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1 ATA DA DUCENTÉSIMA VIGÉSIMA OITAVA (228ª) REUNIÃO DA COMISSÃO 1 DE ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES CAI/CONSU REUNIÃO 2 ORDINÁRIA. Aos oito dias do mês de novembro do ano de dois mil e dezesseis, 3 às dez horas, reuniu-se a Comissão de Atividades Interdisciplinares (CAI) do 4 Conselho Universitário (CONSU), na sala do CONSU, sob a Presidência do 5 Professor Doutor JURANDIR ZULLO JUNIOR, com o comparecimento dos 6 seguintes Professores Doutores: Rafael Brito Dias, Representante da Pró- 7 Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC); Francisco de Assis 8 Magalhães Gomes Neto, Membro Titular da Representação dos Diretores de 9 Unidade (IMECC); Marco Antônio Bortoleto, Membro Suplente da 10 Representação dos Docentes do CONSU (FEF); Denis José Schiozer, Membro 11 Titular da Representação dos Centros e Núcleos Interdisciplinares (CEPETRO); 12 José Wilson Magalhães Bassani, Membro Titular da Representação dos Centros 13 e Núcleos Interdisciplinares (CEB); Edi Lucia Sartorato, Membro Titular da 14 Representação dos Centros e Núcleos Interdisciplinares (CBMEG); Maria da 15 Graça Stupiello Andrietta, Membro Titular da Representação dos Centros e 16 Núcleos Interdisciplinares (CPQBA); Renata Ribeiro do Valle Gonçalves, 17 Membro Suplente da Representação dos Centros e Núcleos Interdisciplinares 18 (CEPAGRI); Rovilson Gilioli, Membro Suplente da Representação dos Centros e 19 Núcleos Interdisciplinares (CEMIB) e Marta Cristina Teixeira Duarte, Membro 20 Suplente da Representação dos Pesquisadores (CPQBA). Estiveram presentes 21 os seguintes Professores Doutores convidados: João Vilhete Viegas D’Abreu, 22 Coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Informática Aplicada à Educação 23 (NIED); Carlos Raul Etulain, representando Carmem Cecilia C. Lavras (NEPP); 24 Dionete Santin, representando Aline Vieira de Carvalho (NEPAM); Claudia 25 Pfeiffer, representando Simone Pallone de Figueiredo (NUDECRI); Marta Maria 26 do Amaral Azevedo, Coordenadora do Núcleo de Estudos de População (NEPO); 27 e Alberto Augusto Eichman Jakob, Coordenador Associado do Núcleo de 28 Estudos de População (NEPO). Estiveram presentes também a Pesquisadora 29 Carolina Rodríguez e o Pesquisador Fábio Bertato, Assessores Acadêmicos da 30

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1

ATA DA DUCENTÉSIMA VIGÉSIMA OITAVA (228ª) REUNIÃO DA COMISSÃO 1

DE ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES CAI/CONSU – REUNIÃO 2

ORDINÁRIA. Aos oito dias do mês de novembro do ano de dois mil e dezesseis, 3

às dez horas, reuniu-se a Comissão de Atividades Interdisciplinares (CAI) do 4

Conselho Universitário (CONSU), na sala do CONSU, sob a Presidência do 5

Professor Doutor JURANDIR ZULLO JUNIOR, com o comparecimento dos 6

seguintes Professores Doutores: Rafael Brito Dias, Representante da Pró-7

Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC); Francisco de Assis 8

Magalhães Gomes Neto, Membro Titular da Representação dos Diretores de 9

Unidade (IMECC); Marco Antônio Bortoleto, Membro Suplente da 10

Representação dos Docentes do CONSU (FEF); Denis José Schiozer, Membro 11

Titular da Representação dos Centros e Núcleos Interdisciplinares (CEPETRO); 12

José Wilson Magalhães Bassani, Membro Titular da Representação dos Centros 13

e Núcleos Interdisciplinares (CEB); Edi Lucia Sartorato, Membro Titular da 14

Representação dos Centros e Núcleos Interdisciplinares (CBMEG); Maria da 15

Graça Stupiello Andrietta, Membro Titular da Representação dos Centros e 16

Núcleos Interdisciplinares (CPQBA); Renata Ribeiro do Valle Gonçalves, 17

Membro Suplente da Representação dos Centros e Núcleos Interdisciplinares 18

(CEPAGRI); Rovilson Gilioli, Membro Suplente da Representação dos Centros e 19

Núcleos Interdisciplinares (CEMIB) e Marta Cristina Teixeira Duarte, Membro 20

Suplente da Representação dos Pesquisadores (CPQBA). Estiveram presentes 21

os seguintes Professores Doutores convidados: João Vilhete Viegas D’Abreu, 22

Coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Informática Aplicada à Educação 23

(NIED); Carlos Raul Etulain, representando Carmem Cecilia C. Lavras (NEPP); 24

Dionete Santin, representando Aline Vieira de Carvalho (NEPAM); Claudia 25

Pfeiffer, representando Simone Pallone de Figueiredo (NUDECRI); Marta Maria 26

do Amaral Azevedo, Coordenadora do Núcleo de Estudos de População (NEPO); 27

e Alberto Augusto Eichman Jakob, Coordenador Associado do Núcleo de 28

Estudos de População (NEPO). Estiveram presentes também a Pesquisadora 29

Carolina Rodríguez e o Pesquisador Fábio Bertato, Assessores Acadêmicos da 30

2

Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa da Unicamp 31

(COCEN). Foram justificadas as ausências dos seguintes Professores Doutores: 32

Erick de Moraes Franklin, Membro Titular da Representação dos Docentes do 33

CONSU (FEM); Ana Maria Alves Carneiro da Silva, Membro Titular da 34

Representação dos Pesquisadores (NEPP); Giorgio Basilici, Membro Suplente 35

da Representação dos Docentes do CONSU (IG); Ana Cristina Colla, Membro 36

Titular da Representação dos Centros e Núcleos Interdisciplinares (LUME); Ivo 37

Milton Raimundo Junior, Membro Titular da Representação dos Docentes do 38

CONSU (IQ); e João Ernesto de Carvalho, Membro Suplente da representação 39

dos Diretores de Unidade (FCF). EXPEDIENTE: 1. Aprovação da Ata da Reunião 40

da CAI/CONSU realizada em 11/10/2016; 2. Posse do Prof. Dr. Rafael Brito 41

Dias como Membro Titular representante da Pró-Reitoria de Extensão e 42

Assuntos Comunitários – PREAC, junto à CAI/CONSU; 3. Assuntos Gerais. 43

ORDEM DO DIA: 1. Revisão do Planejamento Estratégico (Planes) 2016/2020 44

do Centro de Engenharia Biomédica – CEB; 2. Revisão do Planejamento 45

Estratégico (Planes) 2016/2020 do Centro Multidisciplinar para Investigação 46

Biológica na Área da Ciência de Animais de Laboratório – CEMIB; 3. Revisão do 47

Planejamento Estratégico (Planes) 2016/2020 do Centro de Estudos de 48

Petróleo – CEPETRO; 4. Revisão do Planejamento Estratégico (Planes) 49

2016/2020 do Núcleo de Estudos de População – NEPO. O Professor Jurandir 50

Zullo Junior dá boas-vindas a todos. EXPEDIENTE: 1. Aprovação da Ata da 51

Reunião da CAI/CONSU realizada em 11/10/2016. O Professor Jurandir Zullo 52

Junior coloca em discussão a Ata da reunião realizada em 11/10/2016. Não 53

havendo observações, o Professor Jurandir Zullo Junior coloca a Ata em 54

votação, sendo aprovada com uma abstenção. 2. Posse do Prof. Dr. Rafael 55

Brito Dias como Membro Titular representante da Pró-Reitoria de Extensão e 56

Assuntos Comunitários – PREAC junto à CAI/CONSU. O Professor Jurandir 57

Zullo Junior informa que o Professor Rafael Brito Dias foi indicado pelo 58

Professor João Frederico da Costa Azevedo Meyer, Pró-Reitor de Extensão, para 59

representante da CAI/CONSU em substituição ao Professor Doutor Sandro 60

3

Tonso que está em afastamento no exterior. O Professor Jurandir Zullo 61

Junior deseja sucesso ao Professor Rafael Brito Dias e agradece sua 62

participação. 3. Assuntos Gerais. O Professor Jurandir Zullo Junior faz 63

comentários sobre o 3º Workshop de Bioeconomia realizado pelo NIPE nos 64

dias 17 e 18 de outubro no auditório da Faculdade de Engenharia Química. 65

Acrescenta que no dia 10 de novembro, das 09hs às 20hs, haverá um evento 66

conjunto entre o NEPO e o CMU no Auditório Jorge Tapia – Instituto de 67

Economia; serão seminários sobre História Econômica. O Pesquisador 68

Rovilson Gilioli convida os presentes para a posse do Doutor Luiz Augusto 69

Correa Passos como novo diretor do CEMIB para o triênio 2016-2019; a posse 70

será realizada no dia 16 de novembro nas dependências da Fundação de 71

Desenvolvimento da Unicamp (FUNCAMP). O Professor Jurandir Zullo 72

Junior parabeniza o Professor Rovilson Gilioli pelo trabalho na direção do 73

CEMIB e deseja boa sorte e sucesso ao Doutor Luiz Augusto Correa Passos. O 74

Professor Jurandir Zullo Junior informa que no dia 08 de novembro, dia em 75

que está ocorrendo esta reunião, às 14 horas, na Faculdade de Saúde Pública da 76

USP, acontecerá o lançamento do livro “Ensino, Pesquisa e Inovação – 77

Desenvolvendo a Interdisciplinaridade”. Diz que esse livro faz parte de uma 78

trilogia organizada pelos Professores Arlindo Philippi Junior, Valdir Fernandes 79

e Roberto Pacheco, da Universidade de São Paulo (USP). Conta que o primeiro 80

volume foi sobre a questão do Ensino, o segundo sobre a Pesquisa e o terceiro 81

sobre a Interdisciplinaridade e sua institucionalização. O Professor Jurandir 82

Zullo Junior comenta que o Professor Arlindo Philippi avaliou a Faculdade de 83

Ciências Aplicadas (FCA) e o NEPAM no último processo de avaliação 84

institucional da Unicamp e que, quando avaliou o NEPAM, a COCEN foi 85

convidada pelo Professor Arlindo para escrever um capítulo desse terceiro 86

livro. Diz que o desafio foi aceito e que, em um mês, foi escrito o capítulo 87

relatando a história do Sistema de Centros e Núcleos da Unicamp, juntamente 88

com outros colegas que estudam o assunto: as Pesquisadoras Claudia Pfeiffer e 89

Carolina Rodríguez, a Professora Ítala Maria Loffredo D’Ottaviano e Marcelo 90

4

Phaiffer. O capítulo foi aceito, e o lançamento do livro acontecerá no evento 91

“Encontro Acadêmico Desenvolvendo a Interdisciplinaridade”. Comenta que 92

fará parte de uma das Mesas junto com os Professores Carlos Nobre, Maria José 93

Genini e Maria do Carmo Sobral. O Professor Jurandir Zullo Junior observa 94

que na Unicamp as pessoas conhecem os Centros e Núcleos com os quais 95

trabalham e interagem, mas não conhecem todo o sistema existente na 96

Universidade como, por exemplo, a Carreira de Pesquisador, a CAI/CONSU, os 97

Conselhos, os Regimentos Internos e como acontecem as sucessões nas 98

direções dos Centros e Núcleos. Menciona que os Centros e Núcleos já 99

passaram por dez processos de Avaliação e por duas Comissões de Pertinência. 100

O Professor Jurandir Zullo Junior informa que, assim que terminar esta 101

reunião da CAI/CONSU, irá para a USP participar dessa Mesa e do lançamento 102

do livro. Considera importante essa participação, porque é uma forma de 103

deixar registrada essa experiência da Unicamp que, pelo que se tem 104

acompanhado, certamente, no Brasil é a mais densa. No exterior também existe 105

essa experiência da interdisciplinaridade, conforme visto nos eventos que têm 106

sido organizados na Unicamp e em conversas com outros colegas do Exterior; é 107

uma experiência muito rica de nível mundial. ORDEM DO DIA: 1. Revisão do 108

Planejamento Estratégico (Planes) 2016/2020 do Centro de Engenharia 109

Biomédica – CEB. O Professor Jurandir Zullo Junior observa que a proposta 110

de revisão do Planejamento Estratégico do CEB está detalhada nas folhas 6 a 16 111

da Pauta desta reunião e que a mesma foi aprovada pelo Conselho Superior do 112

Centro. O Professor José Wilson Magalhães Bassani inicia dando bom dia a 113

todos e diz que já fez uma apresentação formal do CEB para a CAI/CONSU no 114

final de 2015 mas, como houve uma renovação na composição desta Comissão, 115

fará uma apresentação rápida sobre aquele Centro para depois falar do 116

Planejamento Estratégico. O Professor José Wilson Magalhães Bassani 117

apresenta a estrutura do CEB do ponto de vista daquilo que o Centro produz: 118

Pesquisa e Desenvolvimento. O Professor José Wilson Magalhães Bassani 119

discorre sobre as 3 áreas que dão suporte ao CEB e que são seus pilares de 120

5

sustentação: a Pesquisa e Desenvolvimento, tanto a Pesquisa Básica quanto o 121

Desenvolvimento de Equipamentos; o Suporte à Área da Saúde de maneira 122

geral, tanto na Área da Saúde da Unicamp, quanto fora; e a Física Médica e a 123

Engenharia Clínica. O Professor José Wilson Magalhães Bassani diz que o 124

CEB realiza a formação de Recursos Humanos treinando técnicos no curso de 125

Residência em Física Médica, em cooperação com várias Unidades da Unicamp 126

e apoia também a formação de mestres e doutores, em geral, da Faculdade de 127

Engenharia Elétrica e Computação. O Professor José Wilson Magalhães 128

Bassani comenta que esses três pilares produzem atividades que se 129

realimentam; a pesquisa leva à Extensão em forma de serviço prestado na área 130

de saúde. Dessa prestação de serviço se aprende muitas coisas que, depois, se 131

transformam num trabalho de pesquisa; no final, tudo isso acaba 132

realimentando a formação de estudantes da graduação até o doutorado. O 133

Professor José Wilson Magalhães Bassani apresenta o organograma do CEB 134

e fala sobre o Laboratório para Estudo Nacional de Cálcio Celular (LabNECC); 135

sobre o Laboratório Nacional para Gestão em Tecnologia e Saúde (LNGTS); e 136

sobre a Rede Brasileira de Técnica de Ultrassom (RBTU). Comenta as questões 137

estratégicas do CEB, começando pela conclusão da expansão e reforma do 138

espaço físico do Centro. Lembra que foi dito em uma das reuniões da 139

CAI/CONSU e que, quando for para tratar de reforma e construção, é 140

importante realizar uma reunião conjunta com a Procuradoria Geral (PG), a 141

Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO) e a Diretoria Geral da Administração 142

(DGA). Diz que, no caso do CEB, apesar destas reuniões, não tem sido fácil 143

realizar as obras que fazem parte do seu Plano Estratégico desde longa data. O 144

Professor Bassani comenta que, com essa reforma e ampliação, seria possível 145

cumprir as normas de Segurança do Trabalho e aumentar o espaço físico para a 146

realização das pesquisas e para a área de extensão. O Professor Bassani 147

informa que os recursos para a expansão do CEB foram captados do Ministério 148

da Saúde para a área de extensão visando à ampliação do Laboratório Nacional 149

para Gestão em Tecnologia e Saúde (LNGTS). O Professor José Wilson 150

6

Magalhães Bassani fala sobre o aumento da abrangência da gestão de 151

equipamentos médico-hospitalares e destaca a importância da Agência de 152

Inovação (INOVA), dizendo que não se consegue fazer quase nada, 153

principalmente do ponto de vista de pesquisa e desenvolvimento, sem a 154

participação da INOVA. O Professor José Wilson Magalhães Bassani informa 155

que o CEB criou e implantou na Unicamp, em 2010, um software chamado 156

Gerenciamento de Tecnologia para Saúde (GETS). Esse software, que permite 157

gerenciar o parque de equipamentos mapeando as peças utilizadas e as que 158

quebram, por exemplo, está sendo implantado na Rede Pública de Saúde. A 159

licença é fornecida gratuitamente, assim como o treinamento para o seu uso; 160

caso o estabelecimento queira formar uma equipe de manutenção própria, a 161

Unicamp treina esses funcionários de graça. Esse software está nos servidores 162

do CEB e qualquer indivíduo consegue acessá-lo através de um browser em seu 163

estabelecimento. O Professor José Wilson Magalhães Bassani menciona 164

que existe um pedido do Ministério da Saúde que para que o CEB faça uma 165

abordagem nos hospitais desta região do País e existe também um projeto em 166

andamento com o Banco Mundial para implantação desse sistema na África de 167

língua portuguesa, começando por Moçambique, que é o piloto, e em alguns 168

outros países. O Professor José Wilson Magalhães Bassani fala também da 169

necessidade de reestruturar as atividades da Área Médica do CEB, que perdeu 170

praticamente metade de sua equipe altamente qualificada quase que 171

instantaneamente por conta de aposentadorias. Comenta que há vaga 172

certificada para a contratação de um Físico, mas que o atual contingenciamento 173

de vagas na Unicamp impede a abertura de um concurso para a contratação. 174

Comenta que o CEB assume a proteção radiológica da área de saúde da 175

Universidade e que, além disso, há as áreas de Medicina Nuclear, de 176

Radioterapia e de Radiodiagnóstico. Diz que, portanto, é preciso ter um Físico 177

para responder por estes trabalhos. Acrescenta que a economia gerada para a 178

Universidade, resultado dos trabalhos desenvolvidos pelo CEB, é de algo em 179

torno de 8 a 10 milhões de reais por ano, incluindo a Física Médica e a 180

7

Engenharia Clínica. Fala também da necessidade de reposição de vagas 181

administrativas ocasionadas pelas aposentadorias. O Professor José Wilson 182

Magalhães Bassani comenta que o CEB vem realizando o mapeamento de 183

seus processos de trabalho e que o Centro ainda não conseguiu uma vaga para 184

contratar um especialista em custos e finanças. O Professor José Wilson 185

Magalhães Bassani fala sobre a produção científica e diz que isso sempre faz 186

parte do Plano Estratégico do CEB. Diz que na Avaliação Institucional do 187

Centro sempre é apontado o fato de sua produção ser relevante, porém um 188

pouco concentrada; diz que é difícil não ser concentrada, quando se tem só um 189

pesquisador da carreira Pq. Nesse sentido, informa que, recentemente, foi 190

contratada uma pesquisadora, de forma que a produção científica não ficará tão 191

concentrada. Diz que é preciso ampliar o Centro de Tecnologias Alternativas 192

Populares (CETAP) para poder aumentar o número de alunos e que o CEB não 193

tem recebido muitos alunos de pós-doutorado porque não tem espaço. Diz 194

também que o Laboratório para Estudo Nacional de Cálcio Celular (LabNECC) 195

foi uma questão estratégica colocada no Planes anterior do CEB com a 196

expectativa de possibilitar a expansão de laboratórios, sendo que um deles é de 197

