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Cooperação Sul-americano - Européia no campo de material de defesa Renato Dagnino (UNICAMP) Luiz Alberto Campos Filho (Faculdades Ibmec) Novembro 2004

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Page 1: Cooperação Sul-americano - Européia no campo de material de defesa Renato Dagnino (UNICAMP) Luiz Alberto Campos Filho (Faculdades Ibmec) Novembro 2004

Cooperação Sul-americano - Européia no campo de material de defesa

Renato Dagnino (UNICAMP)Luiz Alberto Campos Filho (Faculdades Ibmec)

Novembro 2004

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o Jogo da CSE e seus atores

1. os “partidários da revitalização da IBD” (empresários, burocratas, políticos etc)

2. os “governos dos demais países da região”

3. os “governos dos países da Europa”4. os “partidários da indústria de defesa

norte-americana” 5. os “críticos ao projeto de revitalização da

IBD”

Page 3: Cooperação Sul-americano - Européia no campo de material de defesa Renato Dagnino (UNICAMP) Luiz Alberto Campos Filho (Faculdades Ibmec) Novembro 2004

Agenda

Atores Caracteristicas Projeto Atrativo na CSE

Questoes

Partidarios da IDB

Outros sul-americanos

Europeus

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AgendaAtores Caracteristicas CSE Questoes

Partidarios da IDB

recupercao

integracao duas dinamicas

viab.tecnica

viab.politica

baixo impacto

Outros sul-americanos

Europeus acesso mercado

superioridade tecnologica

US share

US retaliation

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o Brasil é o que gasta mais ...

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embora não muito em relação ao efetivo militar

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o Brasil é o que mais importa

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embora pouco, em relação ao gasto militar

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e pouco, em relação ao efetivo militar

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o Brasil é o que mais exporta

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atrativos da CSE:

• amortizar os custos da revitalização da IBD• adquirir capacidade para fabricação de

sistemas de armas de maior intensidade tecnológica, hoje importados mediante acordos de off set

• unificar as dinâmicas de importação (aprestamento das FA) e de produção interna (nichos de mercado)

• desonerar a balança comercial brasileira via um efeito de substituição de importações

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causas da crise da IDB

possibilidade de reversão e reconstrução

da capacidade instalada

- final da guerra Irã x Iraque- “conversão” dos militares- relações civis x militares

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revitalizacao = recuperar os “anos dourados”

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 Exportação

• segundo o SIPRI (major weapons), no pico (1984) a exportação foi 250 milhões dólares de 1990

• segundo a USACDA (MD), foi em 1987: 570 milhões de dólares correntes

• e, a média (1975-88), 186 milhões anuais

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0

100

200

300

400

500

600

700

800

IMPORTS EXPORTS

duas dinamicas do setor de MD brasileiro

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obstáculos à CSE:

• planos de “um bilhão de dólares” incompativeis com os 25 milhões de dólares anuais de exportação de sistemas de armas

• “não-substituibilidade tecnológica”: baixa elasticidade de substituição do MD nacional pelo importado

• baixo impacto

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impacto econômico: comércio exterior, produção, emprego

que benefícios se pode esperar à

luz da experiência passada?

e quais os custos?

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nos anos 80, para uma produção de 100 dólares:

  importava exportava

IBD 30 60

Embraer 59 58

IBD + naval 30 40

IBD + naval + armas prontas

53 40

 

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produção IDB (anos 80):

•Empresas (militar e civil) = 24 mil

•Arsenal = 15) mil

•IDB/Indústria = 0,4%

•IDB/PEA = 0,06%

emprego (no pico de 1986):

•IDB/Indústria = 0,9%

•IDB/PIB = 0,15%

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causas da baixa demanda interna

se eliminadas, haveria reativação da demanda

diminuição do orçamento impossibilitou aquisição de armamento nacional ?

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o orçamento não diminuiu depois do fim do regime militar...

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Brazilian Military Expenditures (1999 million dollars)

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

year

mill

ion

do

llars

e seguiu aumentando...

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Military Expenditures/Armed Forces ratio

05

10152025303540

1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

year

tho

usa

nd

199

9 d

oll

ars

pe

r p

ers

on

e aumentou o orçamento por efetivo...

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Mesmo que orçamento aumente, é pouco

provável que a demanda interna o faça

• não existe substituibilidade entre o armamento nacional e o importado, existe alta inflexibilidade tecnológica (ver anexo)

• não é aumentando a capacidade de produção que se diminuirá a importação

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Regional Shares of the World

Arms Import Market

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Regional Arms Imports, 1997-1999

(Millions of current dollars)

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• anti-radar technology “is not releasable for national security reasons” because “this technology exceeds the level of capability approved for Brazil.”

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• spiral antennas and channel switches would enable Brazil to produce anti-radiation missiles and to “introduce this combat capability in Latin American Region is inconsistent with US National Security Interest”.

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Evolução da exportação de armas dos EUA (1989 -1999)

89 9991 93 94 97

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Regional Shares of the World

Arms Import Market

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Os principais importadores:

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os EUA captam na média 40% do mercado

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e o gasto de P&D e aquisição vem crescendo

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Caracteristicas Europa

• Demanda– Orcamentos declinantes– Compras desarticuladas

• Oferta– BAE Systems, Thales, EADS e Finmeccanica

(entre os 10 maiores mundiais)– Vendas: US$ 40 B./2003– Industria pouco consolidada

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Projeto Europa

• Questoes externas– Escolher seu papel no novo contexto mundial– Escolher seus parcerios

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Atrativo na CSE

• Fortalecer sua posicao no mercado sul-americano

• Plano geopolitico– Oportunidade economica e politica

• ?Gutten frage

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Questoes Europa

• Dificuldade em resolver questoes internas necessarias para uma CSE– Estabelecer uma politica de defesa e

aquisicao comuns– Continuar o processo de consolidacao de sua

industria de defesa (“national champions” )– Aumento de sua capacidade tecnologica

• Ate que ponto a Europa esta disposta a “cutucar a onca”?

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84% representados de um total de US$ 172 B (6 vezes America do Sul)

35.249 35.005

31.465

24.210

8.727 8.253

Reino Unido Franca Alemanha Italia Turquia Espanha