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Estes resultados sugerem que intervenções nas escolas voltadas para mudança de hábitos alimentares nessa população podem ser importantes na prevenção e controle da obesidade. http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.040 42086 CONSUMO DE MEDICAMENTOS, PADRÃO DE SONO E ES- TADO NUTRICIONAL EM TRABALHADORES EM TURNOS Sabrina Gonçalves Resende, Graciele Cristina Silva, Dayane Eusênia Rosa, Maria Carliana Mota, Mariana Silva Alves, Cibele Aparecida Crispim UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA E-mail address: [email protected] (S.G. Resende) Resumo O trabalho em turno é associado a problemas de saúde, incluindo desordens metabólicas e nutricionais, psicológicas e gastrointestinal. Esses problemas podem estar associados com privação do sono, se- dentarismo e dessincronização do ritmo circadiano. Devido à alta ocorrência de problemas de saúde nessa população, o uso de medi- camentos pode ser maior entre esses trabalhadores. No entanto, este assunto é escasso na literatura. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o consumo de medicamentos, padrão de sono e estado nu- tricional de trabalhadores em turnos. Métodos Todos os trabalha- dores que trabalhavam em turnos em uma empresa de processa- mento avícola no estado de Goiás, Brasil, com idade de 18 a 60 anos, foram convidados para participar do estudo. 1341 aceitaram partici- par. Foi aplicado um questionário para avaliar dados sócio-demo- grácos, turno de trabalho, padrão de sono e consumo de medica- mentos. Foram obtidas as variáveis antropométricas (peso, altura e circunferência da cintura). Resultados A maioria dos trabalhadores trabalham no turno early-morning (39,44%), são mulheres (63,0%), sedentários (75,1%) e apresentam uma alta prevalência diária no consumo de medicamentos (70,9%). As classes de medicamentos mais consumidas foram os analgésicos (37,4%), relaxantes musculares (30,9%), antiácidos (11,1%), hormônios (10.`,0%) e anti-inamatórios não esteroidais (5,9%). Os trabalhadores do turno noturno apre- sentaram uma média de quantidade de horas dormidas sema- nalmente menor (6,96 h), maior mediana de peso (69,8 kg) e de circunferência da cintura (90 cm) que os trabalhadores do turno early morning, diurno e vespertino (média de duração do sono: 7,07 h; 7,50 h e 7,02 h para trabalhadores do turno early morning, diurno e vespertino respectivamente, p ¼0 o0,001; CC: 86,0 cm, 88,75 cm, 87,0 cm para trabalhadores do turno early morning, diurno e ves- pertino respectivamente, p ¼0,002). Na análise de regressão linear ajustada para idade, foi encontrada uma signicante associação po- sitiva entre IMC e número de classes de medicamentos consumidas para o turno vespertino (p¼0,04, β ¼0,184, R 2 ¼0,05). Conclusão A prevalência no consumo de medicamentos entre os turnos é elevada, está associada com o estado nutricional. Trabalhadores do turno noturno apresentaram maior privação de sono. Esses resul- tados demonstram a necessidade de realizar programas de inter- venção relacionados ao uso correto de medicamentos, qualidade de sono e dicas de alimentação saudável. http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.041 42066 CORRELAÇÃO CLÍNICA-POLISSONOGRAFIA DOS DI- FERENTES DISTÚRBIOS DO SONO LEONARDO DAVID CREMA MIRANDA, GIULIANA MACEDO MENDES, JEANIA CHRISTIELIS DAMASCENO DE SOUZA HOSPITAL GERAL DE GOIÂNIA E-mail address: [email protected] (L.D. C. MIRANDA) Resumo O sono tem importância na qualidade de vida e, portanto dis- túrbios de sono têm impacto na sociedade moderna. A correlação de queixas clínicas associadas a achados em polissonograa (PSG) auxilia na investigação desses diversos distúrbios e contribui para o tratamento dos pacientes. Objetivo Correlacionar queixas frequentes relacionadas ao sono com os resultados PSG. Material e Métodos Foi realizado um estudo retrospectivo, com 123 pacientes en- caminhados para realização de PSG com base em questionário pré- exame. Foi utilizado o programa Microsoft s Excel 2007 para ta- bulação dos dados e a análise estatística foi realizada pelo programa SPSS s for Windows s , versão 16.0. Para avaliar a inuencia de variáveis como ronco, cansaço ao acordar, insônia, sono leve e so- nolência excessiva diurna, em relação aos resultados vde PSG. For- am utilizados os testes Qui Quadrado e Exato de Fisher para dados não paramétricos (não normais) com nível de signicância p o0,05. Resultados A principal queixa encontrada foi ronco (61%), seguida de cansaço ao acordar (54,5%) e insônia (39,8%) e os principais diag- nósticos em PSG encontrados foram Ronco Primário (82,1%) e Síndrome da Apneia do Sono (59,3%). Em relação à insônia, foram considerados insônia de manutenção (26,8%) e insônia inicial (18,7%), apenas 4% dos pacientes submetidos ao exame apre- sentaram algum tipo de queixa, porém sem anormalidades na PSG. Conclusão Estudos realizados em laboratório de sono, auxiliam na Abstracts of XV Brazilian Sleep Congress / Sleep Science 8 (2015) 169255 189

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Estes resultados sugerem que intervenções nas escolasvoltadas para mudança de hábitos alimentares nessa populaçãopodem ser importantes na prevenção e controle da obesidade.

http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.040

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CONSUMO DE MEDICAMENTOS, PADRÃO DE SONO E ES-TADO NUTRICIONAL EM TRABALHADORES EM TURNOS

Sabrina Gonçalves Resende, Graciele Cristina Silva,Dayane Eusênia Rosa, Maria Carliana Mota, Mariana Silva Alves,Cibele Aparecida Crispim

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIAE-mail address: [email protected] (S.G. Resende)

Resumo

O trabalho em turno é associado a problemas de saúde, incluindodesordens metabólicas e nutricionais, psicológicas e gastrointestinal.Esses problemas podem estar associados com privação do sono, se-dentarismo e dessincronização do ritmo circadiano. Devido à altaocorrência de problemas de saúde nessa população, o uso de medi-camentos pode ser maior entre esses trabalhadores. No entanto, esteassunto é escasso na literatura. Portanto, o objetivo deste estudo foiavaliar o consumo de medicamentos, padrão de sono e estado nu-tricional de trabalhadores em turnos. Métodos Todos os trabalha-dores que trabalhavam em turnos em uma empresa de processa-mento avícola no estado de Goiás, Brasil, com idade de 18 a 60 anos,foram convidados para participar do estudo. 1341 aceitaram partici-par. Foi aplicado um questionário para avaliar dados sócio-demo-gráficos, turno de trabalho, padrão de sono e consumo de medica-mentos. Foram obtidas as variáveis antropométricas (peso, altura ecircunferência da cintura). Resultados A maioria dos trabalhadorestrabalham no turno early-morning (39,44%), são mulheres (63,0%),sedentários (75,1%) e apresentam uma alta prevalência diária noconsumo de medicamentos (70,9%). As classes de medicamentosmais consumidas foram os analgésicos (37,4%), relaxantes musculares(30,9%), antiácidos (11,1%), hormônios (10.`,0%) e anti-inflamatóriosnão esteroidais (5,9%). Os trabalhadores do turno noturno apre-sentaram uma média de quantidade de horas dormidas sema-nalmente menor (6,96 h), maior mediana de peso (69,8 kg) e decircunferência da cintura (90 cm) que os trabalhadores do turno earlymorning, diurno e vespertino (média de duração do sono: 7,07 h;7,50 h e 7,02 h para trabalhadores do turno early morning, diurno evespertino respectivamente, p¼0o0,001; CC: 86,0 cm, 88,75 cm,87,0 cm para trabalhadores do turno early morning, diurno e ves-pertino respectivamente, p¼0,002). Na análise de regressão linearajustada para idade, foi encontrada uma significante associação po-sitiva entre IMC e número de classes de medicamentos consumidaspara o turno vespertino (p¼0,04, β¼0,184, R2¼0,05).

