tropa de elite do neoliberalismo

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Tropa de elite do neoliberalismo (1): a “nova” direita brasileira e suas conexões transnacionais Publicado em 1 de junho de 2015 por Rejane Carol “Acredito que o verdadeiro coração do conservadorismo é o libertarianismo” Ronald Reagan i Convocação do Portal UOL para o ato do dia 12 de abril. Em 2013, assistimos a repetidas tentativas deVeja e outros meios midiáticos de construir uma liderança de direita crível durante os protestos de junho. Foi um tremendo fiasco. Desde o início deste ano, no entanto, e principalmente com o sucesso da manifestação do dia 15 de março, movimentos apresentados como “espontâneos” em pouco tempo já contavam com sites profissionais e grande inserção na mídia. Chequer no palanque de Aécio No dia seguinte à propaganda em forma de entrevista de Rogério Chequer no programa Roda Viva , o blog “Tijolaço” revelou que a principal figura pública do

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Tropa de elite do neoliberalismo (1): a nova direita brasileira e suas conexestransnacionaisPublicado em 1 de junho de 2015 por Rejane CarolAcredito que o verdadeiro corao do conservadorismo o libertarianismoRonald ReaganiConvocao do Portal UOL para o ato do dia 12 de abril.Em 2013, assistimos a repetidas tentativas deVeja e outros meios miditicos deconstruir uma liderana de direita crvel durante os protestos de junho. Foi umtremendo fiasco. Desde o incio deste ano, no entanto, e principalmente com osucesso da manifestao do dia 1! de maro, movimentos apresentados como "espont#neos$ em pouco tempo j contavam com sites profissionais e %rande insero na mdia.Cheuer no palanue de !"cio&o dia se%uinte ' propa%anda em forma de entrevista de (o%)rio *he+uer no pro%rama (oda ,iva, o -lo% ".ijolao$ revelou +ue a principal fi%ura p/-lica do ",em pra (ua$ era s0cio de uma %estora de fundos de investimento nos E12, junto com um dos maiores -ilionrios do mundo. 2l)m disso, o mesmo site trou3e ' tona uma lista relacionada ' empresa de inteli%4ncia 5tratfor, conhecida como "shado6 *72$ 8a *72 das som-ras9 +ue inclua o nome de (o%)rio.ii*he+uer no escondia sua pro3imidade com o :5D;, em-ora fosse discreto so-re a contri-uio de financiadores como o dono da Cosan Alimentos, *olin;uterfield 8um dos mais en%ajados empresrios na campanha de 2)cio em 201americanos, seja pela entrada do ;rasil em iniciativas como o ;anco dos ;rics, seja na defesa da :etro-rs no mercado internacional.En%dall no apenas e3a%era enormemente o %rau de contrariedade +ue al%uns projetos do %overno -rasileiro estariam %erando, como coloca entre os motivos para a atuao dos E12 para derru-ar Dilma pro%ramas como o ;olsa Famlia D como se pro%ramas de %otejamento social aliadas ' perda de direitos universais no fossem recomenda=es do pr0prio ;anco @undialE? arti%o che%ava a su%erir +ue o @ovimento :asse Aivre 8@:A9, +ue liderou as primeiras manifesta=es de junho de 2013 em 5o :aulo, seria parte desse movimento coordenado por a%4ncias norte>americanas de inteli%4ncia para destruir os %overnos "inimi%os do 7mp)rio$. &a mesma linha, diversos outros defensores dos %overnos petistas compararam o cenrio de 201< com a+uele de !0 anos atrs.F verdade +ue no ) necessrio haver uma ameaa revolucionria real para o patrocnio de %olpes no ;rasil, e disso 1GH< ) e3emplo ca-al. @as Dilma no ) Ian%o, a no ser como pastiche, e um -em des-otado. &os anos 1GH0 havia uma conjuntura hist0rica +ue possi-ilitava +ue determinadas contradi=es do pr0prio re%ime poltico a-rissem caminhos reais para a concretiCao de propostas reformistas D al%o +ue no ;rasil, pas de formao capitalista tardia e marcada por transi=es pactuadas, era de um ineditismo +ue amedrontava as "(e%inas Duartes$ da )poca. 8,oltaremos a essa +uesto na parte 2 deste arti%o9.