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Departamento
de Engenharia Eletrotécnica
Criação de ferramentas e controlo de recursos
para a execução de Overall Equipment
Effectiveness em Processos Industriais — Estágio
na MDA, Moldes de Azeméis, SA
Relatório de Estágio apresentado para a obtenção do grau de
Mestre em Engenharia Eletrotécnica — Área de Especialização em
Automação e Comunicações em Sistemas de Energia
Autor
Alexandre Francisco Ferreira Pereira
Orientadores
Carlos Manuel Borralho Machado Ferreira
Inácio de Sousa Adelino da Fonseca
Instituto Superior de Engenharia Coimbra
Supervisor na Empresa
Carlos Manuel Alves da Silva
MDA, Moldes de Azeméis, SA
Coimbra, abril, 2016
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Agradecimentos
Alexandre Francisco Ferreira Pereira iii
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Doutor Inácio de Sousa Adelino da Fonseca e ao Professor Doutor Carlos Manuel
Borralho Machado Ferreira por toda a disponibilidade prestada durante a realização do estágio,
pela orientação e apoio, bem como pela oportunidade de organizar o estágio na MDA, Moldes
de Azeméis, SA.
Ao Engenheiro Carlos Manuel Alves da Silva, por todo o apoio dado e pelos ensinamentos que
me transmitiu.
Ao Grupo Simoldes, pela excelente oportunidade da realização deste estágio neste grupo que é
uma referência nível mundial.
A toda minha família, em especial à minha Mãe e ao meu Irmão, pelo apoio e orgulho
demonstrado durante todo o meu percurso académico.
A todos os que contribuíram de alguma forma para a pessoa que sou hoje, em especial a Emília
Paiva, Adérito Francisco e Arlindo Francisco.
A Cátia Freitas por todo o apoio demostrado ao longo deste percurso.
A todos as pessoas do Grupo Simoldes, principalmente a todos os que estão na equipa de
métodos & processos e investigação & desenvolvimento pela boa integração e apoio
demonstrado. Também à equipa de manutenção da Simoldes Aços o meu obrigado. Um
agradecimento especial à equipa que esteve diretamente ligada a este projeto em particular ao
Mickaël Pinto Oliveira pelo seu companheirismo, dedicação e profissionalismo ao longo do
desenvolvimento deste projeto.
Aos meus amigos e colegas da faculdade por todo o espírito de entre ajuda e por todos os bons
momentos vividos.
Agradeço a todos os que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho.
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Resumo
Alexandre Francisco Ferreira Pereira v
RESUMO
Perante o desenvolvimento cada vez mais acelerado que presenciamos no mundo atual, a
qualidade dos produtos finais e o cumprimento de prazos para o cliente são fatores decisivos
para a indústria global. Neste sentido a utilização eficiente dos recursos de uma empresa são
posições que cada vez mais se manifestam como a chave para o desenvolvimento.
A empresa Simoldes Aços, pertencente ao Grupo Simoldes, onde se realizou o estágio, é uma
empresa dedicada à produção de moldes para a injeção de termoplástico. O rápido crescimento
da empresa, verificado ao longo destes 50 anos de existência obriga a uma melhoria contínua
no sentido de diminuir custos operacionais e ao aumento de rentabilidade. O objetivo do projeto,
associado ao estágio, é o aumento da rentabilidade de máquinas CNCs. Com este intuito um
sistema automático de monitorização de máquinas CNCs foi desenvolvido no decorrer do
estágio. O sistema de monitorização permite saber em qualquer altura, o estado em que as
máquinas se encontram (a trabalhar, em preparação de trabalho ou paradas). Previamente ao
desenvolvimento desta tecnologia era impossível saber ou registar o estado das máquinas com
mais idade na empresa. Assim o operador da máquina tinha a responsabilidade de registar de
forma manual os diferentes estados e respetivos tempos. Atualmente consegue-se registar de
forma automática os intervalos de operação entre diferentes estados.
O desenrolar deste projeto é caracterizado por três fases distintas.
A primeira fase correspondeu à pesquisa e análise pormenorizada de sinais disponíveis nas
diferentes máquinas, nas quais se pretendia aplicar o sistema de monitorização.
Na segunda fase procedeu-se a elaboração de hardware e software para a plataforma de
controlo, a qual permite identificar os diferentes estados das máquinas.
A terceira fase caracteriza-se pelo desenvolvimento de aplicações que permitem a visualização
da informação recolhida pelo sistema de monitorização.
Os resultados obtidos através desta tecnologia durante e após a conclusão do estágio na
empresa, são elucidativos do quanto esta é imprescindível para uma melhor gestão e
conhecimento do processo de fabrico. O projeto encontra-se em fase de expansão, tendo sido
integrado nos planos de construção de uma nova unidade fabril do Grupo Simoldes.
Palavras-Chave: Monotorização, Máquinas, CNC, Tracker, Arduíno, Estados, Automática,
Rede, OEE.
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Abstract
Alexandre Francisco Ferreira Pereira vii
ABSTRACT
Given the increasingly accelerated development we are witnessing in the world today, the
quality of the final products and compliance with deadlines for the customer are decisive factors
in an industry. In this regard the use of resources of a company are positions that increasingly
manifest as the key to development.
The company Simoldes Aços belonging to Simoldes Group, where the internship took place, is
a company dedicated to the production of molds for thermoplastic injection. The fast growth of
the company, that occurred during these 50 years of existence requires a continuous
improvement in order to reduce operating costs and increase profitability.The goal of the project
associated with the internship, is to increase the profitability of CNC machines. Therefore an
automatic CNC machines monitoring system was developed during the internship. This
monitoring system allows to know at any time, the status in which the machines are (working,
in preparation for work or stoped). Before the development of this technology it was impossible
to know or register the status of the older machines in the company. Therefore the machine
operator had the responsibility to register manually the different times of each status. Currently
it is possible to register automatically the operating intervals between different statuses.The
development of this Project is characterized by different phases.
The first phase corresponded to research and detailed analysis of available signals for the
different machines on which it was intended to apply the monitoring system.
The second phase consisted in developing hardware and software for the control platform,
which identifies the different status of the machines.
In a third phase were developed applications to allow the visualization of information.
The results obtained about this technology, during and after the conclusion of the internship at
the Company, are elucidative of how it is essential for better management and knowledge of
the manufacturing process. The project finds itself in an expansion phase, being integrated into
plans to build a new plant of Simoldes Group.
Keywords: Monitoring, CNC, Machines, Tracker, Arduino, Status, Automatic, Network, OEE.
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Índice
Alexandre Francisco Ferreira Pereira ix
Índice
AGRADECIMENTOS .......................................................................................................................... iii
RESUMO ................................................................................................................................................ v
ABSTRACT .......................................................................................................................................... vii
ÍNDICE DE FIGURAS ....................................................................................................................... xiii
ÍNDICE DE TABELAS ...................................................................................................................... xvii
SIMBOLOGIA ..................................................................................................................................... xix
ABREVIATURAS ............................................................................................................................... xxi
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................1
1.1. Enquadramento ................................................................................................. 1
1.2. Empresa de Acolhimento .................................................................................. 1
1.3. O Projeto ............................................................................................................ 2
1.4. Objetivos Gerais ................................................................................................ 4
1.5. Metodologia ....................................................................................................... 5
1.6. Estrutura do Relatório ....................................................................................... 6
2. A EMPRESA ......................................................................................................................................7
2.1. Grupo Simoldes ................................................................................................. 7
2.2. Organização ....................................................................................................... 9
2.3. Simoldes Aços, SA .......................................................................................... 10
2.4. Processo Produtivo da Empresa .................................................................... 11
2.5. Layout da Empresa.......................................................................................... 12
3. ESTADO DE ARTE ....................................................................................................................... 15
3.1. Caracterização dos meios / equipamentos. ................................................... 15
3.1.1. Características .................................................................................. 15
3.1.2. Comandos.......................................................................................... 16
3.1.3. Registos Efetuados ........................................................................... 16
3.1.3.1. Documental ......................................................................... 16
3.1.3.2. Informático .......................................................................... 16
3.1.3.3. Observações ....................................................................... 17
3.2. Tecnologia Antecessora ................................................................................. 17
3.2.1. Observação “OneShot” .................................................................... 17
3.2.2. Software e Hardware em Testes ....................................................... 20
3.2.3. Tracker PLC ....................................................................................... 20
4. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO TRACKER .................................................................. 23
4.1. Projeto Tracker ................................................................................................ 23
4.1.1. Descrição ........................................................................................... 23
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Índice
x
4.1.2. Objetivos ............................................................................................ 23
4.2. Caracterização das Máquinas ......................................................................... 23
4.2.1. Rambaudi 800 (CNC) ......................................................................... 25
4.2.2. Rambaudi 800 (CNW) ........................................................................ 25
4.3. Caracterização dos estados ........................................................................... 26
4.3.1. Maquinação ....................................................................................... 26
4.3.2. Setup .................................................................................................. 26
4.3.3. Paragem ............................................................................................. 27
4.3.4. Emergência ........................................................................................ 27
4.3.5. Troca Tool / Troca Ferramenta ......................................................... 27
4.3.6. Transportador ON/OFF ..................................................................... 27
4.3.7. Extra curso ........................................................................................ 28
4.4. Validação da sequência temporal dos estados ............................................. 28
4.5. Tecnologia do Projeto ..................................................................................... 30
4.5.1. Microcontrolador Programável Arduíno .......................................... 30
4.5.2. Hardware ............................................................................................ 31
4.5.2.1. Arduíno Uno ........................................................................ 31
4.5.2.2. Arduíno Mega 2560 ............................................................. 32
4.5.2.3. Arduíno Ethernet Shield 2 .................................................. 33
4.5.3. Software ............................................................................................. 34
4.6. Projeto Tracker - Dados da Máquina .............................................................. 35
4.6.1. Módulos X Y Z ................................................................................... 36
4.6.2. Circuito de Adaptação da Máquina ao Arduíno .............................. 39
4.6.2.1. Plataforma de Controlo - Ampops Configuração Inversor
.......................................................................................................... 40
4.6.2.2. Observações ....................................................................... 62
4.6.3. Circuito Final ..................................................................................... 63
5. IMPLEMENTAÇÃO NA MÁQUINA DO CIRCUITO FINAL .................................................... 69
5.1. Circuito Implementado - Ampops na configuração inversor com sinais de
relés. ........................................................................................................................ 69
5.1.1. Componentes .................................................................................... 69
5.1.2. Configuração Utilizada ...................................................................... 71
5.2. Comportamento Expectável ........................................................................... 72
5.3. Realidade Implementada ................................................................................. 73
5.3.1. Circuito Final “Breadboard” ............................................................. 73
5.3.2. Circuito Final PCB ............................................................................. 75
5.4. Verificação/Comprovação de Estados das Máquinas ................................... 79
5.5. Resultados Obtidos ......................................................................................... 80
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Índice
Alexandre Francisco Ferreira Pereira xi
6. TRATAMENTO DE DADOS E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO ................................... 81
6.1.Programação Desenvolvida ............................................................................. 81
6.2.Configurações Informáticas ............................................................................ 83
6.3. Softwares Utilizados ........................................................................................ 84
6.3.1. App ”SNSD” (Searching Network Saving Data) .............................. 84
6.3.2. Base de Dados – MICROSOFT SQL SERVER MANAGEMENT
STUDIO ........................................................................................................ 85
6.3.3. Visual Studio 2013 Professional (Linguagem VB.NET) .................. 86
6.4. Visualização da Informação Recolhida .......................................................... 87
6.4.1. Aplicação 1 – Raw Information (CMD) ............................................. 87
6.4.2. Aplicação 2 – Excel - Base de Dados ............................................... 87
6.4.3. Aplicação 3 – Informação Gráfica .................................................... 89
6.4.3.1. Temporal .............................................................................. 89
6.4.3.2. Analise a Diferentes Espectros Temporais ....................... 90
6.5. Hardware .......................................................................................................... 91
6.5.1. Computador “Base” /”Servidor” ...................................................... 91
7. ANÁLISE DE FINANCEIRA ........................................................................................................ 93
7.1. Custos Por Máquina CNC ............................................................................... 93
7.2. Comparação de Custos de Projeto Atual com Antecessores ...................... 95
8. CONCLUSÕES E PERSPETIVAS DO PROJETO PARA O FUTURO ................................ 97
9. ANEXOS ......................................................................................................................................... 99
9.1. Projeto Tracker – Sensores ............................................................................ 99
9.1.1. Acelerómetro / Magnetómetro .......................................................... 99
9.1.2. Observações .................................................................................... 102
9.2. Circuitos Pré Final ......................................................................................... 103
9.3.Esquemas / Datasheet .................................................................................... 104
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 107
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Índice de Figuras
Alexandre Francisco Ferreira Pereira xiii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1.1 ˗ Símbolo Tracker. ..................................................................................................................2
Figura 1.2 ˗ 4 Fases do Projeto Tracker. ..................................................................................................3
Figura 1.3 ˗ Tracker desevolvido por EP. ................................................................................................3
Figura 1.4 ˗ Melhorias de OEE. ...............................................................................................................4
Figura 1.5 ˗ Metodologia aplicada no projeto. .........................................................................................5
Figura 2.1 ˗ Grupo Simoldes. ...................................................................................................................7
Figura 2.2 ˗ Diferentes empresas do Grupo Simoldes em Oliveira de Azeméis. .....................................7
Figura 2.3 ˗ António Costa e Pedro Passos Coelho em visita ao Grupo Simoldes. .................................8
Figura 2.4 ˗ Garrafa de gás Pluma. ...........................................................................................................8
Figura 2.5 ˗ Diferentes logótipos das empresas da divisão de moldes. ....................................................9
Figura 2.6 ˗ Diferentes logótipos das empresas da divisão de plásticos. .................................................9
Figura 2.7 ˗ Diferentes instalações da empresa Simoldes Aços. ........................................................... 10
Figura 2.8 ˗ Instalações fabris da Simoldes Aços em 1974. .................................................................. 10
Figura 2.9 ˗ Instalações fabris da Simoldes Aços atualmente. .............................................................. 10
Figura 2.10 ˗ Layout da Simoldes Aços. ............................................................................................... 13
Figura 3.1 ˗ Blocos de aço para posterior maquinação. ........................................................................ 15
Figura 3. 2 ˗ Dados recolhidos durante o estágio. ................................................................................. 18
Figura 3. 3 ˗ Ativação e paragem de maquinaria. ................................................................................. 19
Figura 3. 4 ˗ Representação grafica de ativação e paragem de maquinaria. ......................................... 19
Figura 3. 5 ˗ Informação apresentado por software em teste. ............................................................... 20
Figura 3. 6 ˗ Autómato industrial, Micrologix 1100. ............................................................................ 20
Figura 4.1 ˗ Logótipo da RAMBAUDI. ................................................................................................ 23
Figura 4. 2 ˗ Vista frontal de máquina CNC. ........................................................................................ 24
Figura 4. 3 ˗ Vista de topo de máquina CNC. ....................................................................................... 24
Figura 4. 4 ˗ Máquina CNC e localização no layout da empresa. ......................................................... 25
Figura 4.5 ˗ Máquina CNW................................................................................................................... 25
Figura 4.6 ˗ Verificação estado atual – em cima estado de memória, em baixo estado medido. .......... 28
Figura 4.7 ˗ Alteração do estado parado para maquinação – em cima estado de memória, em baixo
estado medido. ....................................................................................................................................... 29
Figura 4.8 ˗ Verificação estado atual – em cima estado de memória, em baixo estado medido. .......... 29
Figura 4.9 ˗ Alteração do estado maquinação para parado – em cima estado de memória, em baixo
estado medido. ....................................................................................................................................... 30
Figura 4.10 ˗ Arduíno Uno. ................................................................................................................... 31
Figura 4.11 ˗ Arduíno Mega. ................................................................................................................. 32
Figura 4.12 ˗ Arduíno Ethernet Shield 2. .............................................................................................. 33
Figura 4.13 ˗ Software open-source para programação do Arduíno (IDE). .......................................... 35
