contribuição da aopi para a revisão pontual da lei de investimento privado de 2011

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REVISÃO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11) EDITOR: BRUNO MIgUEL I AOPI COM CONTRIBUIçõES DE: EB ADVOgADOS & ASSOCIADOS  PRESTIgIO : LIgA DE JOVENS EMPRESÁRIOS E ExECUTIVOS DE ANgOLA  UkUAJI CAPITAL & DEVELOPMENT PTy CO 

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O objectivo deste documento é servir de introdução para a revisão pontual da leido investimento privado em Angola. Recolhemos opiniões e dados de empresáriosangolanos, comunidade académica de Angola, empresas internacionais queinvestem em Angola, consultores, economistas e especialistas em investimentostransfronteiriços. A nossa revisão está focalizada nos aspectos internacionais da leiactual. No entanto, no contexto internacional, os objectivos e a definição da lei doinvestimento privado, variam bastante e ao mesmo tempo, têm se revelado difíceis noque toca a questões distintas que recaem directamente no âmbito da lei em Angolae outros assuntos indirectamente relacionados com a lei ou, mais geralmente para oambiente de negócios colectivo.As análises do investimento privado e estrangeiro se revertem de maior importância quando considerados os seguintes aspectos no ambiente económico mundial:• O preço do petróleo no futuro;• As reduções na produtividade dos campos de petróleo em Angola e os aumentos nainstabilidade geopolítica e económica;• O facto de que o impacto da crise de 2007 continua na Europa e América Latina, bemcomo a redução do “Quantitative Easing”;• O facto de que outros países africanos estão a fazer descobertas de recursos;• O Crescimento económico de outros países, por exemplo: A Nigéria fez um “rebasing” e quase duplicou o seu PIB.

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  • REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADODE 2011 (LEI 20/11)EDITOR: BRUNO MIgUEL I AOPI

    COM CONTRIBUIES DE:

    EB ADVOgADOS & ASSOCIADOS PRESTIgIO : LIgA DE JOVENS EMPRESRIOS E ExECUTIVOS DE ANgOLA

    UkUAJI CAPITAL & DEVELOPMENT PTy CO

  • 2REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    Nota introdutria

    I. Resumo Executivo

    Constituio de empresas em Angola vs Outros Pases

    Razo do Benchmarking e escolha dos pases

    II. Opinies e Anlises

    1. Perspectiva do Empresariado Nacional

    2. Ambiente de Investimento Mundial

    3. Perspectivas de Consultores de Investimentos Internacionais

    4. Perspectiva dos Economistas

    5. Viso da Angola Open Policy Initiative

    III. Estudo dos pases (Angola, Singapura, EUA, UAE e Portugal)

    6. Abordagem sucinta sobre as Leis e Condies de Investimento Privado em diferentes pases:

    6.1. Angola

    6.2. Singapura

    6.3. Estados Unidos

    6.4. frica do Sul

    6.5. UAE Dubai

    6.6. Portugal

    IV. Consideraes e Sugestes

    Referncias

    Anexos

    Perfil dos Membros do consrcio

    Resumo Doing Business World Bank Group/IFC

    Analise Doing Business in Angola

    Analise Angola

    Ambiente de negcios em Angola tipo PESTEL

    Quadro Jurdico sobre Angola Naes Unidas

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    NDICE

  • 3NOTA INTRODUTRIA

    Este documento fruto de um trabalho conjunto realizado por um consrcio que inclui os

    seguintes participantes:

    Angola Open Policy Initiative - Londres

    EB Advogados - Luanda

    Prestigio: Liga de Jovens Empresrios e Executivos - toda Angola

    Professores da Universidade Metodista de Angola - Luanda

    Ukuaji Development and Capital - Cidade do Cabo

    Este projecto do consorcio comeou faz uma semana e o trabalho continua visando a publicao

    de um estudo completo ao fim deste ms de Abril de 2014. Aproveitamos o nosso acesso a

    informao e a rede de contactos para avanar este documento preliminar para considerao

    no processo de reviso da Lei de Investimento Privado.

  • 4REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    O objectivo deste documento servir de introduo para a reviso pontual da lei do investimento privado em Angola. Recolhemos opinies e dados de empresrios angolanos, comunidade acadmica de Angola, empresas internacionais que investem em Angola, consultores, economistas e especialistas em investimentos transfronteirios. A nossa reviso est focalizada nos aspectos internacionais da lei actual. No entanto, no contexto internacional, os objectivos e a definio da lei do investimento privado, variam bastante e ao mesmo tempo, tm se revelado difceis no que toca a questes distintas que recaem directamente no mbito da lei em Angola e outros assuntos indirectamente relacionados com a lei ou, mais geralmente para o ambiente de negcios colectivo.

    As anlises do investimento privado e estrangeiro reverten-serevertem-se de maior importncia quando considerados os seguintes aspectos no ambiente econmico mundial:

    O preo do petrleo no futuro;

    As redues na produtividade dos campos de petrleo em Angola e os aumentos na

    instabilidade geopoltica e econmica;

    O facto de que o impacto da crise de 2007 continua na Europa e Amrica Latina, bem

    como a reduo do Quantitative Easing;

    O facto de que outros pases africanos esto a fazer descobertas de recursos;

    O Crescimento econmico de outros pases, por exemplo: A Nigria fez um rebasing

    e quase duplicou o seu PIB.

    Portanto cada vez mais patente que Angola tem de diversificar e minimizar a sua dependncia nos recursos petrolferos, de modos que, a componente investimento privado em outros sectores tende a ganhar cada vez mais relevncia.

    Pensamos que a conjugao dos diferentes aspectos abaixo destacados, podero tornar esta pesquisa e inqurito mais interessantes no que a Lei de Investimento Privado Estrangeiro e seus incentivos, diz respeito:

    I. RESUMO ExECUTIVO

    Uma viso para alm do sector petrolfero, na medida em que Angola tem muitas

    oportunidades em outros sectores e h um grande interesse inicial por parte dos

    empresrios estrangeiros que aguardam melhor definio;

    Numa perspectiva externa, o ambiente empresarial em Angola muito complexo,

    por um lado e por outro, a burocracia do sector pblico, pode frear ou at mesmo

    inibir o investimento estrangeiro.

    Antes de uma abordagem sobre os incentivos muito frequente se fazer referncia ao ranking de Doing Business como do Banco Mundial onde Angola est na 179 posio e apesar da sua sofisticao e recursos minerais 40 de 47 na Africa Sub-SaharianaSubsaariana. Os comentrios vo no sentido de que ao invs de se concentrar nos incentivos, o foco principal deve ser o ambiente empresarial.

    Ao analisarmos os resultados e comentrios da LIP e os incentivos aos investimentos estrangeiros, as crticas so obviamente as que vimos e ouvimos desde 2011. Dentre tais crticas, podem ser destacadas, nomeadamente o mnimo de USD 1 milho em termos de investimento para cada parte investidora estrangeira bem como os processos burocrticos. A nossa posio que devemos olhar alm dos ttulos e manchetes dos jornais. Naturalmente, o valor de USD 1 milho poder ser o valor certo para determinados tipos de investimentos e no para todos de forma generalizada.

    O volume de documentos necessrios e o envolvimento da ANIP devem variar em funo do tipo de projecto. A postura que se reala dos comentrios que a Lei deve ser mais flexvel. Por exemplo, um projecto que uma parceria entre estrangeiros e nacionais, no qual a parte estrangeira, tenha de injectar USD 1 milho, ainda que apenas fossem necessrios USD 200.000 e que o negcio no precisasse de incentivos, ao passar pela ANIP, o projecto pode levar muito tempo para arrancar e concomitante, levar a desistncia dos investidores e no agregar valor nem para o projecto nem para o pas. No devemos perder de vista em muitos casos os parceiros maioritrios angolanos tambm tm que esperar por vezes cerca de dois anos para arrancar o que por si s pode resultar em perda de oportunidades. A ideia que a Lei deve criar um processo simplificado para os projectos de menor dimenso e sobretudo quando a participao maioritria de nacionais. Medidas como estas podero reduzir as demoras para o arranque dos projectos e tambm reduzir a carga de trabalho da ANIP, dando a possibilidade de se concentrarem nos projectos de maior dimenso.

  • 5A questo do investimento mnimo de USD1 milho, tambm tem gerado muita teno desde 2011. Partindo deste prisma, destacamos outra ideia para adicionar flexibilidade ao processo: Aos projectos que no requerem incentivos podem ser requeridos uma um valor mnimo de $250.000 (ou valor similar) e dar a possibilidade de serem repatriados dividendos e outras proteces, que so elementos necessrios para atingir o objectivo de qualquer negcio. Assim sendo, o valor mnimo de USD 1 milho pode ser um desincentivo no s para as pequenas e mdias empresas, mais tambm para grupos multinacionais com valor de mercado de por exemplo USD 5 bilhes. Devem ser mantidas as portas abertas para todos os projectos, na medida em que cada um significa gerao de empregos, impostos, mais servios, formao e sobre tudo menos dependncia do petrleo.

    Em resumo apresentamos os resultados principais e as sugestes para eliminar as crticas e atingir os objectivos do pas na captao de investimento de forma mais eficiente.

    Comentrios principais;

    O investimento mnimo de USD 1 milho um desincentivo - h projectos que no avanam por causa do valor mnimo de investimento estipulado.

    O processo com a ANIP e outros organismos pblicos excessivamente longo.

    A concesso de incentivos nem sempre necessria nem do interesse do investidor.

    A concesso de incentivos no modelo actual provavelmente no muito eficiente

    em termos de resultado global e custo total.

    A LIP no d informao clara sobre os incentivos para os investidores.

    O processo com ANIP acaba por ser mais um desincentivo para investidores estrangeiros.

    O custo para constituir uma empresa, lidar com a ANIP, com os consultores e demoras muito alto em Angola.

    O quadro abaixo reflecte alguns dos processos para constituio de empresas em Angola em comparao com pases como Singapura, frica do Sul, EUA, Portugal e EAU (Dubai para efeitos de anlise) de acordo com o Banco mundial.

    Constituio de empresas em Angola vs Outros Pases

  • 6REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    importante realar que em Portugal e Angola o facto dos scios serem estrangeiros aumenta o processo de forma sensvel: sobretudo no caso de Angola e a ANIP. O processo da ANIP pode demorar entre seis e oito meses, deve-se adicionar o tempo de obteno de documentos traduzidos e autenticados, bem como o tempo para obter o CRIP. Neste sentido, torna-se mais difcil a comparao com Angola em termos de demoras e custos.

    Aqui apresenta-se uma tabela que mostra os incentivos aplicados nos paises do em estudo bem como os seus parmetros econmicos:

    Finalmente, voltando a preocupao inicial de que Angola tem que diversificar e crescer, todos os colaboradores membros do consrcio que participaram na elaborao deste documento, Angola Open Policy Initiative, Prestigio (Liga de Jovens Empresrios de Executivos de Angola), EB Advogados, Ukuaji Development and Capital e Universidade Metodista de Angola se prope a estudar mais a fundo os processos, os incentivos, a constituio de empresas e os elementos do Rankng de Doing Business do World Bank para que Angola cresa e se diversifique.

