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Boletim do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp 4 de Dezembro GESTÃO 2017 - 2020 054/2019 Gestores constrangem trabalhadores no uso do F2 CARREIRA Consu se recusa a discutir a avaliação da carreira, enquanto CIDF e CAD referendam processo cheio de falhas Vimos a publico denunciar a violência policial e manifestar nossa solidariedade e respeito aos familiares das vítimas de Paraisópolis. Neste fim de semana, em um baile Funk na zona Sul de São Paulo, o Estado ceifou a vida de nove jovens que, no seu justo direito ao lazer, foram vítimas de policiais despreparados que reprimiram violentamente com armas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, coronhadas, socos e pontapés. As ações “táticas” e violentas da polícia resultaram em tumulto, confusão e mortes de jovens, em sua maioria, negros e de periferia. Na campanha eleitoral de 2018, João o público Massacre de Paraisópolis: Não foi acidente, é genocídio! Dória afirmou que a partir de primeiro de janeiro de 2019, a polícia militar atiraria para matar. A postura do governador de autorizar o uso irrestrito de violência amplia o genocídio da juventude negra, principal vítima do armamento do Estado brasileiro. Não é possível nomear tais ações violentas como acidente. Exigimos a investigação isenta dos assassinatos em Paraisópolis, além de proteção a familiares e testemunhas do caso. É dever do Estado garantir segurança, proteção e lazer a todas as pessoas, ao contrário do que tem ocorrido: repressão e frequente criminalização dos bailes funk. Terça-feira passada (26), durante a reunião do Consu, contra o processo de avaliação da carreira e as demissões Funcamp cobrando a readmissão do Sidney Silva. Apesar dos conselheiros representantes dos funcionários e a direção do STU defenderem a inclusão do debate sobre a carreira na pauta do Consu, o pedido não foi acatado. A própria reitoria em reunião com o STU admitiu que o processo de avaliação da carreira foi cheio de falhas, colocando em xeque a lisura dos procedimentos empregados. Só por essa questão, o Consu deveria discutir o tema e avaliar a suspensão do processo. As falas do STU e dos conselheiros apresentaram a posição da assembleia dos trabalhadores, que defende o cancelamento do processo por gerar muita insatisfação, confusão e desconfiança, indicando que o recurso seja usado na melhoria dos pisos salariais. Apesar das críticas dos trabalhadores, os trabalhadores protestaram a reitoria avançou na aprovação do processo. Em provou na CIDIF (Câmara Interna de Desenvolvimento de Funcionários) e ontem a CAD (Câmara de Administração) legitimou a decisão da CIDIF compactuando com esse processo equivocado. O STU lamenta o posicionamento da reitoria de ignorar as falhas do processo ampliando o agravamento das desigualdades entre os funcionários. O Consu aprovou moção contra a Reforma da Previdência do Doria. O documento pontua os prejuízos trazidos pela proposta e cobra a suspensão do rito de discussão e votação dos projetos, por considerar que medidas que alteram profundamente o funcionamento do serviço público em geral, e das universidades em particular, não podem ser aprovadas sem ampla discussão com a sociedade, especialmente com os diretamente afetados. 18/11, a Não à reforma do Doria A utilização do direito à falta abonada (F2), tem sido negada por diversos gestores, como no caso da DEdIC. A medida gera seletividade atribuindo à autoridade aos chefes dos setores de barrar a utilização desse direito conquistado pela categoria. O STU solicitou à reitoria esclarecimentos e pontuou que os trabalhadores sob o regime ESU tem utilizado o benefício tranquilamente, enquanto os que estão sob regime CLT têm tido seu direito cerceado pela chefia. O mês da Consciência Negra foi marcado por eventos significativos. Na agenda intensa do Unicamp Afro teve debates, lançamento de livro, documentários e a presença de militantes importantes da cultura, como a atriz e cantora Zezé Motta. O STU organizou uma exposição para relembrar a luta dos funcionários contra o racismo institucional, por igualdade de direitos e cotas raciais. Em Campinas aconteceu a tradicional Marcha Zumbi dos Palmares, que percorreu as ruas para dar visibilidade às mazelas da população negra e protestar por políticas públicas de equidade. ZUMBI VIVE! DANDARA VIVE

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Page 1: Consu se recusa a discutir a avaliação da carreira ...€¦ · reunião do Consu, contra o processo de avaliação da carreira e as demissões Funcamp cobrando a readmissão do

Boletim doSindicato dos Trabalhadores da Unicamp

4 de Dezembro

GESTÃO2017 - 2020

054/2019

Gestores constrangem trabalhadores no uso do F2

03/07 (3ª feira)

7h:8h30:

9h:

9h:

Reunião no HC (A2)Concentração (em frente à

reitoria) Manifestação no Ginásio

Multidisciplinar (Jogo da Copa)

Assembleia Geral (Praça da Paz)

CARREIRA

ASSEMBLEIAHOJE MEIO DIA - NO CICLO BÁSICO

Consu se recusa a discutir a avaliação da carreira, enquanto CIDF e CAD referendam processo cheio de falhas

Vimos a publico denunciar a violência policial e manifestar nossa solidariedade e respeito aos familiares das vítimas de Paraisópolis.

