curso de engenharia civil disciplina: estruturas · as reações horizontais podem causar esforços...
TRANSCRIPT
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: ESTRUTURAS
Professora: Raquel Barros Leal Gondim
Unidade II – Aula 01
BARRAS CURVAS
SUMÁRIO
1.0 Introdução
2.0 Tipos de Arcos
3.0 Princípio de funcionamento
4.0 Vínculos
5.0 Análise dos esforços de um arco biapoiado
6.0 Exercícios
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
1.0 INTRODUÇÃO
• Os arcos tem sua origem ligada ao desenvolvimento do Império
Romano. A partir da Idade Média os arcos, devido a sua grande
capacidade para suportar grandes vãos, começaram a aparecer em
edificações mais ousadas, permitindo a construção de edifícios altos
com grandes aberturas nas paredes.
• O que faz uma estrutura um arco é sua forma curva, sendo que a parte
central é mais alta que as extremidades.
• A forma da curva que define o arco é um função de uma série de
fatores como tipo de materiais, esforços atuantes entre outros fatores.
• São elementos estruturais que sustentam cargas e absorvem esforços
de compressão.
• São sistemas estruturais muito utilizados para vencer grandes vãos,
sendo muito notável sua utilização em pontes.
As cargas se transmitem aos arcos através de tabuleiros (estrado da
ponte), através dos montantes (pilares) ou através dos tirantes
(pendurais).
• De certa forma arcos podem ser definidos como pórticos de barras
curvas.
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
2. TIPOS DE ARCOS
Existem fatores para determinar o tipo de arco que se deve utilizar. Entre
os diversos tipos de arcos destacam-se:
2.1 Arco semi-circular: Conhecido como arco romano, é uma
estrutura biapoiada e não recomenda-se seu uso em grandes vãos.
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
2.2 Arco elíptico: Possui dois ou mais apoios, e seu uso varia de
grandes a pequenos vãos.
2.3 Arco hiperbólico: Por possui a forma de uma hipérbole torna-
se difícil sua construção, sendo menos utilizado.
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
2.4 Arco parabólico: Por possuir a mesma forma de diagramas
de momento fletores faz com que as tensões de flexão sejam anuladas,
sendo assim um dos mais recomendados tipos de arco a ser utilizado.
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Os apoios de um arco evitam que o arco se abra.
As reações que aparecem no apoio são provenientes do carregamento
e da forma dos arcos.
Quanto mais alto o arco, maior o vão, maior o peso e maior as
reações de apoio.
As reações horizontais podem causar esforços de tração na base, que
podem ser evitados através do uso de tirantes, ou seja, ligando as
extremidades dos arcos através de um material resistente a tração.
As reações verticais do arco terão o mesmo valos das reações de
apoio de uma viga substituindo um arco.
3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Os apoios de um arco evitam que o arco se abra.
As reações que aparecem no apoio são provenientes do carregamento
e da forma dos arcos.
Quanto mais alto o arco, maior o vão, maior o peso e maior as reações
de apoio.
As reações horizontais podem causar esforços de tração na base, que
podem ser evitados através do uso de tirantes, ou seja, ligando as
extremidades dos arcos através de um material resistente a tração.
As reações verticais do arco terão o mesmo valos das reações de
apoio de uma viga substituindo um arco.
4. VÍNCULOS
Os arcos podem apresentam alguns vínculos que permitam rotação
relativa entre duas seções adjacentes. O número máximo de
articulações que podem ocorrer num arco é 3. Acima disso, o arco torna-
se hipostático. Essas articulações geralmente ocorrem nos apoios e nos
topos.
1. Arcos triarticulados: Podem ser montados em partes e possuem
grande adaptação para mudanças de cargas. Sofrem mais com a
flambagem. Utilizados quando estiverem previstas grandes reações
de recalque.
2. Arco Biarticulado: Bastante utilizados em locais onde são previstas
pequenos recalques. Sofrem grande influência quando existe
mudança na forma.
