controladoria-geral do estado (c ge) · missão da controladoria: orientar a gestão governamental...

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CONTROLADORIA-GERAL DO ESTADO (CGE) PRESTAÇÃO DE CONTAS/2007 Aracaju/SE Fevereiro/2008

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CONTROLADORIA-GERAL DO ESTADO

(CGE)

PRESTAÇÃO DE CONTAS/2007

Aracaju/SE

Fevereiro/2008

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1. Introdução

A Controladoria-Geral do Estado de Sergipe (CGE) é o órgão do Poder Executivo estadual

que tem por finalidade promover, executar e coordenar as atividades de controle interno dos

órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Governo de Sergipe, em

conformidade com o disposto no Art. 72 da Constituição Estadual, atuando como Órgão

Central do Sistema de Controle Interno.

A CGE deve, também, exercer a orientação normativa necessária aos procedimentos de

utilização dos recursos do Erário estadual.

De acordo com a Lei estadual nº 3.630, de 26 de junho de 1995, compete à CGE exercer a

plena fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e

entidades da Administração Direta, Indireta e Fundacional do Governo de Sergipe, quanto à

legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de subvenções e à renúncia de receitas,

visando salvaguardar os bens; verificar a exatidão e a regularidade das contas, bem como

exercer outras atividades necessárias ao cumprimento de sua missão institucional.

2. Estrutura da CGE, vigente até 2007

A estrutura da Controladoria-Geral do Estado, vigente em 2007, está obsoleta, pois não

oferece as condições adequadas à execução das ações necessárias ao cumprimento de sua

missão institucional, tampouco permite que as novas diretrizes estratégicas do governo de

Sergipe sejam implementadas, senão vejamos o organograma a seguir:

* As atividades e a estrutura da Ouvidoria-Geral do Estado, em face da edição da Lei estadual nº 6.130,de 02 de abril de 2007, foram transferidas para a Secretaria de Estado de Governo.

*

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Em face do exposto, foi elaborada uma proposta de modernização da estrutura da

Controladoria-Geral do Estado, cujo Projeto de Lei será submetido ao Poder Legislativo, no

exercício de 2008.

3. Ações desenvolvidas pela CGE, em 2007

Neste tópico são descritas as ações desenvolvidas pela Controladoria-Geral do Estado, no

exercício/2007, cujos resultados decorrem do Planejamento Estratégico – 2007/2010 - que

definiu os novos elementos da identidade organizacional dessa instituição, tendo por base a

sua Missão, seus Valores e sua Visão Estratégica.

3.1. Planejamento Estratégico da CGE – 2007/2010

A elaboração do Planejamento Estratégico da CGE, para o período de 2007/2010, marcou o

início das atividades do exercício/2007, onde o debate com a participação de todos os

servidores da CGE definiu as diretrizes, os projetos e as ações que transformarão a

Controladoria-Geral numa referência de Controle Interno da gestão governamental, até 2010.

Assim, um dos produtos desse Planejamento Estratégico foi a construção da identidade

institucional da Controladoria, ou seja: a sua Missão, seus Valores e a sua Visão Estratégica,

que passaram a constituir a “Carta Náutica” dessa Casa de Controle Interno, cujo objetivo é

nortear as ações de controle interno no âmbito da Administração estadual, senão vejamos:

Missão da Controladoria: Orientar a gestão governamental e exercer o efetivo controle

interno do patrimônio público, para salvaguardar a Gestão estadual e assegurar a prevalência

do interesse da sociedade.

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Valores da Controladoria:

Ética e Transparência;

Participação Popular e Controle Social da Gestão;

Prevalência do Interesse Público; e

Responsabilidade Fiscal, Social e Ambiental.

Visão Estratégica da Controladoria:

Ser uma referência de controle interno da gestão governamental, até 2010.

Dessa forma, para cumprir a Missão da CGE, foram construídos os seguintes programas:

Orientação aos Gestores – Visa assegurar a otimização das ações da Administração

Pública estadual, através da permanente orientação aos Gestores, quanto à adequada

execução orçamentária, financeira, patrimonial e administrativa;

Caravana da Cidadania – Tem o objetivo de fomentar a participação do Cidadão no

acompanhamento das ações dos programas de Governo;

Auditoria e Fiscalização na Administração Pública – Esse programa tem por

finalidade controlar os atos e fatos de natureza contábil, financeira, orçamentária,

patrimonial e administrativa no âmbito da Administração Pública estadual, bem como

avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA e os resultados da execução dos

programas de governo;

Portal da Transparência Pública – Objetiva divulgar o resultado da execução dos

programas de governo para a sociedade; promover o acesso aos impactos gerados pelas

políticas públicas estaduais e fomentar o exercício do Controle Social da Gestão Pública;

Participação Popular – É um programa que a tem a finalidade de fomentar participação

da sociedade no controle social dos atos e fatos da Gestão Pública estadual.

No entanto, para concretizar a execução desses programas, é necessária a reestruturação

administrativa da Controladoria e a criação de sua carreira de Auditoria e Fiscalização, no

sentido de dotá-la das condições imprescindíveis à realização de sua Missão institucional.

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3.2. Execução orçamentária, financeira e patrimonial:

A Controladoria-Geral do Estado iniciou o exercício de 2007 com a dotação orçamentária de

R$ 3.217.350,00 (três milhões, duzentos e dezessete mil e trezentos e cinquenta reais reais),

aprovada pela Lei estadual nº 6.120, de 22 de Dezembro de 2006.

