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1 CONSU CONSELHO UNIVERSITÁRIO PROCESSO CONSU Nº 07/2014 RELATÓRIO DE ATIVIDADES E BALANÇO ANUAL UNIJUI 2013 PARECER Nº 02/2014 APROVADO EM 10/04 /2014. I RELATÓRIO 1. Histórico Em 21 de março de 2014, o Reitor da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, prof. Martinho Luis Kelm, encaminhou ao Conselho Universitário, por meio do ofício GRI nº 03/2014, o Relatório de Atividades e Balanço Anual UNIJUÍ exercício 2013. O processo foi protocolado junto a Secretaria dos Conselhos sob o número 07/2014 e encaminhado às Câmaras de Graduação, Administração e Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão para análise e parecer. A Professora Cátia Maria Nehring, presidente da Câmara de Graduação, designou a Conselheira Anagilda Bacarin Gobo como Relatora do processo, com destaque para as questões atinentes ao ensino de graduação. A Câmara de Graduação reunida no dia 1º de abril de 2014 e emitiu seu parecer, com base na análise e considerações da Conselheira Relatora. Em 3 de abril de 2013, a Câmara de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão reuniu-se para analisar as questões referentes a pós-graduação, pesquisa e extensão e emitir seu parecer. O professor Laerde Sady Gehrke, na qualidade de Vice-Reitor de Administração da UNIJUÍ, e Presidente da referida Câmara, designou o Conselheiro Julio Cezar Oliveira Bolacell como relator do processo. A Câmara de Administração reunida em 03 de abril de 2014 analisou o processo e emitiu seu parecer, com base na análise e considerações do Conselheiro Relator. O Conselho Universitário, reunido em 10 de abril de 2014, analisou o processo e deliberou sobre o tema. 2. Análise das Câmaras 2.1. Análise da Câmara de Graduação A análise da Câmara de Graduação refere-se ao registro e síntese das principais “Ações de qualificação dos Programas de Graduação” desenvolvidas pela Vice-Reitoria de Graduação VRG, de acordo com o item B do “Relatório de Atividades e Balanço Anual UNIJUÍ 2013”. Nas ações da graduação, foram consideradas para o ano de 2013, as seguintes diretrizes norteadoras: 1. Programa de Formação Continuada de Docentes UNIJUÍ: Constitui-se de fórum permanente com objetivo de discutir ações para aperfeiçoar a prática docente, viabilizando a reflexão individual e coletiva sobre o seu papel no ensino superior, compreendendo as mudanças de paradigma, buscando a construção de uma nova cultura nos processos de ensinar e aprender, visando a excelência acadêmica”. Em 2013 teve como temática central: Conhecimento profissional na formação/constituição do professor universitário. Foram proporcionados quatro encontros com temas gerais envolvendo todos os docentes, de acordo com as datas e respectivos temas abaixo:

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CONSU – CONSELHO UNIVERSITÁRIO

PROCESSO CONSU Nº 07/2014 – RELATÓRIO DE ATIVIDADES E BALANÇO ANUAL

UNIJUI 2013

PARECER Nº 02/2014 APROVADO EM 10/04 /2014.

I – RELATÓRIO

1. Histórico

Em 21 de março de 2014, o Reitor da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio

Grande do Sul - UNIJUÍ, prof. Martinho Luis Kelm, encaminhou ao Conselho Universitário, por meio

do ofício GRI nº 03/2014, o Relatório de Atividades e Balanço Anual UNIJUÍ – exercício 2013.

O processo foi protocolado junto a Secretaria dos Conselhos sob o número 07/2014 e

encaminhado às Câmaras de Graduação, Administração e Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão para

análise e parecer.

A Professora Cátia Maria Nehring, presidente da Câmara de Graduação, designou a

Conselheira Anagilda Bacarin Gobo como Relatora do processo, com destaque para as questões

atinentes ao ensino de graduação. A Câmara de Graduação reunida no dia 1º de abril de 2014 e emitiu

seu parecer, com base na análise e considerações da Conselheira Relatora.

Em 3 de abril de 2013, a Câmara de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão reuniu-se para

analisar as questões referentes a pós-graduação, pesquisa e extensão e emitir seu parecer.

O professor Laerde Sady Gehrke, na qualidade de Vice-Reitor de Administração da UNIJUÍ, e

Presidente da referida Câmara, designou o Conselheiro Julio Cezar Oliveira Bolacell como relator do

processo. A Câmara de Administração reunida em 03 de abril de 2014 analisou o processo e emitiu

seu parecer, com base na análise e considerações do Conselheiro Relator.

O Conselho Universitário, reunido em 10 de abril de 2014, analisou o processo e deliberou

sobre o tema.

2. Análise das Câmaras

2.1. Análise da Câmara de Graduação

A análise da Câmara de Graduação refere-se ao registro e síntese das principais “Ações de

qualificação dos Programas de Graduação” desenvolvidas pela Vice-Reitoria de Graduação – VRG, de

acordo com o item B do “Relatório de Atividades e Balanço Anual UNIJUÍ 2013”.

Nas ações da graduação, foram consideradas para o ano de 2013, as seguintes diretrizes

norteadoras:

1. Programa de Formação Continuada de Docentes UNIJUÍ:

“Constitui-se de fórum permanente com objetivo de discutir ações para aperfeiçoar a prática

docente, viabilizando a reflexão individual e coletiva sobre o seu papel no ensino superior,

compreendendo as mudanças de paradigma, buscando a construção de uma nova cultura nos

processos de ensinar e aprender, visando a excelência acadêmica”. Em 2013 teve como temática

central: Conhecimento profissional na formação/constituição do professor universitário. Foram

proporcionados quatro encontros com temas gerais envolvendo todos os docentes, de acordo com as

datas e respectivos temas abaixo:

2

18/02/2013 - Evento volta às aulas;

04/04/2013 - Conhecimento profissional na formação/constituição do professor

universitário;

09/05/2013 - A sala de aula da graduação: aprendizagem baseada em problemas

articulando ensino, pesquisa e extensão;

10/07/2013 - O SINAES e suas implicações no projeto de universidade – aspectos da

avaliação e regulação.

Com relação à adesão ao Programa em 2013, considerando o número total de 362 professores

12,67% participaram dos quatro eventos de formação geral; 18,33 % participaram de três eventos;

23,33% participaram de dois eventos; 15% participaram de um evento; 22,33% de nenhum evento e

não responderam 8,33% (dados dos relatórios da autoavaliação docente).

Além dos eventos citados também ocorreram quatro encontros com temas específicos:

04/04/2013 - Ser docente em cursos de licenciatura (docentes dos cursos de Licenciatura);

09/05/2013 - Aprendizagem baseada em problemas norteando o ensino no curso de

Medicina. (Comissão de elaboração do PPC para o curso de Medicina/UNIJUÍ e demais

professores da área da saúde);

10/05/2013 - Oficina de construção de problemas, além de discutir sobre a possibilidade

de abordagem interdisciplinar dessa metodologia, nas áreas básicas da saúde. (docentes

dos cursos de: Ciências biológicas-bacharelado, Educação Física-bacharelado,

Enfermagem, Estética e Cosmética, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia);

10/05/2013 - Processo de ensino-aprendizagem pela resolução de problemas e a

constituição do professor Universitário. (docentes da área de Ciências Jurídicas).

De acordo com os dados da avaliação do Programa de Formação Continuada de Docentes

UNIJUÍ, constata-se a necessidade de eventos menores com especificidades de cada grupo, buscando,

dessa forma, intervir mais diretamente no desenvolvimento profissional do docente Unijuí e relação

com o corpo discente.

