correcaode defeitos de. fala.€¦ · correcaode defeitos de. fala. relato de l.m6. experi~ncia. i....

23
.. .. CoRREcAo DE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L •• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao dB ling6Istica para 0 en- sino da lingua portuguesa. pareceu-n06 0 quadro ideal para divulgarmos esta experiencia referente a dois de- feitos de fala. Nac so por se ligar ao tema geral. mas. sobretudo. porque esta experiencia, supomes, podera vir a ter alguma utilidade para professores de 1 9 e2 9 graus, os primeiros a enfrentar, perplexos, os problem~ oriundos de tais defeitos. o G.E.L. revela grande sensibilida- de ao proper aos participantes de seus seminaries uma reflexeo a respeito da responsabilidade que incumbe aos cursos universitarios. em relaoeo ao ensino de 1 9 e2 9 graus. Certos meios universitarios. alias, padecem do vezo de olhar, com displicente altivez, tra~ balhos que estejam voltados para soluooes praticas de

Upload: others

Post on 18-Jul-2020

15 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

.. ..CoRREcAo DE DEFEITOS DE. FALA.

RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA.

I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L •• que se realizou tendopor tema geral A contribuiCao dB ling6Istica para 0 en-sino da lingua portuguesa. pareceu-n06 0 quadro idealpara divulgarmos esta experiencia referente a dois de-feitos de fala. Nac so por se ligar ao tema geral. mas.sobretudo. porque esta experiencia, supomes, podera vira ter alguma utilidade para professores de 19 e 29

graus, os primeiros a enfrentar, perplexos, os problem~oriundos de tais defeitos.

o G.E.L. revela grande sensibilida-de ao proper aos participantes de seus seminaries umareflexeo a respeito da responsabilidade que incumbe aoscursos universitarios. em relaoeo ao ensino de 19 e 29

graus.Certos meios universitarios. alias,

padecem do vezo de olhar, com displicente altivez, tra~balhos que estejam voltados para soluooes praticas de

Page 2: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

problemas com que se defrontam professores de 19 61 29

graus, muito embora sejam tais meios, geralmente, ospr1meiros a lanoar sobre as costas dos colegas dos pr1-me1ros graus a exclusiva responsab111dadepelb baixo n!vel dos alunos que batem is portas da un1versidade.

D1sto decorre, em certa med1da, a dif1culdade que se enfrenta para redirec10nar parte dotrabalho de docenc1a 61 de pesqu1sa, orientando-o paraa preocupante reqlidade dos pr1meiros graus de ens1no ,da qual a universidade sa tem mant1do praticamentealheia.

I.2. Com 0 intuito de estabelacer pronta comunicaoaocom os 1nteressados mais diretos - as professores de 19

61 29 graus - deliberadamente reduzimos 0 usa de termostecnicos ao, estritamente necessar:l.o.Eles sac explici-tados, geralmente, pelo proprio contexto ou explicadosa seguir. Quanto a certas cons1deraooes de ordem tacni-co-teor1ca, a que nao pudemos nos furtar, cingimo-nosao minima, ou seja, ao suficiente para caracterizar aproblema au suas causas provaveis.

Este trabalho foi escrito de tal forma que sua compreensao bam como a utilizaoao das tecni-cas nele cont1das nao requerem mais que eleffiAntares co-nhecimentos de fanatica articulatoria 8 de fonologia.Na

I

sua s1mpl1c1dade, apenas uma asp1raoao: ear utile pra-tico. Par outro lado, tudo 0 que se vai ler sao consideraooes um tanto obv1aso Mas, paradoxalmente, a obvio necessita, as vezes, de umaexp11citaoac, como nos ensina

Page 3: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

I.3. Entre as mUltiplos problemas que desafiam a abneg~Cao e a inteligencia do sofrido professor de 19 e 29

graus. inclui-se a de alunos portadores de defeito defala.

A nossa realidada nao nos autorizasonhar: esses alunos, na sua grande maioria. nao terncondicoes economicas para se socorrer de especialistas:foniatras au fono-audiologos. Cabe. portanto, ao pro-prio professor. na medida do posslvel. procurar reme--diar, par enquanto. essa omissao de uma sociedade deestruturas injustaso

A experiancia que vamos relatar dirige-se. portanto aos colegas de 19 e 29 graus. preci-puamente.

Dividimos nossa exposicao 8m duaspartes: a) historia de nossa experienciaJ b) as exerc!cios corretivos empregados, e que propomos para cadaurndos dais casas. Os exerclcios. e claro. ja S8 apre-sentam ordenados para a aplicacao e acompanhados dasexplicacoes necessarias.

