curso de atualizaÇÃo em cardiologia para o mÉdico do trabalho – amimt belo horizonte,26 de...

63
CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE LABORATIVA Julizar Dantas

Upload: internet

Post on 22-Apr-2015

121 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT

Belo Horizonte,26 de junho de 2010

ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE LABORATIVA

Julizar Dantas

Page 2: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

DECLARAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE

• Declaro não ter conflito de interesses.

• Currículo Lattes no site CNPQ (Plataforma Lattes)

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4434590A5

Julizar Dantas

Page 3: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

AVANÇOSTECNOLÓGICOS

MODELOS DE GESTÃO

REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA

ORGANIZAÇÃO DOTRABALHO

ATIVIDADE DE TRABALHO

Carga de trabalho

Física Psíquica

Cognitiva

Desgaste Estresse

Adoecimento

DANTAS, J. Trabalho e Coração Saudáveis. Aspectos psicossociais. Impactos na promoção da saúde. Belo Horizonte: Ergo, 2007.

Page 4: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

DEPRESSÃODOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS

VIDA SEDENTÁRIAOBESIDADE

Hipertensão arterial

DCV

DANTAS, J. Trabalho e Coração Saudáveis. Aspectos psicossociais. Impactos na promoção da saúde. Belo Horizonte: ERGO Editora, 2007.

Page 5: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL COM DOWNSIZING E MORTALIDADE CARDIOVASCULAR

Estudo prospectivo (7,5 anos) em 22.430 empregados públicos

0

0,5

1

1,5

2

Dimensão da downsizing

Nenhuma Média Grande

RR

VAHTERA, J. et al. Organizational downsizing, sickness absence and mortality: the 10-town prospective cohort study. British Medical Journal, London, v.328, p.555–7, 2004.

Page 6: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO
Page 7: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

ESTUDO DA MORTALIDADE EM BOMBEIROS NOS EUA,

• DCV: 45% das 1.144 mortes ocorridas em ação (1994 a 2004). • Doença coronariana: 449 (39%) mortes:

– Combate a incêndio – 32,1%;– Resposta ao alarme – 13,4%;– Retorno à base após um alarme – 17,4%;– Treinamento físico – 12,5%;– Resposta a outras emergências – 9,4%;– Realização de atividades não-emergenciais – 15,4%.

• Conclusão: Os autores concluíram que o risco de morte por

doença coronariana durante as ações de emergência é

substancialmente mais alto em comparação com outras atividades

não-emergenciais.

KALES, S.N. et al. Emergency Duties and Deaths from Heart Disease among Firefighters in the United States. New England Journal of Medicine, v.356, n.12, p.1207-1215, 2007.

Page 8: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

World Health Organization. World health statistics, 2008. Disponível em:

<http://www.who.int/whosis/whostat/EN_WHS08_Full.pdf> Acesso em: 23 out. 2008.

Page 9: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

• Importância• BRASIL – 32,2 dos óbitos• Diferenças regionais• Contribuição da Medicina do Trabalho• Promoção da saúde

Page 10: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS DEFINIDAS - BRASIL 2005

14,5%

11,1%

5,3%

14,5%

16,7%

32,2%

5,7%

Aparelho circulatório CâncerCausas externas Aparelho respiratórioAparelho digestivo Infecciosas e parasitáriasOutros

Page 11: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

148

150

152

154

156

158

160

162

164

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Figura 33.1 - Evolução da Taxa de Mortalidade por 100.000 habitantes.Doenças do Aparelho Circulatório, no Brasil – 1997 a 2006.

