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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO - 9ª EDIÇÃO DANO MORAL NA RELAÇÃO DE EMPREGO Gabriel Lopes Coutinho Filho Florianópolis - Fev/2011

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO - 9ª EDIÇÃO

DANO MORAL NA RELAÇÃO DE EMPREGO

Gabriel Lopes Coutinho FilhoFlorianópolis - Fev/2011

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DANO MORALFUNDAMENTO DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Emmanuel Kant"No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode pôr-se, em vez dela, qualquer outra coisa como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então ela tem dignidade"

(Kant, Razão Pura; Crítica da Razão Prática).

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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Essência do pensamento de Kant

O ser humano é um valor absoluto, fim em si mesmo, porque dotado de razão, sua autonomia racional, é a raiz de sua dignidade, pois é ela faz do homem um fim em si mesmo.

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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANAIngo Sarlet“Constitui-se num conjunto de direitos fundamentais que proteja a pessoa “contra qualquer ato de cunho degradante e desumano”, e que venha a lhe “garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável”, além de promover sua “participação ativa nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos.” (In EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS, A - 8ª EDIÇÃO -Editora do Advogado)

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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

Núcleo irredutível da ordem jurídica.

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ORDEM JURÍDICA

Kelsen: “O Estado é a ordem jurídica”.

Conceito comum: “As regras vigentes constituem a ordem jurídica, composta de normas que se reúnem, se coligam e se interpenetram num todo harmônico.“

Miguel Reale: “Ordem jurídica é o sistema de normas jurídicas “in ato”

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ORDENAMENTO JURÍDICO E SISTEMA

BobbioOrdenamento é o conjunto de regras postas.Sistema é uma totalidade ordenada; conjunto de entes entre os quais existe uma certa ordem. A função do sistema é a adequação de toda ordem jurídica ao quadro principiológico e axiógico de uma constituição.(Norberto Bobbio - A Teoria do Ordenamento Jurídico)

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ORDENAMENTO JURÍDICO E SISTEMA

Ordenamento= Conjunto de regras Sistema= Lógica que une as regras em um todo harmônico.

Pela idéia de sistema é possível realizar a interpretação sistêmica, mais precisa e eficaz que a interpretação literal de uma norma.

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SEM O DOMÍNIO DA NOÇÃO DE DIGNIDADE HUMANA, ORDENAMENTO E SISTEMA, TORNA-SE IMPOSSÍVEL ENTENTER A DIREÇÃO E O ALCANÇE DOS DIREITOS E DAS LESÕES DE NATUREZA MORAL.

Exame ético necessário.

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ÉTICA NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Tempo de ceticismo e da quebra dos padrões ortodoxos.

Tudo é relativizado: individualismo vs. globalismo masculino vs. feminino oriente vs. ocidente público vs. privado vs 3º setor

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ÉTICA NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Tudo é relativizado:

sincretismo religioso hedonismo exacerbado consumismo desenfreado...

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ÉTICA NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Consequências: Vazio da noção de ética pura. Ética de princípios.

“Chegamos ao nihilismo: desvalorização dos valores supremos (Verdade, Deus, Razão)” – Nietzche

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ÉTICA NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Consequências:Jacqueline Russ“É num vazio absoluto que a ética contemporânea se cria, nesse lugar onde se apagaram as bases habituais, ontológicas, metafísicas, religiosas da ética pura ou aplicada.”

(Pensamento ético contemporâneo, Editora Paulus,)

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ÉTICA NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Consequências:

Fortalecimento das éticas aplicadas:éticas utilitárias ou de resultados.

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ÉTICA NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Bioética: a natureza como sujeito de direito – Pacto de Kyoto Ética na mídia: transparência das informações; propaganda enganosa Ética na política: fidelidade partidária; Ética da empresa: lealdade e respeito aos empregados, fornecedores e consumidores;

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ÉTICA NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Modernidade Pós-modernidade• o absoluto o relativo • a unidade a diversidade • o objetivo o subjetivo • o cidadão o consumidor • as pessoas o capital • o esforço o prazer • a ética a estética

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ÉTICA NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Reações ao quadro no âmbito do empregoAgenda da OIT :Trabalho DecenteTrabalho Decente é um trabalho produtivo e adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, eqüidade, e segurança, sem quaisquer formas de discriminação , e capaz de garantir uma vida digna a todas as pessoas que vivem de seu trabalho. Fonte: www.oitbrasil.org.br

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ÉTICA NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Reações ao quadro no âmbito do empregoISSO 26000 Norma Internacional de Responsabilidade Social

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ISSO 26000

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ISSO 26000

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DIGNIDADE HUMANAPERSPECTIVA NORMATIVA

Declaração Universal dos Direitos do HomemResolução de nº 217, de 10/12/1948 - Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU)

Brasil é signatário.

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEMResolução de n. 217, de 10/12/1948 - Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU)

Art. XII - Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Todo homem tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANAPERSPECTIVA NORMATIVABASE CONSTITUCIONALArt. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...omissis...)

III - a dignidade da pessoa humana;

Slide nº 25

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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANAPERSPECTIVA NORMATIVABASE CONSTITUCIONAL

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege

se nas suas relações internacionais pelos

seguintes princípios:

...

II - prevalência dos direitos humanos

...

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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANAPERSPECTIVA NORMATIVABASE CONSTITUCIONALArt. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:...V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;..X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;.

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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANAPERSPECTIVA NORMATIVA OUTRAS BASES

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DIGNIDADE DA PESSOA HUMANAPERSPECTIVA NORMATIVA Código Civil BrasileiroCódigo EleitoralCB de Telecomunicações - Lei n. 4.117/62Código de Defesa do ConsumidorEstatuto da Criança e do AdolescenteLei dos Direitos do AutorLei de ImprensaLei dos Danos NuclearesCódigo de Propriedade IndustrialCódigo Brasileiro de AeronáuticaLei dos Desaparecidos Políticos

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Código Civil Brasileiro

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

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Código Civil Brasileiro

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

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Código Civil Brasileiro

Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.

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Código EleitoralLei n. 4.737/1965

Art. 244. É assegurado aos partidos políticos registrados o direito de, independentemente de licença da autoridade pública e do pagamento de qualquer contribuição: 

(...) 

§ 3º Aos órgãos da Justiça Eleitoral compete julgar das reclamações sôbre a localização dos comícios e providências sôbre a distribuição eqüitativa dos locais aos partidos.

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Código de Defesa do Consumidor Lei n. 8.078/1990

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

(...)

VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

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Estatuto da Criança e do AdolescenteLei n. 8.069/1990

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

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Lei dos Direitos do AutorLei n. 9.610/1998

Art. 102. O titular cuja obra seja fraudulentamente reproduzida, divulgada ou de qualquer forma utilizada, poderá requerer a apreensão dos exemplares reproduzidos ou a suspensão da divulgação, sem prejuízo da indenização cabível.

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Lei de Imprensa Lei n. 5.250/1967

Art . 49. Aquêle que no exercício da liberdade de manifestação de pensamento e de informação, com dolo ou culpa, viola direito, ou causa prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar: I - os danos morais e materiais, nos casos previstos no art. 16, números II e IV, no art. 18 e de calúnia, difamação ou injúrias;

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Lei dos Danos NuclearesLei Nº 6.453/1977

Art . 1º - Para os efeitos desta Lei considera-se: 

(...) 

VII - "dano nuclear", o dano pessoal ou material produzido como resultado direto ou indireto das propriedades radioativas, da sua combinação com as propriedades tóxicas ou com outras características dos materiais nucleares, que se encontrem em instalação nuclear, ou dela procedentes ou a ela enviados;

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Código de Propriedade IndustrialLei Nº 9.279/1996Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6º bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de proteção especial, independentemente de estar previamente depositada ou registrada no Brasil.

  § 1º A proteção de que trata este artigo aplica-se também às marcas de serviço.

§ 2º O INPI poderá indeferir de ofício pedido de registro de marca que reproduza ou imite, no todo ou em parte, marca notoriamente conhecida.

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Código Brasileiro de AeronáuticaLei 7.565/1986 Art. 257. A responsabilidade do transportador, em relação a cada passageiro e tripulante, limita-se, no caso de morte ou lesão, ao valor correspondente, na data do pagamento, a 3.500 (três mil e quinhentas) Obrigações do Tesouro Nacional - OTN, e, no caso de atraso do transporte, a 150 (cento e cinqüenta) Obrigações do Tesouro Nacional - OTN.

 

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Código Brasileiro de AeronáuticaLei 7.565/1986

Art. 257.

§ 1° Poderá ser fixado limite maior mediante pacto acessório entre o transportador e o passageiro.

 

§ 2° Na indenização que for fixada em forma de renda, o capital par a sua constituição não poderá exceder o maior valor previsto neste artigo.

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Lei dos Desaparecidos PolíticosLei 9.140/1995 Art. 11. A indenização, a título reparatório, consistirá no pagamento de valor único igual a R$ 3.000,00 (três mil reais) multiplicado pelo número de anos correspondentes à expectativa de sobrevivência do desaparecido, levando-se em consideração a idade à época do desaparecimento e os critérios e valores traduzidos na tabela constante do Anexo II desta Lei.

§ 1º Em nenhuma hipótese o valor da indenização será inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais).

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ORDENAMENTO TRABALHISTA

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CLT482, da CLT, letra k

Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:  

...

  k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

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CLT

Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: 

...

e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;

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CLTCriança e adolescente

Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho:

  II- em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade.

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CLTCriança e adolescente

Art. 405

§ 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua formação moral.

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CLTCriança e adolescente

Art. 405

§ 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho:  

a)prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, buates, cassinos, cabarés, dancings e estabelecimentos análogos 

b) em emprêsas circenses, em funções de acróbata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes;

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CLTCriança e adolescente

Art. 405

c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral;

d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas.

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CLTCriança e adolescente

Art. 405

§ 4º Nas localidades em que existirem, oficialmente reconhecidas, instituições destinadas ao amparo dos menores jornaleiros, só aos que se encontrem sob o patrocínio dessas entidades será outorgada a autorização do trabalho a que alude o § 2º.

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CLTCriança e adolescente

Art. 405

§ 5º Aplica-se ao menor o disposto no art. 390 e seu parágrafo único.

Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que

demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho

continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional.

Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a

remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de

mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. 

Slide nº 52

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CLTCriança e adolescente

Art. 407 - Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções.

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CLTCriança e adolescente

Art. 407

Parágrafo único - Quando a empresa não tomar as medidas possíveis e recomendadas pela autoridade competente para que o menor mude de função, configurar-se-á a rescisão do contrato de trabalho, na forma do art. 483.

(rescisão indireta)

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CLTCriança e adolescente

Art. 408 - Ao responsável legal do menor é facultado pleitear a extinção do contrato de trabalho, desde que o serviço possa acarretar para ele prejuízos de ordem física ou moral.  

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DANOS MORAISCONCEITOS

dano, do latim damnu.

"1. Mal ou ofensa pessoal; prejuízo moral (...): 2. Prejuízo material causado a alguém pela deterioração ou inutilização de bens seus" (Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 22ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006).

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DANOS MORAISCONCEITOSYussef Said Cahali “Dano moral, portanto, é a dor resultante da violação de um bem juridicamente tutelado, sem repercussão patrimonial. Seja dor física – dor-sensação, como a denomina Carpenter – nascida de uma lesão material; seja a dor moral – dor-sentimento, de causa imaterial”.

(Dano Moral. 2ª ed., São Paulo: RT, 1998).

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DANOS MORAISCONCEITOSCarlos Bittar"qualificam-se como morais os danos em razão da esfera da subjetividade, ou do plano valorativo da pessoa na sociedade, em que repercute o fato violador, havendo-se como tais aqueles que atingem os aspectos mais íntimos da personalidade humana (o da intimidade e da consideração pessoal), ou o da própria valoração da pessoa no meio em que vive e atua (o da reputação ou da consideração social)". (in, Yussef Said Cahali. Dano Moral. 2ª ed., São Paulo: RT, 1998).