&a atual conjuntura, no entanto, o capitalismo no a-re espao para reformas, nem para a e3panso de direitos sociais universais, restando aos setores oriundos da es+uerda +ue pretendem administrar um %overno capitalista a defesa, no diCer de um historiador trotsJista, de um "reformismo +uase sem reformas$.iv ,is=es como a de En%dall, em suma, s0 servem para mistificar o carter da ao da oposio de direita ao %overno, j +ue partem de um en%ano %rosseiro do +ue ) o pr0prio %overno.A extrema-direita e o conspiracionismo:or seu turno, a crena em teorias conspirat0rias ) um trao constitutivo dessa nova 8velhaK9 direita. &o ) de hoje +ue o conspiracionismo ) uma ideolo%ia tipicamente da direita, j +ue, por e3cel4ncia, ne%a ou o-scurece o conflito social. 2 poltica, nesse pensamento, ) apresentada como mera manipulao or+uestrada por "foras su-terr#neas$ de "su-versivos$, "comunistas$, "terroristas$ etc.De acordo com levantamento feito pelos professores :a-lo ?rtellado, da 15:, e Esther 5olano, da 1nifesp, pelo menos metade dos participantes do protesto do dia 12 de a-ril disse acreditar em teorias conspirat0rias e se informar por correntes de whatsapp e %rupos de facebook, nutrindo por esses meios um alto%rau de confiana. &esses espaos, se difunde +ue "o :** ) o -rao armado do :.$, +ue "o filho de Aula ) dono da Fri-oi$, e, a p)rola das p)rolas, +ue "o Foro de 5o :aulo est implantando uma ditadura comunista>-olivariana>castrista no ;rasil$.2 o-sesso oficial de todos esses %rupos pelo Foro de 5o :aulo, um hetero%4neo e oficialesco encontro de partidos da -ase dos %overnos considerados pro%ressistas na 2m)rica Aatina D com influ4ncia nula so-re os movimentos sociais mais ativos no ;rasil D al)m revelar seus fortes traos paran0icos, remete novamente 's cone3=es transnacionais da nova direita, j +ue encontramos o alarmismo perante o Foro de 5o :aulo presente na e3trema>direita dos E12.Foi a, no corao do capitalismo internacional, que viveu-se uma forte renovao da militncia direitista ao longo dos anos 1970, a qual culminou com a votao acachapante de 190 em !onald !eagan" # unio entre a direita criste a direita neoli$eral, que teve seu crescimento impulsionado pelos efeitos de uma crise econ%mica &alta da inflao, desemprego' seria fatal no apenas para o pro(eto de reeleio do democrata )imm* +arter, marcaria o surgimento de uma nova forma de poltica pela direita, lanando um paradigma internacional para a mesma"? conspiracionismo marca profundamente essa nova direita nos E12, visceralmente nacionalista. 2s id)ias conspiracionistas eram populares entre os mem-ros de diversas entidades de e3trema>direita como a John Birch Society, +ue, numa campanha sintomaticamente intitulada "Let 15 ?ut$, j em 1G!G, defendia a retirada dos E12 da ?&1, "ale%ando +ue a or%aniCao M?&1N am-icionava a construo de um %overno /nico e universal, comprometendo assim a so-erania do Estado e da nao norte>americana$, nas palavras da historiadora .atiana :o%%i.v @uitas dessas teorias t4m carter fortemente anti>semita, mas o elemento consensual entre elas ) mesmo o anti>comunismo e o anti>mar3ismo.