Figura 4.14 ˗ Estrutura de programação do software IDE. ................................................................... 35
Figura 4.15 ˗ Módulos SIMODRIVE 611. ............................................................................................ 36
Figura 4.16 ˗ Módulo de acionamento Siemens do eixo X,Y,Z. ........................................................... 37
Figura 4.17 ˗ Esquemático de conector da placa “ARTW1” CNC FIDIA ............................................ 38
Figura 4.18 – Saidas (˗10 Vd.c. a 10 Vd.c.) dos acionamentos (eixo X,Y,Z). ...................................... 39
Figura 4.19 ˗ Transformador usado no circuito 3. ................................................................................. 40
Figura 4.20 ˗ Aspeto real do amplificador operacional uA741. ............................................................ 41
Figura 4.21 ˗ Configuração de pinos do uA741. ................................................................................... 41
Figura 4.22 ˗ Circuito final – plataforma de controlo. .......................................................................... 43
Figura 4.23 ˗ Circuito ideal do amp. inversor. ...................................................................................... 43
Figura 4.24 ˗ Circuito equivalente ideal do amp. inversor. ................................................................... 43
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Índice de Figuras
xiv
Figura 4.25 ˗ Sensor de temperatura LM35. ......................................................................................... 44
Figura 4.26 ˗ Circuito equivalente do ampop. ....................................................................................... 44
Figura 4.27 ˗ Circuito equivalente ao implementado – Considerando-se alimentação simétrica. ........ 45
Figura 4.28 ˗ Circuito implementado em laboratório. ........................................................................... 46
Figura 4.29 ˗ Função de Transferência .................................................................................................. 47
Figura 4.30 ˗ Formas de onda da entrada/saída. .................................................................................... 47
Figura 4.31 ˗ Formas de onda da entrada/saída. .................................................................................... 47
Figura 4.32 ˗Vin=800μV ≈ 0 V .............................................................................................................. 48
Figura 4.33 ˗Vin=1.01 Vd.c. ................................................................................................................. 48
Figura 4.34 ˗Vin=1.61 Vd.c. ................................................................................................................. 48
Figura 4.35 ˗Vin=1.90 Vd.c. ................................................................................................................. 49
Figura 4.36 ˗Vin=10.0 Vd.c. ................................................................................................................. 49
Figura 4.37 ˗Vin=˗604 mV. .................................................................................................................. 49
Figura 4.38 ˗Vin=˗2.59 Vd.c. ................................................................................................................ 50
Figura 4.39 ˗Vin=˗7.50 Vd.c. ................................................................................................................ 50
Figura 4.40 ˗Vin=˗10.0 Vd.c. ................................................................................................................ 50
Figura 4.41 ˗ Função de Transferência .................................................................................................. 52
Figura 4.42 ˗ Função de Transferência Ganho=1 Declive=˗0.96. ......................................................... 53
Figura 4.43 ˗ Função de Transferência. ................................................................................................. 54
Figura 4.44 ˗ Formas de onda da entrada/saída. .................................................................................... 54
Figura 4.45 ˗ Formas de onda da entrada/saída. .................................................................................... 55
Figura 4.46 ˗Vin=˗57.9 mV ≈ 0 V ......................................................................................................... 55
Figura 4.47 ˗Vin=1.0 Vd.c. ................................................................................................................... 55
Figura 4.48 ˗Vin=1.50 Vd.c. ................................................................................................................. 56
Figura 4.49 ˗Vin=1.85 Vd.c. ................................................................................................................. 56
Figura 4.50 ˗Vin=2.00 Vd.c. ................................................................................................................. 56
Figura 4.51 ˗Vin=2.50 Vd.c. ................................................................................................................. 57
Figura 4.52 ˗ Vin=10.0 Vd.c. ................................................................................................................ 57
Figura 4.53 ˗Vin=˗1.00 Vdc .................................................................................................................. 57
Figura 4.54 ˗Vin=˗1.85 Vd.c. ................................................................................................................ 58
Figura 4.55 ˗Vin=˗2.51 Vd.c. ................................................................................................................ 58
Figura 4.56 ˗Vin=˗3.50 Vd.c. ................................................................................................................ 58
Figura 4.57 ˗Vin=˗5.00 Vd.c. ................................................................................................................ 59
Figura 4.58 ˗Vin=˗10.0 Vd.c. ................................................................................................................ 59
Figura 4.59 ˗ Função de Transferência G=0.5. ..................................................................................... 60
Figura 4.60 ˗ Função de Transferência Ganho=0.5 Declive=˗0.48 ....................................................... 61
Figura 4.61 ˗ Relé de atuação. ............................................................................................................... 63
Figura 4.62 ˗ Divisor de tensão. ............................................................................................................ 66
Figura 4.63 ˗ Circuito final implementado. ........................................................................................... 67
Figura 5.1 ˗ Aspeto real do circuito final já implementado. .................................................................. 69
Figura 5.2 ˗ Configuração amplificador inversor. ................................................................................. 71
Figura 5.3 ˗ Configuração divisor e regulador de tesnsão. .................................................................... 71
Figura 5.4 ˗ Interligação da máquina CNC com a plataforma Arduino. ............................................... 72
Figura 5.5 ˗ Circuito final implementado na máquina. ......................................................................... 73
Figura 5.6 ˗ Alimentação de circuito final. ........................................................................................... 74
Figura 5.7 ˗ Cabalagem para interligação de diferentes componetes. ................................................... 74
Figura 5.8 ˗ Switch SKY LINK. ............................................................................................................ 75
Figura 5.9 ˗ Circuito da Figura 4.22, isntalado em PCB. ...................................................................... 76
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Índice de Figuras
Alexandre Francisco Ferreira Pereira xv
Figura 5.10 ˗ Esquemático do ircuito final. ........................................................................................... 76
Figura 5.11 ˗ Visão geral do projeto Tracker. ....................................................................................... 77
Figura 5.12 ˗Sinalisador luminoso instalado. ........................................................................................ 79
Figura 6.1 ˗ Fluxograma correspondente a programação do Arduíno................................................... 82
Figura 6.2 ˗ App “SNSD” com informação rececionada. ..................................................................... 84
Figura 6.3 ˗ Informação guardada na base de dados. ............................................................................ 85
Figura 6.4 ˗ Representação gráfica das diferentes séries. ...................................................................... 86
Figura 6.5 ˗ Informação em atualização na app “SNSD”. ..................................................................... 87
Figura 6.6 ˗ Folha de rosto da aplicação 2. ........................................................................................... 88
Figura 6.7 ˗ Folha de seleção dos estados da máquina selecionada. ..................................................... 88
Figura 6.8 ˗ Registos provenientes da seleção de uma máquina sem oredenação do estado. ............... 88
Figura 6.9 ˗ Apresentação grafica temporal de informação. ................................................................. 89
Figura 6.10 ˗ Exibição gráfica de informação na segunda versão da terceira aplicação. ...................... 90
Figura 6.11 ˗ Exposição gráfica de informação resultante das condições selecionadas. ....................... 90
Figura 6.12 ˗ Computador base selecionado para a app “SNSD”. ........................................................ 91
Figura 7.1 ˗ Arduíno Mega. ................................................................................................................... 93
Figura 7.2 ˗ Arduíno Ethernet Shield 2. ................................................................................................ 93
Figura 7.3 ˗ Transf. 220Va.c.–12 Vd.c.. ................................................................................................ 93
Figura 7.4 ˗ Reguladores L7805. ........................................................................................................... 93
Figura 7.5 ˗ Ampops uA741. ................................................................................................................. 93
Figura 7.6 ˗ Resistência utilizadas. ........................................................................................................ 93
Figura 7.7 ˗ Sensor temperatura. ........................................................................................................... 94
Figura 7.8 ˗ Cablagem de interligação. ................................................................................................. 94
Figura 7.9 ˗ Switch de oito conceções de rede utilizado. ...................................................................... 94
Figura 9. 1 ˗ Acelerómetro MMA7361L ............................................................................................... 99
Figura 9.2 ˗ Local onde foi instalado o acelerómetro na máquina. ..................................................... 100
Figura 9.3 ˗ Magnetómetro LSM303D ............................................................................................... 101
Figura 9.4 ˗ Local onde foi instalado o magnetómetro na máquina. ................................................... 101
Figura 9. 5 ˗ Consola de visualização (serial monitor) Android. ........................................................ 102
Figura 9. 6 ˗ Módulo de acionamento do eixo X ˗ SIEMENS. ........................................................... 104
Figura 9. 7 ˗ Módulo de acionamento do eixo Y ˗ SIEMENS. ........................................................... 105
Figura 9. 8 ˗ Módulo de acionamento do eixo Z ˗ SIEMENS. ............................................................ 106
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Índice de Tabelas
Alexandre Francisco Ferreira Pereira xvii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 ˗ Comandos presentes na empresa Simoldes Aços. ................................................................ 16
Tabela 2 ˗ Especificações técnicas do Arduíno Uno. ............................................................................ 32
Tabela 3 ˗ Especificações técnicas do Arduíno Mega 2560. ................................................................. 33
Tabela 4 ˗ Especificações técnicas do Arduíno Ethernet Shield 2. ....................................................... 34
Tabela 5 ˗ Combinação de leds para transmitir informação. ................................................................. 34
Tabela 6 ˗ Informação da placa “ARTW1” CNC FIDIA. ..................................................................... 37
Tabela 7 ˗ Características técnicas do transformador utilizado no circuito final. ................................. 40
Tabela 8 ˗ Características técnicas do amplificador operacional uA741. ............................................. 41
Tabela 9 ˗ Tensão de Vout em função de Vin (G=1). ........................................................................... 51
Tabela 10 ˗ Tensão de VoutA0 em função de Vin (G=1). .................................................................... 51
Tabela 11 ˗ Tensão de Vout em função de Vin (G=0.5). ...................................................................... 59
Tabela 12 ˗ Tensão de XoutA0 em função de Vin (G=0.5). ................................................................. 60
Tabela 13 ˗ Características dos relés presentes nas máquinas. .............................................................. 64
Tabela 14 ˗ Descrição de sinais, porto associados, gamas de tensões e componentes. ......................... 67
Tabela 15 ˗ Descrição de sinais, portos associados, gamas de tensões, componentes e sinalizadores
lumino ................................................................................................................................................... 78
Tabela 16 ˗ Descrição/função de cor ativada. ....................................................................................... 79
Tabela 17 ˗ Colunas da base de dados onde a informação é guardada. ................................................. 85
Tabela 18 ˗ Custo em € por componente utilizado. ............................................................................... 94
Tabela 19 ˗ Características do sensor MMA7361L. ............................................................................ 100
Tabela 20˗ Características do sensor LSM303D. ................................................................................ 101
-
Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Simbologia
Alexandre Francisco Ferreira Pereira xix
SIMBOLOGIA
A – Ampere
g – Grama
mm – Milímetros
mS – Milissegundos
mV/g – Milivolts por Grama
MHz – Megahertz
Kbytes – Kilobytes
KΩ – KiloOhm
VA – Volt-Ampere
°C – Graus Célicos
μV – Microvolts
Ω – Ohm
-
Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Abreviaturas
Alexandre Francisco Ferreira Pereira xxi
ABREVIATURAS
AC – Alternate Current
ACS – Advanced Customer Services
CAD – Computer-Aided Design
CAM – Computer Aided Manufacturing
CNC – Computer Numerical Control
DC – Direct Current
DHCP –Dynamic Host Configuration Protocol
DNS – Domain Name System
FDX – Full Duplex
GND – Ground
GS – Grupo Simoldes
IDE – Integrated Development Environment
ISEC – Instituto Superior de Engenharia de Coimbra.
ISO – International Organization for Standardization
LED – Light Emitting Diode
OEE – Overall Equipment Effectiveness
PC –Personal Computer
PCB –Printed Circuit Board
POE – Power Over Ethernet
PWM – Pulse-Width Modulation
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Criação de ferramentas e controlo de recursos para OEE Abreviaturas
xxii
Rx – Recive
SNSD – Searching Network Saving Data
SQL –Structured Query Language
SSID –Service Set Identifier
TCP – Transmission Control Protocol
Tx – Trasmit
USB – Universal Serial Bus
UDP – User Datagram Protocol
WEB – World Wide Web
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CAPÍTULO 1 Introdução
MEE ˗ Alexandre Pereira 1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Enquadramento
O projeto enquadra-se no âmbito da unidade curricular do estágio de final de Mestrado em
Engenharia Eletrotécnica, apresentando como objetivo a criação de ferramentas e controlo de
recursos para a execução de overall equipment effectiveness em processos industriais.
As extremas e atuais economias mundiais, obrigam as empresas a focarem-se na necessidade
constante de redução dos desperdícios. Desperdícios que assumem diferentes formas: matéria-
prima, tempo de execução de trabalho, recursos humanos, entre outros. O setor automóvel, por
si já competitivo, obriga as empresas dentro deste a rejuvenescerem-se e a uma inovação
constante. Esta inovação, técnica e de gestão, vai ao encontro das exigências dos clientes do
Grupo Simoldes, permitindo a este o seu elevado reconhecimento mundial.
A rentabilização dos meios disponíveis, com vista ao aumento de produção, o aperfeiçoamento
do processo produtivo e a excelência da qualidade dos produtos finais com recursos já
existentes, correspondem às diretrizes do trabalho para este estágio. Com estas permite-se o
aumento da satisfação do cliente bem como o lucro final do Grupo Simoldes.
1.2. Empresa de Acolhimento
Simoldes Aços, empresa mais antiga do Grupo Simoldes, foi onde se realizou o estágio final de
Mestrado em Engenharia Eletrotécnica. A empresa Simoldes Aços, liderada por António da Silva
Rodrigues na cidade de Oliveira de Azeméis, nas origens da sua atividade dedicou-se à produção
de moldes para fabrico de pequenos e médios utensílios. As décadas de 60 e 70 foram relevantes
no seu crescimento. Foi nestas que a empresa consegui diversificar os seus clientes e mercado
alvo. Nestas décadas foram também realizados investimentos em instalações, equipamentos e
mão-de-obra especializada, permitindo que a empresa se consolidasse até ao presente. A
mudança principal e mais importante da empresa foi a aposta do trabalho direcionada ao setor
da indústria automóvel. Nos dias de hoje, ainda é o principal cliente e consecutivamente o
principal responsável pelas receitas da empresa.
O Grupo Simoldes está dividido em duas partes. A divisão de moldes, na qual se insere a
empresa onde foi realizado o estágio (Simoldes Aços) e a divisão de plásticos. A divisão de
moldes do grupo é identificada atualmente como o maior fabricante europeu de moldes,
apresentando com clientes empresas como: Renault, Saab, Citroën, VW, Seat, Ford, Peugeot,
Honda, Volvo, Audi, BMW, Mercedes, Porsche, entre outras.
A certificação de qualidade que a empresa possui são as certificações do modelo geral de gestão
de qualidade, estando implantadas a ISO 9001:2008 em 29-12-1995, e ISO/TS 16949:2002
(normas de qualidade específicas para a indústria automóvel).
-
CAPÍTULO 1 Introdução
2
1.3. O Projeto
Proposto pelo Grupo Simoldes e desenvolvido na empresa mãe, Simoldes Aços, o projeto tem
como objetivo a melhoria do processo de fresagem em CNCs, de forma a aumentar a sua
capacidade de produção. O projeto piloto designado de Tracker, tem como foco o controlo do
processo de fresagem de CNCs (parâmetros reais), através da criação de ferramentas com
recurso a meios tecnológicos. Estas ferramentas permitem à posterior a execução do cálculo de
OEE (Overall Equipment Effectiveness) em processos industriais. O símbolo adotado pelo
Grupo Simoldes correspondente ao projeto piloto Tracker é visível na figura 1.1.
Figura 1.1 ˗ Símbolo Tracker.
No processo produtivo de um molde, o setor de fresagem CNCs assume um papel decisivo. A
falta de informação relativamente aos parâmetros reais de maquinação acarreta uma dificuldade
acrescida para o planeamento da carga de trabalho. O setor de fresagem deve ser estudado e
analisado de forma a se avaliar os métodos de trabalho atuais para posteriormente proceder-se
a melhorias.
A necessidade de uma equipa de métodos & processos e investigação & desenvolvimento,
abrangentes às diferentes unidades fabris do Grupo Simoldes, é imprescindível na realidade
económica social atual. A equipa de métodos & processos e investigação & desenvolvimento é
constituída por colaboradores com qualificações no ensino superior, abrangendo as principais
áreas de engenharia, tais como: Engenharia Eletrotécnica, Mecânica, Eletromecânica,
Informática, Civil, Gestão Industrial, entre outras.
O projeto Tracker, entregue à equipa de métodos & processos do Grupo Simoldes, foi orientado
e tratado por esta equipa. O estágio, ao qual o presente relatório se refere, foi inserido nesta
equipa e completamente direcionado para o projeto Tracker.
Devido à distinta qualificação desta equipa o projeto foi elaborado pela minha pessoa, em
conjunto com membros da equipa de métodos & processos.
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CAPÍTULO 1 Introdução
MEE ˗ Alexandre Pereira 3
O estágio realizado e consequentemente o projeto Tracker executado na empresa Simoldes
Aços, teve 4 fases principais contendo dentro destas subfases. Numa primeira fase foi realizado
o levantamento e análise de dados, seguindo-se a segunda fase: definição de objetivos atingir.
A terceira fase correspondeu à procura de soluções para a recolha e tratamento de dados e por
fim (4ª fase) o envio da informação, correspondente ao estado da máquina, para a rede interna
da empresa. A figura 1.2, exibe as 4 fases do projeto Tracker, desenvolvidas durante o estágio
na empresa Simoldes Aços.
Figura 1.2 ˗ 4 Fases do Projeto Tracker.
Após o envio de informação para a rede interna da unidade fabril, e ainda durante a realização
do estágio, foi desenvolvido por um membro da equipa com formação superior em engenharia
informática um software para a receção/visualização de informação, bem como a respetiva base
de dados para guardar a informação. Foram também desenvolvidos dois softwares de
visualização de informação, possuindo um deles capacidade para alteração da escala temporal
abrangente. Os softwares desenvolvidos tiveram pequenas indicações da minha pessoa, para
que em ambas as programações fossem realizados ajustes. Devido a esta colaboração, a
apresentação gráfica é precisa e de fácil interpretação. Na figura 1.3 é observável a parte
correspondente do projeto Tracker desenvolvida pela equipa de processos.
Figura 1.3 ˗ Tracker desevolvido por EP.
As informações guardadas na base de dados, relativas aos estados das máquinas CNCs, serão
utilizadas para o cálculo de overall equipment effectiveness em processos industriais.
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CAPÍTULO 1 Introdução
4
Na figura 1.4, são apresentadas as melhorias resultantes do cálculo de OEE.
Figura 1.4 ˗ Melhorias de OEE.
E possível verificar que as melhorias resultantes do cálculo de OEE são abrangentes a inúmeras
áreas. Destas melhorias salientam-se a notória melhoria na rapidez de execução dum processo
já existente, a qualidade do produto final e maximização do tempo de operação e produtividade.
1.4. Objetivos Gerais
A rentabilidade de fresadoras CNCs no processo de fabrico atual da empresa Simoldes Aços é
uma componente importantíssima. Um aumento de capacidade de produção destas fresadoras
CNCs, traduz-se em ganhos muito significativos. O projeto Tracker tem como objetivos
principais a aquisição dos parâmetros reais de maquinação e o seu envio para a rede interna da
unidade fabril para serem guardados numa base de dados. A quando do inicio do estágio a
informação que existia acerca do processo de fresagem era resultante de apontamentos
realizados manualmente por parte dos operadores e a informação que se conseguia extrair das
máquinas era mínima. Para além de a empresa ficar com histórico de ocupação/trabalho das
fresadoras CNCs pode saber-se em tempo real o comportamento das diferentes máquinas CNCs
(estado em que se encontram). Ou seja, se estão a trabalhar (correspondente ao estado de
maquinação), em preparação de trabalho/ferreamente (estado Setup) ou paradas. A informação
guardada é tratada à posterior por software para resultados estatísticos com recurso a
visualização gráfica. Com vista a que os objetivos descritos fossem atingidos, a investigação
dos sinais elétricos disponíveis no quadro da máquina, bem como os seus comandos foi
imprescindível.
O projeto tem como objetivos principais os seguintes tópicos:
Levantamento e análise de dados;
Investigação de máquinas e respetivos comandos;
Caracterização dos diferentes estados das máquinas;
Elaboração de hardware;
Programação dum módulo Arduíno.
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CAPÍTULO 1 Introdução
MEE ˗ Alexandre Pereira 5
Tem ainda como objetivos comuns à estratégia da unidade fabril Simoldes Aços os seguintes:
Redução dos prazos de entrega do produto finalizado ao cliente;
Melhoria do processo produtivo nas máquinas CNCs;
Aumento da produtividade em todos os setores;
Redução de desperdícios.
1.5. Metodologia
A metodologia de trabalho aplicada neste projeto envolve as seguintes etapas:
1. Levantamento de dados para o projeto Tracker;
2. Análise detalhada dos equipamentos da empresa;
3. Definição de objetivos a atingir com o projeto;
4. Procura de soluções para o projeto Tracker;
5. Implementação da solução encontrada;
6. Período de observação e implementação de melhorias.
O levantamento de dados foi realizado através da consulta de ficheiros, análise de processos
anteriores, e a envolvência nas atividades da empresa. A análise dos dados foi realizada
exaustivamente para que às necessidades do projeto ficassem bem definidas. A definição dos
objetivos a atingir, vai de encontro com as necessidades da empresa para este projeto. A procura
de soluções caracteriza-se pela resolução da fase anterior. Na quinta fase onde ocorre a
implementação da solução final tendo sempre os critérios de segurança e qualidade da unidade
fabril como regra principal e ponto de partida.
Por fim, o período de observação e implementação de melhorias tem uma responsabilidade
acrescida. Esta responsabilidade é devida ao cálculo de overall equipment effectiveness, que
tem como base fundamental a informação resultante deste projeto. As etapas que caracterizam
a metodologia aplicada neste projeto são visíveis na figura 1.5.
Figura 1.5 ˗ Metodologia aplicada no projeto.
Levantamento de Dados
Analise de DadosDefenição de
Objetivos
Procura de Solução
Implementação Solução
Observação e Implementação
de Melhorias
Calculo de
OEE
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CAPÍTULO 1 Introdução
6
1.6. Estrutura do Relatório
O presente relatório está repartido em nove capítulos com vários pontos dentro destes. No
primeiro capítulo deste relatório faz-se uma introdução ao projeto desenvolvido na empresa,
bem como, os seus objetivos gerais, a metodologia de trabalho adotada e a estrutura do relatório.
No segundo capítulo é apresentada a unidade fabril Simoldes Aços onde se realizou o estágio
(unidade fabril que faz parte do Grupo Simoldes). A organização do Grupo Simoldes, o
processo produtivo da empresa Simoldes Aços e o seu layout, são também referenciados neste.
No capítulo três é abordado o estado de arte do projeto. Este envolve vários temas, desde
caracterização dos meios até às tecnologias antecessoras.
O capítulo quatro descreve a principal parte do projeto realizado durante o estágio. Neste são
abordadas as máquinas utilizadas, as tecnologias de controlo, a caraterização de estados das
máquinas, escolha de componentes e montagem de diferentes circuitos eletrónicos bem como
a solução “ótima”.
O capítulo cinco diz respeito à solução final. Neste capítulo é apresentado o circuito final
implementado, onde são descritos componentes, configurações utilizadas, comportamentos
expetáveis, realidades implementadas e resultados obtidos acerca do circuito.
No capítulo seis apresenta-se a lógica de programação desenvolvida para o tratamento de dados,
a forma de comunicação de informação para a base de dados, e as tecnologias/procedimentos
que foram desenvolvidos para a visualização de informação.
A análise financeira, onde os custos de implementação do projeto desenvolvido por máquina
são apresentados, juntamente com a comparação de custos de projeto atual com anteriores,
formam o capítulo sete. O capítulo oito apresenta as conclusões e perspetivas do projeto para o
futuro.
O capítulo oito apresenta as conclusões e perspetivas do projeto para o futuro.
O capítulo nove corresponde aos anexos do documento. Neste são apresentadas as diferentes
soluções desenvolvidos até a solução final e esquemas das máquinas CNC.
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CAPÍTULO 2 A Empresa
MEE ˗ Alexandre Pereira 7
2. A EMPRESA
2.1. Grupo Simoldes
Fundado em 1959 e desde 1981 liderado por António da Silva Rodrigues, o Grupo Simoldes é
constituído por 20 empresas espalhadas pelo mundo e 8 gabinetes comercias. O seu modelo de
negócio baseia-se em duas áreas distintas. O fabrico de moldes e a injeção de termoplástico.
Figura 2.1 ˗ Grupo Simoldes. [3]
A primeira área, dedicada à construção de moldes para injeção de termoplástico é composta por
dez empresas, das quais seis localizam-se no concelho de Oliveira de Azeméis, estando as
restantes espalhadas pelo mundo. A segunda área de negócio é constituída por onze empresas
produtoras de peças de plástico resultante da injeção de termoplástico.
Em Portugal estão localizadas dez empresas visíveis na figura 2.2. Do total das empresas fazem
parte empresas de suporte técnico e comerciais (Advanced Customer Services ou ACS)
espalhadas também pelo mundo. Com meio século de presença na indústria portuguesa e
mundial, este grupo tem contribuído de forma decisiva para o setor de fabrico de moldes e
injeção de termoplástico. Com a globalização do seu mercado, este grupo transporta a imagem
da indústria portuguesa para um nível internacional.
O espírito de inovação aliado ao investimento persistente em equipamentos e a participação em
projetos exigentes, promoveu o desenvolvimento e expansão do Grupo Simoldes.
Figura 2.2 ˗ Diferentes empresas do Grupo Simoldes em Oliveira de Azeméis. [26]
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CAPÍTULO 2 A Empresa
8
O Grupo Simoldes é o maior fabricante europeu de moldes para o setor automóvel. Em visita
recente às instalações deste grupo (figura 2.3), António Costa e Pedro Passos Coelho já
anteriormente, apontaram o grupo como um exemplo a seguir.
