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Crise Convulsiva Febril Apresentação:Fernanda Alves-Internato em Pediatria-UCB www.paulomargotto.com.br Brasília, 16 de junho de 2014

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Crise Convulsiva Febril

Apresentação:Fernanda Alves-Internato em Pediatria-UCBwww.paulomargotto.com.br Brasília, 16 de junho de 2014

Introdução Definição:

◦ Convulsão que ocorre em vigência de doença infecciosa (excluindo as do SNC) com temperatura > ou = a 38ᴼC. ◦ Geralmente: OMA, amigdalites, laringites ou exantema súbito.◦ Excluídas crises epilépticas afebril prévia.

As principais características clínicas da crise febril são:◦ Faixa etária: 6 – 60 meses

◦ Idade média da 1ª crise: 14 – 18 meses◦ Tipo de crise: tonicoclônica generalizada

◦ Pode ocorre outras crises generalizadas: tônicas, abalos clônicos crises atônicas ◦ Duração: < 15 min◦ Período pós-ictal: sonolência breve◦ Crise única em 24h

Epidemiologia É a desordem convulsiva mais comum da infância:

◦ 2-5% dos lactentes e pré-escolares.

O risco de recorrência da crise febril em outros processos infecciosos é da ordem de 30%. E aumenta quando algum dos fatores abaixo estiver presente:

◦ Idade da 1ª crise febril < 12 meses◦ Duração da febre < 24h◦ Febre 38-39ᴼC◦ HF + de crises febris◦ HF de epilepsia◦ Crise febril complexa◦ Sexo masculino

Epidemiologia O risco de epilepsia futura é similar àquele encontrado na população geral (1%).

Entretanto quando associado a alguns fatores de risco pode aumentar a probabilidade de epilepsia:

◦ Atraso do desenvolvimento neuropsicomotor: 33%◦ Crise febril complexa focal: 29%◦ HF + de epilepsia: 18%◦ Febre por <1h antes da crise febril: 11%◦ Crises febris recorrentes

Etiologia

Etiologia As crises febris provocadas por:

◦ meningites, encefalites, distúrbios eletrolíticos, de glicemia ou intoxicação exógena NÃO SÃO CONSIDERADAS CRISES FEBRIS.

◦ São consideradas crises sintomáticas.

Existem algumas síndromes epilépticas da infância que caracteristicamente iniciam-se com crises febris na lactância:

◦ Epilepsia generalizadas com crises febris plus (GESF +)◦ Epilepsia Mioclônica Grave da Infância (Sd de Dravet) ◦ Epilepsias temporais com esclerose mesial temporal secundária.

Classificação

Diagnóstico Anamnese:

◦ Elevações rápidas de temperatura e > 39ᴼC◦ Geralmente a crise é simples

Exame Físico: ◦ O exame neurológico da criança é inteiramente normal após a crise. ◦ Buscar identificar a localização da infecção:

◦ Amigdalite, OMA, Doença Exantemática.

Diagnóstico Exames Complementares:

◦ HC + Eletrólitos + Glicemia◦ Punção lombar deve ser solicitada nas seguintes situações:

◦ <12 meses com convulsão febril + febre SEMPRE realizar◦ 12 – 18 meses com convulsão febril + febre recomenda-se fazer◦ > 18 meses com convulsão febril + febre realizar se sinais de irritação meníngea ou outras

anormalidades neurológicas, ou se não conseguir identificar o foco de infecção.◦ EEG? Neuroimagem?

◦ Crise simples: não é necessário◦ Crise complexa: pode auxiliar nos casos de crise complexa ou quando há algum fator de risco para

epilepsia ◦ Neuroimagem: solicita apenas em casos selecionados, com crise focal ou déficit neurológico pré-existente.

Conduta: Em crianças com convulsão > 5 min: BZD!

◦ Diazepam venoso ou retal: 0,3-0,5mg/kg ◦ Opções: midazolan, Lorazepan

Nas crises febris SEM fatores de risco: ◦ Orientar os pais:

◦ Caráter benigno!◦ Controlar temperatura corporal da criança◦ Orientações durante a crise

Nas crises febris COM fatores de risco: ◦ Considerar a realização de EEG (30 min acordado + 30 min em sono) eou exame de neuroimagem◦ Considerar decepam intermitente ou anticonvulsivante contínuo

Conduta: Tratamento Profilático?

◦ Controverso;◦ É benigna;◦ Efeitos adversos importantes;◦ Considerar quando risco de recorrência alto

Conduta: