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CRIMES DE TRÂNSITO

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CRIMES DE TRÂNSITO

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A HISTÓRIA DO TRÂNSITO E SUA EVOLUÇÃO “Após a revolução industrial, os veículos começaram a estar mais acessíveis à população e com isso houve a necessidade de readequar as leis de trânsito.”

‘’ Os primeiros sinais de problemas no trânsito iniciaram justamente em Roma, Desde o início do século XX na tentativa de regular a expansão dos veículos automotores, que nesta época já ameaçavam desordem se o poder público não interferisse. ’’

‘’ Em 27 de Outubro de 1910, treze anos após a chegada do primeiro carro ao Brasil, foi publicado o Decreto n°8.324 que aprovou o regulamento para o serviço subvencionado de transportes por automóveis’’.

‘’As resoluções editadas através do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) estabelecem normas detalhadas nas leis.

INTRODUÇÃO

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27 DE OUTUBRO DE 1910: O Decreto 8324 aprovou o serviço subvencionado de transportes por automóveis. Os condutores, chamados de motorneiros, eram obrigados a diminuir a marcha ou parar todas as vezes que o automóvel pudesse causar um acidente.

11 DE JANEIRO DE 1922: O Decreto Legislativo 4.460 proibia a circulação de carros de boi nas estradas de rodagem. Também limitou a carga máxima dos veículos.

24 DE JULHO DE 1928: O decreto 18.323 se baseia em normas internacionais para circulação de veículos no território brasileiro assim como sinalização. Também estabelecia que nenhum veículo poderia trafegar sem o pagamento de licença aos municípios exigindo placas.

28 DE JANEIRO DE 1941: Surgia o primeiro Código Nacional de Trânsito pelo Decreto Lei 2.994.

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"O código de Trânsito é, acima de tudo, um conjunto de normas de condutas para coagir o mal-educado (...) O Código de Trânsito é, na realidade, uma reação da sociedade a um estado de coisas insuportável. (NASCIMENTO, 1999, p.1)". 

 “ Na vida, quanto mais se vive, mais se aprende. No trânsito, quanto ,mais se aprende, mais se vive". 

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Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.

Parágrafo único. Aplicam-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa, de embriaguez ao volante, e de participação em competição não autorizada o disposto na Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.

ARTIGO 291 EM COMPETÊNCIA DA LEI 9.099/95

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DANO Dano potencial é o que pode ocorrer na ausência de medidas de controle, enquanto dano real se refere ao dano que já ocorreu ou que ainda está ocorrendo e divide-se em dois grupos dano indireto e dano direto. DANOS INDIRETOS: compreendem os efeitos econômicos e sociais das doenças de plantas que estão além do impacto agronômico imediato, podendo ocasionar danos ao nível do produtor, da comunidade rural, do consumidor, do Estado e do ambiente. DANOS DIRETOS: são os que incidem na quantidade ou qualidade do produto ou, ainda, na capacidade futura de produção, o dano criminal distingue-se do dano civil não apenas pela sua fonte legislativa, só é reparável mediante a condenação criminal e o cumprimento da pena imposta, apesar da possibilidade de incidentes na execução ou causas extintivas da punibilidade.

No art. 163 do CP, que define o crime de dano e dissesse que "dano criminal é a destruição ou deterioração de coisa alheia o dano aí referido recai exclusivamente sobre uma coisa, de natureza patrimonial e não sobre um objeto jurídico.

DANO POTENCIAL – PERIGO CONCRETO E ABSTRATO

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O legislador querer, sem duvida proteger um determinado bem jurídico e pode fazê-lo porque considera que o por em perigo é elemento bastante para justificar uma pena criminal.

Entendeu-se, principalmente, que o critério formulado encontra-se falho, na medida em que se mostra extremamente determinístico, exigindo uma lei que demonstre a impossibilidade da realização da lesão.

Primeiramente, é fundamental existir um objeto tutelado que entre no âmbito de conhecimento e volição daquele que pratica determinada ação que acaba expondo tal objeto a perigo de dano; em segundo lugar, esta ação realizada deve criar real e individual perigo de dano ao objeto da ação; e em terceiro lugar, do ponto de vista do bem jurídico, esta exposição concreta a perigo traduz-se em uma situação em que apresenta-se provável a causação de uma lesão, que não pode ser evitada de forma alguma.

PERIGO CONCRETO

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Nestes casos, a punição se impõe ainda que a conduta praticada pelo agente não seja apta a causar nenhum dano ou perigo concreto de dano ao bem jurídico-penal.

A definição jurídica dependerá não da previsão de uma conduta com probabilidade concreta de dano, isto é, de um resultado efetivamente perigoso para a vida social, mas da prática de um comportamento simplesmente contrário a uma lei formal, em outras palavras, a simples realização de um ato proibido pelo legislador, sem causar necessariamente dano ou sequer um perigo efetivo à ordem jurídica, ou seja, pune-se ainda que não ocorra o dano efetivo do bem jurídico, ou, ao menos, sua possibilidade concreta.

PERIGO ABSTRATO

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Trata da conduta tipificada nos artigos 291 ao 301 do CTB, com suas respectivas alterações legais.

Vale salientar que os artigos 299 e 300, também do CTB, foram vetados.

CRIMES DE TRÂNSITO

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Art. 302 CTB – Homicídio culposo na direção de veículo automotor. O §2º compete na esfera de “crimes graves”, pois além de ocorrer a morte da pessoa, ainda o agente comete nas condições impostas pelo parágrafo, a pena é de reclusão de 2 a 4 anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo, comparado com o crime de 121 do CP, que simplesmente trata em “Matar alguém” a pena é de 6 a 20 anos.

Art. 303 – Lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.Sofreu alteração legal na forma de § ú aumentando a pena de 1/3 à metade nos casos de qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302 – ALTERAÇÃO FEITA PELA LEI 12.971/12.

CRIMES EM ESPÉCIE

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Art. 304 – Deixar de prestar socorro.

No caso de morte instantânea da vítima o parágrafo único deste artigo 304, uma vez a pessoa morta instantaneamente, como irá proceder o socorro se ela já está morta?? Resposta: apenas o fato de o agente já se pôr em prontidão a vítima, morta ou levemente lesionada, já o isenta das penas deste artigo, respondendo pelo dano até então causado.

Art. 305 – Afastar-se do local do acidente.

CONCURSO DE DELITOS: O agente causador de lesões corporais em acidente de trânsito na vítima que foge sem prestar socorro, responde pelo artigo 303 com a pena aumentada pelo disposto do inciso III do artigo 302 do CTB. Não se aplica o princípio da absorção, pois os bens jurídicos tutelados são diferentes: integridade física e vida # administração da justiça.

Art. 306 – Dirigir embriagado.

Resolução do CONTRAN nº 432/13 que:

“Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB)”.

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Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código.

NÃO CONFUNDIR COM..

Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano.

NÃO SOFREU ALTERAÇÕES LEGAIS, MAS..

Já havia previsão parecida no artigo 32 da Lei 3.688/41 (Lei de Contravenções penais):

Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via pública, ou embarcação a motor em aguas públicas.

Súmula 720 do STF

“O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres.”

Art. 308. Racha.

O homicídio absorve o crime de racha.

Crime de dano absorve o crime de perigo.

Os tribunais entendem como dolo eventual.

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Art. 310. Permitir que pessoa não habilitada conduza veículo.

Crime de perigo abstrato. Não há forma culposa.

Se houver morte causada pela pessoa inabilitada ou com outra situação dada pelo artigo responderá: Proprietário pelo 310 CTB E Possuidor por 302 §1º I do CTB – neste caso o 310 fica absorvido pelo anterior.

Art. 310-A. VETADO pelo MJ e AGU por ir de encontro ao Art. 5º XXXIX da CF.

REDAÇÃO ANTIGA: Art. 310-A: Ordenar ou permitir o início de viagem de duração maior que 1 (um) dia, estando ciente de que o motorista não cumpriu o período de descanso diário, conforme previsto no § 3o do artigo 67-A.

Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança havendo grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano.

Perigo concreto e modalidade dolosa.

Art. 312. Mudar detalhes em acidente de trânsito.

Aceita apenas modalidade dolosa. Se o agente condutor precisar manusear algum detalhe do acidente para bem maior não responderá por 312 CTB, tão pouco, dependendo do caso, por 176 CTB.

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Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:

Infração: gravíssima.

Penalidade: multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.

Medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4 do art. 270 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 do CTB.

PROCEDIMENTOS

1 O Agente de Trânsito lavrará um Auto de Infração (Art. 280 CTB).

2 A autoridade de trânsito verificará à existência de regularidades no Auto de Infração, sendo concedido a Defesa Prévia ao acusado, o acusado é notificado para o pagamento da multa de infração, ou poderá interpor recurso administrativo nas Juntas Administrativas de Recurso de Infração (JARI), o acusado também pode recorrer ao Conselho Nacional de Trânsito (COTRAN), e aos Conselhos Estaduais de Trânsito (CETRAN e CONTRADIFE).

AÇÃO ADMINISTRATIVA

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POLÊMICAS: CRIMES DE DANOS ABSORVEM OS DE PERIGO?

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A Lei n. 9.503/97 do Código de Trânsito Brasileiro caracteriza entre outros, os delitos de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor (artigo 303) e embriaguez ao volante (artigo 306).

A questão é, se o delito de embriaguez absorve ou não o delito de lesão corporal, quando o condutor conduzindo veículo automotor esta sob emprego de álcool, e envolve-se em acidente de trânsito e causa lesão corporal a terceiros.

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EMBRIAGUEZ AO VOLANTE. LESÃO CORPORAL CULPOSA NO TRÂNSITO. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. Estando-se diante de crimes autônomos que tutelam bens jurídicos distintos e se consumam em momentos diversos, não há cogitar da absorção do delito de embriaguez ao volante pelo de lesões corporais culposas decorrentes de acidente de trânsito. APELO DESPROVIDO.

(TJRS, Apelação Crime n.º 70059513267, 1ª Câmara Criminal, Relator: Honório

Gonçalves da Silva Neto, Julgado em 02/07/2014, extraído do site www.tjrs.jus.br)

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EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E LESÃO CORPORAL.

PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. DELITOS AUTÔNOMOS.

DOSIMETRIA. PENA BASE. MÍNIMO LEGAL. FUNDAMENTAÇÃO. PROVIMENTO PARCIAL. I. Inexiste relação consuntivaentre os crimes de embriaguez ao volante e o de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, eis que o primeiro não é o meio necessário e tampouco constitui fase de preparação ou execução do segundo, tratando-se, na verdade, de delitos autônomos, que tutelam bens jurídicos diversos e possuem momentos consumativos e distintos. II. A pena-base deve ser estabelecida no mínimo legalmente cominado, quando todas as circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal forem favoravelmente valoradas. III. Recurso conhecido e parcialmente provido.

(TJDFT, APR 20120310210790APR, Relator: NILSONI DE FREITAS, 3ª Turma Criminal, Data de Julgamento: 07/08/2014, Publicado no DJE: 14/08/2014. Pág.: 152, extraído do site www.tjdft.jus.br)

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APELAÇÃO CRIMINAL. TRÂNSITO. LESÕES CORPORAIS. EMBRIAGUEZ. MATERIALIDADE.

LAUDO DE EXAME DE CORPO DE DELITO. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO INAPLICÁVEL.CONCURSO FORMAL INCABÍVEL. PENAS NO MÍNIMO LEGAL. I. O perito do IML analisou as cópias das guias de atendimento de dois nosocômios para concluir pela existência de "lesões contusas". A ausência de menção à data dos prontuários é irrelevante, pois o laudo técnico, elaborado por agente público em órgão oficial, tem presunção de veracidade. Obedecido o art. 158 do CPP. II. Incabível a absorção da embriaguez ao volante por lesões corporais culposas. São condutas autônomas, distintas e de espécies diferentes. O tipo de lesão culposa no trânsito tutela a incolumidade física e depende de representação da vítima. O objeto material é a pessoa lesionada. A embriaguez ao volante é crime de perigo abstrato, de ação penal pública incondicionada.

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III. Impossível aplicar o concurso formal de crimes, pois há duas ações e dois resultados distintos. A embriaguez ao volante consumou-se no momento em que o motorista alcoolizado conduziu veículo automotor em via pública. O delito de lesão corporal culposa, no instante em que as vítimas foram atingidas. IV. Recurso improvido.

(TJDFT, APR 20120610109065, Relator: SANDRA DE SANTIS, 1ª Turma Criminal, Data de Julgamento: 24/04/2014, Publicado no DJE: 29/04/2014. Pág.: 239,extraídodositewww.tjdft.jus.br)

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Lei Federal 12.971/2014 promove alterações no Código de Trânsito para coibir impunidade no trânsito.ANTESArt. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;

OS ABSURDOS DA LEI 12.971 DE 9 DE MAIO DE 2014 por Rogério Greco

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IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.

DEPOIS

§ 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:

I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;

III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;

IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.

§ 2º Se o agente conduz veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência ou participa, em via, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente:

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Penas - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

ANTES

Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:

Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior.

DEPOIS

Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das

ANTES

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:

Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

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§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:

I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou

II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade

psicomotora.

§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia,

exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.

§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.

DEPOIS

§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.

§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.

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ANTES

Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou

competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada:

Penas - detenção, de seis meses a dois anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

DEPOIS

Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada:

Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

§ 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 a 6 anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.

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§ 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstânciasdemonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.

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REFERÊNCIAS:BRASIL. Código de Trânsito brasileiro (1997). Brasília, DF, Senado.

BRASIL, Crimes no Transito. Disponível em: <http://www.detran.pe.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3081:lei-federal-129712014-promove-alteracoes-no-codigo-de-transito-para-coibir- impunidade-no-transito&catid=2:transito&Itemid=256. Acessado em 29/05/2015>.

BRASIL, O Dano criminal, esse desconhecido. Google. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/9276/o-dano-criminal-esse-desconhecido#ixzz3be3v5IDB Acesso em 22 de Maio de 2015.

CTB Digital, Google. Disponível em <http://www.ctbdigital.com.br/?p=Comentarios&Registro=176&campo_busca=&artigo=309> Acesso em 21 de Maio de 2015.

JESUS, Damásio de. Crimes de Transito. Anotações a Parte Criminal do Código de Transito (Lei n. 9.503 de 23 de setembro de 1997. 6a ed. rev. e atual. São Paulo. Editora Saraiva, 2006.

LIMA, Marcellus Polastri. Na Defesa do Princípio da Absorção, Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/35226/embriaguez-ao-volante-e-lesao-corporal-culposa-na-direcao-de-veiculo-automotor. Acessado em 29/05/2015>.

MARRONE, Marcos José. Delitos de Trânsito Brasileiro: Lei nº 9.503/97. São Paulo. Ed. Atlas, 1998.

O Portal do Trânsito brasileiro, Google. Disponível em: <http://www.transitobr.com.br/index2.php?id_conteudo=77> Acesso em 20 de Maio de 2015.

Âmbito jurídico.com.br, Processo administrativo para imposição de multas de trânsito: breves notas à luz da jurisprudência do STJ. Disponível em http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9186&revista_caderno=4 Acesso em 01 de Junho de 2015.

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Fim