cp-010 2013 r02 cópia não controlada intranet · linha de distribuiÇÃo de alta tensÃo - ldat...

60

Upload: phunglien

Post on 03-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

DIRETORIA TÉCNICA PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DA REDE

CCPP

-- 0011 0

0 //22 0

0 1133

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010/2013 R-02 LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

FOLHA DE CONTROLE

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

CP-010

I

02

JUN/2013

APRESENTAÇÃO

O presente Critério de Projeto CP-010/2013 R-02 apresenta as diretrizes e requisitos mínimos a serem atendidos nos projetos de Linhas de Distribuição Aéreas de Alta Tensão a serem construídas nas áreas de concessão da Coelce, onde por padronização iremos considerar a sigla LDAT, além de substituí o Critério de Projeto CP-010/2005 R-01.

Na concepção e elaboração do projeto de LDAT deve ser levada em consideração à necessidade de oferecer aos consumidores da Coelce uma energia confiável, segura e com qualidade dentro dos padrões requeridos pelos órgãos reguladores.

No projeto de LDAT, deve ser dada especial atenção à segurança e estética, de modo que o sistema elétrico de potência seja seguro, apresente um bom aspecto visual e esteja integrado ao meio ambiente.

Esta Norma pode, a qualquer momento, ser modificada por razões de ordem técnica ou legal, motivo pelo qual os interessados devem periodicamente, consultar a Coelce quanto às eventuais alterações.

Quaisquer sugestões para melhoria devem ser remetidas a Área de Normas de Distribuição para apreciação e posterior aprovação.

Elaboração: Keyla Sampaio Câmara Área de Normas de Distribuição

Raimundo Furtado Sampaio

Revisão: Felipe Leite Cardoso dos Santos Área de Normas de Distribuição

Equipe de Consenso: Keyla Sampaio Câmara Área de Normas de Distribuição

Luis Manoel Cruz Área Manutenção da Rede AT - Fortaleza e Metropolitana

Marcos Henrique Maciel Área de Engenharia da Rede AT

Raphael Forte Feijó Barros Área de Construção de Obras Rede AT

Raquel Santos Gondim Área de Normas de Distribuição

Samy Dias Auad de Queiroz Área de Engenharia da Rede AT

Apoio: Matheus Sousa Lucena Área de Normas de Distribuição

Sandra Lúcia Alenquer da Silva Área de Normas de Distribuição

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

CP-010

II

02

JUN/2013

S U M Á R I O

1 OBJETIVO ............................................................................................................................................. 1

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................................. 1

3 ABRANGÊNCIA .................................................................................................................................... 2

4 DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................................................ 2

4.1 GERAL .................................................................................................................................................... 2

4.2 FUNCIONALIDADE DAS INSTALAÇÕES .......................................................................................................... 2

4.3 TECNOLOGIA ............................................................................................................................................ 2

4.4 MEIO AMBIENTE ....................................................................................................................................... 3

4.5 CONDIÇÕES DE TRABALHO ........................................................................................................................ 3

4.6 CONFIABILIDADE E CUSTOS ....................................................................................................................... 3

4.7 CUMPRIMENTO DAS NORMAS E REGULAMENTAÇÕES .................................................................................... 3

5 CONDIÇÕES DE SERVIÇO ................................................................................................................... 4

5.1 CONDIÇÕES AMBIENTAIS ........................................................................................................................... 4

5.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA ELÉTRICO ...................................................................................... 4

6 PLANEJAMENTO E PROJETO DE LDAT ............................................................................................. 5

6.1 GERAL .................................................................................................................................................... 5

6.2 PLANEJAMENTO BÁSICO ............................................................................................................................ 5

6.3 PROJETO DE ATERRAMENTO DAS ESTRUTURAS ........................................................................................... 9

7 PROJETO ELETROMECÂNICO .......................................................................................................... 10

7.1 CONDUTORES ........................................................................................................................................ 10

7.2 APLICAÇÃO DO PADRÃO DE ESTRUTURA ................................................................................................... 12

7.3 POSTEAMENTO....................................................................................................................................... 15

7.4 ESTAIAMENTO ........................................................................................................................................ 18

7.5 ATERRAMENTO....................................................................................................................................... 18

7.6 INDICADOR DE FALTA .............................................................................................................................. 19

7.7 TRAVESSIAS E DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA .............................................................................................. 20

8 PROJETO ............................................................................................................................................ 22

8.1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO .................................................................................................................. 23

8.2 ANÁLISE E ACEITAÇÃO DO PROJETO ......................................................................................................... 24

9 EXECUÇÃO, FISCALIZAÇÃO E COMISSIONAMENTO ...................................................................... 24

9.1 PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO .............................................................................................................. 24

9.2 FISCALIZAÇÃO E COMISSIONAMENTO DA OBRA .......................................................................................... 25

9.3 MEDIÇÃO DE ATERRAMENTO NAS FASES DE CONSTRUÇÃO E COMISSIONAMENTO ......................................... 26

ANEXOS ..................................................................................................................................................... 27

ANEXO A – FICHA CADASTRAL DE PROPRIETÁRIOS ............................................................................................ 28

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

CP-010

III

02

JUN/2013

ANEXO B – TERMO DE PERMISSÃO PARA LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ............................................................ 29

ANEXO C – DOCUMENTAÇÃO PARA INDENIZAÇÃO DE FAIXA DE SERVIDÃO DE LDAT .............................................. 30

ANEXO D – RESUMO DE CUSTO DE INDENIZAÇÃO DE LDAT ................................................................................ 31

ANEXO E – MODELO DE MEMORIAL DESCRITIVO................................................................................................ 32

DESENHO 010.01: MODELO ORIENTATIVO – PERFIL PLANIALTIMÉTRICO .............................................................. 38

DESENHO 010.02: TIPOS DE ENGASTAMENTOS DE POSTES ................................................................................ 39

DESENHO 010.03: DETALHES DE ATERRAMENTO – CRUZAMENTO SOBRE CERCA ELETRIFICADA ............................ 40

DESENHO 010.04: INDICADOR DE CORRENTE DE FALHA 72,5 KV PARA LDATS – INSTALAÇÃO EM CABO ................. 41

DESENHO 010.05: TRAVESSIA – MODELO ........................................................................................................ 42

DESENHO 010.06: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – TRAVESSIA SOBRE LOCAIS ACESSÍVEIS APENAS A PEDESTRES OU ONDE CIRCULAM MÁQUINAS AGRÍCOLAS ...................................................................... 43

DESENHO 010.07: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – TRAVESSIA SOBRE RODOVIAS, RUAS E AVENIDAS ........ 44

DESENHO 010.08: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – TRAVESSIA SOBRE FERROVIAS.................................... 45

DESENHO 010.09: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – TRAVESSIA SOBRE ÁGUAS NAVEGÁVEIS OU NÃO NAVEGÁVEIS ........................................................................................................................................... 46

DESENHO 010.10: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – TRAVESSIA SOBRE LINHAS E REDES ............................ 47

DESENHO 010.11: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – LDAT PRÓXIMA A PAREDES, TELHADOS, TERRAÇOS OU SACADAS .................................................................................................................................. 48

DESENHO 010.12: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – LDAT PRÓXIMA A INSTALAÇÕES TRANSPORTADORES, VEÍCULOS RODOVIÁRIOS E FERROVIÁRIOS .......................................................................... 49

DESENHO 010.13: TIPOS DE ATERRAMENTO EM ESTRUTURAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO .................................. 50

DESENHO 010.14: MEDIÇÃO DA RESISTIVIDADE ................................................................................................ 52

DESENHO 010.15: SIMBOLOGIA ....................................................................................................................... 54

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

1/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

1 OBJETIVO Estabelecer os requisitos técnicos mínimos a serem atendidos nos projetos e construção de Linhas de Distribuição Aéreas de Alta Tensão, classe de tensão 72,5kV, na busca das melhores soluções, de forma a assegurar que o desempenho do sistema elétrico da Coelce garanta o fornecimento de energia com confiabilidade, segurança e qualidade.

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS O projeto de LDAT, no que for aplicável, deve estar em conformidade com as Normas Brasileiras da ABNT e demais normas da Coelce.

2.1 Normas Brasileiras - ABNT ABNT IEC/TR 60815, Guia para seleção de isoladores sob condições de poluição; NBR 5422, Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica; NBR 6535, Sinalização de linhas aéreas de transmissão com vistas à segurança da inspeção aérea; NBR 7095, Ferragens eletrotécnicas para linhas de transmissão e subestação de alta tensão e extra alta tensão; NBR 7276, Sinalização de advertência em linhas aéreas de transmissão de energia elétrica – Procedimento; NBR 8664, Sinalização para identificação de linha aérea de transmissão de energia elétrica – Procedimento.

2.2 Documentos Técnicos Coelce CE-002, Serviços de Topografia; DT-042, Utilização de Materiais em Linhas e Redes de Distribuição Aéreas de AT, MT e BT; DT-097; Uso de Emendas em Condutores Elétricos Nus; E-LT-001, Conductores Desnudos para Líneas Aéreas de Alta Tensión; E-LT-002, Aisladores Polimericos para Líneas Aéreas de Alta Tensión; E-SE-004, Seccionadores de Alta Tensión; ET-300, Postes de Concreto Armado; ET-301, Poste de Fibra de Vidro; ET-314, Cruzeta de Concreto Armado para Rede de Distribuição e Linha de Transmissão; ET-500, Isoladores para Redes, Linhas e Subestações; ET-710, Conectores para Redes, Linhas e Subestações; IT-027, Licenciamentos Ambientais para Linhas de Distribuição de Alta Tensão e Subestações de Distribuição; IT-028, Instituição de Servidão Administrativa; IT-029, Projetos de Linhas de Distribuição de Alta Tensão; NT-004, Fornecimento de Energia Elétrica em Alta Tensão – 69kV; NT-006, Compartilhamento de Infraestrutura de Linha de Distribuição Aérea. PE-044, Padrão de LDAT Convencional sem Cabo Para-raios; PE-045, Padrão de LDAT Convencional com Cabo Para-raios; PE-046, Padrão de LDAT Compacta sem Cabo Para-raios; PE-047, Padrão de LDAT Compacta com Cabo Para-raios;

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

2/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

PE-048, Padrão de Estruturas Especiais de LDAT e Detalhes de Instalação; PE-049, Padrão de Circuito Duplo para Linha de Distribuição de AT; PEX-027, Desmatamento e Redesmatamento de Redes de MT e AT (15kV e 72,5kV); PEX-051, Construção e/ou Reforma de Linhas de Distribuição de Alta Tensão; PEX-061, Numeração de Estruturas de Linhas de Transmissão Classe de Tensão de 72,5kV; PEX-097, Implantação ou Recuperação de Defensas de Postes de Linhas Aéreas de Alta Tensão e Redes de Distribuição; PM-01, Padrão de Material; PTO-004, Licenciamento Ambiental;

2.3 Outros Documentos Normativos Resolução CONAMA N.º 237, Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente.

3 ABRANGÊNCIA Os critérios definidos neste documento devem ser de aplicação obrigatória, pelas Áreas de Planejamento, Projetos e Obras, e empresas parceiras da Coelce, em todos os projetos de LDAT (novos, extensões, reformas e melhorias) localizadas nas áreas de concessão da Coelce, respeitando-se o que prescrevem as normas da ABNT e a legislação emanada pelo órgão regulamentador do setor elétrico ANEEL.

4 DISPOSIÇÕES GERAIS 4.1 Geral As LDATs devem ser instaladas, preferencialmente, em domínio público.

Os projetos das LDATs devem ser realizados, aplicando de forma integrada, critérios gerais relacionados a Funcionalidade das Instalações, Tecnologia, Meio Ambiente, Condições de Trabalho, Confiabilidade e Custos, Cumprimento de Normas e Regulamentações existentes.

4.2 Funcionalidade das Instalações Quanto as instalações das LDATs, observar as seguintes funcionalidades: a) disposições físicas que permitam realizar a manutenção, substituição de elementos e ampliações

futuras, com o mínimo de interrupções de serviço; b) para linhas críticas, devem ser buscadas configurações que permitam realizar a manutenção,

substituição e ampliação aplicando técnicas de trabalho em linhas vivas.

4.3 Tecnologia Quanto aos materiais utilizados nas LDATs, devem ser observados os seguintes requisitos: a) a escolha dos materiais deve garantir elevada confiabilidade: a qualidade dos materiais deve

garantir este pré-requisito mediante as condições, critérios e exigências definidos nas Especificações Técnicas e Padrões de Materiais da Coelce nos quais se baseiam os ensaios exigidos nas normas aplicadas;

b) escolha de materiais que necessitem de baixa ou nenhuma manutenção; c) os materiais devem ter características padronizadas e corresponder aos das linhas normais de

fabricação; d) incorporação de materiais com nova tecnologia somente quando se tenha demonstrada suficiente

experiência em linhas em operação, e estejam devidamente homologados pela Coelce.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

3/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

4.4 Meio Ambiente Antes da elaboração do projeto, é de fundamental importância que o projetista visite o local da obra para que se conheçam as dimensões dos problemas de integração da LDAT com o meio ambiente e sejam estudadas as melhores alternativas para que o projeto apresente a maior integração possível com o meio ambiente e cumpra a legislação em vigor.

O projetista deve levar em consideração que o aspecto exterior das instalações elétricas é um fator muito relevante para a boa imagem e prestígio da Coelce junto aos consumidores e ao público em geral. Portanto, as LDATs devem ser construídas com bom acabamento e estética de modo a minimizar o impacto com os locais onde a LDAT for instalada.

Durante as fases de projeto, construção e manutenção das LDATs devem ser tomadas as seguintes medidas: a) solicitar Licença ao órgão de meio ambiente; b) aplicar medidas para atenuar os efeitos negativos durante a construção e manutenção; c) aplicar medidas para minimizar o impacto visual; d) aplicar medidas para atenuar o corte e poda de árvores; e) desenvolver projetos que permitam ampliações com o mínimo de atividades futuras que afetem o

meio ambiente; f) alvarás das prefeituras.

4.5 Condições de Trabalho Quanto as condições de trabalho, devem ser observados os seguintes itens: a) facilidade e segurança para as pessoas durante a etapa de construção, manutenção e operação; b) ausência de obstáculos nas faixas de servidão durante sua operação; c) identificação das estruturas e circuitos; d) sinalização adequada dos riscos elétricos, mecânicos, etc.

4.6 Confiabilidade e Custos Nos projetos de LDAT devem ser utilizados exclusivamente os materiais padronizados no Padrão de Material e Especificações Técnicas, em vigor na Coelce, e de fabricantes devidamente homologados, observando: a) escolha de condutores, isoladores, estruturas e materiais baseados na obtenção dos melhores

índices confiabilidade/investimento e aprovados pela Coelce; b) escolha de materiais que permitam otimizar qualidade, custos e prazos de construção.

4.7 Cumprimento das Normas e Regulamentações 4.7.1 Quanto as normas e regulamentações devem ser observados os seguintes itens: a) códigos elétricos e regulamentos nacionalmente reconhecidos; b) normas de higiene e segurança do trabalho; c) cumprimento deste Critério e das referências normativas citadas no Item 2 deste documento, bem

como outras normas e regulamentações existentes sobre o assunto, desde que aceitas pela Coelce.

4.7.2 Quando os projetos e obras forem realizados por terceiros, a empresa responsável pelo projeto e construção deve sempre consultar a Coelce sobre a aplicação deste Critério e outros documentos relacionados à construção de linhas de transmissão, assim como verificar qualquer outro procedimento vigente que seja complementar a esse Critério de Projeto. A utilização de materiais e equipamentos deve ser somente de fabricantes qualificados e com modelo homologado na Coelce.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

4/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

Os modelos e fabricantes aprovados na Coelce devem ser previamente verificados na Área de Normas de Distribuição, para que quando de uma fiscalização ou comissionamento por parte da Coelce, a empresa não tenha problemas na entrega da linha para energização. 4.7.3 Quando da necessidade do compartilhamento de redes com níveis de tensão inferiores a 69kV, nos postes das LDATs, deve ser consultada a norma técnica NT-006 da Coelce.

5 CONDIÇÕES DE SERVIÇO 5.1 Condições Ambientais Os equipamentos, materiais e acessórios abrangidos por este Critério devem ser apropriados para clima tropical e atmosfera salina, devendo, portanto, estarem aptos para resistirem às seguintes condições ambientais especificadas na Tabela 1:

Tabela 1: Condições Ambientais Característica Coelce

Altitude Máxima (m) 1.000 Temperatura Mínima (°C) +15 Temperatura Máxima (°C) +40 Temperatura Máxima Média (°C) +25 Media das Temperaturas Mínimas Diárias (°C) +20 Umidade Relativa Média (%) > 80 Pressão Máxima do Vento (N/m²) 700 Velocidade Máxima do Vento (km/h) 110 Nível de Contaminação (ABNT IEC/TR 60815) Muito Alto (IV) Nível de Salinidade (mg/cm² dia) > 0,3502 Radiação Solar Máxima (wb/m²) 1.000

5.2 Características Gerais do Sistema Elétrico 5.2.1 Na Tabela 2 são apresentadas as características principais do Sistema Elétrico Coelce.

Tabela 2: Características Principais do Sistema Elétrico da Coelce

Nível de Tensão

Tensão Nominal do Sistema / Tensão Máxima de

Operação (kV)

Nível de Curto-Circuito Simétrico

(kA)

Nível Isolamento (kV)

Um / Uf / Ui NOTA 1

AT 69 / 72,5 31,5 72,5 / 140 / 325 MT 13,8 / 15 16 15 / 38 / 110

Tipo do Sistema Estrela com neutro solidamente aterrado.

Número de Fases AT e MT 3 Frequência (Hz) 60 Conexão do Transformador AT/MT Dyn1 NOTA 1: Significado das variáveis, nos dados referentes ao nível de isolamento:

– Um: Tensão máxima do equipamento (kVef); – Uf: Tensão suportável de freqüência industrial (kVef); – Ui: Tensão suportável de impulso atmosférico (kVcrista).

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

5/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

5.2.2 Na Tabela 3 são apresentadas as características nas condições de projeto.

Tabela 3: Condições de Projeto Característica Coelce

Temperatura Máxima do Condutor para Projeto (°C) 85 Velocidade do Vento de Projeto (m/s) 29,16 Carga Máxima de Trabalho de Maior Duração no cabo CA (%) 21 Carga Máxima de Trabalho de Maior Duração no cabo CAA (%) 20 Carga Máxima de Trabalho de Maior Duração no cabo CAL (%) 18 Pressão Dinâmica no Projeto da Estrutura (kg/m²) 51,90 Período de Retorno Considerando a Fluência do Cabo (Creep) (anos) 10 Faixa de Servidão – Estrutura Convencional (Rural) (metros) 15 Faixa de Servidão – Estrutura Compacta (Urbano) (metros) 6 NOTA 1: No caso de ser utilizado condutor termorresistente, a temperatura máxima considerada para projeto é de até 150°C durante o carregamento máximo; NOTA 2: Quando necessária a utilização de valores de tração superiores aos recomendados na norma NBR 5422, se faz necessário a apresentação de memória de cálculo.

6 PLANEJAMENTO E PROJETO DE LDAT 6.1 Geral As obras de LDATs, antes de seu projeto e construção, devem ser precedidas de um adequado planejamento e avaliação de viabilidade técnica realizada pela Área de Planejamento da Coelce.

Na fase de projeto, todas as condições ambientais locais necessárias à construção, manutenção e operação da LDAT de forma integrada com meio ambiente, devem ser obtidas e consideradas pelo projetista.

A elaboração do projeto deve abranger as etapas de Planejamento Básico, Estudo do Aterramento, Projeto Eletromecânico e Elaboração do Orçamento.

6.2 Planejamento Básico

6.2.1 Responsabilidades O planejamento básico da LDAT deve ser efetuado pela Área de Projetos baseado no Plano de Obras da Transmissão, emitido pela Área de Planejamento. Este planejamento básico deve permitir um desenvolvimento progressivo da LDAT dentro da expectativa de crescimento da localidade a ser atendida.

6.2.2 Obtenção de Dados Preliminares Devem ser levantados os aspectos peculiares da área em estudo, observando-se os relacionados a seguir, dentre outros: a) grau de urbanização da área; b) características das edificações; c) arborização das ruas; d) terrenos de terceiros; e) planos diretores governamentais; f) consulta aos órgãos ambientais.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

6/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

6.2.3 Traçado de LDAT 6.2.3.1 Geral No traçado da LDAT devem ser estudadas as melhores alternativas, procurando atender o Critério de Execução CE-002 e os fatores relacionados no itens 6.2.3.2 a 6.2.3.6.

6.2.3.2 Menor extensão O encaminhamento da LDAT deve ser escolhido tomando como base a menor extensão, visando obter uma linha com um menor custo. Porém, deve ser observado que nem sempre a menor extensão corresponde ao menor custo, haja vista que indenizações de terrenos particulares e manutenção futura, bem como obras em áreas de preservação ambiental podem elevar o custo da mesma. Portanto, sempre que possível, deve ser evitado o cruzamento de terrenos particulares e o impacto sobre o meio ambiente.

6.2.3.3 Apoio rodoviário e facilidade de acesso A linha deve ser projetada, preferencialmente, próxima a estradas e em locais de fácil acesso, para facilitar sua construção e manutenção, devendo-se restringir ao mínimo possível as travessias sobre rodovias, ferrovias, gasodutos, etc. Devem ser atendidas as distâncias referentes às faixas de domínio das rodovias federais e estaduais conforme estabelecido pelos órgãos competentes.

6.2.3.4 Melhor suporte elétrico Deve ser verificado qual o sistema mais adequado para derivar a nova linha, obedecendo aos estudos da Área de Planejamento para a respectiva área.

6.2.3.5 Traçado O traçado da LDAT deve contornar, quando possível, os seguintes tipos de obstáculos: a) picos elevados de montanhas e serras: quando for inevitável cruzar áreas montanhosas, deve-se

procurar locais de menores alturas e adaptando ao máximo a LDAT as curvas de nível do terreno, escolhendo-se os locais onde a linha passe despercebida, evitando-se assim impacto visual com o meio ambiente;

b) terrenos muito acidentados: devem ser evitados terrenos muito acidentados a fim de evitar o uso de estruturas especiais e facilitar a construção, operação e manutenção;

c) terrenos de terceiros; d) áreas de reflorestamento; e) mato denso: as áreas de mato denso devem ser contornadas a fim de se evitar desmatamentos e

impacto ambiental, quando da abertura da faixa e consequente manutenção da mesma; f) pomares: colocar o posteamento, de preferência fora das áreas de cultivo, procurando situá-los

nas divisas dos terrenos; g) lagos, lagoas, represas e açudes; h) locais impróprios para fincamento de postes: devem ser evitados locais pantanosos, locais

sujeitos a alagamentos, marés ou erosão, e terrenos com inclinação transversal superior a 50%; i) vias sem calçada definida; j) vias estreitas: devem evitar locais onde inviabiliza a entrada de caminhão para executar a obra e

efetuar manutenções; k) locais com alto índice de poluição atmosférica (salina ou industrial); l) locais onde normalmente são detonados explosivos; m) loteamentos: nos casos em que forçosamente o traçado tenha que atravessar loteamentos,

devem ser aproveitados os arruamentos a fim de se evitar possíveis indenizações, devendo a linha ser construída em padrão urbano (LDAT Compacta);

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

7/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

n) edificações e benfeitorias em geral: não devem ser feitas travessias sobre edificações, procurando sempre contorná-las, a fim de evitar desapropriações;

o) campos de pouso e aeródromos: quando a LDAT for localizada nas proximidades de aeroportos e campos de pouso, é necessário, antes de iniciar o projeto, uma consulta prévia ao órgão responsável, pertencente ao Comando da Aeronáutica, objetivando atender as distâncias mínimas de segurança;

p) áreas de preservação ambiental: o traçado de LDAT deve, sempre que possível, contornar áreas de preservação ambiental. Em casos excepcionais, quando isto não for possível, deve ser realizado um estudo individual visando encontrar uma solução ótima que cumpra a Legislação, e equilibre o fator técnico, econômico e de integração com o meio ambiente. Neste caso, deve ser anexada ao projeto uma cópia da Licença Prévia emitida pelo órgão de controle do meio ambiente (Ex: Guaramiranga, Jericoacoara, Parque de Ubajara, etc). NOTA 1: Conforme determinado na Resolução Nº. 237 do CONAMA, todas as obras de transmissão de energia devem ser autorizadas pelo órgão de Meio Ambiente. Portanto, na fase de projeto deve ser solicitado uma Licença Prévia ao órgão competente. NOTA 2: É importante lembrar que a Licença Prévia (LP) não autoriza o início das obras e nem o de qualquer outro tipo de atividade, conforme prescrito no PTO-004 da Coelce. Posteriormente será necessária a Autorização Ambiental para Desmatamento, Redesmatamento ou Poda, Licença de Instalação (LI) e a Licença de Operação (LO).

q) áreas de riqueza paisagística: o projeto e construção de LDAT devem, sempre que possível, contornar áreas de riqueza paisagística. Estas áreas são zonas que mesmo não sendo consideradas de preservação ambiental, mas que por sua riqueza e singularidade paisagística ou por sua relevância histórica (parque naturais, monumentos históricos e artísticos, topo de montanhas, zonas turísticas, etc.) devem ser protegidas contra elementos que distorçam sua visão e diminuam seu valor natural.

6.2.3.6 Diretrizes básicas para o traçado das LDATs Para orientação do traçado das LDATS, devem ser observadas as seguintes diretrizes básicas: a) evitar LDAT em frente a igrejas, paisagens ou monumentos históricos para que não venha a

interferir no seu visual; b) deve ser localizada no lado da rua com menor arborização; c) deve ser localizada, de preferência, no lado da rua em que não haja rede aérea de comunicação,

redes de distribuição aéreas de média e baixa tensão, galerias de águas pluviais, esgotos, construção com sacadas, colégios, praças ou outros obstáculos que possam interferir na construção da mesma;

d) deve evitar, sempre que possível, cruzar terreno de particular; e) sempre que possível evitar ruas e avenidas com tráfego intenso de veículos; f) a LDAT deve ser localizada sempre do mesmo lado da rua, evitando o zig-zag da rede e voltas

desnecessárias; g) não cruzar praças e outras áreas de lazer, sempre que possível; h) deve-se evitar LDAT na proximidade de sacadas, janelas e marquises, mesmo respeitadas as

distâncias de segurança; i) encaminhamento da LDAT deve favorecer a expansão do sistema; j) procurar sempre utilizar arruamentos já definidos, se possível, com meio-fio e calçada definida; k) evitar ângulos desnecessários; l) evitar ruas e avenidas de orla marítima; m) considerar o máximo aproveitamento da LDAT existente nos projetos de reforma.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

8/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

6.2.4 Locação do Posteamento Os postes devem ser locados obedecendo aos seguintes critérios básicos: a) não locar postes em frente à entrada de garagens e guias rebaixados (meio fio). Deve evitar,

sempre que possível, a locação dos postes em frente a anúncios luminosos, outdoors, câmeras de segurança dos órgãos de trânsito e de polícia, marquises e sacadas;

b) projetar conforme definido nos padrões de estrutura de LDAT, PE-044, PE-045, PE-046, PE-047, PE-048 e PE-049;

c) procurar locar os postes, sempre que possível na divisa dos lotes, ou seja, no limite entre residências, prédios ou terreno, etc.;

d) quando não houver posteamento, deve ser avaliado qual o lado mais favorável para implantação da LDAT;

e) respeitar as distâncias mínimas de segurança especificadas neste Critério de Projeto; f) evitar o uso de postes em esquinas, principalmente em ruas estreitas, e sujeitas a trânsito intenso

de veículos, e em esquinas que não permitam manter o alinhamento dos postes. NOTA 1: Quando não for possível outra posição e o poste esteja sujeito a abalroamento, no projeto já deve ser previsto a implantação de “defensas” para proteção e preservação de terceiros, e do sistema elétrico da Coelce, conforme PEX-097. A construção de “defensas” deve ser precedida de autorização do Órgão Municipal/Estadual no intuito de se evitar problemas futuros.

6.2.5 Plantas 6.2.5.1 Plantas Cadastrais Devem ser obtidas plantas cadastrais da localidade ou área em estudo, através de cópias de plantas já existentes, confiáveis e atualizadas, ou através de um novo levantamento topográfico, ou mesmo através de levantamentos aerofotogramétricos feitas por câmeras analógicas e digitais. Em caráter especial e após acordado com a Área de Projetos da Coelce, também podem ser aceitas imagens georreferenciadas de programas da rede mundial de computadores (internet).

6.2.5.2 Mapa de Reconhecimento Nesta planta deve constar o traçado das ruas, avenidas ou rodovias, indicação do norte magnético e outros pontos de referência significativos, que permitam identificar o local onde será construída, reformada ou ampliada a LDAT, em desenho com escala adequada. Nas obras localizadas em áreas rurais indicar também, município, localidade, rios ou açudes como pontos de referência, estradas de acesso, a subestação ou LDAT de onde deve derivar a nova LDAT e os códigos operacionais das linhas e estruturas locadas a montante e a jusante da derivação.

O reconhecimento tem por objetivo coletar dados em campo para se estabelecer o traçado da LDAT. No mapa de reconhecimento deve conter dois ou mais encaminhamentos levantado por sistema de posicionamento global, GPS (Global Positioning System), para que o projetista possa escolher entre as opções apresentadas o encaminhamento mais adequado. O técnico incumbido do levantamento cadastral deve orientar o topógrafo na localização de todos os pontos dos suportes viários existentes. Não havendo estrada, a locação será através de picadas, que devem evitar, ao máximo, o corte da vegetação.

Com base no mapa de reconhecimento, a Área de Projetos determinará as diretrizes da LDAT em toda sua extensão, devendo qualquer alteração neste traçado, ser efetuada mediante prévia autorização por escrito da Área de Projetos.

6.2.5.3 Mapa Chave O mapa chave é utilizado para traçar o circuito da LDAT e tem a finalidade de dar uma visão geral do sistema elétrico, devendo-se indicar nesta planta a diretriz da LDAT assinalados os pontos de deflexão (em graus, minutos e segundos), entradas e saídas de linhas. Além disso, deve conter

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

9/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

todos os acidentes ao longo da LDAT. O desenho do mapa chave deve ser feito através do software Autocad no formato e escala conveniente.

6.2.5.4 Perfil Planialtimétrico O perfil planialtimétrico é destinado à locação das estruturas do projeto e a representação planimétrica da LDAT, podendo ser executado com equipamento topográfico como a Estação Total ou GPS. O desenho do perfil planialtimétrico deve ser feito através do software Autocad no formato mais conveniente e escala horizontal 1:5000 e escala vertical 1:500, conforme Desenho 010.01. Esta planta deve conter: a) desenho do perfil planialtimétrico, com as estruturas, condutores, vãos, as estacas referentes a

cada estrutura, os nomes dos proprietários dos terrenos atravessados pela LDAT, o tipo de solo, o tipo de vegetação e a planta baixa contendo a representação das estruturas com as deflexões da LDAT e os detalhes existentes ao longo da mesma;

b) na vista planimétrica: os detalhes enumerados a seguir, desde que contidos na faixa de servidão da LDAT e ainda as edificações que representem ou não unidades consumidoras, distanciadas do eixo da LDAT: − indicação de estradas de rodagem municipais, estaduais, federais e ferrovias; − todos os caminhos, rios, córregos, açudes, lagoas, etc.; − todas as LDATs, redes de distribuição urbana e rural, e redes de comunicação; − indicação de cercas contendo o número de fios de arame; − divisões de propriedades com a denominação do proprietário, alturas, tipo de vegetação e

solo; − detalhes dos pontos de saída e chegada da LDAT, com indicação de linhas e redes existentes,

ângulo de derivação, poste e estrutura correspondente com sua respectiva coordenada georreferenciada UTM (Universal Transverse Mercator);

− núcleos populacionais; − indicação das estacas nos pontos de deflexões, utilizando marcos de concreto nestes pontos; − indicação de campos de pouso e aeroportos.

6.2.5.5 Levantamento Topográfico Consiste na determinação planialtimétrica do terreno, ao longo do caminhamento de toda a LDAT. Neste levantamento devem ser determinados os acidentes considerados relevantes à elaboração do projeto, quais sejam: cruzamento de estradas de ferro e rodagem, linhas telegráficas e de energia elétrica, pontes ou viadutos, campo de pouso, tipos e características de cercas, edificações contidas na área do projeto e outros acidentes notáveis, devendo-se, em casos excepcionais, levantarem-se perfis paralelos ao eixo da LDAT. O levantamento topográfico deve ser feito conforme prescrições do critério de execução CE-002 da Coelce.

6.3 Projeto de Aterramento das Estruturas

6.3.1 Medição da Resistividade do Solo Uma das condições para que um sistema elétrico de potência opere corretamente, mantendo a continuidade de serviço e a segurança, é que o neutro do sistema e demais partes metálicas não energizadas, estejam devidamente aterrados.

O projeto das LDATs deve prever em cada estrutura, no mínimo, um ponto de terra visando atingir uma resistência de aterramento de pé de torre o mais próximo possível de 20Ω, conforme estruturas de aterramento do Desenho 010.13.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

10/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

Para atingir a finalidade que se destina, um sistema de aterramento deve atender e proporcionar os seguintes requisitos:

− manter valores de tensão estrutura-terra dentro do nível de segurança, no caso das partes metálicas serem acidentalmente energizadas;

− proporcionar um caminho de escoamento para a terra das descargas atmosféricas ou sobretensões provocadas por manobras de equipamentos, fixando a tensão de isolação a valores determinados;

− permitir aos equipamentos de proteção isolar rapidamente as falhas à terra; − proporcionar o escoamento para a terra da eletricidade estática gerada, por equipamentos ou por

indução, evitando o faiscamento. A resistividade do solo varia de acordo com o tipo de solo, conforme os valores orientativos do Desenho 010.13. Durante a fase de projeto da LDAT devem ser realizadas, no mínimo, 2 (duas) medições de resistividade em cada tipo de solo existente ao longo da LDAT. Caso o tipo de solo seja praticamente o mesmo ao longo da LDAT, pode existir diferença de resistividade do solo devido a áreas mais baixas, onde existe presença de lagoas, açudes, ou mesmo rios, em detrimento a outras áreas totalmente áridas. Nesses casos, recomenda-se que pelo menos devem ser efetuadas medições em trechos da linha escolhidos de forma que as medições sejam representativas em relação à quantidade total de estruturas previstas (sugere-se que sejam realizadas medições em 1/6 da quantidade de estruturas previstas e ao longo dos diversos trechos da LDAT).

6.3.2 Tipos de Aterramento A partir dos valores obtidos nas medições, o projetista deve elaborar um memorial de cálculo, definindo o comprimento do contrapeso (condutor de interligação entre as hastes) e a quantidade de hastes necessárias, e o tipo de aterramento para cada estrutura.

Na elaboração do memorial devem ser consideradas as seguintes prescrições: a) devem ser preenchidos os formulários do Desenho 010.14, folhas 1/2 e 2/2, com os valores reais

medidos de resistividade, tipos de aterramento utilizado e demais informações solicitadas; b) deve constar o tipo de aterramento que deverá ser utilizado por tipo de estrutura; c) devem ser utilizados, os tipos de aterramento do Desenho 010.13, folhas 1/2 e 2/2, observando

os seguintes critérios: − utilizar o aterramento convencional com 01 (uma) haste, sem contrapeso, tipo ATER-LTS, no

caso de terrenos com baixo valor de resistividade, conforme Desenho 010.13, folha 2/2; − utilizar os aterramentos tipo ATER-LT1 a ATER-LT6, com hastes e contrapeso, no caso de

terrenos com resistividades variando de 100Ω.m a 2000Ω.m, conforme Desenho 010.13, folha 1/2;

− utilizar o aterramento convencional com haste e com concretagem tipo ATER-LTC, para terrenos rochosos com altos valores de resistividade, conforme Desenho 010.13, folha 2/2.

7 PROJETO ELETROMECÂNICO 7.1 Condutores

7.1.1 Condutores Padronizados Os condutores a serem utilizados nas LDATs são definidos a partir dos estudos realizados pela Área de Planejamento. As LDATs novas devem ser projetadas com condutores em liga de alumínio CAL ou em situações especiais, como em áreas densamente povoadas, em alumínio CA Termorresistente, conforme apresentados na Tabela 4.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

11/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

Para maior proteção dos condutores contra danos devidos à vibração ocasionada pelos ventos, deve ser prevista a utilização de dispositivos especiais ou amortecedores de vibração, principalmente nos casos de vãos grandes, travessias de grandes rios, açudes ou lagos, ou ainda quando as características dos ventos locais, aliadas à tensão mecânica e diâmetro do cabo, favoreçam a ocorrência de vibração eólica. A necessidade da utilização desses dispositivos deve ser definida pela Área de Projetos através dos dados históricos da região e/ou informações do levantamento realizado, e devem ser adquiridos conforme Desenhos 730.45 e 730.46 do PM-01 da Coelce.

Tabela 4: Condutores Aplicados em LDATs Novas

Tipo (mm²)

Bitola (MCM)

Nº de Fios

Seção

(mm²)

Diâmetro do

Condutor

(mm)

Massa

(kg/km)

Carga de Ruptura Máxima

(daN)

Capacidade Nominal

(A)

Condutores com Diâmetros

Equivalentes (AWG ou MCM)

CAA CA

160 CAL 321,8 A6201 19 158,5 16,35 441 4.762 460 266,8 -

315 CAL 652,5 A6201 37 330,6 23,03 866 9.198 730 - 556,5

500 CAL 927,2 A6201 37 469,80 29,05 1.397 14.583 1.018 - 954

T-Dahlia 556,5 CA 19 282,37 21,75 779,09 4.333 1.080 - 556,5

NOTA 1: Para fins de aquisição no mercado nacional, estamos considerando os cabos de liga de alumínio (CAL) 160, 315 e 500, respectivamente, os denominados como BUTTE, ELGIN e GREELEY.

Na Tabela 5 são apresentados os condutores que podem ser utilizados somente em projetos de reformas de LDATs existentes que previamente foram construídas com estes tipos de cabos.

Tabela 5: Condutores Aplicados em Reformas de LDATs Existentes

Condutores

Tipo FormaçãoNº de Fios

Diâmetro do

Condutor (mm)

Massa (kg/km)

Carga de Ruptura Máxima (daN)

Capacidade Nominal

(A) Alumínio

(AWG/MCM) Cobre (mm2)

CAA CA 1/0 - - Raven 6/1 10,11 216,34 1.904 242 4/0 - - Penguin 6/1 14,31 433,40 3.709 350

266,8 - - Partridge 26/7 16,31 547,00 4.936 475 336,4 - - Linnet 26/7 18,31 689,80 6.273 510 477 - - Hawk 26/7 21,78 975,33 8.538 640 636 - - Grosbeak 26/7 25,16 1.299,00 11.038 790

- 336,4 - Tulip 19 16,90 469,10 2.656 495 - 556,5 - Dahlia 19 21,70 773,30 4.246 680 - - 50 - 7 9,00 444,00 2.023 294 - - 150 - 37 15,68 1.360,00 6.095 510

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

12/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

7.1.2 Emendas de Condutores A utilização de emenda em condutores na fase de projeto e construção é terminantemente proibida. O seu uso está autorizado somente na manutenção, em caráter provisório, conforme o que determina a decisão técnica DT-097 da Coelce.

7.2 Aplicação do Padrão de Estrutura

7.2.1 Critérios Gerais Os projetos de LDATs devem ser elaborados tomando como referência este Critério de Projeto e os padrões de LDAT, classe de tensão 72,5kV da Coelce. Os padrões de LDAT têm por objetivo nortear os projetistas na definição e elaboração do projeto e fixar as características básicas para a montagem eletromecânica das estruturas de LDAT.

Os critérios adotados pelo projetista para aplicação dos padrões de LDAT devem levar em consideração o tipo de circuito (simples ou duplo), a localização geográfica (urbano ou rural) e comprimento dos vãos (distâncias entre estruturas), conforme definido a seguir para os padrões de LDAT: PE-044, PE-045, PE-046, PE-047, PE-048 e PE-049.

Em casos excepcionais, em que o estudo técnico permitir, o projetista pode utilizar as estruturas informadas abaixo com ângulos diferentes dos indicados. Neste caso, o projetista deve apresentar um memorial de cálculo para ser submetido à aprovação da Área de Projetos.

No projeto deve ser informado o sentido da Carga e da Fonte para que a convenção estabelecida pela Chesf em relação às fases seja única durante as etapas de projeto, construção e manutenção. Essa convenção foi definida considerando quando um observador de costas para fonte e olhando de frente para a estrutura, iniciando as fases da esquerda para direita independente da estrutura.

7.2.2 Padrão de Estrutura PE-044 - Convencional sem Cabo Para-raios O Padrão PE-044 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs convencionais, sempre que estas estejam localizadas em áreas rurais e que exista a predominância de vãos médios e grandes, sem a utilização de cabo para-raios.

Na Tabela 6 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-044.

Tabela 6: Estruturas de LDAT Convencional sem Cabo Para-raios - PE-044

Tipos de Estruturas do PE-044 Tipo de Circuito Ângulos Recomendados (α)

TAR

Simples

α = 0º HAR HAL 0º ≤ α ≤ 2º HAB 3º ≤ α ≤ 25º HALA 25º ≤ α ≤ 90º

NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-044: – TAR - Triangular em Ângulo Reto; – HAR - Horizontal em Ângulo Reto; – HAL - Horizontal Amarração em Alinhamento; – HAB - Horizontal Amarração no Poste em Bissetriz; – HALA - Horizontal Amarração em Ângulo.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

13/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

7.2.3 Padrão de Estrutura PE-045 - Convencional com Cabo Para-raios O Padrão PE-045 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs convencionais, sempre que estas estejam localizadas em áreas rurais e que exista a predominância de vãos médios e grandes. Este padrão deve ser aplicado em áreas de nível Isoceráunico alto onde se dá a necessidade de utilização de cabo Para-raios.

Na Tabela 7 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-045.

Tabela 7: Estruturas de LDAT Convencional com Cabo Para-raios - PE-045

Tipos de Estruturas do PE-045 Tipo de Circuito Ângulos Recomendados

(α) TAR-PR

Simples

α = 0º HAR-PR HAL-PR 0º ≤ α ≤ 2º HAB-PR 3º ≤ α ≤ 25º

HALA-PR 25º ≤ α ≤ 90º NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-045:

– TAR-PR - Triangular em Ângulo Reto com cabo para-raios; – HAR-PR - Horizontal em Ângulo Reto com cabo para-raios; – HAL-PR - Horizontal Amarração em Alinhamento com cabo para-raios; – HAB-PR - Horizontal Amarração no Poste em Bissetriz com cabo para-raios; – HALA-PR - Horizontal Amarração em Ângulo com cabo para-raios.

7.2.4 Padrão de Estrutura PE-046 - Compacta sem Cabo Para-raios O Padrão PE-046 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs compactas, sempre que estas estejam localizadas em áreas rurais ou urbanas e que exista a predominância de vãos pequenos e médios, ou seja, com comprimentos não superiores a 200m, e sem a utilização de cabo para-raios.

Na Tabela 8 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-046.

Tabela 8: Estruturas de LDAT Compactas sem Cabo Para-raios - PE-046

Tipos de Estruturas do PE-046 Tipo de Circuito Ângulos Recomendados (α)

CVAR

Simples

α = 0º CVAL 0º ≤ α ≤ 25º

CVALA 25º ≤ α ≤ 80º CVAG 80º ≤ α ≤ 90º CVAB

NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-046: – CVAR - Compacto Vertical Ângulo Reto; – CVAL - Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo); – CVALA - Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo); – CVAG - Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande; – CVAB - Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

14/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

7.2.5 Padrão de Estrutura PE-047 - Compacta com Cabo Para-raios O Padrão PE-047 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs compactas, sempre que estas estejam localizadas em áreas rurais e urbanas e que exista a predominância de vãos pequenos e médios, ou seja, com comprimentos não superiores a 200m. Este padrão deve ser aplicado em áreas de nível Isoceráunico alto onde se dá a necessidade de utilização de cabo para-raios.

Na Tabela 9 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-047.

Tabela 9: Estruturas de LDAT Compactas com Cabo Para-raios - PE-047

Tipos de Estruturas do PE-047 Tipo de Circuito Ângulos Recomendados (α)

CVAR-PR

Simples

α = 0º CVAL-PR 0º ≤ α ≤ 25º

CVALA-PR 25º ≤ α ≤ 80º CVAG-PR 80º ≤ α ≤ 90º CVAB-PR

NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-047: – CVAR-PR - Compacto Vertical Ângulo Reto com cabo para-raios; – CVAL-PR - Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo) com cabo para-raios; – CVALA-PR - Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo) com cabo para-raios; – CVAG-PR - Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande com cabo para-raios; – CVAB-PR - Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz com cabo para-raios.

7.2.6 Padrão de Estrutura PE-048 - Estruturas Especiais de LDAT e Detalhes de Instalação Na Tabela 10 são apresentadas as seguintes estruturas contempladas no PE-048, para chave secionadora e derivações em LDAT, sem cabo para-raios, conforme a estrutura de referência.

Tabela 10: Estruturas Especiais de LDAT - PE-048 Tipos de Estruturas do PE-048 Tipo de Circuito Estrutura de Referência

ESTV

Simples

CVALDR CVAL

CVALADR CVALA CVAGDR CVAG CVABDR CVAB ESTVDR

NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-048: – ESTV - Estrutura com Chave Seccionadora Tripolar Vertical; – CVALDR - Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo) com Derivação; – CVALADR - Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo) com Derivação; – CVAGDR - Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande com Derivação; – CVABDR - Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz com Derivação; – ESTVDR - Estrutura com Chave Seccionadora Tripolar Vertical Especial com Derivação.

NOTA 2: Nas estruturas ESTV e ESTVDR as chaves seccionadoras devem estar instaladas no alinhamento da LDAT, permitindo a utilização de ângulos apenas na estrutura de derivação, e em hipótese alguma nas chaves.NOTA 3: Para maiores detalhes da chave seccionadora, deve ser consultada a especificação corporativa E-SE-004. NOTA 4: O Padrão PE-048 também deve ser utilizado como referência na elaboração dos projetos de todos os tipos de estruturas de LDATs. Neste padrão constam os detalhes de instalação das estruturas e a relação completa dos materiais e equipamentos utilizados.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

15/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

7.2.7 Padrão de Estrutura PE-049 - Circuito Duplo O Padrão PE-049 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs com circuito duplo independente, seja no padrão urbano (vãos pequenos e médios) ou rural (vãos grandes), com um ou dois postes. Podem ser utilizados também com cabos para-raios em áreas com nível Isoceráunico elevado.

Quando a LDAT for projetada no padrão de circuito duplo, a Área de Projetos da Coelce deve ser previamente consultada para definição da melhor alternativa.

Tabela 11: Estruturas de LDAT com e sem Cabo Para-raios - PE-049

Tipos de Estruturas do PE-049 Tipo de Circuito Ângulos Recomendados

(α)

2T-ARH / 2T-ARH-PR

Duplo

α = 0º D-HAL / D-HAL-PR 0º ≤ α ≤ 2º D-HAB / D-HAB-PR 3º ≤ α ≤ 25º D-TAR / D-TAR-PR

α = 0º CVARD

2xCVAL / 2xCVAL-PR 0º ≤ α ≤ 25º 2xCVALA / 2xCVALA-PR 25º ≤ α ≤ 80º 2xCVAG / 2xCVAG-PR

80º ≤ α ≤ 90º 2xCVAB / 2xCVAB-PR

NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-049: – 2T-ARH - Circuito Duplo Duas Tangentes Alinhamento Reto Horizontal; – D-HAL - Circuito Duplo Horizontal Amarração em Alinhamento; – D-HAB - Circuito Duplo Horizontal Amarração no Poste em Bissetriz; – D-TAR - Circuito Duplo Triangular em Ângulo Reto; – CVARD - Circuito Duplo (em 01 poste) Compacto Vertical Ângulo Reto; – 2xCVAL - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo); – 2xCVALA - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo); – 2xCVAG - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande; – 2xCVAB - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz.

NOTA 2: A estrutura CVARD somente deve ser projetada como última alternativa, pois as distâncias reduzidas dificultam a manutenção dessas linhas, e quando da sua construção as furações utilizadas do poste devem ser alternadas, ou seja, o mesmo parafuso não deve fixar as duas bases deformáveis.

7.3 Posteamento 7.3.1 Critério para Escolha do Poste O critério para adoção do comprimento dos postes deve ser em função das estruturas, afastamentos e da flecha dos condutores, sendo de responsabilidade da Área de Projetos.

7.3.2 Engastamento 7.3.2.1 Quanto a Classificação Os engastamentos das LDATs são classificados em 3 (três) tipos básicos: simples, base com manilha e fundação especial. Na Tabela 12 e no Desenho 010.02 são apresentados os detalhes de cada tipo.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

16/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

Após o fincamento do poste, a terra deve ser bem compactada energicamente em camadas de, no máximo, 20cm ao redor do poste. A última camada de terra, mesmo ficando abaixo de 20cm, também deve ser compactada.

7.3.2.2 Engastamento Simples O poste deve ser fincado e aterrado com areia grossa.

7.3.2.3 Engastamento com Manilha As manilhas devem ser de concreto armado vibrado mecanicamente, com espessura de no mínimo, 5cm e altura de 50cm, constando de 5 anéis de ferro de 3/16” espaçados de 10cm, amarrados por ferros verticais de 3/16” espaçados de 25cm aproximadamente.

O enchimento da manilha deve ser com areia grossa e fechada na parte superior com argamassa de cimento de 2cm de espessura e traço de 1:5 (cimento: areia grossa), e as junções das manilhas devem ser rejuntadas.

7.3.2.4 Engastamento com Fundação Especial A fundação especial deve apresentar dois conjuntos de manilhas, um interno e outro externo, e as manilhas devem ter as características citadas no item “b” acima.

O enchimento do conjunto interno de manilhas deve ser com areia grossa compactada em camada de no máximo de 20cm.

O fechamento das partes superior e inferior, deve ser em concreto simples, traço 1:3:4 (cimento : areia grossa : brita) com espessura de 5cm e 10cm respectivamente. O espaçamento entre os conjuntos de manilhas (interno e externo) deve ser preenchido com pedra de mão argamassada com traço 1:8 (cimento : areia grossa), e as junções das manilhas devem ser rejuntadas.

7.3.3 Postes Padronizados Na Tabela 12 são apresentados os dados especificados para cada tipo de poste, conforme a especificação técnica ET-300 da Coelce, e suas respectivas aplicações conforme Desenho 010.02.

Conforme a necessidade de cada projeto, postes especiais de 25, 27, 28, 29, 30 metros, ou superiores, podem ser solicitados. Os postes superiores a 23 metros devem ser solicitados de encaixe, para facilitar o transporte e instalação em áreas urbanas.

Como alternativa para as LDATs onde a implantação dos postes seja caracterizada como área de difícil acesso, e desde que possuam estudo de viabilidade econômica, ou impossibilidade de execução de serviço, previamente justificado, podem ser utilizados postes poliméricos (fibra de vidro) conforme especificação técnica ET-301, da Coelce. Salientamos que na tecnologia atual padronizada, postes de fibra acima de 12 metros devem ser bipartidos, circulares e com topo quadrado atendendo nossa furação padrão.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

CP-010

17/54

02

JUN/2013

Tabela 12: Postes Padronizados para LDAT POSTE TIPO DE ENGASTAMENTO

Comprimento Nominal

(m)

Tipo

Resistência Nominal

(daN)

Engastamento(m) (e)

Simples Base Reforçada

Manilha (fig. 4)

Fundação Especial (Fig. 5)

Escavação Retangular

(Fig. 1)

Escavação Circular (Fig. 2)

Bloco Concreto Armado p/ Estai

(Fig. 3)

Dimensões (m)

Manilha Interna Manilha Externa Dimensões

(m) (a x b)

Diâmetro (m) (d1)

Dimensões (m)

Diâmetro (m) (d2)

(d3) ( l ) (d4) (n)

14

B 600

2,00

0,90 x 0,80 1,00 0,16 x 0,20 x 1,50

1,00 1,20 2,00 1,50 1,50 B-1,5 1000 1,00 x 0,80

B-3 1500 1,00 x 0,90 1,10 1,20 B-6 2400 1,10 x 0,90 1,20

17

B 600

2,30

1,00 x 0,90 1,10 0,16 x 0,20 x 1,50 1,20 1,20 2,50 1,50 2,00 B-1,5 1000 1,10 x 0,90

B-3 1500 1,20 B-6 2400 1,20 x 1,00 1,30 1,50 1,50 2,00

20 B-1,5 1000

2,60 1,20 x 1,00 1,20 0,16 x 0,20 x 1,50

1,20 1,20 3,00 1,50 2,50 B-3 1500 1,30 1,50 1,50 2,00 B-6 2400 1,30 x 1,10 1,40

23 B-3 1500 2,90 1,30 x 1,10 1,40 0,16 x 0,20 x 1,50 1,50 1,50 3,00 2,00 2,50 B-6 2400 1,40 x 1,10 1,50

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

18/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

7.4 Estaiamento Em todos os casos onde forem utilizados estais, deve ser obrigatório que os estais sejam sinalizados com pintura na cor laranja retro-reflexiva, ou empregado cobertura sinalizadora que faça o recobrimento do cabo de aço do estai na cor auto retro-reflexiva, até no mínimo, 2 (dois) metros de altura, conforme padronizado no Desenho 220.35 do padrão de material PM-01 da Coelce.

A alternativa de fundação especial nas estruturas de amarrações em substituição aos estais deve ser avaliada pelo projetista.

7.5 Aterramento O projetista deve utilizar no aterramento das estruturas os materiais e critérios definidos neste documento, conforme especificados a seguir:

7.5.1 Haste de Aterramento A haste de aterramento deve ser de aço cobreado, circular, 13x2000mm, conforme Desenho 800.01 do padrão de material PM-01 da Coelce e instalada com o conector cunha de aterramento, conforme Desenho 710.40 do padrão de material PM-01 e especificação técnica ET-710 da Coelce.

7.5.2 Profundidade da Haste de Aterramento A haste de terra deve ser fincada no solo de maneira que a sua extremidade superior fique a uma profundidade mínima de 60cm da superfície do solo.

7.5.3 Conexões O conector utilizado para fazer as conexões de aterramento deve ser para condutor de cobre 16-120mm², conforme Desenho 710.26 do PM-01 e especificação técnica ET-710 da Coelce.

7.5.4 Condutor O aterramento deve ser feito com cabo de aço cobreado 7x10AWG, conforme Desenho 805.02 do padrão de material PM-01 da Coelce.

7.5.5 Configuração do Aterramento A configuração da malha deve, sempre que possível, atender aos seguintes critérios: – a malha deve ser em linha reta e paralela a estrutura, devendo ficar a haste situada a 1 metro do

poste; – a malha deve ficar do lado oposto a via de trânsito; – a quantidade de hastes da malha a ser instalada depende da resistividade do solo e conseqüen-

temente dos cálculos apresentados no memorial de cálculo da malha de terra de cada estrutura; – o projeto da malha deve garantir que a resistência equivalente do solo atinja um valor o mais

próximo possível de 20Ω (ohms).

7.5.6 Aterramento e Seccionamento de Cercas No aterramento de cercas deve ser utilizada uma haste de terra afastada da base do mourão a uma distância nunca inferior a 1 metro.

O seccionador preformado utilizado em seccionamento de cercas de arame deve ser especificado, conforme Desenho 750.01 do padrão de material PM-01 da Coelce.

7.5.6.1 Aterramento de Cercas em Áreas Urbanas As cercas localizadas na mesma calçada do posteamento da LDAT devem ser aterradas, conforme especificado no padrão de estrutura PE-048 e obedecer aos seguintes critérios: – cercas paralelas a LDAT até 50m, aterrar no ponto central da cerca;

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

19/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

– cercas paralelas a LDAT, com comprimento acima de 50m, fazer o seccionamento a cada 50m e aterrar no ponto central do vão secionado. Quando no último vão da cerca tiver fração inferior a 15m, o seccionamento da cerca deve ser no final da mesma;

– cercas transversais ao traçado da LDAT, devem ser seccionadas.

7.5.6.2 Aterramento de Cercas em Áreas Rurais. O aterramento das cercas deve estar de acordo com o padrão de estrutura PE-048 e obedecer aos seguintes critérios: – todas as cercas que correm em paralelo com a LDAT, a uma distância igual ou inferior a 30m

entre o condutor e o arame mais próximo devem ser seccionadas a cada 500m e aterrada a cada 250m, fazendo coincidir os aterramentos próximos ao seccionamento;

– cercas transversais ao traçado da LDAT, devem ser seccionadas; – todas as extremidades das cercas devem ser aterradas junto às porteiras.

7.5.6.3 Aterramento de Cercas Eletrificadas A finalidade da cerca eletrificada é manter animais confinados em uma determinada área ou proteger propriedades contra o acesso de animais domésticos e selvagens, portanto em nenhuma hipótese deve ser usada para proteger a propriedade contra pessoas.

A cerca eletrificada deve ser projetada por profissionais especializados e construída por empresa idônea, que possa dar garantia, assistência técnica e orientações quanto à operação e manutenção do equipamento. O proprietário é responsável por qualquer anormalidade ou acidente que venha ocorrer na cerca eletrificada e com as pessoas e animais que possam vir a se acidentar. A cerca não deve, em nenhuma hipótese, ser eletrificada com energia diretamente da rede elétrica sem que seja por meio de eletrificador (pulsos elétricos).

Nas aproximações ou cruzamentos da LDAT sobre cercas eletrificadas devem ser adotados os seguintes procedimentos: – cercas paralelas devem ficar a uma distância mínima de 30m do deixo da LDAT; – nos casos onde for necessário cruzar a LDAT sobre a cerca eletrificada, devem ser colocados

dois condutores de proteção paralelos acima da cerca, para evitar que em caso de ruptura do condutor da linha este venha a cair sobre a cerca eletrificada.

Os dois condutores de proteção devem ter 60m de comprimento, sendo 30m para cada lado, devendo ser aterrados nas duas extremidades, conforme Desenho 010.03.

7.6 Indicador de Falta Este equipamento tem a capacidade de detectar e indicar faltas em linhas de transmissão, conseguindo reduzir de forma considerável os tempos de inspeção associados à respectiva falta. O indicador de falta utilizado nas LDATs deve conter as características técnicas especificadas no Desenho 141.01 do padrão de material PM-01 da Coelce.

Este dispositivo deve ser instalado nas LDATs rurais a cada 15km, o mais próximo das estruturas e em situação de fácil visualização, obedecendo ao procedimento de execução PEX-051 da Coelce. Quando se tratar de LDAT em circuitos duplos ou em paralelo com outros circuitos, deve-se evitar a sua instalação, pois pode ocorrer a sinalização indevida do equipamento ocasionado pela presença do campo elétrico produzido pelo outro circuito. Na estrutura também não deve haver seccionador, para-raios ou outro componente que possa influenciar o campo elétrico. Para verificar as distâncias com outros circuitos, deve-se consultar manual do fabricante. Para a fixação do indicador de corrente de falta, ou falha, ao cabo, deve ser utilizada vara de manobra, para encaixar a alça articulada, situada em sua parte superior, no cabo, conforme apresentado no Desenho 010.04.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

20/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

7.7 Travessias e Distâncias de Segurança As disposições deste item relacionam-se com as condições que devem ser satisfeitas nas travessias de LDATs sobre outras linhas e redes, vias de transporte, edificações, florestas e demais formas de vegetação consideradas de preservação permanente.

As distâncias de segurança são os afastamentos mínimos recomendados do condutor e seus acessórios energizados e quaisquer partes, energizadas ou não, da própria linha, do terreno ou dos obstáculos atravessados, conforme prescrições constantes das seções subseqüentes.

A distância mínima de segurança do condutor ao solo ou obstáculos, deve ser verificada nas condições mais desfavoráveis da flecha, considerando a fluência do condutor por um período mínimo de 10 anos (Creep), em condições de ar calmo (sem vento), em horário de temperatura máxima ambiente, bem como, após um período mínimo a ser considerado que possibilite a acomodação do cabo após os trabalhos de montagem.

As plantas de travessias devem ser elaboradas baseadas nas normas dos órgãos afetados pela travessia e devem ser submetidas a aprovação dos mesmos. O desenho da planta de travessia deve ser elaborado conforme modelo apresentado no Desenho 010.05.

Na Tabela 13 são fixadas as distâncias mínimas de segurança, o número do desenho da travessia e o ângulo de deflexão que devem ser considerados e obedecidos no projeto e construção da LDAT.

Tabela 13: Espaçamentos Elétricos e Distâncias de Segurança para LDAT de 72,5kV

Natureza da Região ou Obstáculo Próximo ou Atravessado pela LDAT de 72,5kV

Distância “D” Mínima do Condutor

(m)

N.º do Desenho

Ângulo de Deflexão Mínimo

Locais acessíveis apenas a pedestres 6,00 010.06

- Locais onde circulam máquinas agrícolas 6,50 - Rodovias, ruas e avenidas 8,00 010.07 ≥ 15° Ferrovias não eletrificadas 9,00

010.08 ≥ 60° Ferrovias eletrificadas ou com previsão de eletrificação 12,00 Suporte de linha pertencente à ferrovia 4,00 NOTA 1 Águas navegáveis H + 2,00 NOTA 2

010.09 ≥ 15° Águas não navegáveis 6,00 LDATs de 550kV 6,00

010.10 ≥ 15°

LDATs de 242kV 3,00

LDATs de 72,5kV 1,70 Redes de Distribuição de 38kV 1,70 Redes de Distribuição ≤ 15kV 1,70 Redes de Telecomunicações 2,00 Paredes 3,00

010.11 - Telhados, terraços ou sacadas (não acessíveis a pedestres) 4,00 Telhados, terraços ou sacadas (acessíveis a pedestres) 6,00 Instalações transportadoras (Ex.: teleféricos) 3,00

010.12 - Veículos rodoviários e ferroviários 3,00

NOTA 1: Distância mínima exigida na NBR 5422.

NOTA 2: O valor H corresponde à altura, em metros, entre a superfície da água e o topo do maior mastro. Este valor deve ser fixado pela autoridade responsável pela navegação na via considerada, levando-se em conta o nível máximo de cheia ocorrida nos últimos 10 anos.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

21/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

7.7.1 Travessia sobre Locais Acessíveis Apenas a Pedestres ou Onde Circulam Máquinas Agrícolas A distância de segurança que corresponde a altura do condutor da LDAT ao solo em locais acessíveis somente a pedestres deve ser no mínimo 6m e onde circulam máquinas agrícolas deve ser no mínimo 6,5m, conforme apresentado no Desenho 010.06.

7.7.2 Travessias sobre Rodovias, Ruas e Avenidas A distância de segurança dos condutores á superfície do solo na condição de flecha máxima nos trechos da LDAT sobre rodovias, ruas e avenidas deve ser no mínimo 8m, conforme apresentado no Desenho 010.07. Além da distância de segurança, a LDAT deve atender aos seguintes requisitos: a) o projeto de LDAT deve evitar ao máximo possível as travessias; b) as estruturas de travessia sobre rodovias e avenidas devem ser obrigatoriamente de amarrações; c) a execução de travessia, deve ter uma autorização prévia do órgão responsável; d) o ângulo mínimo entre os eixos da LDAT e da rodovia deve ser 15º, conforme norma NBR 5422 e

detalhado no Desenho 010.07; e) as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domínio das rodovias, sempre que possível

em posição tal que a distância medida sobre a superfície do terreno, da estrutura à borda exterior do acostamento, seja maior que a altura da estrutura.

Em casos excepcionais, mediante acordo com a entidade responsável pela rodovia, as estruturas podem ser colocadas à distância inferiores às apresentadas na alínea “e” e até mesmo dentro da faixa de domínio das rodovias ou nos canteiros centrais de rodovias com pistas múltiplas.

7.7.3 Travessias Sobre Ferrovias A distância de segurança que corresponde a altura mínima do condutor da LDAT, sobre ferrovias não eletrificadas deve ser de no mínimo 9m e ferrovias eletrificadas deve ser de no mínimo 12m, conforme apresentado no Desenho 010.08. Além da distância de segurança, a LDAT deve atender aos seguintes requisitos: a) para a execução da travessia, deve ser previamente solicitado um termo de permissão ao órgão

responsável; b) a travessia deve ser projetada conforme o modelo apresentado no Desenho 010.08 e norma

NBR 5422; c) as estruturas de travessia sobre vias férreas devem ser obrigatoriamente de amarrações; d) as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domínio das ferrovias e em posição tal que a

menor distância medida sobre a superfície do terreno, do suporte ao trilho mais próximo, seja maior que a altura da estrutura;

e) sempre que possível às travessias sobre áreas das estações ferroviárias não devem ser projetadas. Em casos excepcionais, mediante acordo com o órgão responsável pela ferrovia a LDAT pode ser projetada.

Em travessia de LDAT quando a ferrovia for existente, deve ser previsto uma malha sobre a ferrovia exatamente no trecho da travessia, isso para proteger a ferrovia de um eventual rompimento do condutor sobre a linha férrea. O projeto da malha, assim como os custos envolvidos, deve ser acordado entre a Coelce e o órgão responsável pela ferrovia antes do projeto e construção da travessia da LDAT.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

22/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

7.7.4 Travessias Sobre as Águas Navegáveis ou Não Navegáveis A distância de segurança, que corresponde à altura do condutor da LDAT na condição de flecha máxima sobre águas navegáveis deve ser 2 metros + “H”, onde “H” corresponde a altura do topo do maior mastro à superfície da água, e para águas não navegáveis deve ser no mínimo 6m, conforme apresentado no Desenho 010.09. Além da distância de segurança, a LDAT deve atender aos seguintes requisitos: a) as estruturas de travessia sobre águas devem ser obrigatoriamente de amarração; b) o ângulo mínimo entre o eixo da LDAT e o curso de água deve ser de 15º, conforme Desenho

010.09 e norma NBR 5422.

7.7.5 Travessia sobre Linhas e Redes A distância de segurança que corresponde à altura mínima do condutor da LDAT, sobre linhas de distribuição aéreas de alta tensão e redes de distribuição de média tensão, ou redes de telecomunicações deve ser calculada conforme especificado na norma NBR 5422. Na Tabela 13 são apresentados os valores das distâncias de segurança, e no Desenho 010.10 os detalhes. Além da distância de segurança, a LDAT deve atender aos seguintes requisitos: a) o ângulo mínimo entre os eixos das redes de telecomunicações, rede de distribuição de média

tensão ou LDATs deve ser de 15º, conforme especificado no Desenho 010.10 e na NBR 5422; b) a LDAT de mais elevada tensão deve sempre ser projetada em nível superior; c) sempre que uma LDAT projetada estiver em nível superior a uma LDAT, rede de distribuição ou

redes de telecomunicações, o projeto deve atender aos requerimentos da norma NBR 5422; d) travessias sobre redes de distribuição de até 34,5kV e redes de telecomunicações não

necessitam de apresentação de projetos de travessias, devendo, caso seja solicitado pelos proprietários dessas redes ou linhas, ser apresentado projeto plotado (perfil e planta) da LDAT, com indicação das alturas dos cabos das instalações atravessadas no eixo de cruzamento.

7.7.6 Distância de LDAT para Paredes, Telhados, Terraços ou Sacadas A distância de segurança que o projetista deve prever entre o condutor da LDAT e uma parede deve ser no mínimo 3m, conforme apresentado no Desenho 010.11. Enquanto à distância de segurança que o projetista deve prever entre o condutor da LDAT e um telhado, terraço ou sacada deve ser de no mínimo 4m, conforme apresentado no Desenho 010.11.

As distâncias indicadas no Desenho 010.11 para terraços, telhados ou sacadas não são válidas para os casos em que os mesmos sejam acessíveis a pessoas. Nestes casos, à distância de segurança da LDAT ao terraço, telhado ou sacada deve ser no mínimo 6m. As distâncias devem ainda ser aumentadas convenientemente, se isso se fizer necessário, em vista da existência de equipamentos como guindastes ou andaimes, piscinas, jardins, ou da execução de trabalhos de conservação, extinção de incêndios, etc.

7.7.7 Distância de LDAT para Instalações Transportadoras, Veículos Rodoviários e Ferroviários A distância mínima de segurança que o projetista deve prever entre o condutor da LDAT e instalações transportadoras (teleféricos, bondinhos, etc.), veículos rodoviários e ferroviários deve ser no mínimo 3m, conforme apresentado no Desenho 010.12.

8 PROJETO O projeto deve ser elaborado com a inteira responsabilidade do projetista, considerando os aspectos elétricos e dimensionais dos postes e estruturas, seguindo o que determina este critério. Nas plantas do projeto da LDAT o projetista deve adotar as simbologias apresentadas no Desenho 010.15.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

23/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

8.1 Apresentação do Projeto Os projetos para análise devem ser apresentados em 2 (duas) vias, plotados em papel opaco e em meio magnético. A pasta do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes requisitos.

8.1.1 Identificação do Engenheiro Responsável A empresa responsável pelo projeto deve apresentar a identificação, comprovação de credenciamento junto a Coelce, o número do telefone e o endereço do responsável técnico.

8.1.2 Documentação Deve ser apresentada a seguinte documentação: a) uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART; b) cópia do Certificado de Credenciamento para elaboração de projeto e execução de obras, emitido

pela Coelce, caso necessário; c) licença junto aos órgãos responsáveis, nos casos de travessias de ferrovias, rodovias ou

aproximação de aeroportos; d) licença emitida pelo órgão responsável pela preservação do meio ambiente; e) fichas cadastrais dos proprietários, conforme modelo apresentado no Anexo A; f) Termo de Permissão de Passagem para Levantamento Topográfico quando a LDAT cruza

terrenos de terceiros, conforme modelo apresentado no Anexo B; g) solicitação de documentação para Indenização de Faixa de Servidão, conforme modelo

apresentado no Anexo C. h) resumo de Custo de Indenização de Linha de Distribuição Aérea de Alta Tensão, conforme Anexo

D.

8.1.3 Planta Nos desenhos das plantas o projetista deve adotar a simbologia apresentada no Desenho 010.15.

Na pasta do projeto devem constar as seguintes plantas e documentos adicionais: a) Mapa de Reconhecimento; b) Perfil Planialtimétrico; c) Mapa Chave; d) Desenho dos detalhes a seguir, em plantas individuais:

− cruzamento de linhas e redes; − travessias de rios; − travessias de rodovias; − travessias de ferrovias; − estaiamento especial; − desenho e montagem de estruturas especiais, com a justificativa da não utilização das

estruturas padronizadas nos PE-044, PE-045, PE-046, PE-047, PE-048 e PE-049. e) documentos adicionais

− folha de locação; − tabela de tensionamento; − laudo técnico de avaliação e levantamento cadastral de proprietários.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

24/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

8.1.4 Memorial de Cálculo do Aterramento da LDAT Este memorial deve conter os cálculos dos aterramentos, a configuração da malha de cada estrutura, com a quantidade de hastes e tipo do solo.

