contratos civis e comerciais 2

64
Decreto-lei 231/81 - 1º a 20.º- consórcio 21.º ao fim- associação Joint ventures sem personalidade jurídica 21.º- contrato através do qual uma pessoa se associa à actividade económica exercida 2 Sujeitos: Associante- forma simples e flexível de obter financiamento para a sociedade sem perder o controlo da mesma. Associado- efectua uma contribuição patrimonial que ingressa no património do associante ARTIGO 21.º (Noção e regulamentação) 1 - A associação de uma pessoa a uma actividade económica exercida por outra, ficando a primeira a participar nos lucros ou nos lucros e perdas que desse exercício resultarem para a segunda, regular-se-á pelo disposto nos artigos seguintes. Associação é uma figura muito flexível, expressa em diversas hipóteses. Não é necessário que alguma das figuras seja comerciante, podendo ser utilizada em funções meramente civis. Esta figura permite a um associado, através do pagamento que realiza…

Upload: maria-do-mar-carmo

Post on 19-Nov-2015

30 views

Category:

Documents


16 download

DESCRIPTION

Apontamentos de contratos civis e comerciais

TRANSCRIPT

Decreto-lei 231/81- 1 a 20.- consrcio 21. ao fim- associao Joint ventures sem personalidade jurdica 21.- contrato atravs do qual uma pessoa se associa actividade econmica exercida 2 Sujeitos: Associante- forma simples e flexvel de obter financiamento para a sociedade sem perder o controlo da mesma. Associado- efectua uma contribuio patrimonial que ingressa no patrimnio do associante ARTIGO 21.(Noo e regulamentao)

1 - A associao de uma pessoa a uma actividade econmica exercida por outra, ficando a primeira a participar nos lucros ou nos lucros e perdas que desse exerccio resultarem para a segunda, regular-se- pelo disposto nos artigos seguintes.

Associao uma figura muito flexvel, expressa em diversas hipteses. No necessrio que alguma das figuras seja comerciante, podendo ser utilizada em funes meramente civis. Esta figura permite a um associado, atravs do pagamento que realiza

Um dos interesses mais relevantes o carcter oculto da mesma nas relaes externas.

A Associao ou participao no produz efeitos externos, a relao meramente interna. Assim pode se estar numa actividade econmica sem que se saiba.

O proprietrio de cortia entrega a mesma e recebe parte dos lucros.

Abundam no decreto disposies supletivas. Esta figura pode ser utilizada para fins no-comerciais. Pode ser uma associao momentnea.

Muito antiga esta figura, que j estava no cdigo de ferreira borges (1833)- o associado fica no anonimato. Na Alemanha chama-se "sociedade oculta". S aparece o associante.

Tem j uma longa tradio, tendo sido configurada como uma associao em conta de participao.

uma conta em participao, porque o associante faz uma contribuio para o associado.

ex: Contribuio do associado era de 500.000 euros. Participa em metade dos lucros e perdas

500.000

10.000 h uma conta que se cria, participando nas perdas e lucros.

15.000

224. a 229. do Cdigo Comercial

Como esta associao em participao, perante terceiros, o associado permanece oculto,

Os interesses por detrs da figura. Tem importncia prtica.

No tem personalidade jurdica, nem cria um patrimnio autnomo, colectivo, porque a contribuio do associado ingressa no patrimnio do associante. Perante 3.s, o associante surge como o nico titular e dono do negcio.

Entre eles, criam apenas uma relao obrigacional, sem a criao de qualquer patrimnio comum (relaes internas externas).

Figura muito utilizada nas farmcias: s pode ser proprietrio de farmcias quem for farmacutico. Mas acontecia que os proprietrios que queriam manter a farmcia na famlia tinham de arranjar um testa-de-ferro. Recorriam a esta figura de forma a ter um associante farmacutico, mas quem "mandava" era o associado (filho ou parente) do proprietrio original da farmcia.

Regulamentao legal:

231/81

21. a 31.-

Elementos da associao em participao:

fim comum- elemento essencial que caracteriza estas figuras. Tanto o associado como o associante procuram o mesmo fim. ( no mtuo no h este fim comum). A finalidade a obteno de lucros. (Por ex: na compra de jogadores de futebol, ha vrias vezes uma associao em participao com vista compra do passe do jogador). Artigo 24./2- "A contribuio do associado pode ser dispensada no contrato, se aquele participar nas perdas." A contribuio do associado pode ser apenas a de prestar trabalho, no tendo de ser financeira.

forma- artigo 23. -> "O contrato de associao em participao no est sujeito a forma especial, excepo da que for exigida pela natureza dos bens com que o associado contribuir.". N.2 -> "S podem, contudo, ser provadas por escrito a clusula que exclua a participao do associado nas perdas do negcio e aquela que, quanto a essas perdas estabelea a responsabilidade ilimitada do associado." A participao nas perdas ser at exausto da contribuio, ou, caso seja convencionado pelas partes, de forma ilimitada. Nos casos em que seja necessria observncia de forma (por imvel por ex.), a inobservncia da forma no implica nulidade, caso se possa submeter a uma converso.

prof graca antunes: contratos comerciais.

Avaliao: s exame (c/ casos prticos)

Participao nos lucros e nas perdas (artigo 25.): "1 - O montante e a exigibilidade da participao do associado nos lucros ou nas perdas so determinados pelas regras constantes dos nmeros seguintes, salvo se regime diferente resultar de conveno expressa ou das circunstncias do contrato."

"2 - Estando convencionado apenas o critrio de determinao da participao do associado nos lucros ou nas perdas, aplicar-se- o mesmo critrio determinao da participao do associado nas perdas ou nos lucros.". Considerar-se a a mesma percentagem, na ausncia de disposio.

As partes no convencionaram: "3 - No podendo a participao ser determinada conforme o disposto no nmero anterior, mas estando contratualmente avaliadas as contribuies do associante e do associado, a participao do associado nos lucros e nas perdas ser proporcional ao valor da sua contribuio; faltando aquela avaliao, a participao do associado ser de metade dos lucros ou metade das perdas, mas o interessado poder requerer judicialmente uma reduo que se considere equitativa, atendendo s circunstncias do caso."

Artigo 26.: "1 - So deveres do associante, alm de outros resultantes da lei ou do contrato:

a) Proceder, na gerncia, com a diligncia de um gestor criterioso e ordenado; (gere o negcio no seu interesse e no do associado)

31.- "1 - O associante deve prestar contas nas pocas legal ou contratualmente fixadas para a exigibilidade da participao do associado nos lucros e nas perdas e ainda relativamente a cada ano civil de durao da associao."

Caso Prtico:

Jacinto celebrou um contrato com Bernardo, pelo qual efectuou uma contribuio de 100 000 para a actividade deste de compra e venda de mobilirio, ficando a participar em 25% dos lucros resultantes dessa actividade. Passados 5 anos Jacinto apercebeu-se que Bernardo obteve lucros chorudos (500 000) e que no lhe tem dado contas destes lucros. Tem direito a parte dos lucros? E qual o valor dessa parte?

Pode Jacinto pr termo ao contrato?

Suponha que Alfredo dispe de um crdito sobre Bernardo por falta de entrega de mveis j pagos. Pode exigir o pagamento desse crdito a Jacinto?

1. artigo 31./1, 4 e 5; 25./1; (125000)

2. artigo 27./f); artigo 30./1 e 2

3.S existe uma relao interna, logo o associado (Jacinto) no poder ser submetido a um crdito proveniente de uma relao externa, como o caso do crdito de Alfredo perante Bernardo.

Bibliografia: Ir vendo os artigos de revistas jurdicas que o prof vai colocar na pgina da internet. Colectnea de legislao comercial doutor Antnio Caeiro da Almedina.Aula do dia 02-03

Contrato de consrcio

Questo: suponham que um aluno da faculdade do 1 ano coloca a questo do que o contrato de consrcio? Vrias empresas concertam a sua actividade com um fim comum. - Obrigao de concertao um elemento essencial. O ente (consrcio) que surge dessa cooperao no tem personalidade jurdica (quando pusermos uma aco tem de ser dirigida s empresas que fazem parte do consrcio. Temos semre de intrepor a aco contra as empresas: sem personalidade jurdica no h personalidade judiciria falta de pressuposto processual). Ver o art 1 do DL que d o conceitoNota: contrato de contrapartidas o consrcio que ganha (concurso publico) obriga-se a realizar certas contrapartidas que beneficiem empresas nacionais. Acontece muito nos contratos militares.

Encontra-se regulado no decreto de lei 231- 28 de julho de 1981: ver o preambulo onde tenta justificar a razo de ser das normas.

Instrumento de colaborao de empresas. Flexvel e malevel (art 4n1). Fixa salvaguardar a independncia jurdica e econmica dos membros do consrcio ao mesmo tempo que os permite atingir um fim/escopo comum.

Nos outros O.J no h nenhuma regulao especifica quanto ao contrato de consorcio.Anlise da noo de contrato de consrcio art 1:

Elementos distintivos de figuras prximas como por exemplo o contrato de sociedade:

-Forma como realizada a sociedade: no contrato de sociedade h um exercio comum da activadade no consrcio no h um exerccio comum. As oartes obrigam-se a realizar as suas actividades (independetes para atingir um fim comum. No h actividade em comum.

Exemplo: Empresa A vai contruir as infra-estruturas do aeroporto. Empresa B- Tecnologia Empresa C-Jardinagem. Estas empresas vo contratar com o Estado portugus.

2 contratos: 1 estabelecido com o elemento terceiro neste caso o estado portugus. Seria um contrato de empreitada. 2 Um contrato de consrcio celebrado entre as 3 empresas e que prev obrigaes para com o terceiro.

Estas 3 empresas fazem actividade diferentes, mas vo coordenar as suas actividades ( a emresa A tem de coordenar com a B como que vo ser realizados os trabalhos de tecnologia.). Vo concertar entres as 3 as actividades diferentes que vo realizar. Exercicio concertado da actividade econmica.

ACE: a diferena que no cosrcio no h o exerccio de uma actividade comum.

- No visa a produo de lucros do consorcio. A sociedade visa a produo de lucro

-No consrcio no h um patrimnio comum. O que faz com que no haja um patrimnio autnomo, logo no h personalidade jurdica. Art 20 probe os fundos comuns no consrcio.

Elementos do consrcio:

Sujeitos:

-A lei s exige a pluralidade de sujeitos. um contrato plurilateral (para quem entenda que existe a categoria. E um contrato que pode ter mais de duas partes. No contrato de consorcio no se admite a unipessoalidade. Exemplo: se duas empresas do consrcio declaram falncia e fica apenas uma possvel a manuteno do consrcio? Desaparece o elemento de concertao art 11 n1 d).

- No tem de ser pessoa colectiva (mas normalmente so pessoas colectivas e so empresas, Ver principio do segundo paragrafo do preambulo.). Podem ser pessoas singulares. O art 1 s exige que se trate de uma actividade econmica. Divergncia na doutrina do que a empresa.-Contrato que implica uma grande relao de confiana entre as partes ubrrima fides. um contrato associativo que visa estabelecer uma relao de cooperao entre as partes.

-Exercicio de uma actividade econmica.

