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Curso de MedicinaSeminários Temáticos I
Prof. Sérgio Basano
The Doctor: um golpe do destino.A profissão médica,
a relação médico-paciente e o câncerAlmir Júnior
Amanda VianaBruno CollinsCarime MoussaLeonardo BorgesMurilo JaquiniPaula SassoRaiane RamalhoSamir MoussaStênio AndradeTasso Vieira
• O filme retrata a vida de um médico, Jack Mackee, que não sabia olhar nos olhos dos pacientes e
dialogar, não os respeitava, chamando-os pela doença e não pelo nome. Porém sua atitude muda
quando ele descobre que tem câncer, passando de médico para paciente, e experimenta como é
ruim o desrespeito que os médicos tinham pelos pacientes, não ligando para o que pensam ou
sentem, e sim com a doença. E como ele próprio disse quando era apenas médico: “O trabalho do
cirurgião é cortar! Você tem a chance, você entra, conserta e cai fora!”. Essa mudança de atitude se
acentua quando ele conhece June, paciente terminal que tinha uma atitude positiva mesmo
sabendo de sua condição. Ela o mostra que ele pode ser uma melhor pessoa se permitir que as
pessoas se aproximem de verdade. O filme mostra como as pessoas só entendem o outro lado
quando estão nele. E é essa mudança de atitude que deve ser pregada não só na relação médico-
paciente como em tudo na vida.
O Filme
Os médicos padecem de estigmas e expectativas sociais. Se por um lado podem ser objeto de adoração e reconhecimento por aqueles que gozam imediatamente de seus benefícios, por outro são cobrados a nunca errar e sempre fazer viver mais ou não deixar morrer ninguém, como se estivesse ao alcance deles o próprio dom da vida.
A atitude científica constitui apenas uma faceta importante da profissão de médico. O objeto de sua ação é o ser humano, a exigir um atributo ímpar de quem o assiste – a sensibilidade, qualidade que torna a interação um ato satisfatório. É inegável o fato de que é imensamente importante para o paciente que o médico se interesse por ele.
Concepção sacerdotal, que impede a contestação de seus direitos.
A Profissão médica atualmente
Médicos estão cada vez mais descontentes com a sua profissão, e isso é ruim para seus pacientes. Insensibilidade nas interações médico-paciente tornou-se quase normal.
Síndrome de Burnout
Insatisfação na profissão médica
http://static.consumer.es/revista/imgs/20080601/salud2.02.jpg
Exaustão emocional
Baixa realização pessoal
Despersonalização: Comportamentos negativos
Reações distantes e frias em relação ao trabalho
Evita o contato com os demais
Insatisfação na profissão médica
http://www.redehumanizasus.net/8279-programa-inedito-mostra-se-eficiente-na-prevencao-da-sindrome-do-esgotamento-profissional
Especialistas que mais sofrem com a síndrome:
Cancerologistas 56%
Infectologistas 40 a 50%
Médicos que trabalham na Emergência 40 a 50%
Estudo do Instituto de Oncologia da Faculdade de Medicina do ABC
Insatisfação na profissão médica
Como combater a síndrome e melhorar a relação medico-paciente?
Seria necessário uma carreira que garantisse ao médico um único emprego, com boa remuneração;
Tratamento médico e psicológico de modo preventivo aos médicos, por exemplo: Núcleo de atenção aos trabalhadores Recompensas pela satisfação dos pacientes;
Sistemas que ajudem a restaurar o humanismo na relação médico-paciente que foram enfraquecidos.
Insatisfação na profissão médica
Estudo do instituto de oncologia da faculdade de medicina do ABC
Insatisfação na profissão médica
73,5% consideraram alternativas mais relevantes limitação do número de pacientes atendidos por dia e menor burocracia com 72,7%
RELAÇÃO COM PACIENTES E FAMILIARES:É vedado ao médico:
Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte.
Art. 33. Deixar de atender paciente que procure seus cuidados profissionais em casos de urgência ou emergência, quando não haja outro médico ou serviço médico em condições de fazê-lo
Art. 36. Abandonar paciente sob seus cuidados.
Código de Ética Médica: Relação médico e paciente
(Infrações mais frequentes)
Art. 37. Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo imediatamente após cessar o impedimento.