Estudo do Coração Humano. A ideia foi criar um laboratório que tivesse uma 198

parte central no CEB e conexão com vários outros laboratórios, todos eles com 199

pesquisadores de altíssimo nível. Outro investimento importante para ele é a 200

Rede Brasileira de Técnicas de Ultrassom (RBTV); são projetos de bastante 201

sucesso e bem estabelecidos; a ideia é criar uma plataforma para o 202

desenvolvimento de equipamentos de ultrassom. Esse projeto já produziu um 203

equipamento testado publicamente no Ministério da Saúde; é um equipamento 204

produzido na Unicamp e que está pronto para ser passado para as empresas da 205

área. Diz que esse é o próximo desafio e que o CEB espera que a parceria com o 206

Instituto Eldorado ajude a fazer isso. O Professor José Wilson Magalhães 207

Bassani fala sobre aumentar a captação de recursos extraorçamentários. 208

Relata que o CEB tem algumas ideias mais ou menos objetivas e que duas delas 209

já estão sendo colocadas em prática, através da cooperação com as secretarias 210

8

Municipal e Estadual de Saúde. Outra ideia é transformar a rede GETS numa 211

rede que possa trazer recursos para a Universidade. Por enquanto o CEB faz 212

tudo de graça com a Rede Pública de Saúde, mas existe a rede privada de saúde 213

que está interessada. O Professor José Wilson Magalhães Bassani fala sobre 214

reforçar e ampliar recursos computacionais. Diz que isso não para nunca, 215

principalmente porque essa rede está crescendo e criando uma estrutura que 216

precisa ser cada vez mais robusta e confiável; isso significa uma 217

responsabilidade muito grande para a Universidade e tem que funcionar 24hs 218

por dia. O Professor José Wilson Magalhães Bassani fala sobre a necessidade 219

de recuperação do quadro de vagas e que o CEB perdeu metade do quadro de 220

funcionários da área Física Médica. Comenta que houve um aumento 221

significativo no número de equipamentos da Área de Saúde nos últimos anos, 222

que há hoje 16 mil equipamentos e que a capacidade do CEB de responder do 223

ponto de vista técnico diminuiu mais da metade. Então está se perdendo a 224

capacidade técnica e a necessidade de pessoal está crescendo do ponto de vista 225

do que há para ser feito. O Professor José Wilson Magalhães Bassani 226

comenta também que o curso de Engenharia Biomédica, que foi colocado pelo 227

CEB em seu Planejamento Estratégico anterior, não será realizado pois, ao que 228

parece, a Universidade não tem condições de responder a isso do ponto de vista 229

da contratação de pessoal. Quando diz “curso”, não se refere a um curso do 230

CEB, mas do Departamento de Engenharia Biomédica da Faculdade de 231

Engenharia Elétrica e Computação. Mas isso não pode existir sem a 232

participação do CEB, porque todos os laboratórios de todos os pesquisadores 233

dessa área estão dentro do CEB. Acha que é uma ação cooperativa forte que 234

precisa ocorrer, e que vai exigir um aumento de pessoal, motivo pelo qual ficará 235

em suspenso até segunda ordem. O Professor Bassani diz que não falou sobre 236

tudo o que o CEB faz e aponta que as cooperações internacionais têm ajudado 237

muito o trabalho que o CEB vem realizando. A Professora Claudia Pfeiffer diz 238

que está representando a Pesquisadora Simone Pallone de Figueiredo, do 239

NUDECRI, nesta reunião e aproveita para dar as boas-vindas ao Professor 240

9

Rafael Brito Dias e desejar um excelente trabalho. A Pesquisadora Claudia 241

Pfeiffer diz que considera admirável o trabalho que o CEB desenvolve e que é 242

lamentável que o Centro não esteja conseguindo, apesar de tudo o que se está 243

vivendo no cenário brasileiro, o apoio necessário. Acha que não faz sentido 244

essas vagas serem contingenciadas e que, apesar do problema econômico, 245

todos sabem que o CEB é um Centro estratégico, não apenas local, mas nacional 246

e internacionalmente. Então, além de parabenizar o CEB e considerar que o seu 247

Planejamento Estratégico está extremamente bem delineado e estudado, 248

sugere o encaminhamento de uma moção ou de uma carta à Administração 249

Superior da Universidade solicitando a possibilidade de se abrir uma exceção 250

frente ao contingenciamento. O Professor José Wilson Magalhães Bassani 251

comenta que recentemente falou com o Reitor, Professor José Tadeu Jorge, 252

para solicitar essa possibilidade e que este se mostrou perfeitamente favorável, 253

tendo sido a solicitação encaminhada para a reunião Comissão de Vagas Não 254

Docentes (CVND). Informa que a CVND fez alguns questionamentos a respeito 255

das aposentadorias e que esse assunto entrará na pauta de uma das próximas 256

reuniões da CVND. Ou seja, houve uma certa movimentação nesse sentido. O 257

Professor Denis José Schiozer parabeniza o Professor José Wilson 258

Magalhães Bassani pela apresentação e pelas atividades do CEB. Comenta que, 259

de acordo com o que se vê em todos os Planes, é um pouco difícil planejar 5 260

anos quando se tem problemas tão imediatos para serem resolvidos. Acha que 261

o Planes está servindo como uma reflexão desses problemas. Diz não saber se 262

em algum momento poderiam juntar os esforços de todos dos Centros e 263

Núcleos para conseguir alguma ação da Reitoria, porque dá a impressão de que 264

os Centros e Núcleos fazem seus Planejamentos para saber como conseguir 265

resolver os seus problemas sozinhos. O apoio institucional não tem sido 266

aumentado para os Centros e Núcleos que têm mostrado resultados, nem para 267

aqueles que, além disso, têm mostrado que precisam, como é o caso do CEB. Diz 268

que, apesar dos avanços que foram feitos, não vê retorno desses Planejamentos 269

para aquilo que os Centros e Núcleos têm solicitado. O Professor José Wilson 270

10

Magalhães Bassani agradece a observação do Professor Denis Schiozer e 271

comenta que o CEB está se esforçando para aumentar sua captação de recursos 272

orçamentários, mas que isso tem limite, porque no momento que se captam 273

recursos é preciso de pessoal para desenvolverem o projeto. Diz que no caso do 274

CEB a falta de pessoal é algo que começa, inclusive, a frear a busca de recursos 275

extraorçamentários. No Planes do CEB é mencionada a necessidade de recursos 276

extraorçamentários que possibilitem a contratação de pessoal, porque o Centro 277

tem recurso captado do Ministério da Saúde parado há 3 anos na conta da 278

Unicamp, sem mecanismos para sua utilização; o próprio Ministério da Saúde 279

está tentando ajudar a encontrar saídas para poder usar o dinheiro que já está 280

na conta. O Doutor Rovilson Gilioli comenta que foi possível perceber bem a 281

complexidade dos Centros e Núcleos, a particularidade de cada um e que o CEB 282

é um dos Centros e Núcleos que têm um impacto fundamental na Área de 283

Saúde, inclusive na qualidade dos serviços prestados pela Universidade. 284

Acrescenta que o grande problema que vê na Universidade, principalmente nos 285

Centros e Núcleos, não é só a dificuldade na reposição de pessoal, mas a 286

reposição do pessoal capacitado. Mesmo a pessoa sendo qualificada, quando se 287

contrata um Biólogo ou um Físico é preciso de tempo para sua capacitação na 288

área específica de atuação do Centro ou Núcleo e a Universidade não tem um 289

programa visando à essa necessidade. O Doutor Rovilson Gilioli levanta uma 290

série de perguntas: como conseguir repor um profissional com 30 anos de 291

experiência de uma hora para outra? Quando se contrata um Físico, ele está 292

capacitado para atuar numa área com a experiência necessária de que os 293

Centros e Núcleos e as outras Unidades da Universidade precisam? O Doutor 294

Rovilson Gilioli comenta que esse é um problema que tem discutido muito no 295

CEMIB e com a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU). 296

Existem situações em que o contingenciamento é necessário, mas em sua 297

opinião a dificuldade pela que estamos passamos é causada por má gestão 298

administrativa do País e não por falta de recursos; o País tem muito dinheiro e 299

o problema é que o dinheiro é desviado ou mal aplicado e sempre “sobra” no 300

11

final extremo da linha. Considera que seria interessante aumentar os esforços 301

para forçar um pouco esse contato com a Administração Superior da 302

Universidade, principalmente na PRDU, que encaminha as solicitações para a 303

Comissão de Vagas Não Docentes. Comenta que o CEMIB perdeu 4 funcionários 304

este ano, que ele (Rovilson) já faz um ano que pode se aposentar e que a 305

Doutora Delma Pegolo também; são funcionários com 30 anos de Universidade 306

que estão adiando suas aposentadorias, com risco de se prejudicarem com a 307

mudança de Regime jurídico de contratação, para não deixar o “barco afundar”. 308