2. Programa de qualificação dos gestores acadêmicos – UNIJUÍ

Este programa teve início em 2013 e visa proporcionar, aos gestores acadêmicos da UNIJUÍ,

maior compreensão e apropriação dos mecanismos e indicadores do Sistema Nacional de Avaliação do

Ensino Superior (SINAES), da legislação federal e normatização interna, bem como a processualidade

inerente à ação do Coordenador de Colegiado de Curso de Graduação. Em 2013 foram oferecidos os

seguintes módulos:

10/07/2013 - O SINAES e suas implicações no projeto de universidade – Aspectos da

avaliação e regulação - gestores e professores;

04/09/2013 - As implicações do processo de avaliação externa na UNIJUÍ –

Coordenadores de Colegiado de Curso e Coordenadores de NDE;

02/10/2013 - Avaliação e planejamento na gestão acadêmica – Coordenadores de

Colegiado de Curso;

23/10/13 - Desafios e responsabilidades dos gestores nos processos acadêmicos –

Coordenadores de Colegiado de Curso;

23/10 à 06/12/2013 - Desafios e responsabilidades dos gestores nos processos acadêmicos

– Coordenadores de Colegiado de Curso.

Como resultado do Programa evidencia-se a necessidade de uma mudança de cultura

institucional no entendimento, apropriação, interlocução do papel do Coordenador de Curso enquanto

gestor acadêmico da condução do Projeto Pedagógico do Curso, da equipe docente.

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3. Programa de Avaliação Docente

“O Programa de Avaliação Docente é composto por três subprogramas: avaliação pelos

discentes; autoavaliação docente; avaliação pelos pares; têm as diretrizes institucionais de ensino

como norteadoras de sua ação, especialmente no que se refere à avaliação como processo de

qualificação da atuação universitária e a busca da excelência acadêmica nas dimensões do ensino,

pesquisa, extensão e administração.”

Na avaliação pelos discentes, em 2013, a VRG estipulou uma meta de 70% de participação

dos acadêmicos. Os dados apontam uma participação, no primeiro semestre, na modalidade presencial,

de 33,63% e, no segundo semestre, 41,12% dos acadêmicos. Na modalidade EaD, a participação, no

primeiro semestre foi de 38,22% e, no segundo semestre 39% dos acadêmicos, resultados abaixo da

meta estipulada. Esses dados indicam que há a necessidade de maior envolvimento dos

Coordenadores de Curso com os docentes e acadêmicos, no sentido do entendimento do processo e

conscientização de sua efetividade para a qualificação do ensino. Também há necessidade de

qualificar o retorno aos acadêmicos sobre os encaminhamentos feitos a partir das suas avaliações.

Com relação à autoavaliação, a adesão foi de 82%, porém a análise dos dados pelos pares

ainda demonstra fragilidades para o planejamento de ações dos cursos e departamentos, o que remete

que em 2014, a Vice-Reitoria de Graduação passe a trabalhar mais efetivamente com os Núcleos

Docentes Estruturantes, no sentido deste grupo entender seu papel de atuação, na perspectiva

avaliativa e de planejamento.

4. Manter e qualificar as condições de acessibilidade aos acadêmicos dos cursos de

graduação e à comunidade

Os recursos de acessibilidade complementam/suplementam a formação dos acadêmicos por

meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as

barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. Na

UNIJUÍ destacam-se o Núcleo de Educação Inclusiva, a Unidade de Reabilitação Intensiva - UNIR,

ligada aos cursos da área da saúde, bem como o Programa de Educação Tutorial – PET Saúde, que

atua em complementação às atividades da UNIR.

Para os estudantes com surdez foi disponibilizado atendimento para a ampliação do

vocabulário em Libras, em língua portuguesa e complementação/reforço dos conteúdos das disciplinas

no semestre, por meio de duas intérpretes no Câmpus Santa Rosa, que atendem dois acadêmicos com

surdez e, quatro em Ijuí, que atendem três acadêmicos surdos. Com relação à infraestrutura foram

colocadas rampas de acesso em salas de aula, nos miniauditórios, na lateral do Salão de Atos, próximo

à entrada para o palco, entre outros locais.

5. Núcleos Comuns de Disciplinas dos Cursos de Graduação

“A constituição de núcleos comuns de disciplinas por área de conhecimento entre os cursos de

graduação é uma política da Vice-Reitoria de Graduação, visando ampliar, a interdisciplinaridade e a

multidisciplinaridade no ensino de graduação da UNIJUÍ”. Em 2013, a VRG buscou a reorganização

de três desses Núcleos, quais sejam: o Núcleo Comum de Formação Geral e Humanista, anteriormente

denominado de Núcleo Comum de Formação Humanística, o Núcleo Comum das Licenciaturas, que

teve sua denominação alterada para Núcleo Comum de Formação de Professores e o Núcleo Comum

das Engenharias, que envolve também os cursos de Ciência da Computação e Matemática.

Além desses núcleos comuns, a partir da revisão dos PPC’s dos cursos de Administração,

Ciências Contábeis e Ciências Econômicas, constituiu-se o Núcleo das Ciências Administrativas.

Para 2014 o desafio é a implantação da Coordenação Geral do Núcleo Comum de Formação

Geral Humanista que integra os currículos de todos os cursos de graduação, sendo o grande desafio, a

articulação para que as quatro disciplinas deste núcleo sejam a base da formação inicial humana e

4

cidadã, preparando para que as demais disciplinas dos cursos ampliem multidisciplinarmente essa

formação. Também como desafio a implantação da Coordenação Geral do Núcleo Comum de

Formação de Professores, que integra os currículos de todos os cursos de Licenciatura.

6. Calendário de revisão dos projetos pedagógicos

Em 2013 foi aprovada pelo Conselho Universitário a Resolução que estabelece a

processualidade para elaboração e revisão dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação da

UNIJUÍ, em sintonia com o calendário de divulgação dos resultados do ENADE, que estabelece um

calendário trianual. Em 2013 foram revisados os seguintes projetos pedagógicos dos cursos de

graduação: Administração, Agronomia, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito,

Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Farmácia, História, Letras, Matemática, Pedagogia.

7. Programa Discente de Voluntariado Acadêmico – PROAV UNIJUÍ

Este programa, criado e aprovado no Conselho Universitário no final de 2013, prevê a

inserção dos estudantes de forma voluntária nas atividades de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura,

sendo consideradas atividades de formação do acadêmico.

Na dimensão do ensino, as atividades de monitoria voluntária têm como objetivo diminuir os

índices de reprovação e cancelamento e atendimento individualizado ou em grupos menores de

estudantes com dificuldade de aprendizagem. Todas essas atividades poderão ser registradas para

integralização curricular, como Atividade Complementar ou Atividade-Acadêmico-Científico-

Cultural, conforme expresso na maioria das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de

Graduação, em sintonia com o Projeto Pedagógico de cada Curso.

8. Prospectar novas áreas de conhecimento

Em 2013 foi autorizado o curso de Engenharia Química no Câmpus Ijuí, tendo sido ofertado o

primeiro vestibular. O Projeto Pedagógico do Curso de Medicina foi aprovado pelo Conselho

Universitário, aguardando a tramitação dos Ministérios da Saúde e da Educação. Em 2013 também

foram constituídas comissões para elaboração de novos projetos pedagógicos visando à oferta dos

seguintes cursos de graduação: Odontologia, Tecnólogo em Gestão de Cooperativas, Arquitetura e

Urbanismo e Engenharia da Produção. A oferta fica condicionada à aprovação pelo Conselho

Universitário e à autorização do Ministério da Educação, considerando o seu calendário anual.