    Razo do Benchmarking e escolha dos pases

    Os pases em referncia foram escolhidos por diferentes motivos, que vo desde as suas polticas de incentivos aos processos de constituio de empresas e de investimento estrangeiro: Devido a sua aproximao econmica ou cultural com Angola e tambm pelo facto de terem obtido resultados francamente positivos no que concerne as polticas de captao de investimentos estrangeiro e privados, representando assim uma boa referncia para Angola. Por outro lado a integrao de Angola na zona da SADC e a adopo futura de livre circulao de mercadoria e pessoas faz com que Angola tenha que estar mais preparada para competir directamente com os seus vizinhos regionais na absoro de investimentos estrangeiros com particular incidncia para a Africa do Sul que foi o pas africano que mais investimento estrangeiro recebeu. Exemplos de polticas de referncia como Singapura. Exemplos do funcionamento das polticas de incentivos em pases desenvolvidos, nomeadamente os Estados Unidos. Exemplos dos modelos de incentivos e criao de negcios num pas de crise, nomeadamente Portugal que tambm partilha vrios fundamentos jurdicos com Angola. A experincia do Dubai no que se refere as zonas de comrcio livre, aos processos simplificados de constituio de empresas e os incentivos fiscais e aduaneiros.

  • 7II. OPINIES E ANLISES

    1. Perspectiva do Empresariado Nacional

    CONSIDERAES INICIAIS Ao contemplar uma reviso da Lei de Investimento Privado e necessariamente avaliar a nossa situao actual consideramos de primeira relevncia:

    As caractersticas marcantes do mundo globalizado como a disponibilidade da informao, a velocidade dos meios de comunicao, a competitividade dos produtos, o domnio da tecnologia, a disputa pelos mercados, a desconcentrao dos riscos e outros factores no menos importantes, transformaram a busca pelas oportunidades de negcios uma questo de sobrevivncia e crescimento para as empresas e para as naes. A observao da histria nos leva a crer em alternncias cclicas de desenvolvimento e depresso da economia mundial, que afectam com maior ou menor intensidade pases desenvolvidos e em desenvolvimento, gerando fluxos migratrios de capitais, tecnologias, pessoas, empresas, etc., em busca de oportunidades para a sobrevivncia e o crescimento. Este efeito, a exemplo dos vasos comunicantes, proporcionou algum equilbrio na economia globalizada. Ao amparo da parte positiva do fluxo migratrio acima exemplificado, desenvolveram-se as economias emergentes de pases com emancipaes recentes, do ento designado Novo Mundo. Este movimento demonstrou que junto com o fluxo de pessoas tambm migraram o conhecimento, a tecnologia, a diversificao e enriquecimento das culturas, o capital, etc. A economia mundial vive, nesta altura, um ciclo depressivo, que afecta com mais rigor os pases desenvolvidos e capitalizados, ao mesmo tempo em que os mercados ficaram ainda mais volteis em busca de oportunidades. Este o momento em que mais ocorrem as migraes j abordadas nas consideraes acima.

    Neste cenrio, Angola uma das opes de destino dos fluxos migratrios positivos e, para melhor aproveitar esta oportunidade, deve apresentar vantagens consistentes, quando comparada com outros destinos concorrentes; temos que construir condies para melhor aproveitar tais oportunidades.

  • 8REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    LACUNAS A PREENChER

    No mbito do investidor de grande porte, que observa em Angola uma oportunidade de negcios, existem amparos e incentivos para motiv-los ao investimento, mediante a aplicao mnima de um milho de Dlares Norte Americanos.

    Entretanto, os pequenos e mdios investidores no residentes cambiais, exactamente aqueles que ocupam as faixas de mercado que mais geram empregos, exactamente aqueles que decidem aplicar as economias pessoais arduamente amealhadas, exactamente aqueles que possuem o conhecimento do seu pequeno negcio, exactamente aqueles que maior interesse em repassar seus conhecimentos para o progresso do seu negcio, exactamente aqueles que decidem mudar-se de corpo e alma para Angola, so exactamente aqueles que no dispem de amparos nem incentivos por parte dos rgos oficiais.

    A Macroeconomia de Angola precisa do Grande Investidor, entretanto, a gerao do emprego e renda, o fortalecimento e sustentabilidade do mercado interno, a substituio dos produtos manufacturados exterior, a transferncia das tcnicas de sobrevivncia e crescimento dos pequenos negcios, o exemplo e motivao para o pequeno empreendedor local e muitos outros efeitos paralelos positivos, indispensveis para o crescimento do pas e o amparo aos cidados, precisam da pequena e mdia empresa para germinar.

    Angola tem capacidade para atrair investidores nos diversos patamares de disponibilidade financeira, mas, em contrapartida, deve oferecer condies de sobrevivncia e o crescimento do negcio alvo do investimento. No basta apenas oferecer incentivos fiscais temporrios, deve tambm proporcionar uma logstica adequada, disponibilizar meios para a formao de mo de obra qualificada e criar as condies para o suporte da gesto nos primeiros anos de vida das pequenas e mdias empresas, estabelecidas pelos investidores nacionais.

    Para o Jovem Empresrio, cuja categoria de empreendedores temos a honra de representar atravs da PRESTGIO, em regra geral, o primeiro passo da sua empresa dado na qualidade do pequeno ou mdio negcio e para isto enfrentam dificuldades de vrias origens, que aqui neste Captulo citamos apenas algumas delas. O tema complexo e requer a participao de diversas especialidades.

  • 92. Ambiente de Investimento Mundial

    Depois da crise financeira de 2008, comea-se a ver claros sinais de retoma nas economias mais avanadas sobretudo nos Estados Unidos da Amrica. O crescimento mundial espera-se que seja na ordem dos 3.7% em 2014 e com possibilidades de subir para 3.9% no ano seguinte. A previso do crescimento econmico nos Estados Unidos de 2.8 % , representando um aumento de quase 1% em comparao com o ano anterior. O mercado de capitais tambm tem dado sinais encorajadores de recuperao nos Estados Unidos apesar de ainda estarem muito longe dos nveis anteriores a crise financeira. Por outro lado o abandono das medidas de quantitative easing por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos tambm vista como um forte sinal da retomaeconmica. No entanto o acesso ao acredito e financiamento continua a ter alguma resistncia por parte dos principais instituies de crdito.

    Na zona Euro, espera-se um crescimento de 1% para o ano de 2014 e 1.4 em 2015 fazendo com que os sinais de retoma sejam muito modestos. De forma positiva verificou-se uma queda significativa dos prmios de risco da divida publica dos pases da Zona Euro. O retorno da Irlanda aos mercados e a sada limpa do programa de austeridade imposta pela a troika do banco Mundial, FMI e Banco Europeu representa um sinal positivo para a zona euro. De igual maneira espera-se que Portugal tambm siga o mesmo caminho em meados deste ano. Em geral os nveis de endividamento continuam altos e os nveis de confiana continuam baixos com excepo do Reino Unido que tem tido uma trajectria diferente muito por conta de acesso mais facilitado ao crdito e o aumento dos nveis de confiana, esperando uma taxa de crescimento de 2,05% para 2014 , muito acima da zona euro.

    Existem ainda preocupao em relao a riscos de deflao na zona Euro que podero retardar a retoma. Recentemente a situao poltica na Ucrnia levantou mais um foco de preocupao, mas espera-se que se consiga resolver a disputa sem necessidades de se chegar a medidas mais dramticas.

    No Japo a economia devera abrandar lentamente em comparao com o ano de 2013 uma taxa de 1.7% que se dever manter tambm em 2015.

    As economias emergentes sobretudo os BRICS devero registar um crescimento de 5.4% para o ano de 2014. Este valor afectado pelo menor escoamento de capital e acesso ao crdito com o fim do programa de quantitative easing nos Estados Unidos que, diga-se, tambm aumentou significativamente a presso sobre as respectivas moedas. A China dever abrandar um pouco com as recentes medidas para reduzir

    o acesso ao crdito ficando com uma taxa de crescimento de 7.5% para este ano. O Brasil e a frica do Sul devero enfrentar uma grande presso e as suas previses de crescimento devero ser revistas em baixo. A economia Russa devera sofrer alguns ajustamentos negativos e poder piorar dependendo da resoluo do problema em Crimeia.

    Argentina continua a ser uma incerteza e a desvalorizao do peso em quase 20% e o aumento da inflao representam aspectos preocupantes que podero escalar ao ponto contagiar os outros pases da regio caso o pas no consiga cumprir os seus compromissos no mercado internacional.

    A Turkia apresenta uma situao meio incerta devido a contestao ao presidente Tayyip Erdogan e as acusaes de corrupo de que tem sofrido devendo continuar ainda durante e primeira metade de 2014.

    Os pases do Norte de frica, sobretudo a Lbia, devero ver com algum optimismo o aumento de produo do petrleo depois do conflito civil, no entanto a situao econmica nestes pases ainda continuam longe da recuperao sendo o Egipto o principal foco de instabilidade.

    3. Perspectiva de Consultores de Investimentos Internacionais

    Como Assessores na matria de investimentos intraregionais no espao SADC temos experincia de sete projectos de investimentos em Angola desde 2011 que envolviam parcerias com empresas angolanas. Destes sete, apenas um projecto teve sucesso que resultou na formao de uma nova empresa em Angola que se constituiu por via da ANIP.

    ASPECTOS PRTICOS Antes de abordar a Lei de Investimento Privado, queremos analisar o projecto realizado com sucesso: Lei Lei e sabemos que um blunt instrument, como funcionou para o projecto no qual os investidores queriam avanar com as condies actuais. Neste projecto de investimento a parte angolana detm 51% do capital e a parte estrangeira 49%: uma vez se tratar de uma actividade prestao de servios para o sector petrolfero, o nvel de investimento requerido baixo e assim, o investimento mnimo de USD 1 milho era 8 vezes o investimento necessrio. Apesar do excesso de capital a parte estrangeira manifestou interesse em continuar com o projecto. Numa breve cronologia dos factos, os nossos arquivos indicam que os primeiros contactos

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    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    foram em Agosto de 2011 e a fase de negociaes, at assinatura do memorando de entendimento, foi at Janeiro de 2012: a partir desta data arrancou o processo de criao da empresa em Luanda com o parceira angolano. A empresa comeou apenas a operar em Maro de 2014. Uma vez que ambos parceiros tinham experincia e recursos na actividade empresarial do projecto, podemos afirmar que a demora no arranque se devia principalmente aos processos burocrticos entre os quais a Lei de Investimento Privado (por via da ANIP) . Podemos constatar que os elementos que mais provocam as demoras no processo so nomeadamente: a recolha de documentos no estrangeiro e autenticao, o processo com a ANIP, obteno do CRIP, BNA, e Licenciamento. Foram ainda verificados um conjunto problemas inesperados, como a perda de documento em organismos pblicos.