Conclusão

A prevalência no consumo de medicamentos entre os turnos éelevada, está associada com o estado nutricional. Trabalhadores do

turno noturno apresentaram maior privação de sono. Esses resul-tados demonstram a necessidade de realizar programas de inter-venção relacionados ao uso correto de medicamentos, qualidadede sono e dicas de alimentação saudável.

http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.041

42066

CORRELAÇÃO CLÍNICA-POLISSONOGRAFIA DOS DI-FERENTES DISTÚRBIOS DO SONO

LEONARDO DAVID CREMA MIRANDA,GIULIANA MACEDO MENDES,JEANIA CHRISTIELIS DAMASCENO DE SOUZA

HOSPITAL GERAL DE GOIÂNIAE-mail address: [email protected] (L.D.C. MIRANDA)

Resumo

O sono tem importância na qualidade de vida e, portanto dis-túrbios de sono têm impacto na sociedade moderna. A correlaçãode queixas clínicas associadas a achados em polissonografia (PSG)auxilia na investigação desses diversos distúrbios e contribui parao tratamento dos pacientes.

Objetivo

Correlacionar queixas frequentes relacionadas ao sono com osresultados PSG.

Material e Métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo, com 123 pacientes en-caminhados para realização de PSG com base em questionário pré-exame. Foi utilizado o programa Microsoft s Excel 2007 para ta-bulação dos dados e a análise estatística foi realizada pelo programaSPSSs for Windowss, versão 16.0. Para avaliar a influencia devariáveis como ronco, cansaço ao acordar, insônia, sono leve e so-nolência excessiva diurna, em relação aos resultados vde PSG. For-am utilizados os testes Qui Quadrado e Exato de Fisher para dadosnão paramétricos (não normais) com nível de significância po0,05.

Resultados

A principal queixa encontrada foi ronco (61%), seguida decansaço ao acordar (54,5%) e insônia (39,8%) e os principais diag-nósticos em PSG encontrados foram Ronco Primário (82,1%) eSíndrome da Apneia do Sono (59,3%). Em relação à insônia, foramconsiderados insônia de manutenção (26,8%) e insônia inicial(18,7%), apenas 4% dos pacientes submetidos ao exame apre-sentaram algum tipo de queixa, porém sem anormalidades na PSG.

Conclusão

Estudos realizados em laboratório de sono, auxiliam na

Abstracts of XV Brazilian Sleep Congress / Sleep Science 8 (2015) 169–255 189

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compreensão das queixas e auxilia o neurologista a identificar emseus pacientes diversos diagnósticos relacionados.

http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.042

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CORRELAÇÃO ENTRA A ÁREA DE SECÇÃO TRANSVER-SA OROFARÍNGEA E A GRAVIDADE DA APNEIA OBS-TRUTIVA DO SONO: UM ESTUDO PILOTO

Paulo Augusto Vitorino, Jackson Ítalo Tavares da Rocha,Hilton Justino da Silva, Danielle Cristina Silva Clímaco,Isaac Vieira Secundo, Adriana de Oliveira Camargo Gomes,Ana Carolina Cardoso de Melo, Danielle Andrade da Cunha,Anna Myrna Jaguaribe de Lima

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCOE-mail address: [email protected] (A.M. Jaguaribe de Lima)

Resumo

Introdução e Objetivo

A apneia obstrutiva do sono (AOS) consiste em episódios de in-terrupção total ou parcial das vias aéreas superiores (VAS) durante osono, levando à queda na saturação do oxigênio e fragmentação dosono. O diagnóstico da AOS é realizado com avaliação clínica e com arealização da polissonografia, considerado o método padrão ouro parao diagnóstico. Como forma de avaliação alternativa auxiliar, tem secogitado o uso da faringometria acústica (FA), a fim de verificar ageometria da cavidade orofaríngea e, consequentemente, se há di-minuição no diâmetro dos espaços anatômicos desta região. Destaforma, o objetivo deste estudo foi correlacionar a área de secçãotransversa orofaríngea (ASTO) e a gravidade da AOS.