No período de 1º de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2007, a dotação orçamentária da

Controladoria-Geral foi suplementada em R$ 375.500,00 (trezentos e setenta e cinco mil e

quinhentos reais). No entanto, houve anulação de R$ 509.928,83 (quinhentos e nove mil,

novecentos e vinte e oito reais e oitenta e três centavos). Dessa forma, o exercício/2007

contou com uma dotação orçamentária de R$ 3.082.921,17 (três milhões, oitenta e dois mil,

novecentos e vinte e um reais e dezessete centravos).

Assim, no decorrer do exercício/2007, foram empenhados R$ 2.806.534,17 (dois milhões,

oitocentos e seis mil, quinhentos e trinta e quatro reais e dezessete centavos), dos quais

foram pagos R$ 2.734.108,10 (dois milhões, setecentos e trinta e quatro mil, cento e oito

reais e dez centavos), no exercício/2007, e o saldo, de R$ 72.426,07 (setenta e dois mil,

quatrocentos e vinte e seis reais e sete centavos), foi inscrito em Restos a Pagar.

Quanto à execução patrimonial, no almoxarifado havia saldo inicial de R$ 8.482,23 (oito

mil, quatrocentos e oitenta e dois reais e vinte e três centavos). Foram adquridos produtos no

valor de R$ 47.664,85 (quarenta e sete mil, seiscentos e sessenta e quatro reais e oitenta e

cinco centavos) e, para atender às necessidades de consumo nas atividades da Controladoria,

houve saídas no valor de R$ 48.415,76 (quarenta e oito mil, quatrocentos e quinze reais e

setenta e seis centavos). Desse modo, em 31 de dezembro/2007, restava um saldo de

materiais estocados em almoxarifado no total de R$ 7.731,32 (sete mil, setecentos e trinta e

um reais e trinta e dois centavos).

Ademais, foram transferidos bens móveis da Controladoria-Geral do Estado para a

Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania – SEJUC, no valor total de R$ 44.697,75

(quarenta e quatro mil, seiscentos e noventa e sete reais e setenta e cinco centavos). Houve,

também, a transferência de equipamentos de informática para a Secretaria de Segurança

Pública – SSP, no valor total de R$ 0,85 (oitenta e cinco centavos).

Para atender à necessidade de adaptação das instalações físicas da Controladoria-Geral do

Estado e para assegurar melhor qualidade de vida no trabalho, foram adquiridos materiais

permanentes (Móveis, computadores, condicionadores de ar do tipo “split” etc) no valor de

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R$ 261.181,17 (duzentos e sessenta e um mil, cento e oitenta e um reais e dezessete

centavos).

3.3. Modernização Administrativa

Não obstante a inadequação orçamentária para atender às necessidades da Controladoria-

Geral do Estado, cujo valor disponível para utilização em 2007 equivale ao orçamento do

exercício/2006, foram desenvolvidas ações que prepararam a CGE para atuar

afirmativamente, em 2008, tais como:

I) Reforma das instalações físicas da Controladoria para melhor adequação do layout interno,

com ambientes climatizados para assegurar qualidade de vida no trabalho e melhorar o

desempenho operacional da CGE;

II) Substituição de móveis inadequados por mobiliário de ergonomia recomendada pela

medicina do trabalho, com fabricação local, que gera emprego e renda para os sergipanos e

resgata a valorização do servidor público;

III) Aquisição de novos equipamentos de informática, contemplando a relação de um

computador para cada servidor, de modo a assegurar a efetividade das ações da

Controladoria;

IV) Em parceria com a Controladoria-Geral da União, foram capacitados 45 servidores em

controle interno, com ênfase na detecção de fraudes em licitações, contratos e convênios;

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V) Participação dos servidores da CGE em seminários e congressos, para capacitá-los a

desempenhar melhor as suas atividades.

Além disso, para cumprir as diretrizes do Planejamento Estratégico 2007/2010 da

Controladoria-Geral, foram encaminhados dois Projetos de Lei à Secretaria de Governo, com

as seguintes finalidades:

Criar a Carreira de Analista, Finanças e Controle do Estado de Sergipe, e

Reestruturar administrativamente a Controladoria.

3.4. Atividades Ordinárias da Controladoria:

No início do exercício/2007, a nova gestão da Controladoria-Geral deparou-se com o desafio

institucional de mobilizar todos os gestores da Administração estadual no sentido de

preparar, examinar, relatar e encaminhar as Prestações de Contas, anuais e intermediárias,

para o Tribunal de Contas de Sergipe, até o dia 30 de abril/2007.

Não obstante as dificuldades operacionais e a falta de recursos humanos quantitativa e

qualitativamente necessários para desempenhar tal missão, os servidores da Controladoria

assumiram a firme responsabilidade de superar todos os obstáculos para cumprir os prazos

regimentais estabelecidos pelo TCE/SE. Dessa forma, todas as Prestações de Contas do

Governo de Sergipe, do exercício/2007, com os respectivos relatórios e certificados de

auditoria, foram entregues ao Tribunal de Contas, dentro do prazo legal.

Dessa forma, em cumprimento à sua missão institucional, a CGE alcançou os resultados

descritos no quadro abaixo:

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Resultados das Atividades Ordinárias da CGE, em 2007:

PROCESSOS ANALISADOS TOTAL

Análise de Prestação de Contas 210

Análise de Balanços e Balancetes 90

Análise de Suprimento de Fundos 401

Do exame do quadro supracitado, constata-se que a atual estrutura da Controladoria está

focada no processo, quando o ideal é voltar-se para a avaliação dos resultados, através das

atividades de orientação, fiscalização e auditoria dos atos e fatos da Gestão governamental.

Assim, para reverter esse quadro, a Controladoria está empenhada na implantação de sua

nova estrutura para assegurar melhores condições na realização das ações de

acompanhamento e de orientação da gestão, bem como para executar as atividades de

auditoria e fiscalização dos atos e fatos da Gestão estadual.

3.5. Atividades Especiais da Controladoria:

Por meio de auditorias especiais realizadas nos Órgãos e Entidades do Governo estadual,

várias irregularidades foram detectadas pela Controladoria, que por sua vez adotou as

providências legais cabíveis junto ao TCE, MPE, PGE e aos Gestores estaduais, no sentido

de assegurar o ressarcimento dos prejuízos causados ao Erário estadual, uma vez que a

principal missão institucional da CGE é exercer o efetivo controle do patrimônio da

sociedade sergipana.

Assim, durante o exercício/2007, a Controladoria determinou a instauração de Inquérito

Administrativo, para efetuar a Tomada de Contas Especial do Convênio nº 40/2005, firmado

entre o Governo de Sergipe e a OMF – Organização Mundial da Família, representada pela

UNAPMIF (Organização Mundial da Família/União Nacional das Associações de Proteção à

Maternidade, Infância, Família e Entidades Sociais).

Como resultado dessa ação de controle, foi apurado um prejuízo de R$ 3.901.149,75 (três

milhões, novecentos e um mil, cento e quarenta e nove reais e setenta e cinco centavos)

contra os cofres do Fundo Estadual de Saúde. Em face dos resultados dessa Tomada de

Contas Especial, a Controladoria determinou ao Secretário de Estado da Saúde adotar as

providências para abrir outro processo de Inquérito Administrativo, no sentido de apurar se

houve inidoneidade da OMF e da UNAPMIF e de seus respectivos dirigentes, qualificados

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no Relatório de Auditoria nº 04/2007, na execução do objeto e na prestação de contas do

referido Convênio.

Ademais, os resultados dessa Tomada de Contas Especial foram encaminhados, também,

para o MPE, TCE, PGE, CGU, TCU e Procuradoria da República em Sergipe para que, no

âmbito de suas respectivas competências, adotem as providências legais cabíveis para

assegurar o ressarcimento dos prejuízos causados ao Erário estadual e responsabilizar os

agentes envolvidos nas irregularidades.

3.6. Auditoria da Folha de Pagamento do Governo estadual

Em face dos indícios de irregularidades que teriam sido cometidas na Folha de Pagamento

das Empresas que foram transformadas em Autarquias, no exercício de 2004, foi constituída

“Comissão Especial de Auditagem da Folha de Pagamento de Pessoal da Administração

Autárquica e Fundacional do Poder Executivo do Estado de Sergipe”, através do Decreto

estadual n.º 24.502/2007, com a destacada participação da CGE.

Trata-se de Comissão multisetorial que tem o objetivo de analisar os dados cadastrais dos

servidores e verificar se há despesas irregulares na folha de pagamento do Governo de

Sergipe.

Em conseqüência dos trabalhos já executados pela Comissão, foram feitas algumas

recomendações, dentre as quais destacam-se:

Instauração de Tomada de Contas Especial no DEHIDRO, a fim de analisar os

“Maternidade Nossa Senhora de Lourdes”

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motivos e procedimentos que permitiram a alguns servidores terem seus salários

elevados em até 408%, no período de 2 anos;

Detecção de irregularidades no pagamento da GECE (Gratificação Especial de

Cessão Específica) aos servidores do DEAGRO, o que poderá representar um

prejuízo mensal de aproximadamente R$ 340 mil (valor atualizado) com os

pagamentos irregulares relacionados a esta Gratificação, nos últimos 2 anos,

conforme Parecer nº 5535/07, da PGE; e

Solicitação de atualização dos prontuários dos servidores estaduais, bem como o

recadastramento de todos eles, em face da constatação de que, em algumas

Autarquias, as pastas de registro dos servidores estavam com informações

desatualizadas.

3.7. Auditorias Especiais

No exercício/2007, demonstrando a efetiva mudança de enfoque de sua atuação, a

Controladoria-Geral realizou 15 (quinze) auditorias especiais, dentre as quais destacam-se:

SEPLAN/SEFAZ/FUBRAS: Como resultado dessa auditoria especial realizada pela

Controladoria, foi instaurado Inquérito Administrativo na SEFAZ e na SEPLAN, para

apurar as irregularidades na contratação da consultoria FUBRAS, cujos resultados dessa

auditoria apontam prejuízos de R$ 11.073.088,56 (onze milhões, setenta e três mil,

oitenta e oito reais e cinqüenta e seis centavos) contra o Erário estadual. Em face disso,

os resultados foram remetidos ao TCE, MPE e PGE, para, no âmbito de suas respectivas

competências, adotarem as providências necessárias ao ressarcimento dos prejuízos e à

responsabilização dos envolvidos nas irregularidades;

AGETIS/SIEMENS: Diante dos indícios de irregularidades da contratação da empresa

SIEMENS pela AGETIS, a Controladoria determinou a abertura de sindicância

administrativa para apurar os fatos. Em razão das conclusões dessa sindicância, a CGE

determinou a abertura de Inquérito Administrativo para efetuar a Tomada de Contas

Especial, no sentido de apurar os indícios de descumprimento da Lei nº 8.666/93, na

realização da Concorrência 005/2006 e na contratação e execução dos serviços objeto do

Contrato nº 001/2006, firmado entre a AGETIS e a empresa SIEMENS;

DETRAN/SGN: Em face dos indícios de inexecução contratual e de pagamento sem

causa à empresa SGN Soluções em Gestão de Negócios Ltda., a Controladoria

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determinou a abertura de Inquérito Administrativo para efetuar a Tomada de Contas

Especial, no sentido de apurar os fatos, quantificar os prejuízos ao Erário estadual e

identificar os potencias responsáveis pela execução do Contrato nº 020/2006, firmado

pelo DETRAN/SE.