Objecto: a obrigao de realizar certa actividade ou de efectuar certa contribuio de forma concertada. Dois aspectos: realizar certa actividade ou de efectuar certa contribuio (cada um faz a sua!!!) + forma concertada

Quando o que esta em causa efectuar uma certa contribuio a lei exige que seja uma coisa corprea art 4 n2. As contribuies em dinheiro s so admitidas se todos contriburem nessa espcie.

Partes obrigam-se reciprocamente a realizar as actividades previstas no art 2. Obrigao reciproca de uns em relao aos outros para realizar essas actividades. As partes so credores/devedores em relao umas s outras quanto a estas actividades. Estas obrigaes/deveres dsstinguem-se ns assumidas com o terceiro. As obrigaes internas tambm reflectem a relao com o terceiro. As obrigaes com o terceiro esto reflectidas nas reflexes internas.

Nota: Ver o art 19 em que o legislador afasta a presuno de responsabilidade do consrcio que consta do Cdigo Comercial

Fim comum: a realizao das asctividades do art 2. (o lucro o fim de cada uma das empresas mas no do consorcio).

S pode haver consrcios para as actividades prevista no art 2(tipificao taxativa ou enumerativa)?

O prof Ral Ventura considera que uma tipificao taxativa. O prof Oliveria Ascenso considera que uma tipificao delimitativa: permite-se o recurso anaogia para a realizao de contratos de consorcio para activavidades analgas com as enumeradas no art 2. Leuis ferreira Leite qualquer considera que taxatia mas so um.Esta questo nunca foi suscitada em tribunal (que o prof saiba)). A maioria da doutrina considera que taxativa.

Actividades do n2:

a) Hipotese tpica: preparao de um concurso pblico.b) Hipotese tpica: contrato de empreitada

c) Fornecimento a terceiros de bens iguais. Exemplo: Consrcios bancrios (bem igual o dinheiro) Se for o dinheiro h que ter em conta a exigncia do art 4n2. Podem ser bens complementares: parafusos e porcas. d) Pesquisa ou explorao de recursos naturais. Exemplo: Algumas empresas da rea da energia criaram um consorcio para a prospeco de petrleo na zona econmica exclusiva portuguesa.

e) Exemplo bens que os consortes possam utilizar no processo produtivo. Consertam actividade para a produo de bens e depois repartem-nos.Plurilateral, no tem personalidade jurdica , duradoro, a lei probe a existncia de fundos comuns. um contrato de colaborao

Forma: Est sujeito a forma escrita, salvo se a comparticipao envolver bens imoveis ai necessrio escritura publica. Falta de forma ??? ver isto melhor: possibilidade de converso do contrato de transmisso de propriedade para transmisso de uso nos termos do art ??

Denominao art 15: Preocupao do legislador em evitar que se pense que surge um novo ente jurdico (no h novo ente jurdico!!): os membros do consrcio. Exemplo: empresas que puseram antes transdata CPP TLP em consrcio: o tribunal da relao considerou que s podiam por CPP TLP em consrcio. O Supremo Tribunal de Justia: a denominao do consorcio pode no ser limitada a denominao das siglasver o resto. O prof Menezes Cordeiro critica esta posio do Supremo Tribunal de JustiaOpinio do prof:- argumento litral: a norma (no que respeita ou no utilizao de de denominao conjunta) usa podem e no devem. Argumento histrico: objectivo fdo legislador foi evitar a confuso. Teologia: evitar que se crie a ideia de que existe um ente novo. O prof critica a deciso do supremo pois considera que a razo de ser foi a de evitar confuses (at porque muitas pessoas nem sabe que o consrcio no tem personalidade jurdica). Nota: a expresso podem serve para o legislador demonstrar que existem consrcios que podem ter eficcia externa (mesmo sendo um consorcio externo podem e no teem)Modalidades de consorcio art 3 interno e externo:

Cirterio: aparncia perante terceiros de um consorcio. O critrio no o terceiro saber que eles esto consorciados, mas sim as empresas quando fornecem os bens invocarem ou no o consrcio.

Interno: no consorcio interno os consorte no invocam ao terceiro que esto a actuar em consrcio. Duas submodalides: (1) actividades e bens so fornecidos a um dos membros do consorcio e s este tem relaes com terceiro. Exemplo: empresa B fornece os parafusos empresa A que vai fornecer as porcas e parafusos ao C (terceiro). Aproxima-se muito figura do contrato de associao e participao. (2) A porcas que so entram em parfusos do B e o C

Externo: expressa invocao ao terceiro que as empresas esto em consrcio (critrio). Regime jurdico dos externos: podem envolver uma criao de orgos art 7, 12, 15, 16, 17, 19, 20n2 (disposies exclusivas aos externos.

Regime jurdico do consrcio interno: art 18 manda aplicar o art 25. Lucros a distriubui podem haver no consorcio interno modalide (1). Temos duas hipteses: a empresa B vende a empresa A que j paga dando uma vantagem que faz com o B nada mais tenha a receber, logo no h distribuio de lucros. Se a empresa B entregar os parafusos a empresa A que vende os parafusos e procas a C.Neste caso pode haver participao de lucros e aplica-se o critrio do art 25. O critrio o que se existir conveno esse o valor, na falta de conveno e se houver avaliao o lucro e prprocional a parte de cada um, se no houver avaliao metade para cada um.

Nota: No vamos falar da exonerao dos membros nem da extino e resoluo.

Caso prtico:

A empresa tecno construo S.A chefe do consrcio responsvel pela construo do tnel de travessia do tejo em Lisboa Tecno Construo Engel Moura em consorcio acordou com uma empresa de engenharia a realizao do estudo sobre o impacto geolgico da referida obra. A tecno construo s.a, mais tarde recusou-se a pagar o estudo, alegando que que devia ser pago por todas as empresas consorciveis. A engel S.A e a moura Sa alegam que s a tecno construo sa est obrigada a pagar o estudo, dado que esta no dispunha de quaisquer podres de representao que lhe permitissem celebrar contratos em nome dessas empresas. Quid iuris?No h uma responsabilidade do onsorcio. Cda membro responsvel pelas obrigaes assumidas art 156n1 in fine e se for uma obrigao plural art 19 n1 e 2.

Chefe de consrcio: poderes de agir externamente e realizar actos jurdicos relevantes. Mas no tem poderes de representao. 14n1 f). No tendo poderes de respresentao responsvel perante terceiros apenas o chefe pois e quem assina 15 n1 ultima parte.

Se tiver procurao: Quem poderia ser responsabilizado pelo pagamento daquele estudo? Art 19 n1 preocupao do legislador em dizer que no se presume a solidariedade. Obrigaes plurais (o chefe do consorcio tem poderes de representao e assina em nome dos outros, ou todos assinam). Actos de comericio art 100 do CCom presume-se a solidariedade, o art 19 vem afastar esta presuno. Temos de ver em cada caso concreto qual o regime que se vai aplicar(na vida pratica tudo depende do poder negocial das partes). No caso concreto no se aplica a presuno, logo regime geral: a parte interessada que tem o nus de provar a solidariedade. Se as partes nada dizem tem de ser fazer uma interpretao das clusulas do contrato para ver se existe uma solidariedade tcita nas clusulas do contrato.

No h responsabilidade dos membros do consrcio s ela responde. Se tiver poderes de representao afasta-se a presuno da responsabilidade

O CASO DE CIMA RESPONSABILIDADE CONTRATUAL.

Durante a construo do tnel faleceu um trabalhador da moura s.a num acidente de trabalho os seus herdeiros pretendem exigir o pagamento de uma indemnizao a todos os membros do consrcio. Quid Iuris?

Responsabilidade civil extra contratual

Responsabilidade objectiva da entidade patrimonial. Art 19 n3. Por lei quem tem a responsabilidade a moura s.a uma vez que mantinha um contrato de rabalho com o morto.

Aula do dia 09-03Jacinto sofreu um acidente de viao ao servio da sua entidade patronal transportes de cortias do douro Litoral ACE que agrupa cinco empresas produtoras de cortia. Sabendo que Jacinto tem direito a uma indemnizao no valor de 20.000 euro, diga quem responsvel pelo pagamento desse valor.

Resoluo: 1 saber se existe ou no ACE.

2 se existir tem ou no personalidade jurdica? ACE um empreendimento que tem personalidade jurdica, tem um patrimnio comum.

Se no existisse p.juridica quem era responsabilizado eram os membros do ACE e no o ACE.

Nos TERmoS DA BASE II n3 o jacinto deve pedir o valor ao ACE e s depois pode pedir aos membros.Agrupamento complementar de empresas (ACE)

Esta regulado na lei que depois desenvolvida por um decreto de lei.

Noo: consta da base 1 n1 : entidades constitudas por duas ou mais pessoas singulares ou olectivas, afim de melhorar as condies de explorao das respectivas empresas. O que isto de melhorar..? o objectivo do ace no obter lucros, nem obter luros para os membros do ACE o que pretende melhorar as condies de explorao para as empresas que fazem parte do mesmo. No fundo o que faz diminuir os custos que uma determinada empresa teria de suportar se tivesse de produzir determinado bem ou servio ou se tivesse isoladamente de contratar (aquisio) com 3. Exemplo: um grupo de empresas que se junta para diminuir o custo do transporte dos produtos. Exemplos reais ACE: transporte; prospeco de mercados; ACESA (est sempre em contacto com as unidades compradoras para tentar colocar produtos das empresas portuguesas na audi, mercedes, etc. actividade de colocao de produtos); realizao de estudos (Actividades que carecem de maior desenvolvimento tecnolgico); aquisio e extraco de matrias primas (empresas unem-se para fazer essa extraco e depois venderem aos membros do ACE ao preo de custo); bancos ( todos eles precisam de comprar papel, criam um ACE que compra o papel e em alguns casos esse quem trata do envio vantagem fiscal pois se estiverem em ACE no pagam IVA na venda de bens aos membros do mesmo).

empresas produtoras de pasta de papel que se juntam para tomar medidas para combater os incndios.O ACE presta o servio aos membros do ACE a preo de custo.ART 1 muito criticado por que devia dizer fim directo.

Na pratica o que acontece que: empresas que no so membros do ACE e que vo querer aceder ao servio por ele prestado. A estas empresas o ACE pode prestar o servio a um preo superior ao preo de custo que utilizado para os membros.Em excesso de oferta pode haver como fim acessrio a venda com margem de lucro a terceiros.Esta figura importada de Frana de uma vigora que se chama: Groupemente dinteret conomique: objectivo era fomentar a cooperao entre empresas.

Nota: Muito dificil fazer ver as vantagem da cooperao quando h rivalidade.

Base 2 n1: No tem por fim o lucro mas sim a melhoria de condies: diferena entre o custo que teria se fosse ao mercado e o custo que paga ao ACE.Excepcionalmente pode haver lucros. Prof Raul Ventura diz que isto decorre de uma m interpretao da lei para o decreto de lei. A verso orginal da lei falava em lucro indirecto e no em lucro acessrio. Mas o que acontece hoje : para os que no so membros do ACE podem ser vendidos a cima do preo de custo.

Distino para as sociedades: no tem por vista ao lucro.