Acha muito importante que essa situação seja colocada para a Universidade, 309

assim como as do CEB e de outros Centros e Núcleos que captam recursos e que 310

se auto mantêm. Observa que o orçamento disponibilizado pela Universidade 311

ao CEMIB, hoje, não paga a ração que os animais consomem. Reitera que isso 312

tem que ser tratado com uma visão diferenciada, pois, infelizmente, não é 313

possível ignorar a importância do CEB no Sistema de Saúde brasileiro, que 314

exige um esforço e um sacrifício da Universidade no sentido de oferecer uma 315

contrapartida para manter esse quadro funcional. O Professor Jurandir Zullo 316

Junior diz que para encerrar a Revisão do Planes 2016/2020 dos Centros e 317

Núcleos estão faltando os quatro Centros e Núcleos cujas propostas estão na 318

Pauta desta reunião, além de outros dois que ainda não encaminharam as suas. 319

Sugere que no final deste processo de Revisão do Planes seja encaminhada aos 320

órgãos competentes uma síntese constando todas essas demandas colocadas 321

em reunião, porque o resultado dessa revisão será apresentado na COPEI. Diz 322

que aquilo colocado pelo Professor Denis José Schiozer também acontece nas 323

Avaliações Institucionais nas quais, normalmente, são sinalizadas e apontadas 324

as necessidades de pessoal e de estrutura física, sendo que poucas vezes estas 325

foram atendidas. Como função da CAI/CONSU, considera importante o 326

encaminhamento de um documento sintetizando as revisões de todos os 327

Centros e Núcleos, colocando esses pontos mais críticos, tanto para cada Centro 328

e Núcleo como para o Sistema como um todo. Ou seja, caso esta Comissão 329

concorde, a sugestão da Pesquisadora Claudia Pfeiffer, assim como as outras 330

12

colocadas, serão inseridas numa síntese do processo de revisão que será 331

finalizado na próxima reunião da CAI/CONSU. O Professor Jurandir Zullo 332

Junior agradece o Professor José Wilson Magalhães Bassani pela apresentação 333

e ressalta a importância do CEB para a Universidade, principalmente ao se 334

considerar sua experiência de 35 anos de existência. Não havendo outras 335

observações, o Professor Jurandir Zullo Junior coloca em votação a proposta 336

de Revisão do Planejamento Estratégico (Planes) 2016/2020 do Centro de 337

Engenharia Biomédica – CEB, sendo aprovada por unanimidade. 2. Revisão 338

do Planejamento Estratégico (Planes) 2016/2020 do Centro Multidisciplinar 339

para Investigação Biológica na Área da Ciência de Animais de Laboratório – 340

CEMIB. O Professor Jurandir Zullo Junior observa que a proposta de revisão 341

do Planejamento Estratégico do CEMIB está detalhada nas folhas 19 a 35 da 342

Pauta desta reunião e que a mesma foi aprovada pelo Conselho Científico do 343

Centro. O Pesquisador Rovilson Gilioli diz que não fará a apresentação 344

detalhada do CEMIB, pois já fez uma há algum tempo atrás. Fará somente 345

alguns comentários a respeito do Planejamento Estratégico daquele Centro que 346

vêm, em linhas gerais, das dificuldades comuns aos Centros e Núcleos em 347

manter suas atividades frente não só à crise financeira mas, principalmente, à 348

falta do apoio institucional. O Pesquisador Rovilson Gilioli discorre 349

brevemente sobre o CEMIB falando da sua atuação e das parceiras nos projetos 350

de pesquisas, sobre a captação de recursos e sobre a formação de recursos 351

humanos realizada. O Pesquisador Rovilson Gilioli destaca alguns pontos 352

que são comuns aos Centros e Núcleos, tais como a perda de pessoal 353

qualificado. Comenta que o Centro tem 31 anos de existência e conta com uma 354

equipe técnica com experiência entre 25 e 30 anos; é uma equipe coesa que, no 355

entanto, está com seus funcionários se aposentando ou que irão se aposentar 356

no próximo ano, sem que haja uma perspectiva concreta de substituição 357

imediata e à altura da capacitação desses profissionais. Considera esse um 358

ponto crucial para qualquer Unidade e, principalmente, para os Centros e 359

Núcleos. São profissionais que não se encontram no mercado de trabalho 360

13

formados, porque se trata de uma área muito específica, motivo pelo qual 361

dificilmente conseguirá repô-los. Relata que o CEMIB tem 4 vagas resultantes 362

de aposentadorias, demissões e falecimentos há 2 ou 3 anos e que ainda não 363

houve reposição. Diz que existe um limite do que se consegue fazer 364

readequando e reutilizando recursos humanos, mas que chega num ponto que 365

isso fica impossível. Menciona que hoje o CEMIB tem um quadro para os 366

próximos 2 anos de 6 profissionais que vão se aposentar e uma perspectiva de 367

mais 5 profissionais com pedido de aposentadoria especial que podem sair a 368

qualquer momento. Acrescenta que sem essas pessoas qualificadas não há 369

condições nem de aumentar a prestação de serviço e a captação de novos 370

projetos, porque o Centro demanda pessoas para realizar esses projetos. O 371

Pesquisador Rovilson Gilioli considera que essa é uma ameaça bastante 372

séria para a manutenção das atividades dos Centros e Núcleos e que a 373

qualidade dos serviços que os Centros e Núcleos prestam é muito importante. 374

Acredita que de alguma forma deva estabelecer-se uma conversa com a 375

Administração Superior da Universidade sobre a questão da reposição de 376

recursos humanos, para que um esforço extra seja feito e que esses Centros e 377

Núcleos não sejam prejudicados sem a reposição programada em tempo hábil. 378

Diz que tem feito bastante esforço para que o CEMIB consiga manter suas 379

atividades e prestar assistência à pesquisa biomédica com modelo de produção 380

com qualidade mas que isso fica difícil se não houver uma contrapartida. 381

Acrescenta que não está falando em ampliação de quadro de pessoal e sim de 382

reposição de vagas. Isso é muito sério e acha que é preciso tentar reverter essa 383

política de contenção, pelo menos em alguns casos específicos. Em relação à 384

infraestrutura física, diz que, infelizmente, há uma burocracia interna muito 385

grande, fazendo com que os processos demorem muito, de forma que as obras 386

se arrastam durante anos até a sua conclusão. Diz que tem acompanhado a luta 387

do Professor José Wilson Magalhães Bassani para ter uma estrutura que dê 388

suporte à pesquisa e à produção do CEB, o qual, assim como o CEMIB e outros 389

Centros e Núcleos, precisa de uma ampliação do espaço físico. O Pesquisador 390

14

Rovilson Gilioli faz comentários sobre a captação de recursos 391

extraorçamentários, dizendo que o CEMIB tem feito bastante esforço nesse 392

sentido e que existe a possibilidade de ampliação de atividades, já que o CEMIB 393

tem uma área disponível para duplicar a produção de modelos animais. 394

Acrescenta que há uma demanda para isso no País, que não existem Centros 395

produtores de ratos e camundongos (modelos animais) com a qualidade 396

necessária para a produção de pesquisa de qualidade e que o CEMIB tem esse 397

potencial. O Centro tem um projeto no CNPq, a Rede Nacional de Biotérios, com 398

a possibilidade muito grande de receber recursos para expansão das atividades 399

e dos equipamentos para que ele possa entrar num rol de Laboratórios e 400

Centros capazes de suprir a demanda nacional de modelos animais. Acrescenta 401

que membros do CEMIB fazem parte dessa Rede e que recursos do próprio 402

CEMIB estão sendo investidos na ampliação e modernização da infraestrutura 403

do Centro. Mas isso tem um limite e a velocidade com que isso precisa ser 404

realizado está muito além do apoio Institucional recebido. Diz que sempre teve 405

o apoio da COCEN, inclusive das gestões passadas e da Reitoria, mas sente que 406

ainda não é o suficiente. O Pesquisador Rovilson Gilioli comenta que a 407

próxima gestão do CEMIB tem como uma de suas metas buscar parcerias em 408

empresas privadas para suprir essa necessidade de investimento e dar um 409

retorno, não só para a Universidade, mas em nível de País. Diz que uma 410

alternativa encontrada pelo CEMIB foi a contratação de recursos humanos via 411

FUNCAMP e que os recursos financeiros captados hoje pelo Centro entram mais 412

via FUNCAMP do que através da verba orçamentária. Porém, há um problema 413

sério na captação de recursos internos. Nessa prestação de serviço, a 414

transferência de recursos para o pesquisador e usuário depende dos recursos 415

que ele obtém de projetos de pesquisas de Agências de Fomento. Isso é um 416

problema sério para os Centros e Núcleos que dependem da prestação de 417

serviços, como o Professor José Wilson Magalhães Bassani colocou. Comenta 418

que, no caso do CEMIB, que presta essa assistência interna na área de pesquisa 419

biomédica, se o pesquisador não tem os recursos para fornecer em “tempo 420

15

real”, há uma falsa ilusão de orçamento. Ou seja, o CEMIB capta recursos, mas 421

estes não entram em “tempo real” para suprir as necessidades do Centro. O 422

Pesquisador Rovilson Gilioli diz que poderia colocar toda a produção do 423

Centro hoje à disposição externa e que, com isso, captaria 3 vezes mais 424

recursos que atualmente, mas para isso teria que deixar de atender à 425

comunidade interna, que é a missão preferencial do Centro. O Pesquisador 426

Rovilson observa que alguns projetos que constam no Planejamento 427

Estratégico do CEMIB já foram até executados ou estão em fase de execução e 428

que uma das metas é a criação de um Centro de Referência de Criopreservação 429

de Germoplasmas de Ratos e Camundongos para que não se perca essa 430

diversidade genética existente, não só na Universidade, mas no País. Acrescenta 431

que para a criação do Centro de Referência foram utilizados recursos do 432

próprio CEMIB. Comenta que o Centro recebeu um apoio de 360 mil reais da 433

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) para 434

reforçar os equipamentos do Laboratório. O CEMIB tem trabalhado na 435

formação de recursos humanos no Instituto de Pesos e Medidas do Estado de 436

São Paulo (IPEM) e no Instituto Butantan, assim como em outros Centros, tais 437

como a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), a Universidade de São Paulo (USP) 438

e o Instituto Pasteur Montevideo (Uruguai). Acrescenta que o CEMIB tem uma 439

solicitação do Laboratório Nacional de Biotecnologia - Laboratório Nacional de 440

Biociências (LNBIO) para preservar as linhagens que eles já produzem e que, 441

então, está conseguindo investir nessa direção. Diz que o CEMIB está 442

conseguindo ampliar e reformar a sua área física com os próprios recursos 443

numa velocidade lenta e não ideal, mas com esse avanço. Comenta que aqueles 444

“gargalos” comuns nos Centros e Núcleos também são comuns ao CEMIB e que 445

isso está bem explicitado na proposta apresentada de Revisão do Planes do 446

Centro, assim como também as ações para tentar superar essas dificuldades. O 447

Pesquisador Rovilson Gilioli agradece pelos 6 anos de convívio e 448

aprendizado na CAI/CONSU, agradece o empenho de todo o pessoal da COCEN 449

pela amizade e pelo apoio que sempre é dado. O Pesquisador Rovilson Gilioli 450

16

informa que o Doutor Luiz Augusto Correa Passos será o novo Diretor do 451

CEMIB e que está certo de que fará um bom papel diante da administração do 452

Centro. Comenta que, provavelmente, ainda ficará como Diretor Associado e 453

reitera seu agradecimento pelo convívio com todos na CAI/CONSU. O 454

Professor Jurandir Zullo Junior também agradece ao Pesquisador Rovilson 455

Gilioli por todo o trabalho e a participação na CAI/CONSU. O Professor José 456

Wilson Magalhães Bassani expõe que não consegue falar do CEMIB sem se 457

lembrar das visitas que já fez a Centros semelhantes nos EUA e na Europa. Diz 458

que nos EUA, ele e a Pesquisadora Rosana Almada Bassani eram os dois únicos 459

membros do Departamento que tinham autorização para entrar no Biotério, 460

uma parte importante do Centro de lá, e que adquiriram essa autorização 461

graças aos anos de convivência com o CEMIB. Diz que é um orgulho enorme ter 462

um Centro como o CEMIB na Universidade e que, às vezes, as pessoas 463

desconhecem essa importância, até por problemas de uma divulgação 464

adequada das atividades do Centro. Tem a impressão que quem utiliza os 465

serviços do CEMIB não tem noção absolutamente clara do quanto ele é 466

importante e o que seria viver sem esse Centro. O Professor José Wilson 467

Magalhães Bassani diz que isso fica muito claro quando se conversa em níveis 468

diferentes dentro da Universidade, pois nas discussões em diversos níveis é 469

possível detectar que esse conhecimento do Centro não é como deveria ser. Diz 470

que o CEMIB é muito diferente e muito superior à média em relação a qualquer 471

outro lugar da América Latina, ou inclusive a outros países, no que diz respeito 472

ao conhecimento em produção e suprimento de modelos animais para 473

pesquisas, deixando de lado as grandes empresas especializadas que levantam 474

milhões de dólares com essa função. Repete que é uma sorte enorme ter um 475

Centro como o CEMIB na Unicamp. Considera que alguns Centros e Núcleos têm 476

que ser tratados como exceção em alguns pontos; todos têm necessidades, mas 477

que é preciso detectar algumas questões estratégicas na Universidade. O 478

Professor José Wilson Magalhães Bassani agradece o Pesquisador Rovilson 479

Gilioli dizendo que o mesmo fez um trabalho excelente, não apenas porque foi 480

17

diretor do CEMIB por vários anos, mas pela sua existência dentro do CEMIB, 481

fazendo de serviços operacionais até pesquisas de alto nível. Aproveita para 482

desejar boa sorte ao Doutor Luiz Augusto Correa Passos; diz que o conhece 483

bem e que tem certeza de que vai conduzir bem o CEMIB. Considera que o 484

Centro tem sorte de ter mais um diretor daqueles que batalham e que têm 485

muita competência na área. O Professor Jurandir Zullo Junior comenta que 486

essa questão de parceria com as empresas realmente é importante e que por 487

estar acompanhando todas as discussões de orçamentos e restrições na 488

Universidade considera que, independentemente da área, todos os Centros e 489

Núcleos terão que ampliar as parcerias com empresas e que a Unicamp tem que 490

criar condições para que isso seja efetivado. Pois, se depender das agências 491

oficiais e do orçamento da Universidade, será cada vez mais difícil o 492

desenvolvimento das atividades. O Pesquisador Rovilson Gilioli considera 493

que os Centros e Núcleos têm esse potencial gerador de produtos e que essa 494

possibilidade é real. Diz que é preciso que a Universidade tenha uma visão de 495

futuro que enxergue isso e que seja capaz de estimular e apoiar essa parte. 496

Comenta que é muito importante o que o Professor José Wilson Magalhães 497

Bassani colocou, no sentido de que existem exceções dentro do Sistema de 498

Centros e Núcleos que precisam ser enxergadas, sem que isso seja interpretado 499

como um privilégio; afirma que os Centros e Núcleos desempenham um papel 500

importante dentro da Universidade, sendo um modelo implementado de 501

sucesso que outros lugares têm adotado. O Pesquisador Rovilson Gilioli 502

menciona que planeja trabalhar junto com as Unidades da Unicamp para 503

divulgar o CEMIB, uma vez que o Centro é mais reconhecido fora do País do que 504

dentro da Universidade. Diz que existe a ideia de buscar uma gestão mais 505

profissional e privatizada do CEMIB, porque depender de recursos financeiros 506

de agências de fomento neste período, e da própria Universidade, ficará cada 507

vez mais difícil. Existe algo já alinhado para poder manter a estrutura das 508

atividades do Centro e, felizmente, o CEMIB tem uma equipe ímpar, muito 509

coesa, difícil de ser montada por tanto tempo. O Professor Jurandir Zullo 510

18

Junior diz se lembrar de que uma vez o Presidente da Coordenação de 511

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), quando criticavam a 512

CAPES, ele dizia: “CAPES somos nós”. Considera que a Universidade também, 513

porque as pessoas acabam-na associando muito apenas à Administração 514

Central. É preciso realizar um esforço no sentido de conversar com os colegas e 515

com os pares; a CAI/CONSU tem essa função de exatamente transferir toda a 516

discussão de forma que chegue às Câmaras e ao CONSU. Diz saber de todo o 517

zelo que as pessoas têm por questões relativas ao orçamento e às regras 518

administrativas, mas acha que esse “corpo-a-corpo” também é importante. Na 519

CAI/CONSU existem as representações e nas outras instâncias também, e que é 520

preciso estar sempre conversando para que, gradativamente, se consiga 521

resolver esses desafios. Não havendo outras observações, o Professor 522

Jurandir Zullo Junior coloca em votação a proposta de Revisão do 523

Planejamento Estratégico (Planes) 2016/2020 do Centro Multidisciplinar para 524

Investigação Biológica na Área da Ciência de Animais de Laboratório - CEMIB, 525

sendo aprovada por unanimidade. O Professor Jurandir Zullo Junior passa 526

a presidência desta reunião para o Professor José Wilson Magalhães Bassani. 527

3. Revisão do Planejamento Estratégico (Planes) 2016/2020 do Centro de 528

Estudos de Petróleo – CEPETRO. O Professor José Wilson Magalhães 529

Bassani observa que a proposta de revisão do Planejamento Estratégico do 530

CEPETRO está detalhada nas folhas 36 a 50 da Pauta desta reunião e que a 531

mesma foi aprovada pelo Conselho Científico do Centro. O Professor Denis 532

José Schiozer inicia fazendo uma breve apresentação do CEPETRO, 533

comentando a Visão de Futuro do Centro, discorrendo sobre seu histórico e 534

mencionando que em 2017 o CEPETRO completará 30 anos de existência. Fala 535

sobre as parcerias, sobre a expansão das áreas de projetos, sobre a estrutura 536

física e sobre a mudança para uma sede própria que possibilitou o crescimento 537

dos projetos. Comenta que o Centro passou pelos mesmos problemas que o 538

Professor José Wilson Magalhães Bassani comentou em relação ao CEB, com a 539

demora da entrega do prédio, mas que, de certa forma, o esforço tem 540

19

compensado, pois hoje tem quase 5 mil metros de laboratórios, o que 541

possibilitou uma ampliação significativa na pesquisa na área realizada na 542

Unicamp. O Professor Denis José Schiozer mostra um Gráfico sobre apoio 543

financeiro recebido empresas entre 2000 e 2016 (Repsol, Statoil, BG, ANP e 544

Petrobrás). O Professor Denis José Schiozer comenta que a infraestrutura do 545

CEPETRO conta com 35 laboratórios, 24 laboratórios associados, recursos 546

internos e externos e parcerias. Apresenta como são administrados os recursos 547

e as parcerias. O Professor Denis José Schiozer ressalta os pontos fortes e 548

fracos do CEPETRO. Como pontos fortes, fala sobre o histórico de contribuição 549

financeira do Centro para a Universidade e diz que tem tentado mantê-la. Diz 550

que o valor é grande, em torno de 20 milhões de reais por ano, e que não são 551

recursos fáceis de serem alcançados, principalmente agora com a redução de 552

dinheiro investido em pesquisa de petróleo, inclusive pelas dificuldades atuais 553

da Petrobrás. O Professor Denis José Schiozer discorre sobre a Lei de 554

Incentivo, dizendo que essa Lei está sendo mantida, mas já que foi ameaçada 555

várias vezes. Explica, para quem não conhece, que a Lei do Petróleo 556

desenvolveu uma atividade, os royalties, e que parte deles vão para pesquisa, 557

através do CNPq; os recursos não utilizados vão para o Governo, como 558

contingenciamento. Mas há uma parte na qual a empresa ainda é obrigada a 559

investir em pesquisa diretamente e essa é uma parte da participação dos lucros 560

dos grandes campos de petróleo. Agora com a perspectiva da exploração do 561

pré-sal e com esses campos muito grandes, isso deverá ser mantido. Refere-se 562

também aos desafios tecnológicos da exploração do pré-sal, aos laboratórios 563

desenvolvidos e equipados e à qualidade do corpo técnico. Diz que é preciso 564

ter pessoas para usarem os laboratórios e os equipamentos e que a 565

manutenção desses laboratórios não é barata. É preciso desenvolver projetos 566

de pesquisas que não façam só pesquisas de ponta, mas que consigam manter 567

os laboratórios num nível mínimo de atuação. Sobre os pontos fracos, o 568

Professor Denis Schiozer faz comentários em relação à burocracia 569

decorrente da Lei de Incentivo à Pesquisa e das regras da Agência Nacional do 570

