brasileira, e possui títulos mundiais,nacionais e estaduais. Foi epta campeã Sul-Ame-ricana, vice-campeã Sul-Americana, participou dequatro Pan-Americanos, é bi-campeã Panamericana,participou de quatro mundiais, tem todas ascomendas brasileiras nacionais e estaduais e foiconsiderada a melhor jogadora do mundo por duasvezes, uma no Peru e outra na Colômbia. Atual-mente é professora de Educação Física, formadapela Federal do Rio de Janeiro, docente nas disci-plinas de basquetebol e ginástica especial na

UniFMU há 15 anos e responsável pelas atividades com-plementares da faculdade. Há dois anos, foi consideradauma das melhores atletas do Século XX.

No início da regulamentação da profissão,Norminha, como é carinhosamente chamada, foiorientadora do CREF4/SP e avaliou algumas academiasem São Paulo. Para ela, a regulamentação veio em umahora muito importante, pois nas academias havia pesso-as sem gabarito, sem formação, sem condição e semcapacitação profissional, tomando atitudes muito gravesno que diz respeito aos alunos.

Quanto à premiação, ficou muito contente por tersido lembrada pelas suas realizações e amor que dedicaao Brasil. Como atleta, como pessoa e profissional con-sidera o esporte importante, porque ajuda a fazer amiza-des. Aproveitou a oportunidade para homenagear sua mãe,Amélia Oliveira, que sempre a incentivou, e o professorJuvenal Soares e sua esposa, Dona Rudyl Soares, paraela os responsáveis por ser considerada uma profissio-nal de alto nível.

“Todos nós temos deter consciência éticapara levar a nossaprofissão em frente,auxiliando o CREF4/SP, através de de-núncias, para queele possa ir atrás deirregularidades”

O voleibol levou o professor Hélio JoséHélio JoséHélio JoséHélio JoséHélio JoséMaffiaMaffiaMaffiaMaffiaMaffia, natural de Jundiaí, a se formar pela Fa-culdade de Educação Física de São Carlos, em1955. No entanto, foi como preparador físico degrandes clubes de futebol de campo, que ele con-quistou títulos importantes. Foi bi-campeãopaulista pelo São Paulo Futebol Clube. Durante 7anos no Palmeiras, conquistou três vezes o cam-peonato Paulista e uma vez o Brasileiro (1973).Participou também da Seleção Brasileira, de 1975a 1978, e em seguida, foi campeão brasileiro como Guarani de Campinas e bi-campeão paulistapelo Corinthians. Como atleta da Seleção Paulistade Voleibol, foi vice-campeão brasileiro e cam-

peão de vários Jogos Abertos do Interior pela cidade deJundiaí. No início da carreira lecionou no Instituto deEducação de Jundiaí e no SENAI. Fora dos campos,implantou a Escola Superior de Educação Física deJundiaí, onde foi professor de futebol, vice-diretor ediretor. Foi também um dos fundadores da AssociaçãoBrasileira dos Treinadores do Rio de Janeiro e de SãoPaulo, do Sindicato dos Treinadores Profissionais doEstado de São Paulo e do Panathlon de Jundiaí. Hoje écolaborador do Panathlon do Brasil e continua a dedicar-se aos conselhos de todas as áreas sociais e esporti-vas de Jundiaí.

Maffia participou de todas as discussões sobre aregulamentação, realizadas em Brasília, e acredita queseja preciso lutar para que os leigos não assumam aposição dos profissionais formados e registrados. Emcontrapartida, acredita que é preciso ter bons formadoresprofissionais, o que pode ser conseguido com a melhoriada qualidade das Instituições de Ensino Superior.

Quanto à homenagem, considera ser um reconhe-cimento a seu trabalho e espera que a premiação sirvade incentivo para que outros se esforcem também paraconseguí-la.

“É importante estarsempre se atuali-zando, ter uma pos-tura profissional euma orientaçãoeducacional ade-quada para os seusdirigidos. A Educa-ção Física está evo-luindo muito rápido”

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O professor Pedro Stucchi SobrinhoPedro Stucchi SobrinhoPedro Stucchi SobrinhoPedro Stucchi SobrinhoPedro Stucchi Sobrinho, nas-cido em Capivari, sempre teve uma atração poresporte, tanto que estragava logo seus sapatos parapoder colocar ferraduras nas solas e jogar futebolcom eles, afinal seus pais se negavam a comprarbotinas de futebol adequadas. Mas foi depois defazer um ano de Politécnica e ter passado para ocurso Educação Física, da USP, que começou suavida desportiva. Inicialmente, lecionava em SãoPaulo. Depois foi para Pirajaí, Capivari e Campi-nas, onde deu aula na escola Culto à Ciência. Comoprofessor, tinha de saber sobre todas as modalida-des esportivas e, junto com amigos e parceiros,formava equipes para participar de campeonatos

colegiais nas cidades vizinhas e em outros Estados. Suaespecialidade, como atleta, era o voleibol e, depois, aginástica olímpica.

Quanto à profissão, Stucchi comenta que, comomuitas pessoas não se especializam, a regulamentaçãoé importante e necessária para que o Brasil possa seequiparar a outros países.

“Quando se está no Interior, fica-se restrito a umcerto grupo que conhece todas as suas ações, por issosinto-me honrado diante desta homenagem na Capital,porque alguém, mais distante, conhece e se lembrou domeu trabalho”.

“Antes de ser pro-fissional é precisoser um praticantede esporte”

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O professor João Gualberto PiresJoão Gualberto PiresJoão Gualberto PiresJoão Gualberto PiresJoão Gualberto Pires está naárea de Educação Física desde seu tempo de atletaamador e profissional de Futebol de Campo, entre1951 e 1970, quando fez parte das equipes do Clubede Regatas Vasco da Gama (RJ), do São PauloFutebol Clube (SP) e do Esporte Clube Noroeste(Bauru), onde também exerceu a função depreparador físico e técnico. Em 1969 formou-se emEducação Física e vem atuando desde 1970 comoprofessor da área, inicialmente no SENAI e, de1970 a 1977, na Instituição Toledo de Ensino (ITE).Concluiu seu mestrado em 1994 na área de Filo-sofia da Educação pela UNIMEP. Para ele, suamaior contribuição foi com projetos que utilizavam

o futebol como meio de educação. Atualmente, ofereceaulas gratuitas, aos sábados, para cerca de130 crianças,que pertencem ao Projeto SACI: Brincando e Jogando –Priorizando Saúde e Cidadania. Trabalha também na UNESP,no Projeto: Educando Pelo Lazer.

Para João a Educação Física deve ser valorizada eexercida por profissionais competentes e registrados noConselho. Ele acha que no começo vai ser difícil para oCREF4/SP fiscalizar e exigir a presença de profissionaisem todo o mercado de trabalho, mas acredita que emmédio prazo seja possível atingir os objetivos propostos.

Ficou muito emocionado com o recebimento do Prê-mio, pois foi lembrado e destacado entre poucos no Estadode São Paulo. Professor desde 1970, sentiu seu trabalhorecompensado, está contente e envaidecido. Aproveitoupara lembrar que sempre se espelhou na linha de condutado professor Boaventura. Mesmo não tendo sido seu aluno,dele seguiu a educação com disciplina, ordem e noções delimite, coisas que em sua opinião, faltam na EducaçãoFísica atual.

“O professor deEducação Física temde ter consciênciade que ele conse-gue formar o ser hu-mano como umtodo, tanto no soci-al e afetivo quantono cognitivo. Umprofissional consci-ente desse alcancevai ser o mais queri-do dos profissio-nais, pois estaráagindo e tomando ainiciativa na forma-ção da juventude”

Nascido em Itapira, o professor José deJosé deJosé deJosé deJosé deOliveira Barretto SobrinhoOliveira Barretto SobrinhoOliveira Barretto SobrinhoOliveira Barretto SobrinhoOliveira Barretto Sobrinho é um exemplo parasua comunidade, pois, com 67 anos, disputa ocampeonato master no Regional de Natação; pra-tica corrida e, por causa de seus feitos comoprofessor de Educação Física, a cidade é consi-derada modelo de esporte comunitário. Formadoem 1958 na Escola Nacional de Educação Físicae Desportos da Universidade do Brasil, no Riode Janeiro, trabalhou com crianças da Favela doLeme, com os excepcionais da SociedadePestalozzi do Brasil e na Fundação Romão Duarte.Fez o curso de Massagem Desportiva e especia-lização em Técnica em Natação na USP. Passou

pelo Clube Atlético Paulistano e pelos 60 deficientesfísicos do Lar Escola São Francisco. Em Itapira, em1962, ingressou no magistério secundário e normal edeu início à implantação de programas inovadores nacidade, como a Olimpíada Estudantil, OlimpíadaIntercolegial, atividades de Campismo, Acampamen-to Educativo, Intercâmbio Desportivo com escolas eclubes da Capital e de outras cidades. Também fez otradicional concurso Desportista do Ano, que avaliaos alunos em todos os aspectos, o 1o. Passeio deBicicleta a Mogi Mirim, que está em sua 32a edição,bem como caminhadas com fundo beneficente — 11a

Caminhada da Integração (42 km). Segundo ele, a Edu-cação Física mobilizava e integrava a escola com acomunidade, proporcionando o surgimento de grandestalentos. Atuou ainda na Fundação Espírita AméricoBairral e na Clínica de Repouso Santa Fé. Sua experi-ência com excepcionais fez com que, ineditamente,em 1975, como professor de Educação Física, apre-sentasse trabalhos em Congressos Nacionais de Psi-quiatria, Neurologia e Higiene Mental. Hoje é coorde-nador da área de Educação Física do Colégio Anglo deItapira, onde também atuou como professor, é personaltrainner e mantém um curso de Educação Física Infan-til – Formação Integral de várias turmas, com preocu-pação educativa -, e de condicionamento físico e prá-tica esportiva para adultos de 30 a 60 anos. Tem asatisfação de ver mais de 100 alunos formados emItapira espalhados pelo Estado, profissionais compe-tentes e alguns de reconhecimento nacional, seja napolítica ou em instituições. Diz que todo dia apareceum aluno diferente para relembrar os bons momentosdos feitos de sua profissão.

Sobre a regulamentação, diz que é um passo bas-tante significativo para o professor de Educação Físicaser mais valorizado dentro da sociedade e ter direitosreservados como profissional, principalmente nas aca-demias. A homenagem da Capital, para ele, é um estí-mulo recompensador.

Aproveitou a oportunidade para ressaltar a influ-ência do professor Boaventura em sua vida profissionale também de sua esposa, Zuma Claudete Duarte Barretto,que sempre soube aceitar a existência da amante Edu-cação Física em suas vidas.

