ctn anno xxxxi 2016/1 – p. 2 - pastorelle.org · na confiança, na oração e na misericórdia de...

21
CTN anno XXXVIIII 2014/3 – p. Escrevo a vocês … p. 3 Para uma comunhão visível p. 5 Informações do Governo Geral p. 8 Solicidadas pela compaixão do bom Pastor p. 9 Plenamente conformadas a Cristo Pastor p. 11 Na partilha dos bens p. 13 No espírito de Familía Paulina p. 15 Igreja – Mundo p. 16 Aprofundemos juntas p. 17 Da conexão à comunhão p. 19 Agenda de família p. 20 Vivendo na casa do Pai p. 20 Suore di Gesù Buon Pastore “Pastorelle” – Roma, Via della Pisana 419/421 Bollettino Informativo anno XXXXI Dicembre 2015 - Aprile 2016

Upload: ledan

Post on 19-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

CTN anno XXXVIIII 2014/3 – p.

� Escrevo a vocês … p. 3

� Para uma comunhão visível p. 5

� Informações do Governo Geral p. 8

� Solicidadas pela compaixão do bom Pastor p. 9

� Plenamente conformadas a Cristo Pastor p. 11

� Na partilha dos bens p. 13

� No espírito de Familía Paulina p. 15

� Igreja – Mundo p. 16

� Aprofundemos juntas p. 17

� Da conexão à comunhão p. 19

� Agenda de família p. 20

� Vivendo na casa do Pai p. 20

Suore di Gesù Buon Pastore “Pastorelle” – Roma, Via della Pisana 419/421 Bollettino Informativo anno XXXXI

Dicembre 2015 - Aprile 2016

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 2

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 3

Queridas Pastorinhas,

Deus nos inclui em sua Vida!

Esta é a bela notícia que o Bom Pastor nos dá através da experiência de Pedro e dos discípulos, ocupados com a vida corriqueira, depois da Ressurreição: “Lançai a rede

à direita do barco e achareis!”. (Jo 21,6). Reavivemos em nós a confiança no Espírito de Pentecostes, que nos guia a viver o quotidiano com a esperança de que a comunhão é possível, quando permanecemos radicadas na Palavra do Senhor. Escutemos esta Palavra com o coração aberto e sincero; deixemos que ela dê o seu fruto, eduquemos, como nos recorda o Fundador – a vontade para servir Jesus. Na Missa façamos com Ele a renúncia de nós mesmas: eu vim para fazer a vossa vontade. Que coisa estamos fazendo na Missa se não se renuncia à própria vontade! «Senhor, ofereço-vos a mim mesma, pequena vitima» (…)”. (PrP V, 1952, p. 180).

Sintamos dirigidas a nós, hoje, estas palavras do Ressuscitado:

«Pastorinhas, lançai a rede à direita do barco e achareis. Ponde a vossa confiança em Deus Pai, que age sempre, não vos deixais levar pelo medo do futuro; pelo desencorajamento pela falta de vocações; pela preocupação com a idade que avança ou doença que chega improvisamente; pelas desilusões com a vida comunitária e pelas resistências no ministério pastoral que vos impulsiona rumo às periferias existenciais. Eu estarei com vós sempre!

Pastorinhas, lançai a rede à direita do barco e achareis. Encontrareis a minha vida doada por vós. Confiai em Mim, acolhei o dom da comunhão e confiai no Pai que cuida de vós. Nas vossas comunidades, não vos acuseis reciprocamente, mas, ao contrário, encorajai-vos a acolher o dom da comunhão, deixando que o Espírito faça confluir e convergir todas as vossas forças numa existência verdadeiramente Pasqual, capaz de tornar-vos conscientes da bela vocação que vos foi dada.

Pastorinhas, lançai a rede à direita do barco e achareis. Porque o que viveis não é obra vossa, não vos pertence, mas é obra do meu Pai. Com o Batismo sois já mortas e ressuscitadas Comigo, fazeis já parte do meu Corpo eclesial e com a Eucaristia alimentais este Corpo todos os dias, imergindo-vos sempre mais profundamente na vida de comunhão da Santíssima Trindade. Deixai, portanto, sempre transparecer mais o evento Pasqual que vos dou.

Pastorinhas, lançai a rede à direita do barco e achareis. Estais ainda em caminho, sois chamadas a viver como Eu vivo, porque em Mim todas as promessas de Deus se tornaram “Sim”. Mesmo que entre vós persistam dificuldades de relações,

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 4

incompreensões, às vezes até mesmo certa maldade recíproca, recordai que na Eucaristia, todavia, estais em comunhão, porque a comunhão não depende da vossa capacidade, coerência e perfeição, mas do Amor do Pai derramado sobre vós (cf. Rm 5,5).

Esta é a vossa verdade! Sois aquilo que sois na Eucaristia; aquilo que o Espírito faz de vós quando recebeis o meu Corpo e o meu Sangue: vós estais em comunhão Comigo! Somente em Mim podeis viver uma humanidade nova, renunciar ao mal e viver novas relações entre vós e com todos. Não se trata de esforçar-vos, mas somente de permanecer unidas a Mim, como os ramos à videira: Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada podeis fazer. (cf. Jo 15). Deixai que o Espírito seja criativo em cada uma de vós e vereis o deserto retroceder, deixando espaço ao jardim florido que a humanidade do nosso tempo vai em busca.

Se a vossa vida será bela e transparente na comunhão fraterna, Eu não deixarei de tornar fecunda a minha Igreja, com novas vocações, jovens que saibam viver o carisma pastoral com amor total».

Queridas, acolhamos também a exortação do Bem-Aventurado Tiago Alberione, enquanto entramos mais profundamente no ano jubilar da Misericórdia: estabelecei-vos na confiança, na oração e na misericórdia de Deus. Tende uma grande intimidade com Deus e recebereis uma luz particular sobre a sua misericórdia. De fato, nós nos salvamos somente pela misericórdia de Deus. (cf. PrP II, 1955, p. 32).

Nestes dias, Papa Francisco concedeu-nos o dom da sua Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris laetitia, sobre alegria do amor na família. Tanto para nós, Pastorinhas, como para os Pastores da Igreja, é um texto para ser lido atentamente, e fazê-lo nosso também no método sinodal e no discernimento, para que possamos viver nosso ministério pastoral, com relação a família, mais iluminadas e alegres, capazes de acompanhar, acolher, orientar.

Unidas a Cristo deixemo-nos tocar a cada dia pela Misericórdia do Pai e vivamos como Cristo: doando-a! Assim a nossa vida se tornará sempre um anúncio de Páscoa para quem nos encontrará. Confiamos particularmente no amor que Jesus nos demonstra. Como ele foi o Bom Pastor para Pedro e para os Apóstolos, assim Ele será para nós, dia após dia, sempre mais... (PrP IV, 1949, p. 64), confiantes de que lançando a rede da parte direita encontraremos!

Certas de que a Santíssima Trindade nos inclui na sua Vida, desejo a vocês um belo caminho rumo a Pentecostes e uma santa festa de Jesus Bom Pastor!

Com carinho,

Ir. Marta Finotelli

Superiora geral

Roma, 16 de abril, de 2016 Vigília da Solenidade de Jesus Bom Pastor

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 5

Do grupo do governo geral…

Nós Vos louvamos, Pai, com todas as vossas criaturas,

que saíram da vossa mão poderosa. São vossas e estão repletas da vossa presença e da vossa ternura.1

Eis-nos aqui plenas de esperança e imersas na Misericórdia de Deus, em

comunhão com todas e vivendo já no clima de preparação ao nosso 9º Capítulo Geral.

Desejamos partilhar com vocês alguns momentos importantes de nosso serviço, juntamente com as Irmãs da comunidade da casa geral.

Fazer memória destes acontecimentos significa agradecer os sinais da revelação do amor e da misericórdia de Deus, que nos ajudaram a crescer na partilha fraterna e na comunhão.

Uma das nossas prioridades é a acolhida das pessoas, sempre no mesmo estilo de simplicidade e alegria, pois esta é uma das características de nossa comunidade. Continuamos abertas às surpresas de Deus e aos imprevistos que não faltam, mas também não fazem pesar o clima comunitário.

