cultura da mangueira - doenças

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  • 7/22/2019 cultura da mangueira - doenas

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    http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doe

    ncas.htm

    http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doe

    ncas.htm

    http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_91_24112005115224.

    html

    http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_89_24112005115224.

    html

    http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira_2ed

    /doencas.htm

    No controle das doenas que ocorrem na cultura da mangueira, normalmente so observados

    o uso abusivo de agrotxicos e a agressividade crescente dos patgenos. Contudo, a pesquisatem investido no desenvolvimento de mtodos e processos alternativos que asseguram o

    cultivo com menor impacto ambiental. Assim, visando contribuir para uma mangicultura mais

    racional e estvel, rgos competentes como a FAO, estabeleceram o programa de Produo

    Integrada de Frutas- PIF, para todos os pases exportadores. Para a cultura da manga, o

    programa teve incio na regio semi-rida no Nordeste do Brasil, onde os pomares esto sendo

    monitorados quanto a fitossanidade, adubao, irrigao e a outros manejos. A seguir, ser

    descrita a metodologia de monitoramento para as principais doenas includas na PIF.

    Metodologia de monitoramento de doenas da mangueira

    Morte descendente ou podrido seca da mangueira

    Odio (Oidium mangiferae)

    Malformao floral (embonecamento) e vegetativa

    Antracnose (Colletotrichum gloeosporides )

    Mancha de alternaria

    Mancha angular

    http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doencas.htmhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_91_24112005115224.htmlhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_91_24112005115224.htmlhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_91_24112005115224.htmlhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_89_24112005115224.htmlhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_89_24112005115224.htmlhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_89_24112005115224.htmlhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira_2ed/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira_2ed/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira_2ed/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira_2ed/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira_2ed/doencas.htmhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_89_24112005115224.htmlhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_89_24112005115224.htmlhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_91_24112005115224.htmlhttp://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_91_24112005115224.htmlhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doencas.htmhttp://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira/doencas.htm
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    Seca-da-mangueira ou mal-do-recife

    Metodologia de monitoramento de doenas da mangueira

    A metodologia requer o acompanhamento peridico, no monitoramento de doenas, atravs

    de amostragem para deteco do objeto alvo. A amostragem deve traduzir a realidade

    fitossanitria da rea monitorada, e deve ser feita de forma casualizada, e no percurso em

    ziguezague. quantificada apenas a incidncia da doena, ou seja, a presena dos sintomas. A

    planta amostrada dividida em quatro partes, chamadas quadrantes, nas quais so avaliadosseus rgos (ramos, folhas, flores e frutos) (Fig. 1). A determinao do nvel de infeco,

    caracterizado como nvel de ao, quando atingido, indica o momento para uma ao corretiva

    ou de controle. Os nveis de ao determinados na metodologia, foram baseados em

    resultados de pesquisas e observaes no acompanhamento da severidade de doenas nas

    condies de manejo da cultura, na regio semi-rida. Traam, portanto, uma realidade local,

    podendo ser alterado, ajustado ou adaptado, quando no uso ou na aplicao desta

    metodologia em outras regies. Independente da doena que est sendo avaliada ou

    monitorada, foi padronizado o nmero a ser amostrado de cada rgo, afim de tornar a

    metodologia mais prtica. Em cada planta e rgo amostrado so realizadas todas as

    avaliaes de sintomas, para todas as doenas includas no monitoramento ou na PIF.

    Fig. 1. Esquema de diviso da planta amostrada em quadrantesMorte descendente ou

    podrido seca da mangueira

    (Botryodyplodia theobromae = Lasiodiplodia theobromae)

    Sintomatologia, danos e importncia econmica

    A sintomatologia pode iniciar nos ponteiros da copa, principalmente na pancula da

    frutificao anterior, progredindo para os ramos, atingindo as gemas vegetativas, que reagem

    com a produo de exsudados gomosos de colorao clara a escura. Observa-se tambm,

    morte de ramos com folhas de colorao palha e com pecolo necrosado. A penetrao nas

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    folhas tambm pode ocorrer atravs das bordas, causando necrose de cor palha com halo

    escuro. Nos ramos podados e sem proteo, a podrido acontece iniciando pelo ferimento,

    avanando de forma progressiva e contnua, podendo, tambm, se observar necrose e

    abortamento de flores e de frutos.. Nos ramos mais grossos e no tronco, a infeco acontece

    de fora para dentro do lenho, iniciando nas rachaduras naturais do tronco e das bifurcaes e

    sob o crtex, onde so observadas leses escuras, que progridem para o interior do lenho,

    causando anelamento do rgo afetado, sobrevindo a morte da planta.