Art. 38. Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais.
Art. 40. Aproveitar-se de situações decorrentes da relação médico-paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou de qualquer outra natureza.
Código de Ética Médica: Relação médico e paciente
(Infrações mais frequentes)
O mundo está cada vez mais saudável....Mas, ironicamente, os médicos não estão:Segundo estudos, os médicos têm maior tendência a sofrerem com: Depressão Alcoolismo Cirrose Distúrbios alimentares Doenças cardiocirculatórias
Nota-se a predominâncias de doenças relacionadas ao psicológico.
O médico como paciente
Muitos se espantam ao saber que seu médico está doente.
Há uma ideia de que eles estão proibidos de ficar doente.
Os próprios médicos, geralmente, compartilham com parte desta ideia. Eles sofrem de “HIPERCONDRIA”.
O médico como paciente
Estou bem !!
Para o médico, a partir do momento em que ele perde o status de pessoa sadia, perde também o papel de pessoa que cura.
O médico como paciente
Existem falsas ideias em relação ao médico: Acreditam que eles são frios, distantes, fortes e saudáveis E que sabem cuidar de si mesmo Mas há uma verdade, que talvez não se espera: Os médicos são péssimos pacientes. O relacionamento entre os profissionais da saúde e um paciente-médico é geralmente conflitante.
Problemas do medico-paciente: Rigidez, por parte do médico, em aceitar o papel de doente
Dificuldade do médico e da equipe em lidar com o colega enfermo.
O médico como paciente
Rigidez, por parte do médico, em aceitar o papel de doente: Hipercondria Autodiagnostico Automedicação Dificuldade em procurar ajuda
O médico como paciente
Resulta em tratamento tardio e maiores complicações
http://alergohouse.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/07/automedicacao1.jpg
Dificuldade do médico e da equipe em lidar com o colega enfermo: Fazem uma consulta superficial
Acreditam que o médico-paciente sabe lidar sozinho com a doençaO enfermo sente-se desamparado.
O médico como paciente
Dessa forma, fica evidente que os médicos-
pacientes devem ser tratados pela equipe médica
como pessoas normais, procurando melhorar sua
moral e auto-estima. Ou seja, deve-se tratar o
médico apenas como paciente, apesar de seu
conhecimento científico.
O médico como paciente
A laringe é um órgão em forma
de pirâmide constituído por cartilagens,
músculos e membranas. Localizada na
região da garganta, entre a traqueia e a
base da língua, da qual é separada pela
epiglote, uma espécie de válvula que se
fecha durante a deglutição e abre-se para
permitir o fluxo de ar durante a
respiração.
Câncer de Laringe
Pode ser dividida em três diferentes compartimentos: subglote, glote e
supraglote. Na glote que estão as cordas vocais, pequenas pregas que vibram com
a passagem do ar e fazem parte do aparelho fonador.
Os principais fatores de risco para o câncer de laringe são o cigarro e o álcool. A associação entre tabagismo e uso habitual de bebidas alcoólicas aumenta consideravelmente o risco de desenvolver a doença.
Fatores de risco:
Câncer de Laringe
Embora pouco frequentes, são considerados possíveis fatores de risco a infecção pelo papiloma vírus humano, o refluxo gastroesofágico e a poluição ambiental.
Pessoas que já possuem câncer de laringe e continuam a fumar e bebe, tem índice de cura reduzida e podendo a ter outro câncer no mesmo local
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Sintomas: Rouquidão costuma ser o sintoma inicial do câncer de laringe e,
geralmente, está associada a um tumor na glote ou na subglote.
Quando ele está situado acima da glote (supraglote), os sintomas são dor de garganta persistente, dificuldade para engolir e sensação de um corpo estranho na altura do pescoço.
Quando se encontra abaixo da glote (subglote), pode provocar dificuldades respiratórias.
Sensação de caroço na garganta
Câncer de Laringe
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Diagnostico:
O diagnóstico do câncer de laringe considera os sintomas, o histórico do paciente, se é ou foi fumante e usuário habitual de álcool.
