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Escrevo a vocês … p. 22 Para uma comunhão visível p. 24 Informações do Governo Geral p. 27 Solicidadas pela compaixão do bom Pastor p. 29 Plenamente conformadas a Cristo Pastor p. 30 Na partilha dos bens p. 33 No espírito de Familía Paulina p. 35 Igreja – Mundo p. 37 Aprofundemos juntas p. 38 Da conexão à comunhão p. 40 Agenda de família p. 41 Vivendo na casa do Pai p. 42 Suore di Gesù Buon Pastore “Pastorelle” – Roma, Via della Pisana 419/421 Bollettino Informativo anno XXXX Aprile – Agosto 2015

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Page 1: CTN anno XXXX 2015/2 – p. 21 - pastorelle.org · para passar de uma fé teórica, aprendida, à experiência da fé no encontro pessoal com o Salvador, encarnada no quotidiano e,

CTN anno XXXVIIII 2014/3 – p. 20

Escrevo a vocês … p. 22

Para uma comunhão visível p. 24

Informações do Governo Geral p. 27

Solicidadas pela compaixão do bom Pastor p. 29

Plenamente conformadas a Cristo Pastor p. 30

Na partilha dos bens p. 33

No espírito de Familía Paulina p. 35

Igreja – Mundo p. 37

Aprofundemos juntas p. 38

Da conexão à comunhão p. 40

Agenda de família p. 41

Vivendo na casa do Pai p. 42

Suore di Gesù Buon Pastore “Pastorelle” – Roma, Via della Pisana 419/421Bollettino Informativo anno XXXX

Aprile – Agosto 2015

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Querida,Enquanto agradeço o Senhor pelo mês internacional, vivido na casa geral com 17 jovensPastorinhas vindas das diversas Circunscrições, desejo agradecer também a você, por noster acompanhado com a sua oração e também por se fazer partícipe de algumasconsiderações, decorrentes da escuta das Irmãs do encontro e das reflexões que partilhamos.No mês de julho passado foi a primeira vez que na Congregação se propôs um tempo deparada a algumas Irmãs Professas Perpétuas jovens, para permitir-lhes de refletirem juntassobre a vida religiosa e o sonho que cada uma carrega no seu coração, com respeito aofuturo da nossa presença na Igreja como Irmãs de Jesus Bom Pastor. Deu-me alegriaconfrontar tudo aquilo que estas novas gerações de Pastorinhas levam no coração, isto é, ogrande desejo de viver com fé a vida nova recebida no Batismo, através de uma vida religiosaque deixe transparecer algo da vida divina. Cada uma sente fortemente o apelo do Espíritopara passar de uma fé teórica, aprendida, à experiência da fé no encontro pessoal com oSalvador, encarnada no quotidiano e, como consequência, viver a própria consagração dePastorinhas pensando, amando, agindo com a mente, o coração e a vontade renovadas emCristo Pastor.

Várias vezes durante o mês me surgiram algumas perguntas: “Qual vida religiosasomos chamadas a expressar para que possa deixar transparecer o dom da comunhão aonosso mundo? Quais obstáculos estão obscurecendo-a e impedindo de mostrar Aquele aquem pertencemos? Como a nossa vida em Cristo pode transfigurar também o ambiente noqual vivemos?”.

Por isso, procurei recolher, no diálogo com o Senhor e à luz do caminhocongregacional iniciado no nosso 7° Intercapítulo1, algumas reflexões partilhadas neste mês,que para mim se tornaram oração e que comunico, na esperança de que sejam também paravocê, e para todas nós, para a Igreja, tornem-se um convite para nos dedicarmos com maioralegria à humanidade que espera pela salvação.

Senhor Jesus, vós que nos revelais a cada dia o rosto do Pai, por meio do teu Espírito,ajudai-nos a entrar sempre mais profunda e livremente no dom da vida nova recebida noBatismo, comunhão divina que pulsa em nós e fazei-nos sentir fortemente a necessidade deuma mudança concreta da nossa vida consagrada, que seja revelação desta mesma vida,janela aberta que deixa entrar no mundo a luz do Amor Trinitário. O renovado apelo à vida decomunhão está evidenciando ainda mais cultura hodierna do individualismo, mentalidade quetoca cada uma de nós, e constantemente afeta nossos encontros comunitários, as nossasrelações fraternas e até mesmo o ministério pastoral que nos confiastes. É vosso desejo quesejamos abertas à vossa Graça, acolhedoras da Vossa vida em nós, encorajando-nos amantê-la sempre no centro, nas nossas relações, nas nossas opções, para que seja a fontevida da Trindade Santa a manifestar-se nos tempos e na modalidade escolhidas por Vós, emobediência ao Pai. Jesus, vós nos revelastes que a vontade do Pai é que o homem se sintaamado por Ele, que volte para Ele e viva em comunhão com Ele. E Vós, Filho amado, viveis

1 Cf. Proposta para o próximo triênio, Atos do 7° Intercapítulo 2014, pp. 25-26.

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esta vontade como o sacrifício da vossa vontade para a comunhão com o Pai, para amanifestação da Sua glória entre os homens.

Pai, obrigado, porque através do Espírito Santo transfigurai-nos sempre mais emCristo, vosso Filho. Desejais que cada uma de nós colabore com o Espírito nesta obra deidentificação com Cristo Bom Pastor, aquele processo que Alberione definiu como“Cristificação” e que São Paulo nos testemunhou na bela expressão: “Fui crucificado juntocom Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 19.20).Fazei-nos compreender que Cristo não quis modelar a história, mas submeteu-se aosacontecimentos, mesmo dolorosos, da história, mantendo o olhar sempre direcionado a Vós.

Nós, ao contrário, assumimos a mentalidade do mundo: queremos programar tudo, atéas vocações, pelas quais estamos preocupadas, agora que diminuem e nós envelhecemos.Sim, estamos mais preocupadas em salvar a nós mesmas que vos pedir: “Senhor, o quequereis dizer para mim e à minha Congregação com esta situação?”. Às vezes acreditamosque basta um bom pensamento para sermos boas Pastorinhas; acreditamos que, seelaborarmos projetos vocacionais que atraem as jovens, teremos futuro; enquanto Vós nosfazeis entender que é preciso deixar o Espírito Santo trabalhar em nós, de modo que a vidadivina que palpita em nós, torne-nos atraentes e nos impulsione a entregarmo-nos ao Vossodesígnio de salvação para com a humanidade.

Pai, obrigado porque a primeira face da comunhão que nos revelais é exatamente aVossa misericórdia. Concede-nos a percepção de nós mesmas como lugar onde esta semanifesta, e o reconhecimento também dos outros como lugares desta misericórdia infinita,que nos revela como irmãos e irmãs. Quantos sofrimentos inúteis nas nossas comunidades,provocados por querer levar adiante e a todo custo, os nossos projetos pessoais, as nossasideias e visão das coisas. Quantas discussões sobre a verdade abstrata, cada uma com apretensão de ter razão... E tudo isso à custa da vida nova, da vida de comunhão que nos foidoada, da vida que nos pede o sacrifício da nossa vontade, por amor, como fez Jesus.

Quanto é difícil para mim, para nós, dar, oferecer a nossa vontade para aderir à Vossa,a única que pode realizar verdadeiramente o bem. Vós procurais pessoas disponíveis e livres,para confiar a elas o vosso desígnio de amor, mas como podeis encontrar-nos disponíveis setemos os nossos projetos já elaborados, prontos para serem realizados? Vós, Senhor,chamai-nos a viver em plenitude, mas, parece estar sempre ocupada a linha telefônica donosso coração, e não vos respondemos por que escutamos somente nós mesmas, enquantoque, na verdade, não podemos fazer o bem continuando a nossa auto-afirmação.

Somente em Cristo por meio do vosso Espírito, ó Pai, também nós podemos responderà vossa vontade de amor e de comunhão. É por isso que vos pedimos, uma vez mais, de nosensinar a oferecer nossa vontade a Vós, em Cristo, para que possamos servir o mundosegundo a Vossa vontade, como filhos. Temos a necessidade de encontrar a coragem parafazer uma leitura espiritual de nós mesmas e do mundo; reconhecer onde, ainda hoje, écrucificado o vosso Filho Jesus. Infelizmente, porém, não somos habituadas a submeter anossa vontade, a sacrificá-la a Vós pela comunhão, e por isso não somos capazes dereconhecer onde Vós nos falais. Dai-nos ainda confiança Senhor, para nos exercitar nestaentrega livre da nossa vontade, para que possamos dizer-vos com Cristo, no Espírito: “Aba,Pai! Não come eu quero, mas como Vós quereis”.

Então Pai, livrai-nos do engano de pensar que a reforma da nossa vida religiosarequeira simplesmente o nosso esforço para amar mais, para rezar mais, ou encontrar novasmodalidades de vida fraterna, ou novas formas de apostolado, mas ajudai-nos a crer queunidas a Vós, podemos nos abrir e seguir o caminho que nos estais indicando, neste tempode graça!

Filhas amadas, permaneçais em Cristo, incorporadas Nele, vivais como filhas, como omeu Espírito vos indica em cada Eucaristia e não esqueçais que a Minha única vontade é acomunhão no amor. Por isso não vivais mais como donas de vós mesmas, porque já

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oferecestes a vossa vida a Mim, em Cristo e na Igreja. Agora pertenceis a um corpo eclesialque é o corpo do meu Filho, por Ele e com Ele podeis viver como pessoas redimidas, e nãomais como indivíduos, e o Espírito vos guiará por caminhos novos. Deixai-vos surpreenderpelo meu Amor!

Peçamos a intercessão de Maria, venerada por nós como Mãe de Jesus Bom Pastor,para que nos ajude a surpreendermo-nos com o Amor de Deus como ela fez com o seu cantodo Magnificat.

E a todas vocês, Irmãs que celebram o Jubileu de consagração religiosa, desejo quepossam viver plenamente este canto de louvor Àquele que nos chamou a segui-lo mais deperto, como Pastor compassivo que não descuida de nenhuma das suas ovelhas.