3. Arcos Biengastados: Por não possuírem articulações são
recomendados quando não existirem possiblidades de recalque nos
apoios. São arco hiperestáticos e absorvem os momentos fletores.
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
5. ANÁLISE DOS ESFORÇOS EM UM ARCO BIAPOIADO
Estudo da seção S1:
NORMAL:
Ns + Na = 0
Ns= -Na .∙. Ns = - Va.cosθ .∙. Ns = -𝑷
𝟐.cosθ
CORTANTE:
Qa – Qs = 0
Qs = Qa .∙. Qs = Va.senθ .∙. Qs = 𝑷
𝟐.senθ
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
MOMENTO:
Ms – Va.(R - Rcosθ) = 0
Ms = Va .(R - Rcosθ) .∙. Ms = 𝑷𝑹
𝟐( 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽)
DIAGRAMA DE E.I.S
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
Ms = 𝑷𝑹
𝟐( 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝜽)
Ms = 𝑃𝑅
2( 1 − 𝑐𝑜𝑠𝜃)
Observação 01:
Numa estrutura plana simétrica com carregamento simétrico os
diagramas dos momentos fletores e dos esforços normais são simétricos
e o dos esforços cortantes é assimétrico.
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
O traçado dos diagramas dos esforços internos em barras curvas fica
bastante simplificado se seus valores forem marcados a partir de uma
linha reta (reta 1-2 ligando os extremos da barra) o diagrama obtido
anteriormente, se marcado a partir da reta 1-2 seria convenientemente
representado por uma função linear do valor (R-Rcosθ). Isto corresponde
a uma mudança de eixos do sistema local onde x e y são tangentes e
normais em cada ponto, correspondente às coordenadas polares R-θ,
para um eixo x’-y’, com origem em 1, sendo x’ horizontal e obtido como:
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
Eixo da barra curva definido por uma função qualquer f(x):
Seja, por exemplo, a obtenção do DMF de uma barra curva definida por
uma função qualquer y = f(x) e submetida a uma força concentrada
unitária no nó 2. Considerando-se que:
M = -1 . y
O seu traçado a partir da reta 1-2 é imediato sendo este delimitado pelo
próprio eixo da barra, conforme ilustrado na figura.
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
Observação 02:
A determinação dos esforços internos em uma barra curva fica bastante
simplificado quando decompõem-se os carregamentos em:
• Cargas verticais e momentos
• Cargas horizontais
Sendo os valores totais obtidos através da superposição, conforme
ilustrado na figura.
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
EXEMPLO 1: Traçar o diagrama de momentos fletores para a estrutura abaixo:
f = 3m
4m
3m 3m
3tf
HA
VA VB
5tf
2 tf/m
par. 2° grau
A B
C D
𝑭𝒚 = 0
Va + Vb - 12 = 0
Va = 4tf
𝑴𝑨 = 0
6Vb - 3 x 4 - 12 x 3 = 0
Vb = 48/6
Vb = 8tf
𝑭𝒙 = 0
Ha + 3 – 5 = 0
Ha = 2tf
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
3tf + 2tf = 5tf
4tf 8tf
5tf
12 tf
A B
C D
2tf
2tf5tf
5tf
4tf 8tf
4tf 8tf
8tf.m
8tf.m
20t.m
20tf.m
DECOMPOSIÇÃO DAS BARRAS:
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
DECOMPOSIÇÃO PARA DIAGRAMA DE MOMENTO:
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
DIAGRAMA DE MOMENTO:
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
DIAGRAMA RESULTANTE DE MOMENTO:
Pro
f.(a) R
aq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
EXERCÍCIOS:
1. Traçar o diagrama de momento fletor para o quadro abaixo:P
rof.(a
) Raq
uel L
ea
l -E
strutu
ras
2. Achar os esforços internos nas seções C, D, E, F e G da estrutura a seguirP
rof.(a
) Raq
uel L
ea
l -E
strutu
ras