    Ns achamos que um lead time entre arrancar com o projecto e comear operaes de dois anos para um negcio de estrutura e instalaes simples excessivo. A pacincia dos parceiros esgotou-se e esta demora no projecto de difcil encaixe nos grupos multinacionais por causa da troca de pessoal e alocao de recursos no utilizados. Nestes dois anos os parceiros viram oportunidades de negcios a serem perdidas ou ainda serem ganhas por empresas estrangeiras (por falta de capacidade das empresas locais). Para ns tanto a lei como o ambiente empresarial em que ela se insere so importantes. Em Angola, o ambiente e o processo para o arranque de negcio, so muito complexos (conforme mencionado no Relatrio Doing Business do Banco Mundial e IFC). A nossa concluso que em termos prticos a Lei de Investimento Privado e o processo com a ANIP representam mais barreira significativa para o investidor.

    ASPECTOS TCNICOS E JURDICOS

    Sendo objectivos da Lei de Investimento Privado: Estimular actividade econmica Emprego e criao de quadros Diversificao da economia

    Na nossa opinio como meros consultores, a reviso da Lei deve ser acompanhada por um trabalho que vise melhorar o ambiente de investimentos.

    A Lei em si bastante breve e clara, o que de per si uma caracterstica positiva, no entanto, a brevidade as vezes pode resultar na falta de detalhes suficientes e tornar o processo mais complicado. Por outro lado, as bases de deciso e o processo no so muito objectivos. O poder decisrio sobre est muito concentrado na ANIP e no existe por exemplo, a opo de recorrer.

    Quando a nova Lei de Investimento Privado foi promulgada o pomo de discordia foi o investimento mnimo de USD 1 milho e poder subjectivo da Anip. Um projecto que tnhamos entre mos duma parceria entre uma empresa cotada na Bolsa de Johannesburg e um parceiro angolano foi cancelado: com as dvidas e receios para parte Sul-africana o novo investimento mnimo deu fim ao interesse deles. Queremos enfatizar que se tratava de um grupo com vendas anuais de USD 6 bilhes. Outro projecto, desta vez actual, um grupo de engenharia e tecnologia de USD14 bilhes de facturao, descartou de imediato um investimento de USD 1 milho. O investimento mnimo um problema no somente para pequenas e medias empresas.

    Outro artigo que foi recebido com alguma surpresa foi do benefcio de repatriar dividendos. Para ns, empresrios, o objectivo do investimento de ganhar um lucro que depois pode ser consolidado nas contas do investidor. Salvaguardar o capital investido faz parte dos requisitos bsicos do investidor. Apresentar isso como um privilgio com as condies associadas deixa o investidor confuso. Tambm os investidores ficaram preocupados com o tamanho do texto dedicado a fiscalizao e penalidades. Ligado preocupao a longa lista de obrigaes, que por sua vez aumenta o risco na avaliao do investidor.

    A Lei apresenta uma srie de objectivos genricos e especficos: as vezes no directamente. Compreendemos que o documento pretende fazer de Angola uma economia mais atraente para os investidores internacionais. Ao mesmo tempo visa reas e negcios especficas. Como mencionamos anteriormente, achamos que h muito que se pode fazer para que Angola seja mais atraente, sem oferecer incentivos: no h falta de capital, nem falta de ideias e vontade respeito de Angola. Os incentivos podem corrigir as falhas, ineficincias do mercado ou da economia ou ter como alvo objectivos muitos especficos: por exemplo a formao e emprego de locais que poderiam ser geridos pelo Ministrio de Trabalho e conjunto com o Ministrio das Finanas no caso de redues nos impostos. Constatamos que o texto abrange tudo e mistura o especfico e o genrico e cria um processo de avaliao para todos os projectos.

    Voltando para o exemplo do projecto que teve sucesso. Poderamos incluir uma lista larga de obstculos, conflitos entre procedimentos dos diferentes organismos pblicos entre , perda de documentos: como resultado o processo estendeu-se para mais de um ano. Sendo um projecto mediano com investimento baixo, o investidor estrangeiro com 49% do capital decidiu enviar USD800.000 em excesso s necessidades do projecto para cumprir com a Lei.

  • 11

    Por ser uma actividade de servios sediada em Luanda, este projecto no goza de muitos incentivos; nem precisava de ter incentivos, a estrutura e modelo de negcios era conhecida e clara, simplesmente faltava juntar as condies para arrancar. Para o nosso cliente o processo de arranque, da primeira ideia de investir em Angola at poder comear as actividades demorou trs anos.

    Do nosso ponto de vista devem existir diferentes processos da ANIP, isto processos estratificados conforme com o tamanho do projeto e os incentivos e benefcios a serem adjudicados. Ao mesmo tempo, o investimento minimo deve voltar aos USD100.000. Poderia ser criada uma rota de investimento expresso para investimentos que envolvem parceiros angolanos que no precisam de incentivos: o nvel de interao com a ANIP seria mnimo tambm: objectivo seria eliminar as demoras burocrticas e as despesas relacionadas com a ANIP. Depois haveria outros processos mais complexos para os projectos que requerem incentivos.

    4. Perspectiva dos Economistas

    O LIP vigente em Angola parece ser legislao destinada a fazer o investimento estrangeiro em Angola mais interessante, mais lucrativo, mais seguro. Tambm a LIP age como mecanismo para controlar os investimentos privados com incidncia para o capital estrangeiros. O objectivo da LIP acelerar investimento e portanto desenvolvimento, criar emprego, transferncia de Know How. O objectivo das polticas de atraco de Investimento Estrangeiro deve ser de oferecer aos investidores um ambiente no qual podem conduzir seus negcios de forma rentvel sem incorrer em riscos desnecessrios. A experincia mostra que os programas e incentivos para investimento tem uma importncia relativa e que alguns dos factores mais importantes considerados pelos investidores como eles decidem sobre local de investimento so:

    Um ambiente regulamentar previsvel e no-discriminatrio e a ausncia de impedimentos administrativos indevidos para as empresas em geral. Um ambiente macroeconmico estvel, incluindo o acesso a engajar-se em comrcio internacional. Recursos suficientes e acessveis, incluindo a presena de relevante infra- estrutura e capital humano.

    As condies procuradas por empresas estrangeiras so em grande parte equivalente a aqueles que constituem um ambiente de negcios saudvel em geral. No entanto, os investidores internacionais mais rapidamente respondem s mudanas nas condies

    de negcios. As aces mais efectivas das autoridades dum pas que quer estimular investimento local ou estrangeiro e atender as expectativas dos investidores so:

    Garantias de transparncia do sector pblico, incluindo um sistema imparcial de tribunais e aplicao da lei. Garantir que as regras e sua implementao seguindo o princpio da no-discriminao entre empresas estrangeiras e nacionais e esto em conformidade com o direito internacional . Proporcionar o direito repatriao de fundos e lucros relacionados a um investimento e proteger contra a expropriao arbitrria. A criao de regras adequados para um competitivo saudvel ambiente no sector empresarial nacional . Eliminar os obstculos ao comrcio internacional. Reparar os aspectos do sistema tributrio que constituem barreiras ao investimento estrangeiro Assegurar de que a despesa pblica adequada e relevante.

    O uso de incentivos fiscais, subsdios financeiros e regulamentar isenes dirigidas a atrair os investidores estrangeiros no substituto para perseguir as medidas de poltica geral apropriadas (e com foco na objectivo mais amplo de incentivo ao investimento, independentemente da sua origem). Em alguns circunstncias, os incentivos podem servir quer como um suplemento para um j ambiente propcio atraente para o investimento ou como uma compensao para imperfeies do mercado comprovadas que no pode ser de outra forma abordados.

    Visto a LIP com referncia aos princpios gerais acima relatados e os conhecimentos e informao sobre o ambiente de negcios e investimento em Angola pode-se concluir que h muito mais que pode estimular investimento estrangeiro fora da LIP: por exemplo:

    Um sistema fiscal mais claro e transparente Servios e infra-estruturas Mais velocidade no licenciamento de negcios Disponibilidade de trabalhadores formados Sistema de tribunais

    Analisando a LIP podemos assinalar elementos bons e elementos que podem complicar o investimento privado. Em geral a teoria econmica e na prtica h uma preferncia para incentivos enfocados: neste sentido podemos ver um enfoque e maiores incentivos para certas regies e determinadas actividades.

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    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    O regime contratual parece um pouco complexo e requer uma capacidade administrativa abrangente e complexa para aprovar e monitorar os projectos.

    Podemos ver na imprensa as notcias sobre os montantes aprovados, qualquer projecto e montante anunciado bom: no indica que a administrao eficiente.A LIP parece pretender controlar todos os investimentos estrangeiros: isso nos parece um erro e achamos que o processo, se tem que haver um processo, deve ser estratificado conforme com os tipos de investimento, sectores e valores etc.. A LIP tem um processo que anlise e avaliao de incentivos: o projecto obrigado para pelos processo de anlise mesmo que vivel sem incentivo. Na nossa experincia como economistas a empresa com um projecto vivel quer implementao rpida, captar o mercado e as condies actuais vale mais que os incentivos.

    O valor mnimo dum investimento privado de um milho de dlares parece ser um desincentivo. Enquanto pode haver uma lgica para estabelecer o compromisso e seriedade do investidor um valor alto para qualquer empresa, sobretudo quando se consideram as deficincias no entorno empresarial em Angola e os riscos. Por outro lado h projectos que no requerem um investimento deste valor e basicamente a porta est fechada para o grande volume de projectos menores e empresas estrangeiras medianas. Talvez que a ANIP quer limitar a sua actuao aos projectos de maior valor; isso tem muito lgica: o problema que as empresas com projectos menores no tem como constituir-se com a confiana de poder repatriar lucros.

    Os economistas consideram que os incentivos devem estimular ou mudar comportamento econmico sobretudo quando h ineficincias ou barreiras no mercado que nos impede alcanar um objectivo econmico-social. Na LIP de 2011 considerado que os incentivos so muito genricos: os incentivos genricos so pouco eficientes, empresas recebem incentivos mesmo que no mudem o seu comportamento: o ganho de estudo por dlar de incentivo reduzido. Reconhecemos que h enfoque em certas reas geogrficas onde faltam investimentos; mas estes incentivos so anteriores a LIP de 2011.

    Outra forma de interpretar os incentivos que h um grau elevado de subjectividade na deciso de ANIP: a desvantagem que para o investidor h muitA incerteza e risco.

    Acreditamos que com o incentivo para o investimento a estrutura dos incentivos poderia ser melhorada para ser focada e dar mais clareza aos investidores. Ao mesmo tempo se poderia ver como melhorar os aspectos do entorno de negcios em Angola para que Angola deixasse de estar no lugar 179 no Ranking do Banco Mundial.

    PARECER DOS EMPRESRIOS INTERNACIONAIS

    Open Policy Initiative utilizou a empresa Innovation Resoucing para realizar uma pesquisa por email de empresrios e empresas que fizeram ou tentaram fazer investimentos em Angola. O formato foi de fazer perguntas abertas e depois fazer um anlise para identificar assuntos e opinies comuns.