O que o ACE uma sociedade ou uma associao: divergncia entre os autores. On intresse pratico esta um pouco batido porque existe o art 20 que remete para o CSC. O prof Raul Ventura entende que so associaes: que visam melhorar as condies dos seus mebros; o prof pinto furtado considera que so sociedades.

Qual a forma: Base III n1:Regra: a de reduo a escrito do contrato. Exceo: se forem exigido forma mais solene para os bens com que os scios entram, bens imveis: escritura publica; de resto documento particular.

O capital prprio correspondem ao capital que divido aos scios depois de serem pagas todas as obrigaes do ACE.

Distino com o consrcio:

- ACE tem um capital prprio que so as entradas que os membros fizeram, no consrcio no

- Consrcio no h personalidade jurdica no ACE h.

- No consrcio no h uma citvidade comum (o que h a actividade de cada um dos mebros que concertada). NO ACE h uma actividade comum.

-Excepcionalmente o ACE pode ter lucros; o consrcio no pode ter lucros (quem teria eram as empresas): istos tambm decorrer de no ter ou ter personaldie juridca

- ACE s se projecta internamente: s presta servio aos membros.

-No ACE pode haver uma denominao particular ao contrrio do consrcio.Momento de aquisio da personalidade jurdica: base IV adquire personalidade com a sua inscrio no registo na conservatria do registo comercial.

Firma: Base III n1 e art 3 : a firma do agrupamento deve ser seguida ACE.

Art 3 n2: se no constarem os nomes de todos os mebros nos actos externos devem ser referidos os nomes desses mebros.

Responsabilidade Base II n2 e 3: Regra gelra: Responsabilidade solidaria. Caso especial: clausula num contrato com um credor determinado que preveja outro regime.

Exemplo: transporte foi mal feito e a cortia estragou-se. A corticeira Amorim quer ento uma indemnizao: respondem solidariamente os membros do ACE, salvo clusula que exclua a solidariedade. Supor agora que o ACE tem um patrimnio de 500.000 euros e que no foi acordada a clausula que excepciona a solidariedade. Os membros do ACE podem exigir a previa excusso dos bens. o regime quem tambm se aplica s sociedades colectivas.

Art 11 n2: demonstra bem que a finalidade a de melhorar as condies daquela empresa. Contrato de suprimento 254. e ss.

Conflitos de interesses:

Scios- liberdade no financiamento da sociedade; celeridade e flexibilidade no financiamento da sociedade; no agravamento dos riscos empresarias; obteno de um rendimento certo; vantagens fiscais.Credores Sociais- o reembolso dos suprimentos diminui o patrimnio socialSociedade e restantes scios- forma importante de financiamento; assegurar a estabilidade do financeiroO lucro, nunca certo, enquanto que o juro sempre certo.Este interesse dos scios colidem com os dos credores sociais, cujas garantias so o patrimnio da sociedade. Assim, vm esta garantia ser diminuda, e a quota de liquidao, em caso de falncia, sofrendo a concorrncia de um outro credor que conhece bem o interior da empresa. Logo, o regime do contrato de suprimento visa proteger os credores sociais.A sociedade no se quer defrontar com um sbito reembolso de suprimentos,...Artigo 243./1O capital alheioActivo (destino dado ao capital)Imobilizado (capital aplicado em imveis)Circulante (capital aplicado em computadores,...)Passivo (origem do financiamento/capital):Capital prprio (se veio dos prprios)Passivo stricto sensu (Se veio de terceiros. Suprimentos. Mas, juridicamente, constituem capital prprio responsvel pelas dvidas sociais)Activo Passivo= Capital PrprioUma sociedade tem um activo de 50M, esse pode corresponder a dividas de 50M e capital prprio de 10M.Nos termos do artigo 245./3/a), os suprimentos s podem ser reembolsados depois das dvidas sociais, em caso de falncia.O capital prprio fornecido sociedade pelos scios, e remunerao (lucro) incerta.Embora formalmente sejam capital alheio, tm algumas caractersticas de capital prprio (capital quase prprio).Liberdade de financiamento da sociedade vs. Proteco dos credores sociais

Uma liberdade de financiamento sem restries transporta os riscos empresariais para a esfera jurdica dos credores, em particular nas sociedades de responsabilidade limitada.O capital social: mecanismo preventivo de proteco dos credores sociaisSe no houver capital social, as primeiras perdas sofridas iro automaticamente influenciar o valor que a sociedade tem para pagar os scios. Tem uma funo de amortecimento das perdas sociais, estabilizao da actividade societria.Importncia econmica das sociedades de responsabilidade limitada- as sociedades por quotas e annimas, so as de eleio na actividade societria em portugal.Regime dos suprimento pretende evitar os riscos decorrentes da subcapitalizao formal.Elementos do contrato de suprimento: SujeitosO autor dos suprimentos: o scio, independentemente do montante da sua quota.Qualidade do credorO beneficirio dos suprimentos

Aplica-se por excelncia s sociedades por quotas.Verificando que nestas sociedade annimas as carncias de capital prprio se ilidem com recurso aos suprimentosSTJ- a questo foi a da aplicao do regime do suprimento a quais accionistas. Decidiu-se (STJ) pela aplicao do regime do suprimento aos empresrios accionistas com uma participao social correspondente a 10% do capital social. Apesar de ter menos de 10%, poder-se- aplicar queles que representam verdadeiros suprimentos, por ter um interesse empresarial.Acrdo de 9 de Fevereiro de 99Suprimentos em sociedades annimas- para alm de o interesse empresarial h outras circunstncias relevantes.! Aplicam-se os acrdos do STJO critrio dos suprimentos seria a funo que desempenham uma funo econmica de substituio do capital prprio.ndices de permanncia: estipulao de prazo de reembolso superior a um anoA permanncia (artigo 243./4), poder ser ilidida pelos scios, nos diferimentos de crditos, ou provando que correspondem a circunstncias relativas a negcios celebrados com a sociedade.Mtuo- 243./1/1 parteDiferimento de crditos- 243./1/2 parteConveno expressa ou declarao tcitaModalidade atpica, aquisio de crdito de terceiro contra a sociedade- (243./5)243./6- o contrato de suprimento no depende de forma especialReembolso dos suprimentos (245./1)- No tendo sido estipulado prazo para o reem- bolso dos suprimentos, aplicvel o disposto n 2 do artigo 777.o do Cdigo Civil; na fixao do prazo, o tribunal ter, porm, em conta as consequncias que o reembolso acarretar para a sociedade, podendo, designadamente, determinar que o pagamento seja fraccionado em certo nmero de prestaes.

Situao financeira da sociedade (capital prprio/capital alheio)Viso global sobre a estabilidade da sociedade, incluindo a posio dos credores sociais.Artigo 245./2- o scio credor no pode requerer a falncia da sociedade

Subordinao dos suprimentos ao pagamento dos restantes crditos sociais (artigo 245./3/a)).Concluso: meio muito relevante de financiamento das sociedade. Defesa da concepo liberal do financiamento da sociedade consagrada no CSC: no sujeio dos suprimentos conservao do capital social. Os suprimentos tm grande importncia no financiamento das sociedades por quotas.1 modalidade: Contrato entre o scio e a sociedade de mtuo.

2 contrato de suprimento na modalidade de diferimento de crdito.Os suprimentos caracterizam capital (dvida da sociedade aos scios) que serve a funo de capital prprio. (Os scios podiam deliberar o aumento de capital da sociedade, mas em alternativa, fazem um emprstimo sociedade. Emprstimos de capital substitutivos de capital prprio (suprimentos).

Atravs dos suprimentos os empresrios tentam concretizar o sonho: participar nas boas oportunidades e no ter risco de perder o dinheiro. No fundo o que permite que os scios sejam scios nos direitos mas no nos deveres.

Vantagem dos suprimentos em relao realizao de um aumento de capital: Suprimento faz-se de um dia para o outro aumento de capital demora mais tempo

Art 243 e 245 vem limitar as injustias

.Interesses:?????evitar que os scios possam retirar o capital da sociedade.; ??evitar que os scios no possam concorrer com os credors na falncia

Raul Ventura defendeu que o regime do contrato de suprimento devia ser aplicado por analogia sociedade annima. Soluo do RV: Accionista investidor vs accionista empresrio: o contrato de suprimentos s se aplicaria aos ltimos. Accionista empresrio titulares de 10 do respectivo capital social. H vrios acrdos do STJ que demonstram que o tribunal adoptou esta posio.

3 modalidade de credito de suprimento art 243 n5: o objectivo do legislador o de evitar fraudes.Art 243 n6 Forma: todas as modalidades do contrato de suprimento so consensuais.

Contratos de diferimento de crdito:

Caracter de permanncia: tempo em que o creito/capital est ao dispor da sociedade. Se tiver mais do que um ano, presume-se que est perante um contrato de suprimento. O legislador prev no artigo 243 vrios ndices de caracter de permanncia que so presunes ilidveis. Esses ndices previstos na lei so:-Conveno entre as partes que o prazo superior a um ano: ndice do caracter de permanncia; -Se as partes no tiverem estabelecido qualquer prazo mas o reembolso do mutuo ou do credito no for exigido no prazo de um ano.

N4 preve hipteses:Nota: subcapitalizao formal ; subcapitalizao material

Os suprimentos so os emprstimos que esto

Critrio do raul: permanncia - -

Suposio:

Aula 23-03-12Contrato de suprimento (continuao)

Basicamente autonomizou-se do contrato de mutuo: emprstimos dos scios sociedade.

O scio mutuante poder exigir a restituio imediata do emprstimo no prazo previsto no artigo 1148 CC e ser visto como um simples credor tendo informao privilegiadas. Tendo em conta estas injustias o legislador vem no csc prever o contrato de suprimento.

Duas modalides:

Mutuo: emprstimos sociedade

Diferimento de crditos: socio tem um credito para com a sociedade mas que no exerce esse direito ao crdito, deixando ficar esse capital na sociedade.

Critrio da permanecia do credito na sociedade: acordado prazo de reembolso, ou no tendo sido acordado o credito ter se mantido mais de um ano na sociedade, considera-se que esses crditos so suprimentos. Regime jurdico do contrato de suprimento:

Ratio: Pretende amenizar ou evitar as injustias que resultavam da posio que o socio poderia ter sendo scio e ao mesmo tempo credor.

Artigo 245CSC:

1 aspecto: visa evitar que as sociedades sejam subitamente confrontadas com que num prazo de 30 dias tenham de reembolsar o scio. Qualquer das partes (quer a sociedade quer o scio) uma vez interpelada para realizar o reembolso do suprimento, pode pedir ao tribunal esse reembolso. Alem de consagrar esta soluo para evitar o prazo de 30 dias o legislador foi mais longe, fixando ainda os critrios que o tribunal ter de ter em conta (parte final do art 245n1). Tribunal deve ver quais so os pagamentos que a sociedade tem de fazer nos prximos tempos e com isso ver o prazo que deve ser estipulado. O que tem em conta a estabilidade financeira da sociedade. Tribunal pode fixar o pagamento de prestaes.

Prestaes suplementares esto sujeitas a outro regime: ver melhor este regime.

