cultura e imaginário popular nordestino na "terra de caruaru"

7
CULTURA E IMAGINÁRIO POPULAR NORDESTINO NA TERRA DE CARUARU Hudson Marques da Silva (MLI UEPB/IFPE) 68 1. INTRODUÇÃO Na análise dos textos literários, sejam dramáticos, narrativos ou poéticos, partimos do princípio de que, apesar de ficcional, a obra lit erária pode representar (ou não) a realidade princípio de verossimilhança. Se isso é verdadeiro, alguns textos literários podem estar intimamente ligados a fatos históricos, manifestações culturais e fenomenológicas, dentre outras, presentes no contexto em que foram produzidos. Nóbrega (2004, p. 91) ressalta que Pensar que a literatura registra fatos concernentes à história é já uma forma de aproximar a narrativa literária da narrativa histórica, uma vez que não se pode negar a influência recíproca entre estas duas entidades [...]. Chartier (2009, p. 21), de forma mais enfática, também destaca que As obras de ficção, ao menos algumas delas, e a memória, seja ela coletiva ou individual, também conferem uma presença ao passado, às vezes ou amiúde mais poderosa do que a que estabelece os livros de história. Nessa ótica, tratar do texto literário consiste não somente em reconhecer que ele possui uma forte inter relação com a história, mas que, algumas vezes, pode descrever/relatar determinada realidade de modo mais consistente do que a própria narrativa histórica. Partindo desses pressupostos, este trabalho tem como principal objetivo apresentar e discutir a obra Terra de Caruaru, de José Condé; identificando a como um importante registro prototípico da cultura e imaginário do povo nordestino, desde o fim do século XVIII até (e principalmente) a década de 1920, na cidade de Caruaru, agreste pernambucano. A obra não se limita a um protagonista em especial e seus desdobramentos, como relatou o próprio autor: Este romance que não retrata qualquer pessoa viva ou morta, antes pretende ser o retrato de um tempo que não exis te mais [...] (CONDÉ, 1987, p. 14). De fato, o narrador busca descrever toda a complexidade de uma cidade. E a cidade, como afirma Gomes 68 Mestrando em Literatura e Interculturalidade pela Universidade Estadual da Paraíba e Professor de Línguas Portuguesa e Inglesa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) Campus Belo Jardim.

Upload: hudson-marques

Post on 19-Jun-2015

280 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Hudson Marques da Silva

TRANSCRIPT

Page 1: Cultura e Imaginário Popular Nordestino na "Terra de Caruaru"

CULTURA E IMAGINÁRIO POPULAR NORDESTINO NA �TERRA DE CARUARU�

Hudson Marques da Silva (MLI UEPB/IFPE)68

1. INTRODUÇÃO

Na análise dos textos literários, sejam dramáticos, narrativos ou poéticos, partimos do

princípio de que, apesar de ficcional, a obra literária pode representar (ou não) a realidade �

princípio de verossimilhança. Se isso é verdadeiro, alguns textos literários podem estar intimamente

ligados a fatos históricos, manifestações culturais e fenomenológicas, dentre outras, presentes no

contexto em que foram produzidos. Nóbrega (2004, p. 91) ressalta que �Pensar que a literatura

registra fatos concernentes à história é já uma forma de aproximar a narrativa literária da narrativa

histórica, uma vez que não se pode negar a influência recíproca entre estas duas entidades [...]�.

Chartier (2009, p. 21), de forma mais enfática, também destaca que

As obras de ficção, ao menos algumas delas, e a memória, seja ela coletiva

ou individual, também conferem uma presença ao passado, às vezes ou

amiúde mais poderosa do que a que estabelece os livros de história.

Nessa ótica, tratar do texto literário consiste não somente em reconhecer que ele possui

uma forte inter relação com a história, mas que, algumas vezes, pode descrever/relatar determinada

realidade de modo mais consistente do que a própria narrativa histórica.

Partindo desses pressupostos, este trabalho tem como principal objetivo apresentar e

discutir a obra �Terra de Caruaru�, de José Condé; identificando a como um importante registro

prototípico da cultura e imaginário do povo nordestino, desde o fim do século XVIII até (e

principalmente) a década de 1920, na cidade de Caruaru, agreste pernambucano.

A obra não se limita a um protagonista em especial e seus desdobramentos, como

relatou o próprio autor: �Este romance � que não retrata qualquer pessoa viva ou morta, antes

pretende ser o retrato de um tempo que não existe mais [...]� (CONDÉ, 1987, p. 14). De fato, o

narrador busca descrever toda a complexidade de uma cidade. E a cidade, como afirma Gomes

68 Mestrando em Literatura e Interculturalidade pela Universidade Estadual da Paraíba e Professor de Línguas Portuguesa e Inglesa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) � Campus Belo Jardim.

Page 2: Cultura e Imaginário Popular Nordestino na "Terra de Caruaru"

(2003, p. 104), representa �[...] uma imagem impactante [...] correlata à heterogeneidade cultural

[...]�. Desse modo, o texto delineia desde a paisagem local, mais rural, marcada por estiagens e

aguaceiros, animais inusitados e vegetação, até os aspectos da vida urbana daquela época:

surgimento dos primeiros automóveis, lojas, teatros, bares, escolas, prostíbulos e, principalmente, a

feira. A descrição apresenta se de modo extremamente realista, atribuindo à ficção nomes reais de

ruas, praças, lugares e personagens.

Nesta diegese, o enredo se dá a partir do entrelaçamento entre a cidade e as mais

diversificadas formas de manifestação humana presentes nas personagens, que surgem como

coronéis assassinos, escravos, chefes políticos, hipócritas, prostitutas, maridos e esposas infiéis,

homens e mulheres infelizes, mulheres submissas e mulheres influentes, entre outros.

Cândido (1985, p. 30) declara que �A obra depende estritamente do artista e das

condições sociais que determinam a sua posição�. Nessa perspectiva, reafirmamos que Condé

transpôs para o papel aquilo que guardava em sua memória, uma vez que �[...] toda escrita de si

deseja reter o tempo, constituindo se em um �lugar da memória�[...]� (GOMES, 2004, p. 18).

Portanto, destacamos esse romance como uma obra ficcional que retrata a realidade vivenciada pelo

autor na cidade de Caruaru.

2. ORIGEM DA �TERRA DE CARUARU�

Em um primeiro momento, o romance apresenta a região do agreste pernambucano,

onde se tornaria a �Terra de Caruaru�, como um simples rancho que servia apenas de passagem para

os vaqueiros, que, às vezes, pernoitavam. Havia também a presença dos índios cariris, que,

diferentemente da visão pacífica do indígena do romantismo, sobretudo de José de Alencar69,

surgem como guerreiros que lutam pelas suas terras: �Os cariris � por sua vez � intensificaram os

ataques e semearam o terror em toda a chapada da Borborema.� (CONDÉ, 1987, p. 18).

José Rodrigues de Jesus era o proprietário da principal fazenda da região: a fazenda

Juriti, onde havia muitos escravos e agregados. Os pequenos agricultores e criadores dependentes

desse grande fazendeiro lidavam com �[...] permuta de café, rapadura, farinha, gado, ovelhas.� (Op.

Cit., p. 19), que originaram a feira semanal. O grande fazendeiro marcou o catolicismo como religião

predominante nesse período inicial ao mandar construir uma igreja em homenagem a Nossa Senhora

69 Em obras como Iracema, O sertanejo e o Guarani, Alencar introduz também um indígena de tendência subserviente ao europeu e de postura receptiva quanto ao processo de aculturação � entendida contemporaneamente como o encontro de duas culturas, originando o hibridismo cultural.

Page 3: Cultura e Imaginário Popular Nordestino na "Terra de Caruaru"

da Conceição. Durante a primeira missa, houve �[...] luminárias, colchas estampadas enfeitando

janelas, foguetes, música de pífanos e bombo, enormes panelões de barro dourados pela gordura

das buxadas de carneiro.� (Op. Cit., p. 19).

Em 1790, João Texeira de Carvalho era um senhor de muitas terras na região da

Preguiça, casado com uma índia cariri, Maria de Jesus, mais jovem que ele mais de vinte anos. A

esposa �Só abria a boca quando o marido fazia alguma pergunta.� (Op. Cit. p. 22). É como se ela fosse

uma das servas ou escravas, temia o marido e seu único objetivo era o de servi lo. O marido pedia:

�Me faz cafuné, quero tirar um cochilo.� (Op. Cit. P. 23), demonstrando uma postura submissa que

denuncia a cultura patriarcalista. O fazendeiro, por sua vez, quando ia à feira, que era localizada em

frente à igreja, sempre cumpria sua devoção: �[...] rezar um terço aos pés da imagem de Nossa

Senhora da Conceição.� (Op. Cit., p. 24).

Apesar de religioso, paradoxalmente, o fazendeiro era um homem violento, pois �Nessa

região, a morte não era o fim; era o meio de selecionar aqueles que mereciam viver.� (Op. Cit., p.

27). E quem decidia quem merecia viver era o próprio João Texeira, que diz �Aqui a justiça sou eu.�

(Op. Cit., p. 29). Como o fazendeiro estava acima de qualquer lei ou intervenção de alguma

autoridade, ele resolve enforcar, na sua fazenda, um dos capangas do coronel Leite, da Jurema,

pertencente a uma família rival, que, em tempos anteriores, havia perdido terras na região da

Preguiça, tendo que se evadir para o sertão, por culpa da família Texeira. O enforcado fora acusado

de ter assassinado o filho do vaqueiro Agripino, amigo de João Texeira. O evento retoma a guerra

entre as duas famílias e seus subordinados na casa grande do sítio Preguiça.

Esse primeiro momento da obra marca uma Caruaru rural, que tinha a criação de

animais e a agricultura como meios de sobrevivência. O coronelismo, bem como o patriarcalismo e a

escravidão, também representam culturas vigentes durante muito tempo no interior brasileiro.

Falamos em cultura �[...] como modelo auto reflexivo de um grupo social, do qual a literatura � ou,

em sentido mais amplo, a produção escrita � participa tanto na qualidade de formação simbólica

quanto na condição de sistema social cultural específico�. (OLINTO, 2003, p. 75). Esse cenário rural e

respectivas culturas começam, aos poucos, a dar lugar ao processo de urbanização, caracterizado por

atividades comerciais, construções de casas, prédios, ruas, praças, igrejas, escolas, dentre outros

aspectos que vão reconstruir as práticas e manifestações culturais daquele povo.

3. CARUARU DOS ANOS DE 1920

Page 4: Cultura e Imaginário Popular Nordestino na "Terra de Caruaru"

A partir do capítulo �Cidade I�, a obra introduz a �Terra de Caruaru� já com

características de cidade, com seus trinta mil habitantes. O comércio de algodão representa o

principal formador de riquezas, como diziam os novos ricos: �O algodão é a mãe generosa.� (CONDÉ,

1987, p. 33). Esses produtores construíam casas com �[...] jardins floridos, mobiliário das melhores

lojas da Capital, cortinas de seda pura, tapetes, cristais [...]� e �[...] compravam carros �Ford� e

�Overland�[...]�. (Op. Cit., p. 33). Enquanto no princípio a cidade era local de rápidas visitas, apenas

para compras e comparecimentos à igreja, agora o campo é que se tornou lugar de descanso apenas

nos fins de semana, uma vez que muitos passavam a semana na cidade, para estudarem ou por fins

comerciais.

Todas essas mudanças marcam profundamente a construção da cultura e,

consequentemente, da identidade dos indivíduos, que emanam do campo simbólico presente nos

seus hábitos. Como declara Hall (2006, p. 48), �[...] as identidades nacionais [...] são formadas e

transformadas no interior da representação�.

Com a construção do �Cine Avenida� (cinema/teatro), a �Terra de Caruaru� recebe o

espetáculo �Chat Noit�, do grupo �troupe�, formado por três homens � Barreto (o empresário),

Maciste (o alterofilista) e Miguel (o galã) � e três mulheres � Jandira, Marina e Rute.

Na cidade, todos comentam a chegada dos artistas. A �Pastelaria do Norte� é ponto de

encontro para os homens reconhecidos pela sociedade: o tabelião Teixeirinha, o juiz de direito dr.

Taveira, o dentista Lázaro, o doutor Gonzaga, Almeida, José Rolmiro, o alfaiate Antônio Lico e Ataíde.

Nas reuniões, eram de costume as críticas contra o comportamento de Noêmia, esposa do

engenheiro Reilnaldo � casal recém chegado do Rio de Janeiro. Noêmia é criticada por apresentar um

comportamento mais liberal e de equidade com o sexo masculino (diferentemente da maioria das

mulheres na pequena cidade do interior pernambucano). Questionavam: �Onde já se vira mulher em

público, beber nos bares com o marido e os amigos, usar aqueles vestidos decotados nas festas do

Cassino Caruaruense, [...]�. Reilnaldo era tachado de �chifrudo�. Não apenas os homens, mas

também suas esposas questionavam o caráter de Noêmia. Entretanto, no decorrer do enredo, a

infelicidade conjugal desses personagens críticos vai sendo denunciada.

Texeirinha, o que mais criticava o casal Reilnaldo e Noêmia, casara se com Antonina

apenas por interesse numa suposta fortuna de seu pai, o velho Alípio, que, na verdade, havia deixado

apenas dívidas. Por isso, Teixeirinha tinha a esposa como um fardo. Ele nunca a levava para eventos

da cidade, principalmente por vergonha � por achá la feia e suja.

Almeida, diferentemente de Teixeirinha, amava a esposa, Lindalva. �É por causa dela [...]

que trabalha tanto [...]�. (Op. Cit., p. 43). Ele dizia: �Tudo é para Lindalva.� (Op. Cit., p. 43). No

Page 5: Cultura e Imaginário Popular Nordestino na "Terra de Caruaru"

entanto, a esposa o ignorava e sempre inventava uma enxaqueca para evitar o marido. Lindalva era

apaixonada por um noivo que a abandonara na juventude na cidade do Recife e preservou esse amor

durante todos aqueles anos. A visão que Lindalva tinha de seu marido era �[...] corpo gordo [...]

bigode mal aparado, cara redonda [...]�. (Op. Cit. P. 44).

Esmeralda, esposa do juiz Taveira, sempre insatisfeita por não admitir que o marido

trabalhasse numa cidade interiorana. Ela questionava: �Quando é mesmo que vai sair sua

transferência, Taveira?� (Op. Cit., p. 58).

O casal Reinaldo e Noêmia, apesar de serem alvos de críticas, costumava ajudar as

pessoas, como fizeram com José Bispo, que vivia levando surras a mando de Ulisses Ribas, por

suspeita de traição política. Ribas e seu filho Ariosto manipulavam as decisões políticas da cidade,

pois o prefeito Zica Soares era subordinado a eles. O casal também apoiou Dondon, a amante de

Ulisses Ribas e também sua companheira nas decisões políticas da cidade. Após a morte de Ribas

(assassinado por José Bispo), Dondon foi mandada embora, por Ariosto, que a considerava culpada

pela infelicidade matrimonial de seus pais.

É nesse contexto que, em um evento da cidade, a sociedade � sobretudo as esposas �

nega a presença de Noêmia, por ser considerada uma mulher imprópria. Como resposta, Reilnado

denuncia a hipocrisia das esposas, confessando a todos os maridos ter tido um caso amoroso com a

maioria delas. Os maridos, em contrapartida, frequentavam o prostíbulo de Belmira.

É nesse contexto que a �Terra de Caruaru� é retratada. Os hábitos da cidadezinha

caracterizados por pessoas com as cadeiras nas calçadas conversando, mas, principalmente, pela

feira, onde há uma diversidade de produtos que marcam a complexidade da cultura nordestina:

[...] mais de quilômetro ocupado pelos toldos coloridos, montes de frutas e

legumes, barracas que servem de restaurantes populares (onde se come

sarapatel, carne de sol, buxada, miúdos fritos), barracas que vendem celas,

alforjes, relhos, redes, ervas medicinais e afrodisíacas, chapéus de couro,

cestos, passarinhos, cavalos, peles de sucuri. Envoltas em xales vistosos, o

cachimbo de barro cozido pendente do lábio, mulheres caboclas, negras e

sararás fazem barganha com a freguesia. Ruídos e vozes que partem de

todos os contos: dos becos que desembocam na rua, onde pedintes

aleijados e cegos entoam cantigas improvisadas, de uma tristeza ancestral;

dos propagandistas das lojas de chitas, dos pregoeiros, das sanfonas, violas

e pandeiros. (Op. Cit., p. 51).

Page 6: Cultura e Imaginário Popular Nordestino na "Terra de Caruaru"

Cada elemento contido na feira indica os hábitos e os símbolos culturais da sociedade,

tais como a culinária, o trabalho, entretenimento, a religião e assim sucessivamente. A obra de José

Condé aponta para a literatura como testemunho (Cf. SELIGMANN SILVA, 2005), em que o texto

surge como uma espécie de relato de experiência. No relato de Condé, há uma riqueza dos detalhes,

tanto do cenário quanto da personalidade de seus personagens.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho apresentou e discutiu a obra �Terra de Caruaru�, do autor caruaruense

José Condé. Partimos da premissa de que o texto literário consiste em uma ficção. No entanto, essa

ficção, especificamente, é verossímil, isto é, apresenta de forma fiel a realidade que descreve.

Em um primeiro momento, o romance retrata um período histórico caracterizado pelo

coronelismo, forte presença de índios, trabalho voltado para agricultura e criação de animais, cultura

escravocrata, luta por terras etc.

Em um segundo momento e, mais enfaticamente, o texto volta se ao processo de

urbanização da �Terra de Caruaru� durante a década de 1920.

A obra apresenta um cenário e práticas culturais locais prototípicas do nordeste

brasileiro. No que se refere aos personagens, os conflitos vão além do local, aprofundando se no

existencialismo humano, descrevendo seus aspectos mais íntimos e conflitantes.

5. REFERÊNCIAS

CÂNDIDO, Antônio. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 7. ed. São Paulo:

Nacional, 1985.

CHARTIER, Roger. A história ou a leitura do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

CONDÉ, José. Terra de Caruaru. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1987.

GOMES, Angela de Castro (Org.). Escrita de si, escrita da história. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

Page 7: Cultura e Imaginário Popular Nordestino na "Terra de Caruaru"

GOMES, Renato Cordeiro. Literatura e resíduos utópicos: heterogeneidade cultural e representações

da cidade. In: OLINTO, Heidrun Krieger; SCHOLLHAMMER, Karl Erik (Orgs.). Literatura e cultura. Rio

de Janeiro: PUC Rio; São Paulo: Loyola, 2003.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

NÓBREGA, Geralda Medeiros. Literaura e história: um diálogo possível. In: DIAS, Antonio de Pádua

(Org.) Literatura e estudos culturais. João Pessoa: UFPB, 2004.

OLINTO, Heidrun Krieger. Literatura/cultura/ficções reais. In: ______; SCHOLLHAMMER, Karl Erik

(Orgs.). Literatura e cultura. Rio de Janeiro: PUC Rio; São Paulo: Loyola, 2003.

SELIGMANN SILVA, Márcio. O local da diferença: ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução.

São Paulo: 34, 2005.