    Processo da ANIPNesta seco do questionrio as respostas foram bastante crticas da ANIP e do processo:

    O ponto mais destacado foi o investimento mnimo. Parece que a ANIP no est interessada nos projectos inferiores, provavelmente a agencia no deve intervir em projectos pequenos porque a relao custo-resultado no positiva. Mesmo assim como a ANIP controla todos os investimentos estrangeiros, no existe um caminho para os projectos inferiores que trariam actividade, negcios, servios, lucros, emprego e impostos. Para o investidor estrangeiro, mesmo em parceria com angolanos, no existe forma de fazer um investimento inferior a USD1 milho, obter um retorno e proteger os seus interesses. O processo com a ANIP demora muito e excessivamente burocrtico. Os honorrios com a ANIP e os advogados e consultores necessrios atingem

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    valores altos. O volume de documentos que tm de ser traduzidos, legalizados, consularizados: um processo excessivamente longo. Seria possvel entregar documentos, ou uma parte deles como planos de negcios e documentos internos em ingls? A falta de coordenao entre as diferentes agncias do estado com a ANIP. A perda de documentos originais dentro da ANIP. Enfoque excessivo em questes jurdicas ao invs de negcios: produz-se muitos documentos, planos, previses de resultados, balancetes que ANIP no compreende ou que no analisa. O processo com a ANIP envolve a entrega de muita informao confidencial de utilidade limitada para ANIP falta de sigilo profissional, pode causar muitos danos as empresas. Os incentivos so pouco claros no inicio do projecto e as obrigaes e penalidades so altas. No existe forma de arrancar com um projecto sem passar pelo processo da ANIP. Muitos negcios no qualificam ou no precisam de incentivos: o investimento e retorno esto justificadas: no se avanou por causa das demoras burocrticas com a ANIP e as outras agncias do estado. ANIP no parece ter pessoal capacitado e quadros suficientes para atender os investidores. O processo desnecessariamente complexo. O processo com ANIP do investidor privado, incluindo estrangeiros para investir em Angola, A LIP e o processo da ANIP mais um obstculo que um incentivo para investir em Angola. Angola tem um potencial de atrair at USD 15bn nos prximos 3 anos desde tenha as leis certas. Estratificao do investimento privado por zonas ou regies de Angola. Definindo as zonas por tipo de industria ou segmentos de negcios.Nos outros pases, as agncias de investimento estrangeiro activamente procuram e ajudam o investidor. Sobretudo no caso de projectos grandes que criam emprego, as autoridades so muito activas, at proactivos para captar o investidor.

    5. Viso da Open Policy Initiative

    A AOPI apresenta aqui a sua perspectiva e viso em relao aos principais problemas que deveriam merecer uma maior ateno das autoridades. Sobretudo a posio de Angola no Doing Business Ranking ao qual Angola se encontra nos ltimos lugares da tabela. AOPI tambm far uma anlise resumida PEST (Politica, Econmica, Scio-cultural e Tecnolgica)de Angola descrevendo o quadro do pas ao nvel das condies econmicas e macro ambientais que devero ser tidas em considerao.

    Angola no Doing Business Ranking

    Angola ocupa a posio 179 do ranking num total de 191 pases. Angola introduziu recentemente medidas significativas para melhorar a posio global do pas no ranking do Doing Business. No entanto, outras naes tm sido muito mais activas, expeditas e determinadas em alterar o quadro dos seus prprios pases, sendo que o esforo das autoridades Angolanas no tem sido significativo antes pelo contrrio, Angola desceu um lugar em comparao com o ano anterior significando que outros pases esto a fazer melhor e mais. O facto de Angola se encontrar na cauda do ranking, afecta imensamente a sua capacidade de atrair e captar maior investimento, tanto internamente como ao nvel internacional.

    Apresentamos em baixo um quadro da situao que espelha a situao Angolana no Ranking em comparao com outros pases. Propositadamente ordenamos a tabela pelos tpicos em Angola se encontra pior classificada. Significa assim que qualquer ateno no sentido de melhorar o ranking de Angola ter que ser dada de acordo com essa prioridade.

    Resoluo de insolvncia 189

    Cumprimento de contratos 187

    Facilidade para fazer negcios Ranking 179

    Comear um negcio 178

    Obteno de eletricidade 170

    Comrcio alm fronteiras 169

    Pagamento de Impostos 155

    Registo de propriedade 132

    Obteno de crdito 130

    Proteo de investidores 80

    Lidar com Alvar de Construo 65

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    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    Por outro lado importante realar que os tpicos em que Angola apresenta melhor resultando como por exemplo o processo de pedido da licena para construo ou a proteco aos investidores ainda no tm suficiente peso para tornar a posio de Angola mais competitiva. Se dividirmos os valores dos ranking em 3 e classificar o primeiro tero como bom, o segundo tero como mediano e restante como mau, Angola no conseguiria ter nenhum tpico no grupo dos bons e apenas teria 2 tpicos como medianos, sendo que todos os outros tpicos estariam includos no grupo dos maus. Angola tem naturalmente um atraso estrutural sobretudo ao nvel das infra-estruturas, educao e devido ao legado do passado.Fonte: www.doingbusiness.org

    ANLISE PESTEL

    A anlise PESTEL uma ferramenta de anlise bastante comum ao nvel das empresas e pases mas antes de tomarem deciso final durante o processo de investimento. Esta anlise aborda o ambiente externo que poder influenciar positivas ou negativamente o investidor no aspecto Poltico, Social, Econmico e Tecnolgico. No entanto decidimos incluir ainda mais 2 variveis: o Ambiente e Demogrfico. Essa anlise permite dar-nos uma posio global do pas e ao mesmo tempo a possibilidade de comparao com os principais competidores de Angola sobretudo dos pases dentro da regio da SADC que so os competidores mais directos de Angola em relao a captao do investimento estrangeiro.

    a) Estabilidade PolticaEste por ventura o factor mais importante na tomada de deciso do investimento. Coincidentemente o aspecto mais positivo desta anlise ou seja o ponto com melhor capacidade de influenciar positivamente os investidores na sua tomada de deciso em relao ao investimento em Angola. Com efeito o regime poltico vigente em Angola (Presidencial) tem dado garantias de estabilidade poltica desde 2002 com o fim da guerra civil. No entanto, o facto da distribuio riqueza ter sido ainda muito lenta poder levantar algumas tenses sociais como se viu no norte de frica. Este aspecto reflecte a necessidade de haver maior investimento e distribuio equitativa da riqueza e melhor ateno e investimento nos sectores da educao, sade, acesso a meios sanitrios, gua e electricidade.

    b) Sistema de imposto sobre s empresaAngola possui um sistema de imposto que vai ao encontro as melhores prticas internacionais e muito similar portuguesa. O principal factor de impedimento neste sector o facto de Angola no ter muito poucos tratados de dupla tributao com

    outros pases. Os incentivos fiscais apesar de existirem ainda no so significativos. Os incentivos mais altos so em provncias cuja a localizao geogrfica ainda no oferece condies suficientemente atractivas ao nvel de infra-estruturas, fora laboral e capacidade energtica que atraiam maior investimento.

    c) Factores EconmicosA economia angolana foi a economia africana que mais cresceu nos ltimos 15 anos, tendo sido seriamente afectada com a crise financeira de 2008. No entanto, os indicadores econmicos do ano anterior foram positivos e encorajadores. No entanto, Angola dificilmente dever atingir os dois dgitos de crescimento nos prximos 5 anos. E a reviso em baixa do crescimento econmico para este ano de 5% por parte do FMI poder ser visto como um pressgio de tempos menos favorveis a frente. O problema de Angola mais estrutural e tem a ver com a dependncia excessiva do petrleo e a inabilidade do pas conseguir diversificar a economia. Qualquer sucesso neste ponto passa por uma reforma que permita um aumento massivo nas condies de investimento por parte de investidores privados locais e estrangeiros. A poltica monetria e cambial tem sido francamente positiva e a estabilidade do Kwanza face aos principais divisas e nomeadamente o dlar tem sido um dos aspectos mais positivos da poltica macroeconmica de Angola. De igual forma a inflao registou valores histricos e pela primeira vez chegou a baixo dos 10%. Permitindo que o Banco Central apresentasse condies para a reduo das taxas bsicas de juros para 9.25% um das mais baixas de sempre. Essa reduo das taxas no tem sido correspondido pelo acesso ao crdito por parte dos investidores e consumidores sendo este um grande entrave ao crescimento econmico. Por ltimo, a corrupo continua a ser um factor de grande preocupao e influencia bastante na formao de preos em Angola.

    d) Factores TecnolgicosO sector tecnolgico o aspecto mais fraco de toda a anlise. Angola tem um desenvolvimento tecnolgico extremamente fraco e no tem conseguido nem captar o investimento de grandes empresas ao nvel da tecnologia nem to pouco transferir e expandir do pouco que existe no pas. Os nveis de pesquisas e desenvolvimentos so muito fracos, mesmo ao nvel da escolas de ensino mdio e superior. Por outro lado no existe nenhum esquema ou poltica especfica no sentido de incentivar o investimento de empresas com um alto nvel tecnolgico em Angola. Por outro lado importante a criao de lei que proteja a propriedade e a pirataria como forma de encorajar os potenciais investidores.

    e) Factores Ambientais As alteraes climticas tm contribudo imenso para mudanas de como fazer negcio. Uma poltica clara e objectiva sobre o meio ambiental poder ajudar os

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    investidores a planear melhor a sua poltica de investimento. Angola ainda no tem definida uma poltica clara que permita fazer a chamada anlise objectiva em relao as polticas ambientais. Por outro lado, alguns desastres naturais causados pela seca e chuva tem sido mais constantes nos ltimos anos fazendo com que a necessidade de programas especficos para minimizao dos desastres ambientais e maior clarificao sobretudo ao nvel dos seguros, o sector agrrio e turismo. A politica ambiental para o sector do minerais muito fraca e quase inexistente o enforcing das mesmas principalmente sobre os grupos empreiteiros nos diamantes e nas operaes de negcios com empresas Chinesas no geral.

    f) DemografiaA populao Angola maioritariamente jovem sendo que mais do que 65% da populao tem menos de 35 anos de idade. Este valor sendo comum em muitos pases africanos, no entanto pouco comum nos pases mais desenvolvidos. Sendo que o pas necessita de ter polticas sociais claras direccionadas aos jovens ao nvel de habitao, emprego, educao e desporto e lazer.

    III. ESTUDOS DOS PASES (ANgOLA, SINgAPURA, EUA, UEA E PORTUgAL)

    6. Abordagem Sucinta Sobre as Leis e Condies de Investimento Privado em Diferentes Pases

    6.1. Angola

    Em 2003, foi promulgada em Angola a Lei 11/03 de 13 de Maio (Lei 11/03), com o fundamento de sedimentar as bases gerais para o investimento privado em Angola, assim como definir os princpios norteadores desta actividade e os procedimentos de acesso aos incentivos e facilidades a conceder pelo estado aos investidores privados. Desde o inicio, a Lei 11/03, foi apresentando as suas diversas lacunas, pelo que 8 anos depois foi REVOGADA, e substituda pela Lei 20/11 de 20 de Maio, que se esperava ser, a verso aperfeioada da primeira.

    No entanto, enquanto advogados, deparamo-nos inmeras vezes com situaes que nos levaram a questionar sobre as vantagens e desvantagens da nova Lei versus a Lei anterior, e se, a segunda pode ou no ser considerada como um avano quando comparada primeira.

    No nossa inteno apresentar um estudo profundo sobre o Regime Jurdico sobre qual se regem os agentes econmicos em Angola, mais concretamente os Investidores Privados sob tutela da ANIP, mas, apenas, apresentar mais um ponto de vista por parte de quem tem no seu dia a dia uma relao estreita com o referido Diploma, a ANIP e os demais intervenientes.

    Esperamos desta maneira, poder desabafar, e dar o primeiro passo para um debate produtivo que possa provocar actos, que culminem com alteraes que venham facilitar a actividade dos Investidores (nossos clientes), dos Juristas e outros profissionais que tm a misso de guiar e auxiliar os primeiros na rdua caminhada para o desenvolvimento de Angola.

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    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    PRINCIPAIS DIfERENAS

    Partindo de uma analise superficial, as Leis 11/03 de 13 de Maio (Lei 11/03) e 20/11 de 20 de Maio (Lei 20/11), o leitor pode no notar diferenas significativas.

    O legislador mudou a ordem dos artigos, mas, boa parte dos contedos da Lei 11/03 foram transcritos para a Lei 20/03.

    No entanto, esta aparente imutabilidade, esconde algumas situaes muito obvias para quem teve e continua a ter como misso diria (v.g. juristas e investidores privados), a aplicao das normas e disposies destes diplomas sua actividade profissional.

    So para ns as principais alteraes Lei que merecem apreciao e discusso com o fim beneficiar de melhorias:

    Disposies Lei 11/03 Lei 20/11

    Requisitos monetrios Art 23

    >/= usd 50,000 para nacionais

    /= usd 1.000.000

    Regimes Art 25

    Declarao Prvia e Contratual

    Art 51

    Contratual

    Competncia Art 26

    Declar Prev: ANIP

    Contrat: Titular do Executivo

    Art 60

    ANIP:at usd 10.000.000

    Exec: > usd 100.000.000

    Prazo p/ apreciao da proposta

    Art 30

    15 dias, fim dos quais sem resposta o deferimento era tcito

    Art 57,58 e 59

    . No determina tempo para aceitao

    . Aps aceitao leva 45 dias para apreciao.

    . Pode prorrogar por + 45 dias Rejeio Art 31

    S ocorreria por motivos estritamente legais

    Art 62

    O executivo tem o poder discricionrio mas deve fundamentar a rejeio:

    a) ordem legal b) Inconvenincia do projecto

    Incentivos Automticos desde que reunissem as condies No automticos. Possvel negociao

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    1. gNESIS DO INVESTIMENTO PRIVADO EM ANgOLAO regime geral do investimento privado em Angola foi aprovado pela Lei do Investimento Privado (Lei n.o 20/11, de 20 de Maio), que revogou a Lei sobre os Incentivos Fiscais e Aduaneiros ao Investimento Privado (Lei n.o 17/03, de 25 de Julho) e parte da Lei de Bases do Investimento Privado (Lei n.o 17/03, de 25 de Julho).

    O novo regime contempla importantes alteraes em face do regime anterior, traduzidas, nomeadamente, num aumento significativo do valor mnimo do investimento exigido aos investidores externos, na eliminao da concesso automtica de incentivos fiscais e aduaneiros e no estabelecimento de um regime contratual para a aprovao de projectos de investimento e incentivos.

    A Lei do Investimento Privado (LIP) prev a existncia de regimes especiais de investimento nos domnios das actividades de explorao petrolfera (veja-se a Lei das Actividades Petrolferas, aprovada pela Lei n.o 10/04, de 12 de Novembro), de explorao diamantfera (veja-se o Cdigo Mineiro, aprovado pela Lei n.o 31/11, de 23 de Setembro), e das instituies financeiras (veja-se a Lei das Instituies Financeiras, aprovada pela Lei n.o 13/05, de 30 de Setembro), entre outros.

    A LIP considera investimento privado (i) a utilizao no territrio nacional de capitais, tecnologias e know how, bens de equipamento e outros, em projectos econmicos determinados, (ii) a utilizao de fundos que se destinam criao de novas empresas, agrupamentos de empresas ou outra forma de representao social de empresas privadas, nacionais ou estrangeiras, e (iii) a aquisio da totalidade ou parte de empresas de direito angolano j existentes, com vista implementao ou continuidade de determinado exerccio econmico de acordo com o seu objecto social, desde que o montante global destes investimentos corresponda a valor igual ou superior a USD 1 000 000, ou a montante equivalente em kwanzas quando se trate de investimento interno (artigo 2.o, alnea a)).

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    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    1.1. INVESTIMENTO PRIVADO ExTERNOO investimento privado considerado investimento externo quando se recorra a activos domiciliados (i) dentro e fora do territrio nacional, por pessoas singulares ou colectivas, no residentes cambiais ou (ii) fora do territrio nacional, por pessoas singulares ou colectivas residentes cambiais.

    Assim, e por exemplo, o investimento ser externo no s (i) quando um no-residente cambial (estrangeiro ou porventura angolano) pretenda utilizar fundos de que dispe no estrangeiro ou at em Angola para a constituio de uma sociedade comercial em Angola, mas tambm (ii) quando um residente cambial em Angola (angolano ou estrangeiro) pretenda utilizar em Angola fundos de que disponha no estrangeiro para a aquisio de aces de uma sociedade comercial. Contrariamente ao que sucede no investimento interno, o investidor externo tem direito a transferir lucros e dividendos para o exterior.

    Se o investimento externo implicar a constituio ou alterao dos estatutos de sociedades comerciais de direito angolano, a necessria escritura pblica no pode ser realizada sem que seja apresentado o Certificado de Registo de Investimento Privado (CRIP), emitido pela Agncia Nacional de Investimento Privado (ANIP), que comprova a aprovao desse investimento, bem como a licena de importao de capitais emitida pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e visada pelo banco comercial receptor do capital respectivo.

    2. CONSTITUIO DE EMPRESASParalelamente aos incentivos e para que os projectos aprovados sejam implementados, ser sempre necessrio criar uma sociedade de direito Angolana para poder operar em territrio nacional. A Lei das Sociedades Comerciais estabelece vrias opes para a constituio da entidade jurdica: As formas mais comuns de entidades jurdicas a que os investidores recorrem so a Sociedade Limitada e a Sociedade Annima.

    Sociedade Limitada (LDA) Em conformidade com a lei, uma sociedade limitada (LDA) deve ter no mnimo dois scios. O capital social mnimo exigido para uma sociedade por quotas o equivalente em moeda angolana (Kwanza) a 1.000 $USD. Os scios podem diferir o pagamento de 50% do capital mnimo exigido desde que o mnimo seja integralmente pago na data efectiva da constituio. Uma sociedade LDA nomeia um Grupo de gesto e uma Assembleia-geral. As Sociedades LDA que no disponham de Conselho Fiscal podem ter de nomear um Revisor Oficial de Contas caso sejam atingidos determinados valores.

    Sociedade Annima (SA) Uma sociedade annima deve ter no mnimo cinco accionistas. Se um dos accionistas for uma entidade estatal, o nmero mnimo de accionistas passa a ser de dois. Numa sociedade annima, o capital social mnimo exigido o equivalente em moeda angolana (Kwanza) a 20.000 $USD, 30% dos quais devem estar integralmente pagos na data efectiva da constituio. A Sociedade SA nomeia uma Assembleia-geral, um Conselho de Administrao e um Conselho Fiscal.

    Requisitos de Registo e Licenciamento

    Para a constituio de uma sociedade, em Angola, deve-se cumprir os requisitos seguintes: Denominao social da sociedade; Escritura pblica; Registo comercial; Registo fiscal; Registo estatstico; Registo na Segurana Social; Licena para explorao comercial e/ou industrial; Escritura de Constituio;

    2.1. CONDIES DE ELEgIBILIDADEA LIP aplica-se a investimentos cujo montante global corresponda a valor igual ou superior, a USD 1 000 000 (ou o seu equivalente em moeda nacional, quando se trate de um investimento interno). Os investimentos privados de valor inferior no so regulados pela LIP, no gozando o investidor do direito de repatriar lucros, dividendos ou outras mais-valias nem do regime especfico de incentivos fiscais e aduaneiros. Se o investimento privado de valor inferior a USD 1 000 000 implicar a importao de capitais em moeda externa, esta feita nos termos gerais da Lei Cambial angolana (contudo, os cidados ou entidades estrangeiras no residentes apenas podem requerer ao BNA o comprovativo de importao do capital para efeito de constituio de uma sociedade ou empresa de direito angolano se a importao de capitais ascender a um mnimo de USD 500 000).

    Assim, (i) o investidor externo nunca poder repatriar lucros e dividendos se o seu investimento for inferior a USD 1 000 000; (ii) se esse investimento for de pelo menos USD 500 000, teoricamente possvel a constituio de uma sociedade comercial, mediante a prvia obteno de uma licena de importao de capitais; (iii) se o investimento projectado for inferior a USD 500 000, no sequer possvel promover a constituio de uma sociedade comercial.

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    Note-se ainda que, ao abrigo do regime geral de investimento (nem sempre assim nos regimes especiais de investimento), no legalmente obrigatria a participao de investidores de nacionalidade angolana nos projectos de investimento privado.

    2.2. PROCESSO DE APROVAO DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO PRIVADOA aprovao de projectos de investimento privado obedece a um processo de natureza contratual (artigos 51.o e seguintes), implicando uma negociao entre o candidato a investidor e as autoridades competentes sobre os termos especficos do investimento, incluindo sobre os incentivos e benefcios pretendidos (artigo 51.o, n.o 2). Este processo culmina com a celebrao de um contrato de investimento, que tem como partes o Estado angolano, representado pela ANIP, e o investidor privado (artigo 53.o).

    O processo de aprovao do projecto compreende as seguintes etapas (artigos 54.o e seguintes):

    (i) apresentao, pelo investidor, de uma proposta de investimento privado, acompanhada da necessria documentao (estudo de viabilidade, cronograma de implementao, estudo para a avaliao do impacte ambiental do projecto, etc.), cuja listagem exaustiva pode ser consultada no stio da ANIP na Internet;

    (ii) aceitao da proposta pela ANIP (implicando o reconhecimento de que o processo contm todos os requisitos considerados relevantes para a sua anlise);

    (iii) anlise e avaliao da proposta e negociaes com o proponente (a ANIP e a Comisso de Negociao de Facilidades e Incentivos dispem de um prazo de 45 dias para apreciar, negociar e remeter para aprovao os termos do investimento proposto; se as negociaes no forem conclusivas, o prazo pode ser prorrogado por mais 45 dias);

    (iv) aprovao da proposta de investimento pelo Conselho de Administrao da ANIP (se o valor do projecto no exceder o montante equivalente a USD 10 000 000) ou pelo Presidente da Repblica, aps apreciao do Conselho de Ministros (se o valor do projecto ultrapassar aquele valor, caso em que vigora regulamentao adicional); se o valor do investimento for superior a USD 50 000 000, constituda uma Comisso de Negociao de Facilidades e Incentivos ad hoc;

    (v) celebrao do contrato e emisso do CRIP: depois de aprovada, a proposta devolvida ANIP para celebrao do contrato de investimento, registo e emisso do CRIP;

    (vi) licenciamento de eventuais operaes de importao de capitais pelo BNA (quando o investimento aprovado envolva a constituio de uma sociedade comercial, a realizao integral do respectivo capital social deve ocorrer no prazo de 90 dias a partir da data de emisso da licena de importao de capitais);

    (vii) implementao do projecto: findas todas as etapas de ndole administrativa anteriormente mencionadas, o projecto de investimento pode comear a ser implementado.

    3. INCENTIVOS fINANCEIROS AOS INVESTIDORESExistem programas de apoio e incentivo ao investimento em Angola, quer para nacionais Angolanos, quer para estrangeiros que pretendem apostar no nosso pas. Para o efeito, o governo criou uma agncia especializada para o Investimento em Angola (ANIP - Agncia Nacional para o Investimento Privado), que atribui incentivos, isenes fiscais e regimes mais atractivos para investidores que apresentarem propostas credveis e que fomentem o crescimento do pas. A actividade da ANIP promover o investimento privado por cidados angolanos e estrangeiros, em sectores industriais bem identificados e por zonas de desenvolvimento.

    A agncia trabalha no mbito de um enquadramento jurdico que proporciona incentivos financeiros ao investimento e procura dar apoio aos investidores atravs de modernos procedimentos de aplicao. Os analistas de projectos facultam s partes interessadas toda a assistncia relativa a potenciais projectos de desenvolvimento. Orientam os potenciais investidores ao longo do processo de candidatura e facilitam a comunicao com outras entidades governamentais.

    A ANIP aceita projectos de investidores nacionais a partir de 50.000 $USD.

    Para investidores externos, o investimento mnimo de 1.000.000 $USD por investidor/scio.

    3.1. REgIME DE ISENES DE IMPOSTO INDUSTRIALOs investimentos privados nacionais e estrangeiros aprovados pela ANIP, podem beneficiar de incentivos fiscais e aduaneiros.

    Os sectores econmicos prioritrios so: Agricultura e Pescas Construo civil Energia e gua

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    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    Infra-estruturas rodovirias, ferrovirias, porturias e aeroporturias Educao e Sade Indstria transformadora Equipamentos de grande porte de carga e passageiros

    As Zonas de Desenvolvimento Elegveis so:

    Zona A abrange a provincial de Luanda, os municpios sede das provncias de Benguela, Hula, Cabinda e o municpio do Lobito. As operaes investimento na Zona A esto isentas do pagamento de direitos e demais imposies aduaneiras pelo perodo de 3 anos.

    Zona B restantes municpios das provncias de Benguela, Cabinda e Hula e as provncias do Kwanza Norte, Bengo, Uge, Kwanza Sul, Lunda Norte e Lunda Sul. As operaes de investimento na Zona B esto isentas do pagamento de direitos e demais imposies aduaneiras pelo perodo de 4 anos.

    Zona C provncias de Huambo, Bi, Moxico, Cuando Cubango, Cunene, Namibe, Malange e Zaire. As operaes de investimento na Zona C esto isentas do pagamento de direitos e demais imposies aduaneiras pelo perodo de 6 anos.

    3.2. REPATRIAMENTO DE CAPITAISSe tiver investido pelo menos USD 1 000 000, o investidor externo goza do direito de transferir lucros e dividendos para o exterior, bem como importncias conexas com o investimento por si feito (artigos 18.o e seguintes da LIP). O exerccio deste direito pressupe a prova da execuo do investimento e do pagamento dos impostos devidos, bem como a obteno de uma licena de exportao de capitais e a observncia das condies estabelecidas pelo BNA nessa licena. Por ltimo, para beneficiar do regime de incentivos e benefcios fiscais e aduaneiros, o investidor deve ter a sua contabilidade devidamente organizada e certificada por um auditor externo (n.o 4 do artigo 18.o e n.o 4 do artigo 26.o), sendo entendimento corrente que, mais do que incidir sobre o investidor, esta obrigao incide sobre a sociedade.

    O repatriamento de lucros e dividendos objectivamente proporcional e graduado, devendo os termos da proporo e graduao percentual do repatriamento estar fixados no contrato de investimento. A graduao percentual do investimento tem em conta, por regra, (i) a zona de desenvolvimento em que o investimento se encontra implementado, (ii) o valor do investimento e (iii) o perodo decorrido desde

    a implementao efectiva do investimento (artigo 20.o), salientando-se, no entanto, que os investimentos declarados altamente relevantes para o desenvolvimento estratgico da economia nacional podem beneficiar de um regime privilegiado (artigo 29.o, n.o 1, alnea a)).

    A LIP prev ainda a possibilidade de suspenso de remessas para o exterior, incluindo as garantidas ao abrigo desta lei, o que pode acontecer por deciso do Presidente da Repblica, sempre que o seu montante seja susceptvel de causar perturbaes graves balana de pagamentos.

    4. DIREITOS E gARANTIAS DO INVESTIDORNo que toca aos princpios gerais (artigo 5.o), a poltica de investimento privado e a atribuio de incentivos e facilidades deve respeitar a propriedade privada, as regras do mercado livre e da s concorrncia entre os agentes econmicos e ainda a liberdade de iniciativa econmica privada, com excepo das reas que constituem reserva do Estado (veja-se a Lei de Delimitao de Sectores da Actividade Econmica, aprovada pela Lei n.o 05/02, de 16 de Abril). Deve tambm garantir a segurana e a proteco do investimento, a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros e a proteco dos direitos de cidadania econmica de nacionais (angolanos), a promoo da livre e cabal circulao dos bens e dos capitais e o integral cumprimento dos acordos e tratados internacionais, designadamente de promoo e proteco recproca de investimento, de que Angola parte.

    Ao investidor so ainda garantidos (artigos 14.o e seguintes):

    (i) os direitos decorrentes da propriedade sobre os meios que investir, nomeadamente o direito de dispor livremente deles, nos mesmos termos que o investidor interno;

    (ii) o acesso aos tribunais judiciais (ou arbitrais, quando o contrato assim o preveja) angolanos;

    (iii) o direito de denunciar livremente junto do Ministrio Pblico quaisquer irregularidades, ilegalidades e actos de improbidade em geral;

    (iv) o pagamento de uma indemnizao justa, pronta e efectiva, em caso de expropriao ou requisio dos bens objecto do projecto de investimento (o que s acontecer em funo de ponderosas e devidamente justificadas razes de interesse pblico);

  • 21

    (v) o sigilo profissional, bancrio e comercial;

    (vi) direitos de propriedade intelectual sobre criaes intelectuais;

    (vii) direitos reais (sendo de sublinhar que a lei angolana no permite que estrangeiros sejam titulares do direito de propriedade sobre solos);

    (viii) a no interferncia pblica na gesto das empresas privadas, excepto nos casos expressamente previstos na lei;

    (ix) o no cancelamento de licenas sem a instaurao de um processo judicial ou administrativo;

    (x) o direito de importao directa de bens do exterior e a exportao autnoma de produtos produzidos pelos investidores privados;

    (xi) o direito de transferir lucros e dividendos para o exterior.

    4.1. DEVERES DO INVESTIDORA LIP estabelece deveres gerais (como o de respeitar a legislao e os regulamentos aplicveis em Angola, bem como os contratos celebrados) e deveres especficos. De entre os deveres especficos do investidor, destacam-se os de promover a formao e enquadramento de mo-de-obra nacional e a angolanizao progressiva dos quadros de direco e chefia, sem qualquer tipo de discriminao e de respeitar os requisitos legais e regulamentares em sede de assistncia tcnica.

    Do primeiro dever decorrem outros deveres, nomeadamente o de as sociedades e as empresas constitudas para fins de investimento privado empregarem trabalhadores angolanos a quem devem garantir a necessria formao profissional e prestar condies salariais e sociais compatveis com a sua qualificao. A contratao de trabalhadores estrangeiros qualificados permitida desde que seja cumprido um rigoroso plano de formao e/ou capacitao de tcnicos nacionais, visando o preenchimento progressivo desses lugares por trabalhadores angolanos (este plano de formao faz parte da documentao a fornecer ao rgo competente para a aprovao do investimento).

    Relativamente ao segundo dever mencionado, depois da entrada em vigor da LIP foi publicado e entrou em vigor o Regulamento sobre a Contratao de Prestao de Servio de Assistncia Tcnica Estrangeira ou de Gesto. Este regulamento

    estabelece restries celebrao e ao contedo de contratos de assistncia tcnica estrangeira ou de gesto, definidos como aqueles que tm por objecto a aquisio a entidades colectivas no residentes de servios administrativos, cientficos e tcnicos especializados. Nuns casos, permite-se a celebrao de tais contratos, ainda que com a obrigao de dar conhecimento de tal facto e do contedo dos contratos ao Ministrio da Economia; noutros, condiciona-se a celebrao desses contratos prvia aprovao daquele Ministrio; noutros ainda, probe-se a celebrao de contratos desse tipo, salvo em casos excepcionais, devidamente autorizados pela ANIP aps parecer favorvel do mesmo Ministrio.

    A proibio abrange os contratos entre empresas constitudas ao abrigo da LIP e os respectivos associados estrangeiros (por exemplo, os investidores privados que sejam scios da sociedade constituda ao abrigo da LIP). Assim, e em princpio, os investidores privados no podem celebrar contratos de prestao de servios (ou pelo menos parte significativa deles) com sociedades constitudas ao abrigo da LIP, a no ser que a ANIP autorize essa contratao (porventura no prprio projecto de investimento). Havendo autorizao da ANIP para a celebrao de contratos de prestao de servios entre a sociedade angolana e um ou mais investidores privados, ser ainda necessrio que o contedo do contrato esteja de acordo com o regulamento mencionado.

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    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    6.2. Singapura

    1. OBJECTIVO DA CAPTAO DO INVESTIMENTO ESTRANgEIROPara encorajar o investimento, o governo oferece incentivos atraentes para as actividades qualificantes. Promovendo a localizao, transportes topo da gama, telecomunicaes e infra-estruturas financeiras, Singapura conseguiu promover a sua imagem como o rosto regional de investimento estrangeiro.

    Singapura tem uma jurisdio desejvel para investidores estrangeiros que procuram estabelecer as suas operaes pelo seguinte: Iseno/Incentivos atraentes no que diz respeito a impostos de consumo e reteno na fonte; A ausncia de ganho de ganhos sobre imposto; Vasta rede de acordos de impostos; Alta facilidade de abertura de um negcio 1.1. POTENCIAL SOCIOECONMICO A prioridade de investimento so projectos de alto valor agregado, capacidade tcnica, e indstrias ligadas a tecnologia. No obrigatria a participao de nacionais na gesto ou estrutura financeira das empresas ou empreendimentos estrangeiros.

    Investidores estrangeiros normalmente no esto restritos de investir em indstria alguma, embora haja alguma preferncia para a indstria de servios.

    H entretanto uma excepo, onde o licenciamento necessrio para os investidores estrangeiros: Sector Pblico; e Estabelecimentos Porturios.

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    Sectores 2007 2008 2009 2010

    Servios Financeiros & Seguro 135,113 145,315 170,003 204,958

    Industrial 80,824 72,600 87,467 101,642

    Comrcio Retalho & Grosso 53,159 64,298 70,835 85,322

    Transporte & Armazenamento 21,181 25,242 26,250 29,138

    Servios de Apoio (Tcnico/Profissional/Administrativo)

    15,685 24,714 27,236 27,631

    Actividades de Imveis 8,948 10,212 12,333 15,314

    Informao & Comunicao 3,390 3,566 4.205 5,242

    Hoteis & Restaurantes 2,090 2,332 2,484 3,020

    Construo 1,053 1,331 1,962 1,677

    SECTORES 2007 2008 2009 2010

    1.2. PRINCIPAIS SECTORES PARA O INVESTIMENTO ESTRANgEIRO: 2. ENTIDADES DE PROMOO (CAPTAO) DO INVESTIMENTO ESTRANgEIRO

    Agncia

    Responsvel

    Accounting and Corporate Regulatory Authority

    (ACRA)

    Tempo 15 minutos. Se o seu negcio carecer de autorizao

    de outras agncias Governamentais, levar 14 dias.

    Custo

    Registro: S$300 S$1,200

    Aprovao do nome: S$15 por nome

    Pre-aplicao Novo Negcio (Estrangeiro)

    1. Aplicar para o EnterPass no Ministrio de Recrutamento

    2. Aplicar para o SingPass 3. Preparar lista de procedimentos antes de comear -

    Checklist (Before Registering)

    Como Registrar Novo Negcio (Estrangeiro)

    Aplica online em ACRAs BizFile website, or Aplica online em Online Business Licensing Service

    (OBLS) website

    Sede de uma Empresa Estrangeira

    Contrate uma empresa profissional para registar por si

    3. gARANTIAS (INCENTIVOS) AO INVESTIMENTO ESTRANgEIRO

    Singapura oferece uma vasta gama de incentivos ao investimento:

    - Isenes fiscais e concesses; - Esquemas de depreciao acelerada; - Condies de emprstimo favorveis; - Participaes no capital; e - Parques industriais de alta qualidade.

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    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    Sendo grande parte de Singapura um porto livre, as empresas no podem esperar tarifa ou quota proteco para empreendimentos industriais. O governo gosta de manter uma certa flexibilidade na gesto dos mesmos.

    Vrios tipos de incentivos fiscais disponveis para empresas registadas em Singapura.

    As tarifas de imposto de concesso, variam de 0% a 15%, com a taxa de imposto concessionria geralmente depende do vestgio (histrico) econmico ou compromisso na Singapura, por exemplo, o nmero de novos postos de trabalho que seriam criados, os gastos de empresas locais, nmero de funcionrios, novas actividades introduzidas em Singapura.

    Applications for incentives are made to the Economic Development Board (EDB), International Enterprise Singapore and the MAS.

    1 . Incentivo de Desenvolvimento e Expanso( DEI ) - fornece uma taxa de IRC reduzida no rendimento adicional das actividades de qualificao.

    2 . Prmio Sede Internacional / Regional ( IHQ / RHQ ) - fornecem uma taxa de IRC reduzida no rendimento adicional das actividades de qualificao.

    3 . Incentivo do Empreendedor - oferece uma iseno de imposto sobre as sociedades sobre os rendimentos de actividades de qualificao.

    4 . Subsdio de Intensificao da Terra ( LIA ) - fornece um subsdio fiscal inicial de 25% e abono anual de imposto de 5% sobre as despesas de capital de qualificao incorridos para a construo ou reforma / ampliao de um edifcio ou estrutura de qualificao.

    5 . Proviso de Investimento Integrado ( IIA) - fornece um subsdio com base numa percentagem das despesas de capital fixo aprovado a serem incorridos em equipamento produtivo que colocado fora de Singapura para um projeto aprovado. Este subsdio concedido em cima do subsdio de capital normal.

    6 . Fuses e Aquisies (M&A Scheme) A Fuses e Aquisies programa prev um subsdio de 5 por cento do valor de aquisio , sujeito a um mximo de US $ 5 milhes para cada ano de avaliao. Ele tambm fornece dedutibilidade dos custos de transaco e de alvio de imposto de selo . Aprovao da EDB necessria para a renncia condio de que a holding final para o grupo deve ser constituda e residncia fiscal em Singapura.

    7 . Centro de Finanas e Tesouraria ( FTC) de Incentivos Fiscais - oferece uma taxa de IRC reduzida em honorrios, juros, dividendos e ganhos com servios e actividades de qualificao. Tambm fornece uma iseno de imposto retido na fonte sobre os

    pagamentos de juros sobre emprstimos de bancos e empresas de rede aprovados para as actividades da FTC .

    8 . Esquema de leasing de aeronaves (ALS) - no s oferece uma tarifa reduzida do imposto sobre a renda provenientes de ou derivados de Singapura de arrendamento de aeronaves ou motores de aeronaves e actividades prescritas. Mas como tambm a iseno de reteno na fonte sobre os pagamentos de qualificao automtica na qualificao emprstimos estrangeiros para a compra de motores de aeronaves ou de aeronaves.

    9 . Esquema de Incentivo Pesquisa em Empresas (RISC) - para desenvolver as capacidades de pesquisa e desenvolvimento em reas estratgicas de tecnologia.10 . Iniciativas em Nova Tecnologia ( INTECH ) - subsdios para incentivar o desenvolvimento de capacidades na aplicao de novas tecnologias, P & D industrial e know-how profissional .

    11 . Financiamento sobre Terra Produtiva (GLP) - As empresas de apoio que esto interessadas em optimizar o uso da terra por meio de realocao interna ou no exterior.

    3.1. VOLUME DE INVESTIMENTO ESTRANgEIROOs Estados Unidos so um dos maiores investidores estrangeiros em Singapura, com mais de 1.500 empresas norte-americanas em operao. Segundo o Departamento de Estatstica Singapura (Singapura DOS), os investimentos estrangeiros diretos acumulando Dlares Americanos em Singapura totalizaram 50,82 bilhes dlares em 2010 (ltimos dados disponveis). De acordo com o Departamento de Comrcio dos EUA estatsticas (USDOC), as empresas norte-americanas (indstria e servios) em 2011 tiveram o total de investimentos cumulativos em Singapura de 116,600,000 mil dlares. As discrepncias entre os nmeros do Governo dos EUA e GOS de IDE so atribuveis a diferenas nas metodologias de contabilidade.

    2007 2008 2009 2010

    Total FDI 322,978 353,195 408,487 480,448

    Top 5 Countries 2007 2008 2009 2010

    United States 35,769 36,805 41,373 50,821

    Netherlands 35,678 42,386 43,748 47,306

    Japan 32,987 34,855 35,907 41,894

    United Kingdom 43,386 34,792 35,271 38,868

    2007 2008 2009 2010

    TOP 5 COUNTRIES 2007 2008 2009 2010

  • 25

    4. PROgRAMA DO INVESTIDOR gLOBAL (gIP)Indivduos estrangeiros que pretendam criar e operar negcios em Singapura ser mais fcil com o Programa do Investidor Global.

    O Programa do Investidor Global facilita o caminho para os estrangeiros para configurar e operar negcios em Singapura.

    EntrepassConcebido para facilitar a entrada e permanncia de empresrios que estaro activamente envolvidos no arranque e funcionamento da empresa na Singapura, o EntrePass tem um perodo de validade inicial de at dois anos e ser emitido mediante a apresentao de uma proposta de negcio vivel.

    O EntrePass tambm permite a famlia do investidor viver em Singapura, enquanto o negcio est em crescimento naquele pas. Com a EntrePass voc pode sair e voltar a entrar Singapura frequentemente, com facilidade. renovvel enquanto o negcio continua a ser vivel.

    Para mais detalhes sobre o EntrePass , consulte o Ministrio do Trabalho.

    VISTO PARA ENTRADA EM SINGAPURAO visto para facilitar a entrada de empresrios de pases que necessitam de visto para Singapura. Isto ideal se voc est:

    Atender a empresas ou investimentos em Singapura e viajar para Singapura frequentemente.

    Procurando por ou a explorar oportunidades de negcios em Singapura.

    Se for mltipla jornada , os titulares esto autorizados a entrar em Singapura tantas vezes quanto necessrio durante o perodo de validade do visto. O portador pode ficar a partir de 14 a 30 dias por visita , dependendo do modo de chegada.

    Assuntos a serem observados na aplicao : Verifique com a misso no exterior Singapura em seu pas sobre os requisitos de visto para a entrada em Singapura.

    Vai precisar de uma carta de apresentao de uma empresa de Singapura registrado a ser apresentado com a sua aplicao.Para os nacionais da China e da ndia , as aplicaes so normalmente processados dentro de um dia til , se submetidos online. Para os nacionais dos outros pases de exigir vistos e mais detalhes sobre o visto, por favor consulte o site da ACI.

    INVESTIMENTO ESTRANgEIRO NOS ESTADOS UNIDOS DA AMRICAA economia dos Estados Unidos figura entre as maiores e mais abertas do mundo. Em termos do Investimento Estrangeiro a economia que mais recebe e est entre as que mais investe no exterior. O carcter do investimento estrangeiro privado nos Estados Unidos uma extenso da sua poltica de abertura em geral. Sem considerar os incentivos nesta altura, a empresa estrangeira pode criar filiais, companhias ou comprar empresas, com a principal limitao de segurana nacional e actividades relacionadas com a defesa e tecnologia militar. Tambm, como qualquer outro pas, h uma sensibilidade a investidores que poderiam estar ligados ao terrorismo ou crime organizado.

    Para os Estados Unidos o investimento estrangeiro para dentro ou para fora faz parte da sua poltica de abertura que tem razes nos valores de liberdade, abertura e proteco da propriedade privada dos Estados Unidos.

    6.3. Estados Unidos

  • 26

    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    Data are shown on a balance of payments basis.Source: Bureau of Economic Analysis

    fOREIgN DIRECT INVESTMENT IN UNITED STATES2002-2012

    As reas de maior investimento so da industria fabril e o sector qumico.

