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CONSUMO ALIMENTAR DE PRÉ-ESCOLARES MATRICULADOS NOS CENTROS DE EDUCAÇÃO E ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR (CEAPEs) E DE SUAS RESPECTIVAS FAMÍLIAS * Rosa Nilda Mazzilli ** Yaro Ribeiro Gandra ** MAZZILLI, R. N. & GANDRA, Y. R. Consumo alimentar de pré-escolares matricu- lados nos Centros de Educação e Alimentação do Pré-Escolar (CEAPEs) e de suas respectivas famílias. Rev. Saúde públ., S. Paulo 15(supl.) :23-32, 1981. RESUMO: Foi realizado inquérito de consumo alimentar em 383 pré- -escocalares e respecttivas famílias, matriculados em 21 Centros de Educação e Alimentação do Pré-Escolar (CEAPEs) de 7 cidades do interior paulista. Uti- lizou-se o método da pesagem direta dos alimentos, combinado com o recor- datório, para obtenção do consumo alimentar de 24 horas da família e do pré-escolar. Concomitantemente, foram obtidas informações sobre a merenda escolar recebida e sua influência nas refeições realizadas em casa pelo pré-escolar. Cerca de 50% dos pré-escolares apresentaram deficiência ener- gética, enquanto apenas 15% não alcançaram 90% ou mais de adequação de consumo de proteínas. Os pré-escolares apresentaram ainda deficiência acentuada de vitamina A, cálcio, niacina e vitamina C. Quanto às famílias, as maiores deficiências alimentares foram em relação à vitamina A e ao cálcio. A merenda escolar influenciou consumo alimentar do pré-escolar, tanto em relação ao número de refeições, quanto à quantidade de alimentos ingeridos em casa. UNITERMOS: Pré-escolares, nutrição. Alimentos, consumo. CEAPE. * Convênio 10/77 INAN/DN/FSP/USP. ** Do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP — Av. Dr. Arnaldo, 715 01255 — São Paulo, SP — Brasil. INTRODUÇÃO Todo programa de suplementação alimen- tar requer diagnóstico claro das condições nutricionais do grupo da população ao qual se destina. Assim, para implantar medidas tendentes a contribuir para a melhoria do estado nutricional de pré-escolares, como são os programas de suplementação alimen- tar, é recomendável dispor-se de informações sobre o consumo real de alimentos desse grupo etário. A assistência alimentar a esse segmento da população deveria ser priori- tária, considerando-se que a qualidade e a quantidade dos alimentos ingeridos pelo pré-escolar são fatores determinantes do seu crescimento e desenvolvimento. Muitos são os estudos realizados sobre o consumo alimentar de famílias, contudo, com referência à ingestão individual e, particularmente de pré-escolares, as pesqui- sas são mais escassas, sobretudo em nosso meio. A maioria dos estudos entre pré-escolares foi levada a cabo por Flores e col. 4,5,6,7,8 .

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Page 1: CONSUMO ALIMENTAR DE PRÉ-ESCOLARES ...A Tabela 2 mostra os resultados da ade-quação média diária de consumo de calorias e de nutrientes, evidenciando que há mar-cada deficiência

CONSUMO ALIMENTAR DE PRÉ-ESCOLARES MATRICULADOS NOSCENTROS DE EDUCAÇÃO E ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR

(CEAPEs) E DE SUAS RESPECTIVAS FAMÍLIAS *

Rosa Nilda Mazzilli **Yaro Ribeiro Gandra **

MAZZILLI, R. N. & GANDRA, Y. R. Consumo alimentar de pré-escolares matricu-lados nos Centros de Educação e Alimentação do Pré-Escolar (CEAPEs) e de suasrespectivas famílias. Rev. Saúde públ., S. Paulo 15(supl.) :23-32, 1981.

RESUMO: Foi realizado inquérito de consumo alimentar em 383 pré--escocalares e respecttivas famílias, matriculados em 21 Centros de Educação eAlimentação do Pré-Escolar (CEAPEs) de 7 cidades do interior paulista. Uti-lizou-se o método da pesagem direta dos alimentos, combinado com o recor-datório, para obtenção do consumo alimentar de 24 horas da família e dopré-escolar. Concomitantemente, foram obtidas informações sobre a merendaescolar recebida e sua influência nas refeições realizadas em casa pelopré-escolar. Cerca de 50% dos pré-escolares apresentaram deficiência ener-gética, enquanto apenas 15% não alcançaram 90% ou mais de adequaçãode consumo de proteínas. Os pré-escolares apresentaram ainda deficiênciaacentuada de vitamina A, cálcio, niacina e vitamina C. Quanto às famílias,as maiores deficiências alimentares foram em relação à vitamina A e aocálcio. A merenda escolar influenciou consumo alimentar do pré-escolar,tanto em relação ao número de refeições, quanto à quantidade de alimentosingeridos em casa.