Figura 2.3 ˗ António Costa e Pedro Passos Coelho em visita ao Grupo Simoldes. [33;34]
No ano de 1980 foi inaugurada a primeira unidade dedicada exclusivamente à injeção de
termoplástico. Foi nesta unidade fabril, Simoldes Plásticos, onde foi desenvolvida a primeira
garrafa de gás que utiliza a tecnologia Comet, a qual ficou amplamente conhecida por Pluma
(figura 2.4), sendo mais tarde comercializada pela Galp.
Figura 2.4 ˗ Garrafa de gás Pluma. [32]
Os principais clientes do Grupo Simoldes são países da Europa tal como França, Alemanha,
Espanha, Escandinávia e Reino Unido mas também a América do Sul e do Norte. A produção
do grupo é absorvida na sua quase totalidade pelo setor automóvel.
O Grupo Simoldes caracteriza-se pela sua capacidade de desenvolver qualquer tipo de projeto
para peças plásticas, sendo especializado na produção de moldes para a indústria do setor
automóvel. Também para outros setores como embalagens, jardim e eletrodomésticos o grupo
tem uma posição relevante na indústria mundial.
O Grupo Simoldes caracteriza-se pelos seus 3704 funcionários distribuídos por diferentes
unidades fabris em Portugal, Alemanha, Reino Unido e Brasil, bem como vários escritórios
noutros pontos do mundo. O seu prestígio internacional no fabrico de moldes e capacidade de
injeção de termoplástico são pontos que distinguem este grupo do resto do mundo.
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CAPÍTULO 2 A Empresa
MEE ˗ Alexandre Pereira 9
2.2. Organização
O Grupo Simoldes está dividido em duas áreas distintas de indústria.
A primeira área, Tool Division corresponde à divisão de moldes (figura 2.5).
Figura 2.5 ˗ Diferentes logótipos das empresas da divisão de moldes. [3]
Esta área de atividade tem como foco de indústria a produção de moldes sendo constituída por
oito empresas de fabrico de moldes e Advanced Customer Services ou ACS.
A segunda área, Plastic Division corresponde à divisão de plásticos (figura 2.6).
Figura 2.6 ˗ Diferentes logótipos das empresas da divisão de plásticos. [3]
Para além das anteriores fazem também parte da Plastic Division as seguintes empresas.
Simoldes Plástico Indústria Simoldes Plástico Brasil Simoldes Plástico France
Simoldes Plástico España Simoldes Plástico Polska
Simoldes Plástico France Engineering Simoldes Plástico Deutschland Engineering
Estas empresas, pertencentes à divisão de plástico, são especializadas na produção de peças a
partir da injeção de termoplástico.
Embora totalmente independentes as duas áreas de atividade complementam-se, formando um
grupo coeso e reconhecido na indústria mundial.
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CAPÍTULO 2 A Empresa
10
2.3. Simoldes Aços, SA
Fundada em 1959 a Simoldes Aços teve sempre a expansão do negócio como um dos seus
objetivos principais. Em 1968 concretiza a primeira exportação para Inglaterra, cidade de
Londres. Devido ao espaço ocupado anteriormente já limitar a capacidade de trabalho, no lugar
da Espinheira (centro de Oliveira de Azeméis), no início da década de 70 procedeu-se a
construção de novas instalações para a Simoldes Aços. Na figura 2.7, são visíveis as instalações
já ocupadas e as instalações atuais.
Figura 2.7 ˗ Diferentes instalações da empresa Simoldes Aços. [3]
No dia 25 de Abril de 1974, inauguram-se oficialmente as novas instalações, localizadas na
zona industrial de Oliveira de Azeméis. Para 70 colaboradores da empresa o 25 de Abril de
1974 não encantou tanto quanto as novas instalações que a Simoldes Aços passou a ocupar
nesse dia. Na figura 2.8 são visíveis as instalações atuais ainda em construção.
Figura 2.8 ˗ Instalações fabris da Simoldes Aços em 1974. [28]
António da Silva Rodrigues, presidente do Grupo Simoldes, refere que pela manhã do dia 24
de Abril de 1974, foi ligado o posto de transformação instalado na nova fábrica. A empresa
encontra-se implantada numa área total de 15.521 m2 de terreno, sendo desse total uma área
coberta de 12.200 m2, da qual 7.500 m2 estão diretamente ligados ao setor produtivo. Na figura
2.9 são visíveis as instalações da empresa Simoldes Aços.
Figura 2.9 ˗ Instalações fabris da Simoldes Aços atualmente.
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CAPÍTULO 2 A Empresa
MEE ˗ Alexandre Pereira 11
Em Dezembro de 1995, a Simoldes Aços obtém a certificação do Sistema de Garantia de
Qualidade segundo a norma NP EN ISO 9001. Entre 1976 e 1977 dá-se a grande ofensiva na
procura de novos mercados com a participação em feiras de indústria. É nesta década que a
Simoldes Aços começa a fabricar moldes para a indústria automóvel para países como França
e Suécia e consecutivamente para clientes como a Renault e Volvo.
A título informativo cada molde que é construído tem aproximadamente 100 a 300
componentes. Estes componentes são essenciais a várias funções como o caso da gravação da
peça polimérica, os mecanismos de extração do molde, a mecânica do molde, a refrigeração do
molde, entre outros. Desde o dia 24 de Abril de 1974 verificou-se um constante crescimento da
área coberta, através da criação de novas empresas, acompanhadas de uma contínua evolução
de equipamentos. Esta expansão permite uma elevada capacidade de resposta para o fabrico de
moldes e consequentemente o aperfeiçoamento do produto final.
Atualmente a Simoldes Aços tem 207 postos de trabalho e 98% da sua atividade é para o setor
automóvel. Os principais clientes da empresa são países como a Alemanha com 35% da
produção, seguindo-se a França com 25% e Espanha com 10%. Em 2013 o volume de negócios
ronda os 20 milhões de euros na Simoldes Aços. O total de faturação das 27 empresas que hoje
constituem o Grupo Simoldes, foi de 500 milhões de euros em 2013.
2.4. Processo Produtivo da Empresa
O processo produtivo da empresa Simoldes Aços está dividido em 4 fases distintas.
1. Fase: Orçamentação.
Depois da apresentação do desenho ou modelo tridimensional da peça que o cliente pretende, é
elaborado um estudo preliminar de conceção e dos materiais necessários ao molde. Um cálculo
das horas de trabalho necessárias em cada projeto também faz parte do estudo. Estes estudos
permitem ao setor comercial o cálculo do orçamento para determinado molde que é
posteriormente fornecido ao cliente.
2. Fase: Conceção e Desenvolvimento.
Perante uma encomenda confirmada pelo cliente, o departamento de estudos e desenvolvimento
realiza um desenho preliminar do molde. Este desenho sofre de uma aprovação do cliente para
comentários e por isso é enviado ao mesmo. Mediante aprovação do cliente, iniciasse quase
paralelamente ao projeto a construção do molde. Posteriormente o departamento de engenharia
de sistemas produz a definição matemática das zonas que definem as formas da peça,
recorrendo para isso a softwares de CAD e CAM. Por fim são simulados os percursos de
ferramentas que modelem o aço de acordo com as formas pretendidas pelo cliente.
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CAPÍTULO 2 A Empresa
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3. Fase: Produção.
Após a realização do planeamento relativo ao processo produtivo, inicia-se a organização da
matéria-prima necessária ao molde. Dá-se então início à maquinação das formas do molde
através da gravação dos diferentes componentes (machos, cavidades, movimentos e postiços).
As máquinas usadas no processo de produção são fresadoras CNCs, tornos, mandriladoras e
também máquinas de eletroerosão. Componentes do molde que não constituem zonas
moldastes, tais como placas de extração, placas de encosto, calços, entre outras são produzidos.
Após o fabrico individual e único de todos os componentes, transforma-se um aglomerado de
componentes num molde. Esta fase é caracterizada por ser uma operação com uma vigorosa
componente de trabalho humano. Os principais componentes/subsistemas criados/introduzidos
são os seguintes:
Extração;
Refrigeração;
Elétrico;
Hidráulico.