I.4. Caracterizacao dos dais tieos d8 dafeitos

a) 0 primeiro refere-se a pessoas que nao conse---guam pronunciar - sam [k] ) de ~. guaro. ~

l:E.. ~. ~. ete., au a sam [gJ de gato. guerra,guia, gala. gula. atco Essas pessoas dizem ~ par ca.!£. e ~ par Sc1tO. No lugar do [k] au do [gJ • emitem

Page 4: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

urn sam gutura16 que torna a vagal imediatamente seguin-te (no caso a a) ligeiramente aspirada e surda.

Trata-se de um defeito de naturezafanatica.

b) a segundo tipo de defeito a 0 das pessoas quenao distingue~ as consoantes iniciais dos pares

de palavras pata -~J ~ -~J ..I..!.!9. - ~J SeZe J cha - jiJ ~ - gala. Elas pronunciam do mesmo modo as duas palavras de cada par6 isto a, dizem semprepatB6 quer 6e trate de pata au ~J dizem ~6 parafaca e vaCB6 etc.

Tratm-se de um defeito de natureza -Tonologica 6 pais cada um desses sons (.e-.!2.1 1:~,etc.) r!.presenta um fonemaJ reduzindo cada par a um so sam, aconsoante surda (£a !, i6 etc.) a falante nao consegue6

conseqOentemente6 d1st1ngu1r palavras que 50 58 opoe~par esse paquena diferenQa que ele neo faz (entre con--soanta surda e consoante sonora).

Em fins da decada de 606 lecionavarnos l!n~gua francesa no entao Faculdade de Filosofia, Ciencie.~e Letras de AssiB~ojs Ina tituto de Letras. Hlst6rlS BPsicologia. Numa prirneira serie6 observamos que a ~2wncA.P 0 neD conseguia articular as 50ns [ k] 8 [g~ Era ti~mid06 calado, e, sampre que podia fugia aDs exercIcics

Page 5: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

orais. Tratava-se. alias. da urn born aluno. Procuramo-loa ala nos confassou. pasaroso. as dificuldada6 qua taldafaito Iha acarretava: a chacota. que se iniciara noseio dB propria familia, 0 acompanhava desde entaOJ inumaros aborrecimentos, que 0 empurravam pare urn retrai--mento defensivo. Possuindo nos elgum conhecimento da fonstica articulatoria. propusamos a ale urns tentative ascorreQao do defeito, ~mbcra nunce tivessemos feito essetips de expsr1encis. Deixamos clare que se trateva deuma tentative, para que. no caso de malogro, nao Ihe sobreviesse uma frustraQao e a crenQa de que 0 seu easoera irramediavel. Explicamos, pois que urn fracasso erapossivel, ja que nao eramos profissionais no assunto.Nao conhecendo a causa do defeito, julgamos prudenteque ele procurasse urn oto-rino-laringologista. e fim deque nos informasse se 0 seu aparelho fonador apresenta-va algum defeito. Resposta do medico: tudo normal. Preparamos 8xercicios de articulaQao que com ele passamosa fazer diariamente, durante uma hara par dia, explica~do-lhe e fazendo-o observer em nossa boea como a parteposterior da lingua deveria sncostar no V8U palatino oupalato mole,. para obter os sons ~ a ~o

Para observar-S8 a si proprio, aconse-Ihamos a utilizaQao de urn espelhinho. A.P. refazia apl!cadamente os exerc!cios em casaD

Foi nos primeiros exerc!cios que noschamou a atenQao 0 fato de ele ter a abobada palatina (o cau da boeB) muito mais alto que a eomum das pessoas.Pareceu-nos, entia. 8 leituras posteriores confirmaram.

Page 6: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

que essa ma TormaQao congenita era a causa do defeito •Curioso a qua 0 medico nada tenha dito a respeito.

No in!cio A.P. queixou-sa da doresna ragieo da garganta. ~ que ela estava fazendo cartosmovimantos. pela primeira vez, a os musculos da l!ngua-(1) deveriam estar atrof1ados. Com urn palate mais altoque 0 normal, a articulaoao do ~ e do ~ requer do port~dor da anomalia urn esforoo muito maior que 0 feito pe-las pessoasnormaisJ esta desistencia de esforoo se da.B logico, de modo inconsciente, na infancia, acarratan-do, com isso 0 aparecimento do problema.

No infcio usamos, nos exerclcies, p~lavras isoladas. Depois passamos a usar frases em queapareciam varias palavras que contivessem ~ e £. A par-tir das frases, pUdemos reeducar tambam 0 ritmo da elo-CUOao de A.P.: ale falava au lia sincopadamante~ naorespeitando de modo correto nem 0 ritmo nem a entoa9Bo.Cornpreenae-se: submetido a tantos anos de tansao (deve-ria tar, antao, entre 18 e 20 anos) sua elocuOBO trazi~alarn do defeito, essa rnarca traurnaticao

Na etapa final dos 8xerclcios usamosurn unico texto, a ~pologo A agulha e a linha de Macha-de de Assis. Com isto, ala se desvencilhou por completodo defeito.

A correQ6o durou epenas quinze dias,Passado algum tempo, disse-nos A,Po

que com a correOBe,sua vida sofrera um. transformaQBo ,notada logo por par-antes e arnigos: perdera a timidaz eS8 fiz8ra mais cornunicativo. A propria obssrvaQBo que,

Page 7: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

-:;.,as'~es i:<algum .indiacretolhefazia:!J):a; p~aj;tn dD',d!!,

sap'areeimento do liigfeito ;'caus:avi!lr.:.J;he[.;s~s!flas;BO:lt':; ,'"

'":>·<:Logo .emseguida, M.J.B., aluna nossa da 4a •..rirj;Q.;,l:Jor.tanto, aolcsga dfiFD1,pl'BOdS A••P., pro-

ct/rou-no'Br tinhfi3'Um8,'il'.mSlcnaa,mesmaseondiQoes de A.P. J

~·ter-ea1.ranista' ,cia L,lIis ,de Que!i;rCs';J i:ntwi:iglilnte,.' Jnas

'inib:i:daYlJSil:a:,'eridma:J;:zi:a.' 8'r,~''''~' '2~: ":",'"."J."

Durante ilS"ferrlilsc, ,sm Umflssmana, -~conssguimo& oorr1:g1r-l he o:defa±to .•:Daatill! vez.~;:1.ntJi'O'du-

Z:1moa0 u@',de urngravatiior-cass:et-e :pairs.Ds ;exsrc~cios

individuais. Aoe'abo ,dasessia,~.amars,"Os.1i~c.f-~-

eios aserllmrapetidosdepoia"',,Drsto, talvez, deeorreu

'"' t, cur!oaonotarqus.,tarnbam neste

--am:sOI' o:medicO'(deoutra eidade, pois ela nilo morava em

Assis), nao nos alertouigualmente a respeito de me for

~mag6o.'tlJ:a.:ebobedaptl'latina,v1sfvel, entretanto.

:;~ :;; 1'1. 2,.~0e-&aj:tOJ:po' ~;td.po1JJ :::Y, Y _,..

'O~3'; C,')Nt)' '::~~¥uHdcj'-::~;efrriEfstre ado '1rfo:":~ksicidb's'rib pri--

meiro deate, tivemos duas oportunidads8 'c:,ij'el'H#Fe~~'a"t"0'~;~n ;.'""'1-, ....: •..~.;:J ,:,";;;;;:"-',-' "-:7~" -~,." ;~'.~~ ,-,-,~"",._::>,,,;, ~';.;;.:c.,-"'."',,/l"

c,. prolJ1'eincr''dacdt''re~~0"d'e-cit1tr'6aefel to de fala: 0 ensur-deif'ifflk'~t=ci b2p ." "',- ,;:.4 ,:=dEL) c; '- . ~,,,, /:

8S: .,3:::''',:;:>" 2]:,:, ; :-1Jrtan'i:~;s~add'~: ~':p"'tlif~":.:'O.;~':;deuma~'; .•.....,;Y- - ,~'"_--:'''~'--1'-'' :=: '>. '- ~~'" ,:::!. "", .~~ r',"'. 74!""': .":,.~ .~"\-;-; . '1""' '-:" ':1·,~. ro - '.,,~'" =V!'. :) ,::.r'( ~'. ,"-

esCoIa'''de l~ "e2i"gral.lS, as "Asate; SP, ve1bfsr'coh6scoc7Wif~ ~§cfii;':rnfotrrtlQ5'Ei'S,'~~;6B"li;~!~J8::is'a~~f'''s'8':Sr'~'[pd~s:tvel; e 'H;;d'n;'dC:bot~:ijii~Jl'uRd~);::seJ~ide'SIll.-t'se~~c:jV~'~h;io 'ch,!. i'rrigu'~~'rTfa~' d>dWso:;a:ht:k~-"suid~l,:':fst6'~3, (ij',¥/t', ri,"',.l,''f(:; J9d'all' 'shn'brGii' e()r~~:$&lcfant'J'!fi n;::'v=, a~~T?3'i,;:~gj·;r..Chindldi u

- 307

Page 8: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

que estavamos procurando ler a respeito desse defeito,afim de corrigi-lo num sobrinho nosso.-

Os livros, no geral, comentam os fa-tos, mas nao sugerem os exerc!cios necessarios.

