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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SUPERIOR EM ERGONOMIA COPPE - UFRJ AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DO TRABALHO NO SETOR DE GINECOLOGIA COM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DE ATENDIMENTO TERCIÁRIO ADALGISA FERREIRA DA SILVA RIO DE JANEIRO SETEMBRO/ 2010

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SUPERIOR EM ERGONOMIA

COPPE - UFRJ

AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DO TRABALHO NO SETOR DE GINECOLOGIA

COM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DE

ATENDIMENTO TERCIÁRIO

ADALGISA FERREIRA DA SILVA

RIO DE JANEIRO SETEMBRO/ 2010

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SUPERIOR EM ERGONOMIA

COPPE - UFRJ

AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DO TRABALHO NO SETOR DE GINECOLOGIA

COM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DE

ATENDIMENTO

TERCIÁRIO

Adalgisa Ferreira da Silva

Fisioterapeuta

Projeto apresentado à

Especialização Superior em

Ergonomia COPPE – UFRJ como

pré-requisito para exame de

qualificação.

SUMÁRIO

Pág.

1 - TEMA. ....................................................................................................... 05

2 - INTRODUÇÃO. ......................................................................................... 05

3 - OBJETIVOS. ............................................................................................. 05

4 - JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 06

5 - MATERIAL E MÉTODO .......................................................................... 07

6 – EMPRESA..................................................................................................08

7 – LOCALIZAÇÃO E INFRAESRTUTURA....................................................08

8 – ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS......................................................09

9 – GENEALOGIA DO CONTATO...................................................................10

10- DEMANDA GERENCIAL............................................................................10

11 – CONSTRUÇÃO SOCIAL..........................................................................11

12 – ANÁLISE GLOBAL..................................................................................12

13 - AFASTAMENTOS.....................................................................................13

14 – RECONSTRUÇÃO DA DEMANDA.........................................................13

15 – DIAGNÓSTICO PRELIMINAR E FOCALIZAÇÃO..................................14

16 – VALIDAÇÃO .........................................................................................15

17 – ENCAMINHAMENTO ...........................................................................15

18 – DISCUSSÃO .........................................................................................15

19 - ANEXOS ...............................................................................................17

20 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................30

1. TEMA

Avaliação ergonômica do trabalho no setor de ginecologia com profissionais

de enfermagem em um hospital de atendimento terciário.

2. INTRODUÇÃO

O presente projeto foi elaborado para atender a exigência do curso de

especialização de Ergonomia contemporânea ministrado pela COPPE/URFJ.

Tendo como orientador professor Mario César Rodrigues Vidal.

Propõe-se com este estudo entender a estrutura do trabalho dos

profissionais de enfermagem no setor de ginecologia, em um hospital de grande

porte de atendimento terciário, pontuando as condições de trabalho e os riscos à

saúde do trabalhador. Através da avaliação ergonômica do trabalho.

As produções, do profissional de enfermagem estão relacionadas ao

cuidado com o paciente, na sua recuperação e na promoção da saúde, o que

significa grande exigência física e cognitiva.

Pretende-se avaliar como o processo de trabalho e suas exigências, pode

influenciar na relação saúde – doença deste trabalhador.

3. OBJETIVOS

O objetivo deste projeto é desenvolver uma Avaliação Ergonômica do

Trabalho no setor de ginecologia em um hospital de atendimento terciário, junto à

equipe de enfermagem.

Descrevendo e caracterizando as situações de trabalho e dos

procedimentos realizados.

Através de entrevistas com profissionais dessa instituição, envolvidos direta

ou indiretamente com o campo das dinâmicas das atividades, no setor de

ginecologia, procurando assim, contextualizar as respostas, os riscos relacionados

às atividades do trabalho, que devem ser localizados, pontuados e transformados

na medida do possível.

Também é importante se levar em conta à posição da Coordenação de

Segurança e Saúde do trabalhador em relação aos riscos apontados, através da

Analise Ergonômica do Trabalho.

4. JUSTIFICATIVAS

Segundo Vidal (2008) a ergonomia é uma disciplina que busca entender as

demandas de transformação positiva da realidade laboral; buscando soluções

para que o trabalho torne-se seguro, confortável e produtivo, utilizam-se

ferramentas ergonômicas específicas para avaliar os planos físicos, cognitivos e

organizacionais.

Segundo Santos et al (2004) a enfermagem é descrita como uma profissão

de ajuda, complexa e multifacetada, e há uma variedade de elementos que entram

em sua composição e em sua prática.

No ambiente hospitalar os riscos a saúde do trabalhador de enfermagem,

estão relacionados aos agentes físicos, biológicos, químicos, cognitivo e

ergonômico, o lidar com o processo de doença, sofrimento e morte, atua de forma

expressiva na saúde desse trabalhador.

Pretende-se com a Avaliação Ergonômica do Trabalho, compreender

algumas questões sobre tais riscos, utilizando como ferramenta para uma

transformação positiva da realidade de trabalho desse profissional, a fim de

minimizar os agravos à sua saúde.

5. MATERIAL E MÉTODO

A proposta de realização desse estudo é desenvolver uma Avaliação

Ergonômica do Trabalho, junto a uma equipe de trabalhadores de enfermagem,

em um setor de ginecologia. A escolha desse estudo é para que seja realizado no

Hospital Geral de Bonsucesso – Ministério da Saúde, por ser considerado o maior

Hospital da rede pública do Estado do Rio de Janeiro, em volume geral de

atendimentos e reconhecido como Centro Regional Terciário.

Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, realizou-se contato

com a Coordenação de Segurança e Saúde do Trabalhador, Chefia de

Enfermagem e em outro momento, com os próprios colaboradores.

Participaram deste estudo vinte e sete profissionais de enfermagem do

setor de ginecologia, que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido,

foram excluídas cinco profissionais, que se encontravam em afastamento por

motivo de saúde.

Utilizou-se método de observação do posto de trabalho com emprego de

instrumentos e ferramentas ergonômicos específicos, dentro do código de ética,

para aferição e validação dos dados coletados.

Seguindo os seguintes passos:

1 - Demanda Gerencial: Dados coletados junto às chefias e gerências.

2 - Análise Global: Levantamento e observação in loco dos principais processos

de trabalho, que será dividido em três momentos: mapeamentos abertos,

levantamentos orientados e análise macro ergonômica. Buscando estabelecer

uma ação ergonômica efetiva, utilizando ferramentas e técnicas da ergonomia.

3 - Reconstrução da Demanda: Com os resultados da Análise Global, delimita-se

o foco de ação ergonômica.

4 - Diagnóstico Preliminar: Descrição das causas dos problemas apontados,

regulações do trabalho real, relação causa X efeito.

5 - Validação e Restituição do Diagnóstico Preliminar: Esquematização operativa

dos resultados obtidos, junto aos gestores, chefias e colaboradores, a fim de se

verificar se os resultados correspondem à realidade do serviço, ora analisado.

6 - Relatório Final: O relatório final seria apresentação de todo o estudo realizado,

com todas as observações e comentários e elaboração de um relatório, da Análise

Ergonômica do Trabalho, encaminhado aos gestores do hospital, chefia de

enfermagem, Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Federal de Bonsucesso, e

ao COPPE/GENTE/UFRJ.

6. EMPRESA

O trabalho foi realizado no Hospital Federal de Bonsucesso Hospital

(Ministério da Saúde /SUS). O hospital onde foi realizada a pesquisa é

considerado o maior hospital da rede pública do Estado do Rio de Janeiro em

volume geral de atendimentos, categorizado como hospital geral com porta

hospitalar de emergência e reconhecido como Centro Regional Terciário, Além

disso, é referência em Oftalmologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Atendimento

à Gestante de Alto Risco e atendimento de alta complexidade como transplante de

rins, fígado e córnea. Sob direção geral da Drª Sandra Azevedo.

O hospital tem um quadro funcional de três mil e oitenta e sete funcionários,

sendo hum mil quinhentos e cinqüenta e nove da enfermagem.

7. LOCALIZAÇAO E INFRA-ESTRUTURA

Está localizado na Avenida Londres nº 616 – Bonsucesso, Zona Norte da

cidade do Rio de Janeiro, na área programática 3.1 (AP3. 1), na Avenida Brasil,

próximo à confluência com as linhas Amarela e Vermelha, principais vias da

cidade, que comunicam a cidade diretamente com a Baixada Fluminense, fazendo

com que o Hospital esteja próximo dessa região. A AP 3.1, onde se localiza o

Hospital, tem uma população de cerca de um milhão de habitantes, sendo ainda, a

área de maior concentração de favelas do Município.

A clientela do Hospital procede principalmente: de diferentes áreas

programáticas do Município do Rio de Janeiro e de alguns municípios da Baixada

Fluminense. A população dos municípios que mais demandam o HFB é de mais

de 15 milhões de habitantes. No ano de 2008 foram realizados 180.480

atendimentos, 17.235 internações e 7.406 cirurgias.

8. ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS

O Hospital Federal de Bonsucesso é de natureza jurídica, órgão da

administração direta do Poder Executivo, vinculação Ministerial do Departamento

de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Atenção à

Saúde, e Ministério da Saúde.

A Coordenação de Segurança e Saúde do Trabalhador, sob subordinação

da Divisão de Recursos Humanos, fica encarregada de fazer cumprir a NR32.

Nos termos do anexo I da portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005; elaborar e

manter o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais); formar, treinar e

apoiar permanentemente a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes);

inspecionar ambientes de trabalho e equipamentos; investigar e analisar acidentes

de trabalho; especificar e recomendar EPI (Equipamento de Proteção Individual);

recomendar medidas de controle em ambientes de trabalho; treinar funcionários

em S&SO (Segurança e Saúde Ocupacional);atuar e colaborar nas campanhas de

prevenção de acidentes e doenças ocupacionais; elaborar Mapa de

Riscos;organizar a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do

Trabalho); instruir sobre medidas preventivas em S&SO; formar, treinar e apoiar

criar e implantar a sinalização em Prevenção e Combate a Incêndio; acompanhar,

apoiar e adequar empresas terceirizadas às normas de S&SO; emitir documentos

tais como Comunicação de Acidentes e Perfil profissiográfico; elaborar Manual de

Biossegurança; planejar programa de imunização ativa para os trabalhadores

recomendadas pelo MS e estabelecidos no PCMSO; elaborar, implantar e manter

o Programa de Prevenção de Riscos Biológicos (PPRB) relacionando-o com o

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle

Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); elaborar e manter o Programa de

Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) com base no Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); convocar e agendar os servidores do

HFB para os exames médicos periódicos; realizar os exames médicos periódicos

na Unidade de Atendimento ao servidor da CSST; levantar, identificar e relacionar

principais causas de adoecimento e afastamento dos trabalhadores da unidade;

planejar, implementar e manter o Programa de Ergonomia; permanentemente a

Brigada de Incêndio; elaborar o Plano de Emergências; planejar, implementar e

manter programas para promover de todas as formas a saúde dos trabalhadores,

independente de suas Funções no HFB, conforme Acórdão nº 921/2005 do

MS/TCU.

9. GENEALOGIA DO CONTATO

O contato inicial foi com a Coordenação de Segurança e Saúde do

Trabalhador, com a enfermeira Terezinha Vivas, chefe do serviço, que

encaminhou para o Comitê de Ética e Pesquisa, a fim de viabilizar a pesquisa no

HFB. Posteriormente, o contato foi realizado com o chefe da Divisão de

Enfermagem, a enfermeira Maria de Fátima Ottoni e ainda com o chefe da Divisão

de Recursos Humanos, Arlene Gidra Gomes e a Chefia de Enfermagem da

Unidade Materna Infantil a enfermeira Magda Fadel.

10. DEMANDA GERENCIAL

A chefe de Enfermagem da Unidade Materno Infantil, Enfermeira Magda

Fadel colocou que o setor de ginecologia apresenta um grande índice de

afastamentos e absenteísmo, e colaboradores com queixa álgicas, ressaltando

ainda que é um setor com um índice de 100% de colaboradoras do sexo feminino.

11. CONSTRUÇÃO SOCIAL

Na construção social, o grupo de sustentação foi formado pela Direção

Geral do hospital, Comissão de Saúde e Segurança do trabalhador (CSST) e a

Divisão de Enfermagem (DE), o grupo de ação ergonômica, pela fisioterapeuta

Adalgisa Ferreira e com apoio de Comissão de Saúde e Segurança do trabalhador

e a chefia de enfermagem (CE), o setor onde se realizou a pesquisa foi a

enfermaria de ginecologia, o grupo de foco, profissionais de enfermagem

(enfermeiros e auxiliares) e o grupo de acompanhamento a COPPE.

Grupo de Ação Ergonômica Setor

Ginecologia

Grupo de Sustentação Direção, CSST, DE

Apoios CSST, CE

Grupo de Acompanhamento COPPE, CSST, CE

Grupo de

Foco

Enfermagem

Ergonomista Adalgisa

12. ANALISE GLOBAL

No setor os plantões são divididos em seis equipes, com turnos de 12

(doze) horas diurno e 12 (doze) noturno, com um número de três a quatro

funcionárias por plantão, com um total de 32 (trinta e dois) colaboradores, sendo 8

(oito) enfermeiras e 24 (vinte e quatro) auxiliares de enfermagem. Dessas 24

(vinte e quatro), 42% possui nível superior em outras áreas, que segundo relato de

algumas colaboradoras, gera alguma insatisfação por estarem exercendo uma

função inferior diferente da sua atual formação. 100% dos colaboradores são do

sexo feminino, o setor dispõe de quatro enfermarias com um total de vinte e três

leitos.

FAIXA ETÁRIA DAS COLABORADORAS

Essas informações têm uma grande relevância, já que 60% das

colaboradoras estão acima de 40 anos e algumas em processo de aposentadoria,

em um setor que apresenta grandes exigências físicas.

0123456789

10

22 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 68 anos

Segundo as falas das colaboradoras, o setor passou por uma mudança

quanto às usuárias que recebem atendimento, levando a uma descaracterização

do setor de ginecologia, que atualmente recebe pacientes de diversas clínicas,

ocorrendo uma demanda maior de trabalho, sem um treinamento especializado e

sem aumento de pessoal, gerando um grande nível de stress, as mesmas também

se queixam quanto ao mobiliário do posto de enfermagem, sala de refeição e

vestiário, que leva a posturas viciosas, gerando um grande gasto energético e

queixas álgicas, que acaba culminando em afastamentos, levando a uma

sobrecarga maior das demais colaboradoras.

Após contato com as colaboradoras e a assinatura do termo de

consentimento livre e esclarecido, as mesmas foram submetidas a entrevistas

livres, e responderam o questionário EAMETA (Bonfatti 2009) e o Diagrama de

Corlett & Manenica 1994, onde foram levantadas as seguintes informações:

13. AFASTAMENTOS

No ano de 2009 ocorreram hum mil quinhentos e noventa e oito

afastamentos no HFB, no setor de ginecologia: setenta e sete afastamentos, com

grande número de recidivas, 56% dos afastamentos estavam relacionados a

outras causas, 37% a doenças osteomusculares, e 7% relacionados ao stress.

14. RECONSTRUÇÃO DA DEMANDA

A organização do trabalho irá influenciar diretamente na situação de

trabalho e nas condições de execução das tarefas,

Apesar do setor de ginecologia apresentar várias dificuldades no que diz

respeito à organização do trabalho como: a forma de estabelecer rotinas e

procedimentos, a falta de capacitação de pessoal, uma vez que os pacientes do

setor mudaram de perfil, o arranjo físico na área de trabalho, que dificulta a

realização das tarefas, gerando exigências físicas, cognitivas e a um processo de

adoecimento das colaboradoras, comprometendo o cuidado com o pacientes e

sobrecarregando o restante das colaboradoras. O que foi observado nas falas das

colaboradoras uma grande insatisfação com o posto de enfermagem, com o local

onde é destinado para realizarem as refeições e o vestiário e local de descanso.

Que podemos identificar bem nas falas das mesmas:

“Falta de local e mobiliário adequado para preparar a medicação e evoluir o

paciente”.

“O armário é um lixo. É um sacrifico para encontrar a medicação”.

“A Ginecologia foi esquecida, a sucata vem toda pra cá”.

“Falta conforto, um lugar decente para relaxar”.

“Não gosto desta cadeira. Me dá dor nas costas”.

“Muitas funcionárias com problemas de coluna, com hipertensão e

depressão”.

“Não gosto nem de vir Trabalhar”.

As falas das colaboradoras vão de encontro com o que foi observado nos

setores em questão, quanto à falta de ergonomia, e que evidencia o nexo causal

do grande número de afastamentos por doenças osteomusculares.

15. DIAGNÓSTICO PRELIMINAR E FOCALIZAÇÃO

Falta de ergonomia, como a utilização de mobiliário inadequado, leva a

exigência de posturas viciosas e como consequência sobre carga de trabalho,

ocasionando processo de adoecimento e afastamento. O objeto da focalização foi

no posto de enfermagem, onde foi observados mobiliário inadequado, como

cadeiras, bancadas, armário de medicação, refeitório com sucatas, mesas e

cadeiras inadequadas, com falta de pia e vestiário com camas quebradas e

necessitando de reforma predial.

16. VALIDAÇÃO

O diagnóstico preliminar foi apresentado às colaboradoras, que aprovaram

na integra o encaminhamento sugerido, o trabalho também foi apresentado na

Coordenação de Saúde e Segurança do Trabalhador, durante a SIPAT, e

encaminhado para o Comitê de ética do Hospital Federal de Bonsucesso.

17. ENCAMINHAMENTO

O encaminhamento seria a revisão do layout do posto de enfermagem,

refeitório e vestiário, executar manutenção predial e adequar as instalações às

normas da ANVISA RDC 50 e as NR 32, NR 17.

18. DISCUSSÃO

Atualmente os novos modelos de gestão buscam o principio da qualidade

total, preconizado a busca constante de melhor organização do trabalho, com foco

na saúde e segurança do trabalhador, procurando identificar e gerenciar os fatores

de risco que podem comprometer a saúde do trabalhador e a qualidade do

serviço. Os trabalhadores por sua vez, entendem que as condições e a

organização do trabalho podem influenciar na qualidade da prestação do serviço.

Os profissionais de enfermagem que foram o foco deste estudo,

demonstraram insatisfação quanto ao posto de enfermagem, pela ausência de

local adequado para a realização das tarefas desenvolvidas, destacaram também

ambiente onde é destinado como refeitório, onde não tem pia e o mobiliário é

inadequado com utilização de sucatas, e o vestiário encontra-se em péssimo

estado de manutenção predial, colocando em risco a integridade física dos

mesmos.

Foi levantados junto a Coordenação de Saúde e Segurança do trabalhador,

um grande número de afastamentos no setor de ginecologia no ano de 2009, com

77 afastamentos, 56% desses afastamentos estavam relacionados a causas

diversas, 37% relacionados a doenças osteomusculares, e está relacionado com o

resultado encontrado no Diagrama de Corlett & Manenica (1994), onde as queixas

álgicas se concentram na coluna vertebral e membros superiores, as

colaboradoras associaram as queixas às condições desfavoráveis do trabalho.

Visando à melhoria da qualidade e as condições de trabalho, a fim de

favorecer a eficácia dos serviços prestados, sugerimos além da revisão de layout

no setor de ginecologia, uma revisão da organização de trabalho, e educação

continuada com participação ativa dos colaboradores.

19. ANEXOS:

Posto de Enfermagem

Bancada

Banco

Bancada de medicação

Bancada de medicação

Armário de medicação

Refeitório

Refeitório

Refeitório

Vestiário

QUESTIONÁRIO E A META

Colaborador Observador Indicação

Circulação ( ) ( ) ( )

Área do posto ( ) ( ) ( )

Iluminação ( ) ( ) ( ) Temperatura ( ) ( ) ( )

Ventilação ( ) ( ) ( )

Ruído ( ) ( ) ( )

Cadeiras ( ) ( ) ( )

Mesas ( ) ( ) ( )

Bancadas ( ) ( ) ( )

Armários ( ) ( ) ( )

Equipamentos ( ) ( ) ( )

Insatisfatório = 1 Regular = 2 Bom = 3 Ótimo = 4

Fonte: Bonfatti R., D. SC (2009)

Diagrama de Áreas Dolorosas

PLANTA BAIXA

Termo de consentimento Livre e Esclarecido

Título do Projeto: Avaliação Ergonômica do Trabalho no Setor de Ginecologia com Profissionais de Enfermagem em um Hospital de Atendimento Terciário.

Pesquisador Responsável: Adalgisa Ferreira da Silva. Instituição: Universidade Federal do Rio de janeiro/ COPPE. Telefones para contato: 25474163 ou 93641393.

O Senhor (a) está sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa “Avaliação Ergonômica do Trabalho com profissionais de Enfermagem em um Hospital de Atendimento Terciário”, de responsabilidade da pesquisadora Adalgisa Ferreira da Silva.

O presente projeto é pré-requisito para a conclusão de Especialização Superior em Ergonomia, na COPPE / UFRJ e tem como objetivo realizar uma Avaliação Ergonômica do Trabalho com profissionais de enfermagem, que atuem no setor de enfermaria de ginecologia, a metodologia utilizada, será de levantamento e coleta de dados junto às chefias, gerências e dos trabalhadores, será realizado acompanhamento e observação do processo de trabalho in loco, utilizando recursos áudio e visual, mapeamento de riscos a saúde do trabalhador. Vale esclarecer que a participação é voluntária e que este consentimento poderá ser retirado a qualquer tempo, e que é garantida a privacidade do voluntário e confidencialidade das informações geradas. Eu, ___________________________________, RG nº ____________declaro ter sido informado em participar, como voluntário, do projeto de pesquisa acima descrito.

Rio, ____de __________de______.

Assinatura do voluntário pelo projeto Assinatura do responsável

_________________________ Testemunha __________________________ Testemunha

20. REFERÊNCIAS

ABRANTES, Antonio Francisco. Atualidades em ergonomia – Logística,

movimentação de Materiais, Engenharia Industrial e Escritórios. Ed. São Paulo,

2004.

DANIELLOU, François; BETIOL, Maria Irene Stocco; SZNELWAR, Learte Idal;

ZIDAN, Leila Nadim. A Ergonomia em Busca de seus Principios. Ed São Paulo:

Edgard Blucher Ltda, 2004.

FELDMAN, Liliane Bauer. Gestão de Risco e Segurança Hospitalar – Prevenção

de Danos ao paciente, Notificação, Auditoria de Risco, Aplicabilidade de

Ferramentas, Monitoramento. 2ª edição. Ed. São Paulo: Martinari. 2009.

SANTOS, Iraci; FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida; Padilha, Maria Itayra Coelho

de Souza; CUPELLO, Antonio Jose; SOUZA, Sonia Regina de Oliveira e Silva;

MACHADO, Wiliam César Alves. Enfermagem Assistencial no Ambiente

Hospitalar. Ed. Rio de Janeiro: 2004.

VIDAL, Mario César. Guia para Análise Ergonômica do Trabalho. Ed. Rio de

Janeiro: Editora Virtual Cientifica, 2008.