DESO/PERFORMANCE: Diante dos indícios de inexecução contratual, a

Controladoria determinou à DESO abrir o devido processo legal de sindicância

administrativa, para identificar os motivos da inexecução parcial do objeto do Contrato

nº 30/2007, bem como para apurar as responsabilidades da empresa PERFORMANCE;

DESO: Dos cinco contratos objeto da auditoria realizada na DESO pelo Tribunal de

Contas do Estado, com a participação da Controladoria, os Contratos nºs 111/2001,

84/2005, 207/2006 e 214/2006 já foram examinados, emitidos os respectivos relatórios

de auditoria e entregues ao Conselheiro Reinaldo Moura, relator desses processos no

Tribunal de Contas do Estado, cujos resultados efetivos ainda dependem de trâmites

internos do TCE;

BANESE/GDN Consultores Associados S/C Ltda. Em face dos indícios de

irregularidades detectados pela Auditoria Interna do BANESE, a Controladoria

determinou ao BANESE abrir o devido processo legal de Tomada de Contas Especial para

apurar as irregularidades apontadas nos processos PRO005/07 e OS-0129/07, cujos

potenciais prejuízos estão em fase adiantada de apuração;

POLÍCIA MILITAR: Acatando denúncia apresentada por um cidadão, a Controladoria

instaurou Auditoria Especial na PM/SE para apurar os indícios de irregularidades nos

contratos de prestação dos serviços de manutenção de viaturas, no período de 2002 a

2007, cujos trabalhos serão concluídos no exercício/2008;

AGETIS/FUBRAS: Diante dos indícios de irregularidades na execução do Contrato nº

0016/2003, firmado entre a AGETIS e a Consultoria FUBRAS, a Controladoria

determinou a abertura de Inquérito Administrativo para efetuar a Tomada de Contas

Especial do Contrato n° 016/2003 e dos responsáveis apontados no Relatório de

Auditoria Especial nº 005/2007, uma vez que há evidencias de prejuízos no valor de R$

642.337,67 (seiscentos e quarenta e dois mil, trezentos e trinta e sete reais e sessenta e

sete centavos), contra o Erário estadual;

IPESAÚDE/FUBRAS: Também, em razão da contratação da Consultoria FUBRAS e dos

indícios de irregularidades, a Controladoria determinou ao IPESAUDE instaurar processo

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de Tomada de Contas Especial, para apurar os fatos, identificar os responsáveis e

quantificar os danos causados ao Erário estadual, decorrentes da execução do Contrato nº

008/2003; e

DEHOP/GP Engenharia Ltda. e BSB Grupo de Serviços Ltda.: A CGE constatou

indícios de descumprimento do Art. 42, da Lei nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) na execução dos Contratos 600109/2006 e 600110/2006, que tiveram por objeto

os serviços de urbanização e paisagismo da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e

determinou à DEHOP abrir o processo legal de Sindicância Administrativa para apuração

dos fatos.

Diante do exposto, os resultados dessas ações de controle foram remetidos ao TCE, MPE e à

PGE para, no âmbito de suas respectivas competências, adotarem as providências legais

cabíveis.

3.8. Síntese dos Resultados da CGE 2006/2007:

ATIVIDADES REALIZADAS 2006 2007

Análise de prestação de contas 146 210

Análise de balanços e balancetes* 720 90

Análise de suprimento de fundos* 661 401

Auditoria especiais** 0 15

Comunicação social Sem resultados Inserção da CGE na sociedade

Número de servidores 20 22

Orçamento R$ 2.817.017,51 R$ 2.806.534.17

* O resultado das Análises de Balanços, Balancetes e dos Suprimentos de Fundos/2007,

menor do que o de 2006, evidencia a mudança do foco de atuação da Controladoria, ou

seja, a partir de 2007 as atividades passaram a ter o enfoque qualitativo dos resultados.

Além disso, justifica-se essa redução quantitativa pelo fato de que uma parte do corpo

técnico da Controladoria foi designada para atuar na apuração das irregularidades

cometidas no período de 2003 a 2006.

** De forma inédita, a CGE realizou quinze (15) auditorias especiais, cujos resultados

evidenciam irregularidades que causaram prejuízos superiores a R$ 60 milhões de

reais, ao Estado de Sergipe.

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Ademais, a CGE colaborou com outros órgãos de Controle (CGU e TCE/SE) para apurar as

irregularidades cometidas nos contratos efetuados pela Companhia de Saneamento de

Sergipe - DESO, cujos resultados apontam prejuízos superiores a R$ 178 (cento e setenta e

oito) milhões de reais, contra o Erário estadual.

Portanto, não obstante contar com dotação orçamentária e quadro de pessoal equivalentes

àqueles do exercício/2006, restam evidências de que a nova Gestão da Controladoria focou

suas ações nos resultados e no atendimento aos anseios da coletividade, a partir do

Planejamento Estratégico 2007/2010.

3.9. Regularização dos CNPJ’s do Governo do Estado

No decorrer do ano de 2006, o governo insistia na alegação de perseguição política por parte

do governo federal, que o impedia de obter recursos financeiros decorrentes de convênios ou

de operações de crédito para investimentos em Sergipe. A União, por sua vez, assegurava

que o tratamento então dispensado ao Estado de Sergipe decorria tão-somente da

inobservância às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, a exemplo do

dispêndio de pessoal superior aos limites da LRF em alguns Poderes ou da aplicação de

recursos nas ações e serviços de saúde, abaixo dos limites previstos na Emenda

Constitucional nº 29/2000.

No exercício/2007, encontramos 153 pendências no CAUC vinculadas aos CNPJ’s do

Governo de Sergipe, o que evidencia o efetivo motivo pelo qual o Governo de Sergipe não

podia obter transferências voluntárias do Governo Federal ou até mesmo contratar operações

de crédito, uma vez que o CAUC é um sistema da Secretaria do Tesouro Nacional – STN

que, dentre outras funções, consolida os registros das pendências dos diversos CNPJ’s dos

Órgãos e Entidades de outras esferas de governo (Estados e Municípios), junto ao INSS,

Receita Federal, CADIN e aos Convênios cujas prestações de contas apresentam

inconsistências.

Porém, com a atuação firme da Controladoria, em parceria com a PGE e a SEFAZ, o Estado

de Sergipe chegou ao final do exercício/2007 com apenas 2 (dois) registros, conforme

gráfico abaixo:

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Nº DE PENDÊNCIAS NO CAUC, POR ORIGEM. JAN - DEZ / 2007.

0

2

4

6

8

10

29/01 28/02 30/03 30/04 30/05 30/06 31//07 31/08 28/09 31/10 26/11 21/12

CONVÊNIO INSS RECEITA FEDERAL CADIN

Dessa forma, o exercício 2007 representou uma grande vitória para o Estado de Sergipe

contra as pendências do CAUC - Cadastro Único de Exigências para Transferências

Voluntárias. Vale ressaltar que a regularidade no CAUC, no exercício/2007, constitui ainda a

oportunidade de recebimento de mais recursos do governo federal e de contratação das

operações de crédito junto a organismos nacionais e internacionais, para aplicar nas ações de

governo e gerar emprego, renda e desenvolvimento para Sergipe.

Restam, dessa forma, evidências de que a regularidade do Estado de Sergipe no CAUC é um

assunto sério, que exige ações efetivas da Administração estadual, para preservar os

interesses da sociedade sergipana.

Ademais, o Estado de Sergipe reconquistou a situação de normalidade institucional e, hoje,

ostenta a Certidão de Regularidade Previdenciária; obteve o Perdão do Ministério da

Fazenda quanto ao descumprimento, em 2006, do Programa de Ajuste Fiscal, e conquistou o

direito de obter a Certidão Positiva com Efeitos de Negativa da Receita Federal do Brasil,

ainda que amparada em decisões de caráter liminar do Supremo Tribunal Federal.

Assim, o Estado de Sergipe já se beneficia com as primeiras liberações financeiras,

decorrentes de Convênios, além daquelas direcionados para as ações de Educação, Saúde,

Assistência Social e do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, como também

superou os obstáculos que o impedia de contratar empréstimos, junto ao BNDES, BID e

BIRD.

Além disso, a Controladoria teve destacado papel junto aos Ministérios, em Brasília/DF, para

superar os entraves burocráticos de entendimentos quanto à aplicação das normas federais na

liberação dos recursos conveniados pelo governo de Sergipe. Em face disso, foram liberados

recursos para DEAGRO, SEMARH, SEJUC, dentre outros.

Nº DE PENDÊNCIAS NO CAUC, POR ORIGEM. JAN – DEZ / 2007.

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3.10. Orientação aos Gestores estaduais

Um dos principais enfoques da atuação da Controladoria, no exercício/2007, foi a orientação

aos gestores estaduais quanto à adequada observância das normas na utilização dos recursos

públicos.

Nesse sentido, a Controladoria promoveu vários debates com Diretores de Administração e

Finanças - DAF’s e ASPLAN´S - Assessores de Planejamento; com Diretores-Presidentes de

Autarquias e demais servidores das áreas de execução orçamentária e financeira do Governo

estadual.

Dentre esses encontros resultados, destacam-se:

Palestras para os responsáveis por suprimentos de fundos do DEAGRO, com o

objetivo de aprofundar o conhecimento sobre a correta utilização desse instrumento

legal na execução de despesas, com esclarecimento sobre a legislação e sua

operacionalidade;

Palestras sobre prestação de contas de convênios, para capacitar os gestores

estaduais, com relação às modificações introduzidas na Instrução Normativa nº

01/2000, de Convênios;

Encontros dos Diretores da Controladoria com todos os responsáveis pelas prestações

de contas anuais dos Órgãos e Entidades do Poder Executivo estadual, para

apresentar as mudanças introduzidas pela Instrução Normativa nº 04/2007 e prepará-

los para a Prestação de Contas/2007:

Reunião de orientação aos Gestores, no DEAGRO.

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3.11. Acordo de Cooperação Técnica com a CGU:

Tendo por base a firme atuação do Governador Marcelo Déda e os valores definidos no

Planejamento Estratégico da Controladoria-Geral do Estado - CGE, a exemplo da

Transparência, da Ética, da Participação Popular e da Prevalência do Interesse Público; em

2007 foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Governo de Sergipe, por

interveniência da CGE, e a Controladoria-Geral da União (CGU).