_ Recomendamos novamente, 0 exame madico e propusemos uma serie de exerc!cios metodicamenteorganizados: os-primeiros tinham por finalidade propi--ciar aos alunoe uma tomada de coneciencia da oposir;aofonologica surda-sonoraJ depots vinham os exerclcios defixar;ao dos habitos articulatorios que asseguram essaoposir;ao, com gredar;ao das dificuldades.

Ao cabo de dez ou quinze dias,o pro- -

blema estava superado. Alguns alunos se corrigiram logons primeira semana e houve urn que ficou tao entusiasma-on que ajudou a pr~"8sscra a corrigir as colegas, repe-

No primeiro semest£eddeSiHil",aoo-pf1ze-mas as exerc!cios de correr;ao com a nosso sobrinho, euma outra professora nos p~ocurou porque fora solicitada a orientar colegas de 19 greu a respeito da correoewdeste defeito.

No caso espec!fico do nosso sobrinhoa correr;ao demandou maior trabalho. sem que tenhamosate agora atinado com a razao disso: ele sUbmeteu-se ~exames meticulosos [com dois medlcos diferentes), mastUdo Ihe parec8u absolutamente normal: a aUdiQso (acimado normal, segundo urn dIes) como os orgaos fonadoresPerdura ainda, residualmente, urn problema de articula--r;ao que vamos tentar cDrrigir: ele pf"cniJf"ctegeralmente,

Page 9: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

o som s como 11nguo7palatal (lateral). e nao apico-alveolar (com a ponta da lingua apoiada nos alveolos dosincisivos inferiores). que e a sua articula9Bo correta.

Este defeito. por ser fonologico.apresenta maiores repercussoes na aprendizagem~ neo fa-zendo a distin9ao na fala. 0 aluno. logicamente. naoconsegue escrever as letras que representam cada um desses sonSJ tendera. no geral. a escrever como pronuncia.isto 8. so as consoantes surdas.

As causas do ensurdecimento sac devariada natureza:

• a anomalia de diferencia9ao das oclusivas - £-bJt-~J ~-~ - pode ter como causa 0 fato de 0 freio da llngua ser curtoJ

• 0 ensurdecimento pode tar como causa perturba--- H- fA. 1 (3) d -.90es a que ecaen e nge ergues chamam e gnos~cas

ou praxicas (isto e. perturba90es da capacidade cognit!va. geralmente ligadas a ,deficiencias dos sentidos)

• a causa pode ser uma deficiencia auditiva.Na realidade. sabe-se pouca coisa

do mecanismo destas perturba90es. cuja notavel corrs9aopor reeducacao sublinha 0 carater funcional(4).

III.l. Exerc!cios para ensinar a pronunciar KeGMaterial recomendado: pequeno espelhoJ gravador.

1.1. As etapas do trabalho de corre9aoo

Page 10: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

19) Tomada de consciencia da causa do. problemae da maneira de corrig{-lo,Treinamento para exercitar as musculos dalingua. a fim de ir tornando cada vez maisfacil a nova articula9ao. Exerc{cios com p~lavras isoladas. (3 ou 4 sesBces de uma ho-ra).

29) Treinamento para a aluno empregar ~ e £.comnatura1idade. na cadeia da fala. Exercicioscom frases curtas. depois com per!odos e.f!nalmente. estudo cuidadoso de um texto paraa fixB980 definitiva do novo habito articu-1atorio (2 au 3 sessces).

1,2, Descrioao das stapas 8 dos exerclcios correspondsntea •.c.=o, stspa 0 la, S8sseo de exerclcias (mais au me-

nOS uma hora. com interrupooes a conversas p~ra a aluno se relaxar).

o professor mostra 090 aluna que a abobada pal,!tina dale (aluno) e mais a1ta que B do profe~sore Para tanto. 0 aluno observa a cau da bo-ca do professor e. utilizando a espelho. ob-serva sua propria abobada palatina,Para mostrsr 090 aluno a ponto de erticwleciodassas nc'j",'] it':HoJ a prrfess::rr· deve ut:ilize<r-

apenas ~ palavra J ala deve comeoar pela so··

nora £ seguida da vagal ~: gato. par examplo.Razee disto: a sonora exige uma tenseD museu--lar mencr. portanta" demander9 manor' €:sforr;··

