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Curso de Direito - Parte Especial - Livro I - Do Direito das Obrigações - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 12 Princípios e Metodologia utilizada no estudo do Direito das Obrigações Introdução Os encontros de Direito Civil disponibilizados neste website conformam-se a determinada visão sobre como o estudo desse ramo do Direito deve ser conduzido. O objetivo é desenvolver habilidades que permitam ampla autonomia na compreensão e manejo do fenômeno jurídico em detrimento da memorização de regras e procedimentos que são reproduzidos de forma quase mecânica e sem entendimento das consequências que podem advir da aplicabilidade errônea em situações singulares. Tal erro de entendimento, não raro, conduz à sucumbência do profissional no contencioso, com má prestação na defesa dos interesses do cliente e dúvidas sobre sua excelência na atuação. Como citado, o objetivo dos encontros contidos neste website é desenvolver habilidades que permitam ampla autonomia na compreensão e manejo do fenômeno jurídico em detrimento da memorização de regras e procedimento. Para isso, três fundamentos norteiam os estudos: a Teoria da Substanciação, a Teoria do Precedente Jurídico e Complexidade Estrutural do Código Civil . Cada um desses fundamentos está a seguir delineado. Teoria da Substanciação Não raro, o estudo de Direito Civil nos cursos de graduação segue a sequência presente no Código Civil, com abordagem individualizada para cada artigo. Este é estudado de modo independente (ou memorizado pelo estudante), com apresentação de exemplos que facilitem a compreensão. Na atuação profissional, dá-se o inverso. Tem-se o fato ou fatos com relevância para o Direito que configuram a disputa e, no ingresso ao Judiciário, ao caso concreto deve ser identificada a norma jurídica que melhor o contenha (adequação do fato à norma). Neste momento, nota-se a insuficiência da mera memorização dos artigos do Código Civil, pois as caracterizações dos fatos dependem de fundamentações jurídicas, que moldam cenários normativos e não se confundem com as fundamentações legais. Assim é que, na ação de despejo por falta de pagamento, a fundamentação jurídica reside na falta de pagamento (artigo 5° combinado com inciso III do artigo 9° da Lei 8.245/1991: “Seja qual for o fundamento do término da locação, a ação do locador para reaver o imóvel é a de despejo. A locação também poderá ser desfeita em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos”), enquanto a fundamentação legal regula os requisitos para que o despejo ocorra (por exemplo, o artigo 65 da Lei 8.245/1991: “Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação, será efetuado o despejo, se necessário com emprego de força, inclusive arrombamento”). Configura-se, pois, a “teoria da substanciação”, expressa no inciso III do artigo 319 do atual Código de Processo Civil: “A petição inicial indicará o fato e os fundamentos jurídicos do pedido ”. Colocado em outros termos, a razão do pedido da tutela jurisdicional e a correspondente fundamentação jurídica, ou nexo, deve ser claramente delineada. Sem fatos concretos inexiste base para aplicação do Direito! A doutrina atribui ao nexo entre fatos e fundamentos jurídicos a denominação de “causa de pedir próxima e remota”, com a causa de pedir próxima configurada na narração dos fatos e a causa de pedir remota configurada na adequação jurídica. A narração dos fatos é a causa de pedir próxima porque de sua validade sob ponto de vista do Direito depende a análise da adequação a determinado enquadramento ( Tal fato possibilita consequências jurídicas por tais e tais razões jurídicas). Importante: alguns doutrinadores consideram a causa de pedir próxima e remota sob enfoque contrário: causa de pedir próxima é o fundamento jurídico e causa de pedir remota os fatos narrados. Inexiste abordagem certa ou errada. A teoria do Precedente Judicial Existe no Brasil uma ampla discussão a respeito do Precedente Judicial 1 . Em resumo, Precedente Judicial é a decisão proferida em um caso concreto e que serve como guia para decisões semelhantes em julgamentos de casos futuros análogos. (Priscilla Silva de Jesus). 1 Priscilla Silva de Jesus: Teoria do Precedente Judicial e o novo Código de Processo Civil. Disponível em http://www.revistas.unifacs.br/index.php/redu/article/view/3240. Consulta em 02/03/2017, Conteúdo disponibilizado em http://www.e-law.net.br. Apoiamos e produzimos todos nossos conteúdos com emprego de softwares livres.

