caderno fé
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Caderno de jornal desenvolvido na disciplina de Gráfica II, sob orientação da profª Heliana Pacheco.TRANSCRIPT
Vitória, 10 de maio de 2012
NOTÍCIA JÁ
Caderno FÉPrimeiro dia do Oitavário prega a fé e a esperança entre os fiéis da padroeira
Veja a programação completa do evento religioso da Festa da Penha 2012
Fiéis realizam Festa da Penha desde 1570
As comemorações em ho-menagem à Nossa Senho-ra da Penha, padroeira do Espírito Santo, come-çaram oficialmente neste domingo (24).
Mesmo com sol forte e uma temperatura que beirava os 35ºC, milha-res de fiéis se reuniram no campinho do Convento da Penha, em Vila Velha, para o primeiro dia do Oitavário - uma série de oito dias de celebrações em devoção à santa.
A Festa da Penha é a ter-ceira maior celebração católica do Brasil em número de fiéis. Só per-de para a Festa de Nossa Senhora Aparecida e para o Círio de Nazaré, em Be-lém do Pará.
Pg. 2Fiéis lotam pátio durante a missa na festa da Penha de 2011
Pg. 4Pg. 3
JOÃO DE SÁ
JOÃO DE SÁARQUIVO
Fieis atribuem a Nossa Senhora da Penha graças alcançadas “Tinha crises alérgicas muito fortes e constantes. Utiliza-va caixas e mais caixas de antihistamínicos e corticóides, mas de nada adiantavam.”
Pg. 2
JOÃO DE SÁ
Caderno FéVitória, 10 de maio de 2012
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As comemorações em ho-menagem à Nossa Se-
nhora da Penha, padroeira do Espírito Santo, começaram ofi-cialmente neste domingo (24).
Mesmo com sol forte e uma temperatura que beirava os 35ºC, milhares de fiéis se reuni-ram no campinho do Convento da Penha, em Vila Velha, para o primeiro dia do Oitavário - uma série de oito dias de celebrações em devoção à santa.
A Festa da Penha é a tercei-ra maior celebração católica do Brasil em número de fiéis. Só perde para a Festa de Nossa Se-nhora Aparecida e para o Círio de Nazaré, em Belém do Pará.
Para garantir que as home-nagens à padroeira capixaba se transformem num movimen-to grandioso, 350 voluntários orientam fiéis e turistas. Entre esses voluntários, está gente como a aposentada Rosalina Ramos, de 65 anos. Desde 2005, ela se dedica à recepção
As comemorações começam domingo
Fieis atribuem a Nossa Senhora da Penha curas e graças alcançadas
Mais uma vez, milhares de fiéis e turistas vão se reunir em missas
A Festa da Penha é a terceira maior celebração católica do Brasil em número de fiéis
dos católicos que sobem a pé a ladeira do convento - que tem 1,2 mil metros. Com músicas e sorrisos, ela explica de onde vem tanta fé.
“É pela fé e pelas bênçãos já recebidas de Nossa Senhora da Penha que eu estou aqui. Foram muitas graças alcança-das, muitas vitórias. É por Deus que venho aqui, e pretendo ter forças enquanto puder. Tudo começou há cinco anos, quan-do recebi uma graça. Eu não aguentava nem fica r sentada, de tantas dores. Fiz a novena, melhorei, e no ano seguinte me dispus a vir para cá e ser mais uma voluntária”, contou.
No Evangelho deste domingo de Páscoa, a leitura de São João evocava a passagem bíblica ca Ressurreição de Cristo. Mas ao se dirigir aos fiéis, o arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela, pregou a esperança e a fé em Nossa Senhora das Ale-grias, hoje chamada de Nossa
Senhora da Penha.“Nós cremos no Cristo Res-
suscitado, que dá sentido à nos-sa história e à nossa vida. Sua história sofrida, mas também suas alegrias. Nossa Senhora das Alegrias é o nome dessa senhora, a Virgem da Penha. Por que alegria? Porque esta mãe nos traz a salvação”, disse Dom Luiz, durante a homilia.
Na homilia da primeira ce-lebração do Oitavário, Dom Luiz citou, por diversas vezes,
as palavras alegria e esperança. O arcebispo de Vitória ressal-tou que a fé deve ser encarada como a chama da vida para to-dos os cristãos. Orientação se-guida pela dona de casa Neusa Serafim Quaresma. Ela diz que só tem a agradecer à padroeira do Espírito Santo.
NÚMEROS GRANDIOSPara se ter uma ideia da
dimensão da festa, a Arqui-diocese de Vitória preparou
um milhão de hóstias a serem distribuídas ao público até o dia 02 de maio, que é quando terminam as festividades. A programação completa prevê a realização de 51 missas.
Com isso, a economia tam-bém ganha: nas lojas, uma dúzia de fitinhas de Nossa Se-nhora da Penha são vendidas a R$ 1,00. Em outros estabele-cimentos, pelo mesmo valor, é possível comprar 20 fitas.
Entre os devotos de Nossa Senhora da Penha é comum ouvir histórias de curas e vi-tórias na vida que são atri-buídas à santa. São doenças graves curadas, problemas conjugais resolvidos, empre-gos que aparecem depois de muito tempo e muitas outras situações em que os fieis acre-ditam que houve influência da Virgem da Penha. Você é devoto da padroeira do Espí-rito Santo? Tem uma história de fé e graça alcançada com a Virgem?
“Sempre vou na Roma-ria, com muita fé a Nossa Senhora da Penha. Ano passado foi muito especial. Iria trabalhar às 23:00 neste dia. Seria impossivel ir. Mas meu chefe me liberou desde que depois eu fosse traba-lhar. O milagre: Voltei a trabalhar na Vale, empresa que trabalhava e que tinha sido demitido na crise. Voltei em novembro e estou muito agradecido. Já estou me preparando para a cami-nhada do agradecimento neste ano.”
“Depois do meu casamento, meu marido me batia todos os dias, me abandonava em casa sozinha com meu filho de apenas um ano de idade. Caí em depressão e só pensava em suicídio. Então peguei o terço, e pedindo à Nossa Senhora da Penha, consegui denunciá-lo. Após três anos sem trabalhar, rejeitada pela família, com uma criança no colo, o te-lefone tocou e fui chamada para um emprego - o qual tinha deixado currículo há três anos. Eu creio!”
CARLINHOS DE JESUS
IGOR RIZZOLI
Kleber Vitoria Andrea Cristina Neves
Vitória, 10 de maio de 2012
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Caderno Fé
Fiéis realizam Festa da Penha desde 1570
Foto tirada na década de 40. A comemoração acontecia ainda bem tímida.
Pintura de Benedito Calixto, representando uma das lendas da Penha, quando os invasores holandeses tentaram assaltar o convento da Penha, no século XVII. A lenda diz que eles foram impedidos por soldados a pé e a cavalo que desciam das nuvens, protegendo o santuário.
Existem registros de que a primeira Festa da Penha teria sido realizada pelo próprio frei Pedro Palácios, pouco antes dele falecer, em 1570.
ADALVINO BAIANENSE
KARINA MAFORTE
ARQUIVO
Desde o tempo das capita-nias hereditárias, a padro-
eira capixaba é homenageada por devotos. E, através dos anos, a festa que homenageia a santa atrai milhares de fiéis, aumentando o fluxo de turistas na cidade. Considerada a ter-ceira maior festa religiosa do Brasil, fica atrás somente da comemoração que homena-geia a padroeira do Brasil, em Aparecida, São Paulo, e do Círio de Nazaré, em Belém, no Pará.
A devoção a Nossa Senhora da Penha começou na Europa por volta do século XV. As his-tórias estão no livro “Nuestra Señora da Peña de Francia” do Padre Calunga. Conta o livro que em 19 de maio de 1434, o peregrino francês, Simão Ve-lha, descobriu na montanha Penha de França, situada na província de Salamanca, na Espanha, a imagem de Nossa
Senhora, tão importante para o catolicismo. A história conta que a imagem foi deixada no morro por soldados franceses, quando combatiam contra os mulçumanos.