“O professor de Edu-cação Física é privi-legiado, mas tem desaber utilizar ade-quadamente osmeios de que dispõepara a formação in-tegral do ser huma-no, atuando comperseverança e efi-ciência na área deeducação e saúde”

Além da vida esportiva intensa, o professorSilvio Silva Sampaio Silvio Silva Sampaio Silvio Silva Sampaio Silvio Silva Sampaio Silvio Silva Sampaio está há 35 anos no ensinoacadêmico, tanto no fundamental e médio quantono universitário. Foi diretor, durante 10 anos, doColégio Alarico Silveira, do Sindicato dos AtletasProfissionais, da Associação dos Professores deEducação Física - APEF, e da Associação dos Trei-nadores de São Paulo. Foi diretor também de facul-dades como a de São Carlos, de Jundiaí, FEC doABC e, atualmente, trabalha no Mackenzie e leci-ona na UniFMU. É também, membro do PanathlonInternacional e benemérito do Rotary Club de SãoPaulo Memorial da América Latina. Atualmente,como conselheiro do CREF4/SP, sabe que pode co-

laborar ainda mais para o benefício da classe.Segundo ele, a regulamentação deveria ter ocorri-

do na época do presidente José Sarney, mas que hoje osprofissionais estão recuperando o tempo perdido e dandoà sociedade um profissional apto, ligado à saúde e dandoao povo brasileiro uma qualidade de vida melhor e maisprofissionalizada.

Surpreso com a homenagem, agradece a Deus,seus familiares e aproveita para homenagear os profes-sores Augusto Esposel, já falecido, e Antonio Boaventurada Silva, que contribuíram para a formação moral e éticaque teve em sua vida acadêmica e que pôde transmitir aseus alunos.

“O próximo deve serrespeitado em to-dos os sentidos,pois o profissionalde Educação Físicalida com seres hu-manos e não commáquinas”

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O professor José Almeida José Almeida José Almeida José Almeida José Almeida, de Ribeirão Preto,não pôde comparecer à premiação, mas ficou muitofeliz de ser lembrado. Formado pela Escola de Educa-ção Física de São Carlos, iniciou suas atividades em 2de agosto de 1952, prestando concurso público e sendoaprovado no Estado e no SENAI. Foi um dos elementosfundamentais na formação da Escola Superior de Educa-ção Física de Bauru, a terceira do Estado de São Paulona época e que hoje pertence à UNESP de Bauru. Foitambém delegado regional da Secretaria de Esportes eTurismo e um dos fundadores da UNAERP, de RibeirãoPreto, onde também foi chefe de departamento, diretor eprofessor das disciplinas de Metodologia da EducaçãoFísica Aplicada à Fisiologia do Esforço, Organização,Atletismo e Handebol. O professor guarda boas recor-dações do tempo em que dava aula e que conseguiaacompanhar o desenvolvimento físico, moral, intelec-tual e profissional de seus alunos.

A carência da profissão em sua época, quanto àregulamentação, era grande e por isso vibrou quando viuo emblema do CREF4/SP no convite que recebeu para ahomenagem. Ele conta que teve a sensação de ver umaluz no fim do túnel para uma profissão que antigamenteera relegada a planos inferiores e que não pode ficarafastada do âmbito educacional.

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A professora Olga de FariaOlga de FariaOlga de FariaOlga de FariaOlga de Faria, conhecida nacidade de Franca como Véia, começou a traba-lhar com Educação Física na década de 60, gra-ças a sua técnica de basquetebol Maria HelenaRosa Barbosa, que a ensinou a lecionar, pois na-quela época não tinha faculdade de Educação Fí-sica na cidade. Trabalhou na escola Jesus MariaJosé, no Ginásio de Franca - a pedido do prefeitoda cidade e no Ginásio de Itirapuã. Quando con-cluiu o curso de Magistério, além de EducaçãoFísica, lecionou a disciplina de Desenho, na Es-cola Industrial Julio Cardoso. Somente em 1970cursou a Faculdade de Educação Física de Batatais,formando-se em 1972 na mesma turma do profes-

sor Hélio Rubens. Fez excelentes cursos ministradospela também benemérita Maria Rodrigues, com quemaprendeu muitos valores esportivos e deu aulas emvárias escolas estaduais da cidade e proximidades,como o Instituto de Educação Torquato Caleiro e a Esco-la Alto Padrão – hoje Objetivo, por 12 anos. Aposentou-se trabalhando no Departamento de Esportes da Prefei-tura de Franca, na área de Recreação. Hoje participados Jogos Abertos e Regionais apenas como convidadae aprecia muito o desempenho dos novos atletas.

Para Olga a regulamentação é um diferencial im-portante para a Educação Física, mas o profissional temde se interessar e se dedicar mais pelo que está fazendo.

Quanto à premiação, adorou o troféu feito pelascrianças e dedicou sua homenagem à amiga e mestreMaria Helena Rosa Barbosa.

“Profissionais, fa-çam tudo o que ti-verem de fazer pelaprofissão, mas comamor”

Há 58 anos no Magistério, a professoraMaria RodriguesMaria RodriguesMaria RodriguesMaria RodriguesMaria Rodrigues, mesmo aposentada pelo Es-tado desde 1982, trabalha na FEFISA de SantoAndré — faculdade que fundou — dando aulasde Educação Física Rítmica. Antigamente tam-bém ensinava História da Educação Física e Edu-cação Física Infantil. Maria sempre viveu emprol da Educação Física. Quando pensa em pararde lecionar, seus alunos e a direção da faculdadepedem para que ela continue, o que faz com pra-zer e dedicação.

Para ela, que participou da APEF e lutoumuito para valorizar a profissão, a regulamenta-ção era o que faltava para o profissional de Edu-

cação Física, pois existem muitas escolas e faculda-des sobre a área e é preciso direcionar e orientar essecontingente de futuros profissionais. “Fiquei surpresa emuito contente em poder participar dessa festa de ho-menagem e, melhor ainda, junto com meus amigos”.

“Nasci para a car-reira de professorade Educação Física”

Antes de ser o atual diretor de ProgramasSociais do Ministério de Esporte e Turismo e par-ticipar da Secretaria de Estado da Juventude, Es-porte e Lazer, Antônio Carlos PereiraAntônio Carlos PereiraAntônio Carlos PereiraAntônio Carlos PereiraAntônio Carlos Pereira é um pro-fissional de Educação Física. Formado na antigaFaculdade de Educação Física de Santos, é umdos responsáveis pelas conquistas da profissãoem âmbito estadual, municipal e federal.

Ao ser homenageado, lembrou de seu pro-fessor, Godofredo José Cassati Júnior e de Antô-nio Boaventura da Silva, e disse que gostaria dededicar o prêmio aos seus companheiros de se-cretaria e de esporte do Estado, que fizeram comque mantivesse a chama da força de vontade e da

decência da profissão.“É uma honra ser in-cluído em uma ho-menagem em que asfiguras mais impor-tantes foram aque-las que nortearam anossa profissão”

“É importante que osprofissionais de Edu-cação Física constru-am dentro de si a sa-bedoria, o conheci-mento e a luz do sa-ber para poder trans-mitir conhecimentoaltruísta e racionaldas coisas”

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CREF4/SPREALIZA SEMINÁRIODE CAPACITAÇÃO

O 1o Seminário de Capacitação dos Gestores Municipais do Esporte,realizado pelo CREF4/SP nos dias 6, 7 e 8 de dezembro de 2002, que teve comoprincipal objetivo, dar suporte técnico aos secretários e equipes engajadas emtransformar o esporte em um verdadeiro instrumento de cidadania, abordou temascomo marketing esportivo e liderança, gestão de espor-te, planejamento estratégico e captação de recursos. “Atroca de experiências a partir de cases de sucesso mos-tra-se como fundamental instrumento de aprendizado”,afirma Flavio Delmanto, presidente do CREF4/SP. “OPrograma desse 1o Seminário conta com pessoas prepa-radas para mostrar como buscar recursos, independenteda mudança do Governo”.

Para Paulo Rogério Jaouiche, coordenador de Es-porte e Lazer do Estado de São Paulo, esse evento é umprojeto inicial de uma parceria com o Conselho Regionalde Educação Física do Estado de São Paulo, que acoordenadoria já pensava desenvolver. “Queremos apre-sentar aos gestores municipais qual o caminho mais fácilpara realizar um evento, tendo a ajuda do Governo doEstado de São Paulo e do Ministério do Esporte e Turismo, e o CREF4/SP está nosajudando a difundir esse trabalho”.

A coordenadoria é procurada por todas as pessoas que têm interesse emfomentar o esporte, tanto para competições esportivas e programas como paracapacitação de profissionais. Jaouiche esclarece que uma das funções da Secretariada Juventude, Esporte e Lazer, a qual a coordenadoria de Esportes e Lazer faz parte,também é prover verbas para que os gestores municipais possam desenvolverprogramas, projetos, eventos ou torneios. Em 2003, a coordenadoria pretende implan-tar um sistema mais direcionado para a liberação de verba, estabelecendo o prazo de75 dias de antecedência para receber um projeto. Apesar de ser um tempo longo, aintenção é garantir que os projetos saiam do papel. Outra medida será a entrega demanuais para que os gestores sigam passo a passo um caminho mais fácil parachegar à secretaria e ter esse auxílio.

Segundo Antônio Carlos Pereira, , , , , diretor de Programas Sociais do Ministé-rio do Esporte e Turismo, que palestrou sobre Programas Sociais do Governo Federal

na Área do Esporte, o coordenador fica muito distante dos municípios porque oEstado é muito grande e os braços da secretaria que existem no Interior são malaproveitados. “Pouca gente sabe que existem 14 delegados de esporte e 52 inspeto-res na sede da Secretaria da Juventude, em 10% dos municípios de São Paulo”.

Pereira esclareceu que a idéia do Seminário émostrar para o Gestor municipal que existe algo que oGoverno Federal está fazendo, que ele têm de julgar se éou não bom para seu município, cobrar da nova adminis-tração, porque é no município onde tudo acontece e des-pertar-lhe o interesse para esses assuntos. Com o Semi-nário, Pereira tem certeza que os gestores vão entrar nosite do ministério (www.met.gov.br) para saber o que vaiacontecer após a mudança do governo e se tem algumamedida que serve para os interesses de seu município.

Conforme o diretor, poucos conhecem os pro-gramas desenvolvidos pelo MET, que são: o Esporte So-lidário, o Projeto Navegar, o Esporte Especial, a VidaAtiva na Terceira Idade, o Esporte de Identidade Cultural,a Rede CENESP, o Esporte de Rendimento, o Esporte na

Escola e o Pintando a Liberdade. Para ele, o Programa Pintando a Liberdade tem decontinuar, mas com uma nova frente. “Hoje, o grande problema da sociedade é odesemprego, então a sugestão é montar, em comunidades carentes, as fábricasdesse programa, com as pessoas que estão do lado de fora das penitenciárias, poiselas terão condição de abastecer a sua comunidade com bolas, redes e outrosmateriais que iriam confeccionar”.

O Seminário contou ainda com a participação de Ricardo Balestreli, coor-denador do Banoc de Recursos Humanos do CAPEC (Centro de Assessoramento aProgramas de Educação para a Cidadania), que falou sobre Violência: Vazio e oEsporte como Resgate da Cidadania; Nilma Garcia Pettengill, coordenadora geral deEsporte Solidário e Educacional do Ministério do Esporte e Turismo, cujo assunto foiPolíticas Públicas na Área do Esporte Social; Roberto Ferreira dos Santos, quepalestrou sobre Esporte na Formação do Cidadão; Dóro Jr., diretor da ZDL Comunica-ção, Projetos Esportivos, Sociais e a Relação com a Mídia; e Carlos de Souza Pinto,diretor da CP Empreendimentos, com o tema Fontes de Recursos para o Esporte.

Fotos:FábioCaldeira

Jaouiche, coordenador de Esporte e Lazer

Delmanto fala sobre a importância da troca de experiências, ao lado de Pereira e Jaouiche

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•••••Esporte Solidário - Esporte Solidário - Esporte Solidário - Esporte Solidário - Esporte Solidário - Programa através do qual qualquer município ou entidade pode celebrarum convênio com o Ministério. No mínimo, o interessado precisa ter um núcleo com 100crianças, fazer 3 modalidades esportivas, ao menos 3 vezes por semana. O MET paga omonitor, o estagiário, fornece reforço alimentar, reforço escolar, dá a vestimenta e omaterial esportivo para as crianças.

•••••Projeto Navegar Projeto Navegar Projeto Navegar Projeto Navegar Projeto Navegar – Criado por Lars Grael, secretário Nacional de Esportes, estabelece que,para um convênio de 5 meses, o MET repassa para a entidade conveniada R$ 170 mil paraatender 160 pessoas, 3 vezes por semana. No primeiro convênio, o MET paga a compra deequipamentos náuticos, um monitor, o estagiário e o uniforme. Em contrapartida, a prefei-tura ou a entidade interessada entra com o reforço, ou seja, um lanche e o transporte dascrianças. Depois, a cada cinco meses, esse valor diminui para R$ 49 mil. A entidadeinteressada tem de participar de licitações.

•••••Esporte Especial Esporte Especial Esporte Especial Esporte Especial Esporte Especial – É um programa igual ao do Esporte Solidário, mas que atende especifica-mente pessoas portadoras de deficiência. O MET capacita o profissional para dar as modalidadesesportivas 3 vezes por semana.

•••••VVVVVida Ativa na Tida Ativa na Tida Ativa na Tida Ativa na Tida Ativa na Terceira Idade erceira Idade erceira Idade erceira Idade erceira Idade – Atende pessoas com mais de 50 anos.•••••Esporte de Identidade Cultural Esporte de Identidade Cultural Esporte de Identidade Cultural Esporte de Identidade Cultural Esporte de Identidade Cultural – O MET gasta, por ano, R$ 1,2 milhão para atender 7 eventos,

dentre eles o de maior significado para a cultura brasileira, que são os Jogos Indígenas. Este ano,o MET assinou convênio com o Estado do Pará e repassou R$ 700 mil para o município de Parapani,realizar os jogos. Vai inaugurar ainda, em Marabá, a primeira aldeia indígena do Esporte Solidário.Neste caso, as 3 modalidades que o Esporte Solidário tem de ter serão conforme a cultura indígena.Os outros 6 eventos, não tiveram a mesma vocação de identidade cultural e de criação nacional queos Jogos Indígenas.

•••••Esporte na Escola Esporte na Escola Esporte na Escola Esporte na Escola Esporte na Escola – Este programa vai levar o esporte para as escolas públicas de ensino fundamentaldo País, beneficiando cerca de 163.368 escolas e 36 milhões de crianças e adolescentes.

•••••Rede CENESP Rede CENESP Rede CENESP Rede CENESP Rede CENESP – Atende basicamente as universidades. São programas altamente técnicos de avaliaçãoe detectação de talento e o dinheiro é liberado para a compra de equipamentos sofisticados para váriasuniversidades do País.

•••••Pintando a Liberdade Pintando a Liberdade Pintando a Liberdade Pintando a Liberdade Pintando a Liberdade – O MET monta uma fábrica de material esportivo dentro das penitenciárias oude instituições com regime fechado, ou seja, para adolescentes em conflito com a lei. O Ministériorepassa uma verba para o presídio, compra todo o maquinário, capacita os presos e eles confecci-onam bolas de vôlei, futebol, futebol de salão, handebol, uniformes, redes e, recentemente, bolascom guizo, para os deficientes visuais.

•••••Esporte de Rendimento Esporte de Rendimento Esporte de Rendimento Esporte de Rendimento Esporte de Rendimento – O Ministério repassa valores para jogos Pan-Americanos, OlimpíadasColegiais e confederações. Faz parte de 80% dos programas, pois é o que tem a maior repercussãona mídia.

O Ministério do Esporte e Turismo desenvolveu nove Programas Sociais que estão dando frutos para asociedade. Muitos desconhecem seu conteúdo, por isso, Antônio Carlos Pereira, explicou cada um deles emsua palestra Programas Sociais do Governo Federal na Área do Esporte.

A partir de 2003 já existe umgrande avanço para o esporte. Se-gundo Antônio Pereira, uma indústriaou uma estatal que tem de pagar deImposto de Renda R$ 1 milhão para oGoverno, pode destinar 1% a um Pro-jeto Esportivo Social. Mas não é paraqualquer projeto. Foi criada uma co-missão de chancela, composta por 2membros do Ministério de Esporte eTurismo, 2 do Ministério da Justiça,2 do Ministério do GabineteInstitucional e 2 do Conanda (Conse-lho da Criança e do Adolescente),para receber esse projeto esportivosocial e estabelecer se ele está aptoa receber recursos. “Se já existir umaempresa que queira patrocinar esseprojeto e a própria pessoa que faz oprojeto já traz a empresa, ela vai ban-car 100% do projeto, mas só vai apli-car 80%, pois 20% vai ficar na caixado Conanda para atender projetoschancelados que não têm patrocínio”.

Recentemente, a assembléiade São Paulo votou uma lei de incen-tivo fiscal para o esporte. “Falta ape-nas o governador sancioná-la”, afir-ma Pereira que considera que não é alei ideal, mas é o primeiro passo.“Já existe uma lei de isenção fiscalpara quem quer importar equipamen-tos esportivos que não tem similari-dade no Brasil, mas poucas pessoassabem disso”.

INCENTIVOFISCAL

Antônio Carlos Pereira

PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNOFEDERAL NA ÁREA DO ESPORTE

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CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

26 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

O tema Violência: Vazio e o Esporte como Resgate da Cidadania,ministrado por Ricardo Balestreli, coordenador do Banoc de Recursos Huma-nos do CAPEC (Centro de Assessoramento a Programas de Educação para aCidadania), chamou a atenção por ser esta a principal preocupação do povobrasileiro. Não que saúde e educação tenham deixado de ser importantes,mas as pessoas perceberam, segundo Balestreli, que sem um mínimo desegurança pública e de controle da violência é impossível ter saúde e educa-ção. “Existe um mito de que a pobreza gera violência, mas não há nenhumfundamento científico nessa afirmação, pois há mais criminalidade nas clas-ses abastadas. Quase 100% das pessoas pobres são, trabalhadoras, éticas eheroicamente honestas”.

Balestreli comenta que a pobreza não gera crime, é ao contrário, ocrime que gera pobreza. E o desemprego também não gera a criminalidade enem violência. O que acontece, para o coordenador, é que onde tem muitacriminalidade, tem muita pobreza, pois os bandidos não permitem nenhumaforma de educação, nem de organização. “Se fossemos fazer uma fórmula,teríamos o seguinte: Violência = injustiça social + consumismo + banalizaçãoda dor + anomia”.

Para explicar um pouco dos componentes dessa fórmula, Balestreliconta que o Brasil é potencialmente um dos 5 países mais ricos da terra,basta analisar a riqueza do subsolo e do solo. Além do mais, possui o maiorparque de biodiversidade do planeta, cientistas vêm dos EUA para estudar omapeamento genético com cientistas paulistas, é um dos poucos países quetem tecnologia para lançar satélites e compete com a tecnologia de ponta doCanadá. “Vivemos em um País rico e fabulosamente injusto, onde uma peque-na faixa da população possui um grande poder de consumo e quase suatotalidade sem poder de consumir nada”.

Outro aspecto interessante é que, no Brasil, acontecem 40 mil homi-cídios/ano, crianças passam fome e idosos são maltratados. Com tudo isso,quase todo humorismo brasileiro ainda simboliza essa violência e a tornauma comédia. “Se o maior herói da juventude planetária, segundo pesquisas,é o Exterminador do Futuro, o que podemos esperar em termos de construçãode uma cultura de cidadania?”, indaga Balestreli.

Aliado a tudo isso existe ainda a falta de autoridade, presença esignificatividade dos adultos na vida dos jovens. Essa anomia gera o vazioexistencial, a sensação de não pertencer, e é aí que o esporte surge como umamaneira magnífica de propor pertinência a essa criança e adolescente, issose não for visto como ocupação do tempo ocioso.

Conforme Balestreli, o esporte tem de assumir a sua causa educativa.Deve-se ter clareza de que não se trata de uma maneira de ocupar o tempo daspessoas, nem uma mera atividade voltada exclusivamente ao corpo, ou àconstrução de uma imagem estética. Ele é uma atividade educativa quepropicia um desenvolvimento da saúde corporal, mas também da saúde moraldas pessoas, porque no esporte existe a oportunidade de educar as pessoaspara regras, para trabalho em equipe, para respeito ao outro, para todosaqueles elementos que compõem um trabalho solidário. “Se o professor deEducação Física sabe disso, vai ter uma auto-estima elevada e vai se darconta de que é um grande operador de transformações sociais. Ele é um adultono meio de uma sociedade órfã do papel dos adultos”.

Quanto ao evento, Balestreli parabenizou o CREF4/SP, dizendo queesse evento é corajoso e revolucionário porque, no meio de uma sociedadeque corre o dia inteiro, que não pensa no que faz, é uma oportunidade dosoperadores sociais, que são os professores de Educação Física e os gestorespúblicos na área de esporte, poderem parar e pensar a respeito de suas vidase de seus papéis como operadores públicos de consciência.

VIOLÊNCIA: VAZIO E O ESPORTECOMO RESGATE DA CIDADANIA

Há mais criminalidade nas classesabastadas. Quase 100% das pessoas

pobres são trabalhadoras, éticase heroicamente honestas

Ricardo Balestreli

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27REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

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Nilma GarciaPettengill, coordenado-ra geral de Esporte So-lidário e Educacionaldo Ministério do Espor-te e Turismo, quepalestrou sobre Políti-cas Públicas na Áreado Esporte Social, dis-se que o esporte soci-al é voltado para o co-

tidiano esportivo da vida da pessoa, desde a iniciaçãoà prática de uma modalidade esportiva até o desenvol-vimento dessa prática, sem objetivo de performance,de recorde ou de resultados. Neste caso, a competi-ção é o que menos importa nessa área. “Nós, comoGoverno, seja no âmbito estadual, municipal ou fede-ral, temos a obrigação de dar condições para que aspessoas tenham acesso e pratiquem esporte comoprevenção de saúde, melhoria de qualidade de vida,inserção social e como prevenção à violência”.