Page 12: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

Região Doença cerebrovascular

Doença isquêmica do coração

Outras doenças do aparelho circulatório

Total

1997 2006 1997 2006 1997 2006 1997 2006

Brasil 51,4 51,7 46,1 48,5 58,8 61,9 156,4 162,1

Norte 24,7 30,7 15,5 19,4 23,6 28,4 63,9 78,5

Nordeste 34,3 51,7 23,4 38,7 37,4 56,3 95,1 146,7

Sudeste 64,0 55,2 62,8 58,3 77,3 72,5 204,1 185,9

Sul 66,1 58,8 63,9 59,4 64,8 61,5 194,8 179,7

Centro-oeste 40,4 40,0 30,0 38,9 56,4 59,0 126,9 137,9

Tabela 33.1 - Taxa de mortalidade específica por doenças do aparelho circulatório por 100.000 habitantes, Brasil – 1997 e 2006.

Page 13: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO

RELACIONADAS COM O TRABALHO

Page 14: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DE SCHILLING

Grupo I: doenças em que o trabalho é causa

necessária, tipificadas pelas "doenças profissionais",

strictu sensu, e pelas intoxicações profissionais agudas.

Ex.: IAM após exposição ao monóxido de carbono;

hipertensão arterial na intoxicação aguda pelo mercúrio.

MENDES, R. Conceito de patologia do trabalho. In: MENDES, R. Patologia do trabalho. 2.ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2003. cap.31, p.47-92.

Page 15: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

Grupo II: doenças em que o trabalho pode ser fator de

risco, contributivo, mas não necessário, exemplificadas

por todas as doenças "comuns", mais freqüentes ou

mais precoces em determinados grupos ocupacionais.

Nesse caso, o nexo causal é de natureza

eminentemente epidemiológica.

Ex.: hipertensão arterial em controladores de tráfego

aéreo e em motoristas de ônibus urbanos.

MENDES, R. Conceito de patologia do trabalho. In: MENDES, R. Patologia do trabalho. 2.ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2003. cap.31, p.47-92.

Page 16: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

Grupo III: doenças em que o trabalho é provocador de

um distúrbio latente, ou agravo à doença já estabelecida

ou pré-existente. MENDES, R. Conceito de patologia do trabalho. In: MENDES, R. Patologia do trabalho. 2.ed. Rio de Janeiro:

Atheneu, 2003. cap.31, p.47-92.

Ex.: IAM após episódio de intenso estresse psicológico

relacionado ao trabalho e IAM ou Edema agudo dos

pulmões em portadores de cardiopatia, submetidos a

atividades ocupacionais com esforço físico vigoroso (≥ 8

MET/min. ou Escala de Borg ≥ 15 ou FC ≥ 85% da FC máxima).

Page 17: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO

Doenças Agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional

Hipertensão Arterial (I10.-)

Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro 8)

Exposição ocupacional ao Ruído (Z57.0; X42.-) (Quadro 21)

Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego (Z56.-)

Angina Pectoris (I20.-)

Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5) (Quadro 17.1) Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)(Quadro 19) Nitroglicerina e outros ésteres do ácido nítrico (X49.-;

Z57.5) Problemas relacionados com o emprego e com o

desemprego (Z56.-)

Infarto Agudo do Miocárdio (I21.-)

Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5) (Quadro 17.1) Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)(Quadro 19) Nitroglicerina e outros ésteres do ácido nítrico (X49.-;

Z57.5) Problemas relacionados com o emprego e com o

desemprego (Z56.-)

Cor Pulmonale SOE ou Doença Cardio-Pulmonar Crônica (I27.9)

Complicação evolutiva das pneumoconioses graves, principalmente Silicose (Z57.2) (Quadro 18)

Page 18: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO

Doenças Agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional Placas epicárdicas ou pericárdicas (I34.8)

Asbesto ou Amianto (W83.-; Z57.2) (Quadro 2)

Parada Cardíaca (I46.-)

Derivados halogenados dos hidrocarbonetos alifáticos (X46.-) (Quadro 13)

Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5) (Quadro 17.1) Outros agentes potencialmente causadores de arritmia

cardíaca (Z57.5)

Arritmias cardíacas (I49.-)

Arsênio e seus compostos arsenicais (X49.-; Z57.5) Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro

8) Derivados halogenados dos hidrocarbonetos alifáticos (X46.-;

Z57.5) (Quadro 13) Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro

16) Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5) (Quadro 17.1) Agrotóxicos organofosforados e carbamatos (X48; Z57.4) Exposição ocupacional a Cobalto (X49.-; Z57.5) Nitroglicerina e outros ésteres do ácido nítrico (X49.-; Z57.5) Problemas relacionados com o emprego e com o

desemprego (Z56.-)

Page 19: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

Doenças Agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional Ateroesclerose (I70.-) e Doença Ateroesclerótica do Coração (I25.1)

Sulfeto de carbono (X49.-; Z57.5)(Quadro 19)

Síndrome de Raynaud (I73.0)

Cloreto de vinila (X46.-; Z57.5)(Quadro 13) Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro 22) Trabalho em baixas temperaturas (frio) (W93.-; Z57.6)

Acrocianose e Acroparestesia (I73.8)

Cloreto de vinila (X46.-; Z57.5) (Quadro 13) Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Quadro 22) Trabalho em baixas temperaturas (frio) (W93.-; Z57.6)

DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO

Page 20: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

ATEROSCLEROSE

DOENÇA

CARDIOVASCULAR

IDADE

HEREDITARIEDADE

SEXO MASCULINO HIPERTENSÃO

ARTERIAL

OBESIDADE DIETA ATEROGÊNICA

DISLIPIDEMIAS

ESTRESSE

FUMO

OUTROS

HOMOCISTEÍNA

VIDA SEDENTÁRIA

DIABETES

FATORES DE RISCO

INFLAMAÇÃO

Dantas, J. Trabalho e Coração Saudáveis. Aspectos psicossociais. Impactos na promoção da saúde. Belo Horizonte, ERGO Editora, 2007.

Page 21: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO

CARDIOVASCULAR

Page 22: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

SÍNDROME METABÓLICA*

COMPONENTES NÍVEIS

Obesidade abdominal Circunferência abdominal

> 102cm - Homens

> 88cm – Mulheres

Triglicérides 150mg/dl

HDL colesterol < 40mg/dl – Homens

< 50mg/dl – Mulheres

Pressão arterial PAS 130 ou PAD 80mmHg

Glicemia (jejum) 110mg/dl

* Combinação de, pelo menos, três componentes.

FONTE: National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III)

Page 23: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

Obesidade abdominal medida pela circunferência abdominal

Brancos de origem européia e negros ≥ 94 cm

Sul-asiáticos, ameríndios e chineses ≥ 90 cm

o Homens

Japoneses ≥ 85 cm

Brancas de origem européia, negras, sul-

asiáticas, ameríndias e chinesas

≥ 80 cm

o Mulheres

Japonesas ≥90 cm

Triglicérides ≥ 150mg/dl ou tratamento para hipertrigliceridemia

Homens < 40mg/dl

Colesterol-HDL

Mulheres < 50mg/dl

Pressão arterial

Sistólica

Diastólica

≥ 130mmHg ou

≥ 85mmHg

Glicemia de jejum ≥ 100mg/dL ou tratamento para diabetes

O diagnóstico requer a presença de obesidade abdominal (condição

essencial) em combinação com pelo menos dois dos outros quatro componentes.

SÍNDROME METABÓLICACRITÉRIO INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION - IDF

INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION. The IDF consensus worldwide definition of the metabolic syndrome. 2006. Disponível em: http://www.idf.org/webdata/docs/IDF_Meta_def_final.pdf Acesso em: 31 mai 2007.

Page 24: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

PRÉ-EVENTO

Informações indispensáveis:

Idade SexoColesterol total/HDL/LDL Pressão Arterial Tabagismo Diabetes mellitus

Exames:

Colesterol total e fracionado;Glicemia

ESTRATIFICAÇÃO DO RISCOESCORE DE FRAMINGHAM

Page 25: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

ESCORE DE FRAMINGHAM

Page 26: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

PRÉ-EVENTO

Informações indispensáveis:

Idade SexoColesterol total/HDL/LDL Pressão Arterial Tabagismo Diabetes mellitus

Exames:

Colesterol Fracionado Glicemia

ESCORE DE FRAMINGHAM

(ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO)

<10% 10-20% >20%

BAIXO MÉDIO

ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO

DIABETES

ALTO

Page 27: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

SÍNDROME METABÓLICA X ESCORE DE FRAMINGHAM

• Superposição:

– pressão arterial e o colesterol HDL.