20

Petróleo (ANP) e da Petrobrás; as regras mudam o tempo todo e a prestação de 571

contas é muito complexa. Comenta que 80% dos recursos do CEPETRO hoje 572

estão vindo através de projetos de 6 ou 7 executores; são professores, a maioria 573

dos quais vão se aposentar nos próximos anos sem que haja reposição de 574

vagas, problema aliás que afeta não só os professores, mas também os técnicos. 575

Existem outros problemas, que são os mesmos já relatados pelos outros 576

Centros e Núcleos. O Professor Denis José Schiozer diz que o Planes do 577

CEPETRO foi elaborado de forma a estar vinculado ao Planes da Unicamp e que 578

foram colocados os desafios nas áreas de Gestão e alguns desafios nas áreas de 579

Pesquisa. Na de Gestão o principal desafio é, basicamente, conseguir repor esse 580

corpo técnico mínimo e tentar repor pelo menos esses professores; isso deve 581

ser feito em parceria com as Unidades, que também não conseguem repor os 582

professores que são os coordenadores dos projetos. Em termos de Pesquisa, há 583

um grande problema devido a que muitos dos professores que atuam no 584

CEPETRO como principais executores de projetos estão ligados aos cursos de 585

Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Petróleo e que esse curso, como 586

todos os outros multidisciplinares, têm extremas dificuldades de avaliação. A 587

CAPES não entende muito bem o que são esses cursos multidisciplinares e por 588

que é preciso fazer parceria com professores de outras áreas, o que acaba 589

penalizando a avaliação de cursos multidisciplinares que envolvem 5 ou 6 590

áreas diferentes. O CEPETRO acaba participando um pouco desse problema, 591

pois grande parte dos alunos de doutorado e de mestrado participam dos 592

projetos do Centro, muitos deles sendo responsáveis, às vezes, por muitos 593

projetos e fazendo parte do curso de Pós-Graduação. O Professor Denis 594

Schiozer observa que essa parceria com a Pós-Graduação também está 595

relacionada com o Ensino. São colocados alguns desafios na área de Extensão 596

com alguns projetos que o CEPETRO tem tentado fazer. Houve várias demandas 597

de cursos e foi realizado todo o treinamento da Agência Nacional de Petróleo 598

aqui na Unicamp, já foram contratados técnicos que não tinham conhecimento 599

de petróleo. O CEPETRO teve que realizar esses cursos sempre em parceria 600

21

com alguma Unidade porque não tem autonomia para oferecer cursos de 601

extensão, problema que enfrentam todos os Centros e Núcleos 602

Interdisciplinares de Pesquisa da Unicamp. O CEPETRO tem toda a capacidade 603

para oferecer esses cursos, mas não pode fazê-lo, o que acaba criando uma 604

complicação muito grande. Tem um potencial muito grande de conhecimento 605

para gerar laboratórios e acaba não conseguindo deixar cursos estruturados e 606

montados porque sempre acaba dependendo de parcerias. O Professor Denis 607

José Schiozer conclui dizendo que, embora existam outros pontos relevantes 608

a respeito do Centro, ele apresentou os que considera principais. Diz que 609

procurou colocar no Planes principalmente essas questões que são comuns a 610

todos, ou seja, a necessidade de reposição mínima de pessoal para que se 611

consiga dar continuidade às atividades do Centro. Para ele não se trata 612

estritamente de um Planejamento Estratégico, preocupado na extensão futura 613

das atividades, mas apenas de colocações para que se possa manter um mínimo 614

de atividades internas e manter, assim, o nível da produção. Diz que se tem em 615

relação ao CEPETRO a mesma visão que existe em relação a outros Centros, 616

como o CEMIB, como mencionado, ao ser mais reconhecido externamente do 617

que internamente na Universidade. Inclusive, quando o Planes foi discutido no 618

Conselho Científico do Centro e foi colocada como Visão de Futuro o CEPETRO 619

ser um Centro líder nacional e internacional, um dos conselheiros externos 620

perguntou por que isso foi colocado, uma vez que o CEPETRO já é líder nacional 621

e internacional, dizendo que era preciso colocar algo que vá além disso. O 622

CEPETRO acaba tendo uma visão e uma receptividade melhor externa do que 623

interna à Unicamp, percepção que precisamos mudar em relação todos os 624

Centros e Núcleos. O Professor José Wilson Magalhães Bassani comenta que 625

o CEPETRO é um exemplo fantástico em sua área de atuação e que no ponto de 626

vista de gestão, a captação de recursos é espantosa e com efetividade na 627

perspectiva de pesquisa envolvendo várias Unidades. Acha que as questões 628

foram muito bem colocadas e mostra um problema comum aos Centros e 629

Núcleos. O Professor José Wilson Magalhães Bassani pergunta sobre a 630

22

captação de recurso extraorçamentário e o que isso representa para 631

Universidade. O Professor Denis José Schiozer responde que realmente é 632

uma quantia substancial, sendo o CEPETRO o principal arrecadador de taxas da 633

Unicamp, considerando-se todos os Institutos, as Faculdades, os Centros e os 634

Núcleos. Tanto que, em 2015, quando houve uma baixa na arrecadação a 635

situação ficou muito crítica para a Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), porque os 636

recursos do Fundo de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (FAEPEX), que 637

dependem justamente dos ingressos extraorçamentários percebidos através 638

dos projetos e convênios, caíram bastante. Esclarece que em 2015 houve uma 639

redução muito grande de projetos por causa justamente da discussão da 640

cobrança de taxas nos projetos; a Agência Nacional de Petróleo considera que 641

essa é uma contrapartida da Universidade. Houve uma discussão que demorou 642

1 ano e meio até que o problema foi resolvido para 2016. Mas realmente houve 643

uma baixa muito grande do FAEPEX por conta dessa redução de projetos do 644

CEPETRO. O Professor José Wilson Magalhães Bassani agradece a 645

apresentação e a condução do trabalho realizado pelo Professor Denis Schiozer. 646

Não havendo outras observações, o Professor José Wilson Magalhães 647

Bassani coloca em votação a proposta de Revisão do Revisão do Planejamento 648

Estratégico (Planes) 2016/2020 do Centro de Estudos de Petróleo - CEPETRO, 649

sendo aprovada por unanimidade. 4. Revisão do Planejamento Estratégico 650

(Planes) 2016/2020 do Núcleo de Estudos de População - NEPO. O Professor 651

José Wilson Magalhães Bassani observa que a proposta de revisão do 652

Planejamento Estratégico do NEPO está detalhada nas folhas 51 a 76 da Pauta 653

desta reunião e que a mesma foi aprovada pelo Conselho Superior do Núcleo. A 654

Pesquisadora Marta Maria do Amaral Azevedo inicia com uma 655

apresentação institucional do NEPO junto com o PLANES. Diz que, desde o 656

início desta reunião, fala-se da necessidade de se manter o staff, frente aos 657

problemas decorrentes da questão das aposentadorias. Explica que o NEPO é 658

um Núcleo de Estudos de Demografia e que um dos temas que vem trabalhando 659

nos últimos anos é precisamente a questão do envelhecimento da população. O 660

23

NEPO foi criado em 1982 e também faz parte desde o início do Sistema COCEN. 661

A Pesquisadora Marta Maria do Amaral Azevedo diz que, durante a 662

elaboração do Planes 2016-2020, uma das questões que todo o corpo de 663

pesquisadores do NEPO fez foi revisar a missão do Núcleo e depois as 664

diferentes linhas de pesquisa. A Pesquisadora Marta Maria do Amaral 665

Azevedo menciona a estrutura da equipe, os objetivos do NEPO e as áreas em 666

que trabalha. Diz que conta com um staff de pesquisadores, pesquisadores 667

docentes, pesquisadores Pq, pesquisadores externos, pós-doutorandos, 668

bolsistas e pessoal de apoio técnico-administrativo. Sobre os alunos de Pós-669

Graduação, diz que o NEPO colabora com Programa de Pós-Graduação em 670

Demografia do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) e que essa 671

colaboração se dá através da participação dos Pesquisadores Pq como docentes 672

do Programa, ministrando cursos e orientando alunos de mestrado e 673

doutorado. Esclarece que uma das questões muito discutidas neste Planes foi 674

exatamente a de ampliar essa colaboração com a Pós-Graduação, no sentido de 675

trazer os alunos cada vez mais para as pesquisas que o NEPO desenvolve; é 676

algo que já acontece, mas que se pretende ampliar e internacionalizar mais. A 677

Pesquisadora Marta Maria do Amaral Azevedo diz que, nas áreas 678

estratégicas do Planes, a primeira questão colocada foi ampliar as Linhas de 679

Pesquisa que foram criadas desde o início da criação da NEPO, com base em 680

questões primordiais, estratégicas e fundamentais para pesquisa na área de 681

estudo de população e de demografia no Brasil. O NEPO cria e recria essas 682

linhas de pesquisa a partir de discussões de temas relacionados a problemas 683

que acontecem na sociedade, como, entre outros: população e meio-ambiente; 684

população e desastres naturais; a Zika e a Dengue. Atualmente, acrescentou-se 685

uma linha temática que é População e Políticas Sociais, uma Linha que o Núcleo 686

já tinha, mas com outro enfoque. Esta Linha foi recriada com a contratação de 687

uma nova pesquisadora e com a participação de pesquisadores que já vêm 688

trabalhando no Núcleo. A Pesquisadora Marta Maria do Amaral Azevedo 689

discorre detalhadamente sobre as demais linhas de pesquisa do Núcleo que 690

24

são: Família, Gênero e População; População e Ambiente; Demografia e Etnias; 691

Demografia Histórica; Demografia e Políticas Sociais; Redistribuição Espacial 692

da População; Saúde Reprodutiva a Sexualidade; diz, também, quais são os 693

pesquisadores vinculados a cada linha. Menciona que tem feito parceiras com 694

diversas instituições de outros países e que, nesse momento, há 2 695

pesquisadores e 1 aluno de pós-graduação que estão na China para dar 696

continuidade a uma parceria que começou no primeiro semestre de 2016 com 697

alguns professores e pesquisadores chineses que desenvolveram um pacote de 698

projeção populacional a partir de família, grupo domiciliar. Nesse sentido, diz 699

que é bastante importante pensar no envelhecimento da população, nas 700

mudanças demográficas no Brasil, no que está acontecendo com a população 701

no país, em grandes centros, e em qual é a possibilidade de produzir 702

informação especializada sobre tudo isso. O Núcleo pretende ampliar essa linha 703

de pesquisa para outros países e acha que por isso a China foi uma iniciativa 704

interessante e uma oportunidade muito boa. O NEPO tem a tradição de 705

parcerias com outros países na América Latina e com os Estados Unidos. Nos 706

últimos anos iniciou-se uma parceria com a Associação Europeia de Estudos 707

Populacionais, que também tem projeção populacional em estudos de 708

imigração, e, agora, iniciou-se a referida parceria com a China. A Pesquisadora 709

Marta Maria do Amaral Azevedo diz que a linha de pesquisa População e 710

Ambiente começou no NEPO com uma agenda muito relegada pelos estudos 711

ambientais, que era a de meio-ambiente em área urbana. Meio-ambiente em 712

Área Urbana era um tema não muito focado, parecia que o meio-ambiente só 713

existia na Amazônia ou na Mata Atlântica e na área rural, enfim, onde não havia 714

população. Então o NEPO começou a desenvolver essa linha de pesquisa a 715

partir desse tema específico em regiões urbanas e que agora tem atuado mais 716

em pesquisas com relação à água. Menciona que em relação à questão da crise 717

hídrica em Campinas, o NEPO tem participado no sentido de especializar as 718

informações e tem investido na produção de novas informações pelos órgãos 719

de produção estatística, não só referentes à disponibilização da água, mas 720

25

também à qualidade da água para determinadas populações. Tem trabalhado 721

também com os desastres naturais e seus impactos na demografia. Relata que 722

Demografia e Etnias foi uma linha de pesquisa criada no final dos anos 90, que 723

teve início com o trabalho de Estudo de População Negra e que o NEPO foi 724

pioneiro em demonstrar que os indicadores de qualidade de vida e os 725

indicadores de saúde da população negra no Brasil são piores do que aquelas 726

pessoas que se autodeclaram não-negras, brancas ou amarelas. 727

Posteriormente, uma área de pesquisa nessa mesma linha sobre a demografia 728

dos povos indígenas no Brasil foi criada, tendo também representado uma área 729

pioneira; o NEPO é o único Núcleo que tem esses estudos no Brasil, além de 730

outros países na América Latina. O Núcleo faz parte de grupos internacionais 731

sobre reflexão de demografia de etnias e tem trabalhado bastante com a 732

Associação Latino-americana de Estudos de População. Diz que a Demografia 733

Histórica é uma linha de pesquisa antiga, originada junto com a criação do 734

NEPO. e o que é muito novo nessa linha de pesquisa é a disponibilização de 735

bancos de dados históricos e demográficos. Além das pesquisas desenvolvidas 736

nessa linha temática, foi colocada também como área estratégica no Planes 737

para 2020 a necessidade de ampliar essa disponibilização de banco de dados, 738

ou seja, o NEPO ser um Núcleo de referência de disponibilização de 739

informações populacionais também na área de Demografia Histórica. A ideia é 740

sistematizar todas as informações, criar um sistema de dados e depois 741

disponibilizar na página eletrônica do Núcleo. Diz que a área de Demografia e 742

Políticas Sociais é uma área recém-criada que consta, também, como sendo 743

uma área estratégica para o NEPO; é preciso monitorar, avaliar e pensar em 744

políticas públicas para populações vulneráveis ou espaços em determinadas 745

regiões no nosso país. Foi falado bastante também sobre as parcerias 746

necessárias para que os Centros e Núcleos possam oferecer cursos de extensão 747

e que, nesse sentido, o NEPO vem trabalhando com cursos de formação há 748

muitos anos. O primeiro deles trabalhou a questão da saúde reprodutiva, 749

depois foi trabalhada metodologia de pesquisa, mas como o Núcleo não pode 750

26

oferecer cursos, isso sempre foi feito em parceria alguma Unidade de Ensino e 751

com outras instituições. Os últimos cursos foram ministrados este ano de 2016, 752

em parceria com a FCA de Limeira; na linha de Políticas Sociais e Cidades está 753

sendo organizado um curso voltado para as questões de urbanização e as 754

políticas sociais, tendo como público alvo os gestores. Neste ano, participaram 755

gestores públicos do Brasil e tiveram o apoio do Fundo de População das 756

Nações Unidas (UNFPA), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) 757

específico para questões de população. Então, foi colocada no Planes a 758

necessidade de ampliar essas parcerias para que se possa melhorar ou 759

conseguir dar vazão, divulgar e conseguir atuar mais nessa área de Ensino 760

sobre as Políticas Públicas. A Pesquisadora Marta Amaral diz que na área 761

Redistribuição Espacial da População não se trabalha só a migração interna e a 762

redistribuição da população mas, também, toda a questão da região 763

metropolitana de Campinas, de Santos e de outras áreas metropolitanas do 764

Brasil, além de pesquisas de campo na Amazônia. Por exemplo, tem sido feito 765

um acompanhamento num segmento de Pesquisa de Migração Interna em 766

direção da Amazônia na região do Norte do Estado de Mato Grosso. As 767

parcerias internacionais vêm fazendo com que os alunos que estão naquele 768

momento na Pós-Graduação, junto com os Pesquisadores, vão para essa região 769

e façam uma espécie de acompanhamento do que está acontecendo com a 770

população nessa região. Além disso, também foi colocada no Planes a 771

necessidade de se ampliar as pesquisas sobre migração internacional. O NEPO 772

tem trabalhado com a questão dos refugiados de diferentes países e tem um 773

projeto temático já há alguns anos que é o Observatório das Migrações do 774

Estado de São Paulo, pensando nas pessoas que chegam a este Estado, assim 775

também como as que saem. Sobre a área População e Saúde, diz que são todas 776

as pesquisas relacionadas com o envelhecimento populacional e a longevidade; 777

a vulnerabilidade de grupos específicos frente aos riscos com a saúde, os 778

ambientes, as desigualdades sociais e raciais relacionadas à saúde, Zika e 779

Dengue; é uma área grande e com diferentes focos. Diz que Saúde Reprodutiva 780

27

e Sexualidade é uma linha temática tradicional do NEPO, que trabalha as 781

questões da fecundidade, das práticas de anticoncepção e, agora, com as novas 782

práticas reprodutivas, os programas de reprodução assistida, produzindo uma 783

reflexão bastante pioneira que a Europa vem colocando sobre o problema da 784

fecundidade abaixo do nível de reposição. Em relação à população brasileira, a 785

fecundidade da população já está abaixo do nível de reposição, ou seja, tudo o 786

que foi dito sobre a reposição dos staffs dos Centros e Núcleos representa um 787

problema não só por uma questão financeira da Universidade, mas também por 788

uma questão demográfica mais geral. A população no Brasil vai sofrer cada vez 789

mais esse problema e é preciso pensar neste momento em políticas 790

populacionais, em contribuir para produzir conhecimento sobre o problema, 791

inclusive em relação ao seu impacto na produção de conhecimento científico. A 792

Pesquisadora Marta Maria do Amaral Azevedo mostra os projetos de 793

pesquisas em andamento, os eventos, as publicações e os congressos. Discorre 794

sobre programas e seminários, como exemplo, “Tempo de debate”, feito por 795

pesquisadores do Núcleo ou por pesquisadores convidados de outras 796

instituições, sempre a partir de algum tema em que o Núcleo tem trabalhado. A 797

Pesquisadora Marta Maria do Amaral Azevedo menciona que pensa que o 798

NEPO no futuro pode sediar seminários internacionais, isto é, não só participar 799

de seminários fora, mas trazer para o NEPO seminários internacionais. A 800

Pesquisadora Marta Maria do Amaral Azevedo comenta outra questão 801

muito falada do Planes, que é a necessidade de manutenção do staff. Por conta 802

dessa questão da aposentadoria da equipe administrativa foi iniciado um 803

diálogo pensando numa reengenharia de funções dentro do Núcleo. Foi 804

colocada no PLANES a necessidade de melhoria e de fortalecimento da gestão 805

através da informática e do acompanhamento e da avaliação dos projetos. Para 806

poder ampliar, o Núcleo precisa fortalecer todas essas dimensões da pesquisa, 807

continuar a política de abrir vagas nas áreas estratégicas e pensar na gestão 808

administrativa e financeira. Foi colocada na área de gestão a formação 809

continuada desses recursos humanos e uma melhoria da gestão com projetos 810

28

em termos de resultado acadêmico, científico e financeiro; juntar essas duas 811

partes da gestão do Núcleo que, normalmente, estão um pouco distantes uma 812

das outras. E, por último, a produção e divulgação do conhecimento científico: é 813

preciso ampliar o impacto, através da publicação em revistas internacionais e 814

da divulgação no site do Núcleo O Professor José Wilson Magalhães Bassani 815

comenta que é bastante interessante ver as apresentações, pois é difícil 816

enxergar a abrangência dos temas e vemos o trabalho do NEPO com temas 817

extremamente relevantes, abrangentes e atuais; a geração do conhecimento 818

disponível nos bancos de dados e os mapas que são fundamentais, como no 819

caso da Dengue. O Professor José Wilson Magalhães Bassani parabeniza a 820

todos. A Pesquisadora Carolina Rodríguez diz que, a partir do que o 821

Professor José Wilson Magalhães Bassani colocou e com as apresentações que 822

acabaram de ser feitas, que permitem ver a complexidade dos projetos, gostaria 823

de lembrar e de registrar o desgosto que, pessoalmente, sentiu com o modo 824

como o Processo de Revisão da Certificação dos Centros e Núcleos foi 825

conduzido pela PRDU, em particular com classificação dos Centros e Núcleos 826

para fins de gestão administrativa e de atribuição de recursos. Esclarece que 827

isso foi manifestado de maneira direta na época, mas que queria deixar 828

registrado aqui na CAI/CONSU o que considera um grande equívoco em relação 829

aos critérios para avaliar a complexidade das atividades dos Centros e Núcleos, 830

definida pela PRDU a partir dos seguintes critérios: tamanho dos quadros, 831

número de áreas/linhas de pesquisa, volume de recursos orçamentários e 832

extraorçamentários e “existência de laboratórios de pesquisa experimental com 833

equipamentos de grande porte e de operação complexa”. Considera absurdo , ainda 834

mais numa gestão da Universidade que se propôs como promotora de uma 835

“Universidade de Todos os Saberes”, que a visão de complexidade das 836

atividades de pesquisa esteja ancorada em critérios quantitativos de tamanho e 837

na natureza das atividades características das ciências experimentais naturais e 838

tecnológicas (se é que, mesmo nessas ciências, esse critério faz sentido, algo de 839

que ela duvida); para a Pesquisadora, tal visão, em todo caso, é totalmente 840

29

ignorante da complexidade da gestão administrativa de projetos de outra 841

natureza, nas áreas de humanidades, que trabalham com temas tais como 842

tráfico humano nas fronteiras, para citar apenas um exemplo, complexidade 843

que muitas vezes é muito maior quanto menor é a equipe, e que não passa pela 844

“existência de equipamentos de pesquisa experimental”, nem muito menos de 845

seu tamanho. Comenta que assistir a uma apresentação como esta permite 846

compreender a complexidade dos temas e da gestão que esses projetos podem 847

representar. Repete o termo “ignorante” num sentido bem direto, de 848

desconhecimento, com que foi tratada a classificação dos Centros e Núcleos. Diz 849

que ela, pessoalmente, como pesquisadora da área de humanidades, é 850

totalmente ignorante do que seja a gestão de pesquisas biomédicas como as 851

que Professor José Wilson Magalhães Bassani apresentou, que têm um tipo de 852

complexidade específica, mas que justamente por isso não procuraria impor 853

critérios que têm a ver com a complexidade das áreas que desconhece. Acha 854

que essa é uma questão que se materializou na Certificação, mas que é uma 855

questão muito mais ampla relacionada ao desconhecimento que existe em 856

alguns especialistas das áreas exatas, tecnológicas e experimentais frente às 857

áreas de Humanidades (tanto das ciências humanas, como das artes e da 858

filosofia), que acaba infelizmente prevalecendo e norteando o rumo das 859

pesquisas (temas, recursos, etc.), o que tem consequências políticas 860

indesejáveis em relação à reflexão sobre o tipo de sociedade que estamos 861

produzindo; se essa visão que considera “míope” é geral, a Pesquisadora 862

Carolina Rodríguez diz lamentar que ela tenha guiado a política interna na 863

Universidade e ficado impressa na referida reorganização dos Centros e 864

Núcleos. O Pesquisador Rovilson Gilioli diz que se solidariza com posição da 865

Pesquisadora Carolina Rodríguez. Diz que a pesquisa nas áreas de 866

humanidades é também pesquisa experimental, mesmo que não seja feita 867

dentro de um laboratório, mas em pesquisa de campo, algo muito mais 868

complexo de ser gerenciado do que administrar um equipamento e “apertar o 869

botão”. Dessa forma, mostra a complexidade e a dificuldade de enxergar a 870

30

riqueza dessa diversidade e o sucesso da implantação dos Centros e Núcleos 871

dentro da Universidade. Diz que essa ideia de que Centros e Núcleos querem 872

competir com as Unidades de Ensino e Pesquisa, que às vezes circula na 873

Universidade, é completamente absurda e percebe isso na falta de visão em 874

relação aos Centros e Núcleos da própria casa. Comenta que no processo de 875

Certificação o CEMIB foi um dos últimos Centros a serem avaliados e que 876

brigou muito com a PRDU (Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário) 877

justamente por isso. Diz que não é possível fazer Avaliação baseada num 878

critério único, que os Centros e Núcleos Interdisciplinares são muito complexos 879

e que, infelizmente, no processo de Certificação essa complexidade foi 880

achatada, que o processo não foi conduzido como devia ter sido conduzido e 881

que essa classificação dos Centros e Núcleos pelo tamanho dos quadros foi 882

simplesmente absurda. Com o critério adotado, que prejudicou bastante os 883

Centros e Núcleos, o CEMIB também foi muito prejudicado e brigou até o 884

último momento. Considera que existe a obrigação de lutar para mostrar a 885

diversidade, a riqueza e a importância dos Centros e Núcleos dentro da 886

Universidade como produtores de ciência, ciência que não se faz só em 887

laboratórios (convencionais), mas ciência que é feita em campo e que é 888

complexa e muito mais difícil de ser gerenciada. A Pesquisadora Carolina 889

Rodríguez diz que concorda plenamente e considera que a questão 890

experimental não se reduz à experimentação nas ciências naturais ou 891

tecnológicas e que a própria ideia do que seja “ciência”, “tecnologia” ou 892

“laboratório” está frequentemente fundamentada numa visão das ciências 893

naturais e “exatas”. Diz que ela trabalha num laboratório de estudos urbanos, 894

onde desenvolvem tecnologias de linguagem, incluídas as tecnologias digitais; 895

esclarece que as tecnologias são aquilo que permitem instrumentar a natureza, 896

transformá-la. Como exemplo, menciona a escrita, a gramática e os dicionários 897

como tecnologias que permitem instrumentar as línguas naturais – e que 898

inclusive são, historicamente, a base para o desenvolvimento da metodologia 899

das ciências naturais (foi a partir da invenção da tecnologia linguística da 900

31

escrita, há 5.000 anos, e das reflexões posteriores sobre o funcionamento da 901

linguagem que se possibilitou o surgimento das ciências, esclarece). Ao retomar 902

a questão da Certificação, diz que, além da referida visão distorcida impressa 903

na classificação dos Centros e Núcleos, houve outros vários problemas na 904

condução do processo. Por exemplo, a PRDU afirmou, como consta nas pautas 905

das reuniões da CAD em que foi discutida a Certificação de 19 dos 21 Centros e 906

Núcleos, que cada um dos pontos das respectivas propostas de revisão surgiu 907

de entendimentos prévios entre a PRDU e os Diretores/Coordenadores; estes, 908

entretanto, assinaram uma manifestação conjunta, de cinco páginas, 909

desmentindo tal afirmação, seja porque em alguns casos os 910

Diretores/Coordenadores desconheciam em absoluto as propostas da PRDU, 911

das quais afirmam ter tomado conhecimento apenas através das pautas da 912

CAD, seja porque, em outros, os Diretores/Coordenadores, afirmam que os 913

pontos das propostas da PRDU divergiam, às vezes totalmente, dos 914

entendimentos prévios entre eles e a Pró-Reitora nas reuniões que haviam sido 915

realizadas. Os Diretores/Coordenadores também manifestaram no referido 916

documento seu unânime desacordo em relação aos critérios do referido 917

escalonamento dos Centros e Núcleos em três categorias, principal 918

discordância em relação às propostas da PRDU; apontaram vários lapsos 919

formais (como documentos de determinados Centros/Núcleos que, em 920

repetidos casos, foram erroneamente anexados em processos de outros) e 921

inconsistências sérias nos dados apresentados nos documentos da PRDU nas 922

tabelas relativas aos investimentos em recursos humanos e orçamentários 923

destinados aos Centros e Núcleos (cuja retificação foi solicitada, embora sem 924

sucesso); além disso, os Diretores/Coordenadores manifestaram-se contrários 925

a outras propostas da PRDU, como por exemplo a modificação do nome dos 926

dirigentes dos Centros e Núcleos, não apenas por discordarem da proposta, 927

mas inclusive porque ela está em desacordo com a legislação vigente na 928

Universidade, aprovada pelo Conselho Universitário. Em relação ao 929

escalonamento dos Centros e Núcleos, o Professor José Wilson Magalhães 930

32

Bassani comenta que todas as vezes que se faz classificação das coisas se pode 931

introduzir inconsistências e indeterminações e que isso não é simples. Não se 932

pode fazer uma classificação e achar que tudo está resolvido porque existe uma 933

classificação. Encontrar as inconsistências e as indeterminações significa, 934

eventualmente, ter que voltar atrás e dizer que isso não foi bom, não foi bem 935

feito, não é assim que faz, que é preciso procurar mais informações para poder 936

reclassificar. Esse trabalho não é simples, insiste. Por isso fica muito feliz de 937

assistir as apresentações, porque elas são claríssimas, mostram com muita 938

facilidade para todos entenderem o que realmente há de importante, onde está 939

o valor do trabalho, demonstrando que não é contando meia dúzia de 940

equipamentos e um valor determinado de recursos que vai se definir a 941

complexidade do que é feito. Diz que é muito bom ver o resultado do trabalho. 942

Não havendo outras observações, o Professor José Wilson Magalhães 943

Bassani coloca em votação a proposta de Revisão do Planejamento Estratégico 944

(Planes) 2016/2020 do Núcleo de Estudos de População - NEPO, sendo 945

aprovada por unanimidade. Nada mais havendo para tratar, o Professor 946

José Wilson Magalhães Bassani encerra a reunião, agradecendo e desejando 947

boa tarde a todos. Para constar, eu Ana Lucia dos Santos Coutinho lavrei a 948

presente Ata que deverá ser aprovada por todos os presentes na reunião. 949