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Terapêutica na Diabetes Terapêutica na Diabetes

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Page 1: Curso 50 ic

Terapêutica na Diabetes

Terapêutica na Diabetes

Page 2: Curso 50 ic
Page 3: Curso 50 ic

Prevalência da Diabetes

•A Prevalência da Diabetes em Portugal é de 12,7% na população

adulta.

Page 4: Curso 50 ic

Diabetes

• Conjunto de doenças metabólicas que tem em comum a existência de hiperglicemia por: – Insuficiente produção de insulina – Insuficiente acção de insulina – Ambos os defeitos

Page 5: Curso 50 ic

Olhos (retinopatia, glaucoma,

catarata)

Circulação Cerebral (AIT, AVC)

Circulação Cardíaca e Coronária (angina, EAM, ICC) Rins

(nefropatia, doença renal terminal)

Sistema Nervoso Periférico

(neuropatia periférica) Sistema Vascular Periférico (doença vascular periférica, gangrena, amputação)

Danos Tecidulares em múltiplos sistemas conduzem a graves complicações a longo-prazo na DMT2

Adaptado de International Diabetes Federation. Complications. Disponível em: http://www.eatlas.idf.org/complications.

Page 6: Curso 50 ic

Retinopatia

Diabética

Causa

principal de

cegueira em

adultos de

meia-idade1

Nefropatia

Diabética

Causa principal de

Insuficiência renal

crónica2

Doença

Cardiovascular

AVC

Aumento do risco de AVC de 1.2 a 1.8 vezes3

Neuropatia

Diabética

Amputação dos

membros

inferiores5Causa

principal não-

traumática

75% dos

doentes

diabéticos

morrem por

eventos CV4

Diabetes: Complicações “Major” e Impacto na

Saúde

1Fong DS, et al. Diabetes Care 2003; 26 (Suppl. 1):S99–S102. 2Molitch ME, et al. Diabetes Care 2003; 26 (Suppl. 1):S94–S98. 3Kannel WB, et al. Am Heart J 1990; 120:672–676. 4Gray RP & Yudkin JS. In Textbook of Diabetes 1999. 5Mayfield JA, et al.

Diabetes Care 2003; 26 (Suppl. 1):S78–S79.

Page 7: Curso 50 ic

Tipos de Diabetes (i)

Diabetes Tipo 1

A Diabetes Tipo 1, antigamente conhecida como Diabetes Insulino-Dependente, é mais rara (não

chegando a 10% do total) e atinge, na maioria das vezes, crianças ou jovens, podendo também

aparecer em adultos e até em idosos.

A causa da Diabetes Tipo 1 é a falta de insulina associada a uma destruição quase total das células

produtoras de insulina, por agressão imunológica, não estando directamente relacionada com hábitos

de vida ou de alimentação, ao contrário do que acontece na Diabetes Tipo 2.

Diabetes Tipo 2

A Diabetes Tipo 2, antigamente conhecida como Diabetes Não Insulino-Dependente, ocorre em

indivíduos que herdaram uma predisposição para a Diabetes e que, devido a factores ambientais,

entre os quais os hábitos de vida, como a alimentação hipercalórica e o sedentarismo, e por vezes o

“stress”, vêm a sofrer de Diabetes quando adultos. É o tipo de diabetes mais frequente (mais de 90%

dos casos).

As pessoas com diabetes tipo 2 têm frequentemente insulinorresistência (o que conduz a maiores

necessidades de insulina). O excesso de gordura, sobretudo abdominal, contribui para esta

insulinorresistênciae, associado a defeitos de produção de insulina, levam ao aumento da glicemia.

Page 8: Curso 50 ic

Controlo e Tratamento da Diabetes (i)

Controlo da Diabetes

A Diabetes controlada significa ter níveis de açúcar no sangue dentro de certos limites, o mais

próximos possível da normalidade. O médico, atendendo a vários factores (idade, tipo de vida,

actividade, existência de outras doenças,...), define que valores de glicemia (açúcar no sangue)

cada pessoa deve ter em jejum e depois das refeições.