    Actualmente olhando para os incentivos ao investimento, notamos que embora hajam incentivos para o investimento, no h incentivos para investimento estrangeiro. Um investimento de uma empresa Texana Califrnia recebe o mesmo tratamento, de um investimento de uma empresa Japonesa. No existe portanto um processo de aprovao de projecto, constituio de empresa:

    A politica de incentivos nos Estados Unidos tem o objectivo de corrigir o mercado ou atacar problemas especficos. Este tambm fruto dos valores de liberdade e mercado aberto. A estrutura de incentivos segue a estrutura poltica dos Estados Unidos:

    Apoio Federal Apoio Estadual Apoio Municipal

    Os incentivos so de trs categorias: incentivos fiscais, apoios no financiamento e subsdios.

    Existe uma estrutura complexa de subsdios, muitos deles so enfocados em problemas especficos: ao nvel Federal h uma agncia, LocationUSA no caso de estrangeiros, que coordena a busca por incentivos e subsdios e o processo de solicitao subsdios comea na internet: as pesquisas feitas pelas empresas so canalizadas para o departamento de estado ou governo que oferece o incentivo.

    Tambm existem apoios para reas geogrficas em crise e incentivos discricionais ao nvel de municpios e estados. Geralmente estas ajudas so para investimentos que vo criar emprego em reas necessitadas e os agentes podem ser muito ativos e criativos em criar solues para incentivos, terrenos, financiamento dentro dos limites das suas competncias.Nos Estados Unidos constituir uma empresa muito fcil e no custa muito. Os scios simplesmente registam os estatutos com o Sectary of State do estado onde esto localizados e geralmente um processo feito on-line.

    Solicitar incentivos uma tarefa burocrtica, de peso a no ser que se trata duma zona que falta investimento e emprego.

    As dificuldades de fazer negcios nos Estados Unidos so: Complexidades do cdigo fiscal,

    Alto nivel de impostos.

    Ao mesmo tempo no existe discriminao ou preferncias entre os investimentos dos nacionais ou dos estrangeiros: todos tm os mesmos direitos, proteces e obrigaes. Estas polticas de abertura, livre comrcio, proteco da propriedade dos investidores so as que criam actividade econmica, emprego e riqueza.

    Os objectivos dos investidores nos Estados Unidos, de ter acesso a um grande mercado, livre, e de risco baixo: a avaliao do pas geralmente agrega os seguintes:

    Tamanho do mercado e oportunidades, Baixo risco poltico e macroeconmico,

    Disponibilidade de pessoal formado,

    Disponibilidade de terrenos, Infra-estruturas, Proximidade e logstica para outros mercados, Politicas monetrias e liberdade de transferncia de valores.

    Os incentivos figuram entre o nono ou dcimo lugar de importncia e que nos documentos dos consultores para os investidores, o tema de incentivos s vezes no

    aparece. O histrico dos investimentos estrangeiros apresenta-se no grfico seguinte:

  • 27

    6.4. frica do Sul

    1. POTENCIAL SCIO ECONMICOfrica do Sul uma das mais promissoras, sofisticadas e diversificadas economia no mercado emergente actual e o pais africano que mais investimento estrangeiro recebeu nos ltimos anos. O Pas foi admitido nos BRICs em 2011 e possui um subsolo rico em recursos naturais. tambm considerado o pas africano mais desenvolvido e com boas infra-estrutura e um sistema financeiro sofisticado, sector de comunicao avanado e com uma poltica macro econmica estvel.

    1.1. POTENCIAL PROBLEMASA frica do Sul possui como um dos seus principais problemas uma alta taxa de desempregados sobretudo ao nvel da camada mais jovem da populao. A inabilidade da economia gerar suficiente emprego tem como consequncia um alto nvel de pobreza e desigualdade social que mais vistosa ao nvel da populao negra e resultando depois em altos nveis de criminalidade.

    A lei laboral considerada muito rgida e pouco flexvel e as constantes greves e reivindicaes dos trabalhadores tem sido visto como um entrave ao crescimento econmico.

  • 28

    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11)

    2. PROCEDIMENTO DE CRIAO DE EMPRESAS DE CAPITAL ESTRANgEIRO/JVExistem vrias opes para a criao de empresas que varia consoante o tipo de empresa. O processo no entanto expedito. Existem basicamente dois tipos de empresas: Empresas Lucrativas e Sem Fins Lucrativos. As empresas tm que assinar um memorando de incorporao e nomear os directores de acordo com o tipo de empresa. A empresa estrangeira que no queira incorporar a subsidiria sul africana pode no entanto criar uma branche da empresa me.

    2.1.REgULAMENTAO SOBRE O I. E. (APOIO/CONTESTAO ENTIDADES PUBLICAS E PRIVADAS)A Lei actual tambm est em consulta e dever sofrer alteraes em breve. A principal contestao tem sido ao nvel da lei laboral.

    3. gARANTIAS (INCENTIVOS) AO I. E.Existem uma infinidade de medidas de assistncia financeira e incentivos para os investidores, tanto locais como estrangeiros.

    Programa de Infra-estruturas

    Criticas

    Objectivos Benefcios

    Apoiar a competitividade das indstrias sul-Africana atravs da

    reduo dos custos das empresas e

    os riscos e fornecer um apoio financeiro especfico para infra-

    estrutura fsica que vai alavancar o investimento estratgico com um

    impacto positivo na economia.

    Dinheiro ou incentivo concesso , que abrange entre 10% e 30% dos custos de

    desenvolvimento de infra-estrutura.

    Programa de

    Electrificao Nacional

    Objectivos Benefcios

    Proporcionar subsdios de capital

    para os municpios para

    electrificao de forma permanente.

    Verbas de subvenes condicionais feitas

    para os municpios.

    Programa de Infra-estruturas

    Criticas

    Objectivos Benefcios

    Apoiar a competitividade das

    indstrias sul- Africanas atravs da reduo dos custos e riscos das

    empresas e proporcionar apoio financeiro especfico para infra-

    estrutura estratgicas

    Dinheiro e incentivo na concesso , que

    abrange entre 10% e 30% dos custos de desenvolvimento de infra-estrutura.

    Programa para Infra-estrutura

    Local

    Objectivos Benefcios

    Para complementar os oramentos de capital municipais atravs da

    financiamento de infra-estruturas

    bsicas, para apoiar o desenvolvimento das empresas.

    Verbas de subvenes condicionais para os municpios .

    Fundo Para Emprego

    Objectivos Benefcios

    Projectos do sector pblico e privado para o cofinanciamento que ser

    contribuir significativamente para a

    criao de emprego

    Iniciativas de desenvolvimento empresarial do sector privado Requerente

    para fornecer financiamento de subsdio

    de emprego par investimentos no inferiores a 10 milhes de rands.

    Programa de

    Investimento

    para Produo

    Objectivos Benefcios

    Incentivar o investimento de capital local e estrangeiro em activos

    qualificveis de produo ( mquinas e fbricas, a terra, edifcios ( alugada

    ou prpria ) e os veculos

    comerciais).

    A isenta de impostos concesso de entre 10% e 30% do dinheiro a qualificao

    custo de investimento , at um montante mximo da subveno de R30 milhes .

    Programa de

    verbas para

    Investimento Estrangeiro

    Objectivos Benefcios

    Incentivar as empresas estrangeiras a investir em empresas de

    fabricao , ajudando no custo do transporte de activos qualificveis .

    O mais baixo dos custos reais de transporte de qualificao ou 15% do

    custo de novas mquinas e instalaes adquiridos no exterior, um mximo de

    R10 milhes.

    Programa de

    Apoio ao

    Turismo

    Objectivos Benefcios

    Estimular o crescimento na indstria

    do turismo .

    Iseno de impostos na concesso de

    entre 10% a 30% do dinheiro na

    qualificao do custo de investimento , at um montante mximo da subveno

    do projecto.

    Programa para

    investimento Automvel

    Objectivos Benefcios

    O incentivo fiscal se destina a

    promover o investimento directo nacional e estrangeira na industria

    automvel.

    A concesso tributvel de entre 20% e

    30 % do valor do investimento de qualificao em activos produtivos.

  • 29

    3.1. OUTROS PROgRAMAS E INCENTIVOS : Programa de incentivo produo de cinema e televiso. Programa de Incentivo produo cinematogrfica Sul Africano O Programa de Apoio Empresas de Turismo PSOM incentivo de negcios : Programa Holands de cooperao com mercados emergentes Fundo das Isivande para as Mulheres ( IWF ) O Sistema de Incentivos para as Cooperativas Programa de incentivo competitividade da indstria txtil Programa de Incentivo de Produo Programa de assistncia Exportao Zonas de Desenvolvimento Industrial ( IDZs ) Zonas de Desenvolvimento Industrial Assistncia Financeira Mulher para Potencializao Econmica

    3.2. REPATRIAMENTO DE CAPITAL E DISTRIBUIO DE DIVIDENDOSNo h restrio na Distribuio de dividendos e Repatriamento de Capital

    3.3. PRINCIPAIS fONTES (PASES) DE ORIgEM DO I. E. China Alemanha Estados Unidos Japo ndia

    6.5. UAE - Dubai

    1. OBJECTIVO DA CAPTAO DO INVESTIMENTO ESTRANgEIRO (I.E.) Transferncia de conhecimentos e tecnologia. Incrementar as trocas comerciais. Aumentar as oportunidades de negcios. Criao de empregos para os locais.

    1.1. POTENCIAL SCIO ECONMICO

    PIB - Aprox $260bn Taxa de crescimento do PIB 4%

  • 30

    REVISO PONTUAL DA LEI DE INVESTIMENTO PRIVADO DE 2011 (LEI 20/11) 1.2. POTENCIAL PROBLEMASCustos altos do aluguer dos espaos nas zonas de comercio livre.Os operadores nas Free zones no podem vender directamente ao mercado local. S o podem fazer por via de agentes locais aps pagamento de impostos aduaneiros que normalmente so 5% dos produtos.

    2. PROCEDIMENTO DE CRIAO DE EMPRESAS DE CAPITAL ESTRANgEIRO/JV Identificao do tipo de Negcios, com base na listagem de mais de 2000 tipos de negcios previstos no Dubai. Seleccionar e preencher o formulrio adequado ao tipo de negcio. Fazer a reserva da denominao social (pode ser feita online). Requerer um certificado de aprovao inicial (pode ser feito online). Preparar os estatutos por via de advogados, ou pela rea legal do DED, ou por via dos notrios. Definir o endereo. Licenciamento Dependendo do Tipo de Negcio, alguns organismos adicionais podero ter de passar outras licenas. Aps submeter toda documentao a DED, a licena pode levar de 1 a 7 dias, conforme o tipo de negcio. 2.1. REgULAMENTAO SOBRE O I. E. (APOIO/CONTESTAO ENTIDADES PUBLICAS E PRIVADAS) Lei Federal n. 8 de 1984, emendada pela Lei n. 15 de 1998, que regula as sociedades comerciais.

    3. gARANTIAS (INCENTIVOS) AO I. E.Para incentivar o investimento estrangeiro foram criadas as Free zones Zonas de Comrcio Livre: Os Estrangeiros podem deter 100% do Capital. Os estrangeiros podem repatriar 100% do Capital e dos Lucros. Iseno de Imposto corporativo durante 50