Esta ação político-administrativa viabilizou a participação da CGE em eventos de fomento à

Ministro Jorge Hage e o Governador Marcelo Deda, na assinaturado Acordo de Cooperação

Reunião de orientação aos Gestores do Estado, na PRONESE

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participação popular e ao controle social, nos Municípios de Lagarto e Carmópolis/SE, senão

vejamos:

O Olho Vivo é um programa da CGU que visa a orientação e o estímulo à sociedade para

realizar o Controle Social, no sentido de alcançar um melhor uso do dinheiro público. Pelo

fato deste objetivo estar intimamente relacionado à política da atual gestão, a participação

da CGE tornou-se imprescindível para fomentar o controle social da gestão pública;

Treinamento dos servidores da CGE em Controle Interno, com ênfase na detecção de

fraudes em licitações, contratos e convênios, ministrado pela CGU; e

Dia Internacional de Combate à Corrupção. Em 2007, o dia internacional de combate à

corrupção foi comemorado com uma série de palestras realizadas na Universidade Federal

de Sergipe. Nessa oportunidade, a CGE teve destacada participação, onde procurou

Olho Vivo, em Lagarto/ SE. Olho Vivo, em Carmópolis/ SE.

Curso de Controle Interno, na AGETIS

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sensibilizar a sociedade sergipana para lutar não só contra a corrupção mas também contra

a impunidade, uma vez que esta estimula a ocorrência daquela.

Portanto, a luta contra a corrupção e a impunidade reafirma o compromisso do Governo de

Sergipe com a ética e a transparência da gestão pública.

3.12. A CGE no GESPÚBLICA:

O Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização - GESPÚBLICA tem apoiado

centenas de dirigentes de Órgãos e Entidades públicos, na melhoria da capacidade de

produzir resultados efetivos para a sociedade, ao menor custo.

Dessa forma, o Gespública tem atuação nas áreas de Avaliação da Gestão, Gestão de

Atendimento, Políticas e Diretrizes de Gestão e Desburocratização, com foco na Gestão

Pública voltada para resultados que são traduzidos na melhoria da qualidade dos serviços

públicos; geração de valor para o cidadão e contribui para aumentar a competitividade do

Brasil.

A experiência da implantação do Gespública em outros órgãos do governo federal mostra

que as instituições que participam desse programa ganharam eficiência, aumentaram o

envolvimentos de seus servidores e a satisfação de seus usuários.

Assim, o Gespública se configura numa importante ferramenta de acompanhamento e

Auditório da Universidade Federal de Sergipe

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avaliação contínua da gestão, que poderá oferecer à Controladoria-Geral do Estado as

condições necessárias para alcançar a sua missão institucional e a sua diretriz estratégica, ou

seja: ser uma referência de controle interno da gestão governamental.

Neste sentido, foram dados os primeiros passos para que a Controladoria-Geral aderisse ao

Gespública, quais sejam:

Realização de palestra de apresentação do programa aos servidores e diretoria;

Realização de treinamento para capacitação dos servidores para a auto-avaliação da

Controladoria;

Aplicação dos formulários de auto-avaliação da CGE, com base no roteiro do

Gespública e seguindo as instruções apresentadas no treinamento e nos Manuais do

Programa; e

Elaboração da Portaria instituindo o Grupo de Trabalho responsável pela

implementação dos resultados obtidos na auto-avaliação da CGE, por meio da criação

do Plano de Melhoria de Gestão da Controladoria-Geral do Estado.

3.13. Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)

A Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P é um projeto que se iniciou no

Ministério do Meio Ambiente, em 1999, e possui um papel estratégico na revisão dos

padrões de produção e consumo e na adoção de novos referenciais para a sustentabilidade

Palestra do GESPÚBLICA, na SEAGRI

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sócio-ambiental, no âmbito da administração pública. A A3P tem por objetivo estimular os

gestores públicos a incorporar princípios e critérios de gestão ambiental em suas atividades

rotineiras, levando à economia de recursos naturais e à redução de gastos institucionais, por

meio do uso racional dos bens públicos e da gestão adequada dos resíduos.

A Controladoria já obteve parecer favorável da PGE para aderir à Agenda Ambiental, o que

se constitui numa iniciativa pioneira da Controladoria, que servirá de modelo para os demais

Órgãos e Entidades do Governo de Sergipe.

3.14. Fomento à Participação Popular

a) Palestra na Universidade Tiradentes

“A Importância do Controle Interno no Governo do Estado de Sergipe” foi o tema da palestra

proferida pelo Controlador-Geral do Estado (CGE), Adinelson Alves, para estudantes e

professores da Universidade Tiradentes (UNIT):

Auditório da UNIT/SE

Evento da A3P, na SEMARH / CODISE

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A palestra foi realizada no Campus Farolândia, em Aracaju/SE, e reuniu alunos dos cursos de

Ciências Contábeis e Administração. Dentre os principais pontos debatidos, o controlador-

geral do Estado, Adinelson Alves, falou sobre o controle interno no Brasil, responsabilidades

do gestor, princípios básicos do controle interno e o novo enfoque de atuação da CGE/SE.

b) II Seminários Integrados da FANESE

O Controlador-Geral do Estado, Adinelson Alves, proferiu palestra na Faculdade de

Administração e Negócios de Sergipe (FANESE) sobre “A Importância do Controle Interno

no Governo do Estado de Sergipe” para alunos do curso de Ciências Contábeis, dentro do II

Seminários Integrados, organizado pela FANESE.

Os principais temas abordados foram: a origem do Controle Interno, Controle Interno na

Administração Pública, Controle Público no Brasil, Tipos e Características de Administração

Pública e o Sistema de Controle Interno do Governo de Sergipe.