O melhor modo de saber se uma pessoa com Diabetes tem a diabetes controlada é efectuar testes

de glicemia capilar (através da picada no dedo para medir o “açúcar no sangue”) diariamente e

várias vezes ao dia, antes e depois das refeições. Se os valores estiverem dentro dos limites que o

médico indicou, então a Diabetes está controlada.

O método mais habitual para avaliar o estado de controlo da Diabetes é a determinação da

hemoglobina A1c. É uma análise ao sangue que pode fornecer uma visão global de como está a

compensação da Diabetes nos últimos três meses e se necessita de uma “afinação” no respectivo

tratamento. Normalmente uma pessoa bem controlada tem um valor inferior a 6,5%, embora sejam

aceitáveis valores inferiores a 7%. No entanto o valor a atingir deve ser individualizado de acordo

com a idade, os anos de diabetes e as complicações existentes.

Dada a frequente associação da Diabetes com a hipertensão arterial e o colesterol elevado, que

podem agravar as suas complicações, o controlo destes dois factores de risco faz parte integrante

do controlo da Diabetes.

Page 9: Curso 50 ic
Page 10: Curso 50 ic

Estudo ADAG :” Tradução da HB A1c

para Glicemia Média estimada

GM e

HbA1c (%) (mg/dl) (mmol/l)_

5 97 5.4

6 126 7.0

7 154 8.6

8 183 10.2

9 212 11.8

10 240 13.4

http://professional.diabetes.org/GlucoseCalculator.aspx

RUI Duarte . 09

Page 11: Curso 50 ic

cada 1%

redução na HBA1c REDUÇÃO DO RISCO*

1%

Morte relacionada c/ diabetes

Eventos cardíacos

Complicações microvasculares

Doença vascular periférica

*p<0.0001

Lições do UKPDS: Melhor controlo

significa menos complicações

UKPDS 35, BMJ 2000; 321: 405-12

Page 12: Curso 50 ic

Principais factores de risco cardiovasculares

na diabetes tipo 2

Potencialmente modificáveis p

LDL colesterol 0.000014

HDL colesterol 0.00014

Hemoglobina A1c 0.0022

Pressão arterial sistólica 0.0065

Tabagismo 0.056

UKPDS 23. BMJ. 1998;316:823-828.

280 em 2693 doentes tiveram doença coronária durante o estudo UKPDS

Page 13: Curso 50 ic

R.D. 2007 R.D. 2007

Os alvos das Guidelines:

– Factores de risco cardiovascular

e prevenção das complicações microangiopáticas

• O Controlo glicémico e da TA diminui complicações microvasculares ( Kumamoto; UKPDS)

• O controlo dos factores de risco cardiovasculares na Diabetes tipo2 diminui a macroangiopatia:

Glicemia? Estudos observacionais vs estudos de intervenção -

UKPDS( braço da Metformina);Stop-NIDDM,).

TA ( Hope; Hot study; Syst-Euro ...

Dislipidemia ( 4S,Lipid, HPS ..)

Tabaco

Antitrombóticos (AAS ; Clopidogrel

Page 14: Curso 50 ic

Controlar a Diabetes é fácil ?

Page 15: Curso 50 ic

Desenvolvimento e Progressão da Diabetes Tipo 2 e

Complicações Relacionadasa

apresentação Conceptual.

Nível de Insulina

Resistência à Insulina

Produção de glicose hepática

Glicemia pós-prandial

Glicemia em jejum

Função das células beta

Progressão da Diabetes Mellitus Tipo 2

Redução da Tolerância à Glicose

Diagnóstico de Diabetes

Diabetes

4–7 anos

Desenvolvimento de Complicações Macrovasculares

Desenvolvimento de Complicações Microvasculares

Reprodução de Primary Care, 26, Ramlo-Halsted BA, Edelman SV, The natural history of diabetes tipo 2.

Implications for clinical practice, 771–789, © 1999, com autorização de Elsevier.

Page 16: Curso 50 ic
Page 17: Curso 50 ic

Controlo e Tratamento da Diabetes

Tratamento da Diabetes Tipo 1 As pessoas com Diabetes tipo 1 podem ter uma vida saudável, plena e sem grandes limitações. Para

tal é necessário fazerem o tratamento adequado. O tratamento engloba:

1 - Insulina

2 - Alimentação

3 - Exercício físico

4 - Educação da Pessoa com Diabetes, onde está englobada a auto-vigilância e o auto-controlo

da diabetes através de testes ao sangue efectuados diariamente e que permitem o ajuste da

dose de insulina, da alimentação e da actividade física.

Em termos práticos, a alimentação aumenta o açúcar no sangue (glicemia), enquanto a insulina e o

exercício físico a diminuem. O bom controlo da diabetes resulta, assim, do balanço entre estes três

factores.

Os testes feitos diariamente (auto-vigilância) informam as pessoas com diabetes se o açúcar no

sangue está elevado, baixo ou normal e permitem-lhe adaptar (auto-controlo), se necessário, os

outros elementos do tratamento (alimentação / insulina / exercício físico).

Page 18: Curso 50 ic

BASES DA INSULINOTERAPIA INTENSIVA

Page 19: Curso 50 ic

Controlo e Tratamento da Diabetes

Tratamento da Diabetes Tipo 2 O primeiro passo no tratamento da Diabetes tipo 2 é o mais importante e depende exclusivamente da pessoa com Diabetes. Implica uma adaptação naquilo que come e quando come e na actividade física que efectua diariamente (o exercício regular - até o andar a pé, permite que o organismo aproveite melhor o açúcar que tem em circulação). Muitas vezes este primeiro passo é o suficiente para manter a Diabetes controlada (pelo menos durante algum tempo... que pode ser de muitos anos). Quando a Diabetes não se consegue controlar, apesar de a pessoa com Diabetes cumprir estas regras, é necessário fazer o tratamento com comprimidos e, em certos casos, utilizar insulina. É ainda comum a necessidade de utilização de medicamentos para controlar o colesterol e a pressão arterial.

Page 21: Curso 50 ic

1. Haffner SM et al. Diabetes Care 1999; 22: 562–568.

2. Bloomgarden ZT. Clin Ther 1998; 20: 216–231.

92% dos doentes

com diabetes tipo

2 são resistentes

à insulina Factores genéticos

Factores ambientais

• História familiar

• Dieta

• Obesidade

• Falta de exercício

A resistência à insulina é uma das causas

principais da diabetes tipo 2

Page 22: Curso 50 ic

R.D. 2007

Controlo da Diabetes tipo2

No controlo da Diabetes tipo 2

É fundamental uma

abordagem multi-factorial!!!

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Page 24: Curso 50 ic

Fármacos usados na DM2

Insulino-sensibilizadores

• Biguanidas (metformina)

• Tiazoledinedionas ou glitazonas (rosiglitazona e pioglitazona)

– Secretagogos

• Sulfonilureias (glibenclamida, gliclazida, glimepirida)

• Meglitinidas (nateglinida)

– Inibidores de α – Glucosidase

• Acarbose

– Incretinas

• Análogos do GLP-1 (exenatide, liraglutide)

• Inibidores da DPP-4 (gliptinas)

• Insulina

Page 25: Curso 50 ic
Page 26: Curso 50 ic

Diabetes mellitus tipo 2: antidiabéticos orais

• Fár. secretagogos insulina – Sulfonilureias

• Glibenclamida • Gliclazida • Glipizida • Glimepirida

– Meglitinidas • Nateglinida

• Fár. sensibilizadores insulina – Biguanida

• Metformina – Tiazolidinedionas

• Pioglitazona

• Fár. atrasam absorção intestinal de glucose – Inib. αglucosidases – Acarbose

• Fár. Inibidores da DPP4 – Sitagliptina – Vildagliptina – Saxagliptina – Linagliptina

• Fár. que reabsorvem glucose ao nivel renal - Dapagliflozina - Canagliflozina - Empagliflozina

Page 27: Curso 50 ic

M. acção Fármaco

secreção insulina Sulfonilureias Meglitinidas Incretinas

produção de glucose Metformina Tiazolidinedionas Incretinas

atrasa absorção hidratos-carbono

- Inibidores glucosidase

sensibilidade periférica à insulina

Tiazolidinedionas Metformina

Local

DeFronzo. Ann Intern Med 1999;131:281-303

Mecanismo de acção dos antidiabéticos orais

Page 28: Curso 50 ic

Antidiabéticos orais (1)

– glibenclamida (Daonil / Semi-Daonil ; Euglucon / Semi-Euglucon )

– glicazida (Diamicron, Glicazida Irex, Diamicron LM 30 mg )

– glipizide ( Minidiab )

– gliquidona ( Glurenor )

– glimepiride ( Amaryl, Glimial, Diapiride)

• B - Meglitinidas – repaglinida (Novonorm)

– nateglinida (Starlix)

Page 29: Curso 50 ic

Antidiabéticos orais (2)

– metformina (Risidon; Stagid; Glucophage, Metformina Alpharma) – fenformina ( Debeína; Lentobetic )

– acarbose (Glucobay)

– rosiglitazona (Avandia)

– pioglitazona (Actos, Glustin )

Page 30: Curso 50 ic

Antidiabéticos orais (3)

– sitagliptina ( Januvia) Xelevia )

– Vildagliptina ( Galvus ) Xilarz )

– glibenclamida + metformina (Glucovance)

– rosiglitazona + metformina (Avandamet)

– Pioglitazona + metformina ( Competact ); Glubrava )

– sitagliptina + metformina (Janumet);Velmetia ; Efficib )

– Vildgliptina + metformina ( Eucreas ); Icandra

Page 31: Curso 50 ic

Sulfonilureias indicações e eficácia clínica

• Monoterapia no doente normoponderal

• Terapêutica combinada com outros antidiabéticos orais

• Terapêutica combinada com insulina – BIDS

• Redução da glicemia de jejum 60 – 70 mg /dl

• Redução da HbA1c de 1,5 – 2%

Page 32: Curso 50 ic

Sulfonilureias efeitos secundários

• Hipoglicemia – Secundária à acção terapêutica – Grave com hospitalização (0,6 casos / 1000 ano) – mais frequente nos

idosos, insuficiência renal ou hepática; internamento obrigatório por 48 – 72 horas; temível a neuroglicopénia recorrente até ao 3º dia

• Aumento ponderal • Outros

– Gastrointestinais – náuseas, vómitos, queixas dispépticas – Cutâneos – eritema multiforme, prurido, rash, púrpura – Hematológicos – leucopénia, agranulocitose, trombocitopénia,... – Hepáticos – elevação transitória das transaminases e FA, icterícia – Neurológicos – cefaleias e parestesias – Imunológicos – vasculite e infiltrado pulmonar eosinófilo

Page 33: Curso 50 ic

Metformina indicações / eficácia clínica

• Indicações – Terapêutica de eleição em monoterapia no diabético – Terapêutica combinada com outros antidiabéticos orais e com insulina – Dose máxima - 1000 mg / 3 vezes dia

• Eficácia clínica

– Semelhante à das sulfonilureias • Redução da glicemia de jejum de 60 – 70 mg /dl • Diminuição da HbA1c de 1,5 – 2%

– Efeito nos lípidos • Diminuição dos TG, col total e LDL col • Aumento das HDL col

– Aumenta a actividade fibrinolítica – redução de PAI-1

Page 34: Curso 50 ic

Acarbose mecanismo de acção / eficácia clínica

• Inibidor competitivo e reversível das glucosidases (sacarase, maltase, isomaltase e glucoamilase) – Atrasam a digestão dos hidratos de carbono complexos e

dissacáridos e absorção da glucose

– O atraso na absorção de hidratos de carbono dá origem a uma curva de absorção mais prolongada e mais aplanada e a um pico menos pronunciado de glicemia pós-prandial

• Monoterapia e em terapêutica combinada – Diminuição da glicemia pós-prandial (40 – 50 mg/dl) e jj de 25 - 30

– Redução da HbA1c (0,6 – 1,0 %)

Page 35: Curso 50 ic

Acarbose efeitos secundários e contra-indicações

• Os efeitos secundários gastrointestinais são inerentes ao seu mecanismo de acção

– Flatulência (77%); diarreia (33%); distensão e dor abdominal (33%)

• Aumento das transaminases reversível e assintomático só com doses superiores às recomendadas

• Impossibilita a utilização de sacarose no tratamento das hipoglicemias • Contra-indicações

– Cetoacidose diabética; doença inflamatória intestinal; ulcerações do cólon; suboclusão intestinal; doenças crónicas intestinais associadas com alterações da digestão ou absorção ou em situações que se possam agravar com o aumento da produção de gas no intestino

– Cirrose hepática; creatinina > 2mg/dl

Page 36: Curso 50 ic

Inibidores da DPP-4 e incretinomiméticos

O modo de ação dessas medicações consiste em aumentar a ação do GLP-1 (Glucagon-like peptide-1), utilizando para isto os seguintes mecanismos: • Inibindo sua degradação enzimática (inibidores da DPP-4); • Agindo como agonistas de seu receptor (exenatida); • Agindo como análogos do GLP-1, mas resistentes à inativação enzimática (liraglutida).

O GLP-1,é uma substância produzida pela mucosa do intestino, atua estimulando a síntese e secreção da insulina dependente da glicemia, reduz a secreção de glucagon e o esvaziamento gástrico.

Page 37: Curso 50 ic

Inibidores da DPP-4 (GLIPTINAS): • administrados por v. oral, têm efeito neutro com relação ao peso e muito bem tolerados; • não provocam hipoglicemia • podem ser usadas em monoterapia, ou em associação com outros hipoglicemiantes orais e

insulina. Em monoterapia, podem reduzir Hb glicada em 0,6-1,8%; em associação com a metformina, em 0,8%.

• relatos de ocorrência de angioedema, linfopenia, infecções de vias aéreas superiores, tosse e edema periférico; pancreatites

Incretinomiméticos (Exenatida e Liraglutida): • administrados por via subcutânea, reduzem Hb glicada entre 1% (monoterapia) e 1-1,5%

(em associação com outros hipoglicemiantes); • têm como efeito colateral mais comum náuseas e vômitos; • induzem perda de peso variável, entre 1,6Kg à 5Kg em média; • Produzem atraso do esvaziamento gástrico, e podem interferir na absorção de medicações

orais. • não devem ser usados em pacientes com doença inflamatória intestinal e em portadores de

gastroparesia;

Page 38: Curso 50 ic
Page 39: Curso 50 ic

Características dos antidiabéticos orais disponíveis

Fármacos Redução A1c Modo acção Vantagens Desvantagens

Metformina 1.5% Diminui a produção

hepática de glucose

Efeito neutro no peso

Baixo custo

Efeitos gastro-intestinais

Acidose láctica (mt rara)

Sulfonilureias 1.5% Estimulam a

secreção de insulina

Efeito rápido

Baixo custo

Hipoglicemia

Aumento peso

Pioglitazona 0.5 – 1.5%

Melhora a

sensibilidade à

insulina

Melhora o perfil lipídico

Possível redução EM

Retenção hidrica

Aumento peso

Fracturas ósseas

Neo bexiga ?

Preço elevado

Acarbose 0.5 – 0.8% Atrasam a absorção

intestinal de glucose

Efeito neutro no peso

Glicemia pós-prandial

Efeitos gastro-intestinais

frequentes

3 tomas diárias

Nateglinida 0.5 – 0.8% Estimula secreção

de insulina

Efeito rápido

Glicemia pós-prandial

Aumento peso

Hipoglicemia

3 tomas diárias

Inibidores

DPP4 0.6 – 0.9%

Estimulam secreção

de insulina e

reduzem a de

glucagon de forma

glucose dependente

Efeito neutro no peso

Boa tolerância

Não provocam

hipoglicemias

Preço elevado

Pancreatite ?

Page 40: Curso 50 ic

PONTOS- CHAVE na

Terapêutica da Diabetes tipo 2

1. Os alvos glicémicos e as opções terapêuticas para os atingir devem ser determinados de forma

individualizada.

2. O plano alimentar, a atividade física e a educação terapêutica da pessoa com diabetes continuam a ser

os alicerces de todos os programas de tratamento da diabetes tipo 2

3. Na ausência de contraindicações, a metformina constitui o fármaco de 1ª linha.

4. Caso a terapêutica com metformina isolada não seja suficiente para obter o controlo metabólico

desejado, o suporte científico para uma escolha preferencial da terapêutica a seguir é limitado. A

associação com 1-2 agentes orais ou injetáveis é considerada razoável, com o objetivo de proporcionar

melhor controlo glicémico com menos efeitos secundários.

5. Muitos dos doentes irão necessitar de terapêutica com insulina, isoladamente ou em associação com

outros agentes, para manter o controlo glicémico adequado.

6. A redução abrangente do risco cardiovascular deverá constituir o foco principal da abordagem

terapêutica pelo que a redução da HbA1c, per se, não constitui o objetivo final.

Page 41: Curso 50 ic

Revista Portuguesa de Diabetes. 2013; 8 (1): 4-29

Recomendações Nacionais da SPD sobre a Terapêutica da Diabetes Tipo 2

(com base na Posição Conjunta ADA/EASD) –

R. Duarte, J. Silva Nunes, J. Dores, J. L. Medina, pelo Grupo de Trabalho para as Recomendações Nacionais da SPD sobre a Terapêutica da Diabetes Tipo 2.

Grupo de Trabalho para as Recomendações Nacionais da SPD sobre a Terapêutica da Diabetes Tipo 2: Almeida Ruas, Álvaro Coelho,Ana Agapito, Augusto Duarte, Bragança Parreira, Carla Baptista, Carlos Godinho, Carlos Ripado, Carlos Simões Pereira, Celestino Neves, Davide Carvalho, Elisabete Rodrigues, Francisco Carrilho, Helena Cardoso, Isabel Correia, J. Jácome de Castro, João Filipe Raposo,João Sequeira Duarte, Jorge Caldeira, Jorge Dores, José Luis Medina, José Silva Nunes, Luis Gardete Correia, Luis Santiago, Manuela Carvalheiro, Mariana Monteiro, Paula Freitas, Pedro Carneiro de Melo, Rui César, Rui Duarte, Sara Pinto, Silvestre Abreu.

Revista Portuguesa de Diabetes. 2013; 8 (1): 4-29

Page 42: Curso 50 ic
Page 43: Curso 50 ic
Page 44: Curso 50 ic

Novidades terapêuticas Análogos do GLP-1

• Estimulam a insulino-secreção glicose dependente

• Suprimem glucagon

• Reduzem esvaziamento gástrico

• Reduzem ingestão alimentar

• Melhoram a sensibilidade à insulina

Page 45: Curso 50 ic
Page 46: Curso 50 ic

Liraglutide

A once-daily human GLP-1 analogue for the treatment of type 2 diabetes

Page 47: Curso 50 ic
Page 48: Curso 50 ic

Novas INSULINAs

Page 49: Curso 50 ic

Insulin degludec

Novo Nordisk publication in preparation

Page 50: Curso 50 ic

Dosing schedule for insulin degludec flexible Dosing schedule designed to test the extreme case of

once-daily dosing at any time of day

Birkeland et al. IDF 2011:P-1443; Bain et al. IDF 2011:O-0508; Birkeland et al. Diabetologia 2011;54(suppl. 1):S423;

Atkin et al. Diabetologia 2011;54(suppl. 1):S53; Meneghini et al. Diabetes 2011;60(suppl. 1A):LB10

Page 51: Curso 50 ic
Page 52: Curso 50 ic

Cirurgia metabólica

Nota: O papel da cirurgia bariátrica ainda não é consensual :

É uma opção em indivíduos com IMC ≥ 35Kg/m2 e DM tipo 2, principalmente se a diabetes ou comorbilidades associadas são dificeis de controlar com alteração do estilo de vida e terapêutica farmacológica. Em indivíduos com IMC < 35Kg/m2 ainda não há evidência suficiente para recomendar cirurgia, fora do contexto de protocolos de investigação (apesar de pequenos estudos terem mostrado benefícios glicémicos da cirurgia bariátrica em doentes com DM tipo 2 e IMC 30-35 kg/m2) - v. Orientação nº 28/2012 da DGS

Page 53: Curso 50 ic

Terapêutica da Diabetes tipo 2: presente e futuro - conclusão -

• A pandemia da Diabetes tipo 2 com todas suas consequências pessoais e económicas implica a necessidade de intervenções mais eficazes e custo-efectivas:

Em Prevenção Primária

Na Prevenção secundária e terciária

• As terapêuticas devem ser utilizadas de modo mais efectivo:

Efectividade comparada

Terapêutica individualizada

A Diabetes é heterogénea e diferentes feno/genotipos necessitarão provavelmente de terapêuticas diferenciadas. A pessoa com Diabetes: A idade, presença de complicações vasculares, qualidade de vida e o custo/benefício decidirão os objectivos metabólicos e a terapêutica individual.

Page 54: Curso 50 ic

• São necessários novos medicamentos para :

• Prevenção primária

• PREVENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA

Objectivos:

• Tratamento da obesidade

• Preservação da célula beta e estimulação sem exaustão

• Redução das complicações induzidas pela hiperglicemia

• Terapêuticas custo-efectivas

• Diminuir a estratégia « copy-cat» da Industria Farmacêutica e desenvolver fármacos com novas vias de actuação

Terapêutica da Diabetes tipo 2: presente e futuro - conclusão -

Page 55: Curso 50 ic

THE BEGUINNING

R. Duarte - 12

Page 56: Curso 50 ic
Page 57: Curso 50 ic

Indicações para Insulinoterapia

• Diabetes tipo 1 (mandatório) • Diabetes auto-imune do adulto de início tardio (LADA)

• Diabetes tipo 2

- FALÊNCIA SECUNDÁRIA AOS ANTIDIABÉTICOS ORAIS - Descompensação aguda (cetoacidose ou distúrbio hiperosmolar) - Intercorrências médicas e cirúrgicas - Insuficiência renal

• Gravidez • Diabetes induzida pelos glucocorticóides

Page 58: Curso 50 ic

Falência secundária aos antidiabéticos orais

• 5 – 10% / ano

• Diminuição da função da célula

• Pouca aderência ao plano alimentar e exercício físico

• Doenças intercorrentes – infecções, traumatismos

• Dessensibilização à exposição prolongada às sulfonilureias

• Terapêutica concomitante com fármacos que a glicemia

Dificuldade em atingir metas com a terapêutica oral

Necessidade precoce de insulina

Page 59: Curso 50 ic

Ajudar alguém é bom Mas ensiná-lo A ajudar-se a si próprio É melhor George Orwell

Curva esquemática do tempo de ação das preparações de insulina

0 1

2

24 Efe

ito

glic

ém

ico

re

lativo

Lispro, Aspart; Glulisina

Regular NPH

Detemir

Lantus

Horas

Page 60: Curso 50 ic

Ajudar alguém é bom Mas ensiná-lo A ajudar-se a si próprio É melhor George Orwell

Insulinas Humanas

Análogos de insulina

Page 61: Curso 50 ic

Ajudar alguém é bom Mas ensiná-lo A ajudar-se a si próprio É melhor George Orwell

Insulinas Humanas

Acção curta

Acção intermédia

Insulinas de Pré-mistura

Análogos de insulina

Análogos de acção Rápida

Análogos de acção Lenta ou Prolongada

Análogos de Mistura

Page 62: Curso 50 ic

Ajudar alguém é bom Mas ensiná-lo A ajudar-se a si próprio É melhor George Orwell

Insulinas Humanas

Acção curta

Acção intermédia

Insulinas de Pré-mistura

Page 63: Curso 50 ic

Insulinas de Acção Curta

NOVONORDISK ® LILLY® SANOFI-AVENTIS®

Actrapid Humulin Regular Insuman rapid

Page 64: Curso 50 ic

Insulinas de Acção Curta

NOVONORDISK ® LILLY® SANOFI-AVENTIS®

Actrapid Humulin Regular Insuman rapid

Page 65: Curso 50 ic

Insulinas de Acção intermédia

NOVONORDISK ® LILLY® SANOFI-AVENTIS®

Insulatard Humulin NPH Insuman Basal

Page 66: Curso 50 ic

Insulinas de Acção intermédia

NOVONORDISK ® LILLY® SANOFI-AVENTIS®

Insulatard Humulin NPH Insuman Basal

Page 67: Curso 50 ic

Insulinas de Pré-mistura

NOVONORDISK ® LILLY® SANOFI-AVENTIS®

Mixtard 30 Humulin M3 Insuman Comb 25

Page 68: Curso 50 ic

Insulinas de Pré-mistura

NOVONORDISK ® LILLY® SANOFI-AVENTIS®

Mixtard 30 Humulin M3 Insuman Comb

25

Page 69: Curso 50 ic

Ajudar alguém é bom Mas ensiná-lo A ajudar-se a si próprio É melhor George Orwell

Análogos de insulina

Análogos de acção Rápida

Análogos de acção Lenta ou Prolongada

Análogos de Mistura

Page 70: Curso 50 ic

Análogos de acção Rápida

Análogos de Ação Rápida

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Análogos de Ação Rápida

NOVONORDISK ® LILLY® SANOFI-AVENTIS®

Novorapid Humalog Apidra

Page 72: Curso 50 ic

Maior rapidez de ação

Duração mais curta

Menor risco de hipoglicemias tardias

Podem ser administrados mesmo à refeição

Mais fisiológicos, mimetizando a secreção pós-

prandial de insulina endógena

Page 73: Curso 50 ic

Análogos de ação Lenta ou Prolongada

NOVONORDISK ® SANOFI-AVENTIS®

Levemir (detemir)

Lantus (glargina)

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Análogos de ação Lenta ou Prolongada

NOVONORDISK ® SANOFI-AVENTIS®

Levemir Lantus

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1

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1

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Análogos de Mistura

NOVONORDISK ® LILLY®

Novomix 30 Humalog Mix 25 Humalog Mix 50

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Análogos de Mistura

NOVONORDISK ® LILLY®

Novomix 30 Humalog Mix 25 Humalog Mix 50

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EVOLUÇÃO DAS INSULINAS – Em que direcção ?

• Maior pureza

• Menor antigenicidade

• Maior previsibilidade e reprodutibilidade de acção

• Perfil de acção que se aproxime e mimetize o perfil endógeno

ANÁLOGOS DE INSULINA

Page 83: Curso 50 ic

ANÁLOGOS DE INSULINA

AVANÇOS NO PERFIL FISIOLÓGICO DAS INSULINAS

- A farmacocinética dos análogos permite reduzir a variabilidade do seu perfil entre os diversos pacientes e no próprio paciente

- Permitem melhorar o controlo com menor risco de hipoglicemia

= MELHOR QUALIDADE DE VIDA

Page 84: Curso 50 ic

Bombas de insulina

APARELHOS DE ADMINISTRAÇÃO DE INSULINA

Accu-Check é propriedade da Roche

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O Exercício Fisico

• Melhora a sensibilidade periférica à insulina • Melhora o controlo da glicemia • Reduz os triglicéridos • Reduz LDL colesterol • Aumenta o HDL colesterol • Reduz a tensão arterial • Aumenta a actividade fibrinolítica • Reduz o peso • Reduz a adiposidade visceral • Aumenta a massa magra • Reduz o risco cardiovascular • Dá bem estar

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Padrões de alimentação que estão associadas a redução de risco de diabetes 2

• Alimentação rica em vegetais • Alimentos à base de cereais não refinados • Utilização de óleos de origem vegetal • Opção por peixe ou proteínas de origem vegetal • Limitação de alimentos processados