Segundo ela, o Esporte Solidário, que é umprograma abrangente com vários projetos inseridosnele, como os específicos para a terceira idade, paraportadores de necessidades especiais, para criançase adolescentes carentes e para indígenas, tem comoprioridade atender a clientela de outros programassociais do próprio Governo, de municípios de índicede desenvolvimento humano menores e outros progra-mas de combate à violência do PIAPs (Plano de Segu-rança Pública do Governo). “Temos parceria com Esta-dos, municípios, universidades, entidades privadas e

com ONGs. Damos condições para que o nosso par-ceiro inicie um trabalho e aos poucos tenha autono-mia e independência para buscar novos recursos”.

No projeto Esporte Solidário é muito importan-te a ação de capacitação de recursos humanos, atravésdo qual se procura complementar o conhecimento epossibilitar a experiência. Na área de Educação Físicapode-se trabalhar com escolas, clubes, entidades delazer, hotéis, vertentes do esporte de rendimento, espor-te vinculado à natureza, lu-tas, danças etc. Por isso,Nilma acredita que o profis-sional de Educação Físicadeveria ter uma formação ge-nérica e geral das necessi-dades humanas, não só dopotencial como também dos limites, principalmente noque diz respeito à área de portadores de deficiência.“Respeitando os critérios das instituições de ensinosuperior e do Conselho Regional, trabalhamos com es-tagiários — no Projeto Bolsista, que terão condiçõesde aplicar o conhecimento que adquiriram até aquelemomento na faculdade e colocar em prática no segmen-to em que atuam”.

Um ponto importante na questão do conheci-mento, conforme Nilma, é que ele é dinâmico e porisso é preciso estar em constante aprimoramento. Osprofissionais precisam ter acesso a eventos científi-cos, nos quais tenham a oportunidade de trocar expe-riências e adquirir novos conhecimentos, por issoexiste uma ação de publicação de material técnicocientífico. No entanto, falta produção acadêmica. “Esta

é uma questão muito séria, pois são mais de 200instituições superiores de Educação Física no País, eonde estão essas pessoas? Existem professores quese formaram e nunca mais tiveram chance de partici-par de um evento de aprimoramento”.

Quanto ao Esporte de Rendimento, comentaque está havendo a inserção precoce em algumasmodalidades, com exigências de recordes e índicescada vez melhores, o que vem causando lesões. “Esse

excesso de sobrecarga não dei-xa de ser uma violência no es-porte, pois o ser humano temlimites”, completa Nilma.“Quando se fala em ProgramasSociais, procura-se resgatar emanter a ludicidade e que a

pessoa possa praticar esporte com prazer, conscientedos benefícios que pode estar recebendo em decorrên-cia dessa prática”.

O Ministério do Esporte e Turismo tem umaação de capacitação de gestores públicos e investerecursos nessa ação, de forma mais acentuada, há 2anos. Sua intenção, enviando representantes no semi-nário, é fazer com que os gestores reflitam sobre comoestão conduzindo o esporte no âmbito de sua adminis-tração, se a escola está voltada apenas na máxima domelhor aluno, entre outros pontos. “Não podemos maispermitir que o esporte, dentro da escola, da comunida-de, ou no clube, ainda seja aquele praticado por pesso-as que têm mais aptidão. O talento existe, assimcomo linhas de financiamento específicos para isso,mas, o direito é de todos”.

Na palestrasobre Esporte na For-mação do Cidadão,Roberto Ferreira dosSantos, diretor da es-cola de Educação Físi-ca do Centro Universi-tário da Cidade –Univercidade e profes-sor adjunto da UERJ,Departamento de Es-portes Individuais, dei-

xou claro que o objetivo do esporte com o cidadão éentender que o espaço esportivo, apesar de ser con-siderado um espaço lúdico, de vitória e rendimento,tem a ver com outros segmentos da sociedade.

Historicamente, o esporte teve uma tradi-ção atávica e ancestral de que os jogos antigoseram jogos de guerra, de confronto. “Se o esportepassou por um processo de civilização, é precisoperpetuar esse momento e fazer com que as coisassejam mais prazeirosas, mas é preciso conhecerdeveres, ter senso de fraternidade, competir emigualdade e respeitar os seus limites e dos outros”.

Infelizmente, segundo Roberto, a violênciano esporte surge no momento em que algumas pes-soas apelam ou para violências físicas ou fraudes,como no caso do doping, que é uma fraude em rela-ção ao companheiro e uma violência física contra aprópria pessoa que se injeta substâncias que depoisirão lhe provocar malefícios. “Se quisermos que oesporte contribua para a ci-dadania diminuindo o nívelde violência, sob todos osaspectos, temos de ter cla-ras as atitudes a serem to-madas, pois no desportotodos têm lugar”.

Roberto citou a Carta dos Direitos da Crian-ça no Esporte, que foi apresentada no CongressoInternacional do Panathlon e dados apresentados naConferência Nacional de Educação Cultura e Despor-to, que aconteceu em Brasília, sob o título O Crime.

Sobre a Carta, é importante saber que: to-dos têm direito de praticar esporte; de se divertir ejogar; de usufruir um ambiente saudável; de ser tra-tado com dignidade; de ser rodeado por pessoascompetentes; de seguir treinamentos apropriados para

ritmos individuais; de competir com jovens que pos-suam as mesmas possibilidades sociais; de partici-par de competições apropriadas; de praticar esportescom absoluta segurança; e de não ser campeão.

Da Conferência, ele trouxe outras informa-ções importantes. “Somos 170 milhões de brasilei-ros e nossas condições de aprendizagem escolar

ainda são as piores do mun-do. Amargamos com maisde 50 mil analfabetos emcima de 15 anos. Nossos ín-dices de desempenho esco-lar (pelo SAED e peloENEM) são ainda desalen-

tadores. Avaliações internacionais, como as da ONUou da FOCDE, revelam que pagamos o terceiro piorsalário do mundo aos nossos professores. Mais de41% dos estudantes do ensino fundamental não es-tão na série correspondente”.

Para Roberto, como vivemos a conspiciosaconstatação de que todos podem aprender, não con-seguir aprender na escola é literalmente um crime,quem sabe ediondo, pela atual proporção que ocor-re em nosso meio.

POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA DO ESPORTE SOCIAL

ESPORTE NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO

��Um ponto importante na questão doUm ponto importante na questão doUm ponto importante na questão doUm ponto importante na questão doUm ponto importante na questão doconhecimento é que ele é dinâmicoconhecimento é que ele é dinâmicoconhecimento é que ele é dinâmicoconhecimento é que ele é dinâmicoconhecimento é que ele é dinâmico

e por isso é preciso estare por isso é preciso estare por isso é preciso estare por isso é preciso estare por isso é preciso estarem constante aprimoramentoem constante aprimoramentoem constante aprimoramentoem constante aprimoramentoem constante aprimoramento

��Se o esporte passou por um processoSe o esporte passou por um processoSe o esporte passou por um processoSe o esporte passou por um processoSe o esporte passou por um processode civilização, é preciso perpetuar essede civilização, é preciso perpetuar essede civilização, é preciso perpetuar essede civilização, é preciso perpetuar essede civilização, é preciso perpetuar esse

momento e fazer com que as coisasmomento e fazer com que as coisasmomento e fazer com que as coisasmomento e fazer com que as coisasmomento e fazer com que as coisassejam mais prazeirosassejam mais prazeirosassejam mais prazeirosassejam mais prazeirosassejam mais prazeirosas

Nilma Garcia Pettengill

Roberto Ferreira dos Santos

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Dóro Jr., dire-tor da ZDL Comunicação,em sua palestra Proje-tos Esportivos, Sociaise a Relação com aMídia, procurou mostrara importância doMarketing Esportivo noângulo da iniciativa pri-vada, pois, apesar dos

gestores presentes no evento fazerem projetos focadosem verbas públicas, acredita que a tendência serábuscar um complemento de verba na iniciativa priva-da.

Abordou ainda quais são as ferramentas doMarketing Esportivo, como ele pode colaborar comesses projetos e de que maneira e por que a iniciativaprivada compra eventos esportivos. “A iniciativa pri-vada não é benemerência, é um negócio, dinheirocontra resultado. Se não tiver retorno, não tem dinhei-ro”, afirma Dóro.

Para dar resultado, Dóro explica que o pro-fissional de Educação Física precisa ter um conhe-cimento básico de como funciona a mídia. Deveentender que o jornalista não tem nada a ver com aatividade comercial e que publica uma matéria seela for boa. Precisa entender também um pouco

sobre o papel do repórter de televisão e de jornal,do publicitário e o que é merchandising.

Os jornais, revistas, televisões e rádios nãoaumentaram o espaço para o esporte, ele é o mesmohá 20 anos. Porém, para garantir um material namídia, é preciso que ele seja de qualidade e nãotenha erros, o que dá mais credibilidade e o favorecena briga pelo espaço. Já a questão da marca, épreciso ter ummerchandising criativo einteligente.

O Mídia Trai-ning, que coloca o atle-ta a par do projeto noqual a marca está en-volvida, é imprescin-dível, pois os melhores porta-vozes do MarketingEsportivo são os atletas. “Se eu não contar commeu atleta de ponta, que tem em torno dele todauma estrutura de base, vou perder a oportunidadede falar sobre meu projeto na mídia”.

Segundo Dóro, a evolução do MarketingEsportivo aumenta as verbas para o esporte emgeral e faz com que ele melhore cada vez mais. Ojornalista considera que estamos evoluindo porqueas pessoas estão se profissionalizando, moderni-zando e buscando verbas tanto com o Governo quan-

to com a iniciativa privada para fazer melhor osseus projetos. “As empresas já entenderam que opatrocínio de um projeto precisa ser feito em umperíodo mais longo, de 3, 5 ou até 8 anos para seapropriarem de um evento. Setores como alimen-tos, telecomunicações, bancos e supermercadossão os que mais investem no esporte”.

A expectativa para a mudança de Gover-no é muito boa. Dóro acre-dita que é preciso apro-veitar o mote social que oGoverno do PT trás paraampliar projetos sociaise de formação de pesso-as. A atividade física e oesporte têm que estar

focados em trabalhar a cidadania, para que aspessoas sejam melhores, pois é essa a grandemissão do profissional de Educação Física. “Nes-se aspecto, o CREF4/SP, com a integração dosprofissionais, a normatização da atividade e me-lhorando a imagem do profissional de EducaçãoFísica, através dos seus mecanismos de fiscali-zação e de qualificação, tem uma missão superimportante, porque trabalha com uma gama depessoas que está ligada ao esporte na escola, queé a base de tudo isso, mais até do que essesprojetos de ponta que se falou no Seminário”.

O objetivo principal do Marketing Esportivo é colocar seu atleta ou produto na mídia.Porém, é preciso montar uma estratégia, ter credibilidade e colher os frutos. Em 1998, SegundoDóro Jr., Oscar Schimidt, jogador de basquete patrocionado pelo Banco Bandeirantes, fez 40 milpontos contra um time de Barueri. Naquele jogo havia nove equipes de televisão, sendo que quatrodelas faziam entradas ou transmissões ao vivo, fotógrafos e agências internacionais e todas asmídias de SP. Esse jogo deu tanto retorno, porque durante um ano foram feitas comunicaçõessistemáticas sobre a evolução dos pontos de Oscar. De 38 mil até chegar aos 40 mil, foramcomunicados à mídia ponto a ponto. Existiam dois trabalhos de comunicação nesse time: um parao time e outra para a pontuação de Oscar. Durante o ano, foram mais de três encontros na mídiapara falar do planejamento dos 40 mil pontos, ou seja, foi criada uma superexpectativa decomunicação. No dia em que Oscar fez os 40 mil pontos, havia uma mídia absurda no ginásio deSão João de Barueri.

MARKETING ESPORTIVOATINGE OBJETIVO

O Projeto Futuro da Secretaria de Esportes e Turismo (SEET-SP) criou espaço para uma atletaque, segundo Dóro Jr, provavelmente vai mudar o atletismo brasileiro: Maureen Maggi. O jornalistaconsidera a atleta extremamente carismática, forte, e com uma presença de mídia muito boa, quepoderá ajudar um pouco o atletismo feminino, que não teve grandes presenças. “O Projeto Futuronunca teve muito dinheiro, mas procurou abrir espaço para novos valores e já revelou bastantegente”. A Fundação Ayrton Senna tem um trabalho interessante, principalmente focando a parte deeducação esportiva no CEPEUSP, em São Paulo. Mas, no restante do Brasil, possui um trabalhobastante forte em Educação. Quanto ao Gol de Letra, de Raí e Leonardo, são dois pequenos núcleos,um em São Paulo e o outro em Niterói, mas é uma iniciativa importante porque motiva investidorese novos esportistas para doar o seu carisma, seu espaço e seu tempo.

PROJETOS ESPORTIVOS, SOCIAISE A RELAÇÃO COM AMÍDIA

O evento de Capacitação para Gestores contou aindacom a apresentação de cases como BCN Esportes e Responsa-bilidade Social, apresentado por Sérgio Negrão, gerente deprojeto; Esporte Educacional na Bacia do Córrego Bandeira, porAri Bittar, coordenador de projeto; e Centro Rexona de Excelên-cia do Voleibol, por Luiz Fernando Nascimento.

O Projeto Social BCN Esportes é mantido pelo BCN,em parceria com a prefeitura de Osasco. Seus 34 núcleos deformação são responsáveis pelo desenvolvimento do voleibole do basquete feminino e ainda da educação, saúde e bem-estar de 3.400 meninas, das quais 75% são de famílias caren-tes. A freqüência escolar é determinante para a participaçãodesse projeto, que conta com médicos, fisioterapeutas, treina-dores, psicólogos e nutricionistas. Como resultado, 23 atletasdas equipes do BCN/Osasco representam o Brasil em diversoscampeonatos.

O Projeto Esporte Educacional na Bacia do CórregoBandeira, iniciado em 1995, atende crianças em risco social de4 a 18 anos, cuja renda familiar seja de 2 salários mínimos.Sob a ótica da emancipação, co-educação, cooperação, regio-nalismo, totalidade e participação e princípios sociofilosóficos,a ação é sistematizada e conta com o patrocínio da Fundação

CASES DE SUCESSO

��A iniciativa privada não é benemerência, éA iniciativa privada não é benemerência, éA iniciativa privada não é benemerência, éA iniciativa privada não é benemerência, éA iniciativa privada não é benemerência, éum negócio, dinheiro contra resultado. Seum negócio, dinheiro contra resultado. Seum negócio, dinheiro contra resultado. Seum negócio, dinheiro contra resultado. Seum negócio, dinheiro contra resultado. Se

não tiver retorno, não tem dinheironão tiver retorno, não tem dinheironão tiver retorno, não tem dinheironão tiver retorno, não tem dinheironão tiver retorno, não tem dinheiro

EMPRESAS INVESTEM NO FUTURO

Dóro Jr.

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“O Seminário veiomostrar que nin-guém faz nada sozi-nho. Tenho uma equi-pe formada por pro-fissionais gradua-dos e estudantes deEducação Física queparticipam comigode atividades delazer realizadas narua. Na época emque era uma atleta

de voleibol, joguei nas Olimpíadas de Mos-cou, era muito questionada pelo fato de nãoexistir uma equipe de alto nível no meumunicípio. Estou mais preocupada em ter168 crianças assistidas em esporte gratui-to, formando sua base bem devagar, passoa passo, pois com estrutura física e profis-sionais capacitados, teremos muitos atle-tas de alto nível na cidade”.Rita de Cássia Peres TRita de Cássia Peres TRita de Cássia Peres TRita de Cássia Peres TRita de Cássia Peres Teixeira Zanataeixeira Zanataeixeira Zanataeixeira Zanataeixeira Zanata,chefe de Setor de Esporte, Turismo e Culturada Prefeitura Municipal de Santa Cruz dasPalmeiras

Antes de co-meçar a captar recur-sos é preciso pensarqual o problema que sequer solucionar e comoutilizar, adequadamen-te, o dinheiro que seráarrecadado. Esta ques-tão foi explicada por

Carlos de Souza Pinto, diretor da EC Empreendimen-tos de Brasília, na palestra Fontes de Recursospara o Esporte. “A maioria das entidades fracassaporque não conhece direito o problema que querresolver”, afirma o diretor.

Todo projeto tem etapas que devem serseguidas. Ciente doproblema é preciso sa-ber enquadrá-lo nosplanos e programas go-vernamentais. Então,diagnosticar a situa-ção, definir os objeti-vos e as metas, qual será o público alvo, estabele-cer a estratégia do trabalho, definir responsabilida-des, elaborar um cronograma de execução financei-ra, conhecer as fontes de recurso, estabelecer esti-mativas de retornos econômicos e sociais e decustos e criar um fluxo de caixa.

FONTES DE RECURSOSPARA O ESPORTE

“O ser humano é umatríade: corpo, mente eespírito. Nós, profissi-onais de Educação Fí-sica, trabalhamos na-turalmente o corpo. Te-mos a facilidade, pelorelacionamento eenvolvimento, de tra-balhar a mente. E, pelacultura, em nosso País

temos uma formação espiritual, seja qual for atendência de cunho religioso. Mas nós temosessa visão humanitária. Talvez sejamos os pro-fissionais mais habilitados a fazer essa trans-formação social, essa mudança de mentalida-de de proposta de vida. Então, precisamos teressa consciência da responsabilidade que nóstemos, o nosso papel de transformadores. E aívem todo esse momento de engajamento des-sas propostas. Acredito que a partir daqui va-mos ter um outro Brasil, um outro conceito devida, de vida saudável, de vida responsável e,como conseqüência disso, teremos um esportede alto rendimento. Acho que tudo isto é umaconseqüência e não uma necessidade”.José Antônio LeiteJosé Antônio LeiteJosé Antônio LeiteJosé Antônio LeiteJosé Antônio Leite, assessor da Secretariade Esportes de Cultura e Turismo da Prefeiturade Campinas

Depois vem a captação propriamente dita,quando é preciso identificar e contatar a fontefinanciadora. Então, começa o trâmite, com o preen-chimento do formulário específico, acompanhamentodo andamento da solicitação, assinatura do convênioou contrato, prestação de contas e conclusão da ope-ração. “Dificuldades como falta de um bom projeto,capacidade de endividamento, aspectos institucionais,antecedentes de sucesso e questões políticas podeminviabilizar qualquer projeto”, alerta.

A capacitação de recurso não implica, ne-cessariamente, em dinheiro. O recurso pode ser amão-de-obra, um funcionário do Estado, o ginásioou um professor de Educação Física. Quando sepropõe parceria, é preciso definir responsabilida-

des, fazer contratos epreencher os formulári-os corretamente. “Paracaptação de recursoscom o Governo Federal,existem dois tipos deformulários: um para o

plano de trabalho e outro para o caso de captaçãoexterna”, comenta Carlos. “Quanto às fontes derecursos, podem ser externas ou internas e envol-vem orçamento federal, ONG´s nacionais e inter-nacionais, iniciativa privada, cooperação técnica,mas todas exigem projetos”, conclui.

ENCERRAM EVENTO DE GESTORES

� �� �REPERCUSSÃO

Ari BittarSérgio Negrão Luiz Fernando Nascimento

Ayrton Senna e parceria da Prefeitura e do Governo de Estado. Localizada em Campo Grande – RS, atende 100crianças no período da manhã, a cada 16 dias, e 450 diariamente, no período da tarde. Como resultado desucesso, possui lista de espera, pois conquistou a confiança da família.

O Centro Rexona de Excelência do Voleibol também é um exemplo de sucesso. Seu projeto tem prazode 7 anos e, apesar da regra de aguardar 3 anos para se obter um resultado no que diz respeito ao retorno deinvestimento, a equipe de voleibol do Rexona ganhou a Superliga já no primeiro ano, tornando-se uma exceção.

��A maioria das entidadesA maioria das entidadesA maioria das entidadesA maioria das entidadesA maioria das entidadesfracassa porque não conhecefracassa porque não conhecefracassa porque não conhecefracassa porque não conhecefracassa porque não conhece

direito o problema que quer resolverdireito o problema que quer resolverdireito o problema que quer resolverdireito o problema que quer resolverdireito o problema que quer resolver

Carlos de Souza Pinto

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CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

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CREF4/SPCOMENTAENQUETE

A importância do exame médico naA importância do exame médico naA importância do exame médico naA importância do exame médico naA importância do exame médico naatividade física é indiscutível para aatividade física é indiscutível para aatividade física é indiscutível para aatividade física é indiscutível para aatividade física é indiscutível para aprevenção de acidentes, assim comoprevenção de acidentes, assim comoprevenção de acidentes, assim comoprevenção de acidentes, assim comoprevenção de acidentes, assim como

a atitude ética do profissionala atitude ética do profissionala atitude ética do profissionala atitude ética do profissionala atitude ética do profissional

“Obviamente que não. A prática de Anamnese por parte do profissional é vital. O respaldoinicia quando a conduta se transfere do verbal ao documentado. A necessidade da ficha individualcontendo questionário sobre a saúde de seu aluno, histórico de vida, percentuais de gordura, nível deflexibilidade, consciência corporal etc., constróem um parecer favorável para nortear o treinamentoou programa de atividade física”.

Profa. Milene AlvesProfa. Milene AlvesProfa. Milene AlvesProfa. Milene AlvesProfa. Milene Alves (CREF4/SP 15552/G)

“Este é um tema muito discutido entre os professores. A pergunta é: se o aluno tem aliberação do médico, eu não posso fazer qualquer coisa com ele? Não é bem assim. Se eu tenhoconhecimento de causa, devo prescrever atividades condizentes para o meu aluno, daí se aconteceralgo, a responsabilidade será toda minha. Um dia, um aluno entrou na academia para realizar umtrabalho de reforço muscular pós-cirúrgico no joelho. Por indicação médica, ele deveria executarexercícios isométricos, só que havia um agravante, ele sofria de hipertensão, e sabe-se que essetrabalho não é indicado para pessoas com esse problema. Se houvesse algum problema com essealuno, eu não me sentiria culpado, pois descobri logo e introduzi outro tipo de trabalho. Graças a Deusele está bem”.

Prof. Dicson Vieira ChagasProf. Dicson Vieira ChagasProf. Dicson Vieira ChagasProf. Dicson Vieira ChagasProf. Dicson Vieira Chagas (CREF4/SP 2690/G)

“Acredito que o exame médico ajuda o profissional da Educação Física a realizar umtrabalho mais adequado, quando o aluno necessita de cuidados especiais ou específicos. No caso doatestado simples, autorizando o aluno a praticar atividades físicas, este esclarece o profissionalquanto ao estado de saúde do mesmo naquele momento. Portanto, o exame médico deve ser encaradocomo um elemento a mais que apóia o profissional da Educação Física, principalmente no ambienteescolar, onde temos de conviver com classes muito numerosas, correndo riscos de acidentes. Porém,a responsabilidade pela integridade física do aluno é do professor que ministra as aulas ou exercícios,pois somente ele é sabedor dos objetivos para tais atividades, e é quem acompanha o aluno durantesua execução, podendo avaliar se o esforço está ou não adequado. Acho um absurdo o Estado terbanido a obrigatoriedade do exame médico no início do ano letivo para a prática de atividades físicas.Já trabalhei em escolas estaduais e acho que a retomada desta medida seria de suma importância”.

Profa. TProfa. TProfa. TProfa. TProfa. Teresa Cristina Serra Damiano Borghieresa Cristina Serra Damiano Borghieresa Cristina Serra Damiano Borghieresa Cristina Serra Damiano Borghieresa Cristina Serra Damiano Borghi (CREF4/SP 478/G)

“Entre inúmeras considerações para toda e qualquer situação, a meu ver , os profissionaishoje têm de estar bem-informados sobre o estado físico de seus alunos e estar atentos a todas ascoisas que possam ocorrer dentro do período de trabalho”.

Prof. Edirez Cleber da Silva CoelhoProf. Edirez Cleber da Silva CoelhoProf. Edirez Cleber da Silva CoelhoProf. Edirez Cleber da Silva CoelhoProf. Edirez Cleber da Silva Coelho (CREF4/SP 3303/G)

SEGURANÇA NAPRESTAÇÃO DE SERVIÇO

As pessoas já consideram a importância do exame médico, alvoAs pessoas já consideram a importância do exame médico, alvoAs pessoas já consideram a importância do exame médico, alvoAs pessoas já consideram a importância do exame médico, alvoAs pessoas já consideram a importância do exame médico, alvode enquete do CREF4/SPde enquete do CREF4/SPde enquete do CREF4/SPde enquete do CREF4/SPde enquete do CREF4/SP, como um elemento a colaborar para, como um elemento a colaborar para, como um elemento a colaborar para, como um elemento a colaborar para, como um elemento a colaborar paraque o profissional tenha segurança no serviço que vai prestarque o profissional tenha segurança no serviço que vai prestarque o profissional tenha segurança no serviço que vai prestarque o profissional tenha segurança no serviço que vai prestarque o profissional tenha segurança no serviço que vai prestar.....Leia, a seguirLeia, a seguirLeia, a seguirLeia, a seguirLeia, a seguir, a opinião de alguns profissionais sobre o assunto, a opinião de alguns profissionais sobre o assunto, a opinião de alguns profissionais sobre o assunto, a opinião de alguns profissionais sobre o assunto, a opinião de alguns profissionais sobre o assunto

O EXAME MÉDICO EXIME O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEO EXAME MÉDICO EXIME O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEO EXAME MÉDICO EXIME O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEO EXAME MÉDICO EXIME O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEO EXAME MÉDICO EXIME O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DERESPONSABILIDADE EM CASO DE ACIDENTE COM SEU ALUNO?RESPONSABILIDADE EM CASO DE ACIDENTE COM SEU ALUNO?RESPONSABILIDADE EM CASO DE ACIDENTE COM SEU ALUNO?RESPONSABILIDADE EM CASO DE ACIDENTE COM SEU ALUNO?RESPONSABILIDADE EM CASO DE ACIDENTE COM SEU ALUNO?

Na Educação Física Escolar e na educaçãofísica das academias de ginástica, o exame mé-dico era um formalismo que não produzia os re-sultados que se gostaria. Em alguns casos, che-gava-se a perceber, na exigência do exame médi-co, um desvio de responsabilidade. “Mediante aapresentação do exame médico, considerava-seque o profissional de Educação Física estavapraticamente isento de qualquer responsabilida-de sobre o que pudesse acontecer com o clien-te”, afirma o prof. José Maria de Camargo Bar-ros, vice-presidente do CREF4/SP.

As responsabilidades do professor de Edu-cação Física, hoje, com a regulamentação daprofissão, estão definidas. Ele é o único eexclusivo responsável pelas atitudes que tomana prestação de serviço. Portanto, tem de sa-ber da importância do exame médico nas ati-vidades que vai desenvolver e então, solicitá-lo de acordo com o que ele acha que deve serpreciso para o trabalho que se propõe a prestarao cliente.

Para José Maria, o profissional é o especi-alista em exercício físico e, como tal, tem deter conhecimento de todos os aspectos envolvi-dos com esse exercício físico, tanto de riscosque possa acarretar quanto de benefícios. En-tão, para o profissional, o exame médico deveser um elemento que vem oferecer subsídiospara o aprimoramento do serviço prestado.

O Código de Ética define que o profissionalde Educação Física é o único responsável peloserviço que presta. Sendo assim, ele não podedizer que está fazendo tal trabalho porque omédico mandou ou porque o dono da academiapediu que fizesse daquela maneira.

José Maria deixa claro que a interface queexiste entre a prestação em Educação Física ea Medicina é de igualdade de condições. “Eu,como profissional de Educação Física, enten-do, sei dos riscos que a atividade oferece e,dentro dessas condições, busco como auxílio,uma outra informação, que vai me permitir rea-lizar o meu trabalho com segurança. A idéiabásica é essa”.

ENQUETE

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31REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULOCONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

O exame médico não é mais obrigatório na Educação Física Escolar.Porém, ele é muito importante para as crianças que entram na escola, nãoespecificamente para a educação física, mas para que se tenha uma idéia dassuas condições de saúde. Há casos de crianças que chegam na primeira sériesem nunca terem feito um exame médico. “Elas podem não ter problemascardiológicos, musculares, de postura para fazer a atividade física, mas teremoutros problemas de saúde complicados”, explica José Maria.

Para ele, todas as crianças da escola deveriam ter a oportunidade defazer um exame médico. “É uma questão de saúde pública e não de atividadefísica ou Educação Física Escolar, por isso, nesse assunto, o CREF4/SP podeapenas provocar discussões”, afirma. Essa questão deve ser analisada nasescolas de Educação Física, no processo de formação do profissional, deixandoclaro para o profissional de Educação Física quais serão as responsabilidadesque vai assumir e o que se espera dele como profissional da área de saúde.

ANAMNESE AUXILIAPROFISSIONAL

O vice-presidente do CREF4/SP esclarece que estão surgindo propostasde especialistas, que estão sendo discutidas e possivelmente serão motivo deseminários, para a elaboração de Anamnese - uma espécie de roteiro para oinício da prestação de serviço na área de Educação Física, através da qualserão obtidas informações básicas e necessárias. “Assim será possível fazeruma classificação quanto aos grupos de riscos e direcionar o exame médico,que deixará de ser pré-requisito para a atividade física, sendo necessárioapenas para determinados alunos”.

Para José Maria o profissional é sempre responsável e aconselha: “seele achar que uma pessoa tem problema cardíaco e precisa do exame médico parafazer a atividade física, essa pessoa não poderá fazer os exercícios sem apresen-tar o resultado desse exame. Há um compromisso ético com isso. Não se trata,simplesmente, de cumprir uma norma legal, é um compromisso de competênciae ética com o trabalho que o profissional está se propondo a fazer”.

EXAMEMÉDICO É UMAQUESTÃO

DE SAÚDE PÚBLICA

O exame médico é um elemento importante para o bom atendimento dacriança em idade escolar. No caso específico desse exame para as ativida-des de Educação Física, fazemos as seguintes considerações:

• O exame médico não é pré-requisito obrigatório para as atividades deEducação Física. É obrigatório para o uso da piscina, principalmentecom vistas ao controle dermatológico.

• O exame médico deve ser entendido como um recurso necessário emcasos especiais, para a prática da atividade física. O profissional deEducação Física deve reconhecer e saber identificar os diversos fato-res de risco para a referida prática. Deve ter, portanto, habilidades erecursos técnicos para realizar diagnósticos avaliativos das condiçõesfísicas dos praticantes.

• Conforme a classificação do nível dos riscos, o profissional ou a institui-ção prestadora de serviços no campo da Educação Física deve solicitarou não o exame médico, ou seja, ele deve ser realizado pelo médico,por solicitação do profissional de Educação Física, que deverá previa-mente justificar sua solicitação.

• É responsabilidade do profissional de Educação Física adotar todos oscuidados necessários à garantia do bem-estar e segurança dos partici-pantes das atividades físicas sob sua orientação. Os procedimentosiniciais de introdução às atividades físicas devem obedecer critériostécnicos que permitam ao profissional ter total controle dos riscos e,assim, identificá-los, solicitando o respectivo exame médico, se for ocaso.

• Portanto, quando as condições forem favoráveis ao exame médico, comvistas à realização de exercícios físicos, o mesmo é indispensável.

ESCOLAQUESTIONA

PROCEDIMENTOEm resposta a uma escola sobre a necessidade doEm resposta a uma escola sobre a necessidade doEm resposta a uma escola sobre a necessidade doEm resposta a uma escola sobre a necessidade doEm resposta a uma escola sobre a necessidade do

exame médico, o Conselho Regional deexame médico, o Conselho Regional deexame médico, o Conselho Regional deexame médico, o Conselho Regional deexame médico, o Conselho Regional deEducação Física do Estado deEducação Física do Estado deEducação Física do Estado deEducação Física do Estado deEducação Física do Estado de

São Paulo – 4São Paulo – 4São Paulo – 4São Paulo – 4São Paulo – 4aaaaa Região, esclarece: Região, esclarece: Região, esclarece: Região, esclarece: Região, esclarece:

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CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

32 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

O presidente do CREF4/SP, FlavioDelmanto, comunicou ao presidente daVUNESP a necessidade de que os res-ponsáveis pela aplicação das provasde aptidão física para os candidatosaos cursos de Educação Física – Licen-ciatura e Bacharelado, sejam profissio-nais devidamente habilitados, ou seja,com registro no Conselho Regional deEducação Física do Estado de São Pau-lo – 4a Região.

As fichas individuais de controle eavaliação dessas provas deverão contera assinatura e o número do registro noCREF4/SP do responsável pela aplica-ção e avaliação das provas, assim comonos laudos médicos constam a assina-tura e o número de registro no CRM domédico responsável.

A solicitação foi formulada em de-corrência das determinações da Lei 9.696/98, que regulamentou o exercício profis-sional de Educação Física no Brasil.

Antigamente, quem dava aula de ativida-de física na escola era o professor de EducaçãoFísica. Porém, desde 92/93, o encarregado de mi-nistrar essa aula para os alunos de 1a a 4a sériepassou a ser o professor polivalente, ou seja, aqueleque também ensinava matemática, português eoutras matérias. Agora, depois da regulamentaçãoda profissão de Educação Física e dos esforços depessoas como o secretário de Educação GabrielChalita e o secretário-adjunto Fabio Saba, as coi-sas estão mudando novamente.