Métodos

Foram avaliados 17 pacientes (13 mulheres; 4 homens), com idademédia de 53,4711,7 anos e índice de massa corpórea (IMC) de33,278,4 kg/m2. Todos os selecionados já possuíam PSG prévia eforam submetidos à avaliação por meio da FA para obtenção dasmedidas da geometria faríngea. A AST foi obtida em todos os in-divíduos através do faringograma. Para análise estatística, foi utilizadoo programa Bioestat 5.0. Para avaliar se os dados possuíam distribuiçãonormal foi aplicado o teste de Kolmogorov-Smirnov e a fim de ver-ificar a existência de correlação, o coeficiente de correlação de Pearson.

Resultados

Quanto ao IAH dos pacientes avaliados, a distribuição foi a se-guinte: 2 indivíduos (11,8%) sem AOS (IAHo5 eventos/h), 5 in-divíduos (29,4%) com AOS leve (54 IAHo15 eventos/h), 4 in-divíduos (23,5%) com AOS moderada (154 IAHo30 eventos/h) e6 indivíduos (35,28%) com AOS grave (IAH430 eventos/h). Foiobservada uma correlação negativa fraca (r¼-0.3068).

Conclusão

De acordo com os resultados do presente trabalho, foi observadauma correlação fraca entre a ASTO e a gravidade da AOS. No entanto,

como se trata de um estudo piloto, ampliaremos a amostra demaneira representativa, a fim de atingir o valor estipulado pre-viamente através de cálculo amostral, estabelecendo de maneira fi-dedigna se há relação entre a AST orofaríngea e a gravidade da AOS.

http://dx.doi.org/10.1016/j.slsci.2016.02.043

42204

CORRELAÇÃO ENTRE A GRAVIDADE DA APNEIA OBS-TRUTIVA DO SONO E O VOLUME DAS CAVIDADES NA-SAIS: UM ESTUDO PILOTO

Jackson Italo Tavares da Rocha, Paulo Augusto Vitorino,Ana Carolina Cardoso de Melo, Daniele Cristina Silva Climaco,Isaac Vieira Secundo, Adriana de Oliveira Camargo Gomes,Hilton Justino da Silva, Anna Myrna Jaguaribe de Lima,Daniele Andrade da Cunha

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCOE-mail address: [email protected] (A.M. Jaguaribe de Lima)

Resumo

Introdução

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma disfunção da respiraçãoque gera diversas interrupções no sono e, consequentemente, quadrosde hipersonolência diurna, dificuldades de atenção e concentração, ir-ritabilidade, além de disfunções cardiovasculares. Sobre o diagnósticodesta doença, a polissonografia (PSG) é o padrão ouro, atribuindo grausdiferentes aos pacientes diagnosticados com AOS. Existem ainda di-versos procedimentos para diagnósticos complementares, dentre eles arinometria acústica (RA). Por meio da avaliação, dentre outras variáveis,do volume (V) da cavidade nasal, este exame busca observar alteraçõesanatômicas que elucidem a presença de possíveis obstruções nas cavi-dades nasais do indivíduo.

Objetivo

Correlacionar a gravidade da AOS e o volume das cavidadesnasais, em pacientes com AOS.

Métodos

17 pacientes, sendo 13 mulheres (76,47%) e 4 homens (23,53%),com média de idade de 53,4711,16 anos, IMC 32,2578,49 m/kg2,submetidos previamente a PSG. Posteriormente foi realizada a RA,em sala previamente preparada para o procedimento. Para análiseestatística foram utilizados o teste de normalidade de Komogorov-Smirnov e o coeficiente de correlação de Pearson.

Resultados

A partir da PSG, dos participantes deste estudo 2 pacientes (11,7%)não tiveram diagnóstico de AOS (IAH 2,570,7 eventos/h), 5 (29,4%)apresentavam AOS leve (IAH 7,472,76 eventos/h), 4 (23,5%) AOSmoderada (IAH 19,574,0 eventos/h) e 6 (35,2%) AOS grave (IAH57,7724,07 eventos/h). A média dos volumes das cavidades nasaisdireita e esquerda da população estudada, obtidos com a RA, foi de8,4274,19 cm3. Não foi encontrada correlação entre o volume das

Abstracts of XV Brazilian Sleep Congress / Sleep Science 8 (2015) 169–255190