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DANOS MORAISCONCEITOSSuperior Tribunal de Justiça, "sobrevindo, em razão de ato ilícito, perturbação nas relações psíquicas, na tranqüilidade, nos sentimentos e nos afetos de uma pessoa, configura-se o dano moral, passível de indenização"

(Alexandre de Moraes. Direito Constitucional, 10ª ed., São Paulo: Atlas, 2001, p. 74/75).

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DANOS MORAISCONCEITOSRoberto Brebbia(o dano moral é) “uma espécie de agravo constituída pela violação de algum dos direitos inerentes à personalidade.”

(Roberto H. Brebbia El daño moral, 1950)

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DANOS MORAISCONCEITOSSérgio Cavalieri Filho“o dano moral não mais se restringe à dor, tristeza e sofrimento, estendendo a sua tutela a todos os bens personalíssimos – os complexos de ordem ética -, razão pela qual revela-se mais apropriado chama-lo de dano não patrimonial, como ocorre no Direito Português.

(CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil, 6ª Edição, São Paulo, Malheiros, 2005)

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DANOS MORAISCONCEITOSEntendendo direitos à personalidade

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DANOS MORAISCONCEITOSEntendendo direitos à personalidade

Paulo LoboBens integrantes da interioridade da pessoa, que não dependem da relação com os essenciais à realização da pessoa, ou seja, aquilo que é inato à pessoa e deve ser tutelado pelo direito.

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DANOS MORAISCONCEITOSEntendendo direitos à personalidade

Doutrina clássica: Direitos com tipologia fechada (concepção patrimonialista).

Doutrina moderna: Direitos com tipologia aberta(cláusula geral da dignidade humana) .

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Direitos à personalidade: Tipos geraisCom tutelas previstas ba CF/1988Vida; Liberdade; Intimidade (privacidade); Vida privada (privacidade); Honra (reputação); Imagem (privacidade); Moral de autor; Sigilo (privacidade); Identificação pessoal; Integridade física e psíquica.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à vidaArt. 5ºXLVII - não haverá penas:a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito geral à liberdadeArt. 5ºLIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à integridade física e psíquica•STF- RHC nº 64.387-6-SP, (internação de paciente em hospital psiquiátrico, contra sua vontade, mediante consenso da família e orientação médica)•STF- HC nº 71.373-RS (submissão compulsória da pessoa a exame de DNA para fins de atribuição de paternidade biológica)•Lei de Transplantes de órgãos post mortem (Lei nº 9.434, de 1997).

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à privacidade Fatos da intimidade Reserva da pessoa, que não devem ser levados ao espaço público.

Incluem-se os direitos à intimidade, à vida privada, ao sigilo e à imagem.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à intimidade: diz respeito a fatos, situações e acontecimentos que a pessoa deseja ver sob seu domínio exclusivo, sem compartilhar com qualquer outra.

Incluem dados e documentos cuja revelação possa trazer constrangimento e prejuízos à reputação da pessoa.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à vida privada diz respeito ao ambiente familiar e cuja lesão resvala nos outros membros do grupo. inciso XI do artigo 5º da Constituição a casa é o asilo inviolável do indivíduo, ninguém podendo penetrar sem o consentimento do morador, salvo em flagrante delito ou para prestar socorro ou por determinação judicial. Reflexão: avanço da tecnologia da informação. Google Street Wiew

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito de sigilo Protege o conteúdo das correspondências e das comunicações.

QuestõesSigilo profissional ?Sigilo bancário?

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Sigilo profissional Não constitui direito da personalidade, pois tutela primeiro o cliente, depois o profissional (dever de guarda)

Sua revelação viola a intimidade e a vida privada do cliente.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Sigilo bancário: Não constitui direito da personalidade, pois exprime um valor patrimonial do banco ou do cliente.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à imagem: Direito a retrato, à sua imagem, foto, cuja exposição não autorizada é vedada.•Não se confunde com a honra, reputação ou consideração social de alguém.No entanto, a divulgação ou exposição de foto, filme ou assemelhado danifica a reputação de uma pessoa, viola-se o direito à honra e, quase sempre, a intimidade.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à honra (ou reputação) Também denominado direito à integridade moral ou à reputação.

É o direito ao respeito, a consideração, a boa fama e a estima que a pessoa desfruta nas relações sociais.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à honra (ou reputação)

A honra, que se constrói no ambiente social, é o mais frágil dos direitos da personalidade, porque pode ser destruída em virtude de informação maliciosa ou dolosa.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à honra (ou reputação) A honra deve ser aferida considerando os valores do lesado em harmonia com os valores cultuados na comunidade em que vive ou atua profissionalmente.

Honra subjetiva: reflexão moral externa, íntimo da vítima, aos seus sentimentos interiores.

Honra objetiva: consideração social, são os valores de dignidade.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à honra (ou reputação) Costuma-se confundir o direito à honra com o direito a imagem, mas este diz respeito apenas à retratação externa da pessoa. A reputação relaciona-se à honra e não à imagem.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à honra (ou reputação)“A honra pode ser entendida como subjetiva, quando toca à pessoa física, porque somente ela pode sofrer constrangimentos, humilhações, vexames. Tem-se admitido a honra objetiva, no caso das pessoas jurídicas, que também dependem de consideração, apreço e estimas sociais.”(Cf. R. Esp. Nº 60.633-2-MG, do STJ).

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito moral do autor Criação intelectual (obras literárias, científicas e artísticas)

Dois aspectos: Direitos patrimoniais Direitos morais (integram direitos da personalidade).

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito moral do autorCaracterísticas: intransmissibilidade, indisponibilidade, irrenunciabilidade, imprescritibilidade, inexpropriabilidade.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito moral do autorLei nº 9.610/1998, São assim considerados os direitos à paternidade da obra, à nominação, ao ineditismo, à integridade ou intocabilidade da obra, à modificação, o de impedir a circulação, neste caso associado à reputação (honra) e à imagem.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito moral do autor

A utilidade econômica da obra pode ser negociada. Os direitos morais do autor não podem ser transmitidos.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à identidade pessoal Direito a ter nome.Características: absoluto e inato.

Inclui-se a proteção do pseudônimo utilizado para atividades profissionais.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à identidade pessoal

A lesão ao direito ao nome produz danos morais, se houver utilização indevida ou não autorizada. A alusão deve ser direta e inequívoca.

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Direitos à personalidade: Tipos gerais

Direito à identidade pessoal

Uso indevido com objetivo difamatório ou de provocar o desprezo público.

Pode haver interesse midiático ou comercial

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Direitos à personalidade: Tipos geraisPESSOA JURÍDICA

Súmulaº 227 STJ "A pessoa jurídica pode sofrer dano moral".

Envolvem: Reputação (difamação) Imagem Privacidade Direito moral do autor (Lei 9609/1998)

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Direitos à personalidade: Tipos geraisPESSOA JURÍDICA

Equiparados: Condomínio Espólio Herança jacente Massa Falida Consórcio Família Empresa de Fato e individual

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DANOS MORAIS NA RELAÇÃO DE TRABALHO E EMPREGO

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DANOS MORAIS NA RELAÇÃO DE TRABALHO E EMPREGOPremissa para entendimento de relação de trabalho e contrato de emprego

Amauri Mascaro Nascimento "Não há uma separação, uma autonomia absoluta entre contrato e relação de emprego, como se fossem duas realidades distintas no plano jurídico (...)" (Amauri Mascaro Nascimento. Curso de Direito do Trabalho, 8ª ed., São Paulo: Saraiva, 1989, p. 279).

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ALGUNS ENTENDIMENTOS DOUTRINÁRIOS

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Valdir FlorindoNa vida em sociedade, estamos sempre sujeitos a causar um dano ou então a sofrê-lo. Na relação de emprego, a questão não é diferente, pois empregado e empregador, até pela convivência habitual, estão sempre sujeitos a sofrer danos, ou então a causar dano (um ao outro), seja ele moral ou material, e nem por isso estão imunes à devida reparação, hoje elevado à estatura constitucional FLORINDO, Valdir. A proximidade da Justiça do Trabalho com o dano moral. Informativo Dinâmico, IOB, Edição n. 42, Junho de 1995)

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Rodolfo Pamplona Filho[...] o dano moral consiste no prejuízo ou lesão de direitos, cujo conteúdo não é pecuniário, nem comercialmente redutível em dinheiro. Em outras palavras, podemos afirmar que o dano moral é aquele que lesiona a esfera personalíssimo, a da pessoa (seus direitos da personalidade) violando, por exemplo, sua intimidade, vida privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados constitucionalmente." (O dano moral na relação de emprego. 3 ed. rev. e atual. São Paulo: LTr, 2000)

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José Alberto Couto Maciel [...] o trabalhador, como qualquer outra pessoa, pode sofrer danos morais em decorrência de seu emprego, e, acredito até, que de forma mais contundente do que as demais pessoas, uma vez que seu trabalho é exercido mediante subordinação dele ao empregador, como característica essencial da relação de emprego. Ora, o empregado, subordinado juridicamente ao empregador, tem mais possibilidade do que qualquer outro de ser moralmente atingido, em razão dessa própria hierarquia interna em que se submete à sua direção, a qual o vê, na maioria das vezes, como alguém submisso às suas ordens, de forma arbitrária.” (O Trabalhador e o dano moral. Síntese Trabalhista, Maio, 1995)

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Dignidade humana é um dos fundamentos Estado Democrático de Direito

“...os valores sociais do trabalho” (art. 1º, IV), “...fundar a ordem econômica na "valorização do trabalho humano" (art. 170), "A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais" (art. 193).

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Arnaldo Süssekind [...] o quotidiano da execução do contrato de trabalho, com o relacionamento pessoal entre o empregado e o empregador, ou aqueles a quem este delegou o poder de comando, possibilita, sem dúvida, o desrespeito dos direitos da personalidade por parte dos contratantes. De ambas as partes - convém enfatizar - embora o mais comum seja a violação da intimidade, da vida privada, da honra ou da imagem do trabalhador.

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Pinho Pedreira

[...] como é sabido, o trabalhador deve cumprir pessoalmente a principal prestação a seu cargo, e, em geral, não de forma ocasional, como ocorre nos outros contratos, mas permanentemente, incorporando-se a uma organização alheia com a obrigação de realizar suas tarefas em lugar e condições determinados, submetido a todo momento às faculdades de direção e disciplinares que a lei reconhece ao empregador. ...

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Pinho Pedreira...Isto quer dizer que, enquanto "nas contratações privadas" se acham normalmente em jogo valores econômicos e como exceção podem ser afetados bens pessoais dos contratantes, geralmente de forma indireta, no contrato de trabalho o trabalhador, pela situação de dependência pessoal em que se encontra, arrisca permanentemente seus bens pessoais mais valiosos (vida, integridade física, honra, dignidade, etc.).

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João Oreste Dalazen“reputo dano moral trabalhista, por conseguinte, o agravo ou constrangimento moral infligido quer ao empregado, quer ao empregador, mediante violação a direitos ínsito à personalidade, como conseqüência da relação de emprego”.

DALAZEN, João Oreste. Aspectos do Dano Moral Trabalhista, In: Revista LTR 64-01/7.

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QUESTÃO DA EMPRESARESPONSABILIDADE E RISCO

CF/1988Art. 5º XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

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QUESTÃO DA EMPRESARESPONSABILIDADE E RISCOCF/1988Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

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QUESTÃO DA EMPRESARESPONSABILIDADE E RISCOCF/1988(Art. 170.) I - soberania nacional;II - propriedade privada;III - função social da propriedade;IV - livre concorrência;VII - redução das desigualdades regionais e sociais;VIII - busca do pleno emprego;

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Eros Grau“O princípio da função social da propriedade impõe ao proprietário – ou a quem detém o poder de controle, na empresa – o dever de exercê-lo em benefício de outrem e não, apenas, de não o exercer em prejuízo de outrem. A função social atua como fonte da imposição de comportamentos positivos – prestação de fazer, e não, meramente, de não fazer”.