A aprovação do Projeto de Lei que estabe-lece que somente o profissional de Educação Físicapoderá ministrar atividades físicas está exigindouma reformulação em todo plano pedagógico, que aSecretaria do Estado da Educação já está promoven-do, através de Fóruns de Capacitação de Profissio-nais. Assim sendo, a Educação Física volta às es-colas, ministrada por um profissional graduado. “Emfevereiro de 2003 as crianças do Estado de SãoPaulo, que estão no primeiro ciclo, terão Educação

EDUCAÇÃOFÍSICAVOLTAPARAOENSINOFUNDAMENTAL

Física com um especialista”, afirma Fabio Saba.Segundo ele, o trabalho no ensino fundamen-

tal é importante porque é nessa fase, de acordo compesquisas científicas, que se consegue mudar o com-portamento das pessoas. Hoje, no Brasil, mais de 300mil pessoas morrem por ano por causa de doençasadvindas do sedentarismo, principalmente dascardiopatias. “Queremos mexer no futuro, na qualida-de de vida das pessoas, a curto, médio e longo prazo,pois sabemos que a Educação Física é uma ferramentamuito importante para alcançarmos esse objetivo”.

A proposta, conforme o secretário-adjunto,é que a Educação Física volte a proporcionar umamelhor qualidade de vida a todos. “Sabemos que aEducação Física tem um plano biológico, psicológi-co, sociológico, cultural e afetivo para as pessoas.Queremos que as crianças entendam melhor as re-gras da vida através do esporte. Que aprendam aganhar ou perder e a conviver em grupo, fortalecen-do seus princípios e criando parâmetro de discipli-na, focando o respeito ao próximo”.

CONSELHOÉNOTÍCIANATVO trabalho de conscientização e divulgação

do CREF4/SP já chegou nos programas de televisão.O Programa Super Pop, apresentado por LucianaGimenez, da Rede TV, por exemplo, exibiu o trabalhodos fiscais no que diz respeito ao não-graduado,anabolizantes e ao exercício legal dos profissionaisque trabalham nas academias. O objetivo do Conse-lho também é fazer com que a população brasileiraconheça seus direitos em relação aos profissionaisde Educação Física. “Uma sociedade conscienteajuda na fiscalização dos profissionais”, afirma Fla-vio Delmanto, presidente do CREF4/SP.

No Jornal da Record, apresentado por Boris

VEÍCULOVEÍCULOVEÍCULOVEÍCULOVEÍCULO PROGRAMAPROGRAMAPROGRAMAPROGRAMAPROGRAMA TEMATEMATEMATEMATEMARede Globo Jornal Hoje Academias - denúnciaSBT Jornal do SBT FiscalizaçãoRede Record Jornal da Record Academias e CREF4/SPRede TV Super Pop Drogas nas academias e CREF4/SPRede TV Super Pop Matéria com fiscaisTV Cultura Jornal da Cultura Academias e profissionaisRede Intern. de Televisão Vejam Só FutebolRádio Capital Jornalismo Academias e profissionaisSite do Itaú Notícias AcademiasJornal Metro News Editorial de Esportes Academias

Casoy na Rede Record, o assunto Academias e oCREF4/SP foi importante para mostrar o Conselhocomo um todo. “Por ter sido apresentado logo apósum programa de esporte, acentuou mais ainda a im-portância do registro, do exercício e da responsabili-dade do profissional de Educação Física em relaçãoa seus clientes e alunos”, comenta Fernando IzacSoares, encarregado do Setor de Fiscalização. “Hoje,com a ajuda da mídia, as academias, por exemplo, jásabem o que os fiscais irão solicitar”.

Até o momento, a diretoria e a fiscaliza-ção do CREF4/SP estiveram presentes nos seguin-tes veículos de comunicação:

AAAAA Educação Física é Educação Física é Educação Física é Educação Física é Educação Física éuma ferramenta muitouma ferramenta muitouma ferramenta muitouma ferramenta muitouma ferramenta muito

importante paraimportante paraimportante paraimportante paraimportante paraalcançarmosalcançarmosalcançarmosalcançarmosalcançarmos

nossosnossosnossosnossosnossos objetivo objetivo objetivo objetivo objetivosssss

��Fabio Kalil Saba, secretário-adjunto da Educação

INSCRITOS DEVEMAPLICAR PROVASDE APTIDÃO FÍSICA

NOVIDADES

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33REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

CBODEFINEFAMÍLIASDEPROFISSIONAISEm 27 de outubro de 2002, a nova Classi-

ficação Brasileira de Ocupação (CBO) definiu afamília de profissionais de Educação Física e tam-bém que, para essas famílias, é obrigatório o cur-so de graduação em Educação Física e o registrono CREF, em atendimento às determinações da Lei9.696/98, que regulamenta a profissão de Educa-ção Física.

Ficou também definido que os professoresde Educação Física não fazem parte da família dosprofissionais de Educação Física, mas sim da fa-mília dos professores do ensino básico. A CBOoficializou essa diferenciação, classificando emum grupo diferente os professores de Educação Fí-sica da universidade, que estão classificados nafamília dos professores universitários.

Na classificação das ocupações da famí-lia dos profissionais de Educação Física, o técnicoprofissional de futebol foi diferenciado dos outrostécnicos esportivos, embora com as mesmas exi-gências de formação e registro no Conselho.

O preparador físico do atleta também foidiferenciado do preparador físico ou fisiocorporal,do personal trainner, do profissional que trabalhana academia de ginástica. “Fiquei muito satisfeitocom essa consideração porque existe aí um aspec-to muito importante da natureza do exercício físicode rendimento máximo e de rendimento ótimo, ouseja, uma atividade física para a saúde e um exer-cício físico que busca performance”, comenta JoséMaria de Camargo Barros, vice-presidente doCREF4/SP.

A recreação, ou recreacionista, ou recreadorem atividade física foi classificada como ludomotricista.“Essa classificação é bastante abrangente e coloca aatividade de ludomotricidade, ou atividades lúdicas, ouatividades físicas lúdicas, como uma atribuição própriado profissional de Educação Física”.

José Maria acredita que a CBO, nessascondições, com a definição do profissional de Edu-cação Física, vai contribuir muito para a organiza-ção do mercado de trabalho, o que é bastante im-portante nesse momento em que se está organizan-do a profissão. “Podemos observar que entre a CBOe as determinações da Resolução 046/2002, doCONFEF (disponível no site www.crefsp.org.br), ascoisas não ficaram assim tão diferenciadas, aocontrário, estão bastante próximas. Houve uma va-riação pequena de terminologia, mas elas são bas-tante compatíveis”.

Outro aspecto positivo da nova CBO dizrespeito à classificação do profissional na cartei-ra de trabalho e na Cédula de Identidade Profissi-onal. Na primeira, há uma nominação que descre-ve melhor a função do trabalhador como profissi-onal. “Até hoje nós temos muita confusão entreprofessor e profissional. Muitas vezes ele acaba-va sendo inscrito na academia de ginástica comoprofessor, o que não é uma realidade. A atividadeda academia de ginástica não é de escola, portan-to o profissional não pode ser classificado comoprofessor. Na academia de ginástica, pela CBO,ele poderá ser um orientador de exercícios físicosou preparador físico”.

Já na cédula, a classificação é Licencia-do ou Bacharel, com a área de atuação Plena.“Quando as novas diretrizes da formação dos pro-fissionais estiverem entrando em vigor, espera-seque isso aconteça após 2006, aí então vai serestudada uma outra denominação mais específi-ca. A idéia é que, na Cédula de Identidade Profis-sional conste Profissional de Educação Física,agora se ele for técnico esportivo, personal trainner,recreacionista ou exercer qualquer outra ocupa-ção dentro da área, isso vai ser registrado só nacarteira de trabalho dele”.

O Ministério do Trabalho concede registro sindical ao Sindicato dos Profissionais de Educação Físicade São Paulo. Conforme José Antonio Martins Fernandes, presidente do SINPEFESP, com o status de categoria osprofissionais asseguram sua participação ativa na definição dos rumos da Educação Física do País. “O profis-sional de Educação Física sempre foi reconhecido por sua abnegação incondicional ao trabalho que abraçou.Agora tendo um sindicato representativo, tal abnegação ganha o indispensável escudo do profissionalismo, dogerenciamento e direcionamento de nossos interesses”.

Entre as vantagens de se sindicalizar destacam-se melhores condições de trabalho - com normacoletiva da categoria; data-base; adicional de insalubridade; denúncia de irregularidades no Ministério doTrabalho; piso salarial definido; hora extra - adicional e adicional noturna; assistência jurídica própria; atendi-mento médico e lazer – através de convênios. A mensalidade é de R$ 10,00.

O SINPEFESP localiza-se à rua Thomaz Gonzaga, 61, Liberdade, São Paulo - SP, fone (0xx11) 3271-7062.

SINPEFESPRECEBEREGISTROSINDICAL

•••••REGISTRO PROVISÓRIOREGISTRO PROVISÓRIOREGISTRO PROVISÓRIOREGISTRO PROVISÓRIOREGISTRO PROVISÓRIOÉ concedido ao profissional portador do Cer-tificado de Conclusão do Curso de Educa-ção Física, constando a data de colação degrau. O registro provisório é válido por dozemeses e prorrogado por igual período, me-diante requerimento do profissional solici-tando a prorrogação, apresentação do proto-colo do pedido do diploma, devolução daCarteira provisória e uma foto 3x4.

•••••REGISTRO DEFINITIVOREGISTRO DEFINITIVOREGISTRO DEFINITIVOREGISTRO DEFINITIVOREGISTRO DEFINITIVOÉ concedido ao profissional portador de di-ploma de graduação em Educação Física.

•••••SUSPENSÃO DO REGISTROSUSPENSÃO DO REGISTROSUSPENSÃO DO REGISTROSUSPENSÃO DO REGISTROSUSPENSÃO DO REGISTROO Profissional registrado, que não estiverno exercício da profissão, poderá solicitarsuspensão do registro por tempo determi-nado. (Entrar em contato com o CREF4/SP,no Setor de Registro).

•••••ALALALALALTERAÇÃO DE DADOSTERAÇÃO DE DADOSTERAÇÃO DE DADOSTERAÇÃO DE DADOSTERAÇÃO DE DADOSO CREF4/SP solicita que o profissional re-gistrado comunique qualquer alteração deseus dados cadastrais (nome, endereço, te-lefone etc.). É muito importante manter es-sas informações atualizadas no Setor de Re-gistro, seja por fax, e-mail ou via Correios.

•••••TAXASTAXASTAXASTAXASTAXASRegistro Pessoa Física: R$ 60,00Anuidade Pessoa Física: R$132,00** Que poderá ser paga em até 03 parcelas

ATENÇÃO

Se você pagou as taxas referentes aoregistro Profissional e ainda não compa-receu ao CREF4/SP, nem encaminhou seusdocumentos ao Conselho, não perca maistempo, ligue para (0 xx11) 3292-1700 eregularize sua situação.

REGULARIZE-SE

A entrega das Cédulas de Identi-dade Profissional atrasou porque a Casa daMoeda teve problemas com tintas e im-pressão. Agora, a situação está regulariza-da e os profissionais começam a recebersuas cédulas.

ENTREGADECÉDULASDEIDENTIDADE

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CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

34 REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

MOMENTOATUALDOSISTEMACONFEF/CREFs

Comemorando os 4 anos da regulamenta-ção da profissão de Educação Física, este texto fazreferência a alguns fatos relativos a essa conquis-ta. Muitos foram aqueles que se empenharam atéque as autoridades reconhecessem a importânciada Educação Física para o bem-estar de toda socie-dade. Em 1990, um projeto de regulamentação daprofissão de Educação Física, apoiado pelo eméritoe sempre lembrado prof. Inezil Penna Marinho ecoordenado pelo então presidente da APEF-SP e daFBAPEF prof. Walter Giro Giordano, aprovado pelaCâmara e Senado, foi vetado pelo presidente Sarney.

O empenho dos profissionais de EducaçãoFísica pela regulamentação da profissão continuou.Reuniões e debates aconteceram, entre eles, em1995, o tradicional encontro acadêmico e científicorealizado pela UNESP - Rio Claro/SP, que abordou otema Educação Física – Que profissão é essa? Nes-se encontro o conceito e outros aspectos própriosda profissão foram amplamente discutidos.

Ainda em 1995, deu entrada na Câmara Fe-deral um novo projeto de regulamentação da profis-são de Educação Física, considerando acuradamenteo desenvolvimento social do País e as marcantesnecessidades e demandas da sociedade brasileiraem relação à atividade física e desportiva nas suasdiversas manifestações. Esse projeto foi acompa-nhado de perto pelos profissionais interessados or-ganizados no movimento “Regulamentação Já”, co-ordenado pelo prof. Jorge Steinhilber.

Assim, a Educação Física, que, nas suasdiversas manifestações, presta serviços de granderelevância à sociedade, envolve significativospercentuais da economia brasileira, tem presençade destaque na mídia, integra a rotina de milhões debrasileiros, tem reconhecida importância na educa-ção, saúde, performance esportiva e bem-estar deuma vida ativa, é agora uma profissão regulamenta-da pelas autoridades governamentais.

O profissional de Educação Física é aqueleque tem formação superior, domina o conjunto deconhecimentos especializados teóricos e práticos,técnicos e táticos bem como habilidades referentes àEducação Física (exercício corporal) ou esporte. Nasua atuação utiliza estes conhecimentos para ensi-nar, orientar, treinar, organizar e avaliar a prática deexercícios corporais ou esportivos.

Educação Física compreende elemento edu-cacional, área de estudo e campo profissional ca-racterizados pelo ensino, produção e aplicação docorpo de conhecimentos sobre o movimento huma-no voluntário e corporeidade, no sentido de viabilizar

José Maria de Camargo BarrosCREF4/SP 0029-GVice-presidente

as pessoas, o desenvolvimento e a otimização desuas possibilidades e pontencialidades de movi-mento, bem como a consciência corporal para atin-gir objetivos definidos nas áreas da educação, saú-de, prática esportiva e expressão corporal.

Como campo profissional regulamentado,presta serviços à sociedade caracterizando-se peladisseminação e aplicação do conhecimento sobre omovimento humano voluntário e intencional, técni-cas e habilidades, buscando viabilizar aos clienteso desenvolvimento da consciência corporal, possi-bilidades e potencialidades de movimento e a reali-zação de objetivos educacionais, de saúde ou práti-ca esportiva e artística.

Como área de estudo acadêmico-científi-co, volta-se sobre o conceito, princípios, formas evalores do movimento humano, exercício físico in-tencionalmente realizado e corporeidade. Os estu-dos englobam as dimensões biodinâmicas,comportamentais, socioculturais e filosóficas domovimento humano, podendo como tal denominar-se Motricidade Humana, Cinesiologia, Ciências doEsporte e outras.

No texto da Lei 9.696/98 teve-se o cuidadode utilizar-se termos gerais para conceitos comple-xos e especializados, evitando-se criar barreiras quepudessem prejudicar os interesses da sociedade edificuldades para a organização dos profissionais.Particularmente, o legislador, reconhecendo a neces-sidade de um período de transição do mercado detrabalho e adequação dos currículos de formação pro-fissional às novas exigências da regulamentação,inclui o item III do Art. 2o, possibilitando a regulariza-ção de todos que prestavam serviços no campo daEducação Física em suas diversas manifestações.

O Conselho Federal de Educação Física e11 Conselhos Regionais de Educação Física já fo-ram instalados e estão trabalhando para dar cumpri-mento às determinações da Lei 9.696/98, atravésde orientação e informação. Felizmente, os resulta-dos obtidos durante estes 4 anos são muito signifi-cativos. São aproximadamente 68.000 registradosno Brasil, sendo 19.000 no Estado de São Paulo. Écrescente o envolvimento dos profissionais e o re-conhecimento da sociedade e autoridades pelosserviços prestados por essa nobre profissão nosmais diversos espaços do mercado de trabalho.

Como o objetivo é o aprimoramento dos ser-viços no campo da Educação Física e Esporte, direi-tos constitucionais de todos os cidadãos, estamoscertos de contar com o apoio de todos os segmentossociais envolvidos.

A princípio as pessoas serecusam a acreditar que uma

coisa nova e estranha possa serfeita; depois elas começam a teresperanças de que ela pode serfeita – então ela é feita e todos

se perguntam por que jánão havia sido feita

��(Francis H. Burnett)

OPINIÃO

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35REVISTA CREF4/SP - ANO III - Nº 05 - DEZEMBRO/2002

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

INFORMAÇÃO

CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

??????????O QUE O CREF4/SP FAZO QUE O CREF4/SP FAZO QUE O CREF4/SP FAZO QUE O CREF4/SP FAZO QUE O CREF4/SP FAZ COMCOMCOMCOMCOMO DINHEIRO ARRECADADOO DINHEIRO ARRECADADOO DINHEIRO ARRECADADOO DINHEIRO ARRECADADOO DINHEIRO ARRECADADO

Entre os óbices enfrentados nestes quase trêsanos de regulamentação inclui-se uma culturaconstruída durante muitos anos. É preciso reconhecerque as mudanças desejadas e necessárias precisamde uma ação efetiva do CREF4/SP para acontecerem.Então, é necessário uma estrutura administrativa quepermita ações de organização, orientação efiscalização do exercício profissional, hoje tão confusoe desvalorizado. É pois, necessário a contratação defuncionários, fiscais, assessores jurídicos, além deinstalações e equipamentos para abrigar a sede doCREF4/SP. As iniciativas do CREF4/SP naimplementação dos serviços exigem um gasto mensalelevado. O CREF4/SP não recebe nenhum subsídiogovernamental, sendo todas as despesas cobertaspelos profissionais através das anuidades.Observamos ainda que a anuidade em vigor está entreas mais baixas de todas as profissões regulamentadas.O CREF4/SP não tem fins lucrativos e tem suas contaspublicadas na Revista do CREF4/SP, controladas poruma comissão de Conselheiros, pelo CONFEF eauditada pelo Tribunal de Contas. É importanteesclarecer que o cargo de Conselheiro não éremunerado, pois é entendido como uma honrosaoportunidade de contribuir para que a profissão deEducação Física preste os relevantes serviços àsociedade e seus profissionais tenham o devidoreconhecimento.

??????????

PORQUEDENUNCIAR

RESPONDEEste espaço é reservado para que os profissionaispossam questionar, sugerir, criticar ou sanar suas

dúvidas em relação a Resoluções, artigos ou informaçõeslegais sobre a área de Educação Física

“É preciso fortificar a idéia de queo profissional tem de falar sem receio, poisestá fazendo uma contribuição, defendendoa sua profissão e resguardando a sociedadeem relação à qualidade da prestação deserviço nessa área. Se as pessoas seconscientizarem de que a denúncia é umareação ao que está errado, vão saber queestão melhorando a profissão e valorizandoa atuação individual, pois será mais justocompetir com profissionais registrados, deigual para igual.

Nas academias, instituições deensino e outras entidades que tenham pro-fissionais de Educação Física, as irregula-ridades têm de ser informadas porque pre-judicam o grupo de profissionais que tra-balha corretamente e denigre a imagem doestabelecimento. Portanto, é importante eseguro ter e manter, nos quadros de funci-onários, profissionais registrados que res-pondam por seus atos.

A própria população vai encarara profissão com mais respeito e credibi-lidade, afinal também somos agentes dasaúde, temos uma profissão regulamen-tada e reconhecida pela ClassificaçãoBrasileira de Ocupações (CBO) e um Con-selho Regional forte e atuante que querelevar, cada vez mais, a profissão deEducação Física”.

Fernando Izac Soaresencarregado daFiscalização

POR QUE SURGIU OPOR QUE SURGIU OPOR QUE SURGIU OPOR QUE SURGIU OPOR QUE SURGIU OCREF4/SP E PARA QUE SERVECREF4/SP E PARA QUE SERVECREF4/SP E PARA QUE SERVECREF4/SP E PARA QUE SERVECREF4/SP E PARA QUE SERVE

O avanço e a incorporação do conforto se-dentário proporcionado pela moderna tecnologia crianecessidades de serviços cada dia mais diferencia-dos e amplia o reconhecimento da importância daEducação Física para o bem-estar de toda a popula-ção. Quando não existia a regulamentação, o valor dodiploma do curso de Educação Física era muito relati-vo, muito cartorial e exigido apenas para concurso deprofessores. No mercado de trabalho mais amplo elesignificava muito pouco, o que fazia com que os cur-sos tivessem pouco compromisso com o currículo eos egressos. O conceito de Educação Física não esta-va claro para todos. A caracterização do serviço nes-se campo como especializado e profissional foi poralguns questionado, sendo o profissional confundidocom praticante de exercícios físicos ou atleta, oudançarino, ou bailarino, ou lutador, ou mesmo comomero voluntário de boa vontade. O fato é que apósanos de trabalho efetivo e muita dedicação, o impor-tante papel do profissional de Educação Física tinhade ser reconhecido. Com a Lei 9.696/98, surgiram osConselhos Federal e Regional de Educação Física(CONFEF e CREFs) com a finalidade de organizar econtrolar o exercício da profissão.

Com a regulamentação, as responsabilida-des da Educação Física com a sociedade estãoestabelecidas e, assim, as instituições formadoras,as entidades de administração do esporte eprestadores de serviços nesse campo e os profissi-onais têm as normas legais para dar o direcionamentoe coordenação ao esforço de todos no aprimoramen-to dos serviços que prestam à sociedade. O profissi-onal será valorizado e a sociedade melhor atendida.Assim sendo, a organização da Profissão de Educa-ção Física é uma atividade complexa que requertrabalho conjunto do CREF4/SP com os profissio-nais, com as associações profissionais, com as es-colas de formação e as entidades prestadoras deserviço nesse campo. O CREF4/SP tem competêncialegal para habilitar o profissional através da Cédulade Identidade Profissional, diferenciando-o no mer-cado de trabalho. Somente com esse registro poderáocorrer o exercício da profissão. Assim, o registronão é facultativo, mas obrigatório.

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