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Curso de Direito - Parte Especial - Livro I - Do Direito das Obrigações - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 12

Princípios e Metodologia utilizada no estudo do Direito das Obrigações

Introdução

Os encontros de Direito Civil disponibilizados neste website conformam-se a determinada visão sobre como o estudo desse ramo do Direito deve ser conduzido. O objetivo é desenvolver habilidades que permitam ampla autonomia na compreensão e manejo do fenômeno jurídico em detrimento da memorização de regras e procedimentos que são reproduzidos de forma quase mecânica e sem entendimento das consequências que podem advir da aplicabilidade errônea em situações singulares. Tal erro de entendimento, não raro, conduz à sucumbência do profissional no contencioso, com má prestação na defesa dos interesses do cliente e dúvidas sobre sua excelência na atuação.

Como citado, o objetivo dos encontros contidos neste website é desenvolver habilidades que permitam ampla autonomia na compreensão e manejo do fenômeno jurídico em detrimento da memorização de regras e procedimento. Para isso, três fundamentos norteiam os estudos: a Teoria da Substanciação, a Teoria do Precedente Jurídico e Complexidade Estrutural do Código Civil. Cada um desses fundamentos está a seguir delineado.

Teoria da Substanciação

Não raro, o estudo de Direito Civil nos cursos de graduação segue a sequência presente no Código Civil, com abordagem individualizada para cada artigo. Este é estudado de modo independente (ou memorizado pelo estudante), com apresentação de exemplos que facilitem a compreensão.

Na atuação profissional, dá-se o inverso. Tem-se o fato ou fatos com relevância para o Direito que configuram a disputa e, no ingresso ao Judiciário, ao caso concreto deve ser identificada a norma jurídica que melhor o contenha (adequação do fato à norma). Neste momento, nota-se a insuficiência da mera memorização dos artigos do Código Civil, pois as caracterizações dos fatos dependem de fundamentações jurídicas, que moldam cenários normativos e não se confundem com as fundamentações legais. Assim é que, na ação de despejo por falta de pagamento, a fundamentação jurídica reside na falta de pagamento (artigo 5° combinado com inciso III do artigo 9° da Lei 8.245/1991: “Seja qual for o fundamento do término da locação, a ação do locador para reaver o imóvel é a de despejo. A locação também poderá ser desfeita em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos”), enquanto a fundamentação legal regula os requisitos para que o despejo ocorra (por exemplo, o artigo 65 da Lei 8.245/1991: “Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação, será efetuado o despejo, se necessário com emprego de força, inclusive arrombamento”).

Configura-se, pois, a “teoria da substanciação”, expressa no inciso III do artigo 319 do atual Código de Processo Civil: “A petição inicial indicará o fato e os fundamentos jurídicos do pedido”. Colocado em outros termos, a razão do pedido da tutela jurisdicional e a correspondente fundamentação jurídica, ou nexo, deve ser claramente delineada. Sem fatos concretos inexiste base para aplicação do Direito!

A doutrina atribui ao nexo entre fatos e fundamentos jurídicos a denominação de “causa de pedir próxima e remota”, com a causa de pedir próxima configurada na narração dos fatos e a causa de pedir remota configurada na adequação jurídica. A narração dos fatos é a causa de pedir próxima porque de sua validade sob ponto de vista do Direito depende a análise da adequação a determinado enquadramento (Tal fato possibilita consequências jurídicas por tais e tais razões jurídicas).

Importante: alguns doutrinadores consideram a causa de pedir próxima e remota sob enfoque contrário: causa de pedir próxima é o fundamento jurídico e causa de pedir remota os fatos narrados. Inexiste abordagem certa ou errada.

A teoria do Precedente Judicial

Existe no Brasil uma ampla discussão a respeito do Precedente Judicial1. Em resumo, Precedente Judicial é a decisão proferida em um caso concreto e que serve como guia para decisões semelhantes em julgamentos de casos futuros análogos. (Priscilla Silva de Jesus).

1 Priscilla Silva de Jesus: Teoria do Precedente Judicial e o novo Código de Processo Civil. Disponível em http://www.revistas.unifacs.br/index.php/redu/article/view/3240. Consulta em 02/03/2017,

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É comum na fundamentação das decisões serem encontradas referências a julgamentos anteriores com cenários fáticos e normativos análogos. Entretanto, no contexto do estudo do Código Civil nos cursos de graduação, a abordagem sistemática à tais práticas são quase que inexistentes.