8.1.5 Memorial Descritivo O Memorial Descritivo deve ser elaborado conforme modelo apresentado no Anexo E.

8.2 Análise e Aceitação do Projeto Os projetos elaborados por terceiros devem ser analisados pela Coelce e seguir as seguintes prescrições: a) para aceitação pela Coelce o projeto deve, obrigatoriamente, estar de acordo com as normas e

padrões da Coelce, com as normas da ABNT e com as Normas e resoluções expedidas pelos órgãos oficiais competentes;

b) após análise do projeto, a Coelce deve devolver uma via ao interessado, para providências; c) toda e qualquer modificação no projeto já aceito, somente pode ser feita através do responsável

pelo mesmo, mediante consulta a Coelce; d) a Coelce não receberá a obra caso haja discordância com o projeto aceito.

9 EXECUÇÃO, FISCALIZAÇÃO E COMISSIONAMENTO O projeto e demais documentação legal deve estar disponível, a qualquer hora, no local da obra.

9.1 Procedimentos de Execução Durante as etapas de levantamento de dados no campo, de projeto e de construção das linhas, devem ser seguidos os Procedimentos de Execução - PEX, relativos a cada atividade que esteja sendo executada.

9.1.1 Faixa de Servidão A empresa responsável pela execução da obra deve fazer uma adequada limpeza da faixa de servidão, conforme especificado nos seguintes Procedimentos de Execução: – PEX-027 – Desmatamento e Redesmatamento de Redes de MT e AT (15kV e 72,5kV); – PEX-051 – Construção e/ou Reforma de Linha de Distribuição de Alta Tensão.

9.1.2 Codificação de Postes e Estruturas A empresa responsável pela execução da obra deve codificar os Postes e Estruturas de acordo com o procedimento de execução PEX-061. Além disso, devem ser observados e adotados os seguintes procedimentos: a) quando o posteamento mudar de lado da rua, deve tomar o número da trilha correspondente, par

(lado direito) e ímpar (lado esquerdo); b) quando um poste for deslocado do seu local de origem para outro local da LDAT, este poste deve

receber o código, adequado ao novo local; c) quando um poste codificado for danificado e for necessário substituí-lo por outro no mesmo local

até 1(um) metro de distância, este novo poste deve receber o mesmo código do poste que foi retirado da LDAT;

d) interligação de LDAT em estrutura tipo derivação deve ser pintado só um número para cadastramento, embora o poste deva ser cadastrado nos dois circuitos;

e) quando, por qualquer motivo, o poste pertencente a uma SUBESTAÇÃO/LDAT passar a pertencer a outra, é necessário fazer alteração no cadastro da LDAT informando que o poste

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

25/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

ficou pertencendo a uma nova SUBESTAÇÃO/LDAT. A codificação existente no poste não será alterada;

f) o campo da codificação deve ser pintado com aplicação de duas demãos de tinta esmalte sintético na cor amarela, notação Munsell 5y8/12;

g) na codificação do poste será pintado sobre o campo amarelo, apenas o código operacional da LDAT e o número seqüencial do poste, para os padrões rural e urbano. Nos casos de intercalação de postes onde não seja possível renumerar a linha toda devido envolver um custo significativo, recomenda-se que os postes intercalados sejam numerados segundo as letras A, B, C, conforme apresentado na Figura 1:

Figura 1: Codificação de poste - Intercalação

h) os algarismos e letras devem ser pintados na cor preta, notação Munsell n.º 1 e possuir os tipos e dimensões indicados no PEX-061 com duas demãos de esmalte sintético;

i) o campo deve ser pintado na face lisa do poste. Quando a face lisa não estiver para o lado da rua, pintar na face voltada para o lado de crescimento da numeração, conforme detalhado no PEX-061;

j) no caso de estruturas tipo H (HAR, HAL, HAB) com 2 postes, ou com 3 postes, tipo HALA, a numeração deve ser feita no poste mais próximo da rua, conforme já apresentado nos itens anteriores;

k) quando houver descida de cano de ferro ou eletroduto, do lado do poste que dá para rua ou estrada, o campo e os códigos devem ser pintados neste mesmo lado, só que na vertical, sendo o código operacional da LDAT a esquerda e o número do poste a direita do eletroduto, conforme detalhado no PEX-061.

9.2 Fiscalização e Comissionamento da Obra A área responsável pela fiscalização da nova linha deve acompanhar todo o processo de construção constante nos procedimentos de execução: PEX-027, PEX-051 e PEX-061.

Um ponto importante que o fiscal da obra deve observar é o que diz respeito a utilização de termômetro e dinamômetro para o correto tensionamento dos cabos de acordo com as trações especificadas no projeto. A não utilização desses equipamentos deve ser informada pelo fiscal no relatório de fiscalização para futura avaliação junto as Áreas envolvidas e maior acompanhamento das flechas da LDAT. Além disso, na fase de fiscalização e comissionamento deve ser contemplado: a) a Coelce fiscaliza os projetistas/empresas parceiras contratadas para elaboração dos projetos,

devendo os mesmos informarem toda a metodologia e ferramentas utilizadas para tal, e que atenda a todos os itens especificados nos contratos para execução de serviço;

b) antes de ser energizada, a LDAT deve ser cuidadosamente inspecionada a fim de verificar a conformidade com o projeto, com as normas técnicas e o seu correto acabamento;

c) uma cópia do relatório de inspeção deve ser fornecida ao construtor para que o mesmo possa adotar medidas corretivas necessárias;

d) verificar a adequada sinalização e pintura; e) verificar o acabamento e concerto de calçadas; f) deve ser dada atenção especial aos postes da LDAT implantados muito próximos aos muros e

edificações, devido às calçadas estreitas, isso para não possibilitar o acesso de terceiros às

30A 30B 30C 31A 31B 31C

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

26/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

residências utilizando as gavetas do postes. Para isso, as gavetas mais próximas do solo devem ser completadas com argamassa;

g) observar a limpeza de todos os locais utilizados durante a execução da obra, devendo todos os lugares ficarem limpos e livres de qualquer tipo de entulho, sobras de construção, galhos, gravetos, etc..

Para uma melhor fiscalização e entendimento, o inspetor deve ter a consciência que a convenção do faseamento das LDATs a ser seguida é a convencionada pela CHESF, devendo um observador de costas para fonte e olhando de frente para a estrutura, as fases devem iniciar da esquerda para direita independente da estrutura.

9.3 Medição de Aterramento nas Fases de Construção e Comissionamento

9.3.1 Medição de Resistência de Pé de Estrutura A medição de resistência de pé de estrutura, deve ser realizada observando os seguintes critérios: – durante as medições em estrutura que possuam para-raios, os mesmos devem ser totalmente

isolados da estrutura; – os eletrodos auxiliares tem um comprimento de 70cm, e a cravação dos mesmos deve ser

executada na vertical de modo firme e contínuo, a uma profundidade de aproximadamente 60cm; – as medições devem ser realizadas com solo mais seco possível. Recomenda-se que não sejam

executados ensaios em dias chuvosos ou sujeitos a trovoadas; – quando o cabo do aterramento não estiver embutido no poste, o mesmo deve ser instalado via

um eletroduto; – em hipótese alguma a haste de terra deve ser aterrada no mesmo buraco do poste. – a resistência de aterramento de pé de torre deve atingir um valor o mais próximo possível de 20Ω

(ohms).

9.3.2 Medição da Resistência de Aterramento durante a Fase de Construção Na fase de construção, após concluído o aterramento, a empresa responsável pela execução do serviço deve realizar as medições de aterramento nas estruturas definidas no memorial de cálculo de aterramento com as piores resistividades do solo, isso ao longo dos diversos trechos da LDAT.

Após concluir as medições de aterramento da LDAT a empresa responsável pela execução do serviço deve emitir um Relatório Final de Medição de Resistência de Aterramento contendo os valores medidos com o horário e a data da medição. Este relatório será submetido a aprovação da Coelce e caso considere necessário a mesma poderá solicitar novas medições de resistência de terra.

9.3.3 Medição da Resistência de Aterramento durante a Fase de Comissionamento A empresa, ou área de Coelce, responsável pelo comissionamento da LDAT deve escolher 10% das estruturas da LDAT e realizar novas medições de resistência de terra para verificar a veracidade do relatório e memorial de cálculo emitido pela empresa responsável pelo projeto e de execução da obra. Esta amostragem deve ser por tipo de solo.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

27/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

ANEXOS Anexo A – Ficha Cadastral de Proprietários

Anexo B – Termo de Permissão para Levantamento Topográfico

Anexo C– Documentação para Indenização de Faixa de Servidão de LDAT

Anexo D – Resumo de Custo de Indenização de LDAT

Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo

Desenho 010.01 – Modelo Orientativo – Perfil Planialtimétrico

Desenho 010.02 – Tipos de Engastamentos de Postes

Desenho 010.03 – Detalhes de Aterramento – Cruzamento sobre Cerca Eletrificada

Desenho 010.04 – Indicador de Corrente de Falha 72,5 kV para LDATs – Instalação em Cabo

Desenho 010.05 – Travessia - Modelo

Desenho 010.06 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Locais Acessíveis apenas a Pedestres ou onde Circulam Máquinas Agrícolas

Desenho 010.07 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Rodovias, Ruas e Avenidas

Desenho 010.08 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Ferrovias

Desenho 010.09 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Águas Navegáveis ou Não Navegáveis

Desenho 010.10 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Linhas e Redes

Desenho 010.11 – Distâncias Mínimas de Segurança – LDAT próxima a Paredes, Telhados, Terraços ou Sacadas

Desenho 010.12 – Distâncias Mínimas de Segurança – LDAT próxima a Instalações Transportadores, Veículos Rodoviários e Ferroviários

Desenho 010.13 – Tipos de Aterramento em Estruturas de Linhas de Transmissão

Desenho 010.14 – Medição da Resistividade

Desenho 010.15 – Simbologia

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

28/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

Anexo A – Ficha Cadastral de Proprietários

FICHA CADASTRAL DE PROPRIETÁRIOS

LDAT 72,5kV ____________________ / ____________________

FICHA CADASTRAL Nº: _________

PARCEIRA RESPONSÁVEL: ______________________________________________________________

NOME COMPLETO DO PROPRIETÁRIO: ____________________________________________________

______________________________________________________________________________________

IDENTIDADE: _________________________________ CPF: __________________________________

ENDEREÇO COMPLETO DA LOCALIDADE ATINGIDA PELA FAIXA DE SERVIDÃO: _______________

______________________________________________________________________________________

TELEFONE: __________________ FAX: _____________________ CELULAR: ____________________

ESTACA INICIAL: ________ +________ ESTACA FINAL: ________ + ________ LARGURA: _______ (m)

COMPRIMENTO: __________ (m) ÁREA: __________ (m2) ÁREA DA PROPRIEDADE: __________ (m2)

Item Benfeitorias (reprodutiva e não reprodutiva) Subtotal

(R$) Descrição Quantidade Unidade Preço unitário

TOTAL (R$) OBSERVAÇÕES GERAIS: ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________

Fortaleza, ________ de _____________________ de ________

__________________________________________

Parceira (Assinatura e Carimbo)

NOTA: Os dados aqui registrados terão que ser consistentes e quando necessário, sujeitos à comprovação técnica cuja responsabilidade é só do assinante da presente ficha cadastral.

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

29/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

Anexo B – Termo de Permissão para Levantamento Topográfico

PERMISSÃO PARA LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

Sr(a) __________________________________________________________________________

A Área da Engenharia de Rede AT, da Companhia Energética do Ceará – Coelce, leva ao conhecimento de

V.Sa, que estamos iniciando os estudos topográficos para a construção de uma Linha de Distribuição de

Alta Tensão (LDAT) de 72,5kV, interligando as localidades de ________________________ a

_________________________, com o objetivo de melhorar a qualidade de energia na sua região.

Solicitamos, portanto, permissão para darmos início ao levantamento topográfico, na sua propriedade,

buscando definir o encaminhamento real da linha.