Para o coordenador do curso de Ciências Contábeis daquela instituição de ensino, professor

Mário Lúcio, a palestra serve para manter uma interação entre teoria e prática. “Eu vejo

como uma oportunidade dos alunos conhecerem um pouco da administração pública, pois

eles são muito carentes disso”, avalia. E completa, “O Controle Interno é também de

responsabilidade do cidadão. É importante a interação entre o representante de controle do

governo e os alunos, principalmente por este utilizar e valorizar as técnicas de

contabilidade”.

c) Fórum Sergipano de Contabilidade

“A Importância do Controle Interno no Setor Público” foi o tema debatido pelo Controlador-

Geral do Estado, Adinelson Alves no X Fórum Sergipano de Contabilidade. Nessa

Palestra do Controlador-Geral, na FANESE

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oportunidade, Adinelson Alves atuou como debatedor da palestra proferida pelo Controlador-

Geral do Município do Rio de Janeiro, Lino Martins. O evento foi promovido pelo CRC/SE

no auditório da UNIT e reuniu cerca de 500 pessoas, entre profissionais e estudantes da área.

4. Outras ações relevantes

4.1. CRAFI

A Controladoria-Geral do Estado teve destacada atuação nos Comitês Executivo e Gestor do

CRAFI (Conselho de Reestruturação Ajuste Fiscal), em 2007. Além da atividade de

reestruturação e ajuste fiscal do Estado de Sergipe, a Controladoria atuou na orientação aos

gestores estaduais e no controle preventivo dos atos governamentais.

Vale destacar o importante papel desenvolvido pelo CRAFI no Ajuste Fiscal do Estado de

Sergipe, alcançado em 2007. As ações proporcionaram uma economia de R$ 184 milhões, o

que evidencia o compromisso do Governo do Estado para gerir os recursos públicos, com

responsabilidade fiscal, ética e transparência.

Auditório da UNIT

Reunião de trabalho do Comitê Gestor do CRAFI

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Para se ter uma idéia, durante o ano de 2007 foram apreciadas pelo Comitê Executivo,

responsável por processos inferiores a R$ 350 mil, um total de 2.037 SAC's – Solicitações de

Autorização do CRAFI, que alcançou 113 milhões de reais, dos quais 85% foram

autorizadas. Em relação ao Comitê Gestor, responsável pelas operações acima dos 350 mil

reais, nesse mesmo período, foram autorizados mais de 1,1 bilhão de reais, distribuídos em

794 solicitações, como demonstrado na tabela a seguir:

Volume de operações apreciadas pelos Comitês do CRAFI, em 2007:

DecisãoComitê Executivo

(até R$ 350 mil)Comitê Gestor

(acima de R$ 350mil) Total do CRAFI

Valor % Valor % Valor %Autorizados 96.189.966,00 85,00 1.028.524.833,00 89,28 1.124.714.799,00 88,83

Devolvidos 1.730.708,00 1,53 41.586.965,00 3,61 43.317.673,00 3,42

Diligenciados 7.031.020,00 6,21 47.528.994,00 4,13 54.560.014,00 4,31

Indeferidos 8.149.685,00 7,20 19.875.238,00 1,73 28.024.923,00 2,21

Outros 66.177,00 0,06 15.516.527,00 1,35 15.582.704,00 1,23Totais 113.167.556,00 100,00 1.153.032.557,00 100,00 1.266.200.113,00 100,00Nº de SAC´s 2037 794 2831

Os resultados dessa nova política evidenciam o compromisso do governo de Sergipe com a

responsabilidade fiscal, a ética e a transparência da Gestão Pública.

4.2. Comunicação social:

Em 2007, a Controladoria-Geral do Estado implantou a sua Assessoria de Comunicação

(Ascom). Como resultado dessa política institucional, as ações da Controladoria passaram a

ser conhecidos pela sociedade sergipana. Ressaltamos que a esse projeto de comunicação

social tem por objetivo concretizar um dos principais valores da Controladoria: A

Transparência da Gestão Pública.

Para isso, a Ascom/CGE estabeleceu mecanismos que possibilitaram a visibilidade social dos

programas da Controladoria, por meio da divulgação das ações desenvolvidas e de

informações gerais que disseminaram a sua missão institucional.

Nesse sentido, a Ascom/CGE adotou como diretrizes o compromisso com a sociedade e a

visão de que a Controladoria é um órgão de controle interno a serviço da sociedade, focado

na transparência da gestão pública, nas responsabilidades social, ambiental e fiscal.

Em face da implantação da Ascom, a Controladoria alcançou uma série de resultados, dentre

os quais se destacam as inserções de matérias nos veículos de comunicação do Estado, tais

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como: jornais, internet, televisão, rádios. Além disso, teve um destacado papel na Agência

Sergipana de Notícias e do Diário Oficial do Estado.

Ademais, com o intuito de criar um ambiente de comunicação interna, a Controladoria

implantou a sua Intranet, em parceria com a AGETIS, cujo conteúdo é atualizado

diariamente com matérias de interesse da Instituição e dos servidores. Também, a Intranet é

um espaço que fomenta a publicação de artigos dos servidores da Controladoria.

Assim, a implantação da ASCOM/CGE permitiu alcançar a percepção social do papel da

Controladoria e das ações de controle, desenvolvidas ao longo do exercício/2007.

Veículos de Comunicação InserçõesCINFORM 9

JORNAL DA CIDADE 9JORNAL DO DIA 8

CORREIO DE SERGIPE 2AGÊNCIA SERGIPANA DE NOTÍCIAS 10

DIÁRIO OFICIAL 3OUTROS SITES 4

INFONET 9TV SERGIPE 4TV ATALAIA 2

TV ALESE 1TV APERIPÊ 1

RÁDIOS Diversos

Resultados de setembro a dezembro/2007

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4.3. Retratos da Controladoria, até 31/12/2006:

Fachadas frontal e lateral do Prédio da CGE

Estado das instalações elétricas da CGE

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4.4. As Mudanças na Controladoria, a partir de JAN/2007:

Fachada principal com nova placa de identificação da CGE que valoriza o símbolo máximo do Estado de Sergipe.