    Monitoramento na produo integrada de frutas - PIF

    Mtodos de amostragem

    Amostrar: 10 plantas em at 5 ha ; 14 plantas em 06 a 10 ha e 18 plantas em 11 a 15 ha.

    Freqncia: semanal (da poda at a colheita).

    Folhas: avaliar a presena de sintomas (secamento de folhas iniciando nas bordas e com

    escurecimento de seu pecolo), em folhas de oito ramos por planta, sendo dois por quadrante,

    fazendo uma observao de cinco folhas da parte apical de um ramo e de cinco folhas da parte

    mediana do outro ramo.

    Ramos: avaliar a presena de sintomas (escurecimento e exsudaes em gemas ou em

    rachaduras do ramo) em oito ramos por planta, sendo dois por quadrante, fazendo

    observaes em uma gema de brotao apical de um ramo e de uma gema de brotao da

    parte mediana do outro ramo, como, tambm, ao longo destes.

    Inflorescncias: avaliar a presena ou ausncia de sintomas (panculas com flores e totalmentesecas e/ou panculas com alguma queda de flores e com secamento apical de sua raque) em

    oito inflorescncias, sendo duas por quadrante.

    Frutos: avaliar a presena ou ausncia de sintomas (escurecimento peduncular e/ou basal de

    aparncia seca ou com amolecimento) em oito frutos por planta, sendo dois por quadrante e

    em panculas distintas.

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    Avaliao: clculo da % de ocorrncia em folhas, ramos, inflorescncias, frutos, bifurcaes e

    tronco

    Nvel de ao

    Medidas preventivas: tratamento peridico (anual) de troncos e bifurcaes; eliminao de

    restos da cultura no cho do pomar a cada poda.

    Medidas reparadoras: > 10% de folhas com sintomas ou > 5% de ramos, ou inflorescncias e

    frutos com sintomas. Tambm, > 05% de bifurcaes e > 10% de tronco com sintoma.

    Controle

    Atravs de levantamentos da predisponibilidade da planta ao fungo na regio e estudos de

    proteo e controle realizados pela Embrapa Semi-rido, verificou-se que os cuidados com a

    sanidade do pomar em relao a esse fungo necessitam ser preventivos e em conjunto. Para

    tanto, os mangicultores da regio precisariam implantar, em seu calendrio de rotina, as

    prticas integradas listadas a seguir, que incluem medidas culturais, qumicas e de

    monitoramento:

    Medidas culturais

    estabelecer as podas de limpeza aps a colheita, eliminando-se os ponteiros ou panculas da

    produo anterior;

    podar e eliminar, sistematicamente, os ramos e ponteiros necrosados ou secos que possam

    favorecer a sobrevivncia do fungo no pomar;

    proteger as reas podadas, pincelando com thiabendazole ou benomyl, a fim de evitar novas

    infeces;

    desinfestar as ferramentas de poda, com uma soluo de hipoclorito de sdio (gua sanitria)

    diluda em gua corrente na proporo de 1:3;

    eliminar todas as plantas mortas ou que apresentam a doena em estdio avanado, a fim de

    reduzir o potencial de inculo no campo;

    no deixar no cho materiais vegetais de mangueira, ainda que sadios, uma vez que estes

    podem ser parasitados pelo fungo;

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    adubar adequadamente o pomar, no que se refere aos macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg), com

    nfase em Ca e Mg, e aos micronutrientes, com nfase em Zn, desde a implantao do pomar;

    irrigar adequadamente o pomar, evitando a distribuio insuficiente da gua e a molhao do

    tronco das plantas;

    evitar submeter a planta a estresse hdrico ou nutricional prolongado;

    controlar os insetos que possam causar ferimentos s plantas, que sero porta de entrada para

    o fungo;

    ter cuidado no uso de retardantes de crescimentos e de indutores de florao, utilizando

    dosagens baixas, uma vez que estes vm favorecendo a penetrao do fungo, principalmente,

    quando em concentraes altas, devido a algumas queimas que causam no tecido vegetal.

    Controle qumico

    As pulverizaes com thiabendazole (240 ml/100L) ou benomyl (100g/100L), nos perodos

    crticos da cultura, ou seja, na poda, estresse hdrico, induo floral, florao e frutificao,

    devem ser acompanhadas de uma aplicao de iprodione aps dez dias (200g/100L) a fim de

    evitar resistncia do fungo. Esse tratamento tem oferecido bons resultados nas reas irrigadas

    do Nordeste;

    em pomares com o problema j instalado, a freqncia de pulverizaes varia conforme a

    incidncia da doena;

    tronco e bifurcaes da planta devem ser pincelados com thiabendazole ou benomyl + um

    espalhante adesivo a partir de dois anos de idade da planta ou antes do aparecimento de

    rachaduras.

    Tratamento ps-colheita

    tratamento hidrotrmico temperatura de 58oC por 60 minutos, realizado para frutos para

    exportao, utilizado para mosca-das-frutas, tem sido satisfatrio no combate podrido

    basal e antracnose;

    a imerso em suspenso fungicida com thiabendazole, na concentrao de 0,1%, oferece

    proteo por algum tempo;

    pincelamento no corte do pednculo, por ocasio da colheita, com thiabendazole na

    concentrao de 1%, tambm oferece proteo por algum tempo.

    Fotos: Embrapa Semi-rido

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    Fig. 2. Sintoma de morte descendente em folhas tronco e frutos.

    Odio (Oidium mangiferae)

    Sintomatologia, danos e importncia econmica

    A sintomatologia do odio em planta adulta caracterizada pela presena das estruturas do

    fungo (miclio, conidiforo e condio) sobre a superfcie vegetal, visvel a olho nu, na forma de

    intenso crescimento pulverulento de cor branca que, em seguida, deixa a rea afetada com

    aspecto ferruginoso. Os sintomas so observados em folhas, inflorescncias, ramos e em

    frutos novos.

    Monitoramento na produo integrada de frutas - PIF

    Mtodo de amostragem

    Amostrar: 10 plantas em at 5 ha ; 14 plantas em 06 a 10 ha e 18 plantas em 11 a 15 ha.

    Freqncia: semanal, durante todo o ciclo da planta.

    Folhas: avaliar as cinco primeiras folhas do ltimo fluxo de oito ramos de cada planta, sendo

    dois por quadrante, considerando presena ou ausncia de sintomas (crescimento

    pulverulento de cor esbranquiada no pecolo e invadindo para a superfcie da folha).

    Inflorescncias: oito panculas por planta, sendo duas por quadrante, avaliando a presena ou

    ausncia de sintomas (crescimento pulverulento de cor esbranquiada sobre as flores,provocando sua queima).

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    Avaliao: clculo da % de ocorrncia em folhas e inflorescncias.

    Nvel de ao

    Medidas preventivas: Inspees de 2 a 3 vezes por semana em toda a rea, quando o perodo

    de florao ocorrer no 2 semestre.

    Medidas reparadoras: > 10% de folhas com sintomas, estando a planta sem flores ou > 5%

    estando a planta com flores ou frutos; ser < 5% quando inflorescncias apresentarem

    sintomas.

    Controle

    Resultados positivos vm sendo obtidos nos tratamentos com enxofre, na concentrao de

    0,2%, intercalados com produtos sistmicos como tebucunazole a 0,05% e triadimenol a 0,1%,

    com intervalos de quinze dias. Devem ser efetuadas quatro pulverizaes, sendo duas antes da

    abertura das flores e duas na formao dos frutos, evitando-se a aplicao nas horas mais

    quentes do dia, pois pela manh, perodo mais fresco, h uma melhor reteno dos produtos

    aplicados na planta;

    outros fungicidas, como benomyl e mancozeb, utilizados no controle de outras doenas, como

    podrido seca da mangueira e antracnose, tambm tm efeito positivo sobre o odio. Sugere-

    se, portanto, uma estratgia comum de controle quando essas doenas esto

    simultaneamente envolvidas;

    outros oidicidas sistmicos, como fenarimol e pyrazophos, bastante utilizados na regio, tm

    uma eficincia mais evidenciada quando alternados e intercalados com produtos de contato,

    como o enxofre;

    a alternncia de produtos recomendada para evitar a seleo de estirpes do fungo

    resistentes aos oidicidas.

    Foto: Embrapa Semi-rido

    Fig. 3. Sintoma de Odio em folhas e inflorescncias de mangueira.

    Malformao floral (embonecamento) e vegetativa

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    (Fusarium subglutinans)

    Sintomatologia, danos e importncia econmica

    Plantas infectadas com a estirpe do fungo da malformao, podem apresentar ou no

    sintomas. O fungo afeta as inflorescncias e as brotaes vegetativas da mangueira,

    aumentando os nveis endgenos das substncias reguladoras do crescimento, principalmente

    as giberelinas; este desequilbrio determina o desenvolvimento de brotaes florais e

    vegetativas malformadas. O sintoma caracterstico a inflorescncia compacta, formada pela

    massa de flores estreis, com eixo primrio mais curto e ramificaes secundrias da pancula..

    A inflorescncia apresenta, inicialmente, um crescimento vigoroso, para, em seguida, murchar,convergindo-se numa massa negra, que permanece nas plantas por longo tempo. A

    malformao vegetativa pode ser observada em planta adulta, porm mais freqente em

    mudas no viveiro, e caracterizada pelo superbrotamento das gemas terminais e axilares.

    Monitoramento na produo integrada de frutas - PIF

    Mtodo de amostragem

    Amostrar: 10 plantas em at 5 ha ; 14 plantas em 06 a 10 ha e 18 plantas em 11 a 15 ha.

    Freqncia: duas avaliaes por ciclo da cultura, sendo a primeira aps a poda e a segunda na

    fase de florescimento.

    Brotaes: avaliar a presena ou ausncia de sintomas (superbrotamento) em brotaes ou

    gemas de oito ramos por planta, sendo dois por quadrante, fazendo observao em uma

    brotao na parte apical de um ramo e em uma brotao na parte mediana do outro ramo.

    Inflorescncias: avaliar a presena ou ausncia de sintomas (embonecamento floral) em oito

    inflorescncias por planta, sendo duas por quadrante.

    Avaliao: clculo da % de ocorrncia em brotaes e inflorescncias

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    Nvel de ao

    5% de brotaes ou de inflorescncias com sintomas.

    Controle

    Os resultados positivos no controle so observados quando so adotadas medidas em

    conjunto (controle integrado). Assim, o controle qumico isolado no resolve o problema.

    proceder vistoria peridica do pomar, principalmente nos casos de emergncia de pancula

    sob temperaturas amenas; em viveiro, vistoriar as brotaes vegetativas, observando as

    gemas;

    no usar, na formao de mudas, porta-enxertos infectados, borbulhas ou garfos de plantas

    que apresentem ou j apresentaram sintomas da doena;

    queimar mudas que apresentem sintomas de malformao vegetativa, uma vez que estas tm

    potencial para, quando adultas, desenvolver sintomas de malformao floral;

    evitar a aquisio de mudas malformadas e/ou provenientes de viveiros e regies onde ocorra

    a doena. Em plantas adultas, podar e destruir os ramos que apresentem sintomas da

    malformao. No caso de reincidncia dos sintomas, fazer uma poda drstica. A cada estrutura

    ou rgo podado, deve-se fazer a desinfestao dos instrumentos de poda, atravs da imerso

    em gua sanitria diluda em gua, na proporo de 1:3, protegendo-se as reas podadas daplanta com benomyl e cobre.

    Controle qumico

    O controle de caros aconselhvel nos perodos de pr-florao, com produtos base de

    enxofre molhvel e quinomethionate. A aplicao de cido naftaleno-actico a 200 ppm antes

    da diferenciao floral, em cobertura total, tem apresentado sucesso na inibio malformao ou no equilbrio das substncias reguladoras do crescimento. Pulverizaes com

    benomyl ou com outros produtos destinados ao controle de outras doenas, como odio e

    podrido seca, podem diminuir as causas da malformao.

    Variedade resistente

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    Com relao resistncia varietal entre as variedades de maior aceitao comercial, a

    variedade Haden apresenta tolerncia malformao floral, enquanto que a Tommy Atkins

    a mais suscetvel.

    Fotos: Embrapa Semi-rido

    Fig. 4. Sintomas de malformao vegetativa e floral, da mangueira.

    Antracnose (Colletotrichum gloeosporides )

    Sintomatologia, danos e importncia econmica

    A antracnose ocorre em ramos, folhas, frutos e inflorescncias. Os frutos podem apresentar

    manchas ou leses escuras um pouco deprimidas por toda o sua superfcie, desde o

    pednculo, e com aspecto mido. A casca pode se romper e os frutos infectados chegam ao

    mercado, geralmente apodrecidos. Quando ocorre em frutos novos, estes podem cair

    prematuramente ou pode o fungo permanecer em latncia at que amaduream.

    As flores afetadas enegrecem e secam o pednculo, prejudicando a frutificao em toda a

    pancula. Na rquis da inflorescncia e suas ramificaes, aparecem manchas de colorao

    marrom escura, profundas e secas, alongadas no sentido longitudinal, destruindo grande

    nmero de flores. As folhas podem ser afetadas, ficando manchadas de marrom, de forma ovalou irregular e tamanho varivel. As leses aparecem no pice, margem ou centro da folha,

    podendo esta se romper quando a incidncia da doena muito alta.

    Monitoramento na produo integrada de frutas - PIF

    Mtodo de amostragem

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    Amostrar: 10 plantas em at 5 ha; 14 plantas em 06 a 10 ha e 18 plantas em 11 a 15 ha.

    Freqncia: semanal (da poda at a colheita)

    Folhas: avaliar a presena ou ausncia de sintomas (manchas necrticas irregulares ou

    circulares de tamanho variado) em folhas de oito ramos por planta, sendo dois por quadrante,

    fazendo uma observao de cinco folhas da parte apical de um ramo e de cinco folhas da parte

    mediana do outro ramo.

    Inflorescncias: avaliar a presena ou ausncia de sintomas (necroses nas flores e engao ou

    raquis, de colorao escura e salteadas) em oito inflorescncias por planta, sendo duas porquadrante.

    Fruto: avaliar a presena ou ausncia de sintomas (manchas necrticas com depresso na

    superfcie do fruto, progredindo para a polpa) oito frutos por planta, sendo dois por quadrante

    em panculas distintas.

    Avaliao: clculo da % de ocorrncia em folhas, inflorescncias e frutos.

    Nvel de ao

    Medidas preventivas: inspees de 2 a 3 vezes por semana em toda a rea quando no 1

    semestre do ano o pomar estiver com flores.

    Medidas reparadoras: > 10% de folhas com sintomas, estando a planta sem flores ou > 05%

    estando a planta com flores ou frutos. Tambm ser > 5% de flores ou de frutos com sintomas.

    Controle

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    Por depender muito das condies climticas, primeiramente, o produtor deve adotar o

    sistema de inspeo freqente no pomar, quando nas condies de temperatura e U. R.

    favorveis doena, principalmente nos perodos de florao, frutificao e colheita, de modo

    a estabelecer um controle adequado;

    Quanto s medidas culturais, sugere-se analisar, primeiramente, o espaamento do plantio,

    considerando-se as copas de cada variedade, de modo que no comprometam a ventilao e a

    insolao entre as plantas, bem como as podas leves e peridicas, para abrir a copa e

    aumentar a aerao e penetrao dos raios solares. As podas de limpeza, para eliminao dos

    galhos secos e frutos velhos remanescentes, so recomendadas, como tambm, o

    recolhimento de materiais vegetais cados no cho, a fim de reduzir as fontes de inculo do

    fungo no pomar;

    A associao do controle qumico tambm indispensvel, principalmente logo aps a poda e

    nos perodos antes da abertura das flores, durante o florescimento e na frutificao. Os

    produtos podem ser base de cobre, mancozeb e benomyl, em intervalos variveis de quinze

    a vinte dias, dependendo das condies climticas e da gravidade da doena. Recomenda-se a

    alternncia de fungicidas de contato com os sistmicos, para evitar o aparecimento de estirpes

    resistentes do fungo;

    No tratamento de ps-colheita, tem-se observado algum efeito positivo com a imerso dos

    frutos em tanques com suspenso de thiabendazole a 0,01%, como tambm no tratamento

    hidrotrmico j adotado para moscas-das-frutas, utilizado nas mangas exportadas para os

    Estados Unidos. uma medida eficiente para a antracnose, dispensando qualquer outro tipo

    de tratamento.

    Fotos: Embrapa Semi-rido

    Fig. 5. Sintoma de antracnose em folha e frutolos.

    Mancha de alternaria (Alternaria alternata e A. solani)

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    Sintomatologia, danos e importncia econmica

    Nas condies do Vale do So Francisco, em regio semi-rida do Nordeste do Brasil, os

    sintomas so em folhas, caracterizados por secamento das bordas contornado por uma linha

    no muito defenida, evoluindo para o interior da folha. Frutos em campo ainda no se

    constata a presena do fungo, porm existe suspeita de seus sintomas na ps colheita

    conforme. Anlises em laboratrio no nos permitiu o diagnostico em frutos de infeco

    latente. Os sintomas so de pequenas manchas com centros escuros e bordas difusas, as

    manchas so concntricas pequenas ou coalescidas de forma mais ou menos circular na lateral

    da superfcie exteriorizado-se somente aps a colheita.

    A sintomatologia da mancha de alternaria em manga causada por A. alternata semelhante a

    causada pr A. solani, o que dificulta uma diagnose precisa da doena em condies de campo,

    em termos de espcie.

    Monitoramento na produo integrada de frutas - PIF

    Mtodo de amostrage

    Amostrar: 10 plantas em at 5 ha ; 14 plantas em 06 a 10 ha e 18 plantas em 11 a 15 ha

    Freqncia: quinzenal, durante todo o ciclo da cultura.

    Folhas: avaliar a presena ou ausncia de sintomas (bordas com secamento contornado pruma linha enegrecida evoluindo para o interior da folha) em folhas de oito ramos por planta,

    sendo dois por quadrante, fazendo uma observao em cinco folhas da parte apical de um

    ramo e em cinco folhas da parte mediana do outro ramo, e quantificar a presena de sintomas.

    Frutos: avaliar a presena ou ausncia de sintomas (manchas concntricas pequenas ou

    coalescidas de forma mais ou menos circular, na lateral da superfcie de frutos) em oito frutos

    por planta, sendo dois por quadrante e em panculas distintas, e quantificar a presena de

    sintomas.

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    Avaliao: clculo da % de ocorrncia em folhas e frutos

    Nvel de ao

    10%, de folhas com sintomas ou > 05% de frutos com sintomas.

    Controle

    Na literatura pouco foi encontrado para o controle da mancha de alternaria na cultura da

    manga. Prusky et al. (1999) relatam que a combinao do tratamento com gua quente empulverizao mais o fungicida pochloraz (900ug/ ml) foi mais eficiente que o tratamento

    hidrotrmico convencional, com gua quente a 55oC por 5 minutos.

    Prusky et al. (1983) verificaram que o tratamento qumico na pr colheita reduz

    significativamente, 37%, as infees latentes causadas pr A. alternata no armazenamento,

    sendo esta uma alternativa para um planejamento de proteo ps colheita.

    Lonsdale e Kotz (1993) avaliaram a eficincia de fungicidas no controle de doenas ps

    colheita em frutos de manga de variedades Tommy Atkins, Keitt e Irwin. Verificaram para A.

    alternata a eficincia de Iprodione (50g i.a./100 L); Pochloraz (11,5g i.a./100 L)

    Flusilazol+mancozeb (2+160g i.a./100 L), sendo estes mais eficientes na variedade Tommy,

    apresentando em torno de 0% de infeo, do que na Keitt.

    No Vale do So Francisco, em vistas a freqncia de ocorrncia, porm ainda em pequenos

    focos, tem-se orientado as seguintes medidas de controle:_ Moderao em todo o processo de

    manejo de induo floral, como pr exemplo, reduo do perodo de dias de estresse hdrico;

    poda de limpeza na copa da planta infectada, retirando ramos danificados ou com gemas em

    estresse; retirada de todas as folhas com sintoma, colhendo estas em um saco para posterior

    queima; pincelamento de todas as reas de ferimento das podas com um fungicida sistmico

    registrado para a cultura mais um produto adesivo e pulverizao da planta.

    Fotos: Embrapa Semi-rido

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    Fig. 6. Sintoma de mancha em fruto e de queima em folha.

    Mancha angular (Xanthomonas campestris pv. Mangiferai indica)

    Sintomatologia, danos e importncia econmica

    Em frutos, pode-se observar leses circulares, de colorao verde-escuro, a partir das quais

    podem ocorrer rachaduras quando o fruto se desenvolve. Quando a parte atacada opednculo, o fruto mumifica e murcha.

    Nas folhas, pode-se observar o aparecimento de pequenos pontos encharcados de colorao

    castanha, rodeados por um halo de cor verde claro amarelado. Com a evoluo da doena, as

    leses se desenvolvem, escurecem e assumem formas angulares ao tocarem as nervuras. Em

    seguida, o tecido do centro das leses cai, deixando as folhas com vrios orifcios.

    Nas reas irrigadas do Semi-rido brasileiro os sintomas da mangha angular podem ser

    confundidos com os da mosquinha da pancula Erosomya mangiferae, sendo, as causadas pr

    bactria diferenciada pelo halo clortico. No Submdio do Vale do So Francisco, at ento, a

    doena acontece principalmente em folhas de brotaes jovens e raramente em frutos, no

    primeiro semestre do ano, quando se tem um aumento da umidade relativa do ar, num

    perodo curto de fevereiro a abril. Podendo em condies atpicas, ocorrer fora deste.

    Monitoramento na produo integrada de frutas - PIF

    Mtodo de amostrage

    Amostrar: 10 plantas em at 5 ha ; 14 plantas em 06 a 10 ha e 18 plantas em 11 a 15 ha.

    Freqncia: semanal, durante todo o ciclo da cultura.

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    Folhas: avaliar as cinco primeiras folhas do ltimo fluxo de oito ramos de cada planta, sendo

    dois por quadrante, considerando presena e ausncia de sintomas (leses necrticas

    circulares a angulares com halo clortico visvel nas duas faces foliares, medindo em torno de

    2 a 3mm de dimetro) , e quantificar a presena de sintomas..

    Frutos: avaliar oito frutos por planta, sendo dois por quadrante e em panculas distintas,

    considerando presena ou ausncia de sintomas (leses necrticas circulares e concntricas na

    superfcie e progredindo para a polpa) , e quantificar a presena de sintomas.

    Avaliao: clculo da % de ocorrncia em folhas e frutos

    Nvel de ao

    10%, de folhas com sintomas ou >5% de frutos com sintomas.

    Alternativas de controle

    Acompanhando as reas de produo, a Embrapa Semi- rido tem orientado aos

    mangicultores da regio, uma pulverizao quando nos primeiros sintomas e na poca que

    precede as chuvas, com Kasugamicina + Oxicloreto de Cobre + Adesivo nas concentraes do

    rtulo para fruteiras, e ainda, o arejamento do pomar.

    Quando a doena encontra-se estabelecida no pomar, a orientao fazer uma poda leve de

    limpeza dos ramos vegetativos novos e infectados, pincelamento das reas podadas na planta,

    eliminao do material podado, desinfestao da tesoura de poda com hipoclorito mais gua

    corrente, na proporo de 1:3 e pulverizao com os produtos anteriormente citados.

    Fotos: Embrapa Semi-rido

    Fig. 7. Mancha angular em folhas e em frutos.

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    Seca-da-mangueira ou mal-do-recife (Ceratocystis fimbriata)

    Sintomatologia, danos e importncia econmica

    A infeco pode acontecer de duas formas: atravs da copa e das razes. Quando atravs da

    copa, a seca da planta inicia-se pelos galhos finos da parte externa, progredindo lentamente

    em direo ao tronco, at atingi-lo, matando toda a planta. O fungo s consegue infectar a

    copa se for introduzido. Desta forma, o principal disseminador um coleptero, normalmente

    encontrado sob o crtex de galhos e troncos. Os sintomas so amarelecimento, murcha e seca

    dos galhos, que geralmente tm incio num ramo da extremidade da copa. Quando a Os

    sintomas da seca da mangueira (Ceratocystis fimbriata) podem ser confundidos com oscausados por Botryodiplodia theobromae e vice-versa. A diferena est na infeco de fora

    para dentro do lenho, causada pelo ltimo, e de dentro do lenho para fora, quando causada

    pelo primeiro.

    Alternativas de controle

    O controle preventivo mais coerente ser atravs da medida de excluso, ou seja, com auxliode medidas legais de Defesa Vegetal, para impedir que a doena entre em reas ou regies

    isentas do problema. Como exemplo de medida de excluso, recomenda-se impedir o

    transporte e a recepo de mudas produzidas em locais onde a doena ocorre para locais em

    que no ocorre.O monitoramento do pomar com visitas peridicas, principalmente nos meses

    de maior precipitao e calor, uma medida conveniente.

    As prticas culturais iniciam-se com a aquisio de mudas de locais ou regies onde no ocorre

    a doena. Em locais isentos do problema, mas sob risco, como acontece no Vale do SoFrancisco, ao ser observada alguma ocorrncia, recomenda-se a eliminao da planta

    infectada, retirando-se todas as razes, e queimando-as imediatamente. No local da planta

    eliminada, suspender a irrigao, colocar cal e manter o solo limpo, sem vegetao, durante

    um tempo ainda no determinado, mas por precauo, orienta-se que sejam anos. Esta

    medida j foi adotada em Petrolina, h dois anos e, at ento, vem se obtendo sucesso.

    Em locais onde a doena j ocorre, as infeces via parte area so resultantes da

    disseminao via vetor; infeco possvel de controle, que consiste em eliminar os galhos e

    ramos doentes 40cm abaixo do local infectado. Nesta situao, o produtor deve certificar-se

    da sanidade do ramo que vai permanecer na planta. Para tanto, deve guiar-se pela colorao

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    clara do lenho e pela ausncia de estrias escuras no seu interior. Caso contrrio, a poda dever

    ser feita mais abaixo. Os galhos podados devem ser imediatamente queimados, a fim de evitar

    que os besouros infectados sejam liberados e que outros besouros incidam. Deve-se pincelar o

    local de poda com uma pasta cprica + carbaril a 0,2%. As ferramentas de poda devem ser

    imediatamente limpas com uma soluo de hipoclorito de sdio (gua sanitria) a 2%, para

    evitar a transmisso do fungo a outras plantas.

    O controle da infeco, via sistema radicular, s possvel mediante porta-enxertos

    resistentes, como medida preventiva bastante promissora. O nico impasse o nmero de

    raas que o fungo apresenta, podendo uma cultivar de mangueira, resistente numa regio,

    comportar-se como suscetvel em outra, dependendo da raa do fungo que prevalece naquele

    local. A variedade de porta-enxerto Jasmim considerada resistente a vrias raas do fungo,

    embora seja suscetvel a uma outra raa encontrada em Ribeiro Preto-SP. Outros estudos de

    resistncia tm apontado as cultivares Carabao e Manga D'agua. A variedade Espada umpouco tolerante e a Coquinho, muito suscetvel. Os resultados de avaliao das copas, de um

    modo geral, apresentam alguma tolerncia para as cultivares Rosa, Sabina, So Quirino,

    Oliveiras Neto, Espada, Jasmim, Keitt, Sesation, Kent, Irwin e Tommy Atkins.

    Fotos: Embrapa Semi-rido

    Fig. 8. Sintoma da seca da mangueira na parte area e no tronco.