curso de gestão de pessoas pdf - 01
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Gesto de Pessoas
2015Santa Maria - RS
Lucas Veiga vilaJaime Peixoto Stecca
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Presidncia da Repblica Federativa do Brasil
Ministrio da Educao
Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica
Equipe de Elaborao
Colgio Politcnico da UFSM
Reitor
Paulo Afonso Burmann/UFSM
Diretor
Valmir Aita/Colgio Politcnico
Coordenao Geral da Rede e-Tec/UFSM
Paulo Roberto Colusso/CTISM
Coordenao de CursoVitor Kochhann Reisdorfer/Colgio Politcnico
Professor-autor
Lucas Veiga vila/Colgio Politcnico
Jaime Peixoto Stecca/Colgio Politcnico
Equipe de Acompanhamento e Validao
Colgio Tcnico Industrial de Santa Maria CTISM
Coordenao Institucional
Paulo Roberto Colusso/CTISM
Coordenao de Design
Erika Goellner/CTISM
Reviso Pedaggica
Elisiane Bortoluzzi Scrimini/CTISM
Jaqueline Mller/CTISM
Reviso Textual
Carlos Frederico Ruviaro/CTISM
Reviso Tcnica
Gabriel Murad Velloso Ferreira/Colgio Politcnico
Ilustrao
Marcel Santos Jacques/CTISM
Ricardo Antunes Machado/CTISM
Diagramao
Leandro Felipe Aguilar Freitas/CTISM
Valria Guarda Lara Dalla Corte/CTISM
Colgio Politcnico da UFSM
Este caderno foi elaborado pelo Colgio Politcnico da Universidade Federal de SantaMaria para a Rede e-Tec Brasil.
S811g vila, Lucas VeigaGesto de pessoas / Lucas Veiga vila, Jaime Peixoto
Stecca. Santa Maria : Universidade Federal de SantaMaria, Colgio Politcnico ; Rede e-Tec Brasil, 2015.
76 p. : il. ; 28 cmISBN 978-85-63573-74-2
1. Administrao 2. Administrao de empresas3. Administrao de pessoal 4. Recursos humanos5. Gesto de pessoas 6. Planejamento estratgicoI. Stecca, Jaime Peixoto II. Ttulo
CDU 658.3
Ficha catalogrfica elaborada por Maristela Eckhardt CRB 10/737Biblioteca Central da UFSM
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e-Tec Brasil3
Apresentao e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Bem-vindo a Rede e-Tec Brasil!
Voc faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma
das aes do Pronatec Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico e
Emprego. O Pronatec, institudo pela Lei n 12.513/2011, tem como objetivo
principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educao
Profissional e Tecnolgica (EPT) para a populao brasileira propiciando cami-
nho de o acesso mais rpido ao emprego.
neste mbito que as aes da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre
a Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica (SETEC) e as instncias
promotoras de ensino tcnico como os Institutos Federais, as Secretarias de
Educao dos Estados, as Universidades, as Escolas e Colgios Tecnolgicos
e o Sistema S.
A educao a distncia no nosso pas, de dimenses continentais e grande
diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao
garantir acesso educao de qualidade, e promover o fortalecimento da
formao de jovens moradores de regies distantes, geograficamente ou
economicamente, dos grandes centros.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos tcnicos a todas as regies do pas,
incentivando os estudantes a concluir o ensino mdio e realizar uma formao
e atualizao contnuas. Os cursos so ofertados pelas instituies de educao
profissional e o atendimento ao estudante realizado tanto nas sedes das
instituies quanto em suas unidades remotas, os polos.
Os parceiros da Rede e-Tec Brasil acreditam em uma educao profissional
qualificada integradora do ensino mdio e educao tcnica, capaz
de promover o cidado com capacidades para produzir, mas tambm com
autonomia diante das diferentes dimenses da realidade: cultural, social,
familiar, esportiva, poltica e tica.
Ns acreditamos em voc!
Desejamos sucesso na sua formao profissional!
Ministrio da Educao
Janeiro de 2015
Nosso contato
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e-Tec Brasil5
Indicao de cones
Os cones so elementos grficos utilizados para ampliar as formas de
linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual.
Ateno: indica pontos de maior relevncia no texto.
Saiba mais: oferece novas informaes que enriquecem o
assunto ou curiosidades e notcias recentes relacionadas ao
tema estudado.
Glossrio: indica a definio de um termo, palavra ou expresso
utilizada no texto.
Mdias integradas: sempre que se desejar que os estudantes
desenvolvam atividades empregando diferentes mdias: vdeos,
filmes, jornais, ambiente AVEA e outras.
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes
nveis de aprendizagem para que o estudante possa realiz-las e
conferir o seu domnio do tema estudado.
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Sumrio
Palavra do professor-autor 9
Apresentao da disciplina 11
Projeto instrucional 13
Aula 1 A gesto de pessoas nas organizaes 151.1 Evoluo e desafios da gesto de pessoas nas organizaes 15
1.2 O papel da gesto de pessoas em processos de mudanasestratgicas 22
Aula 2 Planejamento estratgico de gesto de pessoas 252.1 Consideraes iniciais 25
2.2 Modelos de planejamento de gesto de pessoas 26
2.3 Fatores que intervm no planejamento de RH 28
2.4 Apreciao crtica do planejamento de RH 29
Aula 3 Suprimento de pessoal 313.1 Anlise e descrio do cargo 31
3.2 O processo de recrutamento e seleo 32
Aula 4 Treinamento e desenvolvimento de pessoas 414.1 O processo de treinamento e desenvolvimento 41
4.2 Tcnicas de treinamento e desenvolvimento 42
4.3 Subsistema de treinamento e desenvolvimento 43
Aula 5 Avaliao de desempenho 475.1 Subjetividade e caractersticas da autoavaliao 47
5.2 Mtodos e processos de avaliao 48
Aula 6 Remunerao 536.1 Como os empregadores determinam a remunerao: cargose salrios 53
6.2 Recompensas financeiras e no-financeiras 53
6.3 Salrio nominal e salrio real 54
6.4 Benefcios 56
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Aula 7 Administrao das relaes com o funcionrio 617.1 Relaes trabalhistas e negociao coletiva 61
Aula 8 Comportamento organizacional 678.1 O comportamento das pessoas nas organizaes 67
8.2 Liderana tipo de lderes 70
Referncias 74
Currculo do professor-autor 76
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Palavra do professor-autor
Prezado(a) Estudante.
Estamos muito contentes por sermos seus professores no Curso Tcnico em
Cooperativismo. Esperamos que este material lhe proporcione boas leituras,
reflexes e experincias para sua formao.
A disciplina de Gesto de Pessoas apresenta uma abordagem reflexiva sobre
os principais conceitos e fundamentos da parte tcnica e comportamental da
rea de gesto de pessoas.
Ao longo do caderno didtico, esto apresentadas oito aulas, que iro con-
tribuir para uma viso abrangente da rea e sua aplicabilidade na gesto de
organizaes coletivas.
Desejamos um excelente curso, e que este material colabore para uma boa
aprendizagem, por meio de leituras, discusses, reflexes e realizao de ati-
vidades.
Um forte abrao!
Professores Lucas Veiga e Jaime Stecca
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Apresentao da disciplina
Prezado(a) Estudante!
O objetivo desta disciplina apresentar uma abordagem literria e reflexiva,
com base em conceitos e teorias discutidas por conceituados autores na rea
de gesto de pessoas.
As aulas esto organizadas, visando que voc interprete os conceitos com o
contexto atual das cooperativas, buscando relacion-las com suas atividades,
bem como aplicabilidade nas organizaes.
Seu material est metodologicamente organizado em sees, com exemplos,
e atividades, para facilitar o seu aprendizado, e com o apoio da nossa equipe
e da tecnologia, temos a certeza que seus objetivos sero atendidos, uma
vez que a gesto de cooperativas cresce a cada dia em especial rea de
gesto de pessoas.
Conte conosco!
Bons estudos!
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Disciplina: Gesto de Pessoas (carga horria: 60h).
Ementa: A gesto de pessoas nas organizaes. Suprimento de pessoal. Trei-
namento e desenvolvimento de pessoas. Avaliao de desempenho. Remune-
rao. Administrao das relaes com o funcionrio. Liderana organizacional.
Motivao e comunicao de equipes de trabalho.
AULA OBJETIVOS DEAPRENDIZAGEM MATERIAISCARGA
HORRIA(horas)
1. A gesto de
pessoas nasorganizaes
Conhecer a evoluo e desafios da gesto de
pessoas nas organizaes, bem como seusaspectos estratgicos.
Ambiente virtual:plataforma Moodle.Apostila didtica.Recursos de apoio: links,exerccios.
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2. Planejamentoestratgico de
gesto de pessoas
Conhecer os conceitos e tipos deplanejamento estratgico de gesto de
pessoas.
Ambiente virtual:plataforma Moodle.Apostila didtica.Recursos de apoio: links,exerccios.
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3. Suprimento de
pessoal
Conhecer os conceitos de anlise e descrio
de cargos, o processo de recrutamento e
seleo, tcnicas de recrutamento e seleo e
a socializao.
Ambiente virtual:plataforma Moodle.Apostila didtica.Recursos de apoio: links,exerccios.
08
4. Treinamento e
desenvolvimentode pessoas
Conhecer o processo de treinamento
e desenvolvimento, suas tcnicas esubsistemas, verificando sua aplicabilidade
nas organizaes.
Ambiente virtual:plataforma Moodle.Apostila didtica.Recursos de apoio: links,exerccios.
08
5. Avaliao de
desempenho
Conhecer e verificar a aplicabilidade dosmtodos e processos para avaliao de
desempenho de colaboradores.
Ambiente virtual:plataforma Moodle.Apostila didtica.Recursos de apoio: links,exerccios.
08
6. Remunerao
Conhecer os principais conceitos e aspectos
da remunerao e benefcios, bem como suaaplicabilidade nas organizaes.
Ambiente virtual:plataforma Moodle.
Apostila didtica.Recursos de apoio: links,exerccios.
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7. Administrao
das relaes com ofuncionrio
Conhecer os conceitos da administrao
das relaes com o funcionrio, relaestrabalhistas, bem como as relaes com as
organizaes cooperativas.
Ambiente virtual:plataforma Moodle.Apostila didtica.Recursos de apoio: links,exerccios.
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Projeto instrucional
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AULA OBJETIVOS DEAPRENDIZAGEM MATERIAISCARGA
HORRIA(horas)
8. Comportamento
organizacional
Apresentar os principais conceitos e aspectos
do comportamento organizacional, bem
como o comportamento das pessoas noambiente de atuao.
Ambiente virtual:plataforma Moodle.Apostila didtica.
Recursos de apoio: links,exerccios.
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Aula 1 A gesto de pessoas nas organizaes
Objetivos
Conhecer a evoluo e desafios da gesto de pessoas nas
organizaes, bem como seus aspectos estratgicos.
1.1 Evoluo e desafios da gesto de pessoasnas organizaes
Entender a evoluo e desafios da gesto de pessoas nas organizaes
de suma importncia para os envolvidos no processo de gesto. Pois umprocesso que vem ocorrendo h sculos e abrange discusses em vrios
campos do conhecimento. Na rea de gesto, foi marcante por meio de
alguns movimentos. O primeiro movimento marcante ocorreu por meio da
Administrao Cientfica, impulsionada por Frederick W. Taylor (1856-
1915), nos Estados Unidos, e Henri Fayol (1841-1925), na Frana. O objetivo
fundamental desses movimentos eram proporcionar fundamentao cientfica
s atividades administrativas, substituindo a improvisao e o empirismo.
Taylor, com base em suas pesquisas e anlises em oficinas, concluiu que as
pessoas produziam muito menos do que poderiam produzir. A partir da,
desenvolveu seu sistema de administrao cientfica, que visava racionali-
zao do trabalho, mais especificamente na simplificao dos movimentos
requeridos para a execuo das tarefas, tornando-se esse movimento como
um dos fatos marcantes do sculo passado.
Aps vrias discusses de insatisfao por parte dos trabalhadores, surgiu um
novo movimento, denominado Escola das Relaes Humanas. Este movimento
teve como enfoque a constatao da necessidade de considerar a relevncia dos
fatores psicolgicose sociais na produtividade. As bases desses movimentosforam dadas pelos estudos do psiclogo americano Elton Mayo (1890-1949).
Administrao Cientfica o modelo de administraodesenvolvido pelo engenheiroNorte-Americano FrederickTaylor, considerado o pai daadministrao cientfica e umdos primeiros sistematizadores.
empirismoFoi uma teoria do conhecimentoque afirma que o conhecimentovem apenas ou principalmente,a partir da experincia.
fatores psicolgicosSo fatores relacionamentosa emoo da pessoa, quepodem levar a desateno einfluenciam no comportamento.
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Figura 1.1: Operrios em atividadeFonte: (a) http://3.bp.blogspot.com/_f3Ns4PuHu_M/TNP0ThfyY2I/AAAAAAAAH8k/qW_OGEjWyBQ/s1600/6c75d9255ee2d5ed_large.jpg (b) http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5b/Fabrica_brasil_1880.jpg (c) http://carrosantigos.files.wordpress.com/2009/05/automobile_industry_1923_17.jpg (d) http://outraspalavras.net/wp-content/uploads/2013/08/70090024.jpg
Mayo desenvolveu uma experincia pioneira no campo do comportamento
humano no trabalho. Essa experincia na Fbrica de Western Eletric, no
distrito de Hawthorn, em Chicago, teve como enfoque inicial estudos da
iluminao na produtividade, ndice de acidentes e fadiga. No entanto, estas
pesquisas alm de vrias contribuies apontaram como um dos marcos, que
os colaboradores eram influenciados pelos fatores psicolgicos e sociais na
elaborao de suas atividades.
Figura 1.2: Gestor com influncias psicolgicasFonte: CTISM
fadigaFisiologicamente, fadiga
descreve a incapacidade decontinuar funcionando ao nvelnormal da capacidade pessoal.
Ou seja, quando a pessoaexerce uma atividade por muito
tempo realizando os mesmosmovimentos.
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A relao humana passou a ser mais reconhecida no ambiente de trabalho
nas organizaes de maior porte de complexidade. No entanto, como pode-
mos perceber, so essenciais que as organizaes estejam atentas as vrias
situaes do dia a dia dos seus colaboradores, pois os fatores emocionais
afetam diretamente no seu desempenho, podendo levar aostress, problemascom os demais colegas, bem como afetar diretamente em graves problemas
psicolgicos.
Alm dos movimentos da administrao cientifica e das relaes humanas,
outro fato marcante na evoluo da rea de gesto de pessoas, foram s
relaes industriais, bem como foram essenciais para o desenvolvimento das
organizaes.
Nos Estados Unidos, sobretudo no perodo imediatamente posterior a Segunda
Guerra Mundial, verificou-se notvel aumento do poder dos sindicatos detrabalhadores. Esta situao determinou mudanas significativas na adminis-
trao de pessoal das empresas, cujas atividades se restringiam s rotinas de
pessoal orientadas pelo enfoque legal e disciplinar.
Em virtude dessa nova relao de foras, as empresas passaram a preocupar-se
mais com suas condies de trabalho e a concesso de benefcios aos seus
empregados. E, tambm passaram a sentir a necessidade de negociar com
as entidades representativas dos trabalhadores.
De acordo com Chiavenato (2012), foi neste sculo que se visualizou trs
eras organizacionais:
Era da industrializao clssica refere-se ao perodo aps a Revoluo
Industrial, at meados de 1950 e metade do sculo XX. A cultura orga-
nizacional era voltada para o passado e para a valorizao e conservao
das tradies. As pessoas eram consideradas recursos de produo.
Nesta poca, surgem os departamentos de relaes industriais e depar-
tamentos de pessoal, destinados a fazerem os empregados cumprirem asexigncias e normas organizacionais. Os empregados eram vistos apenas
como fornecedores de esforos fsicos e musculares onde predominava a
mo de obra farta.
Era neoclssica o perodo entre as dcadas de 1950 a 1990, logo aps
a Segunda Guerra Mundial. A teoria clssica foi substituda pela teoria
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neoclssica de administrar. O modelo burocrtico foi redimensionado pela
teoria estruturalista e a teoria das relaes humanas foi substituda pela
teoria comportamental.
Era da informao teve incio em 1990 at a atualidade. Foi era dasmudanas rpidas e inesperadas. Teve um grande desenvolvimento e passou
a influenciar o comportamento das organizaes em relao s pessoas.
As organizaes modernas deixaram para trs a era clssica e neoclssica
de administrar, de valorizar as tradies antigas mudando a maneira de
pensar, de agir e de administrar pessoas. Sendo assim, o departamento
de pessoal passa a ser chamado de departamento de recursos humanos.
Figura 1.3: As eras da administrao e as influncias nos consumidoresFonte: CTISM
Podemos verificar que no foram poucos os acontecimentos da rea de
gesto desde o inicio do sculo XX, mas foi a partir dos anos de 1960 que
comeou a se falar em administrao de recursos humanos, em decorrnciado crescimento das organizaes e foram aparecendo novas oportunidades de
trabalho e as empresas passaram a valorizar o capital humano, denominado
o processo de administrao de recursos humanos.
A Administrao de Recursos Humanos (ARH) consiste no planejamento, na
organizao, no desenvolvimento, na coordenao e no controle de tcnicas
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capazes de promover o desempenho eficiente do pessoal, ao mesmo tempo
em que a organizao representa o meio que permite s pessoas que com
ela colaboram alcanar os objetivos individuais relacionados direta ou indire-
tamente com o trabalho. Podemos entender que a ARH busca conquistar e
manter empregados na organizao, trabalhando e dando o mximo de si,com uma atitude positiva e favorvel.
Figura 1.4: Planejamento da administrao de recursos humanosFonte: CTISM
Quando se fala em Administrao de Recursos Humanos (ADR), torna-se como
referncia a administrao das pessoas que participam das organizaes e que
nelas desempenham determinados papis. Visto que esta rea fundamental
para o sucesso de uma organizao, pois ela responsvel pelo abastecimento,
aplicao, manuteno, monitoramento, desenvolvimento de novos talentos,
da gesto, orientao, treinamento das pessoas. Ou seja, a funo envolve
todo o processo de gesto, desde a entrada do funcionrio at a sua sada.
Esse setor procura por meio de suas aes integrarem e comprometer os cola-
boradores com os objetivos organizacionais, visando obter maior desempenho
e, consequentemente, melhores resultados para a organizao.
Atualmente, devido s constantes mudanas econmicas, tecnolgicas e sociais, de fundamental importncia que as organizaes estejam voltadas para a
gesto de recursos humanos e torna-se visvel que o diferencial competitivo das
organizaes est nas pessoas nelas inseridas e em seus recursos disponveis.
Diversos so os projetos que o setor desenvolve e tem a responsabilidade
de manter em andamento nas organizaes. Alguns desses projetos so de
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responsabilidade social e exigida por lei, tais como a incluso de pessoas
com deficincia. Pode-se dizer que muitas organizaes esto investindo em
responsabilidade social, preocupando-se com o ambiente interno e externo
da empresa. Deficientes fsicos que antes eram considerados inaptos para o
trabalho, assumem cada vez mais cargos em grandes empresas. O mercadode trabalho para estas pessoas especiais est crescendo gradativamente,
embora lentamente.
Figura 1.5: A insero de pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalhoFonte: CTISM
A ARH uma das principais reas responsvel pelas pessoas em uma organi-
zao. Sem pessoas no h empresa, produtos ou servios, por isso funda-
mental ter essa rea bem estruturada e definida nas organizao. As pessoas
constituem o principal ativo da organizao, o setor de RH desempenha funes
que permitem a colaborao eficaz para alcance dos objetivos organizacionais
e individuais, pois dependendo da maneira como as pessoas so tratadas,
podem aumentar ou reduzir as foras e fraquezas da organizao.
Outros fatores importantes a serem considerados na evoluo da administrao
de RH foi o crescimento industrial, a revoluo industrial e a substituio do
trabalho manual pela mquina. Para Wren (2005), a revoluo gerou um
impacto significativo nas indstrias e foi responsvel pelo crescimento dessasfirmas, e pelo aumento do ambiente competitivo. Ainda segundo o autor,
essa transformao modificou o mercado na poca e acabou influenciando
tambm os modelos administrativos.
A preocupao com as pessoas no s evoluiu como expandiu para outros
nveis. A rea de RH, cuja atuao, antes se encontrava mais evidente nos
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nveis operacionais passou a ser considerada como um fator estratgico para as
empresas. A administrao de recursos humanos sofreu alteraes significativas
como forma evolutiva, quando deixou de apenas contabilizar entradas de
empregados na organizao, dando maior importncia s horas trabalhadas,
absentesmoe atrasos, com efeito nos pagamentos ou descontos, passandopara a fase da administrao que considera os recursos humanos de forma
incorporada a estratgia do negcio.
Por meio destes processos, surge o cargo de gerentede recursos humanos,
tentando, assim, humanizar a organizao. Esse novo contexto tem a funo
de alterar o foco de protetor para planejador e agente de mudanas.
Com a era do conhecimento, na qual as informaes esto disposio
de todos e a todo o momento, as pessoas procuram cada vez mais o seu
desenvolvimento pessoal e profissional. A formao desses novos profissionaisobrigou as empresas a remodelar as suas estratgias e os seus programas
de gesto de pessoas. A gesto de pessoas na era do conhecimento abriu
inmeros espaos relacionados reestruturao dos processos internos de
recursos humanos, dos programas, e das estratgias para atrair, desenvolver,
recompensar e reter os mais importantes ativos da empresa, que so as pessoas.
A Figura 1.7 a seguir apresenta a viso de Ulrich (2003), que destaca que a
funo de RH deve assumir a multiplicidade de papis operacionais e estra-
tgicos, mesmo que eles possam parecer paradoxais.
Figura 1.7: Papis do RHFonte: CTISM
paradoxais uma declaraoaparentemente verdadeiraque leva a uma contradiolgica, ou a uma situao quecontradiz a intuio. Ou seja, o oposto que algum pensaser a verdade.
absentesmo uma palavra com origemno latim, onde absenssignifica estar fora,afastado ou ausente.
gerente o responsvel peloplanejamento e controle daexecuo dos trabalhos deseus subordinados no diaa dia de uma determinadaempresa.
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Ulrich (2003) traz o modelo disposto na Figura 1.7 anterior, desenvolvido em
dois eixos: um que parte do foco estratgico (longo prazo) ao foco operacional
(dia a dia) e outro que parte das atividades de processo at as pessoas. No
cruzamento destes eixos so delineados os quatro papis principais de RH:
a administrao de estratgias de RH, a administrao da infraestrutura daempresa, a administrao da contribuio dos funcionrios e a administrao
da transformao e da mudana; desenvolvendo assim a metfora de quatro
papis desempenhados por esses profissionais: parceiro estratgico, especialista
administrativo, defensor dos empregados e agentes de mudana.
O setor de recursos humanos tem a responsabilidade de criar uma infraestrutura
organizacional por meio da excelncia nos servios oferecidos e da eficincia
dos processos administrativos. Com a atuao do gestor de pessoas, cabe a
rea de RH estimular a contribuio dos colaboradores, o comprometimento
e a capacitao, quando necessrio.
Na funo administrativa da infraestrutura da empresa, os profissionais de
RH criam e desenvolvem processos para contratao, avaliao e treinamento
dos funcionrios. Esses profissionais atuam tambm na melhoria de processos
da rea de RH, bem como em outras reas, com vistas a reduzir custos e a
melhorar a eficincia das atividades da empresa. Quando os colaboradores
se tornam competentes e dedicados, o know-howse torna um importante
ativo mensurvel refletido nos resultados financeiros da empresa.
1.2 O papel da gesto de pessoas emprocessos de mudanas estratgicas
A funo da rea de recursos humanos como agente de mudana catalisar os
esforos de transformao organizacional para que ela se torne mais competitiva.
A gesto da mudana uma das mais importantes contribuies da rea de
recursos humanos para a gesto estratgica e essa contribuio se torna efetiva
a partir do gerenciamento da cultura da organizao, do desenvolvimento de
novas competncias, da formao de equipes e do envolvimento das pessoas
no processo de transformao.
O papel estratgico a ser desempenhado, passa a repensar as atividades
prprias da rea de RH em termos estratgicos, ou seja, de forma a integrar os
objetivos de longo prazo da organizao, as variveis relevantes do ambiente
e as necessidades decorrentes em termos de pessoas.
Gesto de Pessoase-Tec Brasil 22
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Figura 1.8: As estratgias devem ser estudadas a integrar os objetivos a longo prazoFonte: http://www.freeimages.com/browse.phtml?f=download&id=1432405
Um dos mecanismos deste processo a viso estratgica em relao aos
subsistemas de seleo, avaliao, recompensas e desenvolvimento. Estaviso compreende vrios elementos como: a relao que a organizao quer
estabelecer com os seus colaboradores, se limitada a recompensar desempe-
nho ou se baseada na troca de comprometimento por qualidade do trabalho
a ser realizado; o grau de participao que se pretende; a nfase dada ao
recrutamento, se interno ou externo, quando necessrio; por fim, se o desem-
penho ser baseado e avaliado de forma individual, ou em equipes, ou, ainda,
alguma mistura entre os dois. esta viso que vai definir, em princpio, como
os subsistemas sero administrados.
A incorporao da viso estratgica rea de recursos humanos reorienta o
foco de poder nas organizaes. E isso se deve a conscincia de que so as
pessoas que formulam e implementam as estratgias organizacionais neces-
srias obteno dos resultados desejados e que sua atuao constitui um
elemento diferenciador no sucesso da organizao.
Dessa forma, seu comprometimento com a realizao dos objetivos orga-
nizacionais passa a ser uma varivel relevante. Sabe-se que as organizaes
no se orientam por um objetivo estritamente racional, mas sim por meio da
coalizo de interesses. No h uma adaptao passiva da organizao ao seumeio ambiente, mas sim todo um processo de mediao e jogo desenvolvido
pelos diferentes atores organizacionais.
Atualmente, devido s constantes mudanas econmicas, tecnolgicas e sociais,
de fundamental importncia que as organizaes estejam voltadas para a
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gesto de recursos humanos e torna-se visvel que o diferencial competitivo das
organizaes est nas pessoas nelas inseridas e em seus recursos disponveis.
ResumoNessa aula, abordamos a evoluo e desafios da gesto de pessoas nas orga-nizaes, bem como seus aspectos estratgicos. Passamos pela evoluo da
gesto de pessoas, suas eras (clssica, neoclssica e da informao), adminis-
trao de recursos humanos e o papel da gesto estratgica de pessoas em
processos de mudanas estratgicas.
Podemos inferir que a rea de gesto de pessoas se desenvolveu muito com
o passar do tempo em seus diferentes estgios, em especial pelos destaques
importantes das eras. Podemos verificar que os gestores atuais devem acom-
panhar o andamento das tarefas dos responsveis pela gesto de pessoas esuas relaes, para obter uma maior efetividade.
Atividades de aprendizagem1. Qual foi a influncia da administrao cientifica para a administrao de
recursos humanos?
2. Comente a respeito dos fatores psicolgicos e suas influncias nas or-
ganizaes, destacados no texto pelo psiclogo americano Elton Mayo
(1890-1949).
3. A administrao de recursos humanos sofreu alteraes significativas
como forma evolutiva, quando deixou de apenas contabilizar entradas
de empregados na organizao, dando maior importncia s horas tra-
balhadas, absentesmo e atrasos, etc. No contexto atual, qual o papel
do gerente de recursos humanos?
4. Qual a funo do papel estratgico da rea de recursos humanos para a
empresa?
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e-Tec Brasil
Aula 2 Planejamento estratgicode gesto de pessoas
Objetivos
Conhecer os conceitos e tipos de planejamento estratgico de ges-
to de pessoas.
2.1 Consideraes iniciaisO planejamento estratgico de gesto de pessoas refere-se maneira como
a funo de gesto de pessoas pode contribuir para o alcance dos objetivos
organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos obje-tivos individuais dos funcionrios. Trata-se de alinhar talentos e competncias
com as necessidades organizacionais.
As organizaes no existem no vcuo. E nem funcionam ao acaso. As orga-
nizaes operam atravs de mecanismos de cooperao e de competio com
outras organizaes. A estratgia condicionada pela misso organizacional,
pela viso de futuro e pelos objetivos principais da organizao.
Um dos aspectos mais importantes da estratgia organizacional o seu ali-
nhamento com a funo de gesto de pessoas. O planejamento estratgico de
RH refere-se maneira como a funo de RH pode contribuir para o alcance
dos objetivos organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o
alcance dos objetivos individuais dos funcionrios.
Figura 2.1: Construindo um bom planejamento com os colaboradoresFonte: CTISM
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Como todo planejamento se subordina a uma filosofia de ao, so apontados
trs tipos:
Planejamento conservador planejamento voltado para a estabilidade
e manuteno da situao existente. As decises so tomadas no sentidode obter bons resultados, porm dificilmente este planejamento procurar
fazer mudanas radicais da organizao.
Planejamento otimizante voltado para a adaptabilidade e inovao
da organizao. As decises so tomadas no sentido de obter os melhores
resultados possveis minimizando recursos ou maximizando o desempenho
para melhor utilizar os recursos disponveis.
Planejamento prospectivo o planejamento voltado para as contin-
gncias e para o futuro da organizao. As decises so tomadas no sen-tido de compatibilizar os diferentes interesses envolvidos, atravs de uma
composio capaz de levar a resultados para o desenvolvimento natural da
empresa e ajust-las s contingncias que surgem no meio do caminho.
2.2 Modelos de planejamento de gestode pessoas
O planejamento estratgico de gesto de pessoas pode ser formulado e
desenhado aps, isolada ou integradamente, o planejamento estratgico da
empresa. Para alcanar todo o seu potencial de realizaes, as organizaes
precisam ter pessoas adequadas e disponveis para realizar o trabalho.
Figura 2.2: Tipos de planejamento na busca do atingimento de metasFonte: CTISM
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Existem vrios modelos de planejamento de RH, porm sero citados alguns
ligados aos setores locais, em especial de gesto de cooperativas:
Modelo baseado na procura estimada do produto ou servio
baseia-se no conceito de que a necessidade de pessoal considerada umavarivel dependente da procura estimada do produto (quando indstria)
ou do servio (quando organizao no industrial).
Modelo baseado em segmentos de cargos o modelo de planeja-
mento de pessoal operacional utilizado por empresas de grande porte.
Algumas organizaes preferem calcular suas necessidades totais de pes-
soal operacional com base em projees relacionadas apenas com certos
segmentos de cargos de sua fora de trabalho que apresentam variaes
maiores.
Modelo de substituies de postos-chave um modelo que recebe
os nomes de mapas de substituio ou organogramas de encarreiramento
para o planejamento de funcionrios. Trata-se de uma representao visual
de quem substitui quem na eventualidade de alguma possvel vaga futura
dentro da organizao.
Figura 2.3: O planejamento e suas influncias no crescimento pessoalFonte: CTISM
Modelo baseado no fluxo de pessoal refere-se a um modelo que
mapeia o fluxo das pessoas para dentro, atravs e para fora da organizao.
A anlise histrica do movimento de entrada, sada, promoes e transfe-
rncias internas permitem uma predio de curto prazo das necessidades
de pessoal da organizao.
e-Tec BrasilAula 2 - Planejamento estratgico de gesto de pessoas 27
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Modelo de planejamento integrado trata-se de um modelo mais
amplo e abrangente. Do ponto de vista de proviso de insumos humanos,
o planejamento integrado leva em conta o volume de produo planejado
pela organizao, as mudanas tecnolgicas dentro da organizao, as
condies de oferta e procura no mercado e o planejamento de carreirasdentro da organizao.
2.3 Fatores que intervm no planejamentode RH
Alm dos elementos levados em conta nos vrios modelos de planejamento
de gesto de pessoas, existem inmeros outros fatores intervenientes, como o
absentesmo, a rotatividade e a mudana nos requisitos da fora de trabalho.
Absentesmo ou ausentismo a frequncia e/ou durao do tempo detrabalho perdido quando os empregados no vm ao trabalho. As ausn-
cias dos empregados ao trabalho provocam certas distores quando se
refere ao volume de disponibilidade da fora de trabalho.
A rotatividade de pessoal o resultado da sada de alguns funcionrios
e a entrada de outros para substitu-los no trabalho. A rotatividade no
uma causa, mas o efeito de algumas variveis externas e internas.
Mudanas nos requisitosda fora de trabalho. A fora de trabalho
de uma organizao apresenta variaes ao longo do tempo devido ao
desenvolvimento tecnolgico, as novas formas de organizao e con-
figurao empresarial, novos produtos e servios e novos processos de
trabalho fazendo com que muitos segmentos da fora de trabalho se
tornem deficientes nas novas habilidades e competncias necessrias para
desempenhar as atividades requeridas.
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Figura 2.4: Fatores que intervm no planejamentoFonte: CTISM
A seguir apresentaremos uma apreciao critica do planejamento de RH.
2.4 Apreciao crtica do planejamento de RHModernamente, as organizaes esto deixando de lado aspectos apenas
quantitativos para focar e enfatizar aspectos qualitativos e intangveis do
capital humano necessrio para conduzir a organizao ao sucesso em sua
estratgia organizacional.
O planejamento de RH precisa ser mais amplo e abrangente no sentido de
envolver aspectos do capital humano como conhecimentos, habilidades e
competncias para tornar a organizao bem-sucedida.
Os modelos estratgicos de planejamento de RH so inmeros como podemosverificar. Segue um dos processos prtico e que poder facilitar na abordagem
de diagnstico, conforme Figura 2.5.
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Figura 2.5: Proposta de diagnstico para elucidao do planejamento
Fonte: CTISM, adaptada dos autores
ResumoNessa aula, abordamos o planejamento estratgico da rea de recursos huma-
nos, modelos de planejamento estratgico e os fatores que interferem, e,
uma apreciao crtica do planejamento estratgico de recursos humanos.
Podemos inferir no contexto atual que as organizaes so cada vez mais
complexas, possuem maior compromisso com seus clientes, colaboradores,
fornecedores, sendo de suma importncia planejarem suas aes, definindo
aonde ela pretende chegar e o que ser necessrio realizar para rea de
recursos humanos.
Atividades de aprendizagem1. Qual a importncia do planejamento estratgico para rea de recursos
humanos?
2. O planejamento se subordina a uma filosofia de ao, e neste enfoque
so apontados trs tipos. Apresente-os e defina suas diferenas.
3. Nessa aula, foram apresentados alguns modelos de planejamento es-tratgico de recursos humanos. Selecione dois modelos e destaque sua
importncia para a gesto de cooperativas.
4. Alm dos elementos levados em conta nos vrios modelos de planeja-
mento de recursos humanos, existem alguns fatores que intervm no
processo. Destaque e explique um dos fatores que mais influencia no
contexto das organizaes de cooperativas.
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e-Tec Brasil
Aula 3 Suprimento de pessoal
Objetivos
Conhecer os conceitos de anlise e descrio de cargos, o processo
de recrutamento e seleo, tcnicas de recrutamento e seleo e
a socializao.
3.1 Anlise e descrio do cargoAnalisar um cargo significa detalhar o que o cargo exige do seu ocupante
em termos de conhecimento, habilidades e capacidades para que possadesempenh-la adequadamente.
A anlise de cargo realizada com a inteno de assegurar a coerncia interna
dos salrios, pois cada cargo deve ser avaliado em termos de pr-requisitos
para seus ocupantes, do esforo exigido e da responsabilidade que lhe
inerente, inclusive por erros possveis e a gravidade de suas consequncias,
na avaliao, considera-se o contedo do cargo.
A seleo dos fatores que sero considerados na avaliao.
O nmero de nveis usados nesses fatores.
A pontuao a ser atribuda a cada nvel de cada fator.
Figura 3.1: Oficina de seleo de fatores para avaliao de cargosFonte: CTISM
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A avaliao poder ser realizada por meio de um formulrio onde constam os
fatores como habilidade, competncia, esforo, responsabilidade, ambiente
de trabalho, relacionamento. Estes fatores podero ser avaliados em cinco
nveis. Os fatores mais importantes tm pontuao mais alta, de modo que
a ponderao maior de fator reflita essa importncia. Com a descrio deo cargo possvel avali-lo em relao a cada um dos fatores escolhidos e
enquadr-lo em um dos nveis para cada fator, com isso tem-se a pontuao
do cargo que a soma dos pontos que o cargo obteve para os nveis em que
foi enquadrado em cada fator considerado.
A seguir, comearemos a discutir os aspectos tcnicos do processo de recru-
tamento e seleo.
3.2 O processo de recrutamento e seleoComo pode se perceber a gesto de recursos humanos tem grande importncia
em qualquer organizao, tendo em vista que responsvel pelo recruta-
mento, desenvolvimento e monitoramento dos colaboradores. O sistema de
Administrao de Recursos Humanos (ARH) compe-se de um conjunto de
subsistemas que respondem individualmente por cada uma das funes da ARH.
Tendo em vista os objetivos do estudo, na sequncia so apresentados os
subsistemas de recursos humanos: subsistema de recrutamento e seleo,
recrutamento interno e externo, tcnicas de recrutamento, seleo, tcnicas
de seleo e o processo de socializao.
3.2.1 Subsistema de recrutamento e seleoA atividade de recrutamento e seleo tem como base o planejamento da fora
de trabalho e, da necessidade de mo de obra da empresa. Esse subsistema
o responsvel pela entrada dos colaboradores na organizao. A tarefa
bsica da seleo a de escolher, entre os candidatos recrutados, aqueles mais
adequados aos cargos existentes, visando manter ou aumentar a eficincia
e o desempenho do pessoal, bem como a eficcia da organizao. Ou seja,
tem o desejo de contratar o colaborador com perfil especifico, porm diantedos candidatos, busca-se o que mais se adapta.
As principais razes para acionar a rea de recursos humanos, esto relacionadas
ao ndice de rotatividade de colaboradores, aumento de quadro planejado e,
por fim, o aumento de quadro circunstancial, motivos no planejados, que
devem ser atendidos de forma emergencial.
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O conceito de recrutamento e seleo pode ser entendido pela definio de
Lacombe (2005), que considera esse subsistema como o conjunto de prticas e de
processos usados para atrair candidatos para vagas que j existem ou potenciais.
Uma atividade permanente que apenas tem suas aes intensificadas quandoexistem vagas, podendo ser feita internamente (com as pessoas que j traba-
lham na organizao) ou externamente (quando h necessidade de pessoas
de fora da empresa para trabalhar) procurando selecionar o candidato que
mais se adapte a cultura da empresa.
O processo de recrutamento se inicia com a solicitao de contratao de
pessoas por uma rea, que deve estabelecer os requisitos bsicos e necessrios,
alm de informaes sobre o cargo. Assim, a rea de recursos humanos poder
optar pelo tipo de recrutamento que ir desenvolver. A escolha dos tipos de
candidatos a serem informados e do canal de comunicao a ser utilizado, irdeterminar quem ficar sabendo das oportunidades de emprego.
Aps o recrutamento, inicia-se o processo de seleo dos candidatos. A
seleo de pessoal uma atividade de responsabilidade do sistema de setor
de recursos humanos e tem por objetivo escolher, sob uma metodologia
especfica, candidatos a empregos recebidos pelo recrutamento, atendendo
as demandas da empresa.
A metodologia aplicada pode ser entrevistas, testes psicolgicos, anlise de
currculo, dinmicas de grupo, entre outros, que ser escolhida conforme as
exigncias e caractersticas do cargo. Aps a sua definio, os candidatos
aptos devem passar pelo exame mdico e posteriormente pelo processo de
admisso.
A tarefa de recrutar pessoas deve ser realizada e coordenada pelos profissionais
da rea de recursos humanos, pois no uma tarefa simples, e no basta
selecionar os melhores talentos, necessrio analisar tambm os fatores
tcnicos e motivacionais dos candidatos vaga.
A seleo e recrutamento so dois rgos distintos, porm devem trabalhar
alinhados, pois um depende do outro. O recrutamento de pessoal subentende,
sempre, o mercado de trabalho. Recrutar significa chamar, atrair, ir ao encontro
de pessoal que possua, pelo menos, qualidades mnimas capazes de atenderem
as necessidades da empresa.
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Seleo e recrutamento so considerados subsistemas que possuem a capa-
cidade de atrair e reter talentos. As formas tradicionais de relacionamento
entre empresa e profissionais se tornam rapidamente obsoletas. Mais do que
nunca preciso apropriar-se das novas tcnicas e tecnologias, principalmente
a internet, alm de mudar o foco de recursos humanos.
A empresa, nesse mundo to competitivo, deve tornar-se um lugar de desejo
para os profissionais de talento. Para que isso acontea, a rea de recursos
humanos deve preocupar-se em construir a marca do empregador. O
selecionador precisar ter o domnio muito amplo do ambiente da cultura da
empresa, relacionar-se com todos os setores e assumir riscos.
Destaca-se, no recrutamento e seleo que se localiza uma das reas estra-
tgicas de maior importncia para as organizaes, bem como, fornecimento
dos talentos necessrios para a sobrevivncia e o crescimento da empresa.
O recrutamento consiste em uma atividade de gesto de pessoas que tem por
finalidade atrair candidatos do ambiente interno e externo para abastecer o
processo de seleo de pessoal.
Atravs do recrutamento, a organizao que faz parte do mercado de traba-
lho, sinaliza para determinados candidatos que fazem parte do mercado de
recursos humanos a oferta de oportunidades de emprego. O recrutamento
funciona como uma ponte entre o mercado de trabalho e o mercado de RH.
O processo de recrutamento acontece atravs de uma necessidade que a
organizao tem para conseguir contratar novos profissionais, esta necessidade
pode decorrer de vrias circunstncias:
Rotatividade (turn over).
Aumento planejado do quadro de funcionrio.
Aumento circunstancial do quadro de pessoal.
Falaremos na sequncia sobre os tipos de recrutamento.
3.2.2 Recrutamento interno e externoO recrutamento interno funciona atravs dos candidatos que esto traba-
lhando dentro da empresa, visando promov-los ou transferi-los para outras
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atividades mais complexas ou mais motivadoras. J o recrutamento externo
atua sobre candidatos que esto no cadastro de empresas de recrutamento
ou no cadastro do setor de recursos humanos, portanto, fora da organizao,
para submet-los ao processo de seleo de pessoal.
Figura 3.3: O recrutamento um fator chave para o sucesso empresarialFonte: CTISM
3.2.3 Tcnicas de recrutamento externoH vrias tcnicas para recrutar pessoas, basta explorar a mais conveniente
e que seja eficazes para colher novos talentos. Na sequncia, apresentam-se
as mais utilizadas:
Anncios em jornais e revistas especializadas. Para os cargos de gerentes,
supervisores e funcionrios de escritrio, jornais locais.
Consultorias de recolocao.
Agncias de recrutamento.
Contato com escolas, universidades.
Processo de recrutamento
Emisso de Requisio de Pessoal (RP) pelo requisitante.
Aprovao pelo chefe imediato.
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Analise do perfil desejado pelo candidato.
Incio do processo.
Fontes do recrutamento
As vrias fontes que podem ser eficazes para busca de novos talentos.
Junto s escolas de nvel mdio e superior.
Junto s entidades e organizaes que tenham servio de colocao.
Agncias de emprego.
Apoio dos prprios colaboradores e servidores da empresa.
Figura 3.4: Crescimento das fontes para o recrutamentoFonte: CTISM
3.2.3.1 Fatores que contribuem para o sucesso do recrutamento
H vrios fatores que podem ser fundamentais para o sucesso do recrutamento,
destes podemos destacar a rapidez no atendimento, atravs da realizao de
entrevistas e aplicao dos testes necessrios.
As primeiras impresses que sentem dos candidatos, especialmente quando
dos seus contatos com a empresa so os mais duradouros.
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As empresas que tem seus programas de treinamento convenientemente
estabelecidos beneficiam-se da vantagem de verem diminudas as exigncias
e experincias anteriores para cargos que ofeream maiores dificuldades para
serem preenchidos.
3.2.4 SeleoH tcnicas, mtodos e recursos diversos para se selecionar pessoal. Esta
seleo, entretanto, qualquer que seja, deve partir da ideia bsica de que os
seres humanos constituem o fator mais importante em todos os grupamentos
sociais e que cada indivduo tem uma vida complexa.
Seleo o processo onde um recrutador escolhe a pessoa que mais se adequar
dentre os candidatos para a vaga disponvel.
A seleo como um processo de comparao a melhor maneira de estudarduas variveis: requisitos do cargo a ser preenchido e o perfil das caractersticas
dos candidatos vaga. Aps a comparao dos candidatos, vem a seleo
como um processo de deciso e escolha que onde o rgo de seleo vai
decidir qual dos candidatos aproximadamente equivalentes vai ocupar o cargo.
3.2.5 Tcnicas de seleoAs tcnicas de seleo so inmeras e podem variar para cada tipo de orga-
nizao, para o cargo, ramo de negcio e, muitas vezes, do conhecimento
que os profissionais responsveis possuem. Mas as tcnicas a seguir so as
mais adequadas para o contexto das cooperativas.
Triagem o primeiro contato que se estabelece com o candidato a
emprego.
Preenchimento da proposta de emprego todos os itens constantes
desse formulrio devem ser devidamente preenchidos pelos candidatos.
Referncias a obteno de referncias escolares e profissionais de
grande valia para o conhecimento de caractersticas da personalidade doscandidatos.
Aplicao de testes so provas de portugus e de aritmtica, para veri-
ficar se o candidato tem o preparo exigido para o desempenho do cargo
desejado, ou de outro que o selecionador precise preencher no momento.
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Entrevista da personalidade consiste numa longa entrevista entre
trinta, sessenta ou mais minutos se necessrio, onde se testa a persona-
lidade do candidato como um processo de deciso e escolha que onde
o rgo de seleo vai decidir qual dos candidatos aproximadamente
equivalentes vai ocupar o cargo.
Simulao deixam o tratamento individual e isolado para centrar-se
no tratamento em grupos e substituem o mtodo verbal ou de execuo
pela ao social. As tcnicas de simulao so essencialmente tcnicas de
dinmica de grupo.
Dinmica de grupo a dinmica de grupo faz parte da psicologia social
e est relacionado com as foras em ao no contexto de um grupo.
Qualquer indivduo se comporta de forma diferente quando est em um
grupo, e um determinado grupo varia o seu comportamento dependendodo contexto que lhe apresentado.
Figura 3.5: Dinmica de grupoFonte: CTISM
3.2.6 SocializaoO processo de socializao uma das ltimas etapas do processo de integrao
do colaborador, sendo fundamental para apresentao dos colegas, da filosofia
da empresa, para conhecer de maneira ampla o ambiente de trabalho, sendo
de suma importncia para o processo da efetivao do colaborador, destes
destacam-se alguns tipos de socializao:
Formal ou informal acontece esse tipo de socializao para formalizar
e tornar explicito o seu papel de ingressante, dando-lhe orientao e inte-
grao. A socializao informal coloca o novo funcionrio imediatamente
ao trabalho com pouca ou nenhuma orientao.
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Individual ou coletiva os colaboradores so agrupados ou individual-
mente socializados por meio de um conjunto idntico de experincias.
Figura 3.6: Fora coletiva na busca de objetivos
Fonte: CTISM
Uniforme ou varivel esse mtodo tem como objetivo estabelecer
estgios padronizados de transio da etapa de entrante para etapa de cola-
borador. A socializao varivel no prev nenhum programa da empresa
quanto aos passos de integrao.
Seriado ou randmica a socializao seriada utiliza papis que treinam
e encorajam o novo funcionrio, treinando e capacitando. A socializao
randmica no utiliza papis, deixando os colaboradores atuar por conta
prpria, vontade.
Reforo ou eliminao a socializao por reforo confirma e apia
certas qualidades e qualificaes do novo funcionrio como ingredientes
necessrios para o sucesso no cargo. J por eliminao tenta neutralizar
ou eliminar certas caractersticas indesejveis do recrutamento e tenta
adapt-las ao cargo que vai exercer.
Resumo
Nessa aula, destacamos a grande rea denominada de suprimento de pessoal.Evidenciou-se os principais aspectos, etapas, classificao e conceitos da anlise
e descrio de cargos, do processo de recrutamento e seleo, subsistema de
recrutamento e seleo, recrutamento interno e externo, seleo, tcnicas de
seleo, bem como a socializao. Denominada pelos principais pesquisadores
e autores, como uma importante etapa tcnica da gesto de pessoas, e
como uma das mais importantes. Pois ela representa os recursos humanos da
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organizao, em toda sua magnitude. Desde as etapas iniciais para admisso
at as etapas finais para a de demisso, quando houver.
Atividades de aprendizagem1. Qual a importncia de analisar e descrever cargos para as organizaes?
2. Como realizado o processo de avaliao de cargos? E, qual seu ponto
de vista da avaliao de cargos das organizaes cooperativas?
3. Destaque a diferena entre recrutamento e seleo de pessoas?
4. O que recrutamento externo? Quais so os principais ganhos com o
recrutamento externo?
5. Cite cinco tcnicas de seleo de pessoal utilizada nas organizaes.
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4.2 Tcnicas de treinamentoe desenvolvimento
As tcnicas de treinamento e desenvolvimento so inmeras e a cada dia
esto sendo inseridas e modificadas pelo crescimento empresarial, estratgias,
e principalmente pela influncia da tecnologia que muitas vezes permiteao colaborador realizar uma formao por meio de cursos de formao na
modalidade on-line.
A seguir, esto apresentadas algumas das tcnicas mais utilizadas, bem como
alguns conceitos:
Mtodo de rotao de cargos visa modificar as pessoas em vrios
cargos na empresa, com finalidade de expandir suas habilidades, conhe-
cimento e capacidades.
Atribuio de comisses possibilita para o colaborador participar de
comisses de trabalho, compartilhamento da tomada de decises, pro-
posies estratgicas, bem como aprender com os colegas a pesquisar
e buscar solucionar problemas especficos para melhoraria da empresa.
Estudo de caso o colaborador ficar em uma situao a qual deve ser
analisada e solucionada. Permite diagnosticar um problema real, desen-
volvendo habilidades de anlise, comunicao e persuaso.
Jogos de empresa equipes competem umas com as outras, tomando
decises a respeito de situaes reais ou simuladas. Os jogos so propos-
tos, especialmente, para gestores, executivos. Esta tcnica trabalha com
simulaes de negcios, que podem gerar oportunidades, como disciplina
para melhoria dos seus processos.
Centro de desenvolvimento interno esta etapa est com grande cres-
cimento, em especial pelo crescimento da relao universidade e empresa.
Denominada de educao corporativa ou universidade corporativa, visa
no apenas qualificar, assim como, a apresentar possibilidades para queos colaboradores das organizaes possam desempenhar papis mais
complexos no seu cargo.
Coaching um processo com incio, meio e fim, definido em comum
acordo entre o coach(profissional) e o coachee(cliente). De acordo com
a meta desejada pelo cliente, onde o coach apoia a busca de realizar
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metas de curto, mdio e longo prazo, por meio da identificao e uso das
competncias desenvolvidas.
Programa de trainees visa planejar o capital humano para longo prazo.
Os membros desenvolvem um estgio planejado, recebem treinamentocontnuo, proferido por profissionais de alto nvel da organizao, os quais
participam ativamente de certas atividades previamente estabelecidas,
enquanto so monitorados e avaliados continuamente.
Programas de estgio visa formao de colaboradores com esco-
laridade de nvel tcnico ou superior. Tm como principais vantagens a
relao custo-benefcio e a possibilidade de preparao de profissionais
com o perfil da organizao.
Programa de integrao de novos colaboradores possibilita a pre-parao de colaboradores recm inseridos na organizao. Isto pode ser
decisivo para a garantia de rpida produtividade, manuteno do nvel de
motivao e reduo da rotatividade.
Cursos regulares similares como treinamentos com nfase na atuali-
zao profissional, e tambm como desenvolvimento, buscando atender
a todos os pblicos.
Palestras esta etapa a mais utilizada especialmente para a atualiza-
o profissional. No caso de eventos externos, e para a disseminao de
conhecimentos e boas prticas, no caso de eventos internos.
Dinmica de grupo trata-se de uma tcnica que utiliza a energia e o
envolvimento grupal na preparao de pessoas. Conduzidas em ambientes
planejados e controlados, as dinmicas trazem, alm do papel especfico
de crescimento profissional definido no programa de treinamento.
4.3 Subsistema de treinamentoe desenvolvimentoNo momento em que se investe em treinamento de pessoas, se est investindo
na qualidade dos produtos e dos servios da empresa, sendo o treinamento um
dos recursos utilizados para o desenvolvimento. Assim parece evidente que as
empresas devem estar investindo em treinamento dos seus colaboradores, seja
em conhecimento tcnico-operacional ou em nvel estratgico e de gesto.
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O treinamento definido como um processo de assimilao cultural em curto
prazo, que tem por finalidade repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades,
ou atitudes relacionados diretamente a execuo da tarefa ou a otimizao no
trabalho. Enquanto o treinamento um processo sistmico para promover a
aquisio de habilidades, de regras e de atitudes que resultem em melhoriasentre as caractersticas dos colaboradores e a exigncia da funo, o desen-
volvimento o processo de longo prazo que inclui no apenas o treinamento,
mas tambm a carreira e outras experincias.
Figura 4.2: Treinamento e desenvolvimentoFonte: CTISM
Tendo em vista, as consequncias do treinamento, tanto para as pessoas
quanto para as organizaes, poder ter alguns obstculos que precisam ser
ultrapassados a fim de que o treinamento promova sucesso e satisfao para
as partes engajadas na sua execuo. A resistncia individual mudana
um desses aspectos j que, por vezes, os programas se fixam nos aspectos
tcnicos, deixando outras questes margem. Um exemplo disso uma
modificao na forma de operar uma mquina, a qual pressupe mudanas no
manuseio, no comportamento e na maneira de pensar, o que no acontece,
caso o colaborador no seja conscientizado do motivo de tal circunstncia.
A ausncia de pessoas qualificadas e preparadas para gerir qualquer processoresulta em perdas, sejam financeiras e/ou qualitativas. O treinamento influi
diretamente nos resultados esperados para a organizao.
Treinamento, o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos
para habilit-los a serem mais produtivos, contribuindo para os objetivos
organizacionais, aumentando a produtividade dos indivduos e modificando
seus comportamentos.
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O treinamento composto de quatro etapas:
Diagnstico o levantamento das necessidades a serem satisfeitas,
podendo serem no passado, no presente ou no futuro.
Desenho a elaborao do treinamento para atender as necessidades.
Implementao a aplicao e conduo do programa de treinamento.
Avaliao consta na verificao dos resultados do treinamento.
Figura 4.3: Colaboradores em etapas de treinamentoFonte: CTISM
Treinamento um processo que objetiva repassar conhecimentos, habilidades
ou atitudes relacionada execuo de tarefas ou a otimizao no trabalho.
O treinamento composto de objetivos especficos e genricos divididos em
dois aspectos:
Aspecto tcnico nesse aspecto a rea de treinamento deve submeter
sua programao a cada setor especifico da empresa em que o mesmo
ser aplicado.
Aspecto comportamental a rea de treinamento deve ser responsvelpelas informaes e valores que sero repassados aos trainees, levando
em conta um mesmo padro de comportamentos e atitudes esperados
pela organizao e seus trabalhadores.
No entanto, os aspectos tcnicos e comportamentais so fatores de suma
importncia nas etapas de treinamento, pois o colaborador dever possuir
equilbrio nesses fatores para adequar-se a filosofia da organizao.
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ResumoNesta aula, destaca-se o contexto do treinamento e desenvolvimento de pessoas.
As aes de treinamento e desenvolvimento ocupam um dos papis centrais
no sistema de recursos humanos, bem como suas tcnicas so imprescindveis
para o desenvolvimento dos profissionais, capacitao, recolocao, bemcomo pela busca de novos desafios.
Atividades de aprendizagem1. No contexto atual, as organizaes buscam a cada dia melhoria nos seus
processos, bem como a insero de profissionais qualificados na empre-
sa. Na sua viso, qual o papel do treinamento para a insero de pro-
fissionais no contexto das cooperativas?
2. As cooperativas so um tipo peculiar de organizao, sua legislao eautonomia, governana, modelo de gesto, permite a criao de estrat-
gias diferenciadas de outras organizaes como atendimento qualificado
aos clientes, atendimento com fornecedores, entre outros. Neste contex-
to, como voc avalia as tcnicas de treinamento e desenvolvimento. No
seu ponto de vista, quais so os pontos positivos e pontos negativos?
3. O treinamento composto por quatro etapas, mencione-as e d um
exemplo para cada etapa.
4. O treinamento um processo que objetiva repassar conhecimentos, ha-
bilidades ou atitudes relacionados execuo de tarefas ou a otimizao
no trabalho. Comente a respeito desta importante etapa para na forma-
o de novos colaboradores.
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Aula 5 Avaliao de desempenho
Objetivos
Conhecer e verificar a aplicabilidade dos mtodos e processos para
avaliao de desempenho de colaboradores
5.1 Subjetividade e caractersticas daautoavaliao
A avaliao de desempenho destina-se a melhorar o desempenho dos avaliados
nas atividades que executam. Isto deve ficar claro para todos os participantesda avaliao.
Toda a avaliao de desempenho deveria comear com a autoavaliaco, pois
isso obrigaria a pessoa a pensar no seu trabalho, meditar sobre seus pontos
fortes e suas fraquezas e formular planos para alcanar resultados. Neste
processo, o papel do supervisor vincular os resultados e metas, e propostas
com as necessidades da organizao. Este sistema coloca a responsabilidade
maior no subordinado e desloca a nfase de uma avaliao para uma anlise.
Figura 5.1: Colaboradores na avaliao de desempenhoFonte: CTISM
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5.2 Mtodos e processos de avaliaoA avaliao do desempenho um processo de apreciao sistemtica do
desempenho dos trabalhadores no exerccio das suas funes, que contribui
para o seu desenvolvimento futuro. um processo pelo qual a organizao
identifica em que medida o desempenho de cada trabalhador contribui parasatisfazer os objetivos estratgicos a atingir os resultados da organizao.
A avaliao do desempenho pode ser definida como uma interao entre
o notador e o notado, em que o trabalho desenvolvido ao longo do ano
analisado e discutido por ambas as partes a fim de identificar os aspectos
positivos e negativos do desempenho e encontrar oportunidades de desen-
volvimento e melhoria, proporcionando ao notado a possibilidade de saber
sempre o que se espera do seu desempenho.
muito importante avaliar o desempenho das pessoas, pois elas precisamreceber a retroao a respeito de seu trabalho, para saber como est sendo
julgada, e quais os pontos em que pode melhorar. A avaliao de desempe-
nho proporciona um feedbackaos colaboradores, sendo o resultado muito
importante, tanto para a organizao quanto para o colaborador.
Figura 5.2: Avaliando o desempenho dos colaboradoresFonte: CTISM
A avaliao de desempenho pode proporcionar:
Aumentos salariais, promoes, transferncias e at mesmo demisses
de funcionrios.
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Pode comunicar ao funcionrio como est indo o seu trabalho, sugerindo
quais necessidades de mudanas so necessrias no comportamento, nas
atitudes, nas habilidades.
A avaliao permite que os subordinados conheam aquilo que os chefespensam, quais so as suas ideias, normas.
Existem seis questes fundamentais na avaliao de desempenho:
Por que avaliar o desempenho?
Que desempenho deve ser avaliado?
Como avaliar o desempenho?
Quem deve fazer a avaliao de desempenho?
Quando avaliar o desempenho?
Como comunicar a avaliao de desempenho?
Em qualquer caso, neste tipo de avaliao indispensvel o feedbackcompleto
ao avaliado. O avaliado tem que saber em que pontos vai bem e em que
pontos no vai.
O feedback um mtodo que deve ser bem avaliado principalmente pelo
administrador, que ir planejar em conjunto com o subordinado, como melhorar
o seu desempenho. Uma das caractersticas de um bom administrador ser
capaz de fazer uma boa avaliao e de saber dar o feedbackao subordinado.
Uma boa avaliao de feedbackdeve ter vrias caractersticas, primeiro, o
chefe deve comear com os aspectos positivos, pois isso deve predispor o
avaliado a aceitar melhor os aspectos negativos.
Importante salientar, tambm, que o tempo abrangido pela avaliao no
deve ser muito longo, pois mais fcil avaliar e conversar sobre o que ocorreu
recente, do que no passado.
A ferramenta de usufruir do modelo de feedback muito importante, pois
facilita o dilogo na entrevista, na qual o administrador deve preparar um
roteiro, pois poder ter momentos de emoo e de atritos.
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Figura 5.3: Indicadores para anlise e detalhamento no feedbackFonte: CTISM
O objetivo destas avaliaes proporcionar informaes ao pessoal do nvel
gerencial da empresa, para a tomada de decises quanto ao aproveitamentoe o encarceramento do avaliado. A pessoa encarregada por essas avaliaes
o chefe imediato, pois ele tem um conhecimento do avaliado, do trabalho
desempenhado.
As Avaliaes proporcionam, aos avaliados, subsdios em que definem seu
futuro.
5.2.1 Tipos de avaliao de desempenhoA avaliao de desempenho classifica-se em trs tipos, a seguir:
Avaliao do pessoal do nvel operacional a avaliao do nvel hie-
rrquico operacional deve ser muito simples, pois deve verificar a quanti-
dade do trabalho produzido, sua qualidade, e o relacionamento com as
pessoas. A avaliao feita pelo chefe imediato, devendo ser revista pelo
chefe com maior hierarquia.
Avaliao do nvel intermedirio a avaliao do nvel intermedirio
deve ser realizada sobre o cumprimento das metas peridicas. A avaliao
feita pela chefia imediata em reunies de acompanhamento do trabalho.Nessas reunies, verificado o andamento do trabalho, o cumprimento dos
prazos e a qualidade, Tambm so formuladas novas metas e programas.
O feedbackacontece como parte da reunio.
Avaliao do pessoal de alto nvel a avaliao de desempenho neste
nvel tende a ser menos estruturada que nos anteriores, feita geralmente
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com base nos resultados alcanados no final do exerccio. As pessoas que
esto nesse nvel tm um bom conhecimento, contatos peridicos e boa
qualidade de julgamento. O feedback avaliado atravs dos resultados
obtidos, pois as grandes reas da empresa tm metas a serem cumpridas,
segundo Chiavenato (2012).
Figura 5.4: Avaliando o desempenho dos colaboradoresFonte: CTISM
ResumoAvaliar o desempenho dos colaboradores tem sido uma das prticas mais
eficientes, e, uma das ferramentas que mais evolui nas organizaes. Porm,
para realizar uma avaliao, necessrio conhecer os aspectos, as subjeti-
vidades, mtodos e processos de avaliao, bem como possuir, claramente
definido, os tipos de avaliao.
Atividades de aprendizagem1. A avaliao de desempenho um dos mecanismos mais eficazes para de-
mitir os colaboradores que no so eficientes. Como voc avalia o proces-
so de demisso por meio dos indicadores de avaliao de desempenho?
2. O que a avaliao de desempenho pode proporcionar para o colaborador?
3. Quais so os principais benefcios da avaliao de desempenho?
4. Qual a importncia do feedbackcomo ferramenta de mudana empresarial?
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e-Tec Brasil
Aula 6 Remunerao
Objetivos
Conhecer os principais conceitos e aspectos da remunerao e
benefcios, bem como sua aplicabilidade nas organizaes.
6.1 Como os empregadores determinam aremunerao: cargos e salrios
Como parceiro da organizao, cada funcionrio est interessado em investir
com trabalho, dedicao e esforo pessoal, com seus conhecimentos e habi-lidades, desde que receba uma retribuio adequada.
Por sua vez, as organizaes esto interessadas em investir em recompensas
para as pessoas, desde que delas possam receber contribuies ao alcance
de seus objetivos.
Podemos destacar a seguir alguns componentes e indicadores que so essenciais
na remunerao. Os trs componentes da remunerao total:
O primeiro componente da remunerao total a remunerao bsica,
que o salrio mensal ou na forma de salrio por hora.
O segundo componente so os incentivos salariais, que so programas
desenhados para recompensar funcionrios com bom desempenho.
O terceiro componente so os benefcios como as frias, seguro de vida,
vale transporte, refeies, etc.
6.2 Recompensas financeiras e no-financeirasA recompensa financeira direta consiste do pagamento que cada empregado
recebe na forma de salrios, bnus, prmios e comisses. A recompensa
financeira indireta o salrio decorrente de frias, gratificaes, gorjetas,
adicionais (de periculosidade, de insalubridade, adicional noturno, participao
nos resultados, horas extraordinrias, etc.).
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6.3 Salrio nominal e salrio realO salrio nominal representa o volume de dinheiro fixado em contrato individual
pelo cargo ocupado. O salrio real representa a quantidade de bens que o
empregado pode adquirir com o volume de dinheiro que recebe mensal ou
semanalmente e corresponde ao poder aquisitivo.
6.3.1 Os tipos de salrioSo trs tipos o salrio por unidade de tempo pago de acordo com o
tempo que a pessoa fica disposio da empresa. O salrio por resultado
refere-se quantidade ou nmero de peas ou obras produzidas pela pessoa.
E, o salrio por tarefa uma fuso dos dois tipos anteriores.
Figura 6.2: Tipos de salriosFonte: CTISM
Os significados do salrio o salrio uma contraprestao pelo trabalho
de uma pessoa na organizao. Em troca do dinheiro elemento simblico
e intercambivel , a pessoa empenha parte de si mesma, de seu esforo e
de sua vida, comprometendo-se a uma atividade cotidiana e a um padro de
desempenho na organizao.
A composio dos salrios. Os salrios dependem de vrios fatores internos
(organizacionais) e externos (ambientais) que os condicionam fortemente.Geralmente, as decises a respeito dos salrios so tomadas levando em conta
todo o conjunto dos fatores internos e externos, que formam o composto salarial.
A construo do plano de remunerao requer certos cuidados, pois provoca
forte impacto nas pessoas e no desempenho da organizao pelos seus efeitos
e consequncias. Existem os seguintes critrios para construo de um plano
de remunerao.
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Figura 6.3: Tipos de remuneraoFonte: CTISM
Equilbrio interno versusequilbrio externo o modelo de justia dis-
tributiva salienta que as pessoas estaro satisfeitas quando percebem queso pagas equitativamente em relao aos colegas com trabalho similar.
Remunerao fixa ou remunerao varivel a remunerao pode
ser paga em uma base fixa atravs de salrios mensais ou por hora ou
pode variar conforme critrios previamente definidos como metas e lucros
da organizao.
Desempenho ou tempo de casa a remunerao pode enfatizar o
desempenho e remuner-lo de acordo com as contribuies individuais ou
grupais ou pode enfatizar o tempo de casa do funcionrio na organizao.
Remunerao do cargo ou remunerao da pessoa a compensao
pode focalizar como um cargo contribui para os valores da organizao
ou como os conhecimentos e habilidades da pessoa contribuem para o
cargo ou para a organizao.
Igualitarismo ou elitismo a remunerao pode incluir o maior nmero
possvel de funcionrios sob o mesmo sistema de remunerao (igualita-
rismo) ou pode estabelecer diferentes planos conforme os nveis hierr-quicos ou grupos de funcionrios (elitismo).
Remunerao abaixo do mercado ou acima do mercado os funcio-
nrios podem ser remunerados em um nvel percentual abaixo ou acima
do mercado. Pagar abaixo do mercado comum em organizaes peque-
nas, jovens e no sindicalizadas. Pagar acima do mercado comum em
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organizaes que procuram reter e motivar seus funcionrios e minimizar
seus custos de rotatividade.
Prmios monetrios ou prmios no-monetrios o plano de remu-
nerao pode enfatizar funcionrios motivados atravs de recompensasmonetrias, como salrios e prmios salariais, ou pode enfatizar recom-
pensas no-monetrias como cargos mais interessantes ou segurana no
emprego.
Remunerao aberta ou remunerao confidencial os funcionrios
podem ter acesso aberto informao sobre a remunerao de outros
funcionrios e como as decises salariais so tomadas (remunerao aberta)
ou esse conhecimento evitado entre os funcionrios (remunerao con-
fidencial).
Centralizao ou descentralizao das decises salariais no sistema
centralizado, as decises so tomadas e controladas em um rgo central,
normalmente a Diretoria de Relaes Humanas (DRH). No sistema descen-
tralizado, as decises so delegadas aos nveis intermedirios da hierarquia.
6.4 BenefciosAs organizaes esto em constante processo de mudana influenciadas pelo
ambiente interno e externo. A remunerao e os benefcios esto cada vez
mais alinhados s habilidades e ao desempenho dos colaboradores. Remu-
nerar uma das principais responsabilidades da organizao. Receber um
salrio justo, como recompensa do trabalho realizado o objetivo de todo
trabalhador. Levando muitas vezes, diretores e administradores a adotar uma
matriz especial para esse subsistema.
Figura 6.5: BenefciosFonte: CTISM
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Para a determinao da remunerao, destaca-se a importncia da pesquisa
salarial, que pode ser formal ou informal, abordando o quanto outros empre-
gadores esto pagando para cargos similares, tendo, portanto, um papel
central na definio da remunerao.
O segundo passo para a determinao do salrio fazer a avaliao do cargo,
uma comparao de cargos para determinar o valor de um cargo em relao
a outro, por conseguinte, pode ser feito o agrupamento de cargos similares
em faixas salariais e a atribuio de valores mdios para cada uma das faixas
e, por fim, o desenvolvimento da amplitude dos valores, pois na mesma faixa
salarial pode ter vrios nveis ou degraus de crescimento.
Nos sistemas tradicionais, o tempo reconhecido, e no as contribuies
dos empregados. Dessa forma o sistema no encoraja o desenvolvimento
de habilidades e competncias. Assim, novas medidas devem ser tomadas,mais coerentes com os princpios da administrao moderna: remunerao
por conhecimentos e habilidades; remunerao por competncias, remune-
rao varivel baseada em desempenho, remunerao baseada em equipes;
participao dos empregados na formulao da poltica salarial; criao de
carreiras tcnicas; e, troca de salrios por benefcios.
A remunerao por habilidades tem por finalidade recompensar os colaboradores
pelo que eles sabem fazer, sendo que a avaliao de desempenho feita a
partir das habilidades dos colaboradores, que a partir disso so certificados.
Desse modo, as habilidades e certificao so determinadas conforme a
necessidade para a funo.
Outro modelo de remunerao nas organizaes o por competncia, que
remunera os colaboradores pelos seus atributos, conhecimentos e qualidades.
Estas competncias so avaliadas seguindo os princpios da empresa e as mais
adequadas so melhores remuneradas.
A remunerao varivel tem por objetivo tornar o colaborador comprometido
com a organizao, remunerando pelos resultados obtidos, tendo como van-tagem a possibilidade de adequao do dispndio com pessoal capacidade
de pagamento da organizao.
Como parte integrante do programa de remunerao, tambm fundamental
evidenciar os benefcios que a organizao possui. Atender as necessidades
dos indivduos faz parte do pressuposto de que a empresa se preocupa com
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seus colaboradores, oferecendo o que um trabalhador necessita para garantir
o nvel mnimo de qualidade de vida, como por exemplo, assistncia mdica
e alimentao.
Figura 6.7: Os benefciosFonte: CTISM
A renumerao um importante aspecto da administrao salarial, pois
implica no impacto dos seus resultados. Como os salrios no podem ser
reduzidos, preciso administr-los com cuidado. Pois no adianta pagar mal
e ter baixa produtividade, pois isso aumenta o custo da mo de obra, mas no
adianta imaginar que o aumento salarial ser o fator decisivo para aumentar
a produtividade. Jeffrey Pfeffer identificou seis mitos sobre renumerao,
mostrados no Quadro 6.1 a seguir.
Tabela 6.1: Seis mitos sobre remunerao
N Mito Realidade
1Valor da renumerao e o custo da mo de
obra so a mesma coisa.
No verdade. O custo da renumerao no considera a
produtividade, enquanto o custo da mo de obra funo dela.
2 possvel baixar o custo da mo de obra
diminuindo os salrios.
Nem sempre. preciso tambm nesse caso considerar aprodutividade. A diminuio dos salrios pode provocar forte
impacto negativo na produtividade.
3O custo da mo de obra um componenteimportante dos custos totais.
Nem sempre. Para algumas organizaes, como asprestadoras de servio, isso verdade, para outras no .
4Baixar o custo da mo de obra um fator
importante e sustentvel de competitividade.
No costuma ser verdade. prefervel obter vantagens
competitivas por meio da qualidade, servio ao cliente,
inovaes, liderana tecnolgica, processos, por exemplo.
5Incentivos individuais de renumerao
aumentam o desempenho.
Na maioria dos casos, incentivos individuais diminuemo desempenho, desencorajando o esprito de equipe e
priorizando em curto prazo os incentivos.
6 As pessoas trabalham por dinheiro.As pessoas trabalham no s por dinheiro, mas para darsentido a suas vidas. impossvel comprar os empregados
se eles no gostarem do trabalho.
Fonte: Lacombe; Heilborn, 2006, p 282-83, Pfeffer, 1995, p.109
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6.4.1 Plano de benefcios sociaisBenefcios so regalias e vantagens concedidas pelas organizaes a ttulo de
pagamento adicional dos salrios totalidade ou a parte de seus funcionrios,
e constitui um pacote de benefcios e servios que fazem parte integrante da
remunerao do pessoal.
Benefcios sociais so facilidades, servios, convenincias e vantagens oferecidas
pela organizao aos seus participantes. So recompensas e suas origens so
recentes. Quanto a sua exigncia, podem ser legais ou espontneas; quanto
a sua natureza, podem ser monetrias ou no monetrias; quanto a seus
objetivos, podem ser assistenciais, recreativos ou supletivos.
ResumoA remunerao uma das funes que mais influencia no comportamento doscolaboradores. Pois ela responsvel pelos salrios, recompensas e benefcios
para os colaboradores. Para remunerar adequadamente seus funcionrios,
necessrio que os gestores conheam realmente os cargos ocupados, atividades,
bem como os conhecimentos e habilidades requeridas para o cargo. Pois
necessria a construo de um plano de remunerao adequado aos objetivos
empresariais e desejveis a autorrealizao dos colaboradores.
Atividades de aprendizagem1. Quais so os trs componentes da remunerao?
2. O salrio nominal o mesmo que o salrio real?
3. Qual a importncia dos benefcios para o trabalhador?
4. Qual a sua avaliao sobre a remunerao por habilidade no contexto
das cooperativas?
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e-Tec Brasil
Aula 7 Administrao das relaescom o funcionrio
Objetivos
Conhecer os conceitos da administrao das relaes com o
funcionrio, relaes trabalhistas, bem como as relaes com as
organizaes cooperativas.
7.1 Relaes trabalhistas e negociaocoletiva
No pas, as negociaes coletivas decorrem de previso legal, consoantedisposto pelo artigo 611 e seguintes da Consolidao das Leis do Trabalho e
objetiva estabelecerem condies de trabalho aplicveis s relaes individuais
de trabalho, no mbito das representaes dos trabalhadores, observado
o princpio da unicidade sindical que estabelece a representao nica por
categoria e base territorial.
Figura 7.1: Relaes trabalhistasFonte: CTISM
As negociaes coletivas no mbito do direito coletivo do trabalho objetivamgerar normas ou regramentos que sero adotados na observncia dos contratos
individuais de trabalho das partes representadas.
A Carta Constitucional reconhece, expressamente, por meio do artigo 7, inciso
XXVI, a validade dos instrumentos resultantes dessa negociao coletiva, dando
statusde lei entre as partes os acordos e convenes coletivas celebrados.
e-Tec BrasilAula 7 - Administrao das relaes com o funcionrio 61
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Em um mundo globalizado onde o capital transcende barreiras territoriais
e dinamizam cada vez mais as relaes de trabalho, a necessidade de uma
constante negociao das condies de trabalho se faz cada vez mais presente,
no apenas para assegurar garantias mnimas aos trabalhadores e buscar
novas conquistas, mas tambm como forma de viabilizar a adaptao domercado de trabalho realidade econmica vivenciada. Na abordagem de
uma negociao coletiva, deve-se levar em conta, sempre, a diversidade de
interesses dos atores sociais. Se, de um lado, h o representante do capital
em busca de uma minimizao do custo de mo de obra, de outro lado h a
representatividade dos empregados na busca da valorizao do seu trabalho,
com melhores salrios, garantias e benefcios (projeto de Lei n. 7.341, de 2014).
As negociaes coletivas no servem apenas para a celebrao de instru-
mentos normativos, mas tambm podem ser desenvolvidas por ocasio da
necessidade de busca de um consenso em um conflito pontual na categoriaou na empresa (OLIVEIRA, 1996).
Amauri Mascaro Nascimento (2005) salienta a negociao coletiva como
instituio caracterstica do plurinor