UNITERMOS: Pré-escolares, nutrição. Alimentos, consumo. CEAPE.

* Convênio 10/77 — INAN/DN/FSP/USP.** Do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP — Av. Dr. Arnaldo,

715 — 01255 — São Paulo, SP — Brasil.

INTRODUÇÃO

Todo programa de suplementação alimen-tar requer diagnóstico claro das condiçõesnutricionais do grupo da população ao qualse destina. Assim, para implantar medidastendentes a contribuir para a melhoria doestado nutricional de pré-escolares, comosão os programas de suplementação alimen-tar, é recomendável dispor-se de informaçõessobre o consumo real de alimentos dessegrupo etário. A assistência alimentar a essesegmento da população deveria ser priori-tária, considerando-se que a qualidade e a

quantidade dos alimentos ingeridos pelopré-escolar são fatores determinantes doseu crescimento e desenvolvimento.

Muitos são os estudos já realizados sobreo consumo alimentar de famílias, contudo,com referência à ingestão individual e,particularmente de pré-escolares, as pesqui-sas são mais escassas, sobretudo em nossomeio.

A maioria dos estudos entre pré-escolaresfoi levada a cabo por Flores e col.4,5,6,7,8.

Page 2: CONSUMO ALIMENTAR DE PRÉ-ESCOLARES ...A Tabela 2 mostra os resultados da ade-quação média diária de consumo de calorias e de nutrientes, evidenciando que há mar-cada deficiência

Esses autores recomendam que, ao se inves-tigar o consumo alimentar de pré-escolares,este seja realizado concomitantemente ao dafamília.

Tal procedimento, embora aumente a du-ração do estudo e, conseqüentemente, o seucusto, proporcionará dados que permitirãoconclusões mais confiáveis.

Em estudo longitudinal sobre a dieta dafamília e do pré-escolar, em três comuni-dades indígenas de Guatemala, Flores e col.5

verificaram que a ingestão média de nutrien-tes entre as crianças apresentou diferençasmuito pequenas. Entretanto, quando secomparou o consumo alimentar do pré-esco-lar com o da família, esses valores corres-ponderam, aproximadamente, a 50% da-queles encontrados para as respectivasfamílias.

Em outro estudo, abrangendo família epré-escolar, realizado na área rural de Pa-namá 4, esses mesmos autores evidenciaramque o consumo alimentar deste último gruposegue o padrão de sua família, variandoapenas nas quantidades dos alimentos, o queconfirma o trabalho citado anteriormente.

Para se ter idéia mais precisa do valorda suplementação alimentar fornecida, soba forma de merenda, aos pré-escolares dosCentros de Educação e Alimentação do Pré-

-Escolar (CEAPE), levou-se a cabo levanta-mento do consumo alimentar desses pré--escolares e das respectivas famílias, bemcomo do valor nutricional da merenda ser-vida nos CEAPEs e de sua influência sobreas refeições que o pré-escolar recebe em suacasa.

Com este levantamento objetivou-se co-nhecer o consumo alimentar do pré-escolare de sua família, identificando as deficiênciasalimentares de ambos os grupos e verificandoqual a modificação que a merenda introduziuno consumo alimentar diário do pré-escolar.

MATERIAL E MÉTODOS

Dependendo do número de crianças e deCEAPEs funcionando em cada cidade ondese realizou este trabalho, a população deestudo foi composta, ou do universo depré-escolares matriculados no Programa oude parte dele e, neste caso, a amostra foideterminada por sorteio casual.

O presente estudo abrangeu 383 pré-es-colares e respectivas famílias, matriculadosem 21 CEAPEs de 7 localidades (Tabela1). A escolha das cidades foi intencional,objetivando-se ter na amostra CEAPEs comdiferentes horários e períodos de funciona-mento.

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Os CEAPEs, em todas as cidades, foramimplantados em bairros periféricos, carentesde recursos, quer de abastecimento de águae de rede de esgoto, quer de estabeleci-mentos comerciais para aquisição de ali-mentos básicos.

Para a obtenção de consumo quantitativode alimentos utilizou-se o método dapesagem direta, combinado com o recorda-tório, por meio de entrevista com a mãeou pessoa responsável pelo preparo e dis-tribuição dos alimentos na família. Cadadomicílio foi visitado durante 2 dias conse-cutivos para permitir o conhecimento daingestão alimentar de 24 h da família eindividualmente do pré-escolar, cujos dadosforam coletados concomitantemente.

A ingestão de nutrientes foi calculada combase na Tabela de Composição Química dosAlimentos 17 e, para se chegar à adequaçãode consumo, foram usadas as recomenda-ções da National Academy of Sciences16.Adotou-se 90% do recomendado comolimite mínimo satisfatório de consumo paratodos os componentes alimentares.

