crescimento bacteriano

74
CRESCIMENTO BACTERIANO 1 Prof. Gildemar Crispim Microbiologia Médica

Upload: gildo-crispim

Post on 07-Jul-2015

3.807 views

Category:

Documents


6 download

TRANSCRIPT

CRESCIMENTO BACTERIANO

1

Prof. Gildemar CrispimMicrobiologia Médica

Requerimento nutricional

• As bactérias necessitam de uma FONTE DE CARBONO E NITROGENIO, FONTE DE ENERGIA, ÁGUA e vários ions para seu crescimento

2

CULTURA = ISOLAMENTO DE GERMES

DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS

Fontes de Nutrientes

3

Carbono: CO2, carboidratos, aminoácidos, etc.

Nitrogênio: N2, NH3 (amonia), NO3(Nitrato), aminoácidos, etc.

Enxofre: SO4(sulfato), cisteína(proteína), vitaminas, etc.

Fontes de Nutrientes

4

FÓSFORO: PO4 e nucleotídeos.

Minerais: Fe, Ca, Mg, Mn, Zn, K, Na, Cl, etc.

Fatores de crescimento: vitaminas, aminoácidos, nucleosídeos. (citosina, adenina, guanina, timina ou uracila)

CONDIÇÕES DE CULTIVO

• TEMPERATURA• D.B.O (Demanda Bioquímica de

Oxigênio)• TEMPO DE INCUBAÇÃO• PRESSÃO OSMÓTICA• UMIDADE• pH

5

TEMPERATURA DE INCUBAÇÃO

•Psicrófilos = 12 a 17ºC•Mesófilos = 30 a 40 ºC•Termófilos = 57 a 87ºC

6

Arqueobacter = 250 – 350ºCArqueobacter = 250 – 350ºCPsicrotrófico = deteriorização Psicrotrófico = deteriorização dos alimentosdos alimentos

D.B.O – Demanda Bioquímica de O2

• FACULTATIVAS: Staphylococcus sp.

• ANAERÓBIOS: Clostridium tetani

• AERÓBIOS: M. tuberculose

7

CAMPINOFÍLICOS = Cresce em CO2

8

D.B.O – Demanda Bioquímica de O2

• MICROAERÓFILAS: Campylobacter jejuni, Neisseria meningitide

• AEROTOLERANTES: Enterococcus, faecalis

9

CAMPNOFÍLICOS = Cresce em CO2

PRESSÃO OSMÓTICA

MEIO• ISOTÔNICO• HIPOTÔNICO• HIPERTÔNICO

10

Bactérias halofílicas obrigatórias ( 30 % )Bactérias halofílicas obrigatórias ( 30 % )Bactérias halofílicas facultativas ( 2% )Bactérias halofílicas facultativas ( 2% )

Ágar Chapman-Stone para S. aureus

Ambientes com alta concentração de sais

TEMPO DE INCUBAÇÃO

11

Tempo de Geração= Tempo de Geração= Tempo necessário para Tempo necessário para uma célula se dividir (dobro)]uma célula se dividir (dobro)]

Geralmente 1 a 3 Geralmente 1 a 3 HH(( E. coli E. coli 20 min.)20 min.)

Representação Representação logarítma ( Yx)logarítma ( Yx)TG

CRESCIMENTO E REPRODUÇÃO

• Crescimento Microbiano: É o aumento do número de indivíduo e não o aumento de tamanho de uma determinada célula.

12

REPRODUÇÃOREPRODUÇÃO : É : É a perpetuação das a perpetuação das espécies de espécies de bactérias pelo bactérias pelo processo de divisão processo de divisão binária, Cisciparidadebinária, Cisciparidade

Divisão Bacteriana

13

14

No de bactérias/ml

Tempo

Fase de latênciaFase de crescimentoExponencial (fase log)

CURVA TÍPICA CRESCIMENTO BACTERIANOCURVA TÍPICA CRESCIMENTO BACTERIANO

Fase estacionária

Fase de decréscimo do número de bactérias (fase lag)

Número de Bactérias Totais

15

MEIOS DE CULTURA UTILIZADOS NA ROTINA

BACTERIOLÓGICAS

16

MEIOS DE CULTURA

17

São misturas de nutrientes São misturas de nutrientes necessários ao crescimento necessários ao crescimento microbiano que deve conter a microbiano que deve conter a fonte de energia e de todos os fonte de energia e de todos os elementos imprescindíveis à elementos imprescindíveis à vida das células. vida das células.

MEIOS DE CULTURA

18

A formulação deve levar em A formulação deve levar em conta o t ipo nutri t ivo ao qual conta o t ipo nutri t ivo ao qual o microorganismo pertence, o microorganismo pertence, considerando – se a fonte de considerando – se a fonte de energia, o substrato doador energia, o substrato doador de elétrons e a fonte de de elétrons e a fonte de carbono.carbono.

FATORES DE CRESCIMENTO

• Também é imprescindível acrescentar ao meio vitaminas, cofatores e aminoácidos quando estes compostos não são sintetizados pelo microorganismo que se deseja cultivar.

19

Tipos de Meios de Cultura

Meio Quimicamente Definido Meio AR-103

Meio Complexo. Ex. ágar sangue

Meio Seletivo Ex. ágar Chapman Stone, ágar EMB

20

Tipos de Meios de Cultura

Meio Diferencial. Ex. ágar SSMeio de Enriquecimento. Caldo Verde BrilhanteMeio de Transporte. Ex. Meio de Stuart

21

MEIOS DE TRANSPORTE

• MEIO DE STUART• CARY BLAIN = Transporte para fezes• ROSA DUDET = Transporte para

Micoplasma• MEIO DE LIGNIER

22

COPROCULTURA

• ÁGAR E.M.B (Eosina Blue Metioleno)• ÁGAR MAC CONKEY• ÁGAR SS ( Salmonella-Shigella)• CALDO TETRATIONATO• SKIRROW = CAMPYLOBACTER

23

UROCULTURA

• ÁGAR CLED (Contagem de colônias)• ÁGAR MAC CONKEY• BROLACIN• ÁGAR SANGUE

24

CULTURA DE SECREÇÕES

• ÁGAR SANGUE• ÁGAR CHOCOLATE• ÁGAR THAYER MARTIN (GONOCOCOS)• CALDO BHI• CALDO TIOGLICOLATO (anaeróbios)

25

CULTURA PARA ANAEROBIOS

• CALDO TIOGLICOLATO• Agar Sangue para Anaeróbios (ASA)• ASA + álcool feniletila, • ASA + kanamicina + vancomicina• Agar cicloserina-cefoxitina—frutose,

Caldo tioglicolato enriquecido

26

CULTURA PARA TUBERCULOSE

• Descontaminação prévia (Petrof, Lauril sulfato de sódio)• Meio de Lowenstein-Jensen: ovo

coagulado• Middlebrook 7H10 - Meio à base de

ágar27

MICOBACTERIUM TUBERCULOSIS

28

BACTÉRIAS NÃO CULTIVÁVEIS:

• MYCOBACTERIUM LEPRAE• TREPONEMA PALIDUM• RIQUÉTSIAS

29

CULTURA PARA FUNGOS

• ÁGAR SABOURAND• MICOSEL• ÁGAR B.D.A (ÁGAR DEXTROSE-

BATATA)

30

MEIOS PARA TRICHOMONAS

• MEIO DE KUPFERBERG• MEIO DE ROISON• MEIO DE DIAMOND

31

S.Aureus em ÁGAR SANGUE

32

ÁGAR SANGUE

33

ÁGAR SANGUE

• O sangue é adicionado a temperatura de 40ºC no ágar base ou ágar Mueller-Hinton. As hemácias são preservadas íntegras

Meio de enriquecimento

34

ÁGAR CHOCOLATE

• O SANGUE QUANDO AQUECIDO A 56ºC LIBERA DIVERSAS SUBSTÂNCIAS QUE FUNCIONAM COMO FATORES DE CRESCIMENTO

35

Cultura para Neisserias

ÁGAR SS (Salmonella & Shigella)

36

AS COLÔNIAS NEGRAS INDICAM A PRODUÇÃO DE H2S PELAS SALMONELLAS

TCBS CHOLERA MEDIUM

1-V. Cholerae

37

Incubação: 24hs em 35ºC

38

1- Morfologia das colônias;

2-Forma, Coloração de Gram,

Arranjo, Motilidade, Catalase;

3-Modo de fermentação da glicose

(carboidratos) e perfil bioquímico;

4-Fatores de crescimento;

5-Disponibilidade de oxigênio;

CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS

39

6-Testes de produção de gás;

7-Tolerância ao sal, pH e bile;

8-Crescimento em determinadas

temperaturas (máxima e mínima);

9-Condições do ácido láctico

produzido;

40

10-Tipos de bacteriófagos;

11-Hidrólise da Arginina;

12-Formação de Acetoina

(Acetilmetilcarbinol);

13-Fermentação butilenoglicólica;

14-Tipo de hemólise;

15-Produção de polissacarídeos

extracelulares;

41

16-Tipagem sorológica;

17-Presença de enzimas e

antígenos na superfície celular;

18-Perfil eletroforético de

proteínas;

19-Atividade antimicrobiana;