Câncer de Laringe
Exames de imagem como a laringoscopia direta e indireta para visualizar a região afetada são importantes para o diagnóstico, mas não dispensam a realização da biópsia, que pressupõe a retirada de fragmento do tumor para análise, a fim de determinar se é maligno ou não . Se for maligno (nem todos são), é fundamental saber o grau de estadiamento da doença para orientar o tratamento.
Os tumores malignos podem surgir em qualquer região da laringe, mas 60% deles se desenvolvem na glote. O tipo mais comum é o carcinoma das células escamosas, com predominância entre os 50 e 70 anos.
Tratamento:
O tratamento do câncer de laringe leva em consideração o estágio da doença e conta com os seguintes recursos: quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de cura que podem atingir indices superiores a 90% nos quadros iniciais.
A retirada cirúrgica da laringe (laringectomia total) só é indicada nos casos avançados que não responderam a outras formas de tratamento, pois implica a perda da voz e a colocação de traqueostomia definitiva. Mesmo nessas situações, porém, é possível restaurar a fala dos pacientes utilizando próteses fonatórias tráqueo-esofageanas, que desviam parte do ar da traqueia para o esôfago, ou a laringe eletrônica, conhecida como voz robotizada monotonal.
Câncer de Laringe
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Recomendações:
Não se iluda. Rouquidão que não regride por mais de duas ou três semanas, especialmente nos fumantes e usuários habituais de álcool, pode ser sinal de alterações na laringe, que merecem avaliação, diagnóstico e acompanhamento médico;
Fique longe do cigarro!! O tabaco é o principal responsável pelo câncer de laringe especialmente quando associado ao consumo de bebidas alcoólicas;
Informe seu médico sobre outros casos de câncer de laringe na família.
Câncer de Laringe
O Diagnóstico: Incertezas e inseguranças Medo Raiva Ansiedade
ESTADO DEPRESSIVO
Perfil psicológico de pacientes com Câncer
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Durante o tratamento: Mudanças na rotina que levam à uma piora no
quadro psicológico.
Relações sociais: Envolve não somente as relações com os seus familiares, mas também a relação com o seu grupo de amigos e o seu companheiro(a) também.
Perfil psicológico de pacientes com Câncer
Pacientes “curados”:Após receberem alta médica, costumam sentir
ansiedade e medo;Periodicamente, devem realizar exames de
controle;Sentem-se novamente vulneráveis ao câncer
sem ajuda da terapia;Recebem acompanhamento psicológico, além
do médico;
Perfil psicológico de pacientes com Câncer
Pacientes terminais:São os pacientes sem perspectiva de cura;
Para estes, são aplicados os cuidados paliativos;
O importante é tratar a dor, e não a doença;
O paciente sofre com o sofrimento da família;
Perfil psicológico de pacientes com Câncer
A Medicina Integrativa é uma abordagem orientada para um sentido mais amplo de cura, que visa tratar a pessoa em seu todo: corpo, mente e espírito Essa abordagem enfatiza as relações entre o paciente e o medico (no processo de cura).
Medicina Integrativa
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No do filme é possível observar inicialmente a inexistência desse tipo de medicina, o médico e professor, Dr. Jack Mackee ensinava aos seus alunos que não tinha que se apegar com seus pacientes,a doença deveria ser tratada adotando a ausência de diálogos e a falta de humanização.
Entretanto o destino lhe deu um golpe e ao virar “paciente” teve que adotar uma postura distinta.
Medicina Integrativa
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Ao viver uma experiência que o próprio doutor adotava em sua vida profissional ,o professor Mackee compreendeu que além da eficácia no âmbito profissional, o mesmo deveria dar mais importância na assistência com o tratamento humanizado.
Sendo assim, o filme retrata que a medicina integrativa deve existir dentro da relação médico paciente. Humanidade, cuidado, acompanhamento visam a melhoria na vida do paciente (Cura).
Medicina Integrativa
http://www2.fm.usp.br/cedem/DocCedem/15/artigo4.php http://medintegrativa.com.br/medicina-integrativa/
Código de Ética Medicahttp://
www.saintgallenoncologia.com.br/br/ler/314/aspectos_psicologicos_e_cancer
http://www.empreendersaude.com.br/por-que-medicos-estao-cansados-da-medicina/
Referências Bibliográficas