Já numa fase de acabamento do produto final, executasse o polimento de espelho ou rugosidade
das superfícies moldantes para obtenção do aspeto final das peças de plástico injetadas. Depois
do acabamento, o molde é ensaiado em máquinas de injeção de plástico tendo como objetivo a
verificação do bom funcionamento do molde e a aquisição de peças plásticas para a validação
dimensional e aspeto estético. Já numa fase final e posterior ao ensaio, o molde aguarda o
consentimento por parte do cliente ou o pedido de alterações com vista a corrigir imperfeições.
4. Fase: Expedição.
Esta última fase é caracterizada por um acondicionamento próprio em encaixotamento
reforçado, posteriormente enviado para o cliente. Conforme o país a que se destina e a
necessidade de prazos de entrega de produção, o molde segue o seu percurso por via terrestre,
marítima ou aérea.
2.5. Layout da Empresa
O layout da empresa Simoldes Aços é visível na figura 2.10 (página seguinte). Nesta é possível
verificar que a empresa é constituída por 4 naves de fabrico, e correspondentes áreas de
escritórios. Os equipamentos de fabrico estão reunidos por gama tecnológica e por tipo de
componentes que produzem. As 29 máquinas de fresagem CNC, assinaladas a azul claro,
permitem perceber o tipo de indústria desta empresa. A organização da maquinaria da empresa
nesta configuração permite um aumento de capacidade de trabalho bem como um bom
planeamento de produção.
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CAPÍTULO 2 A Empresa
MEE ˗ Alexandre Pereira 13
Figura 2.10 ˗ Layout da Simoldes Aços.
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CAPÍTULO 3 Estado De Arte
MEE ˗ Alexandre Pereira 15
3. ESTADO DE ARTE
3.1. Caracterização dos meios / equipamentos.
A empresa Simoldes Aços dedica-se à produção de moldes. Para este tipo de indústria a
maquinaria mais utilizada são fresadoras CNCs. Estas máquinas são usadas para a maquinação
de blocos de aço (figura 3.1), que após diferentes técnicas e trabalho dos colaboradores dão
origem a moldes.
Figura 3.1 ˗ Blocos de aço para posterior maquinação.
3.1.1. Características
Na empresa Simoldes Aços existem diferentes máquinas de fresagem CNC. Para a execução
do trabalho os colaboradores inserem programas previamente elaborados nos controladores das
máquinas através dos seus controlos. Os controlos da máquina juntamente com a programação
desenvolvida são responsáveis por “guiar” a máquina durante os diferentes períodos de
trabalho.
O interface entre homem e máquina é efetuado num computador presente na máquina que
possui um software próprio.
Existem diferentes “tamanhos” e construtores de máquinas, estando entre as maiores as
desenvolvidas pela construtora Rambaudi. Na Simoldes Aços existem os modelos 1400, 1200,
800, 600, RX da construtora Rambaudi. Exemplo de outros fabricantes de máquinas de
fresagem CNC são Depojet, Depocut, Trimil e Versamatic que também se encontram na
unidade fabril Simoldes Aços.
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CAPÍTULO 3 Estado De Arte
16
3.1.2. Comandos
Devido à quantidade de máquinas e modelos diferente os comandos utilizados para as controlar
são vários. Este facto está diretamente relacionado com a idade da máquina. Quanto mais
recente é a máquina, mais recente é o comando e vice-versa. Assim quanto mais antigo é o
comando, mais difícil é extrair informação da máquina. Os diferentes comandos das fresadoras
CNCs presentes na empresa Simoldes Aços são os presentes na tabela 1:
Antigos Recentes
Fidia F1. Fidia M1.
Heidenhain TNC 155. Fidia CRX.
Heidenhain TNC 415. Fidia C20.
Selca. Heidenhain TNC 426.
Heidenhain TNC 530.
Tabela 1 ˗ Comandos presentes na empresa Simoldes Aços.
3.1.3. Registos Efetuados
Nesta secção, são apresentados os diferentes tipos de registos efetuados na empresa.
Os registos efetuadas anteriormente ao desenvolvimento deste projeto eram efetuados
manualmente. Destacam-se os registos documentais, informático e de observação.
3.1.3.1. Documental
A informação disponível sobre os diferentes estados das máquinas anteriormente ao
desenvolvimento deste projeto, era possível devido a um registo manual efetuado num
documento (“Registo de tempos”), por parte do colaborador responsável pela máquina. Esta
forma de registo de informação ainda é efetuada em máquinas que não tem o Tracker instalado.
Este tipo de registo provoca/potencia a que a informação recolhida não seja a mais credível.
Um dos potenciais fatores é a falta de rigor por porte dos colaboradores a quando do registo das
operações realizadas na produção. A falta de rigor no registo de operações resulta numa análise
imprecisa.
3.1.3.2. Informático
Posteriormente aos colaboradores realizarem o registo manual no documento “Registo de
tempos” é obrigatório realizar a atualização da base de dados informática (através de uma
aplicação) que contém o histórico de tempos associados à execução dos diferentes moldes. Esta
atualização de registos é feita individualmente e de forma manual. O processo da atualização
da base de dados, tem como base a informação do registo de tempos, acarretando/traspondo a
falta de rigor dos registos realizados anteriormente para a base de dados.
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CAPÍTULO 3 Estado De Arte
MEE ˗ Alexandre Pereira 17
3.1.3.3. Observações
A forma como são efetuados os registos na empresa Simoldes Aços, registos manuais, traduz-
se num processo demorado e impreciso. Como consequências diretas deste tipo de registo
podem-se destacar os seguintes:
1. Inexistência de controlo em tempo real dos diferentes estados de cada máquina;
2. Escassez de informação sobre taxas de ocupação de maquinaria, o que se traduz a nível
de gestão e planeamento numa dificuldade acrescida;
3. Registos imprecisos associados a execução de diferentes componentes do molde.
3.2. Tecnologia Antecessora
Nesta secção pretende-se expor todas as formas e tecnologias que foram testadas/aplicadas para
o registo dos diferentes estados das máquinas na empresa Simoldes Aços. Assim vão ser
analisados três formas de controlo: A observação “OneShot”, Conjugação de um software e
hardware de uma empresa externa e o Tracker PLC.
3.2.1. Observação “OneShot”
Apesar de ser uma forma bastante simples e utilizada desde os primórdios da indústria em geral,
foi similarmente realizada pela minha pessoa no decorrer do estágio. Esta forma de registo de
informação é apresentada da seguinte forma: Um colaborador da empresa passa pelas diferentes
máquinas e analisa o estado em que estão (a trabalhar ou paradas), apontando essa informação
num documento. Mais tarde a informação é transcrita para ficheiros informáticos que permitem
realizar diferentes estudos e análises. A figura 3.2 (página seguinte) representa os dados
recolhidos durante o estágio. Nesta figura (3.2) a indicação de máquina a trabalhar corresponde
a “1”, assinalada com a cor verde e a indicação de máquina parada corresponde a “0”, assinalado
com a cor vermelha. É também possível verificar a percentagem de ativação correspondente a
cada máquina.
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CAPÍTULO 3 Estado De Arte
18
A figura seguinte (3.2), apresenta os dados recolhidos da observação “OneShot”.
Figura 3. 2 ˗ Dados recolhidos durante o estágio.
Dia
hora 10:40 15:00 16:45 8:30 11:30 14:30 16:30 9:00 11:15 13:45 16:00 8:45 11:45 14:30 16:45 9:00 13:30 16:40 9:30 11:55 15:45 8:20 12:20 15:30 16:35 9:20 12:15 15:30 9:00 13:50 16:40 10:55 16:30 9:20 10:55 16:05 8:55 14:05 11:00 15:15 8:50 11:20 15:30 13:50 16:55 11:05 16:50
CNC 0 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 25 47 53%
CNW 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 23 47 49%
CNG 1 1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 15 47 32%
CNI 1 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 18 47 38%
CNS 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 0 1 13 47 28%
CNT 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 1 0 1 24 47 51%
CNU 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 24 47 51%
CNV 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 0 18 47 38%
CNX 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 20 47 43%
CNY 0 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 20 47 43%
CNJ 0 0 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 17 47 36%
CNK 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 19 47 40%
CNL 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 47 34%
CNM 1 1 1 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 20 47 43%
CNN 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 10 47 21%
HSC 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 38 47 81%
HSD 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 1 1 32 47 68%
HSB 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 38 47 81%
CNE 0 0 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 17 47 36%
HSA 1 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 27 47 57%
CNB 1 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 30 47 64%
CNP 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 27 47 57%
CNO 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 19 47 40%
HSH 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 39 47 83%
FI 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 22 47 47%
FM 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 26 47 55%
HSG 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 0 36 47 77%
HSF 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 37 47 79%
CNA 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 29 47 62%
FB 0 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 15 47 32%
HSE 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0 27 47 57%Media/
leitura 42% 55% 58% 55% 48% 52% 52% 52% 58% 68% 42% 42% 48% 55% 58% 42% 55% 58% 58% 48% 42% 45% 45% 42% 48% 65% 35% 65% 55% 71% 52% 45% 35% 71% 48% 58% 55% 55% 52% 48% 42% 58% 42% 42% 52% 32% 45%
Leituras P. 13 17 18 17 15 16 16 16 18 21 13 13 15 17 18 13 17 18 18 15 13 14 14 13 15 20 11 20 17 22 16 14 11 22 15 18 17 17 16 15 13 18 13 13 16 10 14
19/mar 20/mar 23/mar 24/mar 26/mar 2/abr27/mar 30/mar 31/mar 1/abr 7/abr 8/abr 9/abr 10/abr 13/abr 14/abr
-
CAPÍTULO 3 Estado De Arte
MEE ˗ Alexandre Pereira 19
Na figura 3.3 é possível verificar a quantidade total de máquinas com maior e menor ativação
de trabalho. O número de máquinas a trabalhar considerado ideal, é entre 20 a 24 máquinas.
Esta condição não se verifica. Ao invés disso, a quantidade de máquinas que está em simultâneo
a trabalhar é entre 13 a 18 máquinas. Esta faixa situasse numa escala intermédia de ativação
pretendida.
Figura 3.3 ˗ Ativação e paragem de maquinaria.
Na figura 3.4 está apresentada de forma gráfica a informação presente na figura 3.3
Figura 3.4 ˗ Representação grafica de ativação e paragem de maquinaria.
Máquinas Ativas Numero de vezes
10 1
11 2
12 0
13 9
14 4
15 6
16 6
17 7
18 7
19 0
20 2
21 1
22 2
23 0
24 0
-
CAPÍTULO 3 Estado De Arte
20
3.2.2. Software e Hardware em Testes
Antes da realização deste projeto, a empresa envergou pela procura de soluções já
desenvolvidas no mercado. Empresas especializadas neste tipo de soluções disponibilizaram-
se para ensaios, o que permitiu perceber à empresa Simoldes Aços a importância deste tipo de
produtos na indústria atual. O software e hardware permitiam o acesso à informação sobre os
tempos de paragem, avanço da ferramenta, designação dos componentes, tipo de operação,
duração da operação, entre outros. Todos os dados referidos eram registados e estavam
disponíveis para uma posterior análise.
Na figura 3.5 é visível a informação guardada por esta solução. Cada barra horizontal
corresponde a uma máquina, onde a cor verde assinala a máquina a trabalhar e a amarela indica
os tempos de paragem. A barra vermelha aparece cada vez que a máquina não está a trabalhar,
simbolizando um tempo de paragem não justificado. Posteriormente o operador tem a
responsabilidade de justificação deste período de paragem, através de seleção de paragem no
programa.
Figura 3.5 ˗ Informação apresentado por software em teste.
Para o uso desta solução foi necessário nos comandos mais antigos realizar a modificação de
ficheiros dos comandos, realizado pela FIDIA quando aplicável, e o acréscimo de hardware
(placas eletrónicas) ao quadro de controlo das máquinas. Estas alterações foram implementadas
pela empresa detentora do software.
3.2.3. Tracker PLC
O projeto “Tracker PLC”, surge na empresa na sequência dos projetos anteriores e devido à
necessidade cada vez mais presente da informação relativa aos estados em que as máquinas se
encontram juntamente com percentagens de ativação das mesmas.
Com este propósito foi selecionado um autómato industrial, Micrologix 1100 (Figura 3.6) para
o desenvolvimento do projeto Tracker PLC.
Figura 3.6 ˗ Autómato industrial, Micrologix 1100. [35]
-
CAPÍTULO 3 Estado De Arte
MEE ˗ Alexandre Pereira 21
A utilização de um autómato neste projeto está diretamente ligada ao facto de a sua lógica ser
programável podendo executar diferentes funções de acordo com as necessidades da empresa.
Para além desta mais-valia, outra, é a sua integração em redes indústrias típicas (Modbus /
Device Net / Profibus / AS-I) ou através de utilização da rede ethernet. Os dados recolhidos são
facilmente transmitidos para um sistema operativo tipo Windows.
O autómato selecionado permitia realizar monitorização em tempo real, executar ligações de
sinais digitais e analógicos de uma máquina, aquisição e processamento de dados, entre outras.
Com as tecnologias anteriores foi possível saber as percentagens de ativações das máquinas.
No entanto estas soluções por demasiado simplistas ou dispendiosas foram colocadas em
“standby”. O projeto apresentado e o relatório presente insere-se no contexto da necessidade de
desenvolvimento de uma solução que desse resposta à necessidade de informação relativa aos
diferentes estados das máquinas. No capítulo seguinte (capítulo 4) é descrito o processo de
desenvolvimento da solução interna e definições teóricas relativas ao projeto inserido no
estágio.
-
CAPÍTULO 4 Projeto Tracker
MEE ˗ Alexandre Pereira 23
4. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO TRACKER
4.1. Projeto Tracker
4.1.1. Descrição
O projeto Tracker integra-se nas atividades da empresa no controlo do processo de fresagem,
através da definição e identificação dos diferentes estados das máquinas fresadoras CNCs.
Caracteriza-se este projeto pela identificação de diferentes modelos de máquinas, dificuldades
encontradas, procura de soluções para o controlo do processo de fresagem, a implementação de
soluções e o envio de informação correspondente aos estados das máquinas para a rede interna
da empresa.
4.1.2. Objetivos
Os principais objetivos são a identificação dos diferentes estados, tais como Maquinação, Setup
e Paragem e o envio destes para a rede interna da unidade fabril. Objetivo também do projeto
são as diferentes informações resultantes complementares dos estados anteriores que
contribuem de forma significativa para um melhor conhecimento do processo produtivo de
fresagem CNC da unidade fabril.
Numa primeira fase o objetivo do projeto Tracker passava apenas pela instalação e testes
funcionais numa máquina CNC. No entanto com o decorrer do estágio o projeto foi expandido
para duas máquinas CNC (descritas na secção seguinte).
4.2. Caracterização das Máquinas
Os equipamentos envolvidos neste projeto são máquinas de fresagem CNC, para maquinação
de pequenos e médios componentes da construtora Rambaudi modelo 800.
Fundada em 1945 a Rambaudi (Figura 4.1) assinalou a história de máquinas de fresagem CNC,
com máquinas de fresagem e os seus centros de fresagem.
Figura 4.1 ˗ Logótipo da RAMBAUDI. [36]
Em 2010, a marca Rambaudi juntou-se ao Grupo Fair, (um dos maiores fabricantes mundiais
de máquinas de fresagem), encontrando-se presentemente no mercado como um parceiro
altamente bem qualificado/equipado e de confiança para o fornecimento de uma gama bastante
alargada de equipamentos, desde máquinas de alta velocidade, máquinas de incremento de alta
capacidade com 3 + 2, 5, 6 eixos e muitas outras soluções.
Na Figura 4.2 eFigura 4.3 é apresentado um esquemático das máquinas na vista frontal e de
topo. Na vista frontal são identificados os eixos X e Z, a base de apoio da máquina, a mesa de
movimento (eixo X) e a árvore (eixo Z) onde se encontra o motor elétrico.
-
CAPÍTULO 4 Projeto Tracker
24
Vista frontal:
Figura 4.2 ˗ Vista frontal de máquina CNC.
Na vista de topo é assinalado o eixo Y na mesa da máquina, o quadro de controlo, o comando
da máquina, a cablagem entre o quadro de controlo e a máquina e novamente a árvore.
Vista de topo:
Figura 4.3 ˗ Vista de topo de máquina CNC.
Eixo X
Eixo Z
Árvore
Mesa
Base da Apoio
Eixo Y
Mesa Árvore
Quadro de controlo
Cablagem
Comando
-
CAPÍTULO 4 Projeto Tracker
MEE ˗ Alexandre Pereira 25
4.2.1. Rambaudi 800 (CNC)
A máquina Rambaudi 800, cuja terminação adotada na unidade fabril é CNC, é uma máquina
de fresagem CNC, com 3 graus de movimentos (X,Y,Z) produzindo componentes médios e
pequenos. O fabricante desta máquina foi a RAMBAUDI Industriale S.P.A., e o seu ano de
fabrico em 2002. Na Figura 4.4 é visível a máquina, na instalação fabril, bem como a sua
localização no layout da empresa Simoldes Aços.