Neste fim de semana, em um baile Funk na zona Sul de São Paulo, o Estado ceifou a vida de nove jovens que, no seu justo direito ao lazer, foram vítimas de policiais despreparados que reprimiram violentamente com armas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, coronhadas, socos e pontapés. As ações “táticas” e violentas da polícia resultaram em tumulto, confusão e mortes de jovens, em sua maioria, negros e de periferia.

Na campanha eleitoral de 2018, João

o público

Massacre de Paraisópolis: Não foi acidente, é genocídio!Dória afirmou que a partir de primeiro de janeiro de 2019, a polícia militar atiraria para matar. A postura do governador de autorizar o uso irrestrito de violência amplia o genocídio da juventude negra, principal vítima do armamento do Estado brasileiro.

Não é possível nomear tais ações violentas como acidente. Exigimos a investigação isenta dos assassinatos em Paraisópolis, além de proteção a familiares e testemunhas do caso.

É dever do Estado garant ir segurança, proteção e lazer a todas as pessoas, ao contrário do que tem ocorrido: repressão e frequente criminalização dos bailes funk.

Terça-feira passada (26), durante a reunião do Consu,

contra o processo de avaliação da carreira e as demissões Funcamp cobrando a readmissão do Sidney Silva.

A p e s a r d o s c o n s e l h e i r o s representantes dos funcionários e a direção do STU defenderem a inclusão do debate sobre a carreira na pauta do Consu, o pedido não foi acatado.

A própria reitoria em reunião com o STU admitiu que o processo de avaliação da carreira foi cheio de falhas, colocando em xeque a lisura dos procedimentos empregados. Só por essa questão, o Consu deveria discutir o tema e avaliar a suspensão do processo.

As falas do STU e dos conselheiros apresentaram a posição da assembleia dos trabalhadores, que defende o cancelamento do processo por gerar muit a ins at i s faç ão, conf us ão e desconfiança, indicando que o recurso seja usado na melhoria dos pisos salariais.

Apesar das críticas dos trabalhadores,

os trabalhadores protestaram

a reitoria avançou na aprovação do processo. Em provou na CIDIF (Câmara Interna de Desenvolvimento de Funcionários) e ontem a CAD (Câmara de Administração) legitimou a decisão da CIDIF compactuando com esse processo equivocado.

O STU lamenta o posicionamento da reitoria de ignorar as falhas do processo a mp l i a n d o o a g r av a m e nt o d a s desigualdades entre os funcionários.

O Consu aprovou moção contra a Reforma da Previdência do Doria.

O documento pontua os prejuízos trazidos pela proposta e cobra a suspensão do rito de discussão e votação dos projetos, por considerar que medidas q u e a l t e r a m p r o f u n d a m e nt e o funcionamento do serviço público em geral, e das universidades em particular, não podem ser aprovadas sem ampla d i s c u s s ã o c o m a s o c i e d a d e , especialmente com os diretamente afetados.

18/11, a

Não à reforma do Doria

A utilização do direito à falta abonada (F2), tem sido negada por diversos gestores, como no caso da DEdIC.

A m e d i d a g e r a s e l e t i v i d a d e atribuindo à autoridade aos chefes dos setores de barrar a utilização desse direito conquistado pela categoria.

O S T U s o l i c i t o u à r e i t o r i a esclarecimentos e pontuou que os trabalhadores sob o regime ESU tem utilizado o benefício tranquilamente, enquanto os que estão sob regime CLT têm tido seu direito cerceado pela chefia.

O mês da Consciência Negra foi marcado por eventos significativos. Na agenda intensa do Unicamp Afro teve debates, lançamento de livro, documentários e a presença de militantes importantes da cultura, como a atriz e cantora Zezé Motta. O STU organizou uma exposição para relembrar a luta dos funcionários contra o racismo institucional, por igualdade de direitos e cotas raciais. Em Campinas aconteceu a tradicional Marcha Zumbi dos Palmares, que percorreu as ruas para dar visibilidade às mazelas da população negra e protestar por políticas públicas de equidade.

ZUMBI VIVE! DANDARA VIVE

Tempo de reconhecer as lutasEm novembro, a Assembleia Geral

decidiu adiar para o XIV Congresso dos Trabalhadores da Unicamp. No congresso estava prevista a inauguração da nova sede do STU, que ficará suspensa também.

O calendário de escolha de delegados, por meio de reuniões de unidade, será retomado a partir de janeiro de 2020.

Após um ano de muitas lutas travadas, de fortalecimento da unidade, de perdas históricas, mas também de conquistas, o que mais desejamos é ter um momento de lazer com nossos colegas.

Pensando nisso, a diretoria do STU organizará uma singela confraternização para despedida desse ano cheio de desafios. Fique atento aos nossos canais de comunicação.

abril/2020

Celebrar é preciso

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BOLETIM DO STU é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp - Gestão: 2017 - 2020 - Textos e Editoração Eletrônica: Fernanda de Freitas - Tiragem: 3 mil exemplares Impressão: MHG Editora e Gráfica - Contatos: 3521-7412 / 3521-7147 / 3289-4242 INTERNET: www.stu.org.br EMAIL: [email protected] FACEBOOK: stu.unicamp

JUNTOS NA LUTA

Entidades cobram da reitoria readmissão do Sidney

De 1 a 30 de novembro ocorrerá o Unicamp Afro, com o evento “A f r i c a n i d a d e s B r a s i l e i r a s : epistemologias em debate”.

O evento tem como objetivo resgatar e valorizar os traços afro-brasileiros que compõem a construção da identidade do país, através de várias atividades como oficinas, palestras, apresentações culturais e a I Feira Afro-Brasileira da Unicamp.

O e n c o n t r o A f r i c a n i d a d e s Brasileiras: epistemologias em debate resulta do conhecimento da cultura a f ro - br a s i l e i ro e m d i f e re nt e s perspectivas: histórica, social, política, educacional, filosófica, artísticas, normativa e acadêmica.

A programação completa pode ser a c e s s a d a n o l i n k <https://www.ggbs.gr.unicamp.br/unicampafro/>.

O encontro conta com o apoio do STU e é organizado por diversos órgãos e coletivos da Unicamp.

No Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de Novembro, acontece em Campinas a Marcha Zumbi dos Palmares. A concentração será às 10h,

Marcha Zumbi dos Palmares

na Estação Cultura. O lema “Vidas Negras Importam”,

clama pelo fim da violência contra a juventude negra no Brasil.

Segundo dados divulgados pelo UNICEF, de cada mil adolescentes brasileiros, quatro vão ser assassinados antes de completar 19 anos. Se nada for feito, serão 43 mil brasileiros entre os 12 e os 18 anos mortos de 2015 a 2021, três vezes mais negros do que brancos. Entre os jovens, de 15 a 29, nos próximos 23 minutos, uma vida negra será perdida e um futuro cancelado.

É necessário que o Estado e a sociedade se comprometam com o fim do racismo – elemento chave na definição das desigualdades sociais e do perfil das vítimas da violência no país. Tod@s à Marcha, Viva Zumbi!

Unicamp Afro debate Africanidades Brasileiras

Excursão dos Aposentados para Campos do Jordão

A C o o r d e n a ç ã o d e

Aposentados está organizando

um passeio para Campos do

Jordão no dia 09/11, com almoço

incluso.

A saída para o passeio será dia

08/11, às 23h55, do Largo do Pará,

em Campinas. O investimento é de

R$ 95 para sócio do STU e criança (a

partir de 11 anos), R$ 77,50 para

criança (6 a 10 anos), R$ 60 para

crianças (até 5 anos) e criança

abaixo de 5 anos não paga.

Inscrição imediata para sócios

d o S T U , p r i o r i z a n d o o s

aposentados.

I n f o r m a ç õ e s , r e s e r v a s e

pagamentos devem ser feitos

diretamente na Secretaria do STU

no período da manhã.

A reunião solicitada pelo DCE, ADunicamp, STU e APG à reitoria, para discutir a demissão do funcionário da Funcamp, Sidney Silva, vai acontecer nesta manhã.

O caso e ́ grave, pois o funcionário além de ser cipeiro, foi humilhado e desrespeitado no momento da sua demissão. Como cipeiro sua função é prevenir os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho, garantindo ass im a qu a l id ade de v id a e preservando a saúde do trabalhador.

A Unicamp usou do expediente de justa causa sob a injusta alegação de falta grave para burlar o princípio de e s t a b i l i d a d e d o e m p r e g o d o funcionário que deveria exercer suas atividades sem ser perseguido pelo empregador, já que muitas vezes precisava exigir a resolução de problemas que poderiam prejudicar a saúde dos trabalhadores.

É obvio que a motivação foi política, por isso, juntas, as entidades, cobram a readmissão do companheiro que

por denunciar as más condições de trabalho dentro da Universidade.

Hoje é o companheiro Sidney, amanhã poderá ser qualquer um que ousar ir à assembleia levantar a voz contra o sistema que oprime e desrespeita o trabalhador da Unicamp.

Também estão na pauta da reunião a demissão dos 330 trabalhadores Funcamp do contrato de alimentação e a avaliação da Assembleia Universitária.#NinguémSoltaAMãoDeNinguém

foi punido

#NinguémSoltaAMãoDeNinguém