2 Art 245 n2 a 6CSC - Proteco da sociedade na insolvncia da sociedade (morte da sociedade): n2 tem conhecimento especial logo no podem requerer por esses credito a falncia da sociedade (no pode solicitar). Mas a concordata (plano de insolvncia)abrange os credores de suprimentos. Assim o que sucede que os credores que tambm so scios no podem requerer a insolvncia devido aos crditos que detm sobre a sociedade, mas depois desta ser requerida so includos na concordata (apesar de regra geral s serem pagos em ultimo lugar).N3- a) Os suprimentos s podem ser satisfeitos depois de inteiramente satisfeitos os crditos de terceiro. Na prtica de grande importncia: se fossem crditos normais dividiam-se por todos (credores de suprimento e credores 3) , esta regra faz com que primeiro sejam pagos credores 3 e s depois os credores de suprimento.Suprimentos so capital responsvel pelas dividas sociais: s reembolsado depois de reembolsado as dividas sociais.

O regime dos suprimentos muito simplificadamente traz-se em : quantias que vieram sociedade como capital alheio, mas por virem atrves dos scios a lei art 245n2 acaba por qualifica-lo como capital quase prprio. Entregam formalmente como capital alheio.

Aspectos que so consequncias destes dois aspectos essenciais:

3 b) no possvel a compensao de crditos da sociedade com crditos de suprimento: seria outra forma dos scios obter o reembolso.

Nulidade das garantias reias prestadas pela sociedade art 245n6 e depois no CIRE art 48, forma de garantir o n3 a)

Nota: suprimentos um regime aplicado s sociedades por quotas e sociedades anonimas em que um scio tenha mais de 10%.

Art 245 n5: no tem actualmente espao de aplicao pratica, porque uma vez h uma norma do CIRE que d outra prazo. O regime que se aplica o CIRE art 12n1 g) ratio: evitar as situaes em que o scio sabe que a situao da empresa no boa e pretende retirar o dinheiro proteco dos credores.Caso prtico:

Joo scio da Catarino Ramos limitada emprestou sociedade 250 mil euros. Dois anos aps o emprstimo num contexto de dificuldades financeiras da sociedade Joo exigiu o imediato reembolso das quantias emprestadas. A sociedade reembolsou o emprstimo a Joo e veio a ser declarada insolvente um ano aps esse reembolso. Diga se a sociedade estava obrigada a efectuar o imediato reembolso do emprstimo e se o reembolso efectuado vlido e eficaz.

Contexto: contrato de suprimento art 243 n1: contrato de suprimento na modalidade de mutuo. 243n3 ndice do caracter de permanecia a no utilizao da faculdade de exigir o reembolso devido (j passaram 2 anos).1 questo: A sociedade no est obrigada a efectuar o reembolso art 245: no foi fixado prazo logo art 777n2 fixao de um prazo pelo tribunal, devendo o tribunal ter em ateno os critrios da parte final do art 245 n1: consequncia que o reembolso ter para a sociedade2 art 121 n1 i) do CIRE: so resolveis em beneficio da massa insolvente: reembolso de suprimento realizado no ano anterior data do inicio do processo de insolvncia.

Nota: o negcio em que a sociedade reembolsa o Joo valido, mas devido insolvncia deixa de ser eficaz.

A sociedade podia e devia ao abrigo do art 69 ter pedido aquele prazo. Ser que um gestor criterioso no deveria ter pedido o prazo? Sim. A sociedade podia ter feito o reembolso, mas um gestor criterioso teria o dever de pedir o prazo. A insolvncia poderia vir a ser considerada insolvncia culposo, o que vai nos termos do CIRE vai fazer com que se possa responsabilizar pessoalmente pela gesto danosa.

Uma das proteces aos credores atravs do administrador da massa falida resolver os contratos de suprimento.

Contrato de abertura de crdito

O que ? Tem um trao comum com o do suprimento uma vez que tambm se autonomizou do contrato de mutuo. Disponibilizar!! a criao de uma disponibilidade de crdito at um certo limite.O contrato pelo qual a banca se obriga a ter disposio de outra parte uma soma de dinheiro, por um dado perodo de tempo ou por tempo indeterminado. o contrato pelo qual um banco se obriga a ter a disposio do cliente uma certa quantia em dinheiro por um perodo certo ou indeterminado. Podendo o beneficirio proceder respectiva utilizao nos termos e condies acordadas.Denominaes dos intervenientes: Creditante e o creditado (beneficirio): um contrato legalmente atpico, mas nominado (identificado na lei) no artigo 362 do CCom aberturas de crdito.

Interesses conformadores do CAC: porque que se autonomizaram estes contrato?

-Serie de vantagens em relao ao mutuo para o creditado: grande segurana e celeridade para o acesso ao crdito. Ter acesso a uma determinada quantia tem em si um valor econmico. Um empresrio que tenha um alinha aberta sabe que pode sempre recorrer a essa linha o que permite aproveitar o momento certo (tem a segurana de poder realizar negcios em momento oportuno). Tem valor na actividade econmica e em todas as outras (Actividade politica, ter credito para as finanas publicas muito importante)-O creditado se celebrar um mutuo fica logo a pagar juros sobre toda a quantia mutuada. Se recorrer abertura do credito s ter de pagar juros sobre o montante definido. Grande diferena entre duas fases: a fase em recorre ao capital e a que apenas tem a faculdade de o fazer.

-Para os bancos, o contrato de abertura de credito tem uma desvantagem que a obrigao de imobilizao do montante acordado. Mas os bancos tem modelos matemticos que calculam com grande precisam quanto que vai ser utilizado.

- Comisses pagas ao banco pela percentagem que fica imobilizada e no utilizada. Torna este regime para os bancos mais vantajoso para o mutuo. Claro que so inferiores aos juros do mutuo, mas como normalmente esse capital utilizado: os bancos vo cobrar comisses e depois da utilizao juros.

- Criao de uma relao bancaria com um novo cliente.

O objecto do CAC o crdito, o acreditamento: o crdito como uma coisa incorprea que objecto do contrato. Nota: dificuldade em obter uma indemnizao por danos patrimoniais por leso do crdito (credibilidade).art 484 CC

Caractersticas: um contrato consensual no sentido que fica perfeito independentemente eda entrega efectiva de direito. No um contrato real constituem. O que faz com que seja diferente do mutuo que real constituem s produz efeitos com a entrega do direito. O ACA perfeito com a simples abertura do contrato.

o creditado que decide( verdadeiro direito potestativo) o recurso `a utilizao do credito. Do exerccio desse direito nasce o mutuoContrato oneroso: comisses + pagamentos de juros se forem efectivamente utilizados. Juros so claculados de acordo com os montante e perodo de tempo da utilizao do montante requerido

Contrato formal: tem se entendido que no que respeita forma deve submeter-se s regras do mutuo bancrio. Opinio do menezes Cordeiro

Contrato intuitos persona: o creditado no pode ceder a sua posio; se o acreditado falecer o credito no transmitido aos seus herdeiros.Modalidades de abertura de crdito

Simples: um contrato em que o credito utuilizado de uma so vez e que se extingue nessa utilizao

Conta correntes: utlizado por diversas vezes e que o creditado tem a faculdade de extinguir as dividas de forma a repristinar o crdito.

-Abertura de crdito garantida oua- a descoberto. muito comum serem acompanhados de uma garantia real ou pessoal dos scios gerentes (3 que vai prestar a garantia ).

Em relao garantia pessoal necessrio relembrar a fiana regulado pelo CC. Art 654 do CC: a obrigao garantia a devoluo dos montantes utilizados pelo creditado. Se a situao patrimonial do garante se agravar e o acreditado ainda no tiver feito saques da linha de credito o fiador pode retirar a fiana. Seria interessante se esta norma supletiva ou imperativa? O prof considera que supletiva. Os bancos devem fazer uma clausula que exclua esta faculade.

Possibilidade do banco exigir o reforo das garantias. Por exemplo: aces que so dadas como garantias e que baixam o valor. Baixa o valor da garantia.

Art 623 n2:

Art 701 hipoteca e aplicvel ao penhor por remisso do art 678CAC a descoberto: no h qualquer garantia.

Suposio:

Aspectos que gostaramos de ver consagrados no contrato de abertura de crdito? Pensando que o banco que ns est a pedir.

-Limite mximo de disponibilidade - Modalidade conta - Perodo tempo - Garantias

-Juros e comisses - Resoluo por incumprimento

- Clausula arbitral

-Forma de mobilizao: partes dispem sobre a forma como o creditado pode exercer o seu direito potestativo. Exemplo: forma escrita por fax, autorizado por saques de cheques.

O creditado fica com um direito potestativo utilizao de fundos: direito a criar uma relao obrigacional de mutuo. Ele tem o direito potestativo a utilizar os fundos e atravs dessa utilizao cria uma relao obrigacional de muto. Um aspecto que as vezes coloca duvidas a cessao do contrato de abertura de credito:

Qual o regime aplicvel ao CAC?

Prticas bancrias, claussulas contratuais gerais (submetidos ao decreto de lei); normalmente o regime aplicvel o da vontade das partes.

No tendo as partes estabelecido qualquer prazo, quando que as partes podem por termo ao contrato? Qualquer parte pode por termo ao contrato a qualquer momento? A soluo que tem sido defendida entre ns que quanto cessao do contrato se aplica o art 349 do CCom (o prof concorda). Por termo ao contrato significa que o creditado no pode utilizar masi fundos e por outro lado tem de pagar os fundos utilizado(aplica-se o regime do mutuo). Em relao aos fundos que tiverem sido utilizados aplica-se as regras do mutuo art 1150 do CC(com o exerccio do direito criou-se a relao obrigacional de mutuo).distinguir sempre os regimes que se aplicam: uma coisa ate ao exerccio do direito potestativo e outro depois.

1 aplica-se o refime convencionado pelaspartes

2Quanto cesso unilateral do contrato por denunica: aplica-se as regras da conta corrente art 349 do CCom

3Emrelao ao perodo posterior as regras de utilizao de funods: mutuo

4Em relao a todos os aspectos em que no se apliquem os outros 3: mandato regime residual.Aula do dia 30-03

Contrato de leasing (locao financeira)

Decreto-lei n149/95 de 24 de junho

um produto do direito anglo-saxnico e por isso que mais reconhecido por leasing, mas o legislador portugus trata por contrato de locao financeira.

Difundiu-se como forma de financiamento de bens de equipamento. O locatrio no adquire o direito de propriedade dos bens, tem o direito de utilizao, s ficando com o direito de propriedade no fim de o pagar.

Inicialmente era uma forma de financiamento.

Noo: art 1 do dl.

Relao jurdica triangular: embora seja celebrado apenas entre o locador (sociedade de locao financeira ou uma instituio bancria) e o locatrio, normalmente chega uma terceira parte que um fornecedor (termo amplo que visa agrupar todas as possibilidades por exemplo: vendedor de um bem, empreiteiro).O essencial perceber que o locador tem uma funo de mero intermedirio financeiro: pe a capacidade financeira ao dispor do locatrio.

Nota: o direito de propriedade at ao pagamento do preo do locador.

Tudo comea com uma necessidade do locatrio necessidade de comprar um bem.

1 O locatrio vai falar com o fornecedor e determina os aspectos do bem que quer comprar (caractersticas do bem, preo). Acordo entre o locatrio e o fornecedor quanto identificao do bem que o locatrio vai utilizar.

