cujo intuito era identificar a tropa. a influência

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Centro de Comunicação Social do Exército | Brasília, DF | terça-feira | 14 de agosto de 2018 Especial O uniforme militar é um dos principais símbolos que representam a carreira das armas. A sua correta utilização, além de contribuir para a preservação das tradições, para o aumento da autoestima da tropa e para o fortalecimento da hierarquia e da disciplina, potencializa a manifestação de força, transmitindo um ideal de igualdade no qual todos são nivelados, independentemente de origem ou condição. Neste 14 de agosto, 10º dia útil do mês, comemora-se o Dia do Uniforme. Essa data foi instituída por intermédio da Portaria nº 1.424, de 8 de outubro de 2015, que aprovou o Regulamento de Uniformes do Exército, em sua 3ª edição. O evento faz parte das comemorações alusivas ao Dia do Soldado, celebrado em 25 de agosto, oportunidade em que se rememora o nascimento do Patrono do Exército Brasileiro, Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. O uniforme militar nacional foi instituído na França em 1670, pois até então o fardamento era determinado pelos chefes dos corpos, segundo sua vontade. No período colonial, os uniformes utilizados no Brasil eram oriundos de Portugal, com vestimentas desconfortáveis das mais variadas cores e dotados de chapéus e coberturas peculiares, cujo intuito era identificar a tropa. Em 1806, D. João VI, Príncipe Regente de Portugal, criou o Plano de Uniformes para o Exército Português, que foi adotado pelos militares brasileiros até a Independência, quando foram criados novos uniformes com características nacionais. Logo após a proclamação da República, em 28 de novembro de 1889, ainda sob a influência europeia, foi aprovado o primeiro Plano de Uniformes no Brasil. Com o advento da I Guerra Mundial, diversos outros planos sucederam-se, com foco cada vez maior no fator operacional, seguindo uma tendência que se tornou comum a exércitos de outras nações. Em agosto de 1920, um decreto estabeleceu a coloração cáqui para a maior parte dos nossos uniformes e, em dezembro de 1931, foi adotada a cor verde-oliva para o uniforme de combate, originando a identidade da instituição com esse matiz.

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Centro de Comunicação Social do Exército | Brasília, DF | terça-feira | 14 de agosto de 2018 Especial

O uniforme militar é um dos principais símbolos que representam a carreira das armas. A sua correta utilização, além de contribuir para a preservação das tradições, para o aumento da autoestima da tropa e para o fortalecimento da hierarquia e da disciplina, potencializa a manifestação de força, transmitindo um ideal de igualdade no qual todos são nivelados, independentemente de origem ou condição.

Neste 14 de agosto, 10º dia útil do mês, comemora-se o Dia do Uniforme. Essa data foi instituída por intermédio da Portaria nº 1.424, de 8 de outubro de 2015, que aprovou o Regulamento de Uniformes do Exército, em sua 3ª edição. O evento faz parte das comemorações alusivas ao Dia do Soldado, celebrado em 25 de agosto, oportunidade em que se rememora o nascimento do Patrono do Exército Brasileiro, Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.

O uniforme militar nacional foi instituído na França em 1670, pois até então o fardamento era determinado pelos chefes dos corpos, segundo sua vontade. No período colonial, os uniformes utilizados no Brasil eram oriundos de Portugal, com vestimentas desconfortáveis das mais variadas cores e dotados de chapéus e coberturas peculiares, cujo intuito era identificar a tropa.

Em 1806, D. João VI, Príncipe Regente de Portugal, criou o Plano de Uniformes para o Exército Português, que foi adotado pelos militares brasileiros até a Independência, quando foram criados novos uniformes com características nacionais.

Logo após a proclamação da República, em 28 de novembro de 1889, ainda sob a influência europeia, foi aprovado o primeiro Plano de Uniformes no Brasil. Com o advento da I Guerra Mundial, diversos outros planos sucederam-se, com foco cada vez maior no fator operacional, seguindo uma tendência que se tornou comum a exércitos de outras nações.

Em agosto de 1920, um decreto estabeleceu a coloração cáqui para a maior parte dos nossos uniformes e, em dezembro de 1931, foi adotada a cor verde-oliva para o uniforme de combate, originando a identidade da instituição com esse matiz.

A fim de dar continuidade à nova padronização dos uniformes da Força e normatizar os tipos de tecidos e peças, no mês de agosto de 1942, ainda por decreto, foi aprovado o Regulamento de Uniformes para o Pessoal do Exército (RUPE).

Com a participação do Brasil na II Guerra Mundial, em março de 1944, foi elaborado o Plano de Uniformes para a Força Expedicionária Brasileira, modificando o fardamento em uso devido às exigências impostas pela guerra extracontinental e pelas condições do clima e do terreno no teatro de operações da Europa.

Posteriormente, outras atualizações do RUPE foram realizadas nos anos de 1951 e 1954 e, por decreto presidencial, o novo Regulamento de Uniformes do Exército foi aprovado em 1970.

O Regulamento de Uniformes do Exército (RUE), no seu formato atual, teve todas as suas três edições publicadas por intermédio de Portarias do Ministro (1986) ou do Comandante do Exército (1998 e 2015).

Os cuidados e a atenção do militar ao utilizar os diversos uniformes, insígnias, condecorações, distintivos, agasalhos e demais acessórios são preponderantes para a boa apresentação, seja individual, seja coletiva. Se hoje somos uma das instituições com maior credibilidade do nosso País, isso também se deve ao fato de como nos apresentamos à sociedade brasileira.

Dentro desse contexto, Soldado de Caxias, orgulha-te em envergar o teu uniforme! Ele é um símbolo que devemos exaltar. Ao ostentá-lo, com dignidade e galhardia, honraremos aqueles que nos antecederam no cumprimento de nossa destinação constitucional e, acima de tudo, estaremos cada vez mais unidos e coesos para enfrentar os grandes desafios do porvir.

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