Em comunhão,

Ir. Marta FinotelliSuperiora Geral

S. Fidenzio (VR), 28 de agosto de 2015Santo Agostinho, Bispo e doutor da Igreja

Do grupo do governo geral…Das Irmãs do governo geral…Alimentar-nos Dele e permanecermos Nele mediante a Comunhão eucarística, se o fizermos

com fé, transforma a nossa vida, transforma-a num dom a Deus e aos irmãos. (...) Significa entrarnum dinamismo de amor, tornando-nos pessoas de paz, pessoas de perdão, de reconciliação e departilha solidária. (Papa Francisco - Ângelus 16.08.2015).

Parece-nos que estas palavras de Papa Francesco sintetizem tudo aquilo nos foi permitidoviver nos acontecimentos deste tempo, particularmente: as visitas fraternas, os retiros, acelebração dos Jubileus de profissão e o curso internacional de formação para as ProfessasPerpétuas dos primeiros dez anos de profissão.

Todos estes acontecimentos foram marcados por Celebrações Eucarísticas que nospermitiram saborear, juntamente com muitas de vocês e com tantos irmãos e irmãs em Cristo, odom da comunhão.

As visitas fraternas, vividas no encontro quotidiano com a Palavra e nutridas por um ÚnicoPão, são sinais deste dinamismo de amor, do qual nos fala o Papa Francisco, e que torna fecundaa nossa partilha do caminho de fé e da nossa missão pastoral.

Os Jubileus da Família Paulina foram também uma ocasião para festejar juntamente comcada Pastorinha, e de modo especial a duas Irmãs da comunidade da casa geral: Ir. FrancescaLazzarini e Ir. Aminta Sarmiento (respectivamente 50 e 25 anos de profissão). Sentimo-nos umaFamília na Igreja, renovando, portanto, a alegria deste ano dedicado à Vida Consagrada.

Enfim, o acontecimento mais significativo deste tempo foi o mês de graças, vivido com as 17Irmãs que participaram do Curso Internacional de Formação para as Professas Perpétuas dos

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primeiros dez anos. Como governo geral, juntamente com as Irmãs da comunidade, sentimo-noscomo um “útero”, que acolhia a vida nova que o Senhor doava a estas Irmãs, e também para nós,ao longo destes dias intensos de estudo, reflexão, partilha oração, discernimento e recreação.

Pudemos contemplar nestas jovens Irmãs a abertura para o novo que o Espírito suscitavanos seus corações e que as tornavam abertas para viver na dinâmica pascal cada momento destaexperiência Congregacional e eclesial.

Finalmente, como grupo, pudemos passar os nossos dias de férias nas montanhas, onde anatureza nos permitiu repousar, caminhar, rezar e também exercer a nossa arte-culinária... Faltousomente Ir. Inácia que estava em visita à comunidade do Gabão.

Louvamos ao senhor por todos os seus dons e confiamos cada Irmã e Comunidade ao seuamor de Pai. Agradecemos a oração e proximidade de vocês para conosco. Maria Mãe do BomPastor nos torne sempre mais dóceis para acolher e viver de seu Filho Jesus Bom Pastor.

Ir. Aminta Sarmiento Pontespelas Irmãs do governo geral

Do grupo de governo da ProvinciaFilipinas-Australia-Saipan-Taiwan

A REALIDADE DO CAMINHO DE COMUNHÃO, OS DESAFIOS,O COMPROMISSO ASSUMIDO NA EXPERIÊNCIA DE UNIFICAÇÃO DE PI-AU-SA-TA

A nossa Regra de Vida, no artigo 17, afirma que “pela graça do Senhor Jesus, é-nos dadoviver a consagração pastoral em comunhão de vida para se sinal visível de que todos os homenssão chamados à fraternidade e à reconciliação em Cristo”. Este artigo da Regra de Vida expressaa nossa convicção que a vida de comunhão já é uma realidade, é um dom. Reconhecemos que acomunhão de vida não é algo que nós criamos, mas um dom que recebemos. A comunhão devida é uma resposta, dia após dia, do “confessar a força da ação reconciliadora da graça, queabate os dinamismos desagregadores presentes no coração do homem e nas relações sociais”.(VC 41).

Ao definir a vida fraterna, São João Paulo II a compara com a Igreja, que é essencialmentemistério de comunhão, “«um povo unido pela unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo». Avida fraterna intenta refletir a profundidade e a riqueza desse mistério, apresentando-se como umespaço humano habitado pela Trindade, que difunde assim na história os dons da comunhãopróprios das três Pessoas divinas”. (VC 41).

O objetivo elaborado no 7º Intercapítulo para os próximos três anos, fala de comunhãousando o tempo presente para indicar que se trata de algo já em ação: “Da fonte viva da trindadeacolhamos o dom da comunhão e alimentadas pela Eucaristia...”. O fato de ascender e passarpara as comunidades a “Lamparina da Comunhão”, usada nos momentos significativos e na vidade oração de cada comunidade, é um fazer memória desta comunhão – dom que abraçamosativamente.

Ao partilhar a realidade do caminho de comunhão, a ênfase operativa é posta no atualcaminho, no percurso, na abertura da pessoa e da comunidade, para acolher, aceitar e tornarvisível o dom.

Nós, da Província PI-AU-SA-TA, percorremos esta estrada nos últimos anos, o que nospediu abertura de coração e prontidão para viver a comunhão de vida que conhecíamos em duasrealidades distintas, da delegação Australiana e da Província Filipina, para nos tornarmos umanova realidade de uma Província que abraça Filipinas, Austrália, Saipan e recentemente tambémTaiwan.

Acreditar é ter confiança que o convite do Governo Geral para viver o dom da comunhão deum modo que mudaria a nossa configuração no contexto da Congregação, era a vontade de

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Deus, além de sinal dos tempos, e isso exigiu de cada Irmã uma fé mais profunda, como a fé deMaria na Anunciação. O nosso “fiat” pronunciado no início com uma certa hesitação, masgradualmente reforçado através das várias fases do processo, levou-nos a unificação. Precisamosadmitir que nos nossos corações já sabíamos que o futuro da nossa missão seria legada a novasestruturas.

Foi uma experiência comum que, apesar da nossa disponibilidade em caminhar na fé, deu-nos certa angustia pelo futuro, por causa do medo de perder a nossa identidade e a consciênciade que a criação de uma nova realidade significaria necessariamente deixar aquilo que eraconhecido e familiar, que amávamos. E isso continua a ser um desafio para a nossa fé, assimcomo a obediência aos sinais dos tempos, os quais indicam claramente que a unificação é umimperativo para o bem da missão pastoral. Por outro lado percebemos que o fato de nos serconfiada uma outra comunidade nova (Taiwan), poderia ser uma prospectiva desencorajante paraa Província e certamente um chamado a um novo estilo de governo; mas o compromisso dediálogo foi enriquecido pela história de cada grupo.

O caminho continua a nos desafiar para encontrar novas e efetivas formas de comunicação,para reconhecer a necessidade contínua de compreender melhor o outro, admitindo os própriospré julgamentos e relutâncias em entrar nas novas esferas de pensamento cultural e eclesial, bemcomo no senso de pertença a vida religiosa. Isso ressalta a nossa necessidade de discernimentoe conversão. Obriga-nos a sermos sinceras nos nossos compromissos de conduzir as diferençasem harmonia e ao mesmo tempo resistir à uniformidade e às soluções fáceis, ás tensões, aoscontrastes e aos problemas que se apresentam. É viver o mistério Pascal!

Falamos diferentes línguas, linguagens verbais e não verbais, que podem influenciarsignificativamente na qualidade das nossas conversações na comunidade e nos nossos lugaresde apostolado. O convite constante é a permanecer pacientemente presentes, a oferecer escutagenuína e a ser decididas no “não fazer nada por espírito de rivalidade ou de vanglória, (...) cadaum considerando os outros superior a si mesmo, sem buscar os próprios interesses, mas sim odos outros.” (cf. Fl 2,3-4)

E o Papa nos exorta: “Numa sociedade marcada pelo conflito, a convivência difícil entreculturas diversas, a prepotência sobre os mais fracos, as desigualdades, somos chamados aoferecer um modelo concreto de comunidade que, mediante o reconhecimento da dignidade decada pessoa e a partilha do dom que cada um é portador, permita viver relações fraternas.” CartaApostólica do Papa Francisco a todos os Consagrados por ocasião do ano da Vida Consagrada,nº2, 21 de novembro de 2014)

O caminho abriu para todas nós novas possibilidades de encontro que nos enriquecemreciprocamente, como temos nas palavras de A vida fraterna em comunidade, número 42: “...membros de diversas culturas podem contribuir a um intercambio de dons, através da qual seenriquecem e se corrigem mutuamente, na comum tensão para viver sempre mais intensamente oEvangelho da liberdade pessoal e da comunhão fraterna.” Com um modo de comunicaçãopessoal e de correspondência escrita mais sintéticos, crescemos na nossa capacidade dedialogar, de participação nos encontros provinciais e nas visitas recíprocas. Ao mesmo tempo sãoabundantes as oportunidades para uma maior troca de pessoas, experiências e recursos. Issotambém está nos ensinando a valorizar sempre mais a prática da lectio divina, e a permanecerfiéis à oração, da qual a Eucaristia é o coração. (cf. VC 42)

Ao recordar as palavras do Bem-Aventurado Tiago Alberione que descreve “a vida comouma grande viagem rumo a eternidade e cada dia é uma etapa desta viagem”, empenhamo-nos acaminhar a cada dia em comunhão de vida, dom de Deus, sustentando sinceramente o amorfraterno nas nossas comunidades e nos lugares de apostolado, partilhando os recursos, buscandonovos modos de governo para dar testemunho que todos os seres humanos são chamados àfraternidade e à reconciliação em Cristo. (cf. RdV 17).

Ir. Arsenia Estrada, Ir. Cynthia Angalot, Ir. Nelia Llanto,Ir. Lucita Saligumba e Ir. Revelina Santiago

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A Superiora geral, Ir. Marta Finotelli, com o consenso do Conselho, de abril a setembroencaminhou os seguintes assuntos:

Emanou o decreto de ereção da comunidade de Campo Grande “comunidade vocacional” daProvíncia BR-CdS.

Refletiu sobre o resultado da visita canônica realizada na Delegação Chile-Peru e da visitafinalizada na comunidade de Cantel-Cuba, nos dias 19 de abril a 11 de maio de 2015. Alémdisso, integrou a comunidade de Cantel-Cuba na Delegação Chile-Peru, que assumiu estanova configuração, a partir de 29 de junho de 2015, passando a chamar-se Chile-Peru-Cuba(CI-PE-CU).

Concluiu a visita canônica à Província ICN, com a visita da comunidade de Pemba,Moçambique, realizada por Ir. Marta Finotelli e Ir. Cesarina Pisanelli, de 20 de maio a 01 dejunho de 2015, preparando e enviando em seguida a Carta Mensagem.

Definiu a visita finalizada à comunidade de Libreville-Gabão, realizada de 21 de julho a 16 deagosto de 2015, pela Ir. Inácia dos Santos juntamente com a Superiora Provincial, Ir. ElenirAgustini (BR-SP), e considerou o seu resultado.

Encaminhou a preparação da Visita canônica à Província PI-AU-SA-TA, prevista para 26 desetembro a 6 de novembro de 2015. Nesta visita, a Superiora Geral será acompanhada pelasConselheiras gerais: Ir. Inácia dos Santos e Ir. Marisa Loser. Ir. Puríssima Tañedo estarápresente para a tradução e para algumas orientações sobre a secretaria e o arquivo.

Preparou o encontro internacional para as 17 jovens Professas Perpétuas, realizado de 25 dejunho a 25 de julho na Casa geral – Roma, e no final fez uma avaliação positiva do encontro.

Encontrou-se com os estudantes do Curso de Formação sobre o carisma da Família Paulina,para a habitual visita deles aos Governos gerais.

Aprovou: A abertura da comunidade no Bairro Cidade Satélite, na Diocese de Boa Vista-

Roraima, da Província BR-CdS, ad experimentum por três anos. A abertura da comunidade de Foggia, na paróquia de São Filippo Neri, diocese de

Foggia-Bovino, da Província ICS. A reabertura da comunidade de Banna, diocese de Laoag, da Província PI-AU-SA-TA.

Acolheu o pedido da Delegação da Coreia para mandar duas Irmãs para aprenderem a línguachinês-mandarino, enquanto prestarão serviço pastoral em tempo parcial à comunidadecoreana da Paróquia de Shenyang, na China Continental. O início desta experiência estáprevisto para fevereiro de 2016

Refletiu sobre a situação econômica da Congregação e solicitou a colaboração de Ir. EdíliaMoretti (BR-SP) e Ir. Jessica Aglavia (PI-AU-SA-TA), para fazer parte da Comissão EconômicaGeral (CEG). Também refletiu sobre temas relacionados com a economia, em vista doencontro das Ecônomas por Continente.

Encaminhou o processo de consulta em vista da nomeação do novo grupo de governo daProvíncia BR-SP. Nomeou Ir. Maria de Fátima Piai, Superiora Provincial para o quadriênio de2016-2019.

Informou o Conselho sobre o encontro com os Superiores gerais da Família Paulina, realizadono dia 16 de junho de 2015, na sede geral da Pia Sociedade de São Paulo.

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Admitiu para o ano de preparação à Profissão Perpétua a Juniorista Rita Lee da Delegação daCoreia e aprovou o seu programa formativo. Ir. Rita atualmente se encontra na Itália para umaexperiência comunitária e apostólica.

Solicitou a disponibilidade de Ir. Ângela Napoli, da Província ICS, para fazer parte daComissão internacional de pesquisa e estudo sobre os textos do Fundador, pela línguaitaliana, substituindo Ir. Monica Reda, missionária no Uruguai.

Aprovou o Programa formativo do Juniorato da Delegação CO-VE-ME. Considerou os assuntos que foram tratados no encontro com as Irmãs da Equipe de

comunicação-informação-reflexão (ECIR), realizado na casa geral 20 e 21 de agosto de 2015.Nestes meses foram preparadas as Novenas em vista da Solenidade de Jesus Bom Pastor,dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e da Festa de Maria Mãe do Bom Pastor, enviada poremail e disponível para download no nosso Site Congregacional.

Refletiu sobre o caminho realizado na Congregação com relação ao aprofundamento doObjetivo do 8º Capítulo Geral, em vista do itinerário de preparação do 9º Capítulo.

EEnnccoonnttrroo IInntteerrnnaacciioonnaall ppaarraa 1177 jjoovveennss pprrooffeessssaass ppeerrppééttuuaass

De 25 de junho a 25 de julho de 2015, na Casa Geral, nós, Irmãs dos primeiros 10 anos deProfissão Perpétua, reunimo-nos para o Mês Internacional de formação, com tema: “A nossacomunhão é com o Pai e o Filho no Espírito” – O dom da comunhão que encanta o mundo.

Sentimo-nos particularmente privilegiadas de poder celebrar este evento exatamente no anodedicado à Vida Consagrada e de ter a oportunidade de retomar o fundamento da nossa vidacristã de Pastorinhas, para aprofundar a vocação e qualificar a nossa missão.

Éramos 17 participantes, provenientes de quase todas as nossas Circunscrições, das quais4 irmãs que já se encontravam em Roma há alguns anos, por motivo de estudo, e ajudaram natradução dos conteúdos em espanhol, português, coreano e inglês. Fomos acompanhadas porIrmã Marisa Loser, Conselheira para a formação e Ir. Marta Finotelli, Superiora Geral.

Neste mês aprofundamos os fundamentos da vida cristã e do nosso carisma. Mas não setratou de um simples estudo, e sim de uma experiência vivida na Trindade e partilhada na riquezadas diversas culturas. Sentimo-nos particularmente interpeladas a abrirmo-nos aos apelos doEspírito, para não favorecer o nosso “homem velho” que procura sempre reter tudo para si, mascriar espaço ao homem novo, aberto à comunhão e a oferta de si. O apelo, portanto quepermanece forte é passar do indivíduo, que vive em função de si, à pessoa, que tece relaçõesvividas no dom da comunhão, recebido com a vida nova do Batismo.

A Participação ao Congresso de Assis, promovido pelo Centro Aletti, de 6 a 11 de julho foiuma experiência eclesial que nos fez saborear a beleza de ser Igreja, de sentirmo-nos Corpo deCristo. Durante a peregrinação a região de Alba, de 18 a 22 de julho – lugar das origens daFamília Paulina – pudemos ver os conteúdos refletidos anteriormente encarnados na vida detodos os santos paulinos. Eles acolheram Cristo na própria humanidade, deixando transparecer abeleza do Cristo transfigurado, não obstante as próprias fraquezas, limites e pobreza. Viveramcom grande fé, no Espírito do Filho.

A experiência vivida nos possibilitou um olhar novo para considerar tanto a vida fraternaquanto a missão pastoral da nossa congregação. Pedimos a graça, por intercessão de Maria Mãedo Bom Pastor, de fazer crescer, a cada dia, esta semente de vida e de luz que foi semeada nonosso coração, para que dê frutos de comunhão onde quer que estejamos e possamos tambémnós dizer, como São Paulo: não sou mais eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim (Gl 2,20),e como Pastorinhas nos tornarmos portadoras de luz no mundo.

A nossa comunhão é sempre com o Pai e o Filho no Espírito! Obrigada a todas vocês quenos acompanharam com a oração!

Ir. Marilyn Delalamon e Ir. Cristiane Ribeiro

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ESPERIENZE DI COMUNIONE NELLA CURA PASTORALE

BR-CdS

Il dono di ‘collaborare con i pastori e laici in comunione di responsabilità nellacomplementarietà dei doni e condividendo iniziative volte all’edificazione della comunità cristiana’(cfr RdV 11), si rende concreta nella nostra comunità di Londrina, fin dalla sua apertura, a febbraio2007.

Lungo questi anni sono stati tanti i momenti in cui abbiamo potuto esperimentare unacrescente comunione con i pastori e laici. È molto bello costatare che la nostra missione di tessererelazioni viene percepita e intesa in tutta l’archidiocesi come un modo di essere delle SuorePastorelle. Negli ultimi tempi abbiamo raggiunto un punto molto alto di tutto questo cammino, conla malattia di sr Sandra Pascoalato. In seguito alla sorpresa della diagnosi e alla necessità urgentedi una chirurgia, si è sviluppata una catena di preghiera e di solidarietà ancora più sorprendente.La partecipazione in diversi modi, con l’affetto paterno e amichevole del nostro arcivescovo, deisacerdoti, del parroco e dei laici con cui collaboriamo e di tutte le Suore Pastorelle della Provinciaè qualcosa che ci stupisce e ci parla del come Dio è stato ed è buono con noi. Non sarebbeun’esagerazione dire che quasi abbiamo toccato con la mano la benevolenza del Dio Pastore chesi prende cura, provvede e ci conduce nei sentieri più stretti e, ogni tanto, più bui.

Dai nostri cuori si alza un sentito “Grazie Signore” e, allo stesso tempo, si ravviva in noi ildesidero di consegna, di dedizione senza riserve nella missione di ‘costruire comunione’ che ilproprio Dio ci ha affidato in questa porzione del suo Regno.

Sr Renata Dalle Laste, sr Lilian Dal Santo e sr Sandra Maria Pascoalato.

CO-VE-ME

Ringraziamo Dio per il dono meraviglioso della nostra vocazione nella Chiesa come Suore diGesù Buon Pastore – “Pastorelle”, e specialmente per questo cammino segnato dal 7°Intercapitolo con il tema della Comunione per vivere con rinnovato amore il sacramentodell’Eucaristia e le relazioni comunitarie. San Giovanni Paolo II ci ha detto: “Spiritualità dellacomunione significa innanzitutto sguardo del cuore portato sul mistero della Trinità che abita innoi, e la cui luce va colta anche sul volto dei fratelli che ci stanno accanto” (cf. NMI 43).

Nella nostra comunità di Gesù Bambino di Praga, della città di Medellín (Colombia), doveattualmente mi trovo, ho percepito la comunione attraverso l’ascolto, il dialogo, il rispetto, la gioia el’accoglienza verso ogni persona, nei piccoli gruppi che stiamo accompagnando con la formazionee la dimensione missionaria.

È stata di particolare importanza l’esperienza della Lectio Divina, specialmente con il gruppobase, composto dal Parroco, dal Vicario, dagli animatori di ogni gruppo, e dalle Pastorelle, in cuirealizziamo un itinerario di crescita spirituale, di fraternità e allo stesso tempo, condividiamo questaricchezza con le persone affidate alla nostra cura pastorale.

sr Luz Elmira González

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ICS - AL

In comunione… nell’unità pastoraleLa diocesi di Perugia-Città della Pieve oramai da diversi anni ha fatto la scelta di dividere il

proprio territorio in unità pastorali. Quella di cui fa parte la nostra comunità è la n° 14.Essa è costituita da cinque parrocchie ed ha due parroci in solidum e un vice-parroco che

vivono insieme nella canonica di Pieve di Campo. Noi suore viviamo nella canonica dellaparrocchia più grande: Ponte S. Giovanni.

Tre delle cinque parrocchie sono abbastanza amalgamate, basti pensare che il triduopasquale si celebra solo in una di esse. Anche il coordinamento della catechesi, della carità e dellaliturgia è unico con rappresentanti di tutte e tre le parrocchie. Dallo scorso anno si sta muovendoqualcosa, non certo per appiattire, ma per unificare e includere in questo coordinamento anche lealtre due parrocchie. Sia noi suore, sin dall’Avvento che durante la Quaresima, insieme aisacerdoti abbiamo iniziato a “girare” per tutte e cinque le parrocchie per le celebrazioni delladomenica, e a tentare il raccordo sia per l’aspetto catechetico che per quello della pastoralefamiliare. E ci sono segni di fiducia che lasciano ben sperare, ma che bisognerà coltivare.

Mettere insieme così tante persone e parrocchie non è semplice. Ecco perché, oltre ad averedelle riunioni periodiche dell’unico consiglio pastorale di unità pastorale, ogni lunedì sacerdoti esuore ci incontriamo per crescere nella comunione per cui preghiamo insieme le lodi, facciamocolazione, riflettiamo e verifichiamo-programmiamo la settimana. Certamente come in tutte lecollaborazioni non mancano le difficoltà, ma ci sostiene la fiducia prima di tutto nel buon Pastoreche ci anima e sostiene nell’ansia pastorale, che ci spinge a operare per il bene delle persone anoi affidate; e, la stima reciproca, che ci fa pensare la collaborazione in positivo anche quando, avolte, umanamente parlando, di positivo ne vediamo ben poco. Siamo in cammino per cui ….ricordateci nella vostra preghiera al buon Pastore e a Maria sua e nostra Madre.

Sr Rosaria Longobardi

Ir. GLÓRIA BOFFUma vida oferecida pela unidade

Torres è uma cidade do Brasil, situada no litoral norte do Estado do Rio Grande do Sul, a200 quilômetros de Porto Alegre. O nome vem dos três grandes rochedos a beira da praia, deorigem vulcânica e formados há milhões de anos, cuja base é de arenito e a parte superior debasalto. Os paredões rochosos têm aproximadamente 40 metros de altura, contém numerosascavidades criadas pela ação das ondas no tempo e formam um verdadeiro forte natural entre ooceano e o continente, dando a praia um contorno muito sugestivo. É um cenário impressionantede beleza natural que faz de Torres uma das praias mais famosas do Estado do Rio Grande doSul. Por trás da cidade se levanta a Serra do Mar, uma cadeia montanhosa que uneharmoniosamente mar, montanha, céu e floresta – uma espécie de pequena síntese das belezasnaturais do Brasil.

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Em Torres, na comunidade de Pirataba, no dia 22 de maio de 1945 nasceu Glória, sexta epenúltima dos sete filhos – terceira mulher – a qual foi acolhida com grande alegria. No coraçãodo vilarejo se encontra a Igreja Paroquial, dedicada à Mãe de Deus, venerada com o Título deNossa Senhora da Glória. Nesta Igreja a pequena foi batizada, em 6 de junho, e recebeu o belonome da Mãe de Deus, Maria da Glória. Na mesma Igreja, três anos mais tarde, como era comumna época, a menina recebeu o sacramento do Crisma, no dia 8 de novembro de 1948.

O pai Augusto trabalhava com a cana de açúcar, e a mãe, Alzira da Silva, apesar dos filhospequenos para cuidar, trabalhava na terra e ainda ajudava o marido no engenho de açúcar. Umtrabalho fadigoso que colocou em risco a sua saúde. Depois de dois anos do nascimento deGlória, Alzira teve outro filho, mas logo depois ficou doente e, apesar dos cuidados do marido, asua vida lentamente foi se apagando. Quando a mãe faleceu Glória tinha apenas 6 anos. O pai,com tanto trabalho para manter a família, dedicava-se igualmente aos seus 7 filhos, rezando comeles e lhes demonstrando também a ternura materna. Nos dias chuvosos, à noite, contava aosseus filhinhos tantas histórias da Bíblia, que tocavam e apaixonavam o coração deles. Glóriainiciou a escola somente com 9 anos, porque a sede da mesma era distante e mesmo assim nãoconseguia ir todos os dias. Mas a menina era esperta e aprendia com facilidade.

Aos 10 anos, em 3 de outubro de 1955, recebeu a sua primeira Comunhão, acontecimentoque marcou a sua vida para sempre: “Ao receber pela primeira vez Jesus, manifestei-Lhe o desejode recebê-Lo todos os dias, e mesmo sabendo que era impossível para mim, pedi esta graça”. OPastor Jesus vigiava pela pequena Glória, de modo que quatro anos depois sentiu no seu coraçãoo chamado à vida religiosa. Conheceu Irmãs Pastorinhas que passavam daquela parte e ficoufascinada por elas, entrando na Congregação como aspirante, em 19 de março de 1960. No iníciofoi difícil a adaptação a um estilo de vida muito diferente da família, todavia a sua alegria eragrande, porque podia receber a Eucaristia todos os dias. “Não entendia sempre o sentidoprofundo da vida religiosa, mas tudo para mim era tão sublime, sentia forte a presença de Deusem mim”. Glória seguiu em frente com determinação, mas certamente não era fácil para elacompreender muitas coisas e foi difícil entrar em um esquema pré-estabelecido, por causa do seutemperamento. Mas o Espírito trabalha nela interiormente e ela se deixa plasmar.

Foi admitida ao noviciado em 1º de fevereiro de 1964 e depois de um ano, em 2 defevereiro de 1965, fez a sua primeira profissão. Não tinha ainda completado 20 anos, mas eraconsciente do grande dom recebido, que a enchia de entusiasmo e de alegria. Iniciou o seuapostolado entre os pequenos da escola materna e entre os jovens na comunidade de FagundesVarela. Não faltaram as provas e as dificuldades. No ano seguinte foi enviada para BentoGonçalves, onde permaneceu por quatro anos, esforçando-se para dar prioridade à sua formação,e pedindo, na oração, a graça para que a cada dia a sua consagração se transformasse em umverdadeiro ato de amor a Deus. Neste tempo estudava, diplomando-se em pedagogia, além defrequentar vários cursos de teologia e de Sagrada Escritura.

A sua espontaneidade não foi sempre bem compreendida e quando chegou o tempo dapreparação à profissão perpétua, a mesma foi adiada por um ano. Este foi um momento degrande prova e sofrimento para Glória, porque não tinha consciência das motivações queinduziram as superioras a isso, porque as Irmãs que viviam com ela não lhe tinham ditodiretamente os seus defeitos e as coisas que deveria melhorar. É um momento de verdade para asua vida, o qual aceitou com sofrimento, mas também com o desejo de melhorar. Assim, o ano de1970 se tornou um período de graça, vivido em Caxias do Sul com intensidade e em colóquio coma superiora regional que a acolheu e a guiou com singeleza e sabedoria.

Finalmente chegou o dia tão desejado: 1º de janeiro de 1971, antes de completar 26 anos,Glória emitiu a profissão perpétua, com íntima e profunda alegria, consciente de que o Senhor nãopede nada acima das nossas forças e é capaz de tirar um bem maior, mesmo das coisasnegativas. O cuidado materno da superiora regional continuou por um ano, ainda em Caxias doSul e Ir. Glória amadureceu espiritualmente a sua abertura à Graça.

Em 1972 foi mandada em apostolado à comunidade de Porto Alegre, Medianeira, ondepode dedicar-se aos pequenos da escola materna, com os quais se encontrava muito bem. Porcausa do seu modo de ensinar, de 1974 a 1979 inseriu-se na comunidade do Jabaquara, em SãoPaulo, trabalhando com os alunos do pré-primário e do primário do Instituto Divina Pastora, quenaqueles anos se desenvolvia rapidamente. Dedicava-se com grande amor às crianças e por dois

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anos foi diretora da escola. Grande parte do seu dia era dedicado ao ensino na escola e o restodo tempo aos compromissos paroquiais, em meio ao povo de Deus.

Quando em 1980 no Brasil foram constituídas duas circunscrições regionais, Ir. Glóriaretornou ao Sul e trabalhava na escola de Caxias do Sul e de São Ciro, dedicando-se também apastoral familiar. Por um ano foi secretária da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), núcleode Caxias do Sul.

No apostolado era criativa, organizada, decidida a alcançar os objetivos propostos, amavaa missão pastoral, o seu espírito jovial permitia-lhe aproximar-se das pessoas com facilidade, e,apesar do seu temperamento forte, escondia no coração uma grande bondade, que atraia. Em1983 foi nomeada superiora da comunidade de Canela, onde se encontravam as jovensaspirantes à vida religiosa de Pastorinhas, e ela era a responsável pela formação delas.

A relação com o Senhor vai se tornando mais profunda e mais verdadeira: “Devo deixarespaço a Deus, porque Ele possa agir em mim, e isso depende do espaço que darei a Ele. Estouconvencida que sem uma vida de oração o apostolado não tem valor: A causa de tudo deve serDeus.” E é neste tempo que amadureceu também a aspiração pela unidade e pela comunhão naCongregação e na Igreja: “Sim, vou continuar a ser a ‘boba’ que deixa ‘suas coisas’ para sersolícita com as outras Irmãs. Para defender a Congregação prefiro perder ‘tudo’, mesmo seprecisar sofrer buscarei sempre a sua unidade.” E ainda: Colaborar no Plano de Deus é estar emconstante discernimento: o que Deus quer de mim? Isto é ser livre. O amor é uma caminhada:começa na pessoa que se abre a Deus, abre-se ao outro; amplia-se para o universo e reconduz aDeus.”

Em 11 de fevereiro de 1982, assim escreveu nas suas anotações pessoais: “Jesus, euentendi que o carisma da Ir. Pastorinha é colaborar com o sacerdócio na Igreja, estando com opovo necessitado, rezando com ele, organizando-o, e preparando-o para serem líderes em tuaIgreja. Mas te peço uma graça muito especial: ajuda-me a viver esse carisma sempre; mesmo setiver que ficar anos numa cozinha, em uma lavanderia, ou mesmo doente.”

Foi exatamente nestes anos, tão ativos e fecundos, que chegou para ela a maior prova deamor a Jesus bom Pastor e ao seu povo: no início de 1984 foi diagnosticada com um câncer, jáem fase avançada. Em 15 de fevereiro ela assim escreveu: Jesus bom Pastor é o dono da minhavida Tenho consciência de ter dito mais de uma vez em momentos de oração: que eu possa fazera tua vontade, seja qual for! Senhor, tenho dentro de mim a tua vida, sinto a certeza que nãoestou só, que já me redimiste e salvaste. Jesus, no momento que me destes a entender o quesignifica unidade, eu me prontifiquei a fazer o que fosse necessário para que nós amerecêssemos. Acredito que por uma tão grande causa, é necessário grande sacrifício, me ajudeJesus a ser fiel até o fim.

No mês de maio sucessivo, enquanto a doença progredia implacavelmente, anotou: “Ir. F.me disse para levar a sério este chamado de Deus à unidade, como Maria levou a sério o anúncioda Encarnação. Desde então me ofereci a Deus para que essa unidade acontecesse. Hojepercebi claramente que Deus aceitou a minha oferta. Como estou hoje com câncer, talvez compouco tempo de vida, sinto-me tranquila e certa que o Senhor nos dará também a unidade, para obem da Igreja e de todo o seu povo.”

Em agosto de 1984, consciente que, enquanto morre nela a vida velha, cresce a vida nova,assim escreveu: “Sinto-me ser ‘quebrada’ por Deus com este câncer, como o vaso do qual falaJeremias, mas sinto também que me torno nova. Isto me faz aceitar qualquer ‘quebra’.”

Apesar dos tratamentos a doença não dá trégua e Ir. Glória precisou deixar a amadacomunidade de formação e de apostolado para inserir-se na comunidade de Terceira Légua, ondepoderia ser assistida com assiduidade pelas Irmãs e pelos médicos. Nos longos anos do seusofrimento, o Espírito a trabalhou interiormente e ela se deixou plasmar renovando dia após dia oseu abandono confiante nas mãos de Deus: “Isto me dá a certeza que Jesus pode também fazerde uma pobre colona, de uma simples menina mimada e cheia de defeitos, uma santa, umaverdadeira amante sua, que viva a cada instante o seu mistério de amor trinitário.”

A quimioterapia não lhe permitia se alimentar, repousar, e mesmo a tentação lhe assaltavacom mil questionamentos e dúvidas: “Deus é o Deus da vida... Ao aceitar a morte, estou indocontra Deus? Eu me sinto amada pelo Pai em poder sofrer. Eu não busquei a doença. A doença éum reflexo de não estar em paz com Deus? Deus pode chamar por meio da doença? O se sentirempecilho, peso é desacreditar de Deus? O não pedir a cura é não lutar pela vida?” Além do

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sofrimento físico, também o sofrimento espiritual a atormentava, mas Glória tinha ainda coragempara agradecer ao Pai, exatamente no dia em que completava 42 anos: “Sinto-me feliz por estarviva e poder dizer mais uma vez obrigada por mais um ano de graças. Jesus, eu te entrego o meufuturo. Obrigada por tudo. Obrigada pelos momentos em que te senti como Pai! Quero dizer: sejabem-vindo este novo ano de existência, sei que vou ter oportunidades de crescer no teu amor, desofrer, de amar, sorrir, perdoar, descobrir tua vontade e realizá-la.”

Às vezes se sentia um peso e pedia perdão, pensando que era muito exigente com asIrmãs. Mas elas reconheciam que a doença de Ir. Glória era uma escola de vida para todas,mesmo para as jovens em formação: uma escola de solidariedade e de colaboração com oEspírito para viver a comunhão e a unidade. Às vezes pedia perdão por não saber esconder o seusofrimento.

Em janeiro de 1987 participou, com muito esforço pessoal mas também com muitadeterminação, do “mês de estudo do carisma” em nível de Família Paulina. Nesta ocasião renovoua sua oferta ao Senhor para pedir o dom da unidade e da comunhão.

A doença continua a devastar o seu jovem corpo: sofreu ainda duas cirurgias, prosseguiucom a quimioterapia e perdeu a voz, os cabelos, a própria fisionomia: “Jesus eu preciso aceitar econviver com essa realidade sem me distanciar das pessoas e Ti” e ainda: “Deus me ama e é porme amar que ele está me preparando para uma vida eterna com Ele”. O seu testemunho edificaos médicos e os funcionários do hospital Pompeia, onde foi internada várias vezes, devido asrecorrentes crises.

Foi uma longa luta contra a doença e a morte, mas Glória sabia que não seria vencida ecompôs um hino: “Eu não sabia amar, olhei para a Cruz e vi que amar é se entregar à Vontade doPai. Eu não sabia olhar a vida, vi na Cruz que a vida é o maior dom que recebemos do Criador. Eunão sabia morrer, na cruz entendi que da escuridão nasce a luz, que a morte dos sentidos nos dáa vida espiritual. Eu não sabia sofrer, na cruz aprendi que toda a flor, todo o fruto nasce dasemente que se deixa enterrar e apodrecer. Eu não sabia vencer, olhando para a cruz aprendi quea vitória surge da luta e que a alegria nasce da vitória de Cristo.” Estes foram as últimasanotações escritas no seu caderno pessoal, provavelmente quando já faltava pouco tempo para adoação total de si mesma ao Senhor.

De fato, no dia 6 de outubro de 1988, enquanto se celebrava a vigília do cinquentésimoaniversário da fundação da Congregação, Ir. Glória , às 05h30m da manhã se entregou ao Amorda Trindade Santa, e se despediu das Irmãs e do povo de Deus com este testemunho: “Morrofeliz, como vivi”.

Ir. Giuseppina Alberghina, sjbp

Carissime Sorelle,ringrazio Dio e la Congregazione per la pausa estiva, vissuta in montagna, insieme alle mie

sorelle del gruppo di governo. La bellezza della natura e l’incontro con diverse persone, sono statiun invito a riprendere la lettura della enciclica di Papa Francesco Laudato si’.

Sono certa che molte di voi hanno avuto modo di leggerla e anche condividerla nel ministeropastorale. Quindi mi permetto soltanto di proporvi parte di un commento sull’enciclica Laudato Si’ eparte di una relazione su “Economia e giustizia” che al suo interno commenta l’esortazioneEvangelii gaudium. Credo che questi due testi possano essere utili nella riflessione e quindi nellanostra prassi pastorale.

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1) Commento sulla Laudato Si’1

«La linea di pensiero di Francesco procede in continuità con i predecessori. Non c’è una“rottura” col passato. Il rapporto con la Caritas in veritate è significativo e si manifestanell’indicazione che economia ed ecologia devono procedere insieme. Economia ed ecologiahanno la stessa radice comune nella parola greca oikos, casa, piccola comunità. E se l’eco-logia èil “discorso” sulla casa comune, l’eco-nomia può essere intesa sia come 'legge' della casa, se ci siriferisce al termine nòmos, oppure “cura” della casa, se si sposta l’accento e si parla di nomòs.Francesco si riferisce a questo secondo significato. Non a caso il sottotitolo dell’enciclica è: “Sullacura della casa comune”. Ecologia ed economia: l’una sopravvive solo se sopravvive l’altra, è ilmessaggio.

Il quinto (capitolo) è dedicato alle linee d’azione, ed è quello che più colpirà l’attenzioneperché Francesco avanza una critica netta all’economia di mercato, che tuttavia trarrà in ingannomolti commentatori superficiali.[…] Francesco non è contro l’economia di mercato, ma contro ilmercato quando diventa “incivile”. Cioè quando genera disuguaglianze che producono anchedegrado ambientale. Quando soggioga le democrazie e detta i fini dell’azione politica. Quandodiventa una religione immanentista, un nuovo vitello d’oro, come è il «consumismo estremo eselettivo». Se l’economia cessa di essere “civile” e al servizio del bene comune, il mercato diventaun problema per l’umanità intera.

Il concetto di ambiente come bene in comune è importante. I beni comuni hanno bisogno diun sistema di governo che non è di tipo privatistico, ma nemmeno pubblicistico. Ecco perché ilPapa dice no alla privatizzazione delle risorse idriche e delle foreste, condanna fenomeni come illand grabbing, la “sottrazione” di terre alle popolazioni, o le attività speculative finanziarie chegenerano volatilità dei prezzi dei beni di primaria necessità. Tutte questioni che sono all’origine delfenomeno dei migranti ecologici. Pur non nominandola, nei fatti Francesco invoca un’autoritàmondiale per l’ambiente, sul modello dell’Organizzazione mondiale del commercio. Le questionisollevate non potranno essere risolte senza un’agenzia in grado di rendere esecutivi gli accordiinternazionali su clima e ambiente».

2) Commento sull’esortazione apostolica Evangelii Gaudium2

«Dobbiamo essere misurati e realisti, forse iperrealisti, al sapere che una esortazioneapostolica (Evangelii Gaudium), no ha né forza coercitiva né carattere autoritario per potersiimporre, tipo decreto, che faccia sì che d’ora in poi l’economia di libero mercato generi uno stile direlazioni, cooperazioni e cambiamenti tali da provocare un rinnovo sulla faccia della terra.

[…] sostengo che è la dignità della persona l’elemento catalizzatore per eccellenza diqualsiasi deviazione del capitalismo come modello sociale. Per guarire le sue debolezzeantropologiche e la diminuzione della sua energia etica è necessario tornare ancora una volta allapersona umana e tenerla come riferimento ineludibile.

[…] La Evangelii Gaudium neppure contraddice ne fustiga quei principi basilari della teoriadel mercato, allerta però sulla possibilità che gli interscambi dei benefici diano servitù alla tiranniadella ricchezza che per raggiungere i suoi fini rimando alla persona e la spiazzi fino a farladiventare un mezzo e non più un fine.

[…] senza un orientamento adeguato della coscienza personale no arriveremo mai aconvertirci in quel homo reciprocans, il quale è per noi un ideale cristiano di solidarietà ed empatia.

Per raggiungere quest’obiettivo qualcosa in più in questo senso lo si deve fare, si deveprovocare: se ancora ci sono istanze sociali e politiche che negano la partecipazione aperta epubblica alla fede cristiana; se all’interno della Chiesa manca una autentica cultura cristianasociale; se nelle università cattoliche no si discute spesso sui fondamenti epistemologicidell’economia e delle sue conseguenze… se la predicazione esorta a una accettazione passiva

1 Zamagni: uno stop al mercato quando diventa «incivile». Avvenire, 19 giugno 20152Dall’HOMO OECONOMICUS ALL’HOMO RECIPROCANS. Conferenza del Cardinale Oscar Madariaga. Atti del ConvegnoEconomia e Giustizia, Facoltà di Scienze Sociali della Pontificia Università Gregoriana - Roma 28 novembre 2014. CuratoreRoland Maynet S.I. Gregorian & Biblical Press 2015.

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della realtà senza un invito a superarla e ad affrontarla con coraggio e intelligenza; se le cosestanno così, allora è il momento in cui ognuno deve cominciare ad agire in maniera che icambiamenti si possano fare assumendo ognuno la propria responsabilità. Ma la formula chefunzionerà in questo senso sarà quella di mettere la persona al centro».

Ci auguriamo che la cura verso ogni persona e della casa comune possano essere al centrodei nostri pensieri e delle nostre relazioni, perché il nostro ministero pastorale sia manifestazionedella cura del Buon Pastore verso il suo popolo e contribuisca alla costruzione di una società piùgiusta e solidale.

Unite nella preghiera di ringraziamento per tutti i doni e le grazie ricevute da Dio,presentiamo al Signore le intenzioni dei nostri benefattori, amici e familiari che ci fanno dono dellaloro preghiera e aiuto materiale.

Con gratitudine,

sr. Aminta Sarmiento Puenteseconoma generale

SUORE APOSTOLINE: INTERCAPITOLO 2015

Dal 30 giugno al 07 luglio del 2015, si è svolta l’Assemblea Consultiva di verifica delle SuoreApostoline (Intercapitolo) del triennio trascorso dal IV Capitolo generale. Le sorelle partecipanti,insieme alle sorelle del Governo Generale, si sono radunate nella Casa Madre di Castel Gandolfo,avendo come tema: “Tradurre tutta la vita come apostolato vocazionale”. L’evento è stato apertodalla celebrazione eucaristica presieduta da don Valdir De Castro, Superiore Generale dellaSocietà San Paolo. Egli ha parlato dell'Apostolo Paolo come del "perfetto animatore vocazionale" einspirandosi alla stessa vita dell’apostolo, ha rilevato tre caratteristiche da tener presente in ognicomunità: L'incontro personale con Gesù, un'autentica vita fraterna e una comunità che esce acuore aperto verso tutti.

Nella lettera ai Superiori Generali della Famiglia Paolina sr. Marina Beretti, SuperioraGenerale delle Suore Apostoline, aveva fatto una richiesta di preghiera affinché : «Come cichiedeva Don Alberione, la nostra verifica riconfermi l’offerta della nostra vita e le nostre scelte, per“tradurre tutta la vita in apostolato vocazionale”». Noi riprendiamo queste parole per farle diventareil nostro augurio verso di loro, e chiediamo a Gesù, il Maestro Pastore, che faccia germogliarenelle nostre care sorelle i desideri che lo Spirito ha seminato nella loro Congregazione.

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FIGLIE DI SAN PAOLO: ALCUNE ATTIVITÀ IN OCCASIONE DEL CENTENARIO

Le Figlie di San Paolo hanno svolto varie attività in diversi parti del mondo. Tra queste attivitàevidenziamo il concorso video: “Paoline. 100 anni per il Vangelo nella comunicazione”, che haavuto l’obiettivo di coinvolgere le Figlie di San Paolo di ogni età e paese nella realizzazione divideo originali in occasione del Centenario. I primi tre, dei sette video classificati, sono stati: 1.-India con il video: “Sempre avanti”, 2.- Polonia: “L’Artista”, 3.- Filippine: “Un cuore per il Vangelo”.

Altra attività commemorativa è stata il convegno svolto a Roma nella data del 06 giugno del2015, alcuni dei temi trattati: Il Carisma Paolino al servizio del Vangelo e della pace,Comunicazione: Sostantivo femminile nella Chiesa di Francesco, le Figlie di San Paolo nell’oggidella storia e della cultura, Maestra Tecla: Testimone e modello di santità paolina.

Il 15 giugno 2015, le Figlie di san Paolo hanno celebrato nella Basilica Regina degli Apostoli,il loro dies natalis con l’Eucaristia, presieduta dal cardinale João Braz de Aviz, prefetto dellaCongregazione per gli Istituti di Vita Consacrata e le Società di Vita Apostolica. Nella sua omelia ilcardinale ha sottolineato che il Signore ci chiama a una strada di libertà, di gioia, di gloria a Dio.Questa è la strada della sequela di Cristo che siamo chiamati a percorrere, passando da uncammino individualista a una spiritualità di comunione; tuttavia perché questo accada, occorrelasciare che Egli entri al centro delle nostre vite e ci porti verso i fratelli e le sorelle. Dopo lacelebrazione eucaristica, i diversi membri della Famiglia Paolina, insieme a tanti cooperatori eamici, ci siamo radunati nel piazzale della Basilica per il concerto della banda musicale dellaPolizia di stato, che ha dato un bel tocco festoso alla celebrazione per i cento anni.

CORSO DEL CARISMA 2014-2015TESTIMONIANZA DI SR. ANA MARÍA SUÁREZ

Nell’anno della vita consacrata ho avuto la grazia di partecipare al corso di formazione delcarisma della Famiglia Paolina. Ogni momento vissuto nel corso, è stato di grande ricchezza ed’aiuto per approfondire di più il dono che abbiamo ricevuto da Dio per mezzo del nostroFondatore, il beato Giacomo Alberione: essere Famiglia Paolina vivendo il Vangelo ogni giorno.Posso dire, che questa esperienza di formazione e incontro è stato per tutti quelli che abbiamopartecipato, un’opportunità di rinnovamento nella vita spirituale, di sentirci appartenenti a unastessa famiglia, di una conoscenza più profonda della realtà attuale della Famiglia Paolina e dellastoria di fondazione di ogni istituto. Grazie a questo corso ho valorizzato e apprezzato di piùl’essere parte di questa grande Famiglia voluta da Dio. Ho trovato nuovi fratelli e sorelle nella fedee nell’evangelizzazione, sperimentando, insieme ai miei compagni e professori un vero clima difraternità e amicizia, e rendendomi conto che tutti cerchiamo un migliore modo di vivere il nostroessere Famiglia Paolina nella Chiesa.

E’ stato bello ascoltare la testimonianza di fede di alcuni sacerdoti e sorelle delle diversecongregazioni, che hanno conosciuto e vissuto con Alberione, conoscere con più profondità lastoria di ogni fondazione, fare la visita ai luoghi del Fondatore; fare la tesina finalesull’“accompagnamento spirituale come “cura d’anime”, fatto dalle Pastorelle”; tutto questo mi haportato a contemplare le meraviglie del Signore, che fa sempre grandi cose in quelli che siabbandonano al suo amore e volontà. Lo possiamo vedere in Alberione, un vero padre che hadato tanti figli spirituali per la Chiesa e il mondo.

Ringrazio Dio e quelli che hanno reso possibile questa nuova esperienza: anzitutto sr. MartaFinotelli, nostra superiora generale e il suo gruppo di Governo per l’invito e la fiducia che mi hannodato chiamandomi a partecipare al corso. Grazie alla mia delegazione Argentina- Bolivia, allesuore che con le loro preghiere e sacrifici mi hanno accompagnato e alle sorelle della comunità diVia Traversari, per il tempo condiviso e la vita fraterna. Grazie!

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EUROPA

CREDIAMO CHE UN MONDO SENZA FAME SIA POSSIBILEE SIA UN FATTO DI DIGNITÀ UMANA

Una finestra su Expo Milano 2015

La storia dell’Expo, cioè delle esposizioni universali, comincia a Londra nel lontano 1851 perarrivare ai nostri giorni, a Milano, dove paesi di tutto il mondo interpretano un tema di interessevitale per l’umanità: “Nutrire il pianeta. Energie per la vita”. Lo fanno mostrando il meglio delleproprie tecnologie che dovrebbero essere al servizio dell’alimentazione e della nutrizione comediritto garantito per tutti, ma anche offrendo la varietà e la ricchezza delle tradizioni locali.Un’occasione dunque di conoscenza e di apprezzamento di culture diverse, di cui il cibo èespressione particolare.

Le conquiste della tecnica e della scienza non corrono sempre insieme al rispettodell’ambiente, alla garanzia di un cibo sano, sicuro e sufficiente per tutti.

Si comprende allora l’orizzonte più ampio che Papa Francesco mette in luce sull’evento diExpo 2015: “L’Expo sarà un’importante occasione in cui verranno presentate le più modernetecnologie necessarie a garantire cibo sano, sicuro e sufficiente per tutti i popoli, nel rispettodell’ambiente. Possa esso contribuire anche ad approfondire la riflessione sulle cause del degradoambientale, in modo da fornire alle autorità competenti un quadro di conoscenze ed esperienzeindispensabile per adottare decisioni efficaci e preservare la salute del pianeta che Dio ha affidatoalla cura del genere umano”. (Discorso del santo padre Francesco a s.e. il signor SergioMattarella, presidente della repubblica italiana, 18 aprile 2015).

L’alimentazione e la nutrizione sono una cartina al tornasole che evidenzia opulenza eindigenza, interessi di parte e danno per i più deboli, ma anche stili di vita improntati a spreco edindifferenza. “Sappiamo che si spreca approssimativamente un terzo degli alimenti che siproducono, e il cibo che si butta via è come se lo si rubasse dalla mensa del povero». (LetteraEnciclica Laudato Si’ del Santo Padre Francesco sulla Cura della casa Comune, n. 50)

Anche la Santa Sede partecipa all’Expo 2015. Il suo messaggio attinge alla Parola di Dio:”Non di solo pane vive l’uomo, ma di ogni parola che esce dalla bocca di Dio”. Il percorso chepropone approfondisce le dimensioni ecologica, economico/solidale, educativa e religioso-teologica del tema.

Il cibo ha un valore primario per la vita degli uomini come nutrimento del corpo, ma è ungesto sociale, conviviale, un momento di incontro che costruisce le relazioni, educa allacondivisione, a spezzare il pane fra tutti, contro quella ‘cultura dello scarto’ che invece oltraggia lafraternità. La cena eucaristica ne comunica il valore più alto.

Expo 2015 lascia un’importante eredità culturale espressa nella cosiddetta Carta di Milano,un documento a cui si è arrivati dopo ampia discussione nel mondo scientifico, nella società civilee nelle istituzioni. La Carta di Milano invita ogni cittadino, istituzione, associazione ad assumersi leproprie responsabilità rispetto al diritto fondamentale al cibo. Non è un appello formale. Ciascuno èsollecitato ad impegnarsi, secondo le diverse responsabilità, a cambiare il proprio stile di vita, adadottare un nuovo modello di consumi, a rendere il mondo quotidiano più sostenibile.La Carta comincia così:

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CTN anno XXXX 2015/2 – p. 38

Noi donne e uomini, cittadini di questo pianeta, sottoscriviamo questo documento,denominato Carta di Milano, per assumerci impegni precisi in relazione al diritto al cibo cheriteniamo debba essere considerato un diritto umano fondamentale.

Consideriamo infatti una violazione della dignità umana il mancato accesso a cibo sano,sufficiente e nutriente, acqua pulita ed energia.

Riteniamo che solo la nostra azione collettiva in quanto cittadine e cittadini, assieme allasocietà civile, alle imprese e alle istituzioni locali, nazionali e internazionali potrà consentire divincere le grandi sfide connesse al cibo: combattere la denutrizione, la malnutrizione e lo spreco,promuovere un equo accesso alle risorse naturali, garantire una gestione sostenibile dei processiproduttivi.

Sottoscrivendo questa Carta di Milanoaffermiamo la responsabilità della generazione presente nel mettere in atto azioni, condotte escelte che garantiscano la tutela del diritto al cibo anche per le generazioni future;ci impegniamo a sollecitare decisioni politiche che consentano il raggiungimento dell’obiettivofondamentale di garantire un equo accesso al cibo per tutti.

E poi continua: noi crediamo che … noi riteniamo inaccettabile che … siamo consapevoli che … inquanto membri della società civile, noi ci impegniamo a…

Poiché crediamo che un mondo senza fame sia possibilee sia un fatto di dignità umana.

Un futuro sostenibile e giusto è anche una nostra responsabilità.

Sul sito www.carta.milano.it è possibile leggere tutto il documento, nelle varie lingue e porre lapropria firma.

Equipe ECIR

A EUCARISTIA, CORPO SACRAMENTAL e ECLESIAL de CRISTOna vida quotidiana

Muitas vezes escutamos dizer que a eucaristia é memória, sacrifício e presença. Nestapartilha enfatizo o aspecto ECLESIAL e ESCATOLÓGICO da Eucaristia que nos ajuda a viver oquotidiano a partir do Batismo, porque através do Batismo recebemos a Vida Nova e nostornamos Filhos de Deus. O Batismo é a raiz, a fonte, o principio da Vida Nova em Cristo. Ohomem não se fundamenta mais sobre a sua natura biológica e psicológica ferida, mas apoia oseu ser na relação com Cristo, seu Redentor e Salvador. O Batismo não é ainda o cumprimento,mas somente o inicio. Este nascimento para a vida nova é reforçado pela liturgia que nos ajuda afazer da nossa vida um culto espiritual e nos imerge na vida nova, nutrindo o homem novo com oalimento que vem do reino, isto é, a EUCARISTIA.

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A eucaristia nutre em nós a vida pela qual fomos gerados com o BatismoA EUCARISTIA é alimento que nutre em nós a vida. Toda a Bíblia é uma promessa de vida.

Deus prometeu a vida, deu o caminho da existência e o homem seguindo este caminho chegará àvida: esta é promessa. A vida do homem é contida entre dois grandes mistérios: O MISTÉRIO DONASCIMENTO e o MISTÉRIO da MORTE, e a única coisa que o homem sabe é que a vida não foifeita por ele, tanto é verdade que não pode dispor dela. Então a vida é um dom que não foiproduzido por nós mesmos, mas nos foi entregue por um Outro, por isso não podemos acumulá-la, possuí-la. Entenderemos o que é a VIDA somente se a recebemos como DOM e a acolhamoscom abertura ao Outro. Isto significa ACOLHIDA de uma RELAÇÃO. A Vida é ação de Deus eacolhida do homem. Trata-se então de acolher. Posso desfrutá-la somente se a acolho.

A eucaristia – corpo de Cristo, corpo eclesialA Eucaristia nos faz passar do corpo pessoal, histórico de Cristo para o seu corpo eclesial,

formado pelo conjunto daqueles que crêem. A primeira carta aos Coríntios, cap. 10-12, entrelaçafortemente o tema da Eucaristia com o da Igreja: não se pode aproximar da mesa do Senhor sem“reconhecer o corpo” (1 Cor 11). Paulo pretende reconhecer o pão como realidade que expressade modo inseparável o corpo pessoal do Senhor e o corpo eclesial formado pelos batizados. Porisso, na tradição litúrgica da Igreja existe uma estreita relação entre a consagração do pão e dovinho no corpo e sangue do Senhor, e a comunhão da assembleia a este pão e vinhotransformados, para que essa se torne também corpo do Senhor. A Eucaristia é este sacramentoda unidade, da comunhão, por meio do qual eu sou inserida neste corpo de Cristo, onde nãoestamos eu e Ele somente, mas todos aqueles que são incorporados Nele. E a epíclese –“invocação”, isto é, aquela parte da oração eucarística na qual o sacerdote invoca o Espírito Santo– é sempre uma invocação para que venha transformar os dons eucarísticos no corpo e sanguedo Senhor, porque assim transforme a assembleia que se nutre do corpo do Senhor.

Assim se compreende que a eucaristia é sacramento da unidade, que a “eucaristia faz aIgreja”1 na sua essência profunda de corpo da nova humanidade, porque é o lugar mais forte emais central da identidade espiritual da Igreja. Somos aquilo que somos na eucaristia. A nossaverdade é sigilada pela comunhão eucarística. Na eucaristia somos uma única coisa, um únicocorpo. Mesmo que na nossa vida quotidiana experimentemos momentos difíceis, diante dadificuldade de comunhão com os outros, devemos fazer uma opção e nos perguntar: esteacontecimento é verdadeiramente para nós mais forte que a nossa comunhão com o corpo deCristo, do qual somos membro? Mais forte do que a Eucaristia que celebramos? A verdade é esta:mais forte é o corpo de Cristo, porque o fundamento da comunhão é a Eucaristia, corposacramental e eclesial de Cristo

A eucaristia nos transporta para o reino – (na praça de ouro)A liturgia eucarística é ícone do reino de Deus. A anamnese, “fazeis isto em memória de

mim” é a anamnese de Cristo diante do trono de Deus no reino futuro. A anamnese eucarística éessencialmente uma memória, uma prefiguração, uma experiência antecipada, um pré-dom dofuturo reino de Cristo. Na eucaristia fazemos memória do futuro. O que somos aqui e agora éfundamentado no eschaton e assume forma naquele Corpo do Senhor que está lá em cima naglória. Não se trata somente de olhar para alto, mas também para frente e, sobretudo, a partir dealto para baixo. Neste breve momento, no espaço da liturgia, superamos de algum modo a nossacondição. No corpo do Senhor, a Igreja – e cada um de nós ao seu interno – ultrapassa o própriopecado e miséria e coincide com aquilo que é aos olhos de Deus, com o seu Corpo glorioso, coma sua vida transfigurada. Este é o fundamento de uma visão orgânica, de uma visão de conjunto,sobre a pessoa humana. Daqui se pode ler corretamente tudo àquilo que pode acontecer na vidade uma pessoa, de uma comunidade, de toda uma nação, pode-se ler, sobretudo qual é osignificado da Igreja: uma realidade na qual vivo já a antecipação da comunhão total que nosespera, uma antecipação que se torna a força, a memória, a alegria da minha vida.Consequentemente, se queremos viver bem aqui e agora, é dali que devemos buscar a força e aforma. É participando desta visão que trabalho o meu futuro.

1 Ireneo, Adv. haer. IV, 18, 5.

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Vimos que na eucaristia nos aproximamos da praça de ouro do Apocalipse. Juntos com agrande multidão convocada nesta praça, pronunciamos o “Amém”. A forma formans se adquire doeschaton, porque cremos na visão da Jerusalém Celeste, reconhecendo-a como fim glorioso aoqual somos chamados. Vivemos enraizados e inspirados no futuro, do qual deriva a nossaverdade. Sem esta visão, onde se pode enraizar a formação permanente, que é o crescimento naprópria vocação pessoal e comunitária? A nossa verdadeira realidade é aquilo que nós somos emCristo2, aquilo que cuido Nele. Olhando-nos Nele, nós temos a meta do nosso futuro, a visãodaquilo que somos na realidade, e encontramos a força para transformar o nosso quotidiano,segundo esta visão. Olhar-nos como Deus nos olha. Devemos encontrar o outro, não como eraontem ou como é hoje, mas como será no futuro, nos últimos tempos, o que significa, comomembro do reino, o nosso próximo no reino. Porque o futuro dá a verdadeira essência de todas ascoisas: o próprio lugar no reino. É exatamente isto que ilude o nosso julgamento, porque pertenceexclusivamente a Deus e a liberdade do outro: «Talvez tu o vejas pecador, mas não sabes de quemodo ele passará desta vida»3.

Ir. Marilyn Delalamon sjbp

Quero deter-me a considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais que estãocontribuindo para a aparição de uma nova «ágora», de uma praça pública e aberta onde

as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novasrelações e formas de comunidade.

(BENTO XVI, Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2013)

Já dissemos que a Internet é um ambiente. Sabemos que não se trata de um espaço físico,mas isto não faz que seja menos real e já se superou o temor inicial que seria algo fictício ouimaginário. Nesta prospectiva de “espaço”, mesmo que somente eu “use” o correio eletrônico enão esteja presente nas redes sociais, não posso mais ignorar esta “presença” digital, porquetambém através do correio eletrônico “estou ali” e partilho a minha vida. Portanto, estou em redecom toda a minha bagagem pessoal, a minha identidade de crente e de mulher consagrada, dePastorinha!

É verdade que não somos “nativos digitais” e por isso não nos movemos ainda com tantaespontaneidade no mundo da comunicação digital. Todavia, convivemos com uma nova geração,futuro da Igreja e da Vida Consagrada, que já habita a rede, que simplesmente “está ali” e semove nesta realidade com uma naturalidade surpreendente. É exatamente aí que o testemunhocoerente e eficaz se torna indispensável. Não se pode fazer proselitismo ou simplesmentepartilhar belos conceitos e teorias, se não se vive em primeira pessoa. É a partilha desta vivênciaque toca e atrai, fazendo da conexão um verdadeiro e próprio espaço de comunhão!

Por isso, a pertença a Cristo e o reforço da identidade carismática são alguns pressupostospara estar em Rede como consagradas, de modo fiel e fecundo. Sem dúvida se trata de umambiente onde buscar também novas vocações, porém esta não pode ser a motivação do estarem Rede de um consagrado, como muito frequentemente acontece, caso em que se começariado telhado ao invés do alicerce! Assim, corremos o risco de fazer vitrines idealizadas em forma desites e não comunicar a essência da nossa consagração, e neste caso a falência seria inevitável...

2 Cf. 1Cor 15,10.3 Zizioulas, Eucaristia e regno, 80.

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Certamente trazemos no coração tantas perguntas e não temos respostas prontas, mas asperguntas nos provocam a buscar juntas algumas vias novas de presença no ambiente digital.

Para ajudar na reflexão:

Como habitar este novo “espaço” digital e dar um autêntico testemunho dePastorinha a serviço do Reino de Deus no hoje da nossa história?

Como a comunicação digital está afetando o nosso estilo de vida? O que mudou? O que ajuda e o que não ajuda a viver a comunhão neste ambiente digital?

Ir. Cristiane Ribeiro, sjbp

Arrivi e partenzesr Yamile Chavarria Gomez dalla Colombia 13.04.2015sr Blanca Lilia Santana dalla Colombia 13.04.2015sr Felicina Ferro dal Gabon 22.04.2015sr Yamile Chavarria Gomez per la Colombia 29.04.2015sr Blanca Lilia Santana per la Colombia 29.04.2015sr Stefania Hong dalla Corea 11.05.2015sr Anna Kim dalla Corea 11.05.2015sr Hellena Kim dalla Corea 11.05.2015sr Juliana Kim dalla Corea 11.05.2015sr Maria Lim dalla Corea 11.05.2015sr Stefania Hong per la Corea 01.06.2015sr Anna Kim per la Corea 01.06.2015sr Hellena Kim per la Corea 01.06.2015sr Juliana Kim per la Corea 01.06.2015sr Maria Lim per la Corea 01.06.2015sr Josefina Labata dalle Filippine 12.06.2015sr. Emma Lusterio dalle Filippine 12.06.2015sr Teresa Jeong Hwa Kim dalla Corea 19.06.2015sr Mariana Hye Jô Eun dalla Corea 19.06.2015sr Marta Josefina Ramos dalla Colombia 20.06.2015sr Maria Elena Varela dalla Colombia 20.06.2015sr Nereida Dias Blanco dalla Colombia 20.06.2015sr Elva del Milagro Rojas Sánchez dal Perù 21.06.2015sr Silvia Dolce dall’Argentina 21.06.2015sr Rosilene de Lima dal Brasile 23.06.2015sr Michelina Perra dal Perù 04.07.2015sr Alberta Gandolfi dal Perù 04.07.2015sr Felicina Ferro per il Gabon 10.07.2013sr Teresa Jeong Hwa Kim per la Corea 26.07.2015sr Marianna Cho Hye Eun per la Corea 26.07.2015sr Marta Josefina Ramos per la Colombia 27.07.2015sr Maria Elena Varela per la Colombia 27.07.2015sr Nereida Dias Blanco per la Colombia 27.07.2015sr Josefina Labata per le Filippine 28.07.2015sr Emma Lusterio per le Filippine 28.07.2015sr Rosilene de Lima per il Brasile 28.07.2015sr Silvia Dolce per l’Argentina 30.07.2015sr Ana María Suárez per l’Argentina 30.07.2015sr Paola Comberlato dal Messico 02.08.2015

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Suore di Gesù Buon Pastoresr. Luigina Ferreri (ICS) 23.03.2015sr Emanuela Tonon (ICN) 15.05.2015sr Celeste Cearon (BR-CdS) 16.05.2015sr Alfonsina Fadda (ICS) 23.07.2015

Familiarifratello di sr Francesca Pala (ICS) 29.03.2015mamma di sr Lourdes Motter (BR-CdS) 11.04.2015sorella di sr Luigina Pavanello (ICS) 02.05.2015fratello di sr Bruna Tempesta (ICN) 10.05.2015mamma di sr Nancy Omaña (CO-VE-ME) 11.05.2015fratello di sr Angela Biagioni (BR-SP) 25.05.2015sorella di sr Maria Luiza e sr Augusta Ramos (BR-SP) 27.05.2015fratello di sr Candida De Angelis (PI-AU-SA-TA) 15.06.2015fratello di sr Cecilia Son (K) 20.06.2015sorella di sr Adriana Cortellini (BR-CdS) 03.07.2015sorella di sr Stefania Fiorindo (ICN) 24.07.2015sorella di sr Carla Breccia (ICS) 25.07.2015

Figlie di San Paolosr M. Roberta Sguazzardo Albano Laziale (RM) 06.05.2015sr M. Armanda Beghelli Bologna 03.05.2015sr M. Gracia Salazar Cucuta (Colombia) 26.04.2015sr M. Lucis Ossa Bogotà (Colombia) 23.04.2015sr Gemma Valente Albano Laziale (RM) 19.04.2015sr M. Alberta Bozza Napoli 02.04.2015sr M. Delia Bovio Alba (CN) 11.05.2015sr Agnese Fortunata Sandri Roma 17.05.2015sr Zunilda Raquel Romero Buenos Aires (ARG) 23.05.2015sr Esther Guzman Barranquilla (Colombia) 22.06.2015sr Margarita Jacinta Fracaroli Esther Buenos Aires (ARG) 06.07.2015sr Agnese Antonietta Zanchetta Albano Laziale (RM) 18.07.2015sr M. Concordia Sanchez Albano Laziale (RM) 19.07.2015sr Lidia Fulvi Giuseppina Albano Laziale (RM) 31.07.2015sr Luigina Maria Pignoloni Albano Laziale (RM) 01.08.2015sr Agnes Leto Clotilde Roma 03.08.2015sr M. Letizia Ganalon Pasay City (Filippine) 10.08.2015sr M. Margherita De Angelis Alba (CN) 09.08.2015sr M. Bernardetta De Biasi Albano Laziale (RM) 15.08.2015sr Angelina Pegorer San Paolo (BR) 18.08.2015sr M. Dionisia Ausa Manila (Filippine) 20.08.2015sr M. Laurentia Casamassima Alba (CN) 23.08.2015sr M. Egidia Mazzoni Albano Laziale (RM) 23.08.2015

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Pie Discepole del Divin Maestrosr M. Francesca La Perna Albano Laziale (RM) 30.03.2015sr M. Stella Waka Juliana Doi Tokyo (Giappone) 08.05.2015sr M. Laurenzia Caterina Piumatti Sanfrè (CN) 23.05.2015sr M. Liliana Angela Favaro Sanfrè (CN) 07.06.2015sr M. Floriana Dal Masetto Roma 18.06.2015sr M. Gabriella Tubick Violet Boston (Stati Uniti) 16.07.2015sr M. Pierpia (Anna) Brondino Sanfré (CN) 27.07.2015sr M. Montis Emilia Costantino Sanfrè (CN) 08.08.2015

Società San Paolodon Elio Baron Alba (CN) 01.04.2015fr Sergio Timoteo Manuelli Roma 12.04.2015don José Valentín Velandia Castelblanco Quito (Equador) 13.04.2015fr Songkyun Francesco Lim Seoul (Corea) 07.05.2015fr Marco Ugo Giraldo Catania 23.07.2015

AnnunziatineAntonietta Ponzo Lecce 05.05.2015Amelia Maria Caputo Lecce 03.08.2015Elsa María Maldonado Lagos Santiago de Chile 20.08.2015

Responsabile: equipe informazione. Pubblicato nel sito www.pastorelle.org il 29 agosto 2015