Page 11: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

do aluno. Quanto a vogal a: sendo ela a maisaberta (a booa fica mais aberta) 0 aluno pod~ra ver. na boca do professor. a parte poste--rior da lIngua elevar-se em direoao do palatomole. ate fechar 0 canal bucal. para descer.em seguida produzindo os sons ~. 0 professo~com a bocs aberta, deve repetir lentamente. evarias vezes. a s{laba: i!. ~. i!, para queo aluno observe 0 ponto de articulaoao e osmovimentos da lingua. 0 aluno deve observar

que os movimentos da l!ngua sio percept{veistambem exteriormente. na parte superior do pe~cooo e sob 0 queixo. Em seguida. cabe ao aluno procurar repetir os movimentos ate obter asllaba !!. ~import ante uma palavra de incen-tivo do professor logo que 0 aluno comece apronunciar i!. Obtida essa sllaba. passer imediatamente aos exercicios com uma palavra (gato. por exemplo).Quando a aluno tiver comsoado a pronunciar.r~zoavelmente. gato 0 professor deve gravar apalavra para que 0 aluno ouoa sua corraoao.E~plicar que ele ira se aperfeiooando aos pou--

Esta fase inicial. embora. em principio naodemande muito tempo', podera tar seu terminoantecipado. se necessario. 0 que para uma pe~soa normal neo custa nenhum trabalho. dado 0

automatismo. ao portador dasse defeito,ao con

Page 12: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

trario. isto exige (no periodo inicial) urnenorme esfor90 que pode logo leva-lo ao cansa90 (no inicio ele pode ate sentir ligeiras dores). Aos primeiros sinais de cansa90 - ao csbo de uns 30 ou 40 minutos - deve-se interromper 0 trabalho. 0 professor grava. entao. umaseq6encia de palavras incluindo agora a consoante surda (apenas palavras com a vogal ~):i!1£. lalo. gaeo. ca. £!!!.. gala. casa. gaba.£!.ea. gasta. Dez palavras bastam. Note-se quei! e £!. constituem sempre uma silaba acentua-da. nestes exerc!cios iniciais. Ao gravar.de!xar urn espa90 de tempo suficiente para 0 alu-no. em casa. repetir cada palavra ouvida •

• Ouvjr atentamente e repetir. diente do espelho. observando os movimentos de lingua.

o Graver (0 eluno) e ouvir sua grava9io (quando julgarque ja esta conseguindo pronunciar rezoavelmente)0 Refazer os exerc!cios se entender que ainda nao est abem. que po de melhoraro

• Interromper eo comeger a 6sntir cansaQoJ so rstcrnardepois de bem repousade.

2ao sess~o de axslc!cics [ma1s ou manop uma hera, CG~pequenas interruP90es para 0 ~lunG ge r, 0

A introdu9so dests nova serie de exerc!ciossupoe que 0 aluno ja esteja do~inando razoa

Page 13: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

velmente os sons ~ e ~. as exerclcios envolverao agora as vogais 8 (guerra). 0 (gola) 8(gueto) 0 (gota) !.(gtlia).!:!. (gulal. Passar aexercicios com ~ e £ em silabae atonas: gaveta, engordar, etc. Introduzir. nesta sessao •expressoes em que haja ocorrencia de l e £tres no maximo. em cada expresseo).Ex.: A cara do gato~ a canto do galo. etc.Gravar palavras e expressoes para 0 aluno exercitar-se em casa,

3a. sessao de exercicios (se tudo correr bem, em apenasduas sessoes anterioreslEsta sesseo deve ser consagrada a uma dificuldade suplementar: ~ e £ seguidas de r ou 1:graQa. grato. Gracia. gvossa. gremio. grilo •grutaJ crase, Creta. ~rostico, crise, cromo.crime. ~J glandula. Glete, gloria. glena •globo. gltptica. gluten.Em caso de dificuldade. acrescentar. no int--cia. destes exercicios, uma vagal entre a kau £ e a ~ au lJ esta vagal he de ser semprea mesma que Dcorre depois de ~ au 1~ graCa:garaQaJ gloria: goloria, etc. Faz-se com quea aluno repita varias vezes a palavra (garax~par exemplo} acelerando sempre gS silabas garaata chegar a gra9a. Este tipo de exerc!cioalias. convam a corre9ao de outros dais defeitas (de outros alunos): a rotacismo (crassepar classe) ou 0 lanbdacismo Cclase por crase)