RESULTADOS E COMENTÁRIOS

A Tabela 2 mostra os resultados da ade-quação média diária de consumo de caloriase de nutrientes, evidenciando que há mar-cada deficiência de cálcio e de vitamina A,exceção apenas para os pré-escolares deGuaratinguetá, cuja ingestão de equivalentesde retinol ultrapassou os 100% do reco-mendado para esse grupo. A inadequaçãode consumo para os demais nutrientes eenergia é bem menos acentuada, com ex-ceção das proteínas, cujo consumo mostrou--se elevado, atingindo para toda a popula-ção, tanto de famílias como de pré-escolares,acima dos 100% das recomendações. Quandoesses resultados são distribuídos por faixasde adequação de consumo (Tabela 3),observa-se que foi bastante deficiente aingestão de energia e de todos os nutrientes,

exceção apenas para as proteínas, sendoque, para alguns deles, 50 a 90% dos pré--escolares investigados apresentaram baixoconsumo. Observa-se também que foi menoro percentual de famílias com baixa ingestãode energia, tiamina, niacina, cálcio, fósforoe ferro, levando à suposição de que a ali-mentação do pré-escolar não é fator priori-tário, uma vez que a situação alimentar dasfamílias mostrou-se melhor, tanto paraenergia como para cinco dos nove nutrientesanalisados.

A ingestão de proteínas foi satisfatóriapara a maioria das famílias e dos pré-esco-lares, 83 e 85%, respectivamente (Tabela3). Estes resultados concordam com os deAlves 1, em seu estudo realizado no muni-cípio de São Paulo, o qual mostrou que adeficiência energética é mais freqüente quea protéica.

Deve ser salientada a ingestão insatis-fatória de niacina (Tabela 2), nutriente emque cerca de 65% das famílias e 81% dospré-escolares estão abaixo dos limites con-siderados satisfatórios. Em pesquisas sobreconsumo alimentar, realizadas em váriascidades do interior paulista, verificou-setambém baixa ingestão de cálcio e de vita-mina A, enquanto que para energia e osdemais nutrientes a adequação de consumofoi satisfatória 2, 12, 13, 14, 15.

Analisando-se a Tabela 4, constata-se queos produtos lácteos, as frutas, as hortaliçase os ovos, importantes fontes de cálcio,riboflavina, vitamina A, vitamina C, tiaminae ferro, são justamente aqueles alimentosconsumidos em quantidades relativamentebaixas para permitirem níveis satisfatóriosdesses nutrientes. Nota-se que, embora o"per capita" de carne seja aceitável e ode leguminosas, praticamente representadopelo feijão, tenha sido bastante razoável,ainda assim não foi suficiente para permitiraos grupos estudados que alcançassem me-lhor adequação de niacina.

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A situação alimentar encontrada noslevantamentos realizados em várias cidadesdo interior do Estado 2,12,13,14,15, é seme-lhante àquela verificada no presente estudo(Tabela 2), porém difere bastante daquelaobservada pelo Estudo Nacional de DespesaFamiliar (ENDEF)9, para a Região SãoPaulo, cujos resultados mostraram ingestãomais elevada de niacina (233%), de cálcio(96,3%), de vitamina A (74,0%) e devitamina C (231,4%).

As informações sobre a merenda escolare sua influência nas refeições ingeridas nolar, obtidas concomitantemente com o in-quérito dietético, mostraram que houve mo-dificações no comportamento alimentardomiciliar do pré-escolar. Verificou-se,entre outros aspectos que, por receberema merenda no CEAPE, cerca de 10%dos pré-escolares passaram a não maisalmoçar e 34% deixaram de tomar lancheem suas casas. Nestes casos, a suplemen-tação alimentar não completou, mas substi-tuiu, com prejuízo, a alimentação do lar *.

O valor médio de energia e de nutrientesdas merendas de vários dias, servidas emcada CEAPE, é apresentado na Tabela 5.Desde que essas merendas eram de inicia-tiva e responsabilidade de cada município,os alimentos servidos foram fornecidos pelosórgãos competentes ou, então, adquiridospela própria Prefeitura. Cada municípiooferecia, aos pré-escolares, a merenda pre-parada com os alimentos disponíveis nomomento. Desta forma, levantamos os dadosreferentes às merendas distribuídas aos pré--escolares, no período de estudo do consumoalimentar da população amostrada.