#$$e$ a% $o bem direto$& democracia no.# a O'U achando ue ia en(anar ele$)Entre os diversos %rupos da e3trema>direita internacional +ue denunciam o Foro de 5o :aulo, caracteriCando>o como uma "or%aniCao terrorista internacional$, encontramos o instituto Lyndon LaRoche, +ue tem uma verso pr0pria so-re o +ue seria o ForoO e *onstantine @en%es, mem-ro do ultra>conservador !dson "nstitte e e3>funcionrio da administrao (ea%an +ue durante as elei=es de 2002 escreveu arti%os no #ashin$ton %ost acusando Aula de ser terrorista.Carvalho tem uma interlocuo p*blica com+en(e$&http&,,---.olavodecarvalho.or(,traducoe$,carta.men(e$.htm@as a entidade +ue mais concentra esforos em com-ater a suposta a%enda oculta do Foro ) mesmo o "nter-american "nstitte, criado em 200G e presidido por ?lavo de *arvalho, +ue em 2013 lanou um especial so-re o Foro. &ote>se, no entanto, +ue essas teorias so compartilhadas tanto pelos setores mais tradicionalistas como *arvalho como pelos %rupos neoli-erais, como se pode ver no pro%rama do @;A.Na pr&'ima parte deste arti$o( a direita transnacional) ontem e hoje*i (E2L2&, (onald. 7n PA215&E(, @anuel. "nside Ronald Rea$an.2 (eason 7ntervie6. Iulho de 1GQ!. 8httpRSSreason.comSarchivesS1GQ!S0QS01Sinside>ronald>rea%an9.ii 5eu atual empreendimento ) uma consultoria especialiCada em comunicao +ue tem em sua lista de "personalidades inspiradoras$ um e3>comandante do L2.E 8Lrupo de 2=es .ticas Especiais9 de 5o :aulo, um e3>presidente da *oca>*ola e ?tvio @es+uita.iii ? primeiro arti%o a apontar isso foi httpRSS666.cartacapital.com.-rS-lo%sSoutras>palavrasS+uem>esta>por>tras>do>protesto>no>dia>1!>3213.html.iv 2(*2(T, ,alerio. +m reformismo ,ase sem reformas. 1ma crtica mar3ista do %overno Aula em defesa da revoluo -rasileira. 5o :auloR Editora 5undermann, 2011.v :?LL7, .atiana. "Faces do e3tremo. 1ma anlise do neofascismo nos Estados 1nidosda 2m)rica, 1GQ0>2010$. -ese de dotorado. &iter0iS1FF, 2012. p.1&9nstituto/rasileirode#o>emocr2tica,respons2velporrece$erodinheirodos;?#para financiar os candidatos da oposio udenista' e muitos elementosimportantes da ;avid Larve* destacou a atuao dessas entidades privadas naquiloquechamou de-construo doconsentimento.em relao ao neoli$eralismo"1um espao de tempo relativamente curto, foramPrimeiro epi$>dio da $"rie ?ree to Choo$efundadas ourevitali8adas diversas outras entidades comprometidas comoide2rio neoli$eral e neoconservador" &N' # !caie, por e3emplo, financiou, aindaem1977, a versotelevisada dolivrode HiltonFriedman 5ree toc+oose,transmitida simultaneamente para centenas de pases"Atlas NetworkCarta de ?. 2a@eA a !nthon@ ?i$cher $obre o 9Bito do 3n$titute Cor #conomic !CCair$A Atlas 1et6or4 insere-se precisamente nesse movimento" prio thinA;tanA.A Atlas1et6or4 atua$asicamentecomofomentador,financeiroeintelectual,de entidades que tDm como princpio a defesa de -polticas pO$licas orientadasparaomercado".#(udammaisde500thinI-tanIsemmaisde0pasesFentidades que so orientadas a no se envolver diretamente na polticapartid2ria"1o /rasil, h2 nove entidades ligadas aoAtlas 1et6or4" P fato, portanto, que esseinstituto = um elemento comum da cone3o transnacional dessas entidades que,napr2tica, conformamummesmo-partido., nosentidogramsciano" -Huitosmem$ros do (ovimento /rasil *ivre passaram pelo programa de treinamentodo Atlas 1et6or4, a Atlas *eaders+ip Academ,, e esto agora aplicando o queaprenderam no solo em que eles vivem e tra$alham., di8ia artigo pu$licado nosite da entidade" &7'#ntidade$ bra$ileira$ li(ada$ ao !tla$ 'et-orA.neoli-eralismo$9, em parte al%uma do mundo houve adoo de polticas fora do escopo neoli-eral. 7sso ficou claro na recente crise econWmica no sul da Europa, com a implacvel "troiJa$ 8F@7, ;anco *entral Europeu e *omisso Europ)ia9 impondo seus tr%icos planos de "res%ate$ aos povos +ue, al)m de tudo, passam a ser ta3ados de "pre%uiosos$, "estad0latras$ etc.2 relao do neoli-eralismo com o Estado ) sintomtica das contradi=es do discurso neoli-eral. ? Estado ) malvado, malvado, malvado. @as +uando "d 3a-u$, a +uem se recorre para salvar os -ancosK 2o Estado, +ue, ao res%atar os a%entes financeiros, recompensa todos os comportamentos fraudulentos eventualmente cometidos por eles, mandando seu recadoR continuemE 7sso foi o plano de res%ate dos -ancos nos E12, aprovado pelo %overno americano diante da +ue-ra dos -ancos.:ara salvar o sistema, o Estado se endividaO e para se endividar, mantendo sua "confia-ilidade$ nos mercados para atrair investimentos, tem +ue tirar de al%um lu%ar D +ue, "por acaso$, ) sempre dos servios p/-licos, como sa/de, educao, transportes etc. 8"2juste fiscal$ ) s0 um nome -onitinho pra isso9.2 ideolo%ia oficial ) a de +ue "todos t4m +ue faCer a sua parte$, mas, na prtica, todos pa%am pela crise e3ceto a+ueles +ue lucram com o sistema ' +ual ela ) intrnseca. &a verdade, no importa +uea economia no se recupere com essas medidas, muito menos suas conse+u4ncias sociais calamitosas. ?s neoli-erais so um -anjo de uma corda s0R @ais austeridadeE @ais austeridadeE2t) finais dos anos 1GQ0, eles eram -asicamente uma seita, mar%inaliCada acad4mica e politicamente. *onstituiriam um bnker no Departamento de Economia da 1niversidade de *hica%o, desde onde empreenderam uma estrat)%ia para influenciar setores das elites de pases do .erceiro @undo nos +uais estavam sendo implementadas polticas desenvolvimentistas. 5eria, alis, o *hile de :inochet o primeiro la-orat0rio de aplicao do ajuste neoli-eral, com a adoo da "f0rmula trinitria$R desre%ulamentao dos mercados, privatiCao e corte dos %astos sociais. ? se%undo foi a 2r%entina so- a Ditadura @ilitar de 1GQH>1GU3. 5e voltarmos a 1G2Q e lermos aos elo%ios do aristocrata Aud6i% von @ises ao fascismo, veremos como a defesa de re%imes fascistas e ditaduras para defender a propriedade privada no ) e3clusividade da Escola de *hica%o.ii &o ) apenas @ar3, ) a pr0pria ideia de democracia o +ue est em jo%o em movimentos como o "@ais @ises, menos @ar3$.Foi assim, so- o tratamento de cho+ue de re%imes terroristas +ue essas teorias da "Ai-erdade$fariam sua primeira apario na Xist0ria. E hoje, so- um %overno do :., temos um le%timoChica$o boy comandando a e+uipe econWmica -rasileira D indicao +ue rece-eu os esfuCiantes aplausos da %rande mdia. *hristine Aa%arde, do F@7, ) s0 elo%ios.O neoliberalismo uma doena auto-imune? neoli-eralismo pode ser entendido como poltica econWmica, como teoria econWmica ou, mais amplamente, como estrat)%ia de desenvolvimento 8+ue, como tal, pode en%lo-ar inclusive medidas "heterodo3as$9. 5e%undo @arcelo *arcanholo, en+uanto estrat)%ia de desenvolvimento, fruto da crise estrutural dos anos 1GH0>1GQ0, o neoli-eralismo incluiria tr4s componentesR a esta-iliCao macroeconWmica 8controle da inflao e das contas p/-licas9O as reformas estruturais pr0>mercado, e a retomada dos investimentos privados.iii2 impossi-ilidade prtica, no entanto, da aplicao inte%ral do "pro%rama$ neoli-eral resulta na+uilo +ue o autor chama de carter "auto>imune$ do discurso neoli-eral. &ada parece atin%ir esse receiturio, pois seus defensores sempre podem ale%ar +ue no foi implementado completamente. 5empre +ue sur%em crises, a resposta neoli-eral ) de +ue "faltaram reformas$, de +ue ainda h "muita re%ulao$, "muitos direitos$, "entraves$ e Y-urocracias$.?u seja, mesmo +uando as polticas neoli-erais claramente conduCem a desastres sociais, sempre se pode ale%ar +ue, na verdade, o pro%rama neoli-eral no foi implementado at) o fimEEssa ) a funcionalidade da tal "nova$ direitaR pressionar o %overno para a adoo de medidas +ue aprofundaro a sada recessiva para a crise econWmica,com ata+ues cada veC mais profundos aos direitos tra-alhadores e aos serviosp/-licos. @as o pressuposto deles ) de +ue nada +ue o %overno fiCer ser o suficiente. &em mesmo se fosse o seu "puro>san%ue$ tucano 8fre+uentemente criticado por eles como fraco demais9. &o h e3emplo melhor disso do +ue a posio do 7nstituto Ai-eral so-re AevZ..alveC seja essa a maior proeCa dos neoli-erais de hojeR convencer +ue seu pro%rama ) de oposio, en+uanto ele ) e3atamente o +ue est sendo aplicadoE Xaja mainstream disfarado deotsider.1m trao "auto>imune$ similar pode ser encontrado no conservadorismo das proposi=es repressivas, como reduo da maioridade penal, e reacionrias morais, como proi-io do casamento %aZ, contra os direitos reprodutivos da mulher etc. En+uanto no voltarmos ' idade da pedra, nada satisfar os defensores da famlia tradicional. :ara os repressivistas, nada, a no ser a morte prematura das "sementinhas do mal$, ser o suficiente para a soluo daviol4ncia.Entretanto, em-ora os e3altados defensores da a%enda moral conservadora cumpram papel muito relevante na mo-iliCao da classe m)dia D tal como em1GH< D, so as entidades de carter neoli-eral +ue t4m conse%uido dar a direo.? amplo esforo para se diferenciar das vi/vas da ditadura levou at) o Fausto a condenar os defensores de interveno militar no dia 12 de a-ril. &a co-ertura do Fantstico, eles tornaram>se a "minoria de v#ndalos$ da direita. 2final, para os co3inhas +ue se pretendem s)rios, no tem como no ter ver%onha alheia desse pessoal+ ue 3in%a o[ @ontes+uieu. 2 pol4mica acerca da interveno das Foras 2rmadas, +ue separou os %rupos +ue tiveram peso na convocao do 12 de a-ril, no entanto, ) uma diver%4ncia ttica.:ode ser +ue j tenham passado os 1! minutos de fama desses %rupos D vide o fiasco da "marcha pela li-erdade$, +ue, depois de al%uns atropelos 8sem trocadilhos9, che%ou a ;raslia sem %rande ateno da mdia no /ltimo dia 2Q de maio. @as uma coisa ) claraR a direita tradicionalista e o "partido$ neoli-eral em formato de think-tanks e movimentos 8supostamente9 "espont#neos$ formam uma peri%osa aliana, +ue, com a aplicao de seu pro%rama pelo seu 8suposto9 principal adversrio, tende a crescer e no diminuir.i 2&DE(5?&, :. "2l)m do neoli-eralismo$. 7n. LE&.7AAE, :a-lo \ 52DE(, Emir 8or%s.9. %&s-neoliberalismo. (io de IaneiroR :aC e .erra, 1GGH. p. 1GU.ii 5o-re o assunto, ler o e3celente arti%o de L17@2(]E5, 2ndr) 2u%usto. "? +ue est em jo%o no Y@ais @ises, menos @ar3^$. .ar' e o .ar'ismo. v.2, n.3, a%oSdeC 201ossiD >ireitas]A neoconservadorismo mauricinho;m ]+ultura]]Hais de esquerda]Y :ara uma compreenso dos governos petistas;m ]>ossiD ]; agora, :MY]]