20-Lipídeos e constituintes da

parede celular

42

Car

acte

ríst

icas

cul

tura

is d

as

bact

éria

s

43

Car

acte

ríst

icas

cul

tura

is d

as

bact

éria

s

Características das Colonias

• 1.Qto ao BRILHO: TRANSPARENTE, TRANSLUCIDA OU OPACA• 2.Qto a COR: INCOLOR OU PIGMENTADA• 3.Qto ao ASPECTO:VISCOSA, ÚMIDA,

FILAMENTOSA, ETC,

44

45

Crescimento em tubo de agar inclinado

46

47

Meios para Provas Bioquímicas

48

50

Fermentação da carboidratos

Tube 1:Culture en WW (rose) Tube 2:Lait Tube 3:Type respiratoire anaerobi (WW profond) Tube 4:Glucose Tube 5:Saccharose

Tube 6:Lactose Tube 7:Glycerol Tube 8:Mannitol Tube 9:Amidon Tube 10:Indole Tube 11:Nitrate

53

54

55

ÁGAR MUELLER-HINTON

56

CRESCIMENTO CONFLUENTE UTILIZADO NO ANTIBIOGRAMA

PROVA DA OPTOQUINA

57

PREPARAÇÃO DO MEIO

• 1-PESAGEM• 2-DISSOLUÇÃO• 3-ESTERILIZAÇÃO• 4-DISTRIBUIÇÃO• 5-TESTE DE ESTERILIDADE

58

DISSOLUÇÃO

• A FRIO = MEIO LIQUIDO (CALDO, INFUSO)

• A QUENTE = MEIO SÓLIDO (ÁGAR-ÁGAR)

59

Tubos

Placas

ESTERILIZAÇÃO

• AUTOCLAVE = 121ºC por 15 a 20min

(Substância termoestável)

60

ESTERILIZAÇÃO

• FILTRAÇÃO = Membrana milipore

(Substâncias termolábil: Soro, vitaminas, antibióticos, açucares, etc)

61

SEMEADURA

62

SEMEADURA

• Princípio: Uma população microbiana, sob condições naturais, contém muitas espécies diferentes. Os microbiologistas devem ser capazes de isolar, enumerar, e identificar os microrganismos em uma amostra, para então classificá-los e caracterizá-los.

63

Técnicas de Semeadura

• ESGOTAMENTO• ESPALHAMENTO “POUR PLATE” • ESPALHAMENTO POS PLATE

64

Técnica de Esgotamento

• A mais utilizada para isolamento de germes em meio sólido (ágar sangue, ágar EMB, etc ), onde se utiliza uma alça de platina, previamente flambada e esfriada

65

Técnica de Esgotamento

• Com a alça de platina, tocar suavemente na amostra.• Passar a alça sobre o meio de cultura

em movimento de zigue-zague sem sobrepor as linha e sem recarregar a Alça.• Incubar as placas a 37ºC por 24 a 48

horas66

Técnica de Esgotamento

67

Incubar na estufa

68

Col

ônia

s is

olad

as

• COLÔNIAS QUE SURGEM FORA DOS RISCOS DA ALÇA

69

SUGEREM POSSÍVEIS CONTAMINANTE

Espalhamento “Pour Plate”

• Consiste em fazer uma prévia diluição da amostra e colocar em uma placa de Petri vazia e depois derramar o meio sobre a amostra e agitar para homogenizar a amostra diluída com o meio de cultura.

70

Cultura de urina = Contagem de colônias (UFC/ml)

Espalhamento “Pour Plate” Fazer diluição seriada da amostra, ex. 1/10,

1/100 e 1/1000. Colocar 1 ml de cada diluição em uma placa de

Petri estéril Fundir 10 ml de meio sólido e refriar a 65ºC Derramar sobre a amostra na placa e aplicar

movimentos suaves na placa para misturar a amostra com o meio;

Esperar o meio solidificar novamente e incubar as placas a 37ºC por 24 a 48 hora

71

Espalhamento Pos Plate

• Consiste em colocar a amostra (diluida ou não) sobre o meio com auxilio da alça de platina calibrada e espalhar por toda placa.• Pode-se também colocar um volume

conhecido (10ul) com pipeta automática e espalhar com alça de Drigalsky.

72

Contagem de Bactérias Viáveis

73

Recomendações Para Semeadura• Todo processo deve ser feito em ambiente limpo

e desinfectado, próximo de uma chama “azul” de um bico de Bunsen, ou então dentro de uma câmara de fluxo laminar;

• Alça de platina utilizada para semear, deve ser flambada antes e depois da semeadura;

• As placas semeadas devem ser incubadas com tampa invertida para não haver transpiração do meio sobre a tampa

74