O entendimento de como os precedentes auxiliam na fundamentação dos julgamentos podem representar auxilio valioso no desenvolvimento acadêmico da experiência profissional. É possível, no estudo de determinada norma ou Instituto, ter-se uma visão e compreensão ampla de seus elementos e interrelações via problematizações nos Tribunais.

Importante:

Norma (ou Regra) Jurídica: Esquema ou modelo de organização e de conduta que disciplina a vida social sob a perspectiva do Direito (Miguel Reale: Lições Preliminares de Direito, Saraiva)."A norma jurídica é redutível a um juízo ou proposição hipotética com previsão de um fato (F) que se liga uma consequência (C), de conformidade com o seguinte esquema:"

Se F é então deve ser C.

Instituto Jurídico é todo conjunto de regras ou normas jurídicas reunidas em uma unidade lógica autônoma, em função de uma definida porção da realidade social e dos fins por ela visados, disciplinando-lhe sua estrutura e relações intersubjetivas. Assim é que nos referimos aos institutos do casamento, do pátrio poder etc. (Miguel Reale: Lições Preliminares de Direito, Saraiva).

A complexidade estrutural do Código Civil

O Código Civil é um documento complexo e logicamente organizado que objetiva regular, em termos de direitos e obrigações, as diversas faces dos relacionamentos entre pessoas. Está dividido em duas partes, a Geral e a Especial. Cada parte é subdividida em livros, em títulos, subtítulos (opcionalmente), capítulos, seções e subseções (opcionalmente), conforme a necessidade de detalhamento maior ou menor do tema regulado. As normas propriamente ditas são expressas na forma conhecida de artigos e suas subdivisões.Algumas relações, entretanto, são tratadas especificamente por leis especiais, como, por exemplo, a Lei do Inquilinato, o Estatuto da Cidade e o Código de Defesa do Consumidor, mas estão logicamente conectados ao Código Civil.

Outros corpos de estudos ligam-se ao Código Civil, como a doutrina, a jurisprudência, os entendimentos e as súmulas, a exigir do profissional da área jurídica anos de dedicação.

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TÍTULO I DO NEGÓCIO JURÍDICOCAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAISCAPÍTULO II DA REPRESENTAÇÃOCAPÍTULO III DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGOCAPÍTULO IV DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

Seção I Do Erro ou IgnorânciaSeção II Do DoloSeção III Da CoaçãoSeção IV Do Estado de PerigoSeção V Da LesãoSeção VI Da Fraude Contra Credores

CAPÍTULO V DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO

TÍTULO II DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS

TÍTULO III DOS ATOS ILÍCITOS

TÍTULO IV DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIACAPÍTULO I DA PRESCRIÇÃO

Seção I Disposições GeraisSeção II Das Causas que Impedem ou Suspendem a PrescriçãoSeção III Das Causas que Interrompem a PrescriçãoSeção IV Dos Prazos da Prescrição

CAPÍTULO II DA DECADÊNCIA

TÍTULO V DA PROVA

P A R T E E S P E C I A L

LIVRO I DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

TÍTULO I DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕESCAPÍTULO I DAS OBRIGAÇÕES DE DAR

Seção I Das Obrigações de Dar Coisa CertaSeção II Das Obrigações de Dar Coisa Incerta

CAPÍTULO II DAS OBRIGAÇÕES DE FAZERCAPÍTULO III DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZERCAPÍTULO IV DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVASCAPÍTULO V DAS OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEISCAPÍTULO VI DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS

Seção I Disposições GeraisSeção II Da Solidariedade AtivaSeção III Da Solidariedade Passiva

TÍTULO II DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕESCAPÍTULO I DA CESSÃO DE CRÉDITOCAPÍTULO II DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA

TÍTULO III DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕESCAPÍTULO I DO PAGAMENTO

Seção I De Quem Deve PagarSeção II Daqueles a Quem se Deve PagarSeção III Do Objeto do Pagamento e Sua ProvaSeção IV Do Lugar do PagamentoSeção V Do Tempo do Pagamento

CAPÍTULO II DO PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃOCAPÍTULO III DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃOCAPÍTULO IV DA IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO

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CAPÍTULO V DA DAÇÃO EM PAGAMENTOCAPÍTULO VI DA NOVAÇÃOCAPÍTULO VII DA COMPENSAÇÃOCAPÍTULO VIII DA CONFUSÃOCAPÍTULO IX DA REMISSÃO DAS DÍVIDAS