9. Potencializar os recursos tecnológicos

Com objetivo de potencializar os recursos tecnológicos como elemento estratégico de

melhoria da produtividade e eficiência administrativa de atendimento à comunidade e ao acadêmico a

Vice-Reitoria de Graduação trabalhou com a Coordenadoria de Informática, ao longo do ano de 2013,

visando a elaboração de um sistema para a inserção dos PPC´s na íntegra no SIE – Sistema de

Informações para o Ensino. A implementação está prevista para 2014.

10. Manter os processos de racionalização da oferta de disciplinas nos cursos de

graduação

Com objetivo de racionalizar a oferta de disciplinas nos curso de graduação a Vice-Reitoria de

graduação, em conjunto com as Coordenações de Curso e a Secretaria Acadêmica, deram continuidade

ao processo de planejamento, acompanhamento e revisão da oferta, o que caracterizou uma redução

significativa de disciplinas, sem desqualificar o processo ensino-aprendizagem.

Pode-se depreender que houve uma significativa otimização da oferta de turmas nos últimos

anos, segundo a secretaria acadêmica:

5

- 2008: 8.797 alunos de graduação = 1.540 turmas

- número médio de créditos matriculados:

1º semestre: 17,28 2º semestre: 17,14

- número médio de acadêmicos por turma:

1º semestre: 24,71 2º semestre: 26,47

- 2013: 8.500 alunos de graduação = 1.200 turmas

- número médio de créditos matriculados:

1º semestre: 18,17 2º semestre: 18,64

- número médio de acadêmicos por turma:

1º semestre: 31,12 2º semestre: 32,5

11 - Cadastro e atualização das informações institucionais junto ao Ministério da

Educação

11.1.Sistema e-MEC

No ano de 2013 houve alterações em termos de processualidade no sistema eletrônico do

Ministério da Educação. A principal alteração foi a divulgação da Portaria Normativa MEC nº 01, de

25 de janeiro de 2013, publicada no DOU de 28 de janeiro de 2013, a qual estabeleceu o calendário

2013 de abertura do protocolo de ingressos de processos regulatórios no sistema e-MEC. Com a

divulgação desta Portaria, o Ministério da Educação passou a controlar o ingresso de novos processos

no sistema, a partir de datas previamente definidas, com prazos e responsabilidades distintas. A

UNIJUÍ, no ano de 2013, protocolou o Curso de Engenharia Química, com 50 vagas totais anuais, com

funcionamento no Câmpus Ijuí, o qual teve autorização de funcionamento de forma imediata. Em

2013 houve a divulgação do Índice Geral de Cursos (IGC) e a Instituição foi avaliada com o Conceito

4, numa escala de 1 a 5, demonstrando um referencial muito bom de qualidade.

11.2.Censo da Educação Superior - ano base 2012

De fevereiro a maio de 2013, realizou-se o preenchimento do Censo da Educação Superior,

ano base de 2012. As informações para o Censo foram coletadas em quatro módulos: IES, Cursos,

Acadêmicos e Docentes.

12. ENADE 2013 - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes é considerado componente curricular

obrigatório dos cursos de graduação. Na edição do ENADE 2013 participaram os estudantes dos

seguintes cursos de graduação da UNIJUÍ: Câmpus Ijuí: Agronomia, Educação Física (Bacharelado),

Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina Veterinária, Nutrição e Serviço Social e Câmpus Santa

Rosa: Educação Física (Bacharelado). Todos os acadêmicos inscritos compareceram para a prova no

dia 24 de novembro de 2013. Para desencadear os processos necessários ao ENADE foram realizadas

diversas reuniões com as coordenações de curso, com o Procurador/Pesquisador Institucional e

representantes da Comissão Própria de Avaliação (CPA), com o apoio da Vice-Reitoria de Graduação,

no sentido de cumprir as determinações da Portaria do ENADE.

6

12.1.Divulgação do Conceito Enade 2012

Em outubro de 2013 o INEP divulgou o resultado do ano de 2012 do ENADE e do CPC –

Conceito Preliminar de Curso, sendo que o curso de Comunicação Social: Publicidade e Propaganda

recebeu o conceito 5. Os cursos de Administração (Panambi e Três Passos), Ciências Contábeis,

Tecnologia em Gestão Comercial (modalidade EaD), Design, Design (Habilitação em Design do

Produto) e Jornalismo receberam o Conceito 4. Os cursos de Administração (Ijuí e Santa Rosa),

Administração (Modalidade EaD), Ciências Econômicas (Ijuí), Direito (Ijuí, Santa Rosa e Três

Passos) e Psicologia (Ijuí e Santa Rosa) receberam Conceito 3. Ainda, os cursos de Ciências

Econômicas (Santa Rosa), Tecnologia em Marketing (modalidade EaD) e Tecnologia em Processos

Gerenciais (modalidade EaD) receberam Conceito 2.

13. Processos de Autorização, Reconhecimento ou Renovação de Reconhecimento de

Cursos de Graduação – e-MEC

O Procurador/Pesquisador institucional tramitou processos no sistema e-MEC de

Reconhecimento dos Cursos de Direito (Três Passos) e Letras: Português e Inglês. O processo do

curso de Letras aguarda manifestação pelo Ministério da Educação. Os Cursos de Engenharia Civil

(Santa Rosa) e Ciência da Computação (Santa Rosa) receberam visita in loco da Comissão de

Avaliação do INEP para o processo de reconhecimento. O curso de Engenharia Civil (Santa Rosa)

recebeu conceito 3 e o curso de Ciência da Computação (Santa Rosa) recebeu conceito 4, das

respectivas Comissões de Avaliação.

14. Processo de Recredenciamento EaD

No período de 24 a 28/02/2013, foi realizada a visita in loco pelos membros da Comissão de

Avaliação designados pelo INEP no processo de Recredenciamento EaD. A Comissão Avaliadora,

designada pelo INEP, disponibilizou no Sistema e-MEC o Relatório Final de Avaliação, recebendo a

Instituição a nota 4 como Conceito Final de Avaliação. A publicação da Portaria de Recredenciamento

EaD deve ser emitida no decorrer de 2014.

15. PET – Programa de Educação Tutorial

Os três grupos já existentes na UNIJUÍ, nos cursos de Economia (6 bolsistas), Engenharia

Civil (12 bolsistas) e Ciências Biológicas (12 bolsistas) tiveram continuidade em 2013 e obteve a

aprovação do PET Saúde (12 bolsistas), o qual não é específico de um curso, mas da área da saúde. O

Programa de Educação Tutorial participa anualmente de dois eventos, o ENAPET – Encontro

Nacional dos Grupos PET e o SULPET, encontro regional, este último se realiza a cada ano em um

dos três estados da Região Sul.

16. Acadêmicos Estrangeiros no Ensino de Graduação da UNIJUÍ – PEC-G

A UNIJUÍ integra o Programa Estudante-Convênio de Graduação - PEC-G, coordenado pelos

Ministérios da Educação e das Relações Exteriores, desde 1991. Em 2013 matricularam-se na UNIJUI

dois acadêmicos africanos, um da Guiné Bissau, no Curso de Direito e uma aluna de Cabo Verde, no

Curso de Comunicação Social – Relações Públicas.

7

2.2. Análise da Câmara de Administração

O parecer da Câmara de Administração foi centrado na análise dos documentos contábeis da

FIDENE/UNIJUÍ, que irão compor o Volume II do Relatório e Balanço 2013. Serviram de base para

este parecer os seguintes documentos:

Resolução de Diretrizes Orçamentárias FIDENE 2013;

Orçamento Programa 2013 da FIDENE e da UNIJUÍ;

Demonstração do Superávit/Déficit dos Exercícios 2013–2012 da FIDENE;

Demonstração do Superávit/Déficit dos Exercícios 2013–2012 da UNIJUÍ;

Notas Explicativas FIDENE 2013;

Relatório da Auditoria Independente - Palácios Auditores & Consultores, em 28/02/2014.