– A glicemia em jejum alterada ou o diagnóstico de diabetes são

componentes importantes em ambos.

• Síndrome metabólica: triglicérides e a circunferência abdominal.

• Escore de Framingham: fumo, colesterol total/LDL

Acreditamos que os dois instrumentos são

complementares e úteis na avaliação do risco

cardiometabólico.

Page 28: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

RISCO CARDIOVASCULAR (ESCORE DE FRAMINGHAM )

REGAP - 01/01/2008 A 31/12/2008

0,6%17,1%

82,3%

Alto

Médio

Baixo

Page 29: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO ENTRE OS TRABALHADORES DE UMA REFINARIA DE PETRÓLEO, 2006.

FATORES DE RISCO PREVALÊNCIA (%)

Homens Mulheres Total

Pressão arterial (PA) ≥ 140/90mmHg 2,7 1,0 2,6

PA sistólica ≥ 140mmHg 12,1 6,3 11,5

PA diastólica ≥ 90mmHg 16,2 7,3 15,3

Hipertensão arterial (Diagnóstico) 16,9 18,8 17,0

Colesterol ≥ 200mg/dL 52,7 40,4 51,5

Colesterol ≥ 240mg/dL 18,8 14,6 18,4

Triglicérides ≥ 150mg/dL 43,4 13,2 40,4

Triglicérides > 200mg/dL 25,4 4,4 23,4

Page 30: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO ENTRE OS TRABALHADORES DE UMA REFINARIA DE PETRÓLEO, 2006.

FATORES DE RISCO PREVALÊNCIA (%)

Homens Mulheres Total

Glicemia ≥100 ≤ 110mg/dL 8,0 4,3 7,7

Glicemia >110mg/dL 4,3 2,2 4,1

Diabetes mellitus (Diagnóstico) 3,0 1,2 2,9

Vida sedentária 35,1 35,4 35,2

IMC ≥ 25 ≤ 30kg/m2 46,6 28,3 43,9

IMC > 30kg/m2 19,8 8,7 18,6

IMC ≥ 25kg/m2 66,4 37,0 62,5

Cintura abdominal > 102 cm 27,9 - -

Cintura abdominal > 88 cm - 15,8 -

Page 31: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

PROJETO CORAÇÕES DO BRASIL SBC, 2006

Page 32: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

PROJETO CORAÇÕES DO BRASILSBC - 2006

FATORES DE RISCO PREVALÊNCIA (%)

Homens Mulheres Total

Fumo 28,0 20,5 24,2

Pressão arterial >140/90mmHg 35,2 22,6 28,5

Pressão arterial sistólica =>140mmHg - - 29,2

Pressão arterial diastólica =>90mmHg - - 20,2

Colesterol >200mg/dl 21,9 21,4 21,6

Triglicérides >200mg/dl 17,8 10,5 13,9

Glicemia capilar =>100 =<110mg/dl 11,4 5,0 8,0

Glicemia capilar >110mg/dl 9,5 8,6 9,0

Vida sedentária - - 83,5

IMC =>25 =<30kg/m2 40,9 30,5 35,4

IMC >30kg/m2 18,0 26,5 22,5

Cintura abdominal >102cm 9,6 - -

Cintura abdominal >88cm - 25,7 -

Page 33: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE LABORATIVAAPÓS EVENTO CARDIOVASCULAR

Incapacidade laborativa é a impossibilidade de

desempenhar as funções específicas de uma atividade

ou ocupação, em consequência de alterações

morfopsicofisiológicas provocadas por doença ou

acidente.

Brasil. . INSS, 2002 Instituto Nacional do Seguro Social. Manual de Perícia Médica da Previdência Social – Versão 2.

Page 34: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

INCAPACIDADE LABORATIVA

A incapacidade laborativa pode ser parcial ou total,

temporária ou de duração indefinida, uniprofissional,

multiprofissional ou omniprofissional, que implica na

impossibilidade do desempenho de toda e qualquer

atividade laborativa.

Brasil. . INSS, 2002 Instituto Nacional do Seguro Social. Manual de Perícia Médica da Previdência Social – Versão 2.

Page 35: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

INVALIDEZ

A invalidez é a incapacidade laborativa total, indefinida e

multiprofissional, insuscetível de recuperação ou

reabilitação profissional, que corresponde à

incapacidade geral de ganho, em consequência de

doença ou acidente.

Brasil. . INSS, 2002 Instituto Nacional do Seguro Social. Manual de Perícia Médica da Previdência Social – Versão 2.

Page 36: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE LABORATIVAAPÓS EVENTO CARDIOVASCULAR

•INFORMAÇÕES CLÍNICAS NECESSÁRIAS:

Exame clínico - Anamnese

- Exame físico

Estratificação do risco cardiovascular

Exames complementares

Page 37: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

Propicia informações essenciais para a

avaliação da capacidade laborativa do

trabalhador com de doença cardiovascular. • Sintomas (repouso e esforço) • Síncope durante ou imediatamente após o esforço,• Dor torácica e dispnéia inexplicável ou

desproporcional ao grau de esforço físico realizado.

EXAME CLÍNICO

Page 38: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

• História patológica pregressa− DAC, AVC− hipertensão arterial− doença de Chagas

• Fatores de risco cardiovascular

EXAME CLÍNICO

Page 39: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

• Trabalho em turnos e noturnos

• Exposição ocupacional

− Risco químico

− Temperaturas extremas

− Ruído, vibrações

• Estresse e desgaste no trabalho

• História pregressa ocupacional

ANAMNESE OCUPACIONAL

Page 40: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

INCAPACIDADE TEMPORÁRIA

Hipertensão arterial, estágio 2 (PAS ≥ 160 < 180 ou PAD ≥

100 < 110 mmHg) – ATIVIDADES CRÍTICAS

Hipertensão arterial, estágio 3 (PAS ≥ 180 ou PAD ≥ 110

mmHg) – TRABALHO COM ATIVIDADE FÍSICA VIGOROSA

Urgências e emergências hipertensivas devem ser tratadas

imediatamente e são condições incapacitantes temporárias

para o trabalho.

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 41: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

Exame clínico

A classificação funcional (NYHA)

ainda é de muita utilidade. -Valor prognóstico

-Avaliação terapêutica.

Bocchi EA et al. III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca

Crônica. Arq Bras Cardiol 2009; 93(1 supl.1):1-71.

INFORMAÇÕES CLÍNICAS NECESSÁRIAS

Page 42: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (NYHA)

CLASSE I: pacientes portadores de doença cardíaca

sem limitação da atividade física.

A atividade física normal não provoca sintomas...

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. II Diretriz Brasileira de Cardiopatia grave. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.87, n° 2, 2006.

Page 43: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (NYHA)

CLASSE II: pacientes portadores de doenças

cardíacas com leve limitação da atividade física.

Estes pacientes sentem-se bem em repouso,

porém os grandes esforços provocam fadiga, dispneia,

palpitações ou angina de peito;

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. II Diretriz Brasileira de Cardiopatia grave. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.87, n° 2, 2006.

Page 44: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (NYHA)

CLASSE III: pacientes portadores de doença cardíaca com nítida

limitação da atividade física.

Estes pacientes sentem-se bem em repouso, embora

acusem fadiga, dispnéia, palpitações ou angina de peito, quando

efetuam pequenos esforços;

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. II Diretriz Brasileira de Cardiopatia grave. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.87, n° 2, 2006.

Page 45: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (NYHA)

CLASSE IV: pacientes portadores de doença

cardíaca que os impossibilita de qualquer atividade

física.

Estes pacientes, mesmo em repouso,

apresentam dispneia, palpitações, fadiga ou angina

de peito.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. II Diretriz Brasileira de Cardiopatia grave. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.87, n° 2, 2006.

Page 46: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO

A constatação da presença de doença aterosclerótica significativa ou seus equivalentes indica alto risco cardiovascular (> 20% em 10 anos de apresentar infarto ou morte por doença coronária):

• DAC manifesta atual ou prévia (angina estável, isquemia silenciosa, síndrome coronária aguda ou cardiomiopatia isquêmica);

• doença arterial cérebrovascular (AVC isquêmico ou AIT);

• doença aneurismática ou estenótica de aorta abdominal ou seus ramos;

• doença arterial periférica;

• doença arterial carotídea (estenose maior ou igual a 50%);

• diabetes tipo 1 ou 2.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Departamento de Aterosclerose. IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.88, supl. I, 2007.

Page 47: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

LEVE MODERADA GRAVE

LIMITAÇÃO FUNCIONAL

CRÍTICA

TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS

≥ 600 m ≥ 450 < 600 m ≥ 300 < 450 m < 300 m

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 48: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS

A distância caminhada menor que 520 metros

identificou os pacientes com maior probabilidade de

óbito.

Rubim, VSM; Drumond Neto C; Romeo JLM; Montera MW. Valor Prognóstico do Teste de Caminhada de Seis Minutos na Insuficiência Cardíaca. Arq Bras Cardiol 2006; 86(2):120-125.

Page 49: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

LEVE MODERADA GRAVE

LIMITAÇÃO FUNCIONAL

CRÍTICA

TESTE ERGOMÉTRICO OU ERGOESPIROMETRIAV02 máx. > 5 METs

(> 17,5 ml/kg/min.)

Isquemia e/ou

V02 máx. ≤ 5 METs

(≤ 17,5 ml/kg/min.)

V02 máx.

< 10 ml/kg/min.

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 50: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CAPACIDADE AERÓBICA

A presença de VO2 máx. < 17,5 mL/kg/min ou 5 METs

(incapacidade para andar rápido por mais de 30

minutos) é um fator de mau prognóstico em portadores

de DAC.

Myers J et al. Exercise capacity and referred for exercise testing. N Engl J Med 2002; 346(11):793-801.

Page 51: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

LEVE MODERADA GRAVE

LIMITAÇÃO FUNCIONAL

CRÍTICA

BNP ou NT-proBNP BNP <100 pg/mL

NT-proBNP < 400 pg/mL

BNP 100 - 400 pg/mLNT-proBNP 400 - 2.000pg/mL

BNP > 400 pg/mLNT-proBNP >2.000 pg/mL

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 52: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

• Para pacientes em classe funcional III ou IV, os valores

de NT-proBNP identificados como preditores de

mortalidade são sempre superiores a 1.000 pg/ml.

• Valores acima 6.000 pg/ml são um forte indicador de

necessidade de avaliação para a possibilidade de

transplante cardíaco.

Pereira-Barretto AC; Oliveira Junior MT; Strunz CC, Del Carlo CH; Scipioni AR;

Ramires JAF. O Nível Sérico de NT-proBNP é um Preditor Prognóstico em Pacientes

com Insuficiência Cardíaca Avançada. Arq Bras Cardiol 2006; 87(2):174-177.

Page 53: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

LEVE MODERADA GRAVE

LIMITAÇÃO FUNCIONAL

CRÍTICA

ECODOPPLERCARDIOGRAMA

(Fração de Ejeção VE – FEVE)FEVE > 35% FEVE: 25 – 35% FEVE < 25%

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 54: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

ECODOPPLERCARDIOGRAMA

• A fração de ejeção (FEVE) permite diferenciar os tipos

de insuficiência cardíaca, sistólica e diastólica,

propiciando informações e parâmetros necessários para

a decisão terapêutica e o prognóstico (Bocchi et al,

2009).

• No Brasil, constatou-se boa correlação entre a classe

funcional (NYHA), o VO2 máximo e a FEVE em

pacientes com cardiomiopatia chagásica (Mady et al,

2005).

Page 55: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

RISCO CRÍTICO

RISCO ALTO

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCOPÓS-EVENTO CARDIOVASCULAR

GRAVE

Diretriz de Reabilitação Cardiorespiratoria e GISSI3

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 56: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PÓS-EVENTO CARDIOVASCULAR

ALTO* GRAVE CRÍTICO

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (NYHA)

Classes I e II Classe III Classe IV

ECODOPPLERCARDIOGRAMA(fração de ejeção VE – FEVE)

FEVE > 35% FEVE: 25 - 35% FEVE < 25%

BNP ou NT-proBNP

BNP <100 pg/mLNT-proBNP < 400 pg/mL

BNP 100 - 400 pg/mLNT-proBNP 400 - 2.000 pg/mL

BNP > 400 pg/mLNT-proBNP > 2.000 pg/mL

TESTE ERGOMÉTRICO ou ERGOESPIROMETRIA

V02 máx. > 17,5 ml/kg/min.

(5 METs)

Isquemia e

V02 máx. ≤ 17,5 ml/kg/min.

(5 METs)

V02 máx. < 10 ml/kg/min.

TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS

> 450 m 300 – 450 m < 300 m

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 57: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

DISFUNÇÃO VE CRÍTICA

O comprometimento cardíaco em estágio crítico é observado em pacientes

com insuficiência cardíaca refratária ou doença isquêmica com angina

refratária sem possibilidade de revascularização.

– FEVE < 25%

– VO2 máximo < 10 mL/kg/min

– Teste de caminhada de seis minutos < 300 m;

– Classe funcional III/IV (NYHA) persistente.

São, ao lado de manter-se sintomático, alguns dos critérios utilizados para

indicação de transplante cardíaco.

Bacal F, Souza-Neto JD, Fiorelli AI, Mejia J, Marcondes-Braga FG, Mangini S, et al.II Diretriz

Brasileira de Transplante Cardíaco. Arq Bras Cardiol 2009; 94(1 supl.1):e16-e73.

Page 58: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CONDUTAS ADMINISTRATIVAS

As doenças cardiovasculares são causa frequente de

aposentadoria precoce, ocupando um lugar relevante

entre as enfermidades determinantes de

incapacidade laboral definitiva.

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 59: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CONDUTAS ADMINISTRATIVAS

O trabalhador classificado no grau de risco alto,

classe funcional I, apresentando teste ergométrico

sem alterações isquêmicas, capacidade aeróbica e

FEVE normais está apto para a maioria das funções,

incluindo a exigência de esforço físico.

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 60: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CONDUTAS ADMINISTRATIVAS

O trabalhador classificado no grau de risco alto,

classe funcional II, sem alterações isquêmicas,

capacidade aeróbica > 5 METs e FEVE 36 a 50% está

apto para funções que não exijam esforço físico

intenso.

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 61: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CONDUTAS ADMINISTRATIVAS

O trabalhador classificado no grau de risco grave

indica inaptidão para a maioria das funções. – Eventualmente, o trabalhador (NYHA III, evoluindo estável)

pode exercer atividades administrativas, após avaliação

cardiológica com relatório favorável e concordância do

trabalhador, desde que a carga de trabalho de natureza física

e psíquica sejam compatíveis com a sua capacidade

funcional.

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 62: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

CONDUTAS ADMINISTRATIVAS

O trabalhador classificado no grau de risco crítico

está inapto para todas as funções.

Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010cap.31, (no prelo).

Page 63: CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA PARA O MÉDICO DO TRABALHO – AMIMT Belo Horizonte,26 de junho de 2010 ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO

Obrigado!Julizar Dantas

[email protected]@cardiol.br

Av. Prof. Alfredo Balena, 189/607 – Santa Efigênia - BH32222851 - 32243228