Segundo conta a lenda, o primeiro milagre de Nossa Senhora ocorreu no local onde foi encontrada a imagem, em Salamanca, quando um gru-po de fugitivos, perseguidos por bandoleiros, invocaram ajuda à santa e ficaram livres dos inimigos. O fato espalhou--se rapidamente pela região, chegando até Portugal, onde a imagem passou a ser venera-da. A primeira igreja erguida para a Nossa Senhora da Penha foi em Lisboa, quando o então Rei de Portugal, Dom Sebas-tião, curou-se de uma doença graças ao intermédio da santa de sua devoção. E no Brasil, a primeira erguida em louvor a
Nossa Senhora é o Convento da Penha.
PADROEIRA DO ESNossa Senhora da Penha foi
proclamada padroeira capixa-ba pelo papa Urbano VIII em 23 de março de 1630. Conta ainda a história que a bula papal foi confirmada apenas em 26 de janeiro de 1908 com o resulta-do de um plebiscito realizado em todas as paróquias do Esta-do. E a aprovação do Vaticano veio apenas em 27 de novem-bro de 1912.
A Festa da Penha começou com o Frei Pedro Palácios, fundador do Convento da Pe-nha. O frei encomendou uma imagem de Nossa Senhora (e que ainda se encontra no San-tuário) e convidou as pessoas para fazer a benção. Dois dias após a primeira festa da Penha (1570), Pedro Palácios faleceu.
Segundo Frei Basílio Ro-wer, historiador francisca-no, não consta precisamen-te quando Frei Palácios deu começo à construção de uma ermida de Nossa Senhora no cume do rochedo. A lenda, que consta do livro de Me-mórias históricas do Rio de Janeiro, de José de Souza Azevedo Pizarro e Araújo, atribui a resolução de edifi-cá-la ao fato seguinte. Cer-to dia desapareceu o painel da Virgem da capela de São Francisco. O devoto francis-cano encheu-se com isto de profunda tristeza e imedia-tamente andou à procura de seu tesouro nas matas espessas da montanha. De-pois de longa procura, en-controu no alto da penha entre as duas palmeiras. Feliz ele recolocou o painel na capela de São Francis-co, mas o desaparecimento repetiu-se mais duas vezes, sendo o painel sempre en-contrado no mesmo lugar. Frei Palácios reconheceu nestes sinais a vontade de Nossa Senhora. E a execução da obra não demorou muito.
Outra lenda fala da fonte de Nossa Senhora que bro-tou no alto do penhasco, logo que a construção do conven-to teve início, possibilitan-do a realização das obras. A fonte estancou depois que as obras terminaram. É tam-bém conhecida a lenda de
que frei Pedro Palácios vivia, na companhia de um gato e um cachorro, na capelinha de São Francisco, no morro da penha. Conta esta lenda que, quando o religioso ti-nha de se ausentar do morro por algum tempo, deixava, para seus companheiros comer, tantos bolinhos de farinha quantos seriam os dias de sua ausência. E os animais comiam apenas cada uma das suas rações diárias, sendo a última delas no regresso do frei.
Faz parte também do len-dário da Penha a visão que tiveram os holandeses, no século XVII, quando, ao ten-tar assaltar o convento (foto acima), foram impedidos por soldados que desciam das nuvens, para fazer a sua defesa. Esta lenda ser-viu de inspiração ao pintor Benedito Calixto, para um dos quadros que se acha ex-posto na galeria ao lado da igreja do convento. Ali está também, do mesmo autor, um outro painel que tem por motivo a procissão maríti-ma que conduziu a imagem de Nossa Senhora da Penha até Vitória, para acabar com a grande seca de 1769 que afetava a sede da capitania que estorricava as matas dos seus morros, enquanto a do convento se mantinha viço-sa. Diz a lenda que, logo após a procissão, a chuva caiu.