O valor energético e protéico das me-rendas difere de uma cidade para outra eé o fator determinante da maior ou menorsaciedade, aspecto esse que poderia terinfluenciado o comportamento do pré-escolarem relação às refeições feitas no lar. Veri-fica-se também que, embora o valor ener-

gético médio das merendas preparadas edistribuídas nos vários CEAPEs seja aceitá-vel (350 calorias), representando 20% dototal energético para o grupo estudado, nosCEAPEs de Capivari e de Leme a contri-buição da merenda foi em torno de 14 a15% do total energético diário. Em Cam-pinas, o valor energético médio da merendaservida, nos dois CEAPEs, foi o mais altode todas as cidades, correspondendo a 25%do total diário recomendado para energia.A merenda de um destes CEAPEs apre-sentou média de 213 calorias, ou seja, 12%do total diário recomendado e, justamentenesse CEAPE, o maior percentual de crian-ças reside na favela próxima à Escola ondefunciona o programa.

As merendas contribuíram com 33 e 35%,respectivamente, de proteínas e de vitaminaA para o total diário recomendado aospré-escolares; a contribuição dos demaisnutrientes variou de 9 a 25%. Consideran-do-se que a suplementação alimentar deveatender a 30% das necessidades diárias deenergia, proteínas, minerais e vitaminasdesse grupo (II Programa Nacional deAlimentação e Nutrição)3, verifica-se que amerenda servida nos CEAPEs não atingeaquele percentual recomendado, contribuin-do, apenas nas seguintes proporções:

O conteúdo protéico e de vitamina B2,entretanto, atingiram, respectivamente, 117e 110%, dos 30% previstos para esse grupoetário.

* Dados mais completos sobre as alterações das refeições domiciliares de pré-escolares que passarama receber merenda escolar, serão publicados oportunamente.

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CONCLUSÕES

Os resultados nos levam a concluir que:

— o conteúdo energético diário da dietafoi insuficiente para, aproximadamente,50% dos pré-escolares e 30% dasfamílias, enquanto 83,3% das familiase 84,6% dos pré-escolares apresentaramadequação protéica acima de 90%;

— a maior deficiência encontrada foi a devitamina A, onde apenas 10% dos doisgrupos estudados, famílias e pré-esco-lares, atingiram 90% de adequação;

— cerca de 80% dos pré-escolares apresen-taram ingestão de cálcio e niacinainferior aos 90% de adequação de con-sumo;

— aproximadamente 50% dos pré-escolaresnão alcançaram níveis satisfatórios deadequação para vitamina B2, fósforo eferro;

— cerca de 65% das famílias não atingiramconsumo adequado de niacina e vita-mina B2;

— aproximadamente 90% das famílias loca-lizaram-se nas faixas de menor adequa-ção de cálcio;

— cerca de 70% das famílias e de pré-esco-lares não atingiram os níveis satisfatóriosde adequação de consumo de vitaminaC;

— as merendas servidas nos CEAPEs con-tribuíram com 12 e 25% do total diáriode energia recomendado para o grupode pré-escolares do estudo;

— para parte dos pré-escolares a merendainfluiu desfavoravelmente sobre a alimen-tação realizada no lar, tanto no que serefere ao número de refeições, quanto àquantidade de alimentos consumidos.

AGRADECIMENTOS

Às docentes Marlene Trigo e Maria deFátima Nunes Marucci, do Departamentode Nutrição da Faculdade de Saúde Pública,e aos alunos do 8.° Semestre do Curso deGraduação de Nutricionistas — Faculdadede Saúde Pública da Universidade de SãoPaulo, em 1979.

MAZZILLI, R. N. & GANDRA, Y. R. [Food intake of children registered in PreschoolEducation and Alimentation Centres (CEAPEs) and that of their families]. Rev.Saúde públ., S. Paulo, 15(suppl) :23-32, 1981.

ABSTRACT: A dietary survey was carried out among preschool chil-dren and their families drawn from twenty-one Preschool Education andFeeding Centre (CEAPEs), in seven towns of the State of S. Paulo.The diatary data from children and families were obtained by applyingthe weighed food intake method combined with the recall method, during24 hours, and collected by home visits. Simultaneously data on schoollunches concerning their composition and influence on home meals werecollected. About half the preschool children showed energy deficiency thoughonly fifteen percent of them showed inadequate protein intake. The mostoutstanding dietary deficiencies in the preschool children related to vitaminA, calcium, niacin and ascorbic acid. With regard to the families, the moststriking deficiencies related to vitamin A and calcium. The school lunchshowed some influence on the dietary intake of children, insofar as numberof meals and quantity of food eaten at home were concerned.

UNITERMS: Child, preschool. Nutrition. Food. CEAPE.

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11. GANDRA, Y.R. Nutrition and dietetic edu-cation program for pre-school childrenat primary school in Brazil. In: An-derson, M.A. & Grewal, T., ed. Nutritionplanning in developing world: procee-dings of Regional Workshops held byCARE in India, Kenya and Colombia,1976. Bogotá, Programas Editoriales, 1976.p. 205-12.

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Recebido para publicação em 10/07/1981

Aprovado para publicação em 17/11/1981