Mudança na fachada principal com a pintura do Prédio e a instalação de nova placa deidentificação da Controladoria, que valoriza o símbolo máximo do Estado de Sergipe, obrasão com o Cacique Serigy e permite uma melhor visibilidade social da CGE.

Restauração da fachada lateral e das instalações elétricas da Controladoria.

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Novos equipamentos de climatização e de controle da iluminação natural paraproporcionar maior bem-estar aos servidores e economizar energia elétrica.

Ambientes reformados, com novo layout permitem um melhor aproveitamento dos

espaços.

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Estações de trabalho integradas e ajustadas às necessidades de cada setor da

Controladoria. Foi adquirido mobiliário que enfatiza a ergonomia no trabalho e

valoriza a qualidade de vida do servidor da CGE.

5. Conclusões:

Em face do exposto e tendo por base a documentação acostada ao presente processo, os quais

evidenciam os resultados obtidos pela Controladoria-Geral do Estado de Sergipe no

exercício/2007, à luz das disposições de sua Lei Orgânica (Lei estadual nº 3.630, de 26 de

junho de 1995), a Comissão de Trabalho, constituída pela Portaria nº 66, de 05 de dezembro

de 2007, chegou às seguintes conclusões:

1) Ao contrário do foco de atuação institucional verificado no exercício/2006, cuja base

principal era o exame analítico de peças contábeis dos Órgãos e Entidades do Poder

Executivo Estadual (Balanços, Balancetes e Suprimentos de Fundos), a Controladoria-Geral

do Estado, em 2007, priorizou as atividades de auditoria e de análise das prestações de

contas dos Gestores do Governo do Estado, bem como dos convênios firmados pelo Poder

Executivo estadual. Em ambos os casos, a CGE executou o que prevê a sua Lei Orgânica.

Porém, em 2007, houve um incremento qualitativo na tipologia dos trabalhos executados,

visto que a atuação deste órgão foi bastante diferente daquela depurada no relatório de

atividades do ano de 2006;

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2) Em 2007, a Controladoria-Geral realizou 15 (quinze) auditorias especiais, fato inédito

neste órgão que, até o ano de 2006, não havia executado nenhum trabalho desta espécie,

cujos resultados apontaram irregularidades que causaram prejuízos superiores a R$ 60

milhões de reais ao Erário do Estado de Sergipe;

3) A partir de 2007, a Controladoria-Geral passou a contar com elementos de identidade

organizacional imprescindíveis para que a sociedade conheça a sua Missão, os seus Valores e

a sua Visão Estratégica, uma vez que nunca haviam sido pensados para a Controladoria-

Geral do Estado. Ressalte-se, ainda, que essa identidade organizacional foi construída pelo

corpo técnico da CGE, o que evidencia uma gestão participativa que em muito tem

contribuído para o futuro desta instituição;

4) A Controladoria-Geral vem buscando, de modo legítimo e dentro das suas possibilidades

financeiras, estimular a participação da sociedade no exercício do controle social da

Administração Pública Estadual, pois sabe-se que somente por meio do Controle Social é

que haverá a efetiva redução dos índices de corrupção e dos prejuízos causados ao Tesouro

do Estado;

5) A aquisição de mobiliário e equipamentos de informática, bem como a reforma das

instalações físicas da Controladoria, representam um grande avanço na qualidade de vida dos

servidores desta Casa de Controle Interno, que passaram a contar com melhores condições de

trabalho;

6) Ainda no tocante à identidade organizacional da CGE, a preocupação com o meio

ambiente ficou explícita na própria “Carta Náutica” da instituição, visto que a

Responsabilidade Ambiental é um dos Valores a serem seguidos por todos os servidores.

Neste ponto, vale ressaltar a adesão à Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P,

por meio da qual a CGE demonstra, de modo inédito, o seu compromisso com a preservação

do meio ambiente, cujos resultados poderão servir de modelo para o restante da

Administração estadual, a partir do exercício/2009.

7) A atualização das Instruções Normativas de Convênios e de Prestação de Contas, bem

como a adoção de técnicas padronizadas de análise, permite maior agilidade e produtividade

no exame dos processos, o que evidencia o zelo da Controladoria com o dinheiro público.

Portanto, diante das informações descritas na presente prestação de contas, a Comissão

constituída pela Portaria nº 66, de 04 de dezembro de 2007, conclui que a Controladoria-

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Geral do Estado executou fielmente a sua missão institucional e cumpriu as suas

competências com responsabilidade, cujos resultados representam um grande avanço na

busca da fiel utilização dos recursos do Erário estadual.

Ademais, a supracitada Comissão afere, ainda, que a Controladoria-Geral atendeu às

exigências referentes aos aspectos contábeis, financeiros e orçamentários aplicáveis ao

Serviço Público, e que foram respeitados os princípios constitucionais da legalidade,

legitimidade, economicidade e da transparência no uso dos recursos alocados em seu

orçamento do exercício/2007.

Aracaju, 29 de fevereiro de 2008.

À Consideração superior.

Eujácio José do ReisSupervisor

Clóvis Rodrigues CardosoMembro

Henilton Faria dos SantosMembro

Marcos Nazareno Pacheco BastosMembro

Maria José Silva MeloMembro

Em face do exposto, ratifico o supracitado Relatório de Gestão, referente ao

exercício/2007.

Aracaju/SE, 03 de março de 2008.

Adinelson Alves da SilvaCONTROLADORIA-GERAL DO ESTADO

Secretário-Chefe