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Fábio Ulhoa Coelho

“Empresa é uma empreitada sujeita a risco. Por isso, boa parte da competência dos empresários vocacionados diz respeito à capacidade de mensurar e atenuar riscos, mormente num cenário comum de crises políticas e econômicas, acidentes e deslealdade de concorrentes;”

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CLT

Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

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ACÓRDÃO“ (...) A preocupação da sociedade, no que se refere às questões correlatas ao meio ambiente, às condições de trabalho, à responsabilidade social, aos valores éticos e morais, bem como a dignidade da pessoa humana, exigem do empregador estrita observância do princípio da precaução. Este princípio informa que quando houver ameaça de danos ao meio ambiente seguro e sadio do trabalho, a ausência de absoluta certeza não deve ser utilizada como meio para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir o dano. Mister, portanto, a adoção de critérios de prudência e vigilância a fim de evitar o dano, ainda que potencial. (TST; RR 1235/2005-005-17-00.0; 6ª. T. ; Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga; DEJT 14/05/2010; Pág. 950)

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RESPONSABILIDADE CIVILDEFINIÇÃOMaria Helena Diniz“a responsabilidade civil está relacionada com “a aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato próprio imputado, de pessoas por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda (responsabilidade subjetiva) ou, ainda, de simples imposição legal (responsabilidade objetiva)”.Curso de Direito Civil Brasileiro. Volume VII. Responsabilidade Civil. 12ª ed., SP : Saraiva, 1998, p. 34.

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RESPONSABILIDADE CIVILDEFINIÇÃO

Responsabilidade civil decorre do:

→ descumprimento obrigacional estabelecida em um contrato.

→ não observação de um preceito normativo que regula a vida.

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RESPONSABILIDADE CIVIL

Responsabilidade civil contratualResponsabilidade civil extracontratual

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RESPONSABILIDADE CIVIL

Responsabilidade civil contratual

Inexecução obrigacional:o dever de cumprir uma obrigação positiva pactuada.

CC, Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. do Novo Código Civil

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RESPONSABILIDADE CIVIL

Responsabilidade civil extracontratual -Denominada aquiliana pelos romanos -Desrespeito ao direito alheio e às normas que regem a conduta humana em sociedade.CC, Art. 186, “caput”. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.CC, Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.CC, Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

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RESPONSABILIDADE CIVILELEMENTOS CLÁSSICOS

Conduta do agente (comissiva ou omissiva).Dano causado pela conduta.Culpa em sentido amplo (englobando o dolo e a culpa sentido restrito)Nexo de causalidade.

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CÓDIDO CIVIL DE 1917Regra geral:Responsabilidade com culpa, tida como responsabilidade civil subjetiva.

RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA

Demanda verificação (subjetiva) da culpa.(Ação com dolo, negligência, imprudência ou imperícia do agente).

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Noção contrária à

RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA

Não há necessidade de verificação da culpa do agente.Suficiente observar a conduta (objetiva, o dano e o nexo entre os dois. A responsabilidade nasce da lei, fundamentada na atividade ou em certas características do agente.

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RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA

Admite-se, portanto, que os particulares, em algumas situações:

O dever de indenizar independente de culpa,A tutela coletiva dos prejudicados,A prevenção de danos ao meio social.

É UM PROCESSO HISTÓRICO...

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EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA PARA A EMPRESA Primeiros avanços: Decreto n.º 79.347/1977: Danos Causados por Poluição por Óleo. Lei n.º 6.453/1977, artigo 4º: Danos decorrentes de atividade nuclear.

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EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA PARA A EMPRESA Primeiros avanços: Código de Defesa do Consumidor de 1990: consagra a responsabilidade sem culpa como princípio inerente à defesa do consumidor. Noção de inversão de ônus da prova.

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EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA PARA A EMPRESA Avanço decisivo: Código Civil de 2002

Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

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EVOLUÇÃO DA NOÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL NAS RELAÇÕES DE EMPREGO CF/1988 responsabilidade civil subjetiva do empregador no artigo 7º, inciso XXVIII.

“XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;”

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EVOLUÇÃO DA NOÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL NAS RELAÇÕES DE EMPREGO AVANÇO DECISIVO

Código Civil de 2002. RESPONSABILIDADE PELA ATIVIDADE NORMAL DE RISCO. CC,Art. 927, parágrafo único

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EVOLUÇÃO DA NOÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL NAS RELAÇÕES DE EMPREGO CC,Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

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CONCLUSÃO:

Risco criado pela atividade independente de culpa:

significa dizer responsabilidade civil objetiva.

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CONCLUSÃO:

Responsabilidade civil objetiva do empregador É EXPRESSA: Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:...III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. (grifamos)

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RISCO DA ATIVIDADE ECONÔMICA QUESTÃO:

Esse risco é só de terceiros à empresa ou se aplica também aos empregados?

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PROPOSIÇÃO DE RESPOSTA:

1. O que justifica o “risco” corrido unicamente pelo empregador é seu direito integral ao lucro produzido pela atividade.2. Os empregados são tão vulneráveis ou mais que os consumidores dos seus produtos.3. É ilógico o empregador responder objetivamente para terceiros e, pelo mesmo ato, responder subjetivamente para os empregados.

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CC,ART. 927, PARÁGRAFO ÚNICO(Risco criado pela atividade independente de culpa)+ CC,ART.932,II (O empregador tem responsabilidade objetiva)+ CC,ART.933 (Mesmo que não haja culpa)------------------------------------------------São preceitos mais benéficos que oCF/1998, 7º, inciso XXVIII.(responsabilidade civil subjetiva do empregador )

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PROPOSIÇÃO DE RESPOSTA

Não há antinomia. O CF/1998, 7º, “caput” autoriza.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social.

Princípio da norma mais favorável ao trabalhador.

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RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADORDOUTRINADois planos: Indenizações por dano material e moral dano à imagem. Indenizações por danos à saúde e segurança do trabalhador (infortunística do trabalho)

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MOMENTOS POSSÍVEIS DE LESÃOPOR DANOS MORAIS NA RELAÇÃO DE EMPREGO

-Fase pré-contratual-Fase contratual-Fase pós-contratual

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DANOS MORAISFase pré-contratual

Em todos os atos que o empregador apresenta aos possíveis candidatos à vaga.-Ofertas e promessas.-Entrevista.-Seleção.-Comunicação de resultado da seleção. (pré-contrato)

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DANOS MORAISFase contratual

Todas as ações e condutas que interagem com o empregado.

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DANOS MORAISFase pós-contratual

Todas as condutas de finalização do contrato e as condutas posteriores que tenham algum nexo com o ex-empregado.-Formas de tratamento na dispensa.-Formas de registro.-Formas de comunicação com o terceiros.

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INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAISRelembrando conceito de dano moral:

-São todos os danos que não têm repercussão de caráter patrimonial -Causa uma dor moral à vítimapretium doloris

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INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAISRelembrando conceito de dano moral:

Savatier: “é todo sofrimento humano não resultante de uma perda pecuniária”

Caracteriza-se pela simples lesão a um direito de personalidade

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INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAISTripla função do dano moral

a) Compensatória (mitigadora da dor da vítima)b) Punitiva (tem caráter de retribuição forçada)c) Pedagógica(sinalizadora comportamental para a sociedade)

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DANO MORAIL TRABALHISTAQUESTÕES PROCESSUAIS

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COMPETÊNCIAVisão civilista (ultrapassada)

"PROCESSUAL CIVIL – CONFLITO DE COMPETÊNCIA – Ação ordinária de indenização por danos morais e materiais. I – Pedido indenizatório, por danos materiais e morais resultante de lesão pela prática de ato ilícito, imputado a empregado, na constância da relação empregatícia, que culminou em sua dispensa por justa causa. Matéria que não se sujeita à CLT. II – A jurisprudência do STJ firmou entendimento no sentido de que a causa petendi e o pedido demarcam a natureza da tutela jurisdicional pretendida, definindo-lhe a competência. III – Conflito conhecido para declarar-se competente o Juízo Comum, suscitado." (STJ, CC 3.931, 1992, Rel. Min. Waldemar Zveiter, pub. DJU 22.3.93, p. 4501)

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COMPETÊNCIAPrevisão jurisprudencial

TST- Orientação Jurisprudencial n. 327"Dano moral. Competência da Justiça do Trabalho. Nos termos do art. 114 da CF/1988, a Justiça do Trabalho é competente para dirimir controvérsias referentes à indenização por dano moral, quando decorrente da relação de trabalho."

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COMPETÊNCIAAssentamento constitucional

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:...VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

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COMPETÊNCIAAssentamento constitucional

Sem restrição:-Decorrente de ato do empregador-Conexo a acidente de trabalho-Assédio Moral Individual-Assédio Moral Coletivo.-Assédio Sexualetc

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PRESCRIÇÃO

ConceitoPerda do direito de exigibilidade da tutela jurisdicional.

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PRESCRIÇÃOPRAZOQuestão:Aplica-se a CF,art.7º,XXIX ou o Código Civil?CF,art.7º,XXIX= Nuclear, 2 anos e Consumativa, 5 anos.CC 1916 (art. 177)= 20 anosCC 2002 (arts. 205 e 206, § 3º, inciso V, respectivamente) = 10 ou 3 anos

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PRESCRIÇÃOPRAZOCF/1988Art.7ºXXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)

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PRESCRIÇÃOPRAZOCF/1988Art.7ºNúcleo relevante da norma: “créditos resultantes das relações de trabalho”

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PRESCRIÇÃOPRAZOCF/1988Art.7ºNúcleo relevante da norma: “créditos resultantes das relações de trabalho”Reflexão: Indenização por danos morais não é crédito.

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PRESCRIÇÃOPRAZOQuestão:Prescrição é tema de direito material ou direito processual?

Competência= Direito processualPrescrição= Direito Material

Conclusão: A prescrição não tem relação direta com a competência.

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PRESCRIÇÃOPRAZOExemplos de prescrição trabalhista diferentes da indicada no Art,7º,XXIX-Recolhimento de FGTS(Súmula 362,TST= 30 anos)-Complementação de aposentadoria(ultratividade de normas coletivas e/ou cláusula contratual de vigência estendida)

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PRESCRIÇÃOPRAZOReflexão:Se a prescrição é civil, aplica-se o art.206,3º,IV ou o art.205?

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PRESCRIÇÃOPRAZOCCArt. 206. Prescreve:...§ 3o Em três anos:...V - a pretensão de reparação civil;

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PRESCRIÇÃOPRAZOCCArt. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

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PRESCRIÇÃOPRAZOReflexão:-Dano moral não é crédito (sentido restrito)-Não é resultante de norma trabalhista apesar de resultante de relação jurídica de trabalho.-Como direito pessoal, de personalidade, é direito fundamental, com característica de imprescritibilidade.-É cláusula pétrea (CF, art. 60, § 4º, inciso IV). -Não pode ser alterada por lei.

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PRESCRIÇÃOPRAZO – TSTAÇÃO RESCISÓRIA. NÃO-OCORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO DE LEI - DANO MORAL. PRESCRIÇÃO. b) se a postulação da indenização por danos morais é feita na Justiça do Trabalho, sob o fundamento de que a lesão decorreu da relação de trabalho, não há como se pretender a aplicação do prazo prescricional de 20 anos, referente ao Direito Civil (CC, art. 177), quando o ordenamento jurídico-trabalhista possui prazo prescricional unificado de 2 anos, a contar da ocorrência da lesão (CF, art. 7º, XXIX; CLT, art. 11) " (PROC. TST-ROAR - 39274/2002-900-03-00; SDI-II, Relator Ministro Ives Gandra Martins Filho, DJU de 13/12/2002).

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PRESCRIÇÃOPRAZO - TSTINDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PRESCRIÇÃO. Observada a natureza civil do pedido de reparação por danos morais, pode-se concluir que a indenização deferida a tal título em lide cujo trâmite se deu na Justiça do Trabalho, não constitui crédito trabalhista, mas crédito de natureza civil resultante de ato praticado no curso da relação de trabalho.Dessa forma, aplica-se, na hipótese, o prazo prescricional de 20 anos previsto no artigo 177 do Código Civil, em observância ao art. 2028 do novo Código Civil Brasileiro, e não o previsto no ordenamento jurídico-trabalhista, consagrado no artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal. Embargos conhecidos e providos" (PROC. TST-E-RR - 08871/2002-900-02-00.4; SDI-I, Relator Ministro Lélio Bentes Corrêa, DJU de 05/03/2004).

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PRESCRIÇÃOPRAZO – TST

Aplica-se a prescrição da CF/1988,7º,XXIXrespeitando-se os casos anteriores ao CC/2002 e EC.45/2004.

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PRESCRIÇÃOPRAZO – TST

Casos anteriores a 2002: 20 anos ou 10 anos na regra de transição.

Casos posteriores a CC,2002 e anteriores a EC.45/2004: 3 anos

Casos posteriores a EC.45/2004: 5 anos até 2 anos após a extinção do contrato ou ciência inequívoca do fato.

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PRESCRIÇÃOPRAZO –CASOS ESPECIAIS:Menor (criança e adolescente)Observadas as restrições do CF/1988Art.7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

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PRESCRIÇÃOPRAZO –CASOS ESPECIAIS:Menor (criança e adolescente)CC,2002Art. 198. Também não corre a prescrição:I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:I - os menores de dezesseis anos;Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

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PROVA DO DANO MORAL

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PROVA DO DANO MORAL

TEORIA DA EVIDENCIAÇÃO

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PROVA DO DANO MORAL

"Na concepção moderna da reparação do dano moral, prevalece a orientação de que a responsabilidade do agente se opera por força do simples fato da violação, de modo a tornar-se desnecessária a prova do prejuízo em concreto." (STJ, Resp. 173.124, 4ª T., DJ: 19.11.01)

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PROVA DO DANO MORAL"Dispensa-se a prova do prejuízo para demonstrar a ofensa ao moral humano, já que o dano moral, tido como lesão à personalidade, ao âmago e à honra da pessoa, por sua vez é de difícil constatação, haja vista os reflexos atingirem parte muito própria do indivíduo o seu interior. De qualquer forma, a indenização não surge somente nos casos de prejuízo, mas também pela violação de um direito." (STJ, Resp. 85.019, 4ª T., Rel. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJ: 18.12.98)

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AFERIÇÃO DA AÇÃO E DO DANO

Danos patrimoniais: Busca-se a aferição objetiva do dano alegado.Danos não patrimoniais: Busca-se a evidenciação (aferição subjetiva do fato que gera o dano alegado)..

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REGRA DA ALTERIDADE

O juiz coloca-se no lugar da vítima para avaliar o dano sofrido.Ratio: não há como provar a “dor” de cada um e sua extensão.Provado o fato que resulta na dor, um outro ser humano avalia subjetivamente sua intensidade e abrangência segundo padrões do homem médio.

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REGRA DA ALTERIDADE

Não se prova a DOR

Prova-se o FATO que se alega ter ser a causa da dor

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REGRA DA ALTERIDADE

Base legal:

CC Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, eqüitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.

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REGRA DA ALTERIDADE

Jurisprudência:”A concepção atual da doutrina orienta-se no sentido de que a responsabilização do agente causador do dano moral opera-se por força do simples fato da violação (damnum in re ipsa), não havendo que se cogitar da prova do prejuízo" (REsp nº 23.575-DF, Relator Ministro César Asfor Rocha, DJU 01/09/97).

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REGRA DA ALTERIDADE

Jurisprudência:"Dano moral - Prova. Não há que se falar em prova do dano moral, mas, sim, na prova do fato que gerou a dor, o sofrimento, sentimentos íntimos que os ensejam (...)" (REsp nº 86.271-SP, Relator Ministro Carlos A. Menezes, DJU 09/12/97).

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NEXO CAUSAL

Relação de causalidade entre conduta e dano. Relação de causa e efeito. Exige investigação e prova da relação da conduta e do dano alegados (plano fático).

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NEXO CAUSAL

Relação de causalidade entre conduta e dano. Relação de causa e efeito. Exige investigação e prova da relação da conduta e do dano alegados (plano fático).

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NEXO CAUSAL

CAUSA e CONCAUSA Possuem a mesma relação de importância na definição da responsabilidade civil.

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NEXO CAUSALCAUSA e CONCAUSADOENÇA DEGENERATIVA. AGRAVAMENTO PELA FUNÇÃO EXERCIDA. CONCAUSA. ESTABILIDADE. Confirmado pela perícia judicial que o agravamento da moléstia degenerativa foi desencadeado pela função exercida na empresa (concausa), que exigia trabalho em posições anti-ergonômicas e esforços repetitivos, inescapável a conclusão de que tais condições constituíram fator de risco para a doença de que é portador o autor. Resulta inequívoca, assim, a configuração da doença profissional e a presença do nexo causal ensejador da garantia de emprego estabelecida na Lei nº 8.213/91, declarando-se a nulidade da dispensa e o direito à reintegração em misteres compatíveis com a limitação física de que a demandante é portador. Proceso TRT/SP Nº: 02373200131502007

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CULPA

Em sentido amplo, é violação de um dever jurídico, imputável a alguém, por consequencia de uma conduta intencional ou de uma conduta de omissão, por diligência ou cautela.Dolo, sendo este a violação intencional ao dever jurídico; e a culpa em sentido estrito caracterizada pela imperícia, imprudência ou negligência.

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CULPA“Lato sensu”

É a violação de um dever jurídico, imputável a alguém, em razão de uma conduta intencional ou não, ou ainda de uma conduta de omissão, por diligência ou cautela.

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CULPA“Stricto sensu”

Dolo: é a violação intencional, consciente, de um dever jurídico, almejando a ilicitude.Culpa (sentido estrito) á a conduta com imperícia, imprudência ou negligência.

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CULPA“Stricto sensu”

Dolo: é a violação intencional, consciente, de um dever jurídico, almejando a ilicitude.Culpa (sentido estrito) á a conduta com imperícia, imprudência ou negligência.

Imperícia= Agir sem habilidade ou aptidãoImprudência= Agir sem cautela; precipitação.Negligência= Agir sem atenção ou discernimento.

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CULPAClassificação: Quanto à natureza.

Contratual: Funda-se em um contrato(CC, art.1056)Extracontratual (ou aquiliana): Funda-se em um preceito legal(CC, art.159)

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CULPAClassificação: Quanto à gradação da culpa

Grave: Ação imprópria ou previsível ao comum dos homens;Leve: Lesão evitável com atenção ordinária do comum dos homens; Levíssima: Lesão só for evitável por uma atenção extraordinária, ou especial habilidade e conhecimento singular, conforme os arts. 874 a 877 do CC.

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CULPATeoria da Gradação da culpa

Observação importante: Para boa parte da doutrina, a gravidade da culpa não exerce qualquer influência na reparação do dano.

RAZÃO: REPARAÇÃO NA RC MEDE-SE PELA EXTENSÃO DO DANO.

(veremos o tema em detalhes mais à frente)Slide nº 180

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CULPAClassificação:.Espécies

“In eligendo”: má escolha do preposto“In vigilando”: falta de atenção ou cuidado com o procedimento de outrem que estava sob a guarda ou responsabilidade do agente. “In custodiando”: falta de atenção em relação a animal ou coisa que estavam sob os cuidados do agente.

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CULPA PRESUMIDA

Fundamento: -Dificuldade da prova-Atividade do agente-Sociedade de massa e risco

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CULPA PRESUMIDA

Instrumento processual: inversão da prova,

Mecanismo:Autor: em argumento inicial demonstra-se o dano e sua conduta não culposa.Admite contraprova.

Base legal: Inteligência do CDC.

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CULPA PRESUMIDARISCO DA ATIVIDADE ECONÔMICA CLT, Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.(grifamos)

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CULPA PRESUMIDARISCO DA ATIVIDADE E RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR1. O que justifica o “risco” corrido unicamente pelo empregador é seu direito integral ao lucro produzido pela atividade.2. Os empregados são tão vulneráveis ou mais que os consumidores dos seus produtos.3. É ilógico o empregador responder objetivamente para terceiros e, pelo mesmo ato, responder subjetivamente para os empregados.

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDAR

Direito de personalidade (personalíssimo)

-Legitimação ativa ordinária é da pessoa natural que sofreu o abalo moral.

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARLegitimação extraordinária trabalhistaCaso: Espólio:Correntes:a) intransmissibilidade, pelo menos para alguns fatos geradores do dever de indenizar;b) transmissibilidade, se por algum meio o titular do direito à indenização manifestou vontade de exercer a pretensão [...]; c) transmissibilidade em princípio, só sendointransmissível a pretensão por lex specialis.MIRANDA, Francisco Cavalcanti Pontes de. Tratado de direito privado. 3. ed. Rio de Janeiro: Borsoi, 1971, t. XXII.

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARLegitimação extraordinária trabalhistaCaso: Espólio:Recurso especial. Processual civil. Acórdão. Omissão. Invalidade. Inexistência. Divergência jurisprudencial. Comprovação. Dano moral. Ação de indenização. Herdeiro da vítima. Legitimidade ativa ad causam. [...]. Na ação de indenização dedanos morais, os herdeiros da vítima carecem de legitimidade ativa ad causam.(STJ, REsp 302.029/RJ, Terceira Turma, Rel. Ministra Nancy Andrighi, DJU 1º.10.2001)

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARLegitimação extraordinária trabalhistaCaso: Espólio:Inclinação do STJProcessual civil. Direito civil. Indenização. Danos morais. Herdeiros. Legitimidade. 4. A regra, em nossa ordem jurídica, impõe a transmissibilidade dos direitos não personalíssimos, salvo expressão legal. 5. O direito de ação por dano moral é de natureza patrimonial e, como tal, transmite-se aos sucessores da vítima (RSTJ, vol. 71/183)....

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARLegitimação extraordinária trabalhistaCaso: Espólio:Inclinação do STJ

“...O herdeiro não sucede no sofrimento da vítima. Não seria razoável admitir-se que o sofrimento do ofendido se prolongasse ou se entendesse (deve ser estendesse) ao herdeiro.... Mas é irrecusável que o herdeiro sucede no direito de ação que o morto, quando ainda vivo, tinha contra o autor do dano. (STJ, REsp 324.886/PR, Primeira Turma, Rel. Ministro José Delgado, DJU 03.09.2001)

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARLegitimação extraordinária trabalhistaCaso: Espólio:Inclinação do STJResponsabilidade civil. Ação de indenização em decorrência de acidente sofrido pelo de cujus. Legitimidade ativa do espólio. 1. Dotado o espólio de capacidade processual (art. 12, V, do CPC), tem legitimidade ativa para postular em Juízo a reparação de dano sofrido pelo de cujus, direito que se transmite com a herança (art. 1.526 do Código Civil). 2. Recurso especial conhecido e provido. (STJ, REsp 343.654/SP, Terceira Turma, Rel. Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, DJU 1º.07.2002)

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARLegitimação extraordinária trabalhistaCaso: Espólio:TSTEMENTA: DANOS MATERIAIS E MORAIS - AÇÃO AJUIZADA PELO ESPÓLIO -COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Tendo o empregado falecido em decorrência de acidente de trabalho, é inegável que a ação, inclusive no que concerne à indenização por danos morais decorrentes do acidente que vitimou o obreiro, pode ser ajuizada pelo espólio, representado por seu inventariante (art. 12, V, CPC), no caso, a viúva do obreiro. ...

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARLegitimação extraordinária trabalhistaCaso: Espólio:TST... É que, mesmo em se tratando a indenização por danos morais e materiais de direito personalíssimo, transmite-se aos herdeiros, ante a sua repercussão patrimonial.(TRT da 3ª Região, 00966-2003-062-03-00-8-RO, Primeira Turma, Rel.Des, Mauricio Godinho Delgado, DJMG 05.03.2004)

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARLegitimação extraordinária trabalhistaCaso: Espólio:

Código Civil, Art.943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARESPÓLIODIFERENCIAÇÃO IMPORTANTE

Danos morais do “de cujus”CC Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

Danos morais da família: Dano indireto ou reflexo(direito moral pelo valor da afeição)

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARESPÓLIOQUESTÃO IMPORTANTE

O direito que se transmite aos herdeiros decorre de lesão ao “de cujus” ocorrida em vida. (CC. Art.943)

As lesões morais ao “de cujus” limitam-se ao direito de nome e imagem.

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDARESPÓLIOQUESTÃO IMPORTANTE

Corrente de transmissibilidade restrita e condicionada:-O titular manifestou a vontade de exercer a pretensão em juízo (mesmo não o fazendo, havendo preparativos para o ajuizamento.)