Hipteses do locatrio: utilizar fundos prprios; contrato de mutuo; compra e venda a prestaes, servir-se da capacidade financeira do locador e atravs da explorao econmica do bem ir pagamento as rendas ao locador.

2 Locatrio dirige-se ao locador e celebra um contrato de locao financeira.

3Na sequencia deste contrato: o fornecedor celebra um contrato com o locador. Este contrato j celebrado em cumprimento do contrato de locao financeira (ver o artigo 9). Ao celebrar este contrato o locador paga o preo e adquire a propriedade do bem.

O vendedor em termos materiais no entrega o bem ao locador, mas sim ao locatrio. A entrega sempre feita ao locatrio. Uma vez que as sociedades financeiras no tm vocao para receber esses bens (! O locatrio um simples locatrio direito de propriedade do locador).

4 -Depois de receber o bem o locatrio comea a pagar as rendas ao locador.

Nota cuidadeo na denominao no posso dizer comprar quando falo do locatrio. S depois de pagar o preo ao locador.

Uma das vantagem do leasing para o locador que consegue a garantia mxima (a propriedade): no concorre com os credores. Se o locatrio ficar insolvente o locador tem o bem. H uma providncia cautelar especfica no art 21 que permite ao locador pedir a entrega judicial de bem, caso o locatrio incumpra o contrato. Se concedesse o mtuo teria de concorrer com os outros credores.

1 questo?

Suponham que ao proceder entrega o fornecedor faz a entrega de modo deficiente e o bem antes de ser entregue danificado. Exemplo: mquina de fotocpias cai no cho e parte-se.

O locador vai dizer que no tem nada haver com isso, considera que o locatrio tem de pagar as rendas.

O locatrio vai dizer que no te de pagar.

O locatrio tem de pagar as rendas? Quem que assume a obrigao de entrega?

A obrigao de entrega do locador. O locador tem a obrigao de conceder o gozo da coisa Art 9 n1 (b o que sucede que as entidades financeiras no tem vocao para receber a coisa, assim servem-se do fornecedor para cumprir a obrigao de entrega. Nos termos do art 800 do CC o fornecedor um auxiliar do cumprimento da obrigao de entrega. Por isto o locador responde por qualquer incumprimento da obrigao de entrega que resulte da actuao do fornecedor. Assim o locatrio no tem de pagar as rendas.2 problema: futuro locatrio ir contactar no momento 1 o fornecedor e dizer que est interessado em comprar X, o fornecedor faz as encomendas (Tendo custos com isso) e depois a sociedade de locao financeira no celebra o contrato de locao financeira com o locatrio.

A lei prev uma soluo para estas situaes art 22 do dl. 1 parte da norma: quando o locatrio tem o contacto com o fornecedor no pode ser entendido com se actuasse como mandatrio da sociedade de locao finaneria. Actua por sua conta e risco. Na parte final: sem prejuzo das regras da responsabilidade pr-contratual: podem relevar em vrios nveis: locatrio perante o vendedor (responsabilizado pelos bens que o vendedor adquiriu com base em informaes erradas do locatrio); responsabilidade do locador perante o locatrio (locador faz crer ao locatrio que tem poderes para mandar vir o bem).

A regra essencial para a resoluo da questo: o locatrio actua perante o fornecedor por sua conta e risco, sem prejuzo das regras da boa-f.

3 A mquina entregue mas ao contrrio das informaes tcnicas prestadas a mquina no tem a performance que foi dita. O que que o locatrio pode fazer? Pode dizer que no paga as rendas ou que paga um valor inferior? Que formas tem de reagir?

O art 12 dispe que o locador no responde pelos bens defeituosos. Isto corresponde a relao que foi criada o locador regra geral nunca ve o bem (tem a faculdade de o ver), nem foram eles que escolheram o fornecedor nem o bem. O locador s adquiriu a coisa para disponibilizar o seu gozo ao locatrio.A remisso para o art 1034 supe a remisso apenas para as alneas previstas no artigo.

O locatrio teria de pagar as rendas. Mas como que o locatrio pode reagir?Art 13 faculdades que este artigo atribui ao locatrio todos os direitos que assistem ao comprador de bens defeituosos contra o fornecedor. Basicamente art 905 912 o direito reparao e substituio da coisa, reduo do preo, resoluo do contrato, anulao do contrato.No problema se o locatrio o que pretender a substituio do bem.

Mas se o locatrio optar pelo anulao, resoluo ou reduo do preo, j vai haver problemas uma vez que vai mexer com a relao com o locador.

O que se tem entendido: (esta matria tratado nos contratos: exemplo: em caso de defeito o locatrio obriga-se a consultar o locador para acordar uma das situaes do artigo 9..do CC ou uma clusula que estabelece logo a ordem dos meios a seguir. Porque que os contartos prevem isto? Exactamente porque se o locatrio usasse essas possibilidades e nada dissesse o contrato teria de se alterar (reduzindo as rendas proporcionalmente ao preo) ou anular tambm o contrato de locao.

4 Alunos tiram muitas fotocpias e mquina ardeu na biblioteca. O locatrio tem de continuar a pagar rendas? Art 796res perit domino risco da destruio das coisas corre por conta do proprietrio. Artigo 15 do DL: no faz sentido que o locador fique responsabilizado pela utilizao de um bem que no escolheu nem nunca viu. Excepo a regra geral de que o risco corre por quem tem a propriedade. Aqui quem tem o risco o proprietaio econmico o locatrio.

Ver as obrigaes do locatrio no artigo 10

5 O locatrio financeiro as tantas deixa de pagar as rendas e o locador faz uma interpelao a estabelecer um prazo, as rendas no so pagas e o locador resolve o contrato por incumprimento do pagamento das rendas. O que que o locador tem direito?

Os contrato de locao financeira prevem clusulas penais, mas que por vezes no tem passado nos tribunais por o dl das clusulas contratuais gerais considera no art 19 que as clusulas penais so despropositadas e o tribunal por isso considera nulas.

Exemplo: no contrato estava uma clusula penal que dizia restituio do bem + pagamento de todas as rendas vencidas (que no tinham sido pagas) + todas as rendas vencidas ate final do contrato. Se o contrato tivesse sido cumprido o locador no teria direito restituio do bem( o locatrio teria de direito de propriedade).

Ento afinal o que que o locador poder exigir (consequncias jurdicas licitas):

Lembrar que estamos a falar de contratos de adeso (prev clausulas abusivas que so nulas).(corrente de STJ) O QUE ADMINssivel: 1restituio do bem locado; 2 tem direito s rendas vencidas at h restituio do bem locado (no at resoluo do contrato); 3 Tem aceitado a restituio at 20% das rendas vincendas (para constituir um incentivo a evitar incumpridores sistemticos de contratos de locao) Ver Acordo de 93 colectanea do supremo tribunal de justia.

Art 22 direitos e deveres gerais do contrato de locao.

Nota: quem tem a posse do bem: o locador. O locatrio no tem possui o animus mas tem o corpos, um possuidor precrio Art 9 n2 b). O legislador admite que o locador um mero intermedirio financeiro, pois o legislador apesar de considerar o locador possuir e proprietrio do bem, admite ao locatrio usar das aces possessrias. Art 90n2 c) do dl. e 1253 do CC

Forma do contrato de locao financeira: art 3n1 documento particular, no caso de bens imoveis as assinaturas da aprte tem de ser presencialmente reconhecidas.

Modalidades de locao financeira especifica: Locao financeira restitutiva ou sale and Lease-back: uma forma de valorizao do activo das empresas que vendem esse activo aos bancos e acto continuo tomam esses bens como locatrio. Consegue com isto um financiamento, ficando depois a pagar as rendas. O bem nunca sai da empresa. Diferena: apenas duas entidades locatrio vendedor ----- locador comprador. Foi discutido se este leasing era admitido pela nossa lei e foi considerado que sim: a lei no exige a participao de terceiro. Havia quem entendesse que isto uma violao do pacto comissrio art 545 (?? Do C.C) para o prof este entendimento est errado no h violao do pacto comissrio pois o direito de propriedade ainda do locador. S h violao do pacto comissrio se a transferncia da propriedade ocorrer por incumprimento do contrato. ADDIN AudioMarker 2007 Contrato de Locao Operacional ADDIN AudioMarker 2014 ADDIN AudioMarker 2014 Estrutura bilateral, onde o locador j tem os bens e os cede por um determinado valor. ADDIN AudioMarker 2134 ADDIN AudioMarker 2134 *ALD ADDIN AudioMarker 2337 ADDIN AudioMarker 2337 So diferentes da locao financeira porque apenas h locador e locatrio. ADDIN AudioMarker 2442 ADDIN AudioMarker 2442 S tem bens mveis. Uma outra diferena que surge o facto do objecto ficar todo pago com as rendas, nestes contratos de ALD. O que leva a que tendo pago o objecto com as rendas, o locatrio seja levado aquisio. Aplicam-se por analogia normas do regime jurdico da locao financeira. ADDIN AudioMarker 3131 Tem de haver um reconhecimento presencial das assinaturas e uma licena de construo do imvel. Esta questo da publicidade relevante... ADDIN AudioMarker 3451 ADDIN AudioMarker 3451 Artigo 6.- o prazo deve coincidir com o perodo presumvel do uso da coisa. ADDIN AudioMarker 3516 ADDIN AudioMarker 3516 No fim do contrato o proprietrio pode: ADDIN AudioMarker 3527 ADDIN AudioMarker 3527 restituir o bem ADDIN AudioMarker 3537 comprar o bem por determinado valor residual, exercendo a opo em face da promessa unilateral de venda constante do contrato financeiro. ADDIN AudioMarker 3697 Obrigaes do locador- adquirir o bem (9./a), conceder o gozo do bem, vender o bem ao locatrio ADDIN AudioMarker 3844 ADDIN AudioMarker 3844 Obrigaes do locatrio- artigo 10./1 ADDIN AudioMarker 4026 ADDIN AudioMarker 4026 Quem responsvel pelos vcios do objecto de locao? O locador, em regra, no responde pelos vcios do bem locado, nos termos do artigo 1034. do CC. O locador v a sua responsabilidade exonerada. ADDIN AudioMarker 4377 ADDIN AudioMarker 4377 Artigo 13.- O locatrio pode exercer contra o vendedor ou o empreiteiro, quando disso seja caso, todos os direitos relativos ao bem locado ou resultantes do contrato de compra e venda ou de empreitada. Com base neste artigo, o locatrio pode pedir a reparao ou substituio da mquina em causa. ADDIN AudioMarker 4784 ADDIN AudioMarker 4784 Os efeitos que se produzem no contrato de compra e venda vo se repercutir no contrato de leasing. ADDIN AudioMarker 5030 Artigo 15.- ADDIN AudioMarker 5030 Salvo estipulao em contrrio, o risco de perda ou deteriorao do bem corre por conta do locatrio. Excepo no cdigo civil- 796. CC. o locatrio que retira os benefcios da coisa, que usufrui do mesmo ADDIN AudioMarker 5592 Os contratos de locao financeira tinham clusulas que previam consequncias para o locatrio em caso de incumprimento. Os tribunais tm recusado clusulas penais que permitam cumular a restituio do bem locado com a totalidade das prestaes vincendas. So consideradas desproporcionadas, pelo que a jurisprudncia tem considerado como lcitas: ADDIN AudioMarker 6012 direito restituio do bem locado ADDIN AudioMarker 6028 faculdade do locador resolver o contrato ADDIN AudioMarker 6053 direito ao pagamento das rendas vencidas at efectiva restituio do bem locado. ADDIN AudioMarker 6171 De 9 de Maro de 1993, na colectnea de jurisprudncia do STJ, e no acrdo de 21 de Maio de 1998 e no BMJ n477 pginas 489 a 504- estabeleceram estas regras que tm vindo a ser seguidas. ADDIN AudioMarker 6268 ADDIN AudioMarker 6268 ADDIN AudioMarker 6268 Caso Prtico de Locao Financeira ADDIN AudioMarker 6284 ADDIN AudioMarker 6284 A Locarent, sociedade de locao financeira, celebrou um contrato de locao financeira com a Baptista e Neves SROC, tendo por objecto cinco mquinas fotocopiadoras multifunes. Trs semanas aps a recepo do equipamento, a BeM SROC reparou que as mquinas locadas no efectuam digitalizaes, ao contrrio do contratualmente previsto. A BeM pode responsabilizar a Locarent por este defeito? ADDIN AudioMarker 6514 Supondo que a avaria veio a ser reparada, e que, um ano aps o contrato, a BeM SROC deixou de pagar rendas, diga que direitos pode a Locarent exercer contra a BeM SROC. ADDIN AudioMarker 6012 ADDIN AudioMarker 5592