Logo no início do ano, de 2 a 5 de janeiro, acolhemos as Irmãs com menos de 50 anos residentes na Itália, para o encontro anual do grupo Under50, promovido pela Província ICN. O tema foi: “Juntas para refletir e Contemplar... Cristo Jesus ícone radiante do homem novo”. E nesta comunidade alargada, vivemos dias plenos de entusiasmo e alegria, constatando também a seriedade no estudo formativo e a abertura frente aos desafios da Vida Consagrada hoje2.

Nós, Irmãs do grupo do governo geral, participamos de 7 a 10 de janeiro de 2016, na Casa Divino Mestre em Ariccia, do XXXIII encontro dos Governos Gerais da Família Paulina, refletindo sobre: “A Evangelii Gaudium interpela a Família Paulina e a vida fraterna”. Foi um encontro muito fecundo não somente pelo conteúdo, mas pela partilha e as perspectivas para crescer no espirito de unidade e na comunhão como Família, caminhando com a Igreja e segundo as orientações de Papa Francisco.

Neste ano jubilar da misericórdia, no dia 14 de janeiro fizemos como comunidade a nossa peregrinação, passando juntas pela porta santa da Basílica de São Pedro, e recordando todas as Irmãs e rezando nas intenções de toda a Congregação. Foi para nós um momento penitencial muito significativo, no qual pudemos acolher a inesgotável gratuidade da misericórdia de Deus.

No dia 1º de março, a Ir. Puri Tañedo partilhou com um grupo de arquivistas e alguns secretários/as gerais (de língua inglesa), e, a relação entre Conselho geral, a secretaria e o/a arquivista geral quanto a documentação e a conservação no arquivo. 1 Laudato Sì: Oração cristã com a criação.

2 Para rever a partilha desta experiência, no Site www.pastorelle.org, a notícia publicada no dia 07-01-2016.

CTN anno XXXXI 2016/1 - p. 6

Sem dúvidas, estes empenhos realizados em nome de nossa Congregação, foi um belo testemunho de colaboração, na conclusão do Ano da Vida Consagrada.

Na ocasião do Congresso mundial da Vida Consagrada, de 28 de janeiro a 2 de fevereiro, foi bonito e entusiasmante ver o grande movimento de religiosos e religiosas, representantes de seus Institutos e das novas formas de vida consagrada, vindos de toda parte do mundo para participarem deste evento internacional que concluiu do Ano da Vida Consagrada. “Um encontro com o objetivo de refletir juntos sobre a vida consagrada em comunhão, sobre o fundamento comum na diversidade das formas. Seis dias de encontro, de vigília de oração, tempo para reencontrar-se e aprofundar o específico de cada forma com um olhar profético rumo ao futuro”

3.

Representando a nossa Congregação, participaram desta semana as Irmãs: Rita Ruzzene e Cristiane Ribeiro (casa geral), Magally Marin (comunidade de Roma – Traversari) e Maria de Fátima Piai, superiora provincial da Província Br-SP. Elas nos comunicaram com muita alegria os pontos positivos desta experiência internacional, sobretudo alguns conteúdos que ajudaram a ampliar novos horizontes.

A acolhida das surpresas de Deus, na conclusão deste Ano da VC, dia 2 de fevereiro, ajudou-nos a aceitar a partida de nossa querida Ir. Piera Rosseto casa do Pai, que durante muitos anos fez parte da comunidade da casa geral, foi chamada à Casa do Pai. E como nos diz São Paulo, vivemos na certeza que: “Nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes (...) nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor” 4.

Na continuidade da programação geral, de 7 a 13 de fevereiro a Ir. Rita Ruzzene juntamente com a Ir. Maria de Fátima Piai, a qual já estava em Roma, fez a visita canônica na comunidade das Pastorinhas em Libreville (Gabão). E de 24 de fevereiro a 22 de Março, a superiora geral Ir. Marta Finotelli e as duas Conselheiras: Ir. Cesarina Pisanelli e Ir. Marisa Loser realizaram a visita canônica nas outras comunidades da Província BR SP - Gabon.

Agradecemos a Jesus Bom Pastor pela missão concretizada em nome do Amor, favorecendo a experiência fraterna, espiritual e apostólica.

Continuamos juntas, aprofundando o tema da Comunhão para uma renovada presença na Igreja.

Ir. Inácia dos Santos

Pelas Irmãs do governo

3 Cf. www.vatican.va (comunicato stampa 31-01-2016)

4 Rm 8, 38-39

CTN anno XXXXI 2016/1 - p. 7

Do grupo de governo da Delegação

Argentina - Bolivia

Se verdadeiramente partimos da contemplação de Cristo, devemos saber vê-Lo sobretudo no rosto daqueles com quem Ele mesmo Se quis identificar: «Porque tive fome e Me destes de comer, tive sede e Me destes de beber; era peregrino e Me recolhestes; estava nu e Me destes de vestir; adoeci e Me visitastes; estive na prisão e fostes ter Comigo» (Mt 25,35-36). Esta página não é um mero convite à caridade, mas uma página de cristologia que projeta um feixe de luz sobre o mistério de Cristo. (NMI 49)

Descobrir o rosto de Cristo nos mais pobres é a experiência de misericórdia que, como equipe de governo da Delegação Argentina-Bolívia, desejamos partilhar com vocês. No início deste ano, realizamos uma missão na província de Salta, especificamente na Vila Floresta, um bairro da periferia da cidade de Salta, que faz parte da zona na qual se encontra a nossa comunidade de Pastorinhas.

Sentimos que essa missão foi querida por Deus há muito tempo, e nesta ocasião toda a equipe de governo teve a possibilidade de participar na preparação, coordenação e animação. Juntamente com as Irmãs da comunidade, o sacerdote, o grupo de Cooperadores Paulinos “Amigos de Jesus Bom Pastor” e um grupo de leigos empenhados na pastoral, visitamos as famílias e foram colocados à disposição espaços para a escuta, acompanhamento espiritual, medicina alternativa e momentos de encontros com as crianças e os adultos.

Contemplar o rosto de Jesus nos pobres, para caminhar partindo de Cristo e “avançando com esperança” rumo a uma Igreja que vive a misericórdia, é o grande desafio. Uma misericórdia da qual é necessário ser testemunha com a própria experiência. As boas notícias, das quais o ser humano tem necessidade hoje, é reconhecer que “não estamos sós”, que “somos comunidade” que procura viver no amor e que é possível “ver e tocar Deus nos pequenos, nos suicidas, nos doentes, nos necessitados”. Porque é justamente na necessidade que experimentamos a mão providente de Deus, que salva e liberta daquela condição. Salvação que se torna concreta nos gestos de misericórdia do meu irmão, de quem está próximo de mim.

Viver esta experiência da misericórdia infinita de Deus, manifestada na sua providência, fez sentir realmente a alegria de ser uma Igreja em saída, acidentada mas não enferma, como nos diz o nosso querido Papa Francisco.

Foram muitos os rostos dos irmãos com os quais partilhamos estes dez dias, e podemos dizer que o problema social é um problema na medida em que usamos as categorias: “doentes toxicodependentes, mulheres maltratadas, etc.” Definimos problemas, mas quando nos aproximamos das pessoas não vemos isso, vemos um irmão, mais precioso do que a situação que está atravessando. Por isso o problema social começa a ter solução com o gesto de nos aproximarmos para dar uma ajuda, porque sentimos na própria carne.

Como Pastorinhas, esta missão foi um convite contínuo a viver a misericórdia em chave de esperança, olhar para os horizontes amplos e além de nós mesmas. Nas palavras do nosso Fundador “A vossa missão é vasta como o mundo, complexa, mas também bela e delicada.” (So, p.26: ‘A vocação da Pastorinha’).

Quanto é grande e bela a esperança de quem tem o olhar voltado para os outros!

Ir. Adriana Galay, Ir. Maria de los Angeles Seijo e Ir. Mariana Basualdo.