Antigas lendas da Penha
MARIA DA SÉ
Caderno FéVitória, 10 de maio de 2012
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Padre Reginaldo Manzotti encerra a programação da Festa da Penha
DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
Programação cultural da festa da Penha
O maior evento religioso do Espírito Santo já tem data marcada e programação cul-tural definida. Considerada a terceira maior festa religiosa do Brasil, a Festa da Penha será realizada entre os dias 24 de abril e 2 de maio, no Con-vento da Penha e no sítio his-tórico da Prainha.
Em 2011, a parte musical da Festa da Penha terá a maioria dos shows com bandas capi-xabas, no Parque da Prainha. Mas será encerrada com o show nacional “Creio no Deus do Impossível”, do padre Re-ginaldo Manzotti, que possui oito discos lançados - sen-
do três discos de ouro e dois DVDs
“Se houver bilheteria, que seja caridade”. Esta é uma frase do padre Reginaldo Manzotti com relação a to-dos os eventos que participa, inclusive da festa da Penha. Além de não cobrar cachê, o sacerdote incentiva a ação social nas missas e shows de evangelização que realiza pelo País. No último 1° de Maio So-lidário foram arrecadados 50 toneladas de alimentos e 25 de agasalhos. Agradeço e louvo a Deus pela solidaderiedade de todas as pessoas presentes ao evento.
“Venha prestigiar a maior fes-ta cristã do Espírito Santo”. Dom Luiz Mancilha Vilela
Confira a programação Cultural da Festa da Penha 2011:
29/04 (Sexta)Mais AstralAbertura OficialPele Morena
01/05 (Domingo)Evandro e RanieryJean e Juliano
02/05 (Segunda)Missa de encerramentoPadre Reginaldo Manzotti
Programação religiosa da Festa
Oitavário no CampinhoDe 24 a 30 de abril às 15h
30 de abril, às 9hDiocese de São Mateus
01 de maio, às 9hDiocese de Colatina
02 de maio, às 7hSeminário Nossa Senhora da Penha e CRB
02 de maio, às 9hPastorais Sociais
Oitavário na prainha01 de maio, às 15h30 - Fraternidade do Convento da Penha
30 de abril, às 9hMissa de encerramento da Romaria dos portadores de deficiência
30 de abril, às 23hMissa de encerramento da Romaria dos Homens
01 de maio, às 16hMissa de encerramento da Romaria das Mulheres
02 de maio, às 16hMissa de encerramento da Festa da Penha de 2011
RomariasCavaleiros24 de abril, 8h30, saída de Cobilândia
Militares29 de abril, 14h, saída da Prainha
Portadores de defici-ência30 de abril, 8h, Praça Du-que de Caxias
São Mateus:30 de abril, 8h, saída do portão do Convento
Tema: Em Maria a Palavra se fez humanidadeData: de 24 de abril a 2 de maio
Cachoeiro de Itapemirim:30 de abril, 14h, saída do portão do Convento
Dos Homens30 de abril, 19h, saída da Catedral de Vitória
Colatina:01 de maio, 8h, saída do portão do Convento
Procissão Marítima01 de maio, 9h, saída da Ilha das Caieiras
Motociclistas01 de maio, 10h, saída da Catedral
Mulheres01 de maio, 14h30, saída do Santuário de Vila Velha
Ciclistas02 de maio, 8h30, saída de Cobilândia
Atendimento de con-fissãoTodos os dias das 8h às 11 e das 14h às 16h30. Na Capela da Penitência do Convento
27 e 29 de abril, das 14h30 às 16h30 - Dom Luiz Man-cilha Vilela
Horários das Missas na Capela do Convento
24 de abril:5h, 7h, 9h e 11h25 a 29 de abril:6h, 7h, 8h e 9h30 (a última missa tem a participação dos advogados)30 de abril:6h, 7h30 e 11h01 de maio:5h, 7h, 11h e 14h02 de maio:0h, 1h30, 6h, 9h e 12h
Realização
Padre Reginaldo Manzotti irá encerrar a programação da Festa da Penha
ROGÉRIO AION