ADDIN AudioMarker 4455 ADDIN AudioMarker 4456 R: Segundo o artigo 12., a BeM no pode responsabilizar a Locarent pela inadequao dos bens locados aos fins do contrato. No entanto, com base no artigo 13., este poder exercer contra o vendedor todos os direitos relativos ao bem locado. Os direitos so reparao ou substituio, resoluo ou reduo do preo. No caso de resoluo do contrato de locao, o de compra e venda ser igualmente afectado. Porm, ao contrrio do regime geral do 434.CC a resoluo no ter efeitos retroactivos, no tendo de restituir as rendas. Tal justifica-se porque usufruiu da coisa durante o pagamento das mesmas. ADDIN AudioMarker 7549 * ADDIN AudioMarker 7550 O objecto so bens mveis, pelo que relativamente forma era suficiente documento particular, no sujeitos a registo. ADDIN AudioMarker 7149 ADDIN AudioMarker 7142 b)Entrando a BeM em incumprimento, a Locarent tem direito restituio do bem locado, ADDIN AudioMarker 6028 a resolver o contrato, ADDIN AudioMarker 6053 e ao pagamento das rendas vencidas at efectiva restituio do bem locado. ADDIN AudioMarker 8013 ADDIN AudioMarker 8013 *No existindo a clusula, o locador poder exigir outra indemnizao, pra l das rendas vencidas. No podendo exceder 20% das vincendas (1/5). Ter de invocar. No se necessitando de resolver o contrato, poder pedir uma indemnizao pela mora.Aula do dia 13-04Contrato de factoring

Noo: o contrato pelo qual uma entidade (cliente ou aderente) cede a outra (factor ou cessionrio), os seus crditos sobre um terceiro (devedor ou cedido), mediante uma remunerao. O prof menezes cordeiro prope a denominao de cesso financeira.Relao triangular: Factor ou cessionrio celebra um contrato de factoring com o aderente ou cedente ou credor (credor devido relao subjacente ao factoring que constitui o credito cedido) tem um crdito sobre o devedor.

Vantagem para o aderente: fica com a certeza que recebe logo o dinheiro adiantado. Evita o risco do devedor ficar insolvente.

Exemplo: Fornecimento com pagamento a 180 dias (devedor ---credor cedente).

Aderente factor: Cesso de crditos. Paga a remunerao (normalmente o juro logo descontado quando efectuado o pagamento.

Factor aderente: factor paga o valor do crdito (antecipao de fundos que corresponde a um financiamento. NOTA: s h um contrato financeiro na medida em que haja uma antecipao de fundos).

Factor devedor: cobrana.Devedor factor: paga ao factor

Legislao: Dl: 171/95 de 18 de julho.

Evoluo histrica: sc. XIX produtos txteis, nos EUA.

Interesses deste contrato:

Vantagens para a empresa aderente:

-Obteno de liquidez sem aumento do passivo. Empresa garante que qualquer factura que emita vai ser paga.-Aumento da rendabilidade da empresa.

-Permite limitar o endividamento a curto prazo. Normalmente os prazos de pagamento no so os mesmo do que os de recebimento.

- Maneio se for um contrato em que a empresa no tem de entregar todas as facturas ao factor, pode escolher aquelas que entrega.

Factoring prprio: h uma transferncia do risco para o factor (no factoring em sentido prprio:

-Muito maior segurana na cobrana. Tem tambm a vantagem que neste casos j incorpora o seguro de crdito, logo no precisa de celebrar contratos de seguro de credito. Dispensa do departamento de cobrana. No precisa de analisar o mercado porque quem vai fazer o trabalho. A empresa de factoring vai prestar servios de analise de gesto dos clientes da aderente. Nota: as sociedades de factoring normalmente tem uma grande informao sobre as empresas, uma vez que na maioria so entidades bancrias.-Simplificao do departamento de contabilidade: a empresa so tem de contabilizar as cobranas empresa de factoring.

Distino entre dois tipos de factoring: factoring em sentido prprio, pro soluto ou sem recurso: o aderente cede o credito ao factor e este assume o risco pela insolvncia ou incumprimento do devedor. Factoring imprprio, pro solvendo ou com recurso: casos o devedor ou cedido se tornar insolvente ou incumprir, h recurso para o aderente.

Modalidade: total (cliente obriga-se a oferecer a cesso de todos os crditos que adquire pela prestao de servios ou venda de bens. H uma grande perda da autonomia da empresa aderente sobre os seus clientes) ou parcial.

Modalidade confidencial: ver mais frente.

Inconvenientes desta figura:

Custos:-custo da comisso de factoring. Pela simples celebrao do contrato e pelos servios que so prestados o aderente tem de pagar uma comisso de factoring que determinada sobre o volume das facturas que so entregues ao factor. Hoje em dia est ao abrigo da vontade das partes mas ser entre os 2 e os 5 por cento.

-Comisso de garantia ou de risco: factor exige este pagamento quando tem de assumir o risco. Nota: factores so muito criteriosos com quem aceitam trabalhar.

-Juros por adiantamento de capital.

Inconveniente para a gesto:

-Logica mais financeira e menos comercial. Exemplo: a finalidade da empresa de factoring querer evitar riscos, pode fazer com que o aderente perca boas oportunidades de negcio. Lgica mais baseada no risco financeiro do que na gesto comercial.

- diferente para as pessoa receber uma factura de uma entidade que nem conheceram (factor) do que o do credor. Pode levar existncia de problemas comerciais.

-Empresas factorizadas (que recorrem ao factoring) muitas vezes exigem que o aderente lhes envie todas as facturas, depois a empresa de factoring pode ou no decidir se aceita ou no a factura (depende do que for estabelecido no contrato) Perca de autonomia perante a clientela.

- H quem entenda mas para o prof uma viso errada que s recorre ao factoring quem no esta bem financeiramente. Modalidade de factoring confidencial: nunca levado ao conhecimento do devedor. Em bom rigor nunca h uma verdadeira cesso de credito pois no h a notificao do devedor (na cesso de crditos em Portugal s se produz efeitos externos apos a notificao ao devedor).Legislao: Dl: 171/95 de 18 de julho um contrato quadro (normalmente so contrato de adeso) celebra entre o factor e o cedente, que obriga ou envolve uma promessa de celebrao de cesses de crditos no futuro. As cesses de crditos so executadas em cumprimento de um contrato de factoring. As cesses de credito no so em si mesma uma cesso de crditos.

O regime da cesso de crditos fundamental: O cf no exige o consentimento do devedor.

Caracterizao do contrato de factoring:

-Contrato oneroso: aos servios de factoring e antecipao de fundos exigem uma contrapartida pecuniria, as comisses.

-Contrato consensual: no sentido de no ser um contrato real quod constitution (tipo de contratos em que no basta o consenso para a perfeio necessrio a pratica de uma acto). Torna-se perfeito apenas pelo consenso entre as partes.

-Relao duradoura.

-Contrato atpico misto: inclui contedo de vrios contratos diferentes. Que contedo? Promessa de cesso de crditos futuros. Assuno de risco (no factoring prprio), que uma funo tpica do contrato de seguro. terceira dimenso contratos de prestao de servios

- Contrato formal: tem de ser celebrado por forma escrita nos termos do art 7

Aplicao do regime da cesso de crditos ao factoring:

Caso pratica

Em execuo de um contrato de factoring a infordata cedeu BPA factoring sa crditos no valor de 500.000 Euros resultantes do fornecimento de produtos e servios informticos Amadeu e Costa construes limitada.

Notificada pela BPA factoring para pagar a Amadeu e costa Construes limitada alegou/excepcionou que o pagamento no seria devido:

1- No consentiu a cesso do crdito BPA factoring;

2- Efectuou a compensao da dvida com um crdito sobre a infordata.

Suponha que mais tarde a Amadeu Costa lda se vem a tornar insolvente.

Aprecie os dois argumentos avanados pela Amadeu Costa Lda e diga se a infordata tem de devolver o preo da cesso de crdito em consequncia da insolvncia da Amadeu e costa lda.

Este caso prtico tem 3 questes: apreciao dos argumentos da Amadeu e Costa, para suportar a alegao de que no ter que pagar. Tendo havido uma insolvncia do devedor pode o factoring exigir a restituio do preo pago.

1 Questo: Principio geral do direito portugus da irrelevncia do consentimento do devedor na transmisso de credito art 577 n1cc e 583 n1.2 Apenas com a notificao existe a produo de efeitos externos. Art 583 n1. A nica hiptese da sociedade de factoring provar que o AClda teve conhecimento da mesma.Mas o que relevante saber se o credito anterior ou posterior cesso. O essencial que o credito seja anterior cesso. Caso contrrio poderia haver combinaes entre o cedente e o cedido que acabariam por prejudicar o cessionrio/factor.

O devedor no tem de autorizar a cesso, mas o devedor por efeito da cesso no pode ser colocado numa posio pior do que a que estava antes da cesso. Se o devedor perdesse a s excepes pessoais que tinha contra o antigo credor ficaria em situao pior. Momento relevante para a invocao das excepes o momento em que nasce o credito art 585!).Ler a anotao do CC ao regime da cesso de credito do pires de lima antunes varela.

Apos a notificao o novo credor s se exonera se pagar perante o cessionrio. Se pagar ao cedente pga mal e tem de pagar mesma ao cessionrio.

Art 577 n1 clusulas de no cedncia: a conveno no oponvel ao cessionrio salvo se se provar que o mesmo conhecia esta conveno. Um dever de boa fe impem ao adereten que deixe clausular pactos de no credibilidade.

Conflitos de cesses no tempo art 584: prevalece a cesso que primeiro for notificada ao devedor.

O factor adquiriu o crdito e quando vai cobrar ve que no consegue cobrar tudo porque houve a cesso, o que pode fazer? Pode reagir nos termos do atr 587 n1 o cedente garante ao cessionrio a existncia e a exigibilidade do credito ao tempo da cesso. Assim qual o risco que a empresa assume? Risco do incumprimento e da insolvncia do credito. No o risco da existncia das excepes, pois para isso est sempre protegido pelo art 587 n1.Art 585: os meios de defesa que dispe so os que provem de facto anterior ao conhecimento da cesso. Que meios de dessa so estes? Excepo de incumprimento do contrato, prescrio, compensao 3 questo: depende da modalidade de factoring.

Nota: na prtica a notificao da sociedade de factoring a mesma para conhecimento da cesso de crditos e para pagar. Notificao do art 583 n1

NOt:a como resulta do art 587 o regime regra em Portugal o de factoring sem recurso. O artigo do CC j diz que o cedente no garante a solvncia do devedor, salvo se a tanto se obrigar.

Art 8 do DL: s podem efectuar pagamentos que no ultrapasse o valor do credito. Pois se assim fosse j estvam a celebrar outro coisa, por exemplo: um muuto ou uma abertura de credito.

Aula do dia 20-04-2012

Crditos documentrios ou cartas de crditoNoo: constitui um meio de pagamento contra a entrega ou requisitao de determinados pagamentos. Tambem pode ser um meio de financiamento. Surgiu em Londres a partir do sec xviii. Normalmente so emitidas em igles o que faz com que se utilize a seguinte terminologia letter of credit. mbito de utilizao: compra e venda internacional de mercadorias. uma compra e venda diferente a uma compra de mercearia em que h simultaneidade das prestaes: pagamento de preo e recepo da coisa. A grande diferena um acrscimo do risco. Motivos de crescimento do risco:

- diferena de lnguas, distanciamento temporal entre o pagamento de preo e a recepo da coisa, diferena de direito (no sabem qual ser o direito aplicvel aquele negocio jurdico), facto das partes se desconhecerem, riscos de transporte (meio de transporte maioritariamente utilizado o martimo), riscos polticos (golpes de estado, guerras). A pratica comercial levou ao surgimento de um mecanismo comercial que visa reduzir estes risco: letter of credit. Riscos que este mecanismo diminui:

- Eliminao do risco de no pagaemtno do preo: garante ao devedor que o pagamento ser efectuado por um banco contra a apresentao de certos documentos;

-Eliminao do risco de incumprimento de entrega dos bens: uma vez que o banco s paga com a prova de que os bens foram entregues. Surge aqui um documento essencial que o documento de embarque (prova que o bem embarcou).

Esquema:

Opera atravs de uma relao triangular:

- Normalmente h uma relao que se chama de subjacente ou essencial que um contrato de contra e venda internacional: A vendedor / exportador celebra um contrato de compra e venda com C comprador/importador. Nota: no tem de ser um contrato de compra e venda, pode ser tambm por exempo um contrato de prestao de servios.

Nos termos de uma clausula neste contrato que o pagamento ser realizado atravs da abertura de uma linha de credito por parte do C junto de um banco (De 1 categoria ou identifica logo os bancos(aqui o A)) que d segurana a A. O pagemnto dos bens d-se logo com o embarque dos bens: quando h o documento comprovativo de embarque.

- C tem de abrir junto do B (banco): para o B emitir uma carta de credito em favor de A. O B abre o credito e envia uma carta ao A Como se chama estas entidades no mbito da relao de credito documentrio:

Esta relao s tem incio quando o C d ordem ao banco (Apesar de j existir aquela clausula). Por isto que o C se denomina de ordenador ou ordenante.

Banco: emitente. Vendedor/exportador (A): beneficirio.

O negocio jurdico fica perfeito com a relao triangular, mas:

Na pratica o que acontece muitas vezes e que no +e uma relao triangular porque?

O vendedor pode no ficar satisfeito com o banco que passa o documento, por isso quer ter a segurana que o meio de pagamento por um banco da sua praa. Ser o banco confirmador que tambm assume uma garantia (passa a ser uma relao quadrangular). O benficirio fica com duas garantias do banco emitente e do banco confirmador o banco confirmador que faz o pagamento sendo posteriormente reembolsado pelo banco emitente. Quando o banco assumir apenas a obrigao de actuar como auxiliar do banco emitente no cumprimento de alguns deveres: dever de notificar que existe o credito documental, dever de verificar a regularidade dos documentos. Neste caso denomina-se banco notificador e no banco confirmador.Analise dos segmentos da relao triangular:

Relao de compra e venda (obrigao essencial ou subjacente ao credito documentrio): Podem ser outras relaes para alm da compra e venda, por exemplo prestao de servios.

No contrato de compra e venda as partes estabelecem uma obrigao a cabo do comprador de recorrer ao credito documentrio como meio de pagamento do respectivo preo. Esta obrigao uma obrigao de resultado, ou seja, significa que tem de conseguir o resultado, sendo que se o no conseguir est a violar o contrato de compra e venda. O incumprimento da clusula que prev a abertura do crdito fundamento da resoluo do contrato pelo vendedor. Ratio: se o vendedor quis prever expressamente aquele meio de pagamento porque considerou que s assim estava seguro do pagamento do preo e s assim quereria contratar.

Na clusula do contrato normal preverem logo:

- a natureza do credito: hoje em dia quase sempre um crdito irrevogvel at 2007 podia ser revogvel ou irrevogvel de acordo com os usos da camara internacional de comercio em 2007 mudaram. Se o crdito for revogvel o comprador pode revogar a todo o momento o crdito.

-Prevem nome do banco ou um banco a aceitar pelo devedor, ou 1 categoria,-Perodo que pode ser utilizado pelo beneficirio (normalmente a abertura no so para um embraque mas sim para um conjunto de embarques a realizar durante um determinado perodo).

-Montante do crdito-Documentos exigidos: normalmente ser um documento de embarque, uma factura

At aqui a relao do credito documentrio ainda no se iniciou. O que releva o que est previsto na carta de crditos e no na clausulada relao subjacente. A clausula apenas a fonte.

O incio da relao de crdito documentrio d-se com a ordem: este contrato que celebrado entre ordenante C e o emitente B, normalmente celebrado atravs de um formulrio. importante depois qualificar esta ordem que dada pelo C ao B.

As instrues do ordenante ao Banco devem cumprir as instrues acordadas no contrato de compra e venda, caso contrrio tambm h um incumprimento. Exemplo: No ccv diz-se que a durao deve ser de 6 meses e ele s d a ordem ao banco de 3: a um incumprimento do contrato (segundo caso possvel de incumprimento, ver o primeiro mais em cima) A ordem define as obrigaes do banco em relao ao beneficirio. O que normalmente consta da ordem:-Estabelece a natureza do crdito: sendo que normalmente irrevogvel; garantia autnoma de pagamento

-Forma de pagamento: modalidades possveis - pagamento realizado vista (o crdito logo prazo quando forem entregues os documentos) ; a prazo de X dias (s pago depois dos X dias a contar da entrega); letra-Previso dos documentos exigveis: podem ser vrios que normalmente esto previstos no formulrio. Tem de estar previstos no formulrio. A factura comercial normalmente aparece sempre, certificado de origem pedido por algumas empresa, documentos de transporte: h sempre um documento que atesta que a mercadoria embarcou ( o documento mais importante para esta relao).

- Risco: FOB (a partir do momento de entrega o vendedor no assume quaisquer riscos pela mercadoria) o contrario do CIF(vendedor mantm o risco mesmo apos o embarque)

-Definio das obrigaes do comprador perante o banco: nomeadamente as despesas que o ordenador vai ter perante o banco: pagamento de comisses e outras despesas. O Banco enquanto tiver aqueles documentos tem um direito de reteno sobre as mercadorias, o Banco s entrega os documentos contra o reembolso do montante que j foi pago pelo banco ao vendedor/exportador.

Fonte legal que regula este contrato: Regulao da CCI: o que vai regular os aspectos relevantes do comercio internacional. Estas regras servem para interpretar e integrar eventuais lacunas do contrato de abertura de crdito.Do ponto de vista jurdica qual a relao jurdica entre o ordenador e o emitente: tem-se entendido (prof mcordeiro) que se trata de um mandato sem representao. Porque? O banco quando emite a carta de credito, age em nome prprio e no em representao do ordenador, mas por conta do ordenador art 1180 do cc. Tendo em conta que estamos perante um acto comercial, normalmente estaremos perante um mandato comercial denominado por comisso. Sucede que quando h comisso o cimisario no pode comunicar que esta a actuar ao brigo de uma relao de comisso e neste caso concreto isso no acontece.

3 relao- emisso da carta de crdito : relao entre banco e beneficirio

Esta carta de crdito tem de ser emitida de acordo com as instrues do ordenante que constam do contrato de abertura de crdito. Deve indicar os aspectos essenciais do contrato de abertura de crdito.Nota: funo de financiamento por exemplo se o pagamento for acordado para 6meses posteriores. O Importador vende os bens e s paga depois.

O que do ponto de vista jurdico a emisso da carta de crdito:

Tem se entendido que uma promessa unilateral que o banco faz art 458 do CC promessa ou reconhecimento de divida: diz que promete a realizao do pagamento de determinada quantia desde que o beneficirio proceda entrega de certos documentos (Condio suspensiva). Temos assim uma promessa ou reconhecimento de divida + condio suspensiva.

A possibilidade que eixistia ate 2007 de revogar o credito criava muita insegurana. Para evitar isto na CCI veio se estabelecer no art 2 que o crdito era irrevogvel, a prpria noo de crdito j implica a sua irrevogabilidade. Isto depois reforado no art 7 b) CCI.

Com a emisso da carta o beneficirio passa a gozar de um direito prprio (perante o banco, autnomo e independente quer das relaes entre o banco e o ordenante (no pode o banco deixar de pagar dizendo que obteve ms informaes), quer entre as relao essencial. O banco tem de honrar mesmo que haja um cumprimento defeituoso ou incumprimento do contrato de compra e venda, desde que lhe sejam apresentados os documentos. No pode o banco invocar excepes baseadas no contrato base, no podem ser alegadas pelo banco nem pelo comprador. O nico caso em que o banco pode no pagar o caso de fraude, mas s quando od banco tiver fundados indcios de fraude, por exemplo: documentos falsos. Muito importante: um credito que pago quanto entrega de documentos e no quanto entrega de mercadorias. O banco tem o dever de examinar os documentos, mas basta uma confirmidade aparente, no necessrio uma conformidade total. Se os documentos no estiverem em conformidade no paga, se os documentos estiveram em conformidade s paga se existir fraude.

Realizao do crdito documentrio

A empresa exportadora quando entrega as mercadorias recebe os documentos de embarque, vai apresentar esses documentos (os que estiverem previsto) ao banco, ficando o banco obrigado a pagar ao beneficirio. O banco aqui tem um poder/dever de verificar os documentos apresentados. uma verificao ou exame meramente formais art 5, os bancos lidam com os documentos. Quando existem duvidas sobre a idoneidade do vendedor ou exportador no prprio mandato que celebrado com o banco previsto que o banco deve recorrer a uma empresa de peritos(mas normalmente no preciso). No art 14 h normas para o exame de documentos. Um documento apresentado que no esteja previsto ignorado. Outro exemplo o art 4) credito por natureza uma transaco.por consequinte..

Quando pode o banco ser responsabilizado: O banco s pode ser responsabilizado no caso de irregularidades grosseiras.Garantia do banco: O banco fica com os documentos como garantia de que o ordenador vai pagar.

Formas de reembolso:

- O ordenador pode obrigar-se a constituir um deposito no banco emitente no banco. Depois do banco pagar faz o reembolso desse depsito.

-Pode dar outra garantia

- Pode at no fazer nada se for um ordenador em que o banco tenha uma grande confiana. Neste caso o credito documentrio at tem uma funo de financiamento: o banco ao no existi rloo , s exigir a um determinado prazo, faz com que tambm tenha uma funo de financiamento.

Relevncia dos documentos: garantia de pagamento para o banco. Ordenador no recebe as mercadorias que comprou. Podem fazer isto por duas vias:

-Direito de reteno art 755n1 c) do CC: atribui o direito de reteno ao mandatrio pelos actos que praticaram.

-Ordenador e banco emitente acordam que o banco pode servir-se da mercadoria como um penhor sobre a mercadoria prevista no contrato de compra de venda.

Em suma: Documentos so ttulos de credito e de propriedade (quem os tiver que tem direito de reclamar a mercadoria).Funo fundamental para o direito de regresso do banco face ao ordenador.

Caso prtico: A luso siderurgia s.a comprou 10.000 toneladas de ao companhia siderrgica do Mxico, tendo as partes acordado que o pagamento do preo, seria efectuado atravs de credito documentrio a abrir junto do banco portugus dos aores.

O Banco portugus dos aores procedeu ao pagamento do preo contra a apresentao dos documentos previstos na abertura de crdito, contudo aps o desembarque do ao no porto de Sines a luso siderurgia s.a verificou que o mesmo apresenta defeitos visveis e recusa-se a reembolsar o banco alegando que este no devia ter pago.

Anlise e qualifique a relao jurdica apresentada e diga se considera procedente a alegao da luso siderurgia s.a.

Nota: quando o prof pede para qualificartemos de dizer qual a relao jurdica e depois analisar a rgumentao.No cumprimento defeituoso ver aquilo do risco!!.

Complemento do prof: no sabemos se no caso concreto so ou no remitidas para a regulao das normas do CCI art 4 e 5 mas que consuetudinariamente so aplicveis as regras.

Nota: se o banco por alguma razo no pagar o preo, pore exemplo o s documento s so esto conformes o comprador se adquirir os bens continua com a responsabilidade de pagar o preo.

Nota: quanto a banco designado art 2

Aula do dia 04-05Crdito DocumentrioBanco (Emitente)Beneficirio- VendedorOrdenador- CompradorPara o comprador o risco o do no cumprimento do contrato.Relao de base/subjacente (ordenador e comprador)- distinta da relao de crdito documentrio, princpio da lateralidadeRelao ordenador e Banco- dada uma ordem de crdito, um mandato sem representao (prximo da comisso), porque o banco actua por conta do ordenador, mas em nome prprio. Pode a todo o momento dar uma ordem de cancelamento de crdito o ordenador. Os crditos irrevogados tm relevncia a nvel internacional. Obrigaes do comprador e ordenador perante o Banco, o ordenador tem de pagar comisses ao Banco...Dever de reembolsar o banco e tratar dos documentos... um formulrio, de carcter irrevogvel, sendo exigidos uma srie de documentos. So contratos standard que remetem para as regras uniformes da cmara de comrcio. CCI tem sede em Paris.Mandato comercial sem representao porque o banco fica nomeado em nome prprio mas em nome do ordenador. Esta emisso da carta de crdito, feita pelo Banco, e enviada ao Beneficirio, o negcio de execuo do mandato, tendo de respeitar as instrues que o ordenador deu (revogvel ou no, vista ou a prazo).Standby letter of credit- Normalmente a relao quadripartida: h um segundo Banco confirmador, ligado ao vendedor.Desde que o banco veja...Emisso da carta de crdito constitui uma promessa unilateral:O beneficirio depois de entregar as mercadorias no porto de origem recebe o conhecimento de embarque.Garantia bancria autnomaSurgiu inicialmente no comrcio internacional. Como j vimos neste tipo de comrcio h maiores riscos: no tem o mesmo grau de confiana, as pessoas no se conhecem, desconhecimento do direito estrangeiro. O que faz com que as partes queiram ter sempre uma garantia muito forte, para se houver um incumprimento da outra parte obterem uma certa quantia pecuniria. um mecanismo para dar maior segurana s partes.

Hoje em dia j surge muito entre entidades do mesmo pais. O desenvolvimento desta figura deve-se ao facto da garantia ser prestada por entidades muito solventes (os bancos) e porque os bancos so muito cautelosos na escolha de quem aceitam prestar garantia. Normalmente quando os bancos prestam a garantia porque tem confiana no devedor e consideram que no teriam que pagar eles ao credor.

uma garantia pessoal de um banco (mas no uma fiana).

Noo: contrato estabelecido entre um banco e uma determinada pessoa pelo qual a instituio bancria assume o compromisso de pagar uma determinada quantia de dinheiro primeira solicitao ao beneficirio dessa garantia, sem poder invocar quaisquer excepes fundadas no contrato base (contrato entre credor e devedor).

I ------ EContrato base estabelecido entre o I e o E.

O exportador d uma ordem de emisso da garantia em conformidade com o contrato base, ao banco e o banco emite a garantia primeira solicitao do Importador. Esta garantia garante o reembolso do capital antecipado por I.

Se por exemplo os tapetes no chegarem o I apenas tem de se dirigir ao Banco e pedir a entrega do dinheiro

Relao jurdica da garantia:

O I o beneficirio; o E o dador da ordem; o Banco garante.

Questo de qual vai ser o banco: os beneficirios da garantia por vezes preferem estar garantidos por bancos da sua praa. O que acontece : o E d a ordem a um banco da sua praa (vai emitir uma contragarantia), que vai comunicar ao banco seu representante da sua praa( ver melhor esta denominao), e este banco que vai emitir a garantia bancria. Aspecto muito importante: O prof Inocncio galvo teles diz que o banco da praa do I pode pagar de olhos fechados. Isto significa que o banco no se tem de deter com factos jurdicos da relao fundamental. O nico caso em que o cumprimento no a primeira ordem quando tiver em causa fraude.O banco paga mas depois reembolsado pelo dador na ordem, neste caso E.

Problema desta figura: muitas vez o beneficirio da garantia exerce a garantia, apesar de no ter direito a isso.

Base jurdica: No h lei que o preveja expressamente. Art 405n1 do CC.

Caracterizao da garantia bancria autnoma:

desvinculada/autnoma do contrato base: O banco obrigado a pagar primeira solicitao, no pode invocar nenhuma excepo baseada na relao base. nica excepo so os casos de fraude. Esta autonomia significa que existe uma abstraco da autonomia em relao a todas as excepes que poderiam existir com base no contrato base. neste sentido que se distinguiu da fiana que a outra garantia pessoa. Distino com a fiana: Porque que a fiana no d a mesma segurana? a fiana acessria (significa que todos os aspectos relativos relao base afectam a fiana). Ver art 627 n2 do C.C. 4 aspectos essenciais que se traduz a acessoriedade da fiana e que esta no d a mesma segurana ao beneficirio do que a garantia bancria autnoma: -se for nula a obrigao principal a fiana tambm nula art 632 n1; - a extino da obrigao principal determina a extino da fiana art 651

- o fiador pode opor ao credor todos os meios de defesa que competem ao devedor art 637 n1: pode por exemplo defender-se pela excepo de no cumprimento do contrato; - a obrigao do fiador no pode ser mais ampla ou onerosa do que a do devedor afianado.Em suma: na fiana o objecto da garantia confunde-se com o prprio objecto da dvida afianada, j na garantia autnoma o objecto diferente do objecto da relao base. Na garantia o objecto a garantia de um determinado resultado, o pagamento da quantia. Por isto que o banco no pode opor excepes com base no contrato base.

Causa/funo da garantia bancria: A garantia bancaria tem uma causa/uma funo que a garantia da obteno de um determinado resultado que aquilo que ficou contratado no contrato base. A causa da obrigao de garantia funda-se na funo de garantia. Forma: normalmente uma carta em que o banco vem emitir uma garantia bancria a favor da entidade tal.

um contrato intuito persona, o banco quando garante perante o I porque tem confiana na credibilidade que o E lhe oferece. (Ateno, no tem de ser sempre casos de comercio internacional podem ser 2 empresas portuguesas).Ao ser um contrato intuitos persona, no pode ser transferido!

Nota: a origem da garantia vem da negociao do contrato base. Quando esto a negociar o contrato s o negoceiam dessa forma porque acordam na garantia. Mas ateno autonoma!! O que estamos a falar da negociao e poder negocial, no tem nada haver com o direito agora. Depois da negociao, vai haver uma clausula base que cria a obrigao da constituio da garantia. A clusula base apenas prev a constituio da garantia bancria. Esta depois constituda autnoma e independentemente do contrato base.De acordo com a liberdade contratual esta figura pode ter determinados contedos:

- Garantia de bom cumprimento do contrato: o banco vem garantir a boa execuo do contrato. O banco garante que o contraente vai cumprir integralmente o contrato. Caso isso no sucede o credor tem direito a exigir ao banco uma quantia pecuniria.- Garantia da honorabilidade da oferta ou da proposta: uma garantia apresentada num concurso de honorabilidade da proposta. Exemplo: Estado portugus abre um concurso para uma construo da ponte, entre o momento de adjudicao e a celebrao do contrato h um hiato temporal em que podem existir umas vicissitudes, sendo normal nestes casos exigir aos concorrentes a prestao de uma garantia ade cumprimento caso lhes seja adjudicada a obra.

- Garantia de reembolso do pagamento antecipado (Acontece muito): o banco vai garantir o reembolso ou a restituio de determinados pagamentos realizados sem que o bem ou servio ainda tenha sido prestado.

Modalidades de pagamento so 3: Normalmente esto previstas no prprio texto da garantia-Garantia a simples pedido: o pagamento d-se ao primeiro pedido, em que o beneficirio nada tem de justificar ao banco.

-Garantia a pedido justificado (mais comum): o pedido de pagamento do montante previsto/banco honre a garantia, deve ser justifica/motivado. Tem de ser justificado mas no demonstrado (se tivesse de ser demonstrado deixa de ser uma garantia autnoma).S TEM DE JUSTIFICAR. NO TEM DE DEMONSTRAR O INCUMPRIMETNO.

- Garantia documentria: aproxima-se muito dos credito documentrios. No baste o simples pedido, o beneficirio tem de demonstrar certos documentos .

Anlise da relao:

Banco e E : uma relao de mandato resulta de uma ordem dada pelo vendedor.O contrato de garantia autnoma: um contrato unilateral, celebrado entre o banco e o beneficirioDireitos e obrigaes:

obrigaes do banco:

-Obrigao do banco de informar o cliente/dador da ordem de que lhe foi solicitado o cumprimento da garantia. Ratio: para que o dador da ordem fique a saber o que se est a passar e que possa fazer valer junto do banco a existncia de uma eventual fraude manifesta e evidente (relembro que a ni