CTN anno XXXXI 2016/1 - p. 8

A Superiora geral, Ir. Marta Finotelli, com o consenso do Conselho, de janeiro a abril de 2016, encaminhou os seguintes assuntos: � No mês de janeiro encaminhou o processo de consulta em vista da nomeação do novo

governo da Província Itália Centro Sul – Albânia e em abril nomeou Ir. Lina Santantonio, superiora provincial para o quadriênio 2016-2020.

� Preparou a Visita canônica à Província Brasil São Paulo – Gabão, que realizou nos

meses de fevereiro-março com Ir. Rita Ruzzene, Ir. Marisa Loser e Ir. Cesarina Pisanelli.

� Considerou o resultado da visita finalizada feita ao Uruguai e à Argentina, no mês de

dezembro de 2015 e da visita canônica na Província Brasil São Paulo – Gabão, concluída no dia 22 de março de 2016.

� Após ter refletido sobre a modalidade de trabalho da Comissão preparatória do 9º

Capitulo Geral, em vista do encontro previsto em Roma, encontrou com Ir. Teresa Simionato (smsd), que está acompanhando a preparação do 9º CG, no dia 23 e 24 de janeiro de 2016. Além disso, de 2 a 6 de abril, as Irmãs da Comissão preparatória, juntamente com o governo geral, estiveram reunidas para a elaboração do Tema e do Itinerário de preparação à celebração deste evento. Ir. Marisa Loser, conselheira geral, está acompanhando o trabalho da Comissão preparatória, em substituição a Ir. Cesarina Pisanelli, a qual seguirá a parte técnica.

� Aprovou o transferimento da sede provincial da Província ICS, do terceiro andar do edifício da Casa Mãe para ao casa construída no mesmo terreno de propriedade da Congregação, sempre em Albano Laziale – Via Trilussa.

� Emitiu o decreto de ereção canônica da comunidade de Foggia e da nova sede

provincial de Itália Centro Sul – Albânia.

� Aprovou a abertura ad experimentum, por três anos, da comunidade de Querência do Norte na diocese de Paranavaí no Paraná, da Província Brasil – Caxias do Sul

� Ratificou a Nomeação de Ir. Cynthia Angalot, como mestra das Noviças da PI-AU-SA-TA; nomeou Ir Elsa Zavaleta, como mestra das postulantes e aprovou os Programas formativos do Juniorato e do Postulantado da Delegação CI-PE-CU.

� Refletiu sobre os conteúdos e sobre a modalidade do Encontro para as Ecônomas da

América Latina que será realizado em São Paulo – Brasil, de 22 a 26 de maio de 2016, ao qual participarão também as superioras das Circunscrições.

CTN anno XXXXI 2016/1 - p. 9

DALLE PERIFERIE ESISTENZIALI

CO-VE-ME Esperienza in una casa di cura geriatrica, Caracas – Venezuela

Lo sguardo compassionevole di Gesù buon Pastore mi ricorda il dolore di molte persone abbandonate dai propri familiari, dovuto alla loro anzianità, alla poca salute fisica o mentale e, nella maggioranza dei casi, dovuto alla malattia dell’Alzheimer. Alcune di queste persone abitano nella Casa di cura geriatrica “Signora Rosa” nel quartiere “Santa Monica” a Caracas. In questo luogo, le Pastorelle fanno periodicamente la celebrazione della Parola e incontri di animazione insieme al gruppo della Legione di Maria. Per questi anziani, che abitano una casa circondata da muri, i bei ricordi del passato sono l’unica possibilità per mantenere il buon umore. Nei migliori dei casi, alcuni anziani che hanno buona salute, riescono a guardare fuori dalla finestra, cosa che li aiuta a ricrearsi un po’.

In queste situazioni, spesso si sente raccontare dagli anziani la sofferenza per la lontananza dai familiari oppure per la poca carità di coloro che si prendono cura di loro; ma io vorrei condividere qualcosa di straordinario, l’esperienza con una signora che mentre agonizzava mi ha detto: “Ringrazio Dio per avermi portata in questo luogo, ringrazio tutte le infermiere che si sono prese cura di me”. Come Pastorella, anch’io ringrazio di cuore Dio per quest’esperienza, in cui posso guardare una delle periferie esistenziali del nostro tempo e vedere da vicino il volto sfigurato di Cristo.

sr Mariel Vargas, Junior

ICS-AL Lamezia Terme: tra sogno e realtà

Solo 50 anni fa erano tre Paesi: Nicastro, Sant’Eufemia e Sambiase. Poi qualcuno considerò ricchezza il territorio, e volle fondare un solo Comune. Per par condicio è stato scelto un nome nuovo: Lamezia, che ricorda antichi fasti della Magna Grecia; Terme, perché ci sono delle Acque termali, salubri ed efficacissime. Così nacque la città che oggi conta più di 70.000 abitanti.

Lo snodo autostradale, la Stazione Ferroviaria e un nuovo Aeroporto, la rendono funzionale. Moderna e aperta per molti aspetti, ma per gli stessi motivi difficile, e appetibile alla criminalità organizzata, ‘ndrangheta’ e corruzioni varie, che deve fare i conti anche con una folta comunità del popolo Rom, di indole nomade e di aspirazione stanziale; e un gran numero di nordafricani, con famiglie numerose. Una città in continuo fermento, tra gruppi sociali onesti che cercano di guidare la Comunità Civile alla giustizia, e ostacoli continui e sempre nuovi.

La piccola Comunità di noi Pastorelle, dal 2005 vive ogni sfumatura di questo fermento: un vivace contatto con le povertà, che trovano apertura incondizionata da uno dei nostri due parroci; e il progetto di costruzione di una Cattedrale in territorio mediano tra i tre antichi comuni, per favorire il Nuovo di questo variegato mondo, curata dall’altro nostro parroco, stretto collaboratore del Vescovo. Il Buon Pastore sa dove condurci, speriamo di assecondarlo e non smentirlo, nel Suo impegno di Misericordia.

Sr Emanuela Ciccomartino

CTN anno XXXXI 2016/1 - p. 10

K

L’Accademia spirituale dell’apostolato parrocchiale Dal 2010 è stato chiesto, alle Pastorelle coreane, di collaborare all’Accademia spirituale

dell’apostolato parrocchiale, fondata dall’Associazione delle Superiore delle Congregazioni femminili presenti in Corea, per le religiose che svolgono l’apostolato parrocchiale. È da evidenziare che nella Chiesa coreana abbiamo uno stile di vita particolare e quasi tutte le religiose si dedicano all’apostolato parrocchiale, abitando in parrocchia. Per queste consacrate è molto difficile vivere il proprio carisma, potersi esprimere nella propria identità, comprendere la ‘pastorale’ e dedicarsi all’apostolato pastorale nella parrocchia.

È questo il motivo per cui abbiamo accolto l’invito a collaborare in questa accademia per prenderci cura delle consacrate di altri Istituti religiosi, con quella sensibilità tipica del nostro carisma pastorale. Per loro è importante conoscere come collaborare con il parroco e i laici, cosa fare nel momento in cui ci sono dei cambiamenti e nuovi orientamenti dei parroci e, come vivere le fatiche e le sofferenze che si possono incontrare.

Questa accademia è stata aperta nel 2010 e l’8 marzo di questo anno è cominciata la scuola con un nuovo gruppo di 15 suore che appartengono a diverse Congregazioni. Il corso, con incontri settimanali, ha la durata di un anno diviso in due semestri.

Vi chiediamo di ricordarci nella preghiera per il buon andamento di questa accademia e per le consacrate che vi partecipano, affinché possano trovare la propria identità pur vivendo nella parrocchia e perché l’accademia diventi un centro capace di promuovere l’apostolato parrocchiale e possa apportare una linfa vitale nella Chiesa coreana.

Sr Benedetta Kim

BR-CdS

Sfide nella missione La nostra comunità è inserita, dal luglio 2015, nel Nord del Brasile, nella diocesi di Boa Vista,

Roraima. È una terra di missione. Com’è la periferia in cui viviamo? Ci sono edifici popolari costruiti da un progetto del governo federale, chiamato: "La mia casa, la mia vita", con 2.992 appartamenti e si trova nella parte della città satellite di Boa Vista, RR. È fra questi che abitiamo. Nel dicembre 2015 il governo ha consegnato le nuove case alle famiglie che piano piano sono state abitate. Queste sono famiglie che provengono da diversi quartieri di città dello stesso stato e di altri stati del Brasile. Di fronte a questa nuova realtà, noi e alcuni laici, abbiamo iniziato la visita alle famiglie per conoscere i cattolici e gli operatori pastorali provenienti da altre comunità, per organizzare insieme la comunità cristiana con i suoi servizi e la pastorale. La grande sfida è quella di visitare le famiglie, perché la stragrande maggioranza delle persone lavora tutto il giorno e si possono trovare in casa solo di sera e/o nel fine settimana. È una sfida, organizzarli in piccole comunità. Un’altra periferia in cui operiamo è un nuovo quartiere chiamato "João de Barro", situato a 3 km dalla città dove ci sarà la futura comunità "Beato Alamanno". In questa zona già risiedono molte famiglie, ma senza le condizioni minime di infrastrutture, mancano acqua, energia, scuola, trasporto pubblico, centro di salute e presenza della nostra Chiesa. Nel mese di dicembre, durante la preparazione al Natale, con un gruppo di laici, abbiamo visitato le famiglie invitandole alla Novena di Natale. Dopo questa visita ogni domenica ci riuniamo per la celebrazione della Parola. In questo luogo abbiamo due lotti di terreno per la costruzione della futura chiesa. A poco a poco e con la grazia di Dio stiamo gettando i semi, confidando nella presenza misericordiosa di Dio che ci invia.

Sr Ester Aiolfi, sr Gloria Cardoso e sr Olma Rotava – Boa Vista – RR

CTN anno XXXXI 2016/1 - p. 11

Ir. GABRIELLA STELLINI Uma Pastorinha para os últimos

O território no qual se encontra Verona é habitado desde o período neolítico e se estende ao longo do Rio Adige e no decorrer dos séculos diversos grupos étnicos ali se estabeleceram e se desenvolveram. Na época romana, quando a cidade, que tinha boas relações com Roma desde o século III a.C., alcançou no ano 49 a.C, com César Augusto, a posição de “Res pública Veronensium”. A partir de então o seu desenvolvimento histórico, artístico e econômico não se interrompeu e a sua grandeza e força é demonstrada pelas suas belezas artísticas e literárias. Por cinco anos chegou a ser sede pontifícia, de 1181 a 1186. Crescendo sempre, a cidade se tornou expressão de arte e civismo de toda a planície padana, especialmente durante o senhorio de Scaligero.

Mas Verona não é somente a cidade plena de história e muito laboriosa, cuja beleza encanta e conquista, é o espaço de uma Igreja aberta à missão e ao anúncio do Evangelho, em qualquer parte do mundo e a todas as categorias de pessoas. Milhares de missionários de Verona partiram para levar Cristo aos lugares mais longínquos e complexos da terra e às pessoas com maiores dificuldades, necessitadas da salvação e de esperança. Também hoje muitos cristãos, leigos, religiosos e presbíteros, gerados no útero fecundo desta Igreja, continuam a partir rumo às periferias geográficas e existenciais da humanidade, para levar a novidade de Deus, Jesus o Filho, que nos permitiu conhecer o Pai, dando-nos o Espírito.

Neste contexto civil e eclesial, no bairro de Borgo Milano, no dia 27 de abril de 1940, nasceu Gabriella, primogênita de Romualdo e Maria Vittoria Panozzo. Uma família que mais tarde Gabriella definiria, talvez exagerando, como “ateia”. Na realidade tratava-se de uma família de gente honesta e laboriosa, que escrupulosamente oferecia aos seus filhos o melhor que possuía: uma vida digna e uma educação sã, assegurando-lhes os sacramentos da iniciação cristã. De fato, Grabriella foi batizada um mês após o nascimento, no dia 26 de maio, recebendo a Primeira Comunhão e a Crisma em 23 de maio de 1948.

Gabriella viveu uma infância serena, dotada de um temperamento decidido e uma inteligência brilhante e criativa, uma profundidade de sentimentos que exprimia com naturalidade. Era uma líder nata entre os companheiros de escola e do bairro. Generosa e genuína, a sua mente e o seu coração eram abertos ao fascínio do mistério.

Em uma entrevista ao jornal Avvenire, de 5 de março de 1989, assim contou sobre o seu encontro com Cristo: “Eu venho de uma família ateia e, antes de encontrar Cristo, vivia uma realidade materialista. Entrei por engano numa Igreja e o discurso que um sacerdote estava fazendo para alguns jovens foi para mim como uma velinha acesa jogada sobre uma carga de explosivos. Era como se chovesse relâmpagos, uma série de questionamentos caíram sobre a minha cabeça, os quais transformaram totalmente a minha vida”.

É mesmo verdade que quando se encontra realmente com Cristo, não se pode fazer a menos que viver para Ele, como testemunham muitos convertidos. Assim, Gabriella, depois de um caminho espiritual bem ponderado, no dia 5 de setembro de 1960, entrou na Congregação. Tinha vinte anos e um chama interior tão intensa que a impulsionava a se preparar para viver para Cristo Pastor, a serviço de seu rebanho.

Os anos da formação passavam rapidamente e Gabriella vivia com o impulso e a generosidade própria dos iniciantes, como aqueles que ao descobriram o seu grande amor, e os seus olhos não viam outra coisa. As avaliações das mestras de formação eram muito positivas e enfatizavam o seu desejo de ir para a missão em terras longínquas. A sua maneira de se relacionar era autêntica e alegre, dedicava-se às tarefas que lhe eram atribuídas com escrupulosa exatidão e a sua oração era simples e profunda, fiel e ardente. Por isso, ao fim do noviciado, foi admitida à profissão com a máxima avaliação que se usava na época: boa!

CTN anno XXXXI 2016/1 - p. 12

Emitiu a primeira profissão em Albano Laziale, no dia 3 setembro de 1962, quando lhe deram o nome de Ir. Maria Fátima. No tempo do juniorato realizou os estudos de teologia de base, obteve o diploma na Escola Magistral e ao mesmo tempo desenvolveu a almejada missão pastoral na comunidade de San Martino in Campo (PG), onde, entre tantas tarefas, foi também a cozinheira oficial da comunidade. Ir. Maria Fatima se encontrava bem entre a gente simples e boa da Úmbria, e foi para ela a ocasião propícia para aprender a arte da cura pastoral do rebanho de Jesus Bom Pastor. As pessoas apreciavam o seu belo caráter e a sua alegria no doar-se.

Assim, depois de cinco anos de votos temporários, foi admita à profissão perpétua que celebrou no dia 3 de setembro de 1967, em Albano, na Casa Mãe. Pertencia então totalmente a Jesus Bom Pastor e o seu coração estava pronto para exprimir todo o seu potencial físico e espiritual. Foi destinada à comunidade de Saliceto Cuneo, na qual se dedicava à educação das crianças do Jardim da Infância, e como boa Pastorinha, assumia também o cuidado dos seus pais e famílias. Tinha um entusiasmo contagiante que arrastava e conquistava, mas vivido sempre em comunhão com as Irmãs, que se davam bem com ela em comunidade.

Em 1969 foi nomeada superiora da comunidade, serviço renovado para um segundo triênio em 1972. Eram os anos imediatamente pós-concílio e o Espírito que soprava fortemente sobre a Igreja, entrava com energia também na Congregação. Se sentia uma forte exigência de renovação e de adaptação às orientações conciliares. Em preparação ao 2º capítulo geral foram constituídas algumas comissões de estudo, que colocaram em conjunto as instâncias de renovação expressas por todas as Irmãs, através de um questionário, do qual todas participaram com empenho e entusiasmo.

Também a nossa Ir. M. Fatima deu a sua colaboração criativa, ajudada pela sua total imersão na realidade do povo e da Igreja local. Quando o 2º capítulo, celebrado em 1975, deu a possibilidade a quem quisesse de voltar ao nome recebido no Batismo, ela solicitou de retornar, sendo para sempre Ir. Gabriella.

Além das formas mais visíveis de renovação, como a mudança do hábito religioso, deu-se um novo impulso aos estudos e Ir. Gabriella cursou a faculdade de Assistente Social, fazendo, sucessivamente, especialização em problemas de tóxico-dependência.

Em 1974 deixou Saliceto Cuneo para fazer parte de uma nova comunidade, que as Pastorinhas abriram em 15 de outubro, num bairro periférico de Pescara, distrito Rancitelli, na paróquia de Madonna del Fuoco, onde don Giuseppe Comerlati era pároco há dois anos. Naquela época, em Pescara e também na paróquia de Pe. Giuseppe, o movimento neo-catecumenal, que estava no início de sua experiência eclesial, começava a catequese.

Era uma novidade absoluta, que atraía muita gente. Desta forma, aos poucos a pastoral paroquial se configurava de acordo com a formação das comunidades neo-catecumanais, que se iam se estruturando e abrangendo todo o território. Ir. Gabriella, juntamente com as outras Irmãs, sentia o dever de partilhar com o pároco esta configuração, mas sem abandonar aqueles paroquianos que, por algum motivo, não aderiam a ela. Na paróquia estavam presentes também grupos da Ação Católica e dos Escoteiros, além daqueles que frequentavam como simples féis, como parte ativa do povo de Deus.

A sua cura pastoral se dirigia principalmente às famílias, sempre com uma intenção formativa, para que a paróquia se tornasse uma família de famílias. Era forte o seu senso de Igreja, Corpo de Cristo, capaz de tornar os destinatários da sua pastoral conscientes de toda a realidade paroquial e diocesana. A sua paixão eclesial era contagiante, e a sua presença nos “campos-escolas” e nas outras iniciativas educativas fizeram de Ir. Gabriella o ponto de referência para muitos jovens. O testemunho das Irmãs Pastorinhas criava um contexto favorável ao desenvolvimento das diversas vocações eclesiais, e naqueles anos algumas jovens, conquistadas pela novidade de tal vocação pastoral, entraram na Congregação.

O ensino de religião, na escola média e superior local, possibilitou a Ir. Gabriella transitar no mundo juvenil e adolescente, que naquela época exprimia uma vitalidade especial. Com o seu entusiasmo e intuição, estabeleceu boas relações com os jovens e foi percebendo algumas tentações, as quais eles eram quotidianamente expostos. A situação de alguns jovens do bairro que caíram na tóxico-dependência, chamou particularmente a sua atenção e, depois de uma madura reflexão, pediu para poder ajudar em uma comunidade terapêutica. Assim, começou a atuar na comunidade “Il Faro” (O Farol), iniciada pela CEIS, Centro Italiano de Solidariedade, fundado por padre Mario Picchi. Preparou-se acuradamente para este novo serviço, com um curso de especialização em tóxico-dependência.

CTN anno XXXXI 2016/1 - p. 13

A partir de 1984 dedicou-se a estes jovens, que precisavam ser recuperados para a vida, empenhando-se também nos turnos da noite e tornando-se especialista em envolver as respectivas famílias no percurso de recuperação. Tratava-se de um trabalho muito cansativo, que exigia disponibilidade e responsabilidade, mas que Ir. Gabriela era feliz de poder realizar.

E foi no final do seu turno de serviço no CEIS, no dia 11 de outubro de 1989, enquanto retornava para casa de carro, que Ir. Gabriella, estando corretamente na sua pista, foi atingida por um carro que a ultrapassou em alta velocidade, jogando-a para fora da estrada. No pronto socorro se depararam com uma ferida na cabeça e múltiplas fraturas em várias partes do corpo, o que, em um primeiro momento, pareciam ferimentos não gravíssimos. Mesmo uma hemorragia pulmonar foi considerada normal depois de um trauma deste tipo. Mas, infelizmente não eram ferimento leves, e, depois de seis dias, ela sofreu uma embolia que colocou fim a sua vida, exatamente no momento de maior fecundidade pastoral.

Ir. Gabriella tinha somente 49 anos e 29 de vida religiosa, mas certamente era já espiritualmente madura para ir ao encontro do seu Senhor, Jesus bom Pastora, que a escolheu para ser imagem da sua bondade, justamente com os irmãos mais necessitados, aqueles últimos entre os últimos, dos quais e tão difícil assumir o cuidado. Foi uma Pastorinha especialmente sensível ao problema dos “últimos”, aos quais dedicou as melhores energias da sua vida, até entregá-la totalmente. E o fez com alegria plena.

Ir. Giuseppina Alberghina, sjbp

“Misericordia ed Economia”

Carissime sorelle, vorrei condividere con voi alcune riflessioni che, alla luce dell’Anno della Misericordia e in stretto legame con l’ambito economico, toccano da vicino il nostro vissuto personale e pastorale.

Ognuna di noi è consapevole dei rapidi mutamenti a livello economico, politico e sociale che stanno vivendo i nostri popoli. L’invito ripetuto di Papa Francesco a considerare come un grande male “la globalizzazione dell’indifferenza”, forse è per noi un invito a riflettere su ciò che possiamo vivere e proporre ai nostri contemporanei perché avvenga la “globalizzazione della solidarietà” e quindi vinca la misericordia.

Ci toccano da vicino le sofferenze di tanti migranti che si rivolgono all’Europa per trovare riparo dalle guerre e povertà e le reali difficoltà che affronta l’Europa per trovare la strada migliore per l’accoglienza e anche per la lotta al terrorismo. Se volgiamo lo sguardo all’Oriente, costatiamo anche lì tensioni politiche e grande diversità nel modo con cui gli Stati assicurano una politica sociale di pari opportunità, d’accoglienza e di lotta alla povertà. E in questi ultimi giorni seguiamo con preoccupazione nell’America Latina il clima teso, che scaturisce da realtà nazionali in reale difficoltà e in particolare nel Brasile che si trova in una profonda crisi politica che da qualche tempo grava sull’economia, già in difficoltà; ugualmente seguiamo la realtà del Venezuela che da anni lotta per far riemergere la democrazia e uscire da ciò che oggi si definisce come una crisi umanitaria per carenza di medicine e anche di cibo.

Ognuna di voi nel contatto quotidiano con tante realtà, avrà una visione senz’altro realista su ciò che si sta vivendo e senza dubbio si sente spronata personalmente e come comunità a dare il proprio contributo per lenire le ferite del nostro popolo e accogliere l’invito di Papa Francesco:

CTN anno XXXXI 2016/1 - p. 14

«In questo Giubileo ancora di più la Chiesa sarà chiamata a curare queste ferite, a lenirle con l’olio della consolazione, fasciarle con la misericordia e curarle con la solidarietà e l’attenzione dovuta. Non cadiamo nell’indifferenza che umilia, nell’abitudinarietà che anestetizza l’animo e impedisce di scoprire la novità, nel cinismo che distrugge. Apriamo i nostri occhi per guardare le miserie del mondo, le ferite di tanti fratelli e sorelle privati della dignità, e sentiamoci provocati ad ascoltare il loro grido di aiuto. Le nostre mani stringano le loro mani, e tiriamoli a noi perché sentano il calore della nostra presenza, dell’amicizia e della fraternità. Che il loro grido diventi il nostro e insieme possiamo spezzare la barriera di indifferenza che spesso regna sovrana per nascondere l’ipocrisia e l’egoismo»1.

Ma cosa dice a noi oggi il mettere a confronto la Misericordia e l’economia? Possono andare insieme? Una risposta la troviamo in un dossier pubblicato dall’Associazione Nazionale dei Commercialisti Italiani, intitolato: ”Misericordia ed Economia: utopia o binomio indispensabile?”. In questo documento essi fanno un’accurata analisi storica delle diverse teorie economiche, le ricadute in diverse Nazioni e fanno anche un’analisi fondata su statistiche. Alla fine però approdano a questa conclusione:

«Per chiudere con le parole che lo stesso Papa Francesco ha rivolto allo World Economic Forum 2016 di Davos, la visione di un capitalismo veramente fruttuoso per l’uomo è quella in cui “l’attività imprenditoriale è una nobile vocazione orientata a produrre ricchezza e a migliorare il mondo per tutti, soprattutto se comprende che la creazione di posti di lavoro è parte imprescindibile del suo servizio al bene comune. Come tale, essa ha la responsabilità di aiutare a superare la complessa crisi sociale ed ambientale e di combattere la povertà”. Dunque, la Misericordia è componente imprescindibile di un’economia che sappia salvare se stessa tutelando la dignità dell’uomo e salvaguardando la casa comune facendosi carico delle due dimensioni inestricabilmente congiunte della sostenibilità sociale e di quella ambientale»2.

Il 2 marzo, nella Cattedrale di San Giusto martire – Diocesi di Trieste, ha avuto luogo un incontro significativo tenuto dal prof. Stefano Zamagni, ordinario di Economia Politica all’Università di Bologna, sul tema “Misericordia e affari: due mondi separati. La proposta cristiana”. In quella sede il prof. Zamagni disse:

«E’ possibile coniugare i due aspetti. Il cristiano deve poter credere ad una tale declinazione perché in caso contrario si troverebbe al cospetto di un dilemma etico» Ma come si coniugano in pratica i due mondi separati? «Mirando intanto ad una nozione di giustizia finalizzata al bene, evitando la trappola del facile giustizialismo e stabilendo all’interno della sfera economica e imprenditoriale forme di relazioni interpersonali, in modo più attivo e umano»3

Concludo con le parole di Mons Enzo Gerardi che, a mio avviso, sono una provocazione per il nostro vivere e propone la povertà evangelica nei diversi ambiti pastorali:

«La beatitudine della povertà si ottiene quando la vita si lascia plasmare dal dono, quando le cose non sono più tiranne, quando il cuore si è liberato dalla passione dell’avarizia e della cupidigia. Il passaggio dalla logica del possesso alla logica del dono ottiene ciò che l’uomo desidera dalla vita, vale a dire la beatitudine»4

Ringraziamo la Divina Provvidenza per tutti i suoi benefici e ci sentiamo unite nell’impegno quotidiano a vivere la povertà secondo il cuore del Pastore misericordioso e con il colore paolino che ci ha trasmesso il nostro Beato Giacomo Alberione.

Vi auguro un fecondo periodo pasquale e vi chiedo una preghiera particolare per gli incontri continentali di economia previsti in questo anno perché siano momenti di grazia per la nostra Famiglia religiosa.

Con gratitudine, sr. Aminta Sarmiento Puentes economa generale

1 Misericordiæ Vultus, Bolla Pontificia di Papa Francesco, Roma 2015, n. 15 2

Giovanni Castellani e Giovanni Ferri, «Misericordia ed economia: utopia o binomio indispensabile?» in Fondazione Nazionale Commercialisti,

Roma 2016. 3 Cardella Francesco, Il “matrimonio cristiano” tra gli affari e la misericordia, in Quotidiano il piccolo, Trieste, 4 marzo 2016. 4 Gerardi Enzo, Le malattie dell’anima, EDB, Bologna 2013,133

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 15

FAMIGLIA PAOLINA IN CAMMINO CON LA CHIESA

A Cebu, Filippine, dal 24 al 31 gennaio 2016 ha avuto luogo il 51° Congresso Eucaristico Internazionale dal tema: “Cristo in voi, speranza della gloria”. Durante questo evento sono intervenuti oltre 15.000 delegati provenienti da 73 paesi del mondo. Il momento più sentito e partecipato è stato quello della processione Eucaristica, dove una folla di circa un milione e mezzo di persone, ha camminato per più di tre chilometri con grande devozione e raccoglimento. Per tutti è stata una forte esperienza di essere e sentirsi Chiesa in cammino.

Alcuni rappresentanti della Famiglia Paolina hanno condiviso questo incontro attorno all’Eucaristia, secondo la particolarità del dono ricevuto da ogni istituto. Le Pie Discepole per un giorno, sono state direttamente coinvolte nella guida della celebrazione delle Lodi con tutta l’assemblea, ed hanno animato anche il Simposio Teologico CEI, che di solito precede il Congresso, al quale hanno partecipato anche alcuni membri dell'Istituto paolino della Sacra Famiglia. Durante il Simposio, Sr. M. Anthony Bassa PDDM e il P. Norman Peña Melchor SSP, insieme ad altri relatori, hanno contribuito con le loro riflessioni sull'Eucaristia e il dialogo della Chiesa con le culture. Inoltre, i nostri fratelli e sacerdoti della Società San Paolo sono stati invitati dalla Conferenza Episcopale delle Filippine a curare l’informazione mediatica. Le Paoline di Cebu hanno partecipato al Congresso proponendo una ricca mostra di libri, sussidi e materiale vario. Erano presenti anche alcune suore Pastorelle inviate dalle loro diocesi.

I PAOLINI IN ASCOLTO DI PAPA FRANCESCO

La comunità religiosa della Società San Paolo di Vicenza, accogliendo l’invito della Chiesa locale e del Sindaco della città, ha cominciato ad ospitare, già dal 2012, alcuni profughi, provenienti da Libia, Nigeria, Etiopia, Siria, Iraq e Ghana. A tutt’oggi sono oltre 40 profughi ospitati dalla comunità paolina. La maggioranza sono giovani con storie molto sofferte, lavoravano in Libia prima dello scoppio della guerra e, a causa del conflitto, sono fuggiti in barca approdando a Lampedusa. I Paolini continuano l’accoglienza di questi fratelli in collaborazione con la cooperativa sociale Cosep di Vicenza. I ragazzi s’impegnano ad imparare la lingua italiana, e sono entrati nei progetti di integrazione sociale nella realtà vicentina per contribuire al miglioramento della città.

TESTIMONIANZA A FAVORE DELLA DIGNITÀ DELLA DONNA

Una Figlia di san Paolo congolese, sr. Pélagie Banze, ha partecipato all’incontro dal tema Lo stupro uccide ma anche il silenzio, organizzato a Roma il 9 di marzo 2016 in occasione della festa della donna, dall’Associazione di donne di origine congolese TAM TAM D’Afrique. Sr. Pélagie ha offerto una testimonianza riguardante le donne vittime di stupro del proprio paese. L’incontro si è svolto presso Palazzo Montecitorio in cui ha sede la Camera dei Deputati della Repubblica Italiana. Durante l’incontro si è discussa anche la possibilità di creare un tribunale penale che punisca i colpevoli di stupri usati come arma di guerra nella Repubblica Democratica del Congo.

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 16

Vita consacrata in comunione. Il fondamento comune nella diversità delle forme

A Roma, dal 28 gennaio al 2 febbraio 2016, quattro Pastorelle, sr Rita Ruzzene, sr Maria de Fátima Piai, sr Magally Marin e sr Cristiane Ribeiro, hanno partecipato al convegno conclusivo dell’Anno della Vita Consacrata che aveva per tema: “Vita consacrata in comunione. Il fondamento comune nella diversità delle forme”. Un evento internazionale al quale hanno partecipato circa 5.000 consacrati e consacrate, provenienti da diverse parti del mondo. Nel programma si sono alternate giornate di studio e di riflessione, veglie di preghiera, tempi per ritrovarsi e approfondire lo specifico di ciascuna forma di vita consacrata, con uno sguardo profetico verso il futuro. Grazie a questo ritrovarsi insieme abbiamo potuto meglio riconoscere nell’oggi del grande mosaico della Vita consacrata, l’unica chiamata nella diversità delle forme: Ordo Virginum, vita monastica, Istituti apostolici, Istituti secolari, nuovi Istituti e nuove forme di Vita consacrata. In tale occasione abbiamo potuto iniziare, come vita consacrata, un cammino comune nel grande Giubileo della Misericordia che ci spinge soprattutto ad essere volto della misericordia del Padre, nelle nostre comunità religiose ed ecclesiali.

Nelle varie giornate abbiamo avuto diverse modalità d’incontri: alcune vissute insieme nell’aula Paolo VI in Vaticano, altre in diversi luoghi di Roma in base alla forma specifica di vita consacrata e alla lingua d’origine, per approfondire alcuni aspetti specifici della propria vocazione. I vari temi sono stati svolti sempre in rapporto alle nuove sfide del mondo odierno. Il 1° febbraio nell’aula Paolo VI abbiamo incontrato papa Francesco, il quale ci ha parlato dei tre pilastri della Vita consacrata: profezia, prossimità e speranza, vissuti nell’obbedienza del cuore come quella di Gesù. Il Papa ci ha esortato ad una vita ‘in uscita’ che non dimentichi però, le persone più prossime, quelle con cui si vive insieme, poiché esse sono il “prossimo più prossimo”. Inoltre ci ha raccomandato caldamente di evitare le chiacchiere che ‘uccidono’ la vita fraterna e ci fanno diventare “terroriste” dentro le nostre comunità. In fine ci ha invitato a chiedere al Signore di far nascere figli e figlie dalle nostre Congregazioni perché «ne abbiamo bisogno!».

Nella serata di questo stesso giorno abbiamo contemplato la meravigliosa opera di Dio nella storia di salvezza, nella vita dei santi e nella testimonianza dei martiri, attraverso l’Oratorio ‘Sulle tracce della Bellezza’, diretto da Mons. Marco Frisina. È stato un alternarsi di canti e danze, che hanno fatto rinascere in noi la speranza nella vittoria finale del bene sul male, della vita sulla morte.

Consapevoli della continua necessità della misericordia di Dio, mentre camminavamo nel pellegrinaggio giubilare verso la Basilica papale di S. Pietro, con lo sguardo fiducioso proteso verso il futuro, abbiamo concluso il Convegno con la celebrazione Eucaristica presieduta dal Santo Padre, ed offerto al Signore, in particolare la nostra gratitudine per tutto quello che opera in noi.

Sr Magally Marin e sr Cristiane Ribeiro sjbp

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 17

“EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA”

«Deus não é um dogma que me mantém na igreja, mas a relação que me mantém vivo». Esta frase do teólogo milanês Pierangelo Sequeri pode ser a chave para entrar e interpretar a questão de fundo, que perpassa muitas páginas do Evangelho. Quem é Deus e quem não é Deus? «Não é um dogma que me mantém na Igreja, é a relação que me mantém vivo». E me parece que seja a atitude mais adequada para nos colocarmos na escuta desta autoafirmação de Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (João 14,6). (…)

Esta afirmação de Jesus – Romano Guardini no livro A essência do cristianismo, esclarece-a assim: «Cristo não disse, portanto: eu vos mostro o caminho, mas eu sou o Caminho. Não disse: ensino-vos a verdade, mas eu sou a Verdade. Não: trago-vos a vida, mas eu sou a Vida. Não: eu vi o Pai e falo sobre o Pai, mas quem vê a mim, vê o Pai». O caminho, a verdade e a vida são, assim, escritas para sempre na carne de Jesus. O caminho, portanto, não e um prontuário de preceitos, a vida não é um conceito vago, a verdade não é um catálogo de definições, nem mesmo um catecismo. É uma pessoa viva, em carne e osso. (...)

«Eu sou o Caminho». É interessante notar que é a única vez que aparece a Palavra “caminho” no Evangelho de João (em 1, 23 encontramos “caminho”, mas é uma citação de Isaías 40, 3 (Uma voz grita: «No deserto preparais o caminho do Senhor…», presente em todos os evangelhos; verdade e vida, ao invés, aparecem dezenas de vezes no quarto Evangelho)). Para os Hebreus, esta palavra tinha uma ressonância enorme: é utilizada mais de 700 vezes no Antigo Testamento e frequentemente se refere à lei mosaica, pensada habitualmente como o caminho da salvação («Mostra-me, Senhor, o teu caminho, para eu caminhar na tua verdade», Salmo 86,11; e também o Salmo 119). Agora é Jesus, a sua pessoa, a sua palavra, o seu comportamento o verdadeiro e único caminho. Decisivo e não substituível.

Eu sou – diz Jesus – a estrada através da qual Deus, Aquele que nenhum jamais viu, faz-se companhia. Jesus define assim a sua missão, e nós aprendemos que Ele veio para nós. Nós não caminhamos sozinhos, não estamos sem um guia. Jesus é o caminho que nos leva à morada que tem muitos lugares. Eis porque, como está escrito no livro dos Atos, os primeiros cristãos eram chamados “os seguidores do caminho”, “odós”, o caminho (Atos 9,2).

Jesus, que se era apresentado: «Eu sou a porta», hoje nos diz: «Eu sou o Caminho», “sou a estrada”. Ele nos disse – recordemos – que «o pastor caminha diante do rebanho», hoje no diz «Eu vou… quando tiver partido, retornarei…». Somos quase um rebanho que viaja. Homens e mulheres em êxodo, em movimento. Uma comunidade, uma paróquia, uma Igreja em êxodo. (...)

Jesus não leva a verdade: Ele é a verdade. A afirmação “Eu sou a Verdade” mostra que Jesus é a revelação de Deus, o seu auto comunicar-se, para salvar e enriquecer o homem com a sua divindade. A verdade, portanto, não é uma proposição. É uma pessoa. Revelando a verdade, Jesus revela o Pai.

Com uma ressalva, que nos sugere o mesmo verbo: re-velar, que é também uma forma de reforçar o velar, um velar de novo. Revelando-se nas nossas palavras, na nossa própria carne, o Eterno não somente se é pronunciado, mas também se é mais silenciado. Revelando-se Deus se vela. Comunicando-se se esconde. Falando se cala, ama dizer Bruno Forte. (…)

Conhecemos a verdade se Deus se torna reconhecível. E ele se torna reconhecível em Jesus de Nazaré. Nele, estão as palavras de Papa Bento XVI, «Deus entrou no mundo, e, com

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 18

isso, elevou o critério da verdade no meio da história. A verdade externamente é imponente no mundo; como Cristo, segundo os critérios do mundo, é sem poder: Ele não possui nenhuma legião. Foi crucificado. Mas mesmo assim, na ausência total de poder, Ele é potente, e somente assim a verdade se torna sempre de novo uma potência».

A verdade da qual fala Jesus, é exatamente a revelação em si mesmo do Pai e do desígnio salvífico. Então, Jesus veio até nós para nos mostrar quem é o Pai, que nos ama infinitamente ao ponto de dar seu Filho por nós. Ou melhor, é melhor usar o singular: Jesus veio para me mostrar quem é o Pai, que me ama infinitamente, ao ponto de dar seu Filho por mim. Isto me faz entender a minha dignidade infinita. E como me revelou esta verdade? Fazendo-se meu irmão.

É por isso que Ele é a Vida. Jesus nos deu a vida, a vida de Deus, nos deu o amor de Deus como nossa vida. Jesus não fez outra coisa com as suas palavras e com as suas obras, do que revelar o amor do Pai. E disse: «Desde já o conheceis e o tendes visto». E onde e quando o vimos? Nós o vimos em Jesus que lava os pés, em Jesus que dá um pedaço de pão a Judas e quando o contemplamos com o seu peito transpassado. (…)

Jesus manifesta, em toda a sua vida terrena de Verbo encarnado, que é não somente mediador (caminho) e revelador (verdade), mas salvador (vida) – em plenitude – na sua “hora”: Jesus crucificado, morto e ressuscitado é plenamente caminho, verdade e vida para os seus e ninguém vai ao Pai se não vê o Pai revelar-se no Filho crucificado, morto e ressuscitado.

«Eu sou a ressurreição e a vida…» (João 11,25), disse Jesus a Marta, em lágrimas pela morte do irmão Lázaro. É este anúncio que muda. É a grande notícia. Marta, a quem Jesus manifesta o seu “ser ressurreição e vida”, não pode deixar de comunicar à sua irmã: «O Mestre está aqui e te chama». Eis: quem nos transforma é o ser de Deus. Quanto a este ponto desejo evocar a síntese feita pelo Primeiro Mestre, em uma meditação de setembro de 1942, precisamente às Pastorinhas:

«Quem é o bom pastor? É aquele que se faz (pastor) pelo seu rebanho, à imitação de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida».

Caminho – isto é, modelo. O Bom Pastor indica ao povo o caminho, mais com a sua vida do que com a sua palavra. (...). Ele nos apascenta com os seus santos exemplos.

Verdade. Jesus ensinou as verdades mais altas, necessárias a todos, de modo fácil, prático. A sua doutrina foi transmitida pela Igreja nos catecismos e nas pregações. Essa enche os tratados de teologia e as bibliotecas. A todos é necessário possuí-la em alguma medida. Jesus apascenta com a sua doutrina.

Vida, Jesus Bom Pastor nos faz viver com a sua própria vida. “A minha vida é Cristo” (Fl 1,21), diz São Paulo. Para reconquistar esta vida, Jesus morreu sob a cruz. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas (...). Jesus apascenta os nossos corações». (PrP III, 1942, pp. 78-79)

E em 1939, convidava as postulantes que se preparavam para vestir o hábito das Pastorinhas, a se revestirem das virtudes de Jesus Bom Pastor, o qual pode dizer de si mesmo: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. (cf. PrP I, 1939, pp.43-44) (…)

Jesus auto revelando-se usa o verbo no presente «Eu sou o caminho, a verdade e a vida», «Eu sou a ressurreição e a vida…». É hoje, dá hoje sinais de ressurreição e de vida. Jesus está ao nosso lado quando atualizamos hoje, sinais de ressurreição e de vida (…).

(Trechos de um retiro orientado por Pe. Vicenzo Marras, ssp, para a comunidade da Casa Geral, no

dia 20 de fevereiro de 2016).

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 19

Os consagrados em rede: um chamado ao testemunho fiel

Muitos religiosos estão presentes na Internet, não podemos negar. De fato, é bom que estejam, porque devido a própria consagração, eles têm um papel eclesial muito determinado, no qual a presença se torna uma missão apostólica, e, por isso, com uma responsabilidade muito maior. Com certeza, o grande problema não é estar presente em Internet, mas como se está.

Portanto, é urgente que os religiosos tenham consciência do próprio chamado ao testemunho fiel no mundo digital, o qual, como o testemunho em qualquer ambiente no qual se encontrem, torna-se um dever, assumido livremente com a profissão pública dos conselhos evangélicos. A Internet é um lugar de missão, aonde se precisa de missionários imediatamente1. É justo então, que se espere dos religiosos um testemunho eloquente e fiel, em um ambiente tão amplo, fragmentado e pobre de pontos de referência. A solidez da Igreja e da vida consagrada, fundada na longa tradição dos valores cristãos, poderia tornar-se uma referência, se os religiosos, com o próprio testemunho, conseguissem comunicar estes valores na linguagem digital. É claro que muitos já fazem isso e com grande fecundidade – basta navegar um pouco e olhar alguns sites institucionais, bem como alguns perfis pessoais de religiosos e religiosas nas redes sociais, os quais não comunicam a si mesmos ou uma ideologia qualquer, mas sim a alegria da própria consagração, da pertença a Cristo Jesus.

Certamente a presença dos religiosos na Internet não pode se reduzir somente a construir belos sites para divulgar o próprio instituto – muitas vezes somente com objetivo vocacional - e muito menos em só publicar belas mensagens religiosas nas redes sociais. É necessário colocar-se em jogo com um testemunho concreto e eficaz, que se faz anúncio da Boa Nova. É um modo privilegiado de exprimir o próprio serviço à Igreja, preservando a mensagem evangélica, mas também de tutelar um estilo de vida conforme esta mensagem. Se a vida do consagrado é autêntica, transparece também através da Internet.

A vida religiosa é chamada a ser um sujeito ativo e qualificado nesta mudança antropológica e cultural que estamos vivendo e como tal, precisa assumir a responsabilidade. «Isso requer uma requalificação do senso do estar em Rede. Mas, para possibilitar que também na Internet possam ser plantadas as sementes do Verbo, precisa reconhecê-la como um ambiente, imaterial mas tangível, artificial mas real»2.

Para pensar:

Quando um religioso se insere em uma rede social, age pessoalmente ou como congregação? No caso de um contratestemunho, qual imagem é veiculada: somente a sua pessoal ou a de toda a Congregação e, consequentemente da Igreja?

Ir. Cristiane Ribeiro, sjbp

1 Cf. V. COMODO, Cons@crati on line, 69

2 V. COMODO, Cons@crati on line, 19.

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 20

Arrivi e partenze

sr Magally Marin dal Venezuela 12.01.2016 sr Maria de Fátima Piai da Brasile SP 25.01.2016 sr Maria de Fátima Piai per il Gabon - Brasile SP 06.02.2016

Suore di Gesù Buon Pastore

sr Giuseppa Antonina La Barbera (ICS-AL) 23.12.2015 sr Piera Rossetto (ICN-MZ) 02.02.2016

Familiari

fratello di sr Lina Bragiotto (ICS-AL) 16.01.2016 sorella di sr Giuseppina Alberghina (DGG) 22.01.2016 fratello di sr Emilia Melotto (ICS-AL) 10.02.2016 papà di sr Monica Reda (DGG) 13.02.2016 sorella di sr Nancy Omaña Polentino (CO-VE-ME) 22.02.2016 fratello di sr Rosa e sr Gemma Alfano (ICS-AL) 22.02.2016 sorella di sr Carmen Dore (ICN-MZ) 03.03.2016 mamma di sr Ines Creuza do Prado (BR SP) 13.03.2016 sorella di sr Bianca Maria Ballerini (ICN-MZ) 28.03.2016 sorella di sr Aida Virtudez (PI-AU-SA-TA) 04.04.2016 fratello di sr Teresa Floris (ICN-MZ) 06.04.2016 fratello di sr Bonafe Agawin (PI-AU-SA-TA) 11.04.2016

Figlie di San Paolo

sr M. Lilia Molinati Albano Laziale (RM) 03.01.2016 sr M. Paola Liwag Pasay City (Filippine) 09.01.2016 sr Adele Cordero Alba (CN) 12.01.2016 sr M. Cristina Ochoa Monje Città del Messico 13.02.2016

CTN anno XXXXI 2016/1 – p. 21

sr M. Tarcisia Pasquale Albano Laziale (RM) 14.02.2016 sr Laurina Profazi Albano Laziale (RM) 25.02.2016 sr Giovanna Val Onorina Isidora Alba (CN) 26.02.2016 sr Maria Rosa Piensi Albano Laziale (RM) 03.03.2016 sr Giacinta de Stefani Nerina Alba (CN) 10.03.2016 sr M. Amalia Grazia Esposito Albano Laziale (RM) 19.03.2016 sr Agnes Maria Motomura Tamiko Hiratsuka (Giappone) 30.03.2016 sr M. Gabriella Martini Alba (CN) 31.03.2016

Pie Discepole del Divin Maestro

sr M. Adele Vitale Bra (CN) 10.12.2015 sr M. M. Carmen Cordoba (Argentina) 04.01.2016 sr M. Egidia Ceclina Maccioni Albano Laziale (RM) 14.02.2016 sr M. Alfonsa Theresa d’Souza Bangalore (India) 02.02.2016 sr M. Egidia Celina Maccioni Albano Laziale (RM) 14.02.2016 sr M. Karla M. Elena Castro Valenzuela Città del Messico 09.03.2016 sr M. Tarcisia – Araceli Pacheco Camargo Bogotá (Colombia) 16.03.2016 sr M. Amalia Villa García Madrid (Spagna) 31.03.2016

Società San Paolo don Mario Fernando Passarelli Roma 11.12.2015 don Salvatore Ciaccio San Paolo (Brasile) 03.01.2016 fr John Thomas Vincent Alemcheril Mombai (India) 13.01.2016 fr Natale Angelo Pellizzari Alba (CN) 23.01.2016 fr Aldo Pier Daniele Toppan Alba (CN) 23.01.2016 fr Antonino Alberto Parlavecchio Alba (CN) 25.01.2016 don Servillano Martin Sinoy III Cagayan De Oro (Filippine) 28.02.2016 fr Eliécer Antonio López Sarmiento Bogotá (Colombia) 19.03.2016 don Giuseppe Attilio Dadomo Roma 27.03.2016 don Aurelio Paolo Marzilli Ariccia (Roma) 05.04.2016

Annunziatine

Anna Lombardo Trapani 12.02.2016 Giuseppina Cancian Torino 11.04.2016

Responsabile: equipe informazione. Pubblicato nel sito www.pastorelle.org il 16 aprile 2016