TÍTULO IV DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕESCAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAISCAPÍTULO II DA MORACAPÍTULO III DAS PERDAS E DANOSCAPÍTULO IV DOS JUROS LEGAISCAPÍTULO V DA CLÁUSULA PENALCAPÍTULO VI DAS ARRAS OU SINAL

TÍTULO V DOS CONTRATOS EM GERALCAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I PreliminaresSeção II Da Formação dos ContratosSeção III Da Estipulação em Favor de TerceiroSeção IV Da Promessa de Fato de TerceiroSeção V Dos Vícios RedibitóriosSeção VI Da EvicçãoSeção VII Dos Contratos AleatóriosSeção VIII Do Contrato PreliminarSeção IX Do Contrato com Pessoa a Declarar

CAPÍTULO II DA EXTINÇÃO DO CONTRATOSeção I Do DistratoSeção II Da Cláusula ResolutivaSeção III Da Exceção de Contrato não CumpridoSeção IV Da Resolução por Onerosidade Excessiva

TÍTULO VI DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATOCAPÍTULO I DA COMPRA E VENDA

Seção I Disposições GeraisSeção II Das Cláusulas Especiais à Compra e VendaSubseção I Da RetrovendaSubseção II Da Venda a Contento e da Sujeita a ProvaSubseção III Da Preempção ou PreferênciaSubseção IV Da Venda com Reserva de DomínioSubseção V Da Venda Sobre Documentos

CAPÍTULO II DA TROCA OU PERMUTACAPÍTULO III DO CONTRATO ESTIMATÓRIOCAPÍTULO IV DA DOAÇÃO

Seção I Disposições GeraisSeção II Da Revogação da Doação

CAPÍTULO V DA LOCAÇÃO DE COISASCAPÍTULO VI DO EMPRÉSTIMO

Seção I Do ComodatoSeção II Do Mútuo

CAPÍTULO VII DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOCAPÍTULO VIII DA EMPREITADACAPÍTULO IX DO DEPÓSITO

Seção I Do Depósito VoluntárioSeção II Do Depósito Necessário

CAPÍTULO X DO MANDATOSeção I Disposições GeraisSeção II Das Obrigações do MandatárioSeção III Das Obrigações do MandanteSeção IV Da Extinção do MandatoSeção V Do Mandato Judicial

CAPÍTULO XI DA COMISSÃOCAPÍTULO XII DA AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO

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CAPÍTULO XIII DA CORRETAGEMCAPÍTULO XIV DO TRANSPORTE

Seção I Disposições GeraisSeção II Do Transporte de PessoasSeção III Do Transporte de Coisas

CAPÍTULO XV DO SEGUROSeção I Disposições GeraisSeção II Do Seguro de DanoSeção III Do Seguro de Pessoa

CAPÍTULO XVI DA CONSTITUIÇÃO DE RENDACAPÍTULO XVII DO JOGO E DA APOSTACAPÍTULO XVIII DA FIANÇA

Seção I Disposições GeraisSeção II Dos Efeitos da FiançaSeção III Da Extinção da Fiança

CAPÍTULO XIX DA TRANSAÇÃOCAPÍTULO XX DO COMPROMISSO

TÍTULO VII DOS ATOS UNILATERAISCAPÍTULO I DA PROMESSA DE RECOMPENSACAPÍTULO II DA GESTÃO DE NEGÓCIOSCAPÍTULO III DO PAGAMENTO INDEVIDOCAPÍTULO IV DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA

TÍTULO VIII DOS TÍTULOS DE CRÉDITOCAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAISCAPÍTULO II DO TÍTULO AO PORTADORCAPÍTULO III DO TÍTULO À ORDEMCAPÍTULO IV DO TÍTULO NOMINATIVO

TÍTULO IX DA RESPONSABILIDADE CIVILCAPÍTULO I DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZARCAPÍTULO II DA INDENIZAÇÃO

TÍTULO X DAS PREFERÊNCIAS E PRIVILÉGIOS CREDITÓRIOS

LIVRO II DO DIREITO DE EMPRESA

TÍTULO I DO EMPRESÁRIOCAPÍTULO I DA CARACTERIZAÇÃO E DA INSCRIÇÃOCAPÍTULO II DA CAPACIDADE

TÍTULO II DA SOCIEDADECAPÍTULO ÚNICO DISPOSIÇÕES GERAIS

SUBTÍTULO I DA SOCIEDADE NÃO PERSONIFICADACAPÍTULO I DA SOCIEDADE EM COMUMCAPÍTULO II DA SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO

SUBTÍTULO II DA SOCIEDADE PERSONIFICADACAPÍTULO I DA SOCIEDADE SIMPLES

Seção I Do Contrato SocialSeção II Dos Direitos e Obrigações dos SóciosSeção III Da AdministraçãoSeção IV Das Relações com TerceirosSeção V Da Resolução da Sociedade em Relação a um SócioSeção VI Da Dissolução

CAPÍTULO II DA SOCIEDADE EM NOME COLETIVOCAPÍTULO III DA SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLESCAPÍTULO IV DA SOCIEDADE LIMITADA

Seção I Disposições PreliminaresSeção II Das Quotas

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Seção III Da AdministraçãoSeção IV Do Conselho FiscalSeção V Das Deliberações dos SóciosSeção VI Do Aumento e da Redução do CapitalSeção VII Da Resolução da Sociedade em Relação a Sócios MinoritáriosSeção VIII Da Dissolução

CAPÍTULO V DA SOCIEDADE ANÔNIMASeção Única Da Caracterização

CAPÍTULO VI DA SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕESCAPÍTULO VII DA SOCIEDADE COOPERATIVACAPÍTULO VIII DAS SOCIEDADES COLIGADASCAPÍTULO IX DA LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADECAPÍTULO X DA TRANSFORMAÇÃO, DA INCORPORAÇÃO, DA FUSÃO E DA CISÃO

DAS SOCIEDADESCAPÍTULO XI DA SOCIEDADE DEPENDENTE DE AUTORIZAÇÃO

Seção I Disposições GeraisSeção II Da Sociedade NacionalSeção III Da Sociedade Estrangeira

TÍTULO III DO ESTABELECIMENTOCAPÍTULO ÚNICO DISPOSIÇÕES GERAIS

TÍTULO IV DOS INSTITUTOS COMPLEMENTARESCAPÍTULO I DO REGISTROCAPÍTULO II DO NOME EMPRESARIALCAPÍTULO III DOS PREPOSTOS

Seção I Disposições GeraisSeção II Do GerenteSeção III Do Contabilista e outros Auxiliares

CAPÍTULO IV DA ESCRITURAÇÃO

LIVRO III DO DIREITO DAS COISAS

TÍTULO I DA POSSECAPÍTULO I DA POSSE E SUA CLASSIFICAÇÃOCAPÍTULO II DA AQUISIÇÃO DA POSSECAPÍTULO III DOS EFEITOS DA POSSECAPÍTULO IV DA PERDA DA POSSE

TÍTULO II DOS DIREITOS REAISCAPÍTULO ÚNICO DISPOSIÇÕES GERAIS

TÍTULO III DA PROPRIEDADECAPÍTULO I DA PROPRIEDADE EM GERAL

Seção I Disposições PreliminaresSeção II Da Descoberta

CAPÍTULO II DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVELSeção I Da UsucapiãoSeção II Da Aquisição pelo Registro do TítuloSeção III Da Aquisição por AcessãoSubseção I Das IlhasSubseção II Da AluviãoSubseção III Da AvulsãoSubseção IV Do Álveo AbandonadoSubseção V Das Construções e Plantações

CAPÍTULO III DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVELSeção I Da UsucapiãoSeção II Da OcupaçãoSeção III Do Achado do TesouroSeção IV Da TradiçãoSeção V Da EspecificaçãoSeção VI Da Confusão, da Comissão e da Adjunção

CAPÍTULO IV DA PERDA DA PROPRIEDADE

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CAPÍTULO V DOS DIREITOS DE VIZINHANÇASeção I Do Uso Anormal da PropriedadeSeção II Das Árvores LimítrofesSeção III Da Passagem ForçadaSeção IV Da Passagem de Cabos e TubulaçõesSeção V Das ÁguasSeção VI Dos Limites entre Prédios e do Direito de TapagemSeção VII Do Direito de Construir

CAPÍTULO VI DO CONDOMÍNIO GERALSeção I Do Condomínio Voluntário Subseção I Dos Direitos e Deveres dos Condôminos Subseção II Da Administração do CondomínioSeção II Do Condomínio Necessário

CAPÍTULO VII DO CONDOMÍNIO EDILÍCIOSeção I Disposições GeraisSeção II Da Administração do CondomínioSeção III Da Extinção do Condomínio

CAPÍTULO VIII DA PROPRIEDADE RESOLÚVELCAPÍTULO IX DA PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA

TÍTULO IV DA SUPERFÍCIE

TÍTULO V DAS SERVIDÕESCAPÍTULO I DA CONSTITUIÇÃO DAS SERVIDÕESCAPÍTULO II DO EXERCÍCIO DAS SERVIDÕESCAPÍTULO III DA EXTINÇÃO DAS SERVIDÕES

TÍTULO VI DO USUFRUTOCAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAISCAPÍTULO II DOS DIREITOS DO USUFRUTUÁRIOCAPÍTULO III DOS DEVERES DO USUFRUTUÁRIOCAPÍTULO IV DA EXTINÇÃO DO USUFRUTO

TÍTULO VII DO USO

TÍTULO VIII DA HABITAÇÃO

TÍTULO IX DO DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR

TÍTULO X DO PENHOR, DA HIPOTECA E DA ANTICRESECAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAISCAPÍTULO II DO PENHOR

Seção I Da Constituição do PenhorSeção II Dos Direitos do Credor PignoratícioSeção III Das Obrigações do Credor PignoratícioSeção IV Da Extinção do PenhorSeção V Do Penhor RuralSubseção I Disposições GeraisSubseção II Do Penhor AgrícolaSubseção III Do Penhor PecuárioSeção VI Do Penhor Industrial e MercantilSeção VII Do Penhor de Direitos e Títulos de CréditoSeção VIII Do Penhor de VeículosSeção IX Do Penhor Legal

CAPÍTULO III DA HIPOTECASeção I Disposições GeraisSeção II Da Hipoteca LegalSeção III Do Registro da HipotecaSeção IV Da Extinção da HipotecaSeção V Da Hipoteca de Vias Férreas

CAPÍTULO IV DA ANTICRESE

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LIVRO IV DO DIREITO DE FAMÍLIA

TÍTULO I DO DIREITO PESSOAL SUBTÍTULO I DO CASAMENTO

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAISCAPÍTULO II DA CAPACIDADE PARA O CASAMENTOCAPÍTULO III DOS IMPEDIMENTOSCAPÍTULO IV DAS CAUSAS SUSPENSIVASCAPÍTULO V DO PROCESSO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTOCAPÍTULO VI DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTOCAPÍTULO VII DAS PROVAS DO CASAMENTOCAPÍTULO VIII DA INVALIDADE DO CASAMENTOCAPÍTULO IX DA EFICÁCIA DO CASAMENTOCAPÍTULO X DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DO VÍNCULO CONJUGALCAPÍTULO XI DA PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS

SUBTÍTULO II DAS RELAÇÕES DE PARENTESCOCAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAISCAPÍTULO II DA FILIAÇÃOCAPÍTULO III DO RECONHECIMENTO DOS FILHOSCAPÍTULO IV DA ADOÇÃOCAPÍTULO V DO PODER FAMILIAR

Seção I Disposições GeraisSeção II Do Exercício do Poder FamiliarSeção III Da Suspensão e Extinção do Poder Familiar

TÍTULO II DO DIREITO PATRIMONIAL SUBTÍTULO I DO REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAISCAPÍTULO II DO PACTO ANTENUPCIALCAPÍTULO III DO REGIME DE COMUNHÃO PARCIALCAPÍTULO IV DO REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSALCAPÍTULO V DO REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQÜESTOSCAPÍTULO VI DO REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS

SUBTÍTULO II DO USUFRUTO E DA ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DE FILHOS MENORES

SUBTÍTULO III DOS ALIMENTOS SUBTÍTULO IV DO BEM DE FAMÍLIA

TÍTULO III DA UNIÃO ESTÁVEL

TÍTULO IV DA TUTELA E DA CURATELACAPÍTULO I DA TUTELA

Seção I Dos TutoresSeção II Dos Incapazes de Exercer a TutelaSeção III Da Escusa dos TutoresSeção IV Do Exercício da TutelaSeção V Dos Bens do TuteladoSeção VI Da Prestação de ContasSeção VII Da Cessação da Tutela

CAPÍTULO II DA CURATELASeção I Dos InterditosSeção II Da Curatela do Nascituro e do Enfermo ou Portador de Deficiência FísicaSeção III Do Exercício da Curatela