O parecer da Câmara de Administração apresenta a análise detalhada do Resultado do

Exercício da UNIJUÍ, pois o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício da

FIDENE serão analisados pelo Conselho Diretor da FIDENE.

Contudo, considerando que a UNIJUÍ compreende 97,86% da Receita Operacional Bruta da

FIDENE, sua instituição mantenedora, é fundamental para a compreensão do desempenho global e da

UNIJUÍ que seja relatado o resultado da FIDENE em 2013.

A consolidação do Orçamento Programa – OP 2013 da FIDENE projetou um superávit de R$

2.173.869,67, entretanto, o resultado final do exercício 2013 foi superavitário em R$ 6.628.488,73.

Podem-se destacar alguns itens que influenciaram na constituição deste resultado:

Receita de ensino dos cursos de graduação executou 4,2 milhões de reais a mais do

orçado;

Despesa com gratuidades acompanhou o crescimento da receita impactada pelo aumento

nos créditos matriculados;

Despesa com remuneração, encargos sociais, rescisões, ações trabalhistas e provisões de

pessoal com vínculo, excluindo as horas avulsas (orçadas no fundo de despesa), executou

a mais 900 mil reais;

Despesas financeiras executaram aproximadamente 1,7 milhões de reais a menos do

orçado;

As Baixas de Contas a Receber/Disponibilidades e Provisões Clientes totalizou uma

despesa de R$ 959.569,45, das quais R$ 82.449,79 se refere às baixas de inutilização de

Material de Consumo e perdas de caixa; R$ 377.119,66 às baixas de clientes alunos,

prestação de serviços e empréstimo reembolsável; R$ 500.000,00 de provisão de clientes

alunos inadimplentes.

Cada um destes itens acima elencados será detalhado no processo do Relatório Balanço 2013,

por ocasião da análise no Conselho Diretor.

O parecer da Câmara de Administração analisa os resultados da mantida UNIJUÍ e se compõe

pelo parecer do conselheiro relator e da Câmara.

I - O quadro econômico-financeiro da UNIJUÍ

O Orçamento Programa UNIJUÍ – OPU para 2013 projetou um superávit de R$ 2.797.842,42,

considerando um conjunto de metas de receitas e ajustes nas despesas. Entretanto, a execução

apresenta um superávit final de R$ 7.262.838,55, que representa 7,31% da Receita Operacional

Bruta da UNIJUÍ.

8

O quadro 01 apresenta a Demonstração do Superávit/Déficit da UNIJUÍ, que retrata o valor

orçado no OPU 2013, a composição dos resultados a partir da especificação das receitas e despesas no

período de 2013 e 2012, bem como as análises verticais (AV %).

Quadro 01 - Demonstração do superávit/déficit da UNIJUÍ - OPU 2013, executado 2013 e 2012

A análise do quadro 01 será subdividida no conjunto das receitas, das despesas e dos

resultados bruto, operacional e final.

1. Receita Operacional Bruta - ROB: em relação ao ano de 2012 obteve um crescimento de

11,9 milhões de reais que representam 13,66%. Em 2012 somou R$ 87.363.061,15 e em 2013 atingiu

o montante de R$ 99.292.729,87. Além do que, em 2013, a ROB superou o valor orçado em 3,2

milhões de reais. Esta receita constituiu-se da Receita de Ensino, Descontos Concedidos, Receita de

Serviços e Receita Agropecuária. Estes grupos são detalhados a seguir.

1.1. Receita de Ensino de Graduação: esta receita executou R$ 92.912.451,17, sendo 4,2

milhões de reais a mais do que o projetado. Apresenta-se um conjunto de análises sobre

esta receita.

9

a) Efetividade da oferta dos vestibulares no preenchimento das vagas dos cursos de

graduação: na modalidade presencial observa-se uma constância no desempenho. No Vestibular de

Verão 2013 (já acrescido o Vestibular Mais) o preenchimento das vagas chegou a 74,55% de um total

de 1.965 vagas e no Vestibular de Inverno a 62,28% de um total de 578 vagas. No Vestibular de Verão

2012 o preenchimento das vagas foi de 79,78% de um total de 1.810 vagas e no Vestibular de Inverno

a 62,47% de um total de 405 vagas.

A efetividade da oferta no preenchimento das vagas oferecidas nos cursos de graduação na

modalidade a distância é de 30,94% no vestibular de verão 2013 de um total de 320 vagas e de 28,89%

no vestibular de inverno de 2013 de um quadro de 180 vagas. Em 2012, eram 320 vagas nos

vestibulares de verão e inverno, sendo preenchidas 41,25% no vestibular de verão e 20% no vestibular

de inverno.

Gráfico 01 - Efetividade da oferta no preenchimento das vagas dos cursos de graduação

Embora a efetividade no preenchimento das vagas dos vestibulares, é preciso analisar os

índices de evasão dos vestibulandos dos cursos presenciais no 1º semestre de suas matrículas. Os

índices por curso podem ser analisados no anexo 01. Em termos gerais, a evasão dos vestibulandos no

primeiro semestre de matrícula pode ser visualizada no gráfico 02.

Gráfico 02 - Evasão dos vestibulandos dos cursos de graduação presenciais

10

b) A evolução do número de alunos matriculados nos cursos de graduação pode ser

observada no gráfico 03. Em 2004 estavam matriculados nestes cursos, aproximadamente, doze mil

alunos e, em 2013, eram 8.614 alunos, posição no 1º semestre, configurando um novo patamar de

matrículas.

Gráfico 03 - Evolução do número de alunos matriculados nos cursos de graduação

c) A evolução do número de créditos matriculados nos cursos de graduação: o gráfico 04

apresenta a execução anual da matrícula nos cursos da modalidade presencial que em 2004 alcançou

400 mil créditos ano e em 2013 somou aproximadamente 272 mil créditos no ano.

Gráfico 04 - Evolução do número de créditos matriculados nos cursos de graduação

11

d) Quota de créditos dos cursos da modalidade presencial: O quadro da quota de créditos

mostra a evolução dos créditos matriculados nas diferentes tabelas de preços dos cursos presenciais.

Quadro 02 - Evolução dos créditos matriculados nos cursos de graduação presenciais

A execução dos créditos matriculados nos cursos de graduação presenciais no ano de 2013

em relação ao ano de 2012 mostra um crescimento em 12.657 créditos.

Na análise dos créditos matriculados nos cursos inseridos na tabela 1, observa-se uma

estabilidade nos créditos em relação ao executado em 2012. Ainda, em relação aos cursos desta tabela,

cabe citar aqueles que apresentaram aumento no número de créditos matriculados, quais sejam: Design

em 17,4%; Educação Física Ijuí em 9,3% e câmpus Santa Rosa em 7,5%; Psicologia Ijuí em 10,5% e

câmpus Santa Rosa em 13,3%; e Direito câmpus Ijuí em 7,7% e câmpus Três Passos em 3,3%.

Nos cursos da tabela 2 nota-se um aumento de 11.310 créditos matriculados em relação ao

executado em 2012. Nesta tabela, observa-se um crescimento de 25% nos créditos matriculados nos

cursos das Engenharias. Cabe apontar o crescimento em 27,3% no curso de Engenharia Civil Ijuí e de

68,8% câmpus Santa Rosa; 110% no curso de Engenharia Elétrica Santa Rosa e 6% câmpus Ijuí; e

10% no curso de Engenharia Mecânica, bem como, um incremento de 9,7% nos créditos matriculados

no curso de Agronomia. O incremento na matrícula dos cursos de Engenharia Elétrica e Civil no

câmpus Santa Rosa se justifica pelas ofertas no vestibular de verão e de inverno e ainda não existir

turma de formandos.