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDAFAMILIAIrmãos e sobrinhos

"Processual civil e responsabilidade civil. Morte. Dano moral. Legitimidade e interesse de irmãos e sobrinhos da vítima. Circunstâncias da causa. Convívio familiar sob o mesmo teto. Ausência de dependência econômica. Irrelevância. Precedente da Turma. Doutrina. Recurso Provido".REsp. nº 239.009-RJ, rel. Min. Salvio de Figueiredo Teixeira, j. 13.06.2000. ..

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDAEMPRESA

Âmbitos morais da empresa:CC,2002Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.

-Nome-Reputação/imagem

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDAEMPRESA

"Dano moral sofrido por pessoa jurídica. A honra objetiva da pessoa jurídica pode ser ofendida pelo protesto indevido de título cambial, cabendo indenização pelo dano extrapatrimonial daí decorrente"(STJ, 4ª T, REsp.60033-2-MG, rel. Ruy Rosado de Aguiar, v.u., j. 9.7.1995) (in Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery. Código Civil Anotado, 2ª ed., São Paulo: RT, 2003, nota ao art. 52).

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDAPOLO PASSIVO TRABALHISTACLT, Art.2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDAPOLO PASSIVO TRABALHISTACLT, Art.2º§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDAPOLO PASSIVO TRABALHISTACLT, Art.2º§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

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LEGITIMAÇÃO PARA DEMANDAPOLO PASSIVO TRABALHISTAA OUTROS RESPONSÁVEIS?

Aplicável também a outros sujeitos:o tomador dos serviços terceirizados;as empresas formadoras do grupo econômico;o sócio oculto ou o remanescente da desconsideração da personalidade jurídica;o membro do consórcio de empregadores.

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AFERIÇÃO DA AÇÃO E DO DANO

RELAÇÃO SISTÊMICA COM A TEORIA DA CULPA E CRITÉRIOS ORIENTATIVOS DE INDENIZAÇÃO.

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AFERIÇÃO DA AÇÃO E DO DANO(Relembrando)

Danos patrimoniais: Busca-se a aferição objetiva do dano alegado.Danos não patrimoniais: Busca-se a evidenciação (aferição subjetiva do fato que gera o dano alegado).

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AFERIÇÃO DA AÇÃO E DO DANO IMPORTANTE

Dano moral pressupõe certa intensidade na ofensa à honra e dignidade da pessoa, a ponto de desequilibrar psicológicamente a vítima.Simples dissabor, amargor, aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada, tristeza ou angústia não permitem, automaticamente, reparação indenizatória.

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AFERIÇÃO DA AÇÃO E DO DANO IMPORTANTE

RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO. DANO MORAL INEXISTENTE. VERBA INDENIZATÓRIA AFASTADA.O mero dissabor não pode ser alçado ao patamar do dano moral, mas somente aquela agressão que exacerba a naturalidade dos fatos da vida, causando fundadas aflições ou angústias no espírito de quem ela se dirige.Recurso especial conhecido e provido.(REsp 714.611/PB, Rel. Ministro  CESAR ASFOR ROCHA, QUARTA TURMA, julgado em 12.09.2006, DJ 02.10.2006 p. 284)

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REPARAÇÃO NA RC MEDE-SE PELA EXTENSÃO DO DANO

Base legal:CC, Art. 944.CC, Art. 945.

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REPARAÇÃO NA RC MEDE-SE PELA EXTENSÃO DO DANO

Base legal:CC, Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.

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REPARAÇÃO NA RC MEDE-SE PELA EXTENSÃO DO DANO

Base legal:CC, Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.

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AGRAVAMENTO OU ATENUAÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL Regras de elisão: Se não houver dano comprovado (se cabível), não há obrigação de indenizar.

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AGRAVAMENTO OU ATENUAÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL Regras de elisão: Se não houver nexo causal entre a conduta e o dano alegado, não há obrigação de indenizar.

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AGRAVAMENTO OU ATENUAÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL Regras de elisão: Se a culpa do dano for exclusivamente do trabalhador, não há obrigação de indenizar.

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AGRAVAMENTO OU ATENUAÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL Regras de elisão: Se a culpa do dano for concorrente entre empregado e empregador, o montante da indenização do empregador pode ser atenuado (na proporção e adequação decidida pelo juiz).

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos-Quanto ao ato ofensivo: -Civil ou penal -Individual ou coletivo -Pessoal ou impessoal -Instantâneo ou Prolongado -Corrigido pelo ofensor ou perdurado no tempo -Dano verdadeiro ou mero dissabor da vida (conduta vista pelo conceito do homem médio).

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos

-Quanto à repercussão coletiva -Intensidade: prolongada, moderada ou breve -Abrangência: localizada, restrita ou geral.

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos

-Com relação à pessoa ofendida -Intensidade do sofrimento pessoal (aferido por alteridade) -Posição familiar (mantenedor, arrimo, dependente) -Posição comunitária (nível de inserção social) ...

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos

-Com relação à pessoa ofendida -Posição política (nível de atividade política em qualquer área) -Nível escolar ou profissional -Perfil psicológico (normal ou sensível/melindrável) -Estado físico/psíquico/emocional da pessoa ofendida.

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos

-Com relação à pessoa do ofensor -Posição sócio-econômica, diferenciando pessoa física ou jurídica -Prática reiterada da conduta / Nível ou esforço de correção -Gravidade da culpa do ofensor ou seu preposto,

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos

-Com relação à pessoa do ofensor -Ofensor preposto: Ciência da ofensa por parte do superior e reação do empregador à situação. -Se o superior sabe da situação e não reage, assume a conduta.

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos

-Com relação à pessoa do ofensor -Se o superior sabe da situação e reage reparativamente, pode mitigar a responsabilidade/penalidade. (Teoria da esfera do domínio do empregador)

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos

-Com relação à pessoa do ofensor -Se a ação reparativa inclui ações efetivas de reparação do dano, compensação, ações disciplinares e pedagógicas

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos

-Com relação à retratação/ reparação espontânea com vistas a mitigação do dano: -Conduta espontânea de retratação e sua eficácia -Conduta de reparação espontânea da ofensa e sua eficácia.

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos

-Com relação ao momento histórico sócio-econômico -Verificação da situação sócio-econômica do país em relação aos dois envolvidos na questão, ofendido e ofensor, para efeito de contextualização do valor da indenização em sua concretude geo-histórica.

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativos

-Com relação à extensão da ofensa física -Tabela de Seguros para Acidentes Pessoais da SUSEP Atenção: Deve ser seguida com cuidado pois nem sempre o percentual de incapacidade corporal sequelar guarda relação com a atividade profissional.

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AFERIÇÃO DO DANO Critérios orientativosTabela SUSEP para Cálculo da Indenização em Caso de Invalidez Permanente

Discriminação / % sobre importância seguradaPerda total do uso de um dos membros superiores...70% Perda total do uso de uma das mãos........................ 60%

Perda total do uso de um dos membros inferiores.... 70% Fratura não consolidada da rótula............................. 20% Fratura não consolidada de um pé............................ 20%

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VALOR INDENIZATÓRIO

Quantum indenizatórioIndenização não é tarifada.

No passado já foi objeto de tarifação. (CBT, LI)

Atualmente: Juízo de equidade: harmonização com comandos constitucionais.

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VALOR INDENIZATÓRIO

Fátima Zanetti“O maior valor a ser defendido na reparação do dano moral é a dignidade da vida humana... e o aspecto punitivo-pedagógico, além do indenizatório, de modo que a função é mostrar à sociedade o que pode e o que não pode ser feito”(A problemática da fixação do valor da reparação por dano moral, LTr, 2009).

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OBJETIVO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO

-Reparar o dano (se material)

-Compensar o sofrimento (se imaterial)

-Desestimulador da conduta (ação pedagógica) ao ofensor

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QUESTÃO: ENRIQUECIMENTO/ EMPOBRECIMENTO SEM CAUSA DAS PARTES (OFENDIDO E OFENSOR).

CC,Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido.

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QUESTÃO: ENRIQUECIMENTO/ EMPOBRECIMENTO SEM CAUSA DAS PARTES (OFENDIDO E OFENSOR).

Art. 885. A restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir.

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QUESTÃO PARA DEBATE:

VANTAGENS E DESVANTAGENS NA TARIFAÇÃO DO DANO MORAL(INCLUINDO O TRABALHISTA)

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PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE APLICADO À INDENIZAÇÃO.

Deve alcançar os objetivos reparadores, compensatórios e desestimuladores da indenização.

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DANOS MORAIS COLETIVOSFundamento:CF/1988, Art. 5º, X. são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Observação: “pessoas” no plural: o dano moral pode transcender o interesse individual e atingir a esfera coletiva.

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DANOS MORAIS COLETIVOSInterpretação sistemática:

CDC (Lei 8078/90), Art,6º, VI a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais individuais, coletivos e difusos.

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DANOS MORAIS COLETIVOSDireitos coletivos:

CDC (Lei 8078/90), I-interesses ou direitos difusos: os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstância de fato;

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DANOS MORAIS COLETIVOSDireitos coletivos:

CDC (Lei 8078/90), II-interesses ou direitos coletivos: os transindividuais de natureza indivisível, de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;

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DANOS MORAIS COLETIVOSDireitos coletivos:

CDC (Lei 8078/90), III-interesses individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum”

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DANOS MORAIS COLETIVOSCasos Xisto Tiago de Medeiros•exploração de crianças e adolescentes no trabalho; •submissão de grupos de trabalhadores a condições degradantes, a serviço forçado, em condições análogas à de escravo, ou mediante regime de servidão por dívidas;• descumprimento de normas trabalhistas básicas de segurança e saúde e prática de fraudes contra grupos ou categorias de trabalhadores.(MEDEIROS, Xisto Tiago de. Dano Moral Coletivo, São Paulo, LTR, 2004, pág. 155)

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DANOS MORAIS COLETIVOSCasos Mauro Schiavia)revistas íntimas coletivas que violem a intimidade dos empregados; b)submissão de trabalhadores, coletivamente, a assédio moral, a fim de aderirem a Programa de Demissão Voluntária; c)meio ambiente de trabalho em condições de risco acentuado; d)descumprimento contumaz das garantias mínimas trabalhistas, máxime o pagamento do salário mínimo, períodos de descanso e limitação de jornada;

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DANOS MORAIS COLETIVOSCasos Mauro Schiavi

e)grupo de trabalhadores que são tratados sem condições mínimas de dignidade pelos superiores hierárquicos, com manifesto abuso do Poder Diretivo e discriminações.

(Mauro Schiavi. Dano Moral Coletivo)

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DANOS MORAIS COLETIVOSLegitimidade para demandaDanos morais difuso e coletivo:

Autônoma e concorrente dos entes indicados no Art. 82, da Lei 8078/90:-Ministério Público do Trabalho (artigos 129, III, da CF, 82, da Lei 8078/90 e LC 75/93)- Sindicatos (artigo 8º III, da CF e IV, do artigo 82, da Lei 8078/90)Via processual é a ação Civil Pública (Lei 7347/85)

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DANOS MORAIS COLETIVOSLegitimidade para demanda

Interesse individual homogêneo:Art. 82, da Lei 8078/90 (MPT e Sindicatos)Modalidade de substituição processual (artigo 6º, do CPC)Via de defesa Ação Coletiva (artigos 91 e seguintes da Lei 8078/90).

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DANOS MORAIS COLETIVOSLegitimidade para demanda

Autônoma e concorrente dos entes mencionados no artigo 82, Lei 8078/90:Ministério Público do Trabalho (artigos 129, III, da CF, 82, Lei 8078/90 e LC 75/93)Sindicatos (artigo 8º III, da CF e IV, do artigo 82, da Lei 8078/90)Via processual: Ação Civil Pública (Lei 7347/85)

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DANOS MORAIS COLETIVOSLegitimidade para demanda

Dano moral por interesse individual homogêneoEntes mencionados artigo 82, Lei 8078/90: modalidade de substituição processual (artigo 6º, do CPC), Razão: o direito pertence aos substituídos. Via processual: Ação Coletiva (artigos 91 e seguintes da Lei 8078/90).

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Danos morais coletivos

Assédio moralAssédio sexualAssédio processual

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CASUÍSTICA TEMÁTICA

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CASUÍSTICA Indenização por morte A empresa Furnas foi condenada a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil à esposa e aos dois filhos de um eletricista que morreu quando trabalhava como ajudante de tratorista, atividade para a qual não havia sido treinado. Contratado para trabalhar nas linhas de transmissão de energia da empresa, o empregado recebeu treinamento, porém, logo depois, foi desviado de função, passando a atuar como ajudante de tratorista. O acidente aconteceu quando ele participava da recuperação e manutenção de estradas em uma fazenda: ao amarrar cabos de aço para fixar um trator na carroçaria de um caminhão da empresa, o tratorista, inadvertidamente, baixou a lâmina da máquina. (A-AIRR-708-2006-065-03-40.8)

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CASUÍSTICA Perda de visãoA 3ª Turma do TST rejeitou recursos das empresas mineiras Belgo Siderurgia e JK – Transportes contra sentença do TRT 3ª Região estabelecendo indenização por danos morais a um motorista que perdeu parte da visão quando transportava carga de cal....

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CASUÍSTICA Perda de visão... O acidente, ocorrido em 2000, afetou os dois olhos do empregado. A vista do olho direito foi recuperada gradativamente, mas a do olho esquerdo sofreu queimadura corneana grave e profunda. Além da aparência estética, as lesões comprometeram a qualificação profissional do empregado. Em sua avaliação, Relator declarou que o TRT reconheceu corretamente a culpa da Belgo Mineira, com base no artigo 942 do Código Civil, que estabelece a responsabilidade solidária dos ofensores nos casos de danos decorrentes de acidente de trabalho, notadamente quando o empregado exerce atividade considerada de risco. (RR-988-2005-109-03-00.9)  

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CASUÍSTICA LERA Telesp foi condenada a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 15 mil a uma trabalhadora que ficou incapacitada após trabalhar 15 anos em condições inadequadas às suas condições físicas. Entre outros pedidos, a ex-empregada buscava indenização por danos morais alegando que adoeceu em decorrência de ter trabalhado na empresa em condições inadequadas, adquirindo sequelas que lhe causaram sofrimentos, pelo constrangimento de ficar impedida de realizar as......

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CASUÍSTICA LER... antigas tarefas profissionais e domésticas. Na avaliação do relator, o TRT 2ª Região decidiu corretamente com base em dispositivos da CF e CC, que conferem ao trabalhador o direito a “seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa”, bem como o que estabelece que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete erro ilícito”. (AIRR-1721-2002-023-02-40.4)  

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CASUÍSTICA Empregado assassinado A 6ª Turma do TST rejeitou recurso do Frigorífico Cabral contra condenação imposta pelo TRT 15ª Região de pagamento de indenização por danos morais por culpa na morte do empregado, assassinado em serviço. O trabalhador era contratado na função de encarregado industrial, mas exercia também outras tarefas, como as de vigia patrimonial, administrador e representante da empresa perante órgãos públicos e particulares. ...

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CASUÍSTICA Empregado assassinado ...Em 1995, o Frigorífico paralisou suas atividades, mas manteve o empregado para cuidar do patrimônio das dependências, responder correspondências e receber fiscais. Ele se dirigia à empresa todos os dias, inclusive aos domingos. Em dezembro de 1999, em torno das 19h, o vigia foi encontrado sem vida no escritório da empresa, assassinado a tiros. ...

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CASUÍSTICA Empregado assassinado ...A sentença de 10 grau rejeitou o pedido da viúva, entendendo que o trabalhador foi vítima da violência urbana cotidiana, sem que a empresa tivesse responsabilidade pela sua morte. O TRT 15ª Região, por sua vez, reformou a sentença e condenou o Frigorífico ao pagamento de danos morais à viúva.Segundo o relator no TST, o empregado foi deixado a cuidar de instalações desativadas e vítima de homicídio no local de trabalho (dano), havendo conduta ilícita do empregador em não providenciar meios de segurança a propiciar o exercício das atividades do empregado (conduta- nexo causal)”, concluiu. (TST RR-212/2005-100-15-00.6)

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CASUÍSTICA Falta de Registro em CTPS

Pode ser fator de dano moral mas há grande polêmica (ex.: falta de comprovante de renda pode inabilitar para compras a prazo).  

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CASUÍSTICA Falta de Registro em CTPS Razões de não concessão:-Há penalidades para a conduta.-Há efetiva questão de natureza sócio-econômica nacional (Dieese: mais de 50% dos trabalhadores do Brasil não possuem registro)

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CASUÍSTICA Falta de Registro em CTPSPROCESSO TRT/SP RO NO: 00042.2008.445.02.00-9RELATOR: DES. RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS

DANO MORAL. AUSÊNCIA DELIBERADA DE REGISTRO.O trabalhador deliberadamente sem registro fica marginalizado do mercado. Não contribui para a previdência e não é incluído no FGTS e programas governamentais. Tem dificuldade de abrir conta bancária, obter referência, crédito etc. ...

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CASUÍSTICA Falta de Registro em CTPS...A anotação da CTPS na via judicial é insuficiente para reparar as lesões decorrentes dessa situação adversa, em que o trabalhador, permanece como “clandestino” em face do mercado de trabalho, à margem do aparato protetivo legal e previdenciário. ...(omissis)Devida a indenização por dano moral.

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CASUÍSTICA Falta de pagamento de salário ou verbas rescisóriasRazões de não concessão:-A lei estabelece direitos na contumácia (Decreto-lei n.º 368/1968) ou demora no pagamento de verbas rescisórias.-Não há nexo causal direto entre a ausência do pagamento do salário e negativação de nome do trabalhador por dívidas pessoais.

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CASUÍSTICA Falta de pagamento de salário ou verbas rescisóriasDano moral. Atraso no pagamento de salários. O município atrasou o pagamento de salários em vários meses. O nexo casual foi decorrente do atraso no pagamento dos salários do autor e dos encargos que incorreu em razão disso. Evidente a vergonha do reclamante em ter seu nome incluído no SPC e Serasa e em lista negras dos bancos, razão pela qual não pode ter conta corrente bancária. Devida a indenização por dano moral. (TRT/SP – 00316200131102008 – RE – Ac. 2ª T 20050343828 – Rel. Sérgio Pinto Martins – DOE 21/06/2005).

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CASUÍSTICA Falta de pagamento de salário ou verbas rescisóriasEm sentido contrário:Inadimplemento de verbas rescisórias. Dano moral. Não configuração. O dano moral é a lesão imaterial que fere a personalidade, o bom nome do ofendido ou o sentimento de estima da pessoa provocado por fato de outrem. A exposição do ofendido a vexame ou constrangimentos juridicamente relevantes é que dá nota o dano moral. O inadimplemento da verbas rescisórias é lesão patrimonial que tem critérios de indenização expressamente definidos pela lei. ...

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CASUÍSTICA Falta de pagamento de salário ou verbas rescisórias...Nesse sentido, a demora do pagamento dos haveres trabalhistas ou o reconhecimento dos débitos em juízo não geram danos morais. (TRT/SP 01692200244102000- RO – Ac. 8ª T 20040228970 – Rel. Rovirso Aparecido Boldo – DOE 25/05/04).

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CASUÍSTICA Falta de pagamento de salário ou verbas rescisóriasTST - RR - 376/2007-662-04-00 DEJT - 25/09/2009   ACÓRDÃO 6ª Turma Min. ALOYSIO CORRÊA DA VEIGA RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. DANO MORAL. ATRASO NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS. Para a caracterização do dano moral , é necessário que a parte traga ao processo todos os dados necessários à sua identificação, quer da intensidade do ânimo de ofender e causar prejuízo, quer da repercussão da ofensa, o que não ocorreu no presente caso. Recurso de revista conhecido e provido...

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CASUÍSTICA Falta de pagamento de salário ou verbas rescisóriasMÉRITO...Ao contrário do entendimento da Eg. Corte Regional, a lesão de natureza patrimonial, consistente no atraso de salários , dentre outras infrações às normas trabalhistas, tem a devida reparação financeira prevista na legislação própria e, no caso dos autos, foi suprida com a condenação imposta em ação anteriormente ajuizada, quanto aos salários pagos em atraso, conforme se destacou ao transcrever a decisão recorrida, e à correspondente correção monetária em razão da comprovada mora salarial. ...

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CASUÍSTICA Acusação de ato de improbidade não provada.“O empregador responde pela indenização por danos morais causados ao empregado acusado de conduta desonesta, sem respaldo satisfatório em provas, porquanto garante a Constituição da República que a honra e a imagem das pessoas são invioláveis. Na medida do progresso da civilização e do aprimoramento da dignidade da pessoa humana, não se pode mais ignorar a repercussão negativa ou abalo moral das acusações sem provas convincentes de atos criminosos, que para muitos tem maior relevo e conseqüências nefastas do que o prejuízo material, mormente quando a versão do fato é comentada sem qualquer reserva na comunidade onde reside a vítima....

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CASUÍSTICA Acusação de ato de improbidade não provada....A dor moral deixa feridas abertas e profundas que só o tempo, com vagar, cuida de cicatrizar, mesmo assim, sem apagar o registro. DANO MORAL - ACUSAÇÃO DE ATO DE IMPROBIDADE. (TRT-RO-11234/00 - 2ª T. - Rel. Juiz Sebastião Geraldo de Oliveira - Publ. MG. 19.12.00)

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CASUÍSTICA Acusação não comprovada com procedimento policial e dispensa por justa causa“De acordo com o inciso X do artigo 5º da Constituição da República de 1988, a honra e a imagem da pessoa são invioláveis, o que assume maior importância no âmbito da relação de emprego, onde o empregado é a parte hipossuficiente, que depende de sua própria força de trabalho para sobreviver. Imputando a ré ato de improbidade ao autor, motivo de instauração de indiciamento policial e dispensa por justa causa, sem comprovar, cabalmente, a falta cometida, tem-se como evidenciada a violação à sua ./.

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CASUÍSTICA Acusação não comprovada com procedimento policial e dispensa por justa causa./.honra e imagem, ensejando o pagamento de indenização compatível com o dano moral oriundo da pecha infamante. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - ACUSAÇÃO NÃO COMPROVADA - OFENSA À HONRA E À IMAGEM DO EMPREGADO. (TRT-RO-20636/00 - 3ª T. - Rel. Juiz Paulo Maurício Ribeiro Pires - Publ. MG. 06.03.01)”

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CASUÍSTICA Improbidade sem acusação formal. “A mera apuração de desaparecimento de dinheiro de caixa, dentro de um critério de generalidade e impessoalidade, ainda que realizada mediante revista policial, não caracteriza constrangimento ilegal que viabilize a condenação por dano moral, compreendendo-se a atitude empresarial dentro do poder diretivo do empregador, desde que preservadas a dignidade e a intimidade do trabalhador. DANO MORAL - INOCORRÊNCIA. (TRT-RO-1826/00 - 4ª T. - Rel. Juiz Luiz Otávio Linhares Renault - Publ. MG. 07.10.00)”

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CASUÍSTICA Revista íntima.Para evitar furtos de peça de lingerie, a empresa fazia revistas nas funcionárias, obrigando-as a mostrar sutiã, calcinha e meia. O procedimento era feito em lugar reservado, por outra funcionária, e somente quando se constatava a ocorrência de furto. Mesmo assim, a Terceira Turma do TST entendeu que a revista é ilegal. Embora a empresa tenha direito à adoção de medidas para a proteção do seu patrimônio, não pode haver “invasão ilegítima da esfera jurídica da intimidade” dos empregados, como ocorreu no caso. RR-1069/2006-071-09-00.2

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CASUÍSTICA Terceirizada chamada de “burra” será indenizadaA Vivo S.A. foi condenada, juntamente com a Plano Marketing Promocional S/C Ltda., a pagar R$ 15 mil de indenização a uma trabalhadora terceirizada humilhada por um gerente da empresa de telefonia por não alcançar as metas estipuladas. ...

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CASUÍSTICA Terceirizada chamada de “burra” será indenizada...A trabalhadora conta que o gerente da Vivo chamava-a, diante de seus colegas, de “incompetente e burra”, além de afirmar que as metas atingidas por ela eram as mesmas que “qualquer idiota atingiria”, e que não era necessário ter muito discernimento para fazer “o péssimo serviço” que a promotora fazia. (RR 2063/2004-024-09-00.3)

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CASUÍSTICAAssédio moral para aumentar produtividade

Ambev condenada a pagar indenização por assédio moral como forma de aumento de produtividade dos empregados. O ex-empregado relatou ter sido alvo de punições e espécies de castigos por parte de gerentes e supervisores, quando as metas de vendas não eram atingidas. ...

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CASUÍSTICAAssédio moral para aumentar produtividade...Ele contou que os vendedores eram obrigados a fazer flexões na sala de reunião, na presença dos colegas de trabalho e dos supervisores, a usar saia, capacete com chifres de boi, perucas coloridas, passar batom e desfilar nas dependências da empresa, além de serem alvo de xingamentos dos superiores. ( RR 985/2006-025-03-00.7)

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CASUÍSTICAUso de toalete por operador de telemarketing

A empresa mineira TNL Contax S.A. foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar indenização por dano moral, no valor de R$ 6 mil, a um operador de telemarketing que alegou passar por situação constrangedora quando precisava ir ao toalete fora dos intervalos determinados: era obrigado a pedir autorização e registrar a pausa, que, por sua vez, era limitada em apenas cinco minutos, sob pena de repreensão verbal e escrita. (AIRR-578-2007-140-03-40.6)

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CASUÍSTICA DO TRT 12ª REGIÃO

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RO 00028-2007-015-12-86-0INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. BANCÁRIO. TRANSPORTE DE VALORES. A Lei nº 7.102/83 determina que o transporte de valores, quando realizado pelo próprio estabelecimento financeiro, seja feito por pessoal aprovado em curso de formação específica de vigilante. Nesse ponto, a culpa do empregador foi na modalidade in omitendo, por omitir-se de contratar pessoal apto ao transporte de valores nos termos da lei. Irrelevante a discussão acerca da existência de risco efetivo ou hipotético, pois de qualquer maneira a aflição pela responsabilidade de portar moeda corrente em quantidade considerável é fato notório. Resta configurado o dano moral em decorrência do notório estresse, preocupação e desconforto emocional, infligidos desnecessariamente ao obreiro pelo empregador, ao exigir que transportasse valores, sem que houvesse contrato e preparo para tal. Tal atitude patronal demonstra falta de respeito à integridade física e emocional do empregado.

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RO 00117-2009-001-12-00-0BANCO. AUDITORIA INTERNA. QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. É inerente à execução da atividade bancária o acesso da instituição financeira às contas dos seus clientes. Dessa forma, a realização de auditoria interna pelo banco empregador com o intuito de averiguar eventual irregularidade cometida por seu empregado não caracteriza quebra de sigilo bancário, desde que, logicamente, não haja a indevida divulgação dos dados a terceiros. Se, contudo, constatar-se a prática de excessos, aí sim o abuso de direito autoriza o pagamento de indenização por danos morais pela quebra de sigilo bancário.

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RO 00216-2008-041-12-00-0COISA JULGADA. ACORDO TRABALHISTA E AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CIVIL POR DANOS MORAIS. A quitação dada em acordo homologado pelo Juízo alcança todas as demais parcelas que porventura o empregado possa reclamar, em virtude do contrato de trabalho mencionado na inicial, ou no termo de conciliação, inclusive eventual dano moral, por ser também decorrente da relação empregatícia.

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RO 00431-2007-008-12-85-9

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. “LISTA NEGRA”. Embora a ex-empregadora não esteja obrigada a prestar somente informações favoráveis sobre seus ex-empregados, emitir opinião que impeça efetivamente a sua contratação em um novo emprego é uma prática que deve ser veementemente rechaçada e indenizada por ferir a moral e a dignidade do trabalhador

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RO 02233-2009-018-12-00-6

INFORMAÇÕES DESABONADORAS SOBRE EX-EMPREGADO. DANO MORAL.

O empregador não está obrigado a prestar informações sobre o ex-empregado, mas ao fazê-lo não pode prestar informes que comprometam a vida profissional do trabalhador, inclusive a existência de ação trabalhista. Demonstrado nos autos que a empresa informava a quem lhe pedia referências que o empregado havia ajuizado ação trabalhista e decorrendo deste fato longo período de desemprego, forçosa a manutenção da sentença que deferiu o pagamento de indenização por dano moral, até para coibir atos desta estirpe, que configura verdadeira “lista negra”, atenta contra o direito de petição e incentiva o descumprimento da lei trabalhista, com prejuízo que ultrapassa a seara individual.

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RO 00458-2009-035-12-00-3

DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. DEMORA NO FORNECIMENTO DE CRACHÁ A TRABALHADOR REINTEGRADO POR DECISÃO JUDICIAL. DESPRESTÍGIO E TRATAMENTO HUMILHANTE.

Em se tratando de empresa de tecnologia, e não é admissível a demora de dois meses para fornecer um crachá para que o empregado reintegrado por força de decisão judicial possa adentrar nas suas dependências ou mesmo ter acesso ao sistema para desenvolver suas atividades, necessitando identificar-se por outros meios de acesso, dependendo da senha de outros colegas de trabalho e precisando dirigir-se ao superior hierárquico que nem mesmo era do setor em que desempenhava as suas funções, na medida que não estava vinculado à chefia do setor que trabalhava.

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RO 00609-2009-026-12-00-2

INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. SUJEIÇÃO À REVISTA ÍNTIMA PROMOVIDA PELA EMPREGADORA. Restando inequívoca a realização da revista nos acessórios portados pelos empregados (bolsas, sacolas, etc.) e também com grave invasão da intimidade do trabalhador, decorrente do contado corporal, além do evidente constrangimento derivado da desconfiança por supostos furtos que inevitavelmente emergem do procedimento, são elementos capazes e suficientes para impor a responsabilização da empregadora por danos morais. A dignidade humana e do trabalhador é direito fundamental e tem sede na Constituição Federal (art. 1º, inc. III) e deve ser respeitado.

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RO 07007-2008-050-12-00-9

INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. SUJEIÇÃO À REVISTA ÍNTIMA PROMOVIDA PELA EMPREGADORA. Restando inequívoca a realização da revista nos acessórios portados pelos empregados (bolsas, sacolas, etc.), ainda que sem grave invasão da intimidade com contado corporal, o constrangimento e a desconfiança por supostos furtos que inevitavelmente emergem do procedimento são capazes e suficientes para impor a responsabilização da empregadora por danos morais. Mesmo que não tenha havido contato mais íntimo, a dignidade humana e do trabalhador é direito fundamental e tem sede na Constituição Federal (art. 1º, item III) e deve ser respeitado.

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RO 01442-2009-050-12-00-0

REVISTA. EXERCÍCIO DE PODER FISCALIZATÓRIO PATRONAL. PRESERVAÇÃO DA INTIMIDADE. CARÁTER NÃO ABUSIVO. POSSIBILIDADE.

Tratando-se de poder fiscalizatório patronal, como proteção a seu patrimônio, a revista de caráter geral e impessoal, em acessórios utilizados pelos empregados dentro do estabelecimento, não configura violação a preceito constitucional protetivo da pessoa (art. 3º, III, da Constituição Federal). De se distinguir a revista íntima ou discriminatória, apta a gerar constrangimento e vergonha ao empregado, daquela medida genérica de controle rotineiro a que o cidadão comum se submete em lugares públicos (aeroportos, estabelecimentos comerciais ou educacionais, etc.) Esta configura exercício regular de direito do empregador em suas atribuições legais.

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RO 00642-2009-025-12-00-6

AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS NO DECORRER DO CONTRATO DE TRABALHO. DANOS MORAIS.

Embora não negado prejuízo financeiro ao empregado em decorrência da ausência de recolhimento das contribuições previdenciárias no tempo correto, este fato, por si só, não importa em dano moral.

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RO 00832-2008-029-12-00-8

DANOS MORAIS. JORNADA EXAUTIVA.

Gera direito à indenização por dano moral a conduta do empregador que incentiva o empregado motorista a praticar jornadas de trabalho exaustivas, sem observância dos descansos semanais, com metas excessivas e prazos exíguos para o respectivo cumprimento, submetendo-o à uma grande pressão psicológica e a condições degradantes de trabalho, que lhe propiciam sentimentos de insatisfação, insegurança e desapreço e colocam em risco, não só a sua saúde e vida, como também de outros cidadãos que percorrem as rodovias nacionais.

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RO 00866-2008-012-12-00-0

RESPONSABILIDADE CIVIL. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. DANO MORAL. COMUNICAÇÃO DE FURTO. NÃO CONFIGURAÇÃO DE ILÍCITO.

Do simples comunicado ao agente do Estado de possível furto de bem móvel pertencente ao empregador não necessariamente decorre ato ilícito praticado, apto a fundar a pretensão reparatória, uma vez que mero exercício regular de direito. Para que se estabeleça o dever de indenizar decorrente de responsabilidade extracontratual, há de ser patentemente demonstrada a prática de ato ilícito, forte na modalidade de culpa ou dolo patronais. Não provado o aludido ilícito, tampouco o constrangimento, a humilhação ou o atingimento a um dos direitos da personalidade, inexiste dano a ser ressarcido pecuniariamente.

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RO 00908-2009-016-12-00-0

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. QUANTIFICAÇÃO DO VALOR. A quantifi cação do montante da indenização para compensação da lesão perpetrada é questão de extrema dificuldade. Ela deve harmonizar-se com a intensidade da culpa do lesante e o prejuízo sofrido pela vítima, devendo ser considerada a situação patrimonial do ofensor e do ofendido. Há considerar, invariavelmente, a intensidade, a gravidade, a natureza e os reflexos do sofrimento experimentado, bem como a repercussão de caráter pedagógico que a pena imposta trará ao ofensor. Se a quantia fixada pelo Juiz se mostra excessiva, deve ser reduzida a valor compatível com a situação relatada nos autos e com o caráter pedagógico que a medida impõe, não se podendo olvidar que a indenização não se presta ao enriquecimento sem causa da parte, mas à compensação do dano moral experimentado.

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RO 00965-2009-051-12-00-6

DANOS MORAIS. PROCESSO DE SELEÇÃO. CONTRATAÇÃO.

O empregador que realiza processo de seleção não está obrigado a contratar o candidato vencedor, ao final do processo, mas se envia claros sinais de que o contrato se efetivará e, posteriormente, frustra a expectativa do candidato sem qualquer justificativa, atenta contra a dignidade do ser humano, devendo ser responsabilizado pelos danos morais infligidos.

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RO 01482-2009-010-12-00-3

ACIDENTE DO TRABALHO COM MORTE. AÇÃO PROPOSTA PELOS PAIS DO TRABALHADOR FALECIDO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

A Emenda Constitucional nº 45/2004, ao conferir nova redação ao art. 114 da Constituição da República, acrescentou de forma expressa a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho (inc. VI). Emerge do Texto Constitucional o entendimento de que, para a configuração da competência da Justiça do Trabalho, basta que o conflito de interesses tenha origem na relação de trabalho, ainda que não decorra esta de vínculo de emprego. .

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RO 01829-2009-031-12-00-9

DANOS MORAIS. ASSÉDIO MORAL. COBRANÇA DE METAS.

Não há olvidar que o cumprimento de metas é inerente ao trabalho por comissionamento, no setor de vendas, ressaltando-se que o poder diretivo da empresa se insere no direito potestativo do empregador e não gera, via de regra, direito à compensação por dano moral. Não obstante, se a ré extrapola esses limites ao tratar o obreiro com rigor excessivo, submetendo-a a atos vexatórios e constrangedores, caracterizadores do abuso de direito, deve-lhe ser imputado o dever de indenizar.

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RO 02556-2008-027-12-00-0

DANO MORAL. DESQUALIFICAÇÃO NA DESIGNAÇÃO. Configura dano moral a conduta patronal reiterada de designar o empregado para trabalhar em local de vendas mais restrito, cuja escolha dependia de ser qualificado como um dos dois piores colocados no cumprimento das metas.

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RO 02612-2009-028-12-00-3

PODER DIRETIVO PATRONAL. CERCEIO AO USO DO BANHEIRO. ABUSO DE DIREITO. DANO MORAL.

O exercício do poder diretivo não resulta, via de regra, em indenização por dano moral. Mas, sob pena de configurado abuso, não deve o empregador, extrapolando limites impostos pelo próprio ordenamento jurídico, transferir para os empregados os riscos do empreendimento econômico, o que ocorre quando veda ou dificulta, sob o pálio de que uma obrigação legal ou contratual por ele contraída deve ser cumprida, a eles o uso do banheiro. A hipótese implica agressão à dignidade da pessoa humana e ao valor social do trabalho e revela menoscabo com direitos da personalidade e com a imagem do trabalhador, disso defluindo a obrigação patronal de, observadas as características do caso concreto, reparar a lesão extrapatrimonial decorrente.

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RO 02644-2007-054-12-00-3

INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. LER/DORT. CABIMENTO. ELEMENTOS ESSENCIAIS DA RESPONSABILIDADE CIVIL: AÇÃO OU OMISSÃO, CULPA OU DOLO DO AGENTE, RELAÇÃO DE CAUSALIDADE E DANO EXPERIMENTADO PELA VÍTIMA. Quando há prova da existência de dano, da responsabilidade patronal e do nexo causal entre a lesão e a atividade laborativa, torna-se devida a indenização por dano moral ao trabalhador acometido de LER/DORT, máxime quando as medidas voltadas à prevenção das lesões que o acometeram se revelaram insuficientes, impondo-lhe evidente sofrimento físico e mental. E o dano é moral quando implica sofrimento íntimo, desgosto, aborrecimento, mágoa e tristeza que não repercutam quer no patrimônio, quer na órbita financeira do ofendido.

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RO 02840-2008-036-12-00-7

INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. ASSÉDIO MORAL.

A conduta abusiva da empresa violadora dos direitos da personalidade que atenta, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade, a integridade física ou psíquica do trabalhador, ameaçando o seu emprego ou degradando o meio ambiente do trabalho, configura assédio moral e enseja o pagamento de indenização a título de danos morais, nos termos dos arts. 5º, X, da CF e 186 do Código Civil.

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RO 02818-2008-029-12-00-9

LEITURISTA. ATAQUES POR CÃES NA ATIVIDADE PROFISSIONAL. DANO MORAL.

Há no mercado, a custo bastante razoável, repelentes químicos e sonoros que afastam cães. Não se pode considerar como obrigação do empregado, leiturista de água, luz ou gás, ou mesmo dos carteiros, a sujeição a ataque de cães pertencentes a clientes ou terceiros em sua atividade diária. A exposição do trabalhador ao perigo de ataque pelos animais implica por si só o dever de indenizar o dano moral, agravado no caso de ocorrência lesiva.

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RO 02984-2009-055-12-00-2

DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. ADOLESCENTE SUBMETIDO À CONDIÇÕES IN-DIGNAS DE TRABALHO. A contratação de adolescente, de apenas 14 anos de idade , não como aprendiz, sem registro na CTPS, submetido a trabalho insalubre, a turnos ininterruptos de revezamento, a trabalho noturno, a jornadas de segunda a sábado, inclusive feriados, de cerca de 15 horas, em desrespeito aos limites fisiológicos do ser humano, e sem a observância dos intervalos interjornadas e intrajornadas, afronta o princípio constitucional da dignidade humana e viola direitos sociais, trabalhistas e direitos fundamentais relativos à infância e à adolescência.

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RO 02984-2009-055-12-00-2

DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. ADOLESCENTE SUBMETIDO À CONDIÇÕES IN-DIGNAS DE TRABALHO. ...

É inquestionável a violação a direitos da personalidade e de prejuízos de ordem moral, na medida em que o trabalho de adolescente submetido a condições de trabalho indignas e prejudiciais à sua saúde física e emocional, afastando-o do convívio social, familiar e também dos estudos, prejudica a formação de um indivíduo sadio nos aspectos físicos e psicológicos.

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RO 02590-2008-009-12-00-2

DANO MORAL. AFRONTA À HONRA E À IMAGEM DO EMPREGADA. OCORRÊNCIA. REPARAÇÃO DEVIDA. Para que haja condenação ao pagamento de indenização por dano moral, que tem como substrato a responsabilização subjetiva contemplada no art. 186 do Código Civil (art. 159 do Código revogado), imperativa se torna a existência de ação ou omissão do agente ou de terceiro (responsabilidade in eligendo), dolo ou culpa dessas pessoas, nexo causal e lesão extrapatrimonial. Havendo nos autos prova de que o empregado foi aviltado na sua imagem em decorrência de culpa do empregador, impõe-se o deferimento do pedido de indenização por dano moral.

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RO 02590-2008-009-12-00-2

DANO MORAL. AFRONTA À HONRA E À IMAGEM DO EMPREGADA. OCORRÊNCIA. REPARAÇÃO DEVIDA.

Voto

1 – DANOS MORAIS

O Juízo de primeiro grau condenou a recorrente ao pagamento da indenização por dano moral, no importe de R$5.000,00, por considerar que restou provada a alegação de que, perante os colegas, o encarregado xingou o autor de “alemão vagabundo” e insinuou que ele consumia drogas ao utilizar a expressão “vai puxar um fuminho”, o que configura a lesão à honra e a imagem do autor perante terceiros.

A sentença não merece reparo em parte.

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RO 03741-2009-047-12-00-7

DANO MORAL. USO DA IMAGEM. NÃO CONFIGURAÇÃO.

Não configura abuso do poder diretivo do empregador o uso de câmaras no interior do local de trabalho do autor (motorista de ônibus) - cujo objetivo é a segurança dos passageiros e dos empregados – tampouco a exposição das imagens em juízo para provar a justa causa da despedida. A exibição de imagens em sala de audiência não importa em divulgação capaz de expor o empregado a situação vexatória e, por conseguinte, de ensejar o direito à reparação por danos morais.

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RO 03789-2009-030-12-00-3

DANO MORAL COLETIVO. HOMICÍDIO DE TRABALHADOR CONTRATADO MEDIANTE CONVÊNIO FIRMADO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS JUNTO AO CENTRO DE INTERNAÇÃO PROVISÓRIA DE ADOLESCENTES. AUSÊNCIA DE TREINAMENTO ADEQUADO. ATIVIDADE SUJEITA A RISCO/PERIGO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO. DEVER DE INDENIZAR.

A responsabilidade do Estado é de natureza objetiva por aplicação da teoria do risco (art. 37, § 6º da CF). Em se tratando de atividade de risco para os direitos de outrem, a responsabilidade objetiva também emerge do disposto no art. 927, parágrafo único, in fine do Código Civil, não havendo perquirir acerca da culpa.

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RO 04940-2008-047-12-00-1

ASSÉDIO MORAL. OBTENÇÃO DE TRABALHO. Configura assédio moral a conduta do ex-empregador ao impedir que o trabalhador que lhe prestou serviços e ajuizou processo trabalhista consiga trabalho.

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RO 05025-2007-037-12-00-5

RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS MORAIS. CARACTERIZAÇÃO.

Estando comprovada a ação do empregador (agressões psicológicas e humilhações decorrentes de algumas determinações da empresa), o evento danoso (abalo moral), o nexo de causalidade entre a ação e o dano, bem como a culpa do agente, fica plenamente caracterizada sua responsabilidade civil pelos danos causados.

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RO 05076-2008-036-12-00-1

DIREITO AUTORAL. FOTÓGRAFO.

Sendo o fotógrafo contratado para fazer fotos a serem publicadas em jornal ou outro veículo de comunicação, os direitos patrimoniais já estão incluídos no salário contratado. Todavia, se o empregador utilizar-se de obra fotográfica sem dar o crédito ao seu autor, deve ser compelido a pagar-lhe uma indenização por dano moral, por inobservância aos direitos autorais garantidos pela Constituição Federal (art. 5º, inc. XXVII) e pela legislação específica vigente.

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RO 05731-2008-014-12-00-4

PLEITOS INDENIZATÓRIOS. TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE. ORIGEM NÃO OCUPACIONAL DA MOLÉSTIA. SUJEIÇÃO DO TRABALHADOR A SITUAÇÃO DE RISCO COM PERIGO DE MORTE. ASSALTOS. AGRAVAMENTO DO QUADRO CLÍNICO. DIREITO À REPARAÇÃO MORAL. CONTRIBUIÇÃO EPISÓDICA DOS SINTOMAS.

Faz jus o empregado à reparação moral pelo dano advindo dos recorrentes assaltos sofridos durante o desenvolvimento de suas atividades laborais, os quais, segundo o laudo médico pericial, contribuíram para o agravamento dos sintomas da moléstia psiquiátrica de que era portador. Descabe, entretanto, indenização de ordem material, quando a perda da capacidade laborativa decorre exclusivamente da frágil saúde mental do trabalhador, sendo alheia ao seu histórico laboral.

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RO 05986-2008-026-12-00-7

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. ASSÉDIO MORAL.

A configuração do assédio moral pressupõe a comprovada exposição prolongada e repetitiva do trabalhador a situações vexatórias e humilhantes, atentando contra o sentimento de honra e dignidade elementar da pessoa humana. Não demonstrando o empregado ter sofrido perseguição pelo seu superior hierárquico, não se sustenta o pedido de indenização por danos morais.

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RO 06530-2007-026-12-00-3

DANOS MORAIS COLETIVOS. FRANQUEADORA. RESPONSABILIDADE.

É responsável pela indenização por danos coletivos a franqueadora que recomenda as franqueadas a admitirem trabalhadores arregimentados por cooperativas fraudulentas.

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RO 06804-2008-035-12-00-6

DANO MORAL. CONVERSÃO JUDICIAL DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA EM SEM JUSTA CAUSA. AUSÊNCIA DE PROVA DE ATO ILÍCITO DO EMPREGADOR. INDENIZAÇÃO INDEVIDA.

A conversão judicial da dispensa por justa causa em “sem justa causa” não implica presunção de conduta ilícita pelo empregador, da qual decorra indenização por danos morais ao dispensado, uma vez assistir ao empregador o poder potestativo de rescindir a contratação, conforme seu entendimento particular sobre a questão, ainda que possa ela sofrer revisão em Juízo. Assim, eventuais abusos cometidos pelo empregador ao longo do procedimento, ou mesmo após a rescisão contratual, haverão de ser demonstrados pelo empregado, a quem compete o ônus de comprovar o prejuízo moral alegado.

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RO 07349-2008-001-12-00-9

ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS. DANO MORAL.

A jurisprudência civil passou a albergar a indenização por dano moral, no caso do abalo de crédito. O consumidor sem crédito, não consegue adquirir de forma parcelada, gêneros que podem representar mera utilidade e não necessidade. O trabalhador sem salário, não consegue adquirir, sob nenhuma forma, os bens e serviços que necessita para a sobrevivência, inclusive o alimento. Assim, é evidente que o prejuízo do trabalhador é muito maior do que o do consumidor. A fortiori, deve ser considerada a hipótese de deferimento de dano moral, por inadimplemento ou atraso habitual no pagamento de salários. Entretanto, não havendo prova do atraso no pagamento de salários, senão das rescisórias, para o que já se prevê indenização legal, indefere-se a pretensão.

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RO 00211-2009-013-12-00-0

DANO MORAL DECORRENTE DO ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS. INDENIZAÇÃO INDEVIDA. O atraso no pagamento dos salários e das demais obrigações pecuniárias decor rentes do contrato de trabalho não constitui, por si só, ato capaz de atentar contra a honra ou a integri dade moral do empregado e, por isso, não configura o dano moral a ser repa rado através de indenização mormente porque, para o caso já existem normas que estabelecem reparações e sanções específicas.

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RO 09057-2007-036-12-00-3

USO INDEVIDO DA IMAGEM DO EMPREGADO. AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO. USO COMERCIAL DA IMAGEM. ARTIGO 20 DO CÓDIGO CIVIL.

O uso da imagem do empregado, com fim comercial e sem a devida autorização do trabalhador, constitui ato ilícito que dá margem ao pagamento de indenização, de conformidade com o caput do art. 20 do CC.

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