LIVRO V DO DIREITO DAS SUCESSÕES

TÍTULO I DA SUCESSÃO EM GERALCAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAISCAPÍTULO II DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO

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Curso de Direito - Parte Especial - Livro I - Do Direito das Obrigações - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 10 / 12

CAPÍTULO III DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIACAPÍTULO IV DA ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇACAPÍTULO V DOS EXCLUÍDOS DA SUCESSÃOCAPÍTULO VI DA HERANÇA JACENTECAPÍTULO VII DA PETIÇÃO DE HERANÇA

TÍTULO II DA SUCESSÃO LEGÍTIMACAPÍTULO I DA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIACAPÍTULO II DOS HERDEIROS NECESSÁRIOSCAPÍTULO III DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO

TITULO III DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIACAPITULO I DO TESTAMENTO EM GERALCAPÍTULO II DA CAPACIDADE DE TESTARCAPÍTULO III DAS FORMAS ORDINÁRIAS DO TESTAMENTO

Seção I Disposições GeraisSeção II Do Testamento PúblicoSeção III Do Testamento CerradoSeção IV Do Testamento Particular

CAPÍTULO IV DOS CODICILOSCAPÍTULO V DOS TESTAMENTOS ESPECIAIS

Seção I Disposições GeraisSeção II Do Testamento Marítimo e do Testamento AeronáuticoSeção III Do Testamento Militar

CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIASCAPÍTULO VII DOS LEGADOS

Seção I Disposições GeraisSeção II Dos Efeitos do Legado e do seu PagamentoSeção III Da Caducidade dos Legados

CAPÍTULO VIII DO DIREITO DE ACRESCER ENTRE HERDEIROS E LEGATÁRIOS

CAPÍTULO IX DAS SUBSTITUIÇÕESSeção I Da Substituição Vulgar e da Recíproca

Seção II Da Substituição FideicomissáriaCAPÍTULO X DA DESERDAÇÃOCAPÍTULO XI DA REDUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIASCAPÍTULO XII DA REVOGAÇÃO DO TESTAMENTOCAPÍTULO XIII DO ROMPIMENTO DO TESTAMENTOCAPÍTULO XIV DO TESTAMENTEIRO

TÍTULO IV DO INVENTÁRIO E DA PARTILHACAPÍTULO I DO INVENTÁRIOCAPÍTULO II DOS SONEGADOSCAPÍTULO III DO PAGAMENTO DAS DÍVIDASCAPÍTULO IV DA COLAÇÃOCAPÍTULO V DA PARTILHACAPÍTULO VI DA GARANTIA DOS QUINHÕES HEREDITÁRIOSCAPÍTULO VII DA ANULAÇÃO DA PARTILHA

LIVRO COMPLEMENTAR DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Estrutura dos encontros: LIVRO I DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Cada encontro aborda uma Seção (ou Capítulo) de determinado Título do livro I.Dado o fato que unicamente o estudo dos artigos do Código Civil não é suficiente para a geração da experiência necessária para o completo entendimento e solução dos problemas cotidianamente encontrados, o apoio da doutrina e da jurisprudência são sistematicamente buscados. Tal procedimento reflete-se na apresentação e interpretação de acórdãos pertinentes e na explicação de expressões e vocábulos jurídicos rotineiramente empregados, mas desacompanhados de definições claras e precisas.

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Via de regra, o encontro é composto pela teoria associada à Seção ou Capítulo do Título em estudo, exercício prático configurado na análise de recurso judicial pertinente ao tema e questões de incentivo ao raciocínio analítico (neste particular, questões que repousem primariamente na memorização de informações não são empregadas). Por exemplo, a seguinte questão faz apelo unicamente à memorização:

Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá durante o prazo irredutível de quanto tempo pela solidez e segurança do trabalho

A) Por dois anos;B) Por três anos;C) Por quatro anos;D) Por cinco anos;E) Nenhuma das respostas

(fonte: concurso para Juiz do Trabalho Substituto aplicada em 2006 pelo Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba).

Já a seguinte questão exige a utilização do raciocínio analítico na identificação da situação fática e posterior aplicação do dispositivo legal:

Paulo, João e Pedro, mutuários, contraíram empréstimo com Fernando, mutuante, tornando-se, assim, devedores solidários do valor total de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Fernando, muito amigo de Paulo, exonerou-o da solidariedade. João, por sua vez, tornou-se insolvente. No dia do vencimento da dívida, Pedro pagou integralmente o empréstimo. Considerando a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.

A) Pedro não poderá regredir contra Paulo para que participe do rateio do quinhão de João, pois Fernando o exonerou da solidariedade. B) Apesar da exoneração da solidariedade, Pedro pode cobrar de Paulo o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). C) Ao pagar integralmente a dívida, Pedro se sub-roga nos direitos de Fernando, permitindo-se que cobre a integralidade da dívida dos demais devedores. D) Pedro deveria ter pago a Fernando apenas R$ 2.000,00 (dois mil reais), pois a exoneração da solidariedade em relação a Paulo importa, necessariamente, a exoneração da solidariedade em relação a todos os codevedores.

(fonte: Primeira fase do exame XX da Ordem dos Advogados do Brasil aplicada pelo FGV Projetos).

Sob enfoque da aprendizagem, a primeira questão possui resposta trivial, bastando o conhecimento (memorização) do conteúdo de determinado artigo do código civil (no caso, o artigo 618). Sob enfoque da prática profissional, a informação é irrelevante, pois apresenta-se descontextualizada e sem relacionamentos com outros elementos como exigido em uma narrativa de fatos em que seja significativa.

Por outro lado, a segunda questão retrata um contexto fático com seus elementos devidamente relacionados e verossimilhança com situações reais. Para respondê-la, é necessário conhecimento dos institutos da solidariedade, da insolvência e da sub-rogação de direitos de credor (adimplemento e extinção das Obrigações).

A Teoria na Prática NÃO é outra

A teoria sobre determinado ramo do conhecimento representa uma modelagem abstrata voltada para o entendimento dos fenômenos empíricos e, necessariamente, compatível com as aplicações práticas. O quê ocorre na maioria das vezes é que procedimentos são memorizados e aplicados acriticamente, gerando erros pela falta de conhecimento e experiência das pessoas envolvidas.

Os conteúdos apresentados neste website focam o desenvolvimento de habilidades que incentivam o domínio teórico associada à correta identificação e controle das situações empíricas. Para atingir tal objetivo, a devida importância é atribuída aos elementos de natureza processual que norteiam as aplicações das regras contidas no Direito Civil. Por exemplo, a teoria da substanciação está presente no artigo 319, inciso III, do atual Código de Processo Civil: "A petição inicial indicará o fato e os fundamentos jurídicos do pedido". Ora, a narrativa do fato ou fatos não deve apenas ser fiel à verificação empírica, mas deve ser planejada e organizada de modo a estar espelhada nos fundamentos jurídicos. Tal tarefa não é trivial, pois

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Curso de Direito - Parte Especial - Livro I - Do Direito das Obrigações - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 12 / 12

o pensamento crítico aliado a melhor técnica jurídica de análise e a experiência apurada estão entre seus requisitos. Por outro, o desenvolvimento da experiência apurada não pode ficar dependente da contingência cotidiana, mas pode e deve ser desenvolvida por meio do intelecto na análise e compreensão das experiências documentadas de profissionais da área jurídica. O estudo de decisões judiciais, em especial os acórdãos publicamente disponibilizados pelos Tribunais, se ajusta nessa necessidade e integra o Direito Processual ao Direito Civil na proporção requerida para o claro domínio das regras neste contidas.

A estrutura do direito patrimonial associada ao uso das tecnologias da informação

O direito patrimonial apresenta uma estrutura binária de seus elementos que se propaga na hipótese de solução contenciosa dos conflitos. Ao credor se opõe o devedor; na ação, aos fatos deve corresponder a fundamentação jurídica; aos pedidos opõem-se a impugnação, e assim sucessivamente.

Na área da Administração e Controle de Qualidade é conhecido o Diagrama de Ishikawa, uma ferramenta altamente eficaz utilizada em ações de melhoria e controle de qualidade. O diagrama consiste na representação gráfica da causa de um problema e o correspondente efeito. Pelo agrupamento e visualização das várias causas que estão na origem de qualquer disputa ou de um processo que se pretende acompanhar analiticamente, a ferramenta pode ser facilmente adaptada para o âmbito jurídico como se mostra na representação a seguir:

Diagrama de Ishikawa aplicado ao Direito

A motivação principal para adoção do Diagrama de Ishikawa no contexto do estudo do Direito Patrimonial é incentivar fortemente a identificação dos elementos relevantes na doutrina, jurisprudência e regramentos legais no contexto de determinada disputa judicial.

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