Esclarecemos que o levantamento topográfico consiste em medições com instrumentos, fixação de piquetes

e provável poda de vegetação para abrir o caminhamento.

Caso a LDAT venha realmente a passar por dentro de sua propriedade, comunicaremos posteriormente, a

V.S.a para que possa providenciar a documentação necessária (RG (identidade); CPF; documento

comprobatório de propriedade ou posse do imóvel) para efetuarmos o pagamento da indenização que lhe

for devida.

Antecipadamente, agradecemos a atenção.

Área da Engenharia de Rede AT - Coelce

Fortaleza, ________ de ______________________ de ________

____________________________________

Assinatura do Proprietário ou Responsável

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

30/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

Anexo C – Documentação para Indenização de Faixa de Servidão de LDAT

SOLICITAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO PARA INDENIZAÇÃO DE FAIXA DE SERVIDÃO DE LDAT

Sr(a) __________________________________________________________________________________

A Área da Engenharia de Rede AT, da Companhia Energética do Ceará – Coelce, leva ao conhecimento

de V.S.a, que os estudos topográficos realizados em sua propriedade, concluíram da necessidade da Linha

de Distribuição de Alta Tensão (LDAT) de 72,5kV, que interligará as localidades de

_______________________ a _______________________, passar por dentro de sua propriedade.

Com efeito, deveremos proceder a devida indenização, pelo que de logo solicitamos providenciar os

seguintes documentos: RG (identidade); CPF; documento comprobatório de propriedade ou posse do

imóvel.

Objetivando a agilização dos serviços, solicitamos a V.S.a permissão para adentrarmos a sua propriedade,

para iniciarmos a execução dos serviços.

Antecipadamente, agradecemos a atenção.

Área da Engenharia de Rede AT - Coelce

Fortaleza, ________ de ______________________ de ________

____________________________________

Assinatura do Proprietário ou Responsável

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

31/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

Anexo D – Resumo de Custo de Indenização de LDAT

RESUMO DE CUSTO DE INDENIZAÇÃO DE LDAT

LDAT Exte

nsão

Área C

usto

Tot

al d

a In

deni

zaçã

o

Cus

to d

a In

deni

zaçã

o po

r km

Inde

niza

ção

por m

2

Cus

to T

otal

da

LDA

T

Perc

entu

al (%

) da

Inde

niza

ção

em

Rel

ação

ao

Cus

to

Tota

l da

LDA

T

Localidade Período

Urb

ana

Rur

al

Tota

l

(km) (m²) (m²) (m²) (R$) (R$/km) Ind./ m² (R$) (%)

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

32/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

33/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

SUMÁRIO

1. OBJETIVO

2. LOCALIZAÇÃO

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS

4. DADOS DE PROJETO

4.1. DADOS DO CABO

4.2. CONDIÇÕES AMBIENTAIS

4.3. HIPÓTESES DE CARREGAMENTO

4.3.1 Máximo Carregamento

4.3.2 Condição de Trabalho de Maior Duração (Condição Diária – EDS)

4.3.3 Flecha Mínima

5. VÃO BÁSICO x VÃO REGULADOR

6. CONDIÇÃO REGENTE DO PROJETO

7. LANÇAMENTO E PRÉ-TENSIONAMENTO

8. FLUÊNCIA METÁLICA

9. NIVELAMENTO E GRAMPEAMENTO

10. QUANTIDADE DE POSTES E ESTRUTURAS

11. ANEXO A

12. ANEXO B

13. ANEXO C

14. ANEXO D

15. ANEXO E

Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

34/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

1. OBJETIVO Construção de Linha de Distribuição de Alta Tensão (LDAT) de 72,5kV que tem como origem o barramento da SED PRESIDENTE KENNEDY e será interligada a SED MAGUARY, ambas de propriedade da Coelce.

2. LOCALIZAÇÃO

A LDAT 72,5kV PRESIDENTE KENNEDY / MAGUARY - 02P5 localiza-se no município de Fortaleza apresentando uma extensão de 5,1km.

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS As estruturas seguem o padrão urbano da Coelce, portanto tem uma configuração vertical e utilizam postes em concreto armado. Neste padrão de estruturas tanto as suspensões como as ancoragens são autoportantes.

De acordo com os estudos de fluxo de carga e queda de tensão realizados pela Área de Planejamento da Coelce, o cabo definido foi o cabo CAL 500mm². As cadeias de isoladores utilizam isoladores poliméricos para classe de tensão 72,5kV.

4. DADOS DE PROJETO O projeto foi desenvolvido de acordo com a norma NBR 5422, e foram utilizados os seguintes dados: 4.1 Dados do Cabo Material ......................................................................................................... Alumínio/Liga Código .......................................................................................................... GREELEY Formação ..................................................................................................... 37 fios Seção Nominal.............................................................................................. 469,80mm² Diâmetro Nominal ......................................................................................... 29,05mm Massa ........................................................................................................... 1.397kg/km Tração de Ruptura ........................................................................................ 14.583daN Módulo de Elasticidade Inicial ....................................................................... 4.500kg/mm² Módulo de Elasticidade Final ......................................................................... 5.976kg/mm² Coeficiente de Dilatação Térmica Inicial ........................................................ 23x10-5 1/ºC Coeficiente de Dilatação Térmica Final.......................................................... 23x10-5 1/ºC 4.2 Condições Ambientais Temperatura Mínima ..................................................................................... 15ºC Temperatura Máxima Média .......................................................................... 25ºC Temperatura Máxima no Condutor ................................................................ 85ºC Temperatura Coincidente com Vento Máximo ............................................... 20ºC Velocidade do Vento de Projeto .................................................................... 29,16 m/s

4.3. Hipóteses de Carregamento

A norma ABNT NBR 5422 prevê que na determinação dos esforços mecânicos nos cabos devam ser elaboradas as seguintes hipóteses de carregamento:

4.3.1 Máximo Carregamento – Temperatura - igual à temperatura coincidente por ocasião do vento máximo; – Velocidade do Vento - igual à velocidade do vento de projeto; – Tração Máxima nos Cabos - 6% da tração de ruptura do cabo.

Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

35/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

4.3.2 Condição de Trabalho de Maior Duração (Condição Diária - EDS) – Temperatura - igual à temperatura máxima média; – Velocidade do Vento - nula; – Tração Máxima nos Cabos - 3% da tração de ruptura do cabo.

4.3.3 Flecha Mínima – Temperatura - igual à temperatura mínima; – Velocidade do Vento - nula; – Tração Máxima dos Cabos - 6% da tração de ruptura do cabo.

Para os trechos urbanos, em função dos fatos já mencionados, os limites de tração impostos aos cabos assumem valores reduzidos em relação aos valores máximos admissíveis pela norma ABNT NBR 5422. Estes valores são variáveis em função dos vãos, uma vez que vãos pequenos apresentam fortes variações de tração em função da variação da temperatura, o que poderia exigir estruturas de ancoragem pesadas nestes vãos.

A Tabela de Locação e Parâmetros de Projeto, apresentada no Anexo A, mostra os valores das trações em cada hipótese de carregamento para cada tramo da LDAT.

5. VÃO BÁSICO x VÃO REGULADOR

Ao longo da LDAT foram estimados vários vãos básicos, a fim de se iniciar o processo de locação das estruturas sobre os perfis do terreno. Após se concluir a locação das estruturas de uma seção de tensionamento, foi calculado o vão isolado virtual que tem o mesmo comportamento mecânico do tramo. Este vão é denominado de vão regulador, o qual será usado para calcular a curva para locação definitiva das estruturas em questão.

6. CONDIÇÕES REGENTES DE PROJETO

A partir do valor da tração de partida de projeto (EDS), são verificados para cada valor de vão básico adotado, os esforços máximos de tração calculados para as condições limitantes (temperatura mínima e vento máximo).

Estes esforços máximos deverão ser inferiores aos limitantes adotados nas condições de carregamento. Para isso, torna-se necessário em determinados valores de vão básico adotado, diminuir o valor da tração de partida de projeto (EDS). Quando isso ocorre aparece na coluna “condição de governo” a descrição “temperatura mínima” ou “vento máximo”. Quando na coluna “condição de governo” aparece “EDS”, significa que o valor da tração de partida de projeto (EDS) atende as condições de carregamento do cabo.

Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

36/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

7. LANÇAMENTO E PRÉ-TENSIONAMENTO

Nos trechos urbanos os cabos deverão ser lançados sobre roldanas de baixo atrito e permanecer em repouso com uma tração de 2% da tração de ruptura dos cabos, por um período de 3 horas, depois permanecer em repouso com uma tração de 5% da tração de ruptura dos cabos, por um período de 1 hora.

Durante o lançamento, pré-tensionamento nivelamento e grampeamento dos cabos deverão ser tomados medidas adicionais de estaiamento das estruturas a fim de que os esforços dinâmicos e estáticos destas operações não venham a comprometer a integridade das estruturas e o seu engastamento no solo.

8. FLUÊNCIA METÁLICA

Os valores dos alongamentos dos cabos, resultantes do efeito da fluência metálica foram calculados a partir das equações de Harvey e Larson, metodologia recomendada pelo IEEE. O período considerado foi de 10 anos.

O alongamento final considerado para locação das estruturas foi resultado do alongamento total durante o período acima, aplicando-se a tração da condição diária, deduzindo-se as parcelas ocorridas durante o lançamento e pré-tensionamento dos cabos.

9. NIVELAMENTO E GRAMPEAMENTO

Após serem atendidas as exigências de lançamento e pré-tensionamento, os cabos deverão ser tensionados/nivelados e grampeados, de modo a garantir as distâncias de segurança previstas no projeto e não aplicar esforços sobre as estruturas acima dos valores especificados.

A tabela de tensionamento mostra as trações dos cabos para diversas temperaturas, em cada tramo, bem como os valores das flechas de cada vão, de todos os tramos, para cada uma das temperaturas da tabela.

Vale salientar que os valores de temperatura da tabela deverão ser comparados com os valores de temperatura dos cabos medida no ato do nivelamento e a partir daí encontrado na tabela o valor correspondente da tração dos cabos bem como o valor das flechas dos vãos escolhidos como vãos de controle do nivelamento de cada tramo.

Os valores de tração foram calculados por programa computacional e baseiam-se nas curvas tensão x deformação de cabos, referência “THE ALUMINUM ASSOCIATION - 1969”, para as condições de carregamento adotadas.

Para se obter as flechas foi usado a equação da catenária aplicada para cada vão, de todos os tramos, nas diversas trações correspondentes a cada temperatura.

10. QUANTIDADE DE POSTES E ESTRUTURAS QUANTIDADE DE ESTRUTURAS 67 CVAR 600/17 21 CVAR 1000/20 18 CVAL 2400/17 24 CVALA 2400/17 01 CVAB 2400/17 01 CVAG 2400/20 02

Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)

Código

Página

Revisão

Emissão

CRITÉRIO DE PROJETO CP-010

37/54

02

JUN/2013

LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT

CLASSE DE TENSÃO 72,5kV

Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (conclusão)

QUANTIDADE DE POSTES 89 600/17 21 1000/20 18 2400/17 26 2400/20 24 11. ANEXO A - TABELA DE LOCAÇÃO E PARÂMETROS DE PROJETO

12. ANEXO B - TABELA DE TENSIONAMENTO

13. ANEXO C - LISTA DE MATERIAL

14. ANEXO D - ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART

15. ANEXO E - INFORME AMBIENTAL PRELIMINAR - RPA-10/01

S/EINSTALAÇÃO EM CABOPARA LDAT's

27 12 04

14 06 13

1/1

010.04

41/52

R-02

Editado

Substitui Des. N°

010.07

MATHEUS LUCENAlceeoc

FELIPE CARDOSO

INDICADOR DE CORRENTE DE FALHA 72,5kV

Verificado

De Acordo

14 06 13

Código / Revisão

Desenho N°

Folha

Escala / Página

CP-010

ROBERTO GENTIL 14 06 13

VER DETALHE 1

DETALHE 1

INSTALAÇÃO DO INDICADOR DE CORRENTE

DE FALHA 72,5kV EM CABOS

br0032350883
rodape