Page 14: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

Ja tivemos oportunidada de corrigir um casode rotacismo: 0 da nossa mulhero

2a. Etapa da correyao: visa a automatizar as articula-yoes e corrigir eventuais defeitos de respir~yao, entoayBO e ritmo.la. sessao: axarclcios com frasEls simples emqua ocorram palavras que contem ~ ou .1am s{-

lGIba tonica ou naoo

o cachorro correu atres do gatooo gate se escondeu embaixo de cama.Agora ele nao quer sair: a cachorro pode pege

10.etc, (Umas dez frasas).o profes~or dava fazer com que 0 aluno leiasam esforQo a pronuncie as consoantas norffial-mente. Rapetir varias vazas. cad a frase ateobtaI' urn grau de naturalidade aceitivel. Pro-por novas frases. em que apareyam os ancontrcsconsonantais £" il, .££.. clo2ao sessBo: exarcicios em parlodos compostos.Estes exerclcios se destinam a fixar as arti-cUlayoes recsm-liiIprendidas,a reeducar a rasp!rayao do elunc durante a canvarsay~o au p lei

turaJ a ensinar-lhe a obadacer as paus6sJ c~nvenienternente, rnodulando a voz para dar ao te~to urn ritrno a urna entoayao naturais, quandonao Elxprassivos. Exo (0 Prof. deve astwdar barnas frases antes da sesaBo en,~[~ in-r-;:£T,;is; lae

Page 15: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

Ontem,' guaado cheguei a escola, lencontreias crian9as correndo e iritando no patio.

Enguanto voce comprava carne, I Gabriela, ~adora flores, lencantava-se com os glad{olos.

etc.o professor deve trazer assinaladas, grafica-mente, as pausas (sobretudo aquelas em que 0

aluno deve aspirar 0 arl, as entoa~oes ascen-dentes e descendentesJ deve, ele proprio, fazer a leitura pausada (mas natural) de cadafrase, que sera repetida, em seguida,pelo al.!:!.nOJ insistir numa leitura calma para que 0

aluno se liberte da ansiedade. No {nicio, asvezes, convem que 0 aluno (se estivar muitotenso) respire calma e profundamente variasvezes antes de iniciar a leitura da frase.Gravar as frases para serem estudadas em casa.

3a, sessae e seguintes: prepare de urntexto para leitu-ra. pOl' exemplo A agulha e a linha de Macha-do de Assis.o professor deve preparar meticulosamente cada paragrafo, cada frase, assinalando pausa~entoaQoes, etcJ estudar com a aluno frasepOl' frase, perlodo POI' per{odo, paragrafo pcr'paragrafo. Procurar fazer uma leitura expre~siva para ser imitada.Ao cabo de cada sessao, graver cada frase ou

Page 16: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

per!odo, deixando urn espa~o de tempo corres -pondente, para a aluno repetir em casa, ate aponto em que fa! estudado a texto. Depois deler a ultimo perfodo, re1er a trecho todo, de

E assim sucessivamente ate a final do textatodo.

III.2. Exerc:!cios para carrigir a "ensurdecimento".Material recomendado: gravadar.

III.2.1. As duas stapas do traba1ho de corrEl~ao:

19) Tomada de consciencia das oposi~oes fonolegicas do tipo surda ~ sonora. ~ sabre esta ,perDep~iof\;""i~m'l.,t~l, qUE!~~ rlesenvo!vem oslltxer6f6ios oorretivo8,

2°) Exercfcios com dificuldades graduais pa~aque a aluno aprenda e fixe tai~ oposi~o8s fono1ogicas •Nio Ihe basta percebi-las: j precise que ale passe ause"laa com 0 mesrno autematismo dOlO hSibitas 1:1,ngtl::t:sti--cas adquiridos na infancla.

2.2. DescriQie das etapas e dos exerc:!cias corres--pondentes.la. etape- la, ssssae (mais O~ ffi8nGS de ~C ~

40 mim'tos)

sio Bs1a as pares opcSltiVOB

Iv/m/f/: vila - fila.~-13! -Ij'!: ja - cha.

Iz/-/s/: Ze - S8.

Page 17: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

/b/ -Ip/

/d/-lt/

/g/-/k/

~ _ paladao - taogala - E!!£..

Como se observa, colocamos, propositadamente, asconstritivas (as tres primeiros pares) antes das oclusivas. Ja veremos porque.

Primeiro reconhecimento de uma Oposi9ao sonora-s~da: a professor escolhe urn par opositivo, que deve teruma caracter!stica: canter a oposi980 constritiva sono-ra-constritiva surda e apenas essa dificuldade. Ele deve escolher, de preferencia, uma palavra de apenas umaau duas silabas: va - fa au ~ - !!!!J au veca - fac~au ja - cha au juta - chuta, au Ze - Sa au zincocinco, etc. Usam-se as constritivas porque elas, ao cantrario das oclusivas, permitem que prolonguemos a suarealiza9ao: vvvvvvvilaJ vvvvvvaca.

Com isto a aluno tern tempo suficiente para perce-ber as vibra90es das cordas vocais.la. sessao. Modo de proceder.

o professor pronuncia urnpar: ~ ~ facs. eexplica ao aluno que essas palavras sao diferentes parcausa das vibra90es que percebemos no come90 da pala--vra ~ e que nao existem no inlcio de faca ( a exercicia e estritamente oral). Em seguida, tama a mao do aluno e coloca-a na sua garganta (dele professor) e, pro--longando as consoantes iniciais, repete a par - vvvvvv~ca - fffffaca -, varias vezes, chamando a aten9aa doaluno para as vibra90es em vaca e falta de vibra90es emfaca. Quando a aluno tiver percebido ista, cabe-lhe pr:s!,

Page 18: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

curar imitar 0 professor: vvvvaca - ffffaca. Logo queele conseguir a oposicao. grava~se para ele ouvir a s1proprio. Ests exercicio e retomado, a seguir, com umaserie de palavras:va-faJ ~-.:E!l.!J ~-.f2.3.J Za-S8J zinco-cincoJ ~-~~J azougue-a90ugueJ J..!-chaJjuta-chutaJ E-~J Juju-chuchuJ ~-ch02aJ etc.

Observe-sa que a dificuldade, no In!cio~deve estar contida nums s11aba tonicaJ que a mais aud{vel,

A seguir vem as oclusivas:~-~J ~-pulaJ~~-picOJ aberto=apertoJ ~-~J dao-taoJ dente~,!:.8nteJ~=~J galo-~J gomo=~J gato=~J gorro-corrOJgamso-canso.

Estes sxerc1cios sac monotonos e cansativos.NaoE8 deva prolonga-los muito. Quando 0 aluno ja estiverdandG cdna:i.s de cansaco, interrompe-se. Conforms 0 ceso,nesta pr1msil"a sessao, 0 professor deve ficar so nasconstritivas e. ao cabo da sessio, ale devB gravar umsserie de oposicoes, deixando sampre um espaco de tempoapos cada palavra, para que a aluno posse repetiro Econveniente ja introduzir frases, nesta feea, mas ape--nas deste tipo:

Veca nao e faca.Bar nao a par.8ico n90 a p~CGJ ate:Estas frases devsm tambam ser gravadas pdra

repeticao em casa, deixando sempr8. apos cada frase. 0espaco de tempo para a rapat19aoo E~t8B exarcicics dev~ria sar rotomad08 em ums au mais S8SSaeS J ata~' a '"lilt:

Page 19: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

fazer a oposiQao e percebe-la auditivamente. Para· issosle precisara mostrar a que desenho ou objsto correspo~de. por exemplo, ~. cola. faca. bote. etc. (Palavrasque devem ser ditas pelo professor. agora com naturali-dadel. 5e 0 aluno nao reconhecer. repetir a palavra ~insistir oa consoante ou na s11aba em que ela aparece.Oaluno so tera aprsndido a distinguir tais oposiQoes qu~do ele as perceber auditivamente.

A partir da 2a. ou da 3a. sessao. as frasessac de outro tipo:

- Hoje vou visitar a minha avo.- Fafa de Selam canta bem.- A galinha choca ovos.- 0 Serota joga bola. etc.

2a. etapa.5essoes sUbseqCentes •• Urna dedicada a esses oposiQoes. agora em s11abas

atonas: afinal. aventura, avizinhar. abertura. etc.Como as silabas atonas sac menos audlveis, a pos-

sivel que 0 defeito reaparsca uma vez ou outra. ~ conv~niente. neste caso. retomar os exerclcios de oposiCao g

enviar-enfiarJ abertura-aperturaJ ~-~J pende-pen-teJ etc. Gravar exercicios: Abertura nao e apsrtura,et~Nao se deve insistir. a esta altura. na s11aba atona emque ocorre a dificuldads.

• Uma sessBo devs ssr dedicada aos encontros conso-nantais. que constituem ums difieuldade suplementar p~ra 0 aluno: Vladimir, nevralgia. abrir, bloeo. problem~

Page 20: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

drama, grita, gruta, gleba, glutaa, etc. Gravar, etc.• Uma sessea deve ser eansagrada a apasiooes tripl!

ees da tipa:~~pata~~.~~pate~~.~~pieo-~.~-pula~~.

~~pode~~.~~~~vaga.gata-eato-gado.a vaga~a faea~afaga.bago~.E!I.E.~paca,ate.

Compor frases: 0 bode nao pode antrar no bote.E bom ja par 0 pate no bote.Nao bata na pata: ala foge para a mata,

Estas oposiooes afereeem alguma difieul-dade ao aluno. Este exarcfcio deve ser feita num ritmolento •

• Uma ou mais sessoes davem sar destinadas a pareep-oio da altarnaneia das sans 5 a z no final de pala-vras e de sflabas internas, dando-se infase is aeorren-eias do som z

o professor precisa saber (sam que precisedisto) que:

• as letras ~ ou ~, em final de palavra, saa pro--nunciadas sempre s nos seguintes casos:

a) antes de pausa, lsta e, de ponta final,de po~

Page 21: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

to e virgula, etc. Ex.: Ele vem atres. Quer mais? Vocenao me deixa em paz. Ele e cepaz. Este rapaz. Como elenao gUis, J nio insistimos maiso

b) quando ao ~ au ~ segue-se uma palavra que come-9a par consoante surda. Ex. Os pais. Quantas complica--90es~ Pais faxa~ Rapaz tfmido. Fiz para voce.

cJ antes de silaba eomsQada par consoante surda, as de silaba interna tern a sam s

mestre, aspa, easca, esfaquear, etc.• Entretanto as letras s e z sao pronunciadas

a) quando, estando elas no final de uma palavra, aseguinte come9ar par vagal au consoante sonora.

Ex.: Os alimentos enJatados. As borboletas azuis.Os bates maritimos. Paz interior. lsto faz bem. ,:.~~distinto. etc.

b) a letra ~ , em final de sllaba interna, e pro--nuneiada z , quando a s11aba seguinte comeQar par eo~soante sonora. Ex.: Asneira, vesgo, mesmo, esvaziar,et~

Os exercicios refsrantes a alternancia s/z devem coms9ar par pares opositivas: Ap vaeas~as fac~s, cs_~ c _ ~~

bates-os pates, as micos~os picas, ete, As vacas amare-- -~-a: !acas fretas. etc •

• A leitura de textos do proprio livro adotado devera eonstituir a fase final dos exsrcfcios corretivos.

Cada texto devs sar cuidadosamente pre parada aanotado - pausas, antoaQ~o, atc. - , pais a aluno deve-ra ser treinado com base na lsitura e nas explicaQoesdo professor. E recomendavel que se inieis par paquenos

Page 22: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

poemas, a serem decoradoso Quadrinhas populares sao ex-celentes para esse fim: As rosas e que sao belas, !Saoas espinhos que piaam,! Mas sao as rosas que caem.! Saoas espinhos gue ficam. III Ouas alrnas deves terooo! Eum conselho dos mais sabios:! Um. no fundo do ser,1 Du-tra boiando nos labios. (Raul de Leoni).

Gostarfamos de receber qualquer notleia a respeito da utilidade destas tecnieas eorretivas, partiel!~larmente se houver alguma dificuldade na sua aplieaoao.

lo h Lingua e c!"nstl ':ulda pe una quinze muscul~, suapart~ eosterior e fixada ao ossa hioidao Yvan Lebru~Anatomie at physiologie de l'appareil phonatoire. po230 Traduzimos,

20 Chama-se assim a urn erro mecanico que se traduz P6~:~_

ausene!a de gualguer sonoridade laringea durante aprolaoao das oclusivas"b, d. g ou das canstritivBsj, z. Vo Suzane Borel-Maisonny. "Les troubles de laparole". po 371 0 !!l: Le 1El!2Sage0' Traduzirr':t)P man-

tivemos a transcrir;:ao de A:

Page 23: CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA.€¦ · CoRREcAoDE DEFEITOS DE. FALA. RELATO DE l.M6. EXPERI~NCIA. I. 1. 0 XXII Seminario do G.E.L•• que se realizou tendo por tema geral A contribuiCao

BOREL-MAISONNY, Suzanne - "Les troubles de 1a paroles".IN: LE LANG8GE", Organ. par Andre Martinet. Co11ec--tion Encyclopedia de 1a P1eiade, v. 25. Paris, Gallimard (1968) p. 369 - 369.

H~CAN, Henry e ANGELERGUES~ Rane - PATHOLOGIE OU LANGAGE""GE. Paris, Larousse (1965).

LEBRUN, Yvan - ANATOMIE ET PHYSIOLOGIE DE L'APPAREILPHONATOIRE. Bruxe1as, Paris, Labor-Nathan, (1968).