Nos cursos da tabela 3 observa-se uma redução de 17,5% nos créditos matriculados no curso

de Enfermagem, de 19,5% no curso de Farmácia, de 4,4% no curso de Nutrição e de 3,5% no curso de

Fisioterapia. Entretanto, o curso de Medicina Veterinária ampliou em 26,3% o número de créditos

matriculados em relação ao ano de 2012.

A análise do quadro 02 mostra uma mudança de perfil da matrícula nas tabelas de

enquadramento financeiro. Considerando a Receita Bruta descontadas as bolsas lineares dos cursos de

graduação, em 2008 esta receita era constituída por 54,48% das mensalidades dos cursos da tabela

1; 22,78% da tabela 2; 16,73% da tabela 3; 3,14% pelos cursos da modalidade a distância e 2,87% por

cursos da modalidade especial e alunos do Artigo 51. No ano de 2013, esta receita foi constituída por

47,3% pelos cursos da tabela 1; 32,22% por cursos da tabela 2; 15,38% por cursos da tabela 3; 4,88%

por cursos da modalidade a distância e 0,22% por alunos do Artigo 51.

Quanto aos cursos Superiores de Tecnologia, o curso de Estética e Cosmética ampliou em

34,5% os créditos matriculados em comparação a 2012, decorrente do ingresso de novos alunos e da

média de 26 créditos por aluno.

O anexo 2 deste parecer apresenta a evolução da matrícula semestral de créditos nos cursos de

graduação na modalidade presencial nos períodos de 2007 a 2013.

12

e) Quota de alunos nos cursos da modalidade a distância: comparando a matrícula de 2012

e 2013, o quadro 03 mostra uma redução no número de alunos matriculados nos cursos de graduação

nesta modalidade. A evolução das matrículas dos alunos no período de 2008 a 2013 pode ser

observada a seguir.

Quadro 03 - Evolução da matrícula dos alunos nos cursos de graduação modalidade EaD

O anexo 3 deste parecer apresenta a evolução do número de alunos nos cursos de graduação na

modalidade a distância.

f) A quantidade média de créditos contratados por aluno nos cursos de graduação na

modalidade presencial no segundo semestre de 2012 era de 17,4 créditos por aluno e em 2013 passou a

ser de 18,31 créditos por aluno. O gráfico 05 apresenta a média de créditos por aluno nos cursos

presenciais nos períodos de 2004 a 2013.

Gráfico 05 - Evolução da média de créditos matriculados por aluno

g) Percentual de evasão no semestre dos créditos matriculados nos cursos de graduação: o gráfico 06 apresenta a evolução da evasão de créditos da matrícula inicial à matrícula final em cada

semestre nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013. A evasão do 1º semestre é calculada a partir da

matrícula de 1º de março a 30 de junho e no segundo semestre a partir de 1º de agosto a 31 de

dezembro.

13

No ano de 2013, a evasão dos créditos nos cursos presenciais durante o primeiro semestre

ficou em 1,33%, e no 2º semestre em 0,19%. A redução na evasão de créditos decorre, em parte, das

ações de busca de alunos, da manutenção dos créditos matriculados, de monitoramento da frequência

dos alunos e de uma maior ação das coordenações de curso em explicitar a necessidade de

integralização do currículo, conforme sua oferta.

Gráfico 06 - Percentual de evasão semestral dos créditos matriculados nos cursos de

graduação

h) Alunos por turma nos cursos de graduação presenciais: em números absolutos, o

número de alunos por turma retrata um declínio no período de 1999 a 2006. A partir de 2007, a

racionalização da oferta das disciplinas nos Cursos de Graduação e orientação da matrícula em um

número maior de disciplinas resultou na elevação do número médio de alunos por turma e a melhor

diluição do custo fixo de cada professor. O gráfico 07 mostra esta melhora.

Gráfico 07 - Evolução do número de alunos por turma

14

i) Créditos matriculados nos cursos de graduação em relação aos créditos alocados ao

ensino: se analisarmos o número de créditos matriculados pelos alunos em relação aos créditos

alocados ao ensino, tem-se uma evolução significativa na otimização da oferta das disciplinas. O

gráfico 08 apresenta no 1º semestre de 2007 uma relação de 11,58 créditos, enquanto que no 1º

semestre de 2013 esta relação foi de 15,72 créditos faturados no ensino para cada crédito alocado ao

ensino. No 2º semestre de 2007 a relação era de 11,21 créditos e no 2º semestre de 2013 foi de 15,94

créditos.

Gráfico 08 - Créditos matriculados nos cursos de graduação em relação aos créditos

alocados ao ensino

1.2. Receita de Ensino de Pós-Graduação Stricto Sensu: o OPU 2013 projetou R$

3.741.627,28, sendo executados R$ 3.365.411,39, considerando a oferta de quatro programas de

mestrado e um doutorado, com aproximadamente 190 alunos em 2013. Se comparado ao executado

em 2012 no valor de R$ 2.846.041,04, tem-se um incremento de 18% nesta receita. O anexo 4

apresenta o quadro de resultados dos programas de pós-graduação stricto sensu nos períodos de 2010,

2011, 2012 e 2013.

1.3. Receita de Ensino de Pós-Graduação Lato Sensu: o OPU 2013 projetou R$

3.237.560,00, sendo executados R$ 1.208.035,97. Se comparado ao executado em 2012 no valor de

R$ 1.317.199,90, nota-se uma redução nesta receita. Em 2013, o ensino de pós-graduação lato sensu

efetivou a oferta de sete novos cursos na modalidade presencial e um curso na modalidade a distância,

de uma oferta total de 19 cursos. No ano de 2013, aproximadamente 350 alunos estavam matriculados

nestes cursos. Os cursos iniciados em 2009, 2010 e 2011 já concluídos até o final de 2013 têm os

resultados apresentados no anexo 5 deste parecer.

1.4. Descontos Concedidos: em relação a ROB, estes descontos representam 1,91%. Se

comparado ao ano de 2012, este percentual era de 2,33% da ROB, o que mantém os mesmos

patamares de descontos para pagamento em dia das mensalidades. Contudo, em relação à receita de

graduação, os descontos concedidos em 2013 representaram 2,04%, enquanto que em 2012

alcançaram 2,48% desta receita.

15

1.5. Receita de Serviços: projetava R$ 2.239.600,00 e executou R$ 2.426.436,83. A análise

horizontal aponta que esta receita aumentou 34,3% em relação à execução de 2012. Este acréscimo

decorre, principalmente, pela efetivação de cursos de extensão que tramitaram pela Unidade de

Educação Continuada, de eventos de extensão, de assessorias e serviços técnicos, de serviços de

laboratórios e vendas da Editora UNIJUÍ.

As receitas com assessoria e serviços técnicos e de laboratórios orçadas em R$ 826.800,00

executaram R$ 960.636,77. As receitas dos cursos de extensão totalizaram R$ 493.992,41 e, destas

receitas, R$ 453.222,71 se referem aos cursos de extensão vinculados à Unidade de Educação

Continuada. Os resultados destes cursos são apresentados no anexo 6 deste parecer. As receitas

provenientes de eventos, seminários, simpósios e palestras orçadas em R$ 273.600,00 executaram R$

287.271,71. Os resultados dos eventos de extensão realizados em 2013 são apresentados no anexo 7

deste parecer.

A receita da Editora orçada em R$ 500.000,00 executou R$ 661.321,94 em 2013. Estava

previsto um resultado deficitário de R$ 446.435,92 que, a partir de adequações nas planilhas de

alocação de custos aos produtos e da ampliação da receita, reduziram o déficit para R$ 149.299,75.

Restando, ainda, ajustes para equacionar este déficit. O estoque da Editora iniciou o ano de 2013 com

um saldo de R$ 1.046.001,52 e encerrou o ano de 2013 com saldo de R$ 1.064.545,48. Cabe

mencionar a continuidade do monitoramento dos resultados da Editora, que no ano de 2013 finalizou

com um déficit de R$ 149.299,75 e um volume de ativos em estoque no montante de R$ 865.904,39 e

R$ 198.641,09 de livros em consignação.

Ainda, no grupo das receitas de serviços, insere-se a UNIÓLEOS. Esta unidade teve suas

atividades diagnosticadas em 2011, quando foram apontadas as suas dificuldades enquanto uma

unidade de produção. Em 2013 ampliou o nível de despesa em relação aos anos anteriores e reduziu as

receitas, o que gerou um déficit maior do que nos anos anteriores. O quadro 4 apresenta a evolução das

receitas, despesas e resultados desta unidade.

Quadro 4 - Resultados UNIÓLEOS

1.6. Receita Agropecuária: compreende aquela advinda da produção agrícola, da produção

animal e derivados e das outras receitas agropecuárias. Estava orçada em R$ 770.000,00 e executou

R$ 778.512,61, valor próximo à receita executada em 2012 no montante de R$ 702.730,18. Contudo,

observa-se uma redução nesta receita se comparada aos anos de 2009, 2010 e 2011 quando a receita

média era de 900 mil reais.

2. Custos dos Produtos e Serviços: compreendem os gastos com pessoal docente, material de

consumo, serviços de terceiros, benefícios a pessoal docente e técnico-administrativo, custos com

vendas e serviços internos, os custos com gratuidades e com produtos agropecuários. Neste grupo não

estão contabilizados os gastos com a folha de pagamento do pessoal técnico administrativo e de apoio.

Em 2013, os Custos dos Produtos e Serviços absorveram 66,27% da ROB, enquanto que o

orçado era de 69,6%. A análise horizontal destes custos aponta que em 2012 consumiram 68,83%, em

2011 era de 70,49% e, em 2010, 72,15% da ROB, demonstrando um ajuste significativo dos custos

diretos necessários para a geração da receita operacional.

16

2.1. Custos com Ensino e outros serviços: em 2013, estes custos totalizaram R$

44.966.711,85 e consumiram 45,29% da ROB; em 2012 este percentual era 47,08%; em 2011 de

48,55%; e em 2010 de 51,78% da ROB. Esta evolução aponta para uma melhora na relação entre os

custos e a receita de ensino e serviços.

Neste grupo, os gastos orçados para Material de Consumo e Serviços de Terceiros,

considerando a utilização dos Fundos de Despesa, eram de R$ 12.407.337,55 e executaram R$

7.969.299,10, o que representa 8,02% da ROB. Os principais itens que elevaram estes gastos em

relação a 2012 foram as despesas com material de consumo, limpeza, manutenção e reparos,

divulgação e publicidade, locações, assessoria e consultorias e transportes. Cabe destacar que o item

energia elétrica apresentou uma redução de R$ 296.000,00 em relação à execução do exercício

anterior decorrente, em parte, da troca da fiação antiga, redução no valor do kw (Quilowatt), redução

no consumo, comprometimento com as campanhas para evitar desperdício de água e energia elétrica.

Os gastos com Benefícios a Pessoal compreendem as bolsas de estudos dos docentes e de

técnicos-administrativos e seus dependentes, seguros de pessoas, vale transporte, auxílio creche e

saúde do trabalhador. São itens de reduzida gerência e estavam orçados em R$ 3.454.381,90 e

executaram R$ 3.591.474,65.

Em 2013, os custos com a folha de pagamento dos docentes com vínculo, incluídas as

rescisões, horas avulsas, ações trabalhistas, provisão de horas positivas, contabilizaram R$

33.070.912,40, o que representou 33,75% da Receita bruta de ensino (graduação e pós-graduação). No

ano de 2012 esta despesa compreendeu 35,11%; em 2011, abarcou 36,88%; e, em 2010, consumiu

39,27% da Receita bruta de ensino. Este desempenho decorre, em parte, da otimização da oferta de

disciplinas e do aumento da média de alunos por turma.

2.2. Custos com Gratuidades: no ano de 2013, as Gratuidades na UNIJUÍ totalizaram R$

20.391.085,22. Deste montante, as principais gratuidades são as bolsas lineares dos cursos de

graduação que somaram R$ 5.289.351,95 e equivalem a 5,7% da receita bruta do ensino de graduação;

e as bolsas PROUNI que somaram R$ 13.283.557,82 e equivalem a 14,3% da receita bruta do ensino

de graduação.

Uma análise comparativa dos valores orçados na rubrica PROUNI na conta Gratuidades para

2013 de R$ 11.503.149,52 e sua execução em R$ 13.283.557,82 mostra um acréscimo de mais de um

milhão de reais. Para entender esta variação é preciso considerar fatores como o atendimento às regras

de concessão automática do PROUNI e atendimento de pelo menos 20% em gratuidade sobre a receita

recebível. Cabe relatar que, em 2013, a gratuidade considerada para filantropia chegou a 22,14% da

receita recebível, sendo 19% concedida por meio do PROUNI.

Ainda, no que se refere ao PROUNI, cabe relatar que em 2013 foram ofertadas 216 novas

bolsas de 100% e efetivaram-se 204. Ao final do ano de 2013, o conjunto de beneficiários era de 1.223

alunos de um total de 8.614 alunos. A evolução da oferta automática do sistema PROUNI e

preenchimento de novas bolsas podem ser visualizados no quadro 05.

17

Quadro 05 - Evolução da oferta e preenchimento de bolsas PROUNI

2.3. Custos com Produtos Agropecuários: se refere exclusivamente aos gastos para compra

de insumos e produtos para o IRDeR. O OPU 2013 previa o gasto de R$ 364.000,00 que representava

47,27% da receita agropecuária. A receita prevista foi superada bem como os gastos necessários para a

manutenção das atividades de produção. Desta forma, os custos com produtos agropecuários que

somaram R$ 438.953,22 representaram 56,38% da receita agropecuária, que totalizou R$ 778.512,61.

Para analisar o resultado da unidade IRDeR se faz necessário verificar os seus programas de

trabalho, nos quais todas as suas receitas e despesas são contabilizadas, como apresenta o quadro 06.

Quadro 06 - Evolução do resultado do IRDeR

O resultado do IRDeR considera as receitas agropecuárias somadas às outras receitas com

locações, taxas e doações recebidas que totalizam R$ 830.133,10. Também considera os custos com

produtos agropecuários acrescidas das despesas de pessoal e demais despesas que somam R$

980.450,27. O resultado orçado no OP 2013 era deficitário em R$ 199.190,04, porém o resultado foi

deficitário em R$ 150.317,17. Cabe relatar que as atividades do IRDeR têm sido analisadas em

conjunto pelo Departamento de Estudos Agrários e a Vice-Reitoria de Administração, tanto na

dimensão econômica como acadêmica dos cursos que utilizam o espaço como laboratório de práticas.

18

3. Resultado Bruto: o OPU 2013 projetou que a receita operacional, descontados os custos

diretos, representaria 30,35% da ROB, no entanto, a otimização dos custos impactou na melhora deste

resultado, que em 2013 foi de 33,73% da ROB. O Gráfico 09 mostra a redução dos custos dos

produtos e serviços para gerar a receita, bem como o crescimento do Resultado Bruto da UNIJUÍ em

relação à receita bruta gerada.

Gráfico 09 - Evolução do Custo dos Produtos e Serviços e do Resultado Bruto UNIJUÍ

4. Despesas Operacionais: este item compreende os demais custos e despesas operacionais da

universidade. Dentre estas despesas cabe detalhar as despesas com pessoal técnico-administrativo,

depreciação, despesas e receitas financeiras, provisão para ações trabalhistas, baixa de clientes a

receber, e recurso do Fundo de Apoio às Atividades Estudantis – FAAE.

4.1. Despesas com pessoal: para os gastos com pessoal técnico-administrativo foram orçados

R$ 16.673.293,56, o que representava 17,36% da ROB e a execução totalizou R$ 16.798.964,94,

representando 16,92% da ROB. Esta redução percentual decorre do aumento na ROB.

No que se refere à despesa de pessoal, o Orçamento Programa da UNIJUÍ 2013 fixou a parcela

da folha de pagamentos destinada ao pessoal técnico-administrativo e de apoio que não estão alocados

aos departamentos em até 25,8% do custo da despesa de pessoal com vínculo. Nesta ótica, a execução

da quota de pessoal técnico-administrativo (gastos com a folha de pagamento desconsiderando as

rescisões e ações trabalhistas) foi superior ao projetado em R$ 658.442,95. Apesar da economia de

recursos, o percentual da folha destinada ao pessoal técnico-administrativo e de apoio que não está

alocado aos departamentos ultrapassou o limite e chegou a 28,5%. Ainda, no que se refere à despesa

de pessoal técnico-administrativo e de apoio, é preciso considerar a ampliação das atividades no

âmbito da UNIJUÍ, o que implicou em abertura de novos postos de trabalho.

19

4.2. Outras Despesas Operacionais: Na rubrica Pessoal Docente e Pessoal Administrativo

eram contabilizados os valores referentes à Provisão de Ações Trabalhistas. No exercício 2012 foi

alterado o critério de classificação destas informações e na Demonstração do Resultado do Exercício,

estes valores passam a ser apresentados no grupo das Outras Despesas Operacionais e não mais em

Custo com Ensino e Despesa de Pessoal.

Em 31 de dezembro de 2013, a FIDENE era reclamada em ações trabalhistas que, baseado na

opinião dos advogados, foram classificadas com êxito provável aos reclamantes o montante de R$

1.598.557,30, este é o saldo provisionado em 2013. Cabe citar que no ano de 2012 foram

provisionados R$ 752.953,30, dos quais R$ 318.878,00 foram utilizados para pagamento de ações,

restando um saldo de R$ 434.075,30. Em 2013, foram provisionados no passivo de modo adicional R$

1.164.482,00, dos quais em 2013, foram registrados os seguintes valores de Provisão de Ações

Trabalhistas: R$ 970.982,00 de Docentes e R$ 193.500,00 de Administrativos.

4.3. Despesas com Depreciação: os valores reconhecidos no período com o uso ou desgaste

de bens móveis, imóveis e softwares foram orçados em R$ 1.221.865,66 e executados R$

1.196.750,01, que representou 1,26% da despesa total.

4.4. Despesas Financeiras: para 2013 estava projetada em R$ 13.246.603,60, que

representaria 13,79% da ROB. A execução orçamentária 2013 totaliza as despesas financeiras em R$

11.471.687,28, que representa 11,55% da ROB.

A despesa financeira orçada considerou um cenário de cumprimento de obrigações com o

sistema financeiro que indicava um fluxo de apropriação de juros, a partir da readequação de algumas

operações de empréstimos houve alongamento das operações e redução das taxas contratadas. O

programa de recuperação de dívidas de alunos e o aumento da quantidade de créditos matriculados

também auxiliaram no equacionamento do fluxo de caixa e evitaram novas captações no sistema

financeiro e, consequentemente, menos custo financeiro. Cabe apresentar o quadro do detalhamento da

despesa financeira da FIDENE que totaliza R$ 11.475.239,28, dos quais as demais mantidas somam

R$ 3.552,00 nesta conta e a UNIJUÍ absorve o restante.

Quadro 07 - Detalhamento da Despesa Financeira da FIDENE

20

O quadro 07 indica que a principal rubrica a redução seu impacto na composição da despesa

financeira se refere aos Encargos com juros e multas por atraso e parcelamento de Encargos Sociais,

que em 2012 executou R$ 2.630.386,25 e em 2013 foi de R$ 683.022,06 decorrente da efetiva redução

no atraso dos pagamentos dos encargos. Mesmo havendo redução nas despesas financeiras dos

empréstimos bancários, ainda compreenderam 71% do total da despesa financeira. A evolução da

composição da despesa financeira da FIDENE pode ser observada no gráfico 10.

Gráfico 10 - Evolução da composição da despesa financeira da FIDENE

4.5. Receitas Financeiras: envolvem os rendimentos de aplicações, juros, descontos e

atualização de valores a receber. Foram orçadas em R$ 2.005.250,00 e executadas R$ 1.738.767,75,

justificadas pelo aumento da adesão ao FIES e a repercussão da redução do montante do Fundo

Rotativo em extinção e redução da adesão à Modalidade de Pagamento Estendido nos cursos da

modalidade a distância.

4.6. Transferências e Contribuições: totalizou R$ 562.821,74 e se refere aos custos de

execução de convênios/contratos de projetos com recurso externo como, por exemplo, Pró-Volei,

Carteira Indígena, Unidade de Reabilitação Física, Cultura Kaingang, entre outros); também inclui a

devolução de valores a órgãos repassadores de recursos pelo cumprimento parcial de convênios.

4.7. Transferências de Bolsas e Auxílios para Alunos: executou R$ 91.958,97 e se refere às

despesas de custeio do Fundo de Apoio às Atividades Estudantis - FAAE, ao auxílio a bolsistas de

projetos, à bolsa manutenção do projeto indígena e à utilização de bolsa comprada em exercícios

anteriores. Os bens imobilizados adquiridos com os recursos do FAAE são inseridos nos

investimentos.

4.8. Baixa de contas a receber/Disponibilidades e Provisão de Clientes: executou R$

953.405,45 e se refere às baixas dos clientes alunos, dos clientes de serviços a receber pela prescrição

de prazo de cobrança, ao empréstimo reembolsável de docentes (utilizaram para estudos) considerado

incobrável conforme decisão judicial e a provisão de clientes alunos inadimplentes.

21

5. Outras Receitas Operacionais: em 2013, o montante destas receitas foi de R$

2.501.813,56. Neste grupo, as Receitas Imobiliárias se referem à locação dos espaços institucionais e

executaram R$ 179.798,91. A Receita de Doações de Pessoas somou R$ 8.027,84. A conta Diversas

Receitas estava orçada em R$ 242.400,00 e executou R$ 352.011,39 esta execução a mais decorre do

recebimento de Indenizações e Recuperação de Despesas referente à baixa de fornecedores. A conta

Diversas Transferências Correntes se refere à receita proveniente de serviços e projetos com

recursos externos e estava orçada em R$ 2.650.000,00 e executou R$ 1.843.745,10 cabe destacar neste

item o diferimento de receitas a serem executadas no próximo exercício. A conta Doações para

Investimentos executou R$ 118.230,32.

6. Resultado Operacional: em 2013 ficou superavitário em R$ 5.539.814,56 e representou

5,58% da ROB, enquanto que em 2012 foi deficitário em R$ 1.026.648,75.

7. Ganhos e Perdas de Capital: é o resultado entre a receita pela venda e a despesa pela

baixa por venda, inutilização, não localização e roubo de bens do ativo imobilizado, que em 2013

somou R$ 1.723.023,99. Neste exercício efetivou-se a venda das Salas UNIJUÍ Comunidade que

gerou um resultado de R$ 1.738.039,10 e a perda por inutilização, não localização ou roubo foi de R$

15.015,11.

8. Resultado do Período: em 2013, o resultado final ficou superavitário em R$ 7.262.838,55,

ou seja, 7,31% positivo em relação à ROB. Em 2012, o resultado final era deficitário em R$

1.199.902,83. No que se refere à evolução do resultado final, cabe citar que em 2011 este resultado

totalizou um déficit de R$ 3.542.072,35.

9. EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização): cabe apresentar o

indicador financeiro EBITDA líquido, cuja importância no sistema financeiro se justifica por fornecer

uma boa análise comparativa, pois mede a produtividade e a eficiência do negócio. O EBITDA

representa a capacidade de geração de caixa da Instituição a partir de suas atividades operacionais. É

com este recurso que, em tese, a instituição deveria pagar as despesas de financiamento, da estrutura e

efetuar novos investimentos. O cálculo do EBITDA utiliza o resultado final do período, acrescenta as

despesas de depreciação, o resultado financeiro e o resultado dos ganhos ou perdas de capital do

período. O quadro 8 apresenta o resumo do cálculo do EBITDA e relação percentual com a Receita

Operacional Bruta, descontadas as gratuidades.

Quadro 8 - EBITDA UNIJUÍ – 2009 a 2013

22

Em relação à Receita Operacional Bruta, descontadas as gratuidades, observa-se uma

crescente melhora no indicador EBITDA de 16,18% em 2009 para 20,87% em 2013. No ano de 2013,

a receita líquida foi de 78,9 milhões de reais e gerou R$ 16.469.484,10 de EBITDA Líquido. A

evolução do Resultado Final e do EBITDA líquido é apresentado no gráfico 11.

Gráfico 11 - Evolução do Resultado e EBITDA líquido

10. Outros aspectos relevantes da execução orçamentária:

a) Programas de Financiamento Estudantil: em 2013 o financiamento externo das

mensalidades por intermédio do FIES – Fundo de Financiamento Estudantil foi concedido a 2.339

alunos. Em termos financeiros, este programa totalizou R$ 22.385.165,62 que representa 32,45% da

receita recebível. A evolução financeira da concessão de financiamento por intermédio do FIES e da

execução das bolsas PROUNI podem ser visualizados no gráfico 12.

Gráfico 12 - Evolução PROUNI e FIES

23

b) Inadimplência: o quadro da inadimplência nas mensalidades dos cursos de graduação da

UNIJUÍ demonstra a oscilação nos índices de inadimplência ao final de cada ano e a capacidade de

recuperação dos valores a receber. A partir de 2010 o processo de negociações com alunos foi alterado

exigindo o pagamento de entrada tornando as negociações mais efetivas. Por outro lado, inviabilizou

outras negociações que não contemplavam tais exigências, mas em termos reais, o fluxo de caixa

efetivo foi pouco alterado, pois a análise histórica estava a demonstrar um conjunto de negociações

inócuas que ocorriam apenas na troca de títulos de crédito que nem sempre se convertiam em recursos

para a Instituição. Outro fator que influenciou na redução do índice geral de inadimplência foi o

aumento da oferta de FIES nos anos 2012 e 2013.

Neste ano de 2013 foi realizada uma campanha de recuperação de dívidas de alunos, uma ação

conjunta da Assessoria Jurídica e da Coordenadoria Financeira, que viabilizou a redução dos índices

de inadimplência dos períodos anteriores a 2012. Esta campanha, realizada de forma pontual, perdurou

120 dias superando os objetivos inicialmente propostos.

O quadro 9 mostra a evolução da inadimplência nas mensalidades dos cursos de graduação da

UNIJUÍ, bem como a capacidade de cobrança dos saldos devedores.

Quadro 9 - Inadimplência nas mensalidades dos cursos de graduação da UNIJUÍ

O valor de títulos emitidos é o valor líquido das mensalidades, para o qual estão descontados

os valores de financiamentos estudantis e gratuidades.

c) Investimentos e Melhorias: para 2013 foram previstos R$ 1.266.503,00 para o Fundo de

Investimentos da FIDENE e R$ 161.211,00 para o Fundo de Manutenção dos Laboratórios.

Dos investimentos e melhorias realizadas, pode-se relatar que a valor Imobilizado totalizou R$

1.271.066,93, dos quais R$ 181.390,04 são provenientes de Doações, R$ 76.428,94 de Projetos com

recursos externos e R$ 1.013.247,95 de recursos próprios. Adicionam-se ao valor Imobilizado as

despesas do Fundo para Manutenção dos Laboratórios, que executaram R$ 54.379,12; as

reformas/transferência de ambientes, manutenção, conservação e instalação, que executaram R$

197.430,02. Estas melhorias somaram R$ 1.522.876,05 e a análise detalhada permite destacar os

seguintes gastos:

R$ 236.596,75 em climatização;

R$ 83.060,00 em multimídias;

R$ 269.980,69 em reformas para qualificação de espaços e infraestrutura física;

R$ 186.466,09 em equipamentos de informática;

R$ 52.318,76 em software;

R$ 96.307,37 em veículos, consórcios, tratores e implementos agrícolas;

R$ 258.060,60 em material bibliográfico.

24

O quadro 10 apresenta o resumo dos investimentos que foram Imobilizados no âmbito da

FIDENE.

Quadro 10 - Quadro dos Imobilizados 2013

Ainda, no que se refere aos bens registrados no controle patrimonial da instituição, cabe

assinalar os bens recebidos em comodato no montante de R$ 121.531,01, dos quais R$ 29.900,25

foram contabilizados e agregados ao patrimônio em 2013. Outros bens, em uso no prédio do Hospital

Veterinário, na AGIT e na Criatec estão em processo de inclusão no item comodato.

Cabe registrar as informações sobre as salas de aula nos diferentes câmpus da UNIJUÍ. O

quadro 11 mostra que do conjunto de 182 salas de aula, 168 salas têm cadeiras estofadas, 103 estão

climatizadas e 51 dispõem de multimídia fixo.

Quadro 11 - Informações das salas de aula

25

II. PARECERES DOS RELATORES

2.1. Parecer da Relatora da Câmara de Graduação

O conjunto de ações desenvolvidas pela Vice-Reitoria de Graduação, no decorrer do ano de

2013, fortaleceu programas já constituídos e instituiu outros em consonância com as diretrizes internas

e externas, em sintonia com o Projeto Institucional de busca pela excelência acadêmica. Em 2013 o

Índice Geral de Cursos (IGC) da Unijuí – atribuído pelo Ministério da Educação, recebeu o Conceito 4

de um indicador que varia de 1 a 5, o que evidencia o acerto das políticas institucionais.

No programa de formação continuada de docentes ocorreram encontros gerais e outros com

especificidades para melhor atendimento às necessidades diagnosticadas. Da mesma forma, o

programa de qualificação de gestores acadêmicos, instituído em 2013, subsidiou os Coordenadores de

Curso em suas ações de gestão com os demais docentes, discentes e, ao atendimento às diretrizes

internas e externas de avaliação. Com relação a avaliação, por meio dos três subprogramas, há ainda

algumas dificuldades com relação a amostra de acadêmicos participantes, porém há clareza de

melhorias neste processo, assim como na autoavaliação docente. Na acessibilidade houve uma

melhora significativa com relação ao atendimento ao acadêmico e à infraestrutura. As notas do

ENADE divulgadas em 2013, referente aos cursos que realizaram a prova em 2012, podem ser assim

sistematizadas: um curso obteve nota 5, seis cursos obtiveram 4, nove cursos obtiveram 3, e três

cursos nota 2. Já o resultado do Conceito Preliminar de Curso (CPC) - que é a nota final de qualidade

dada pelo MEC – pode ser assim sistematizado: treze cursos com conceito 4, dois cursos com conceito

3 e os cursos na modalidade EaD ficaram sem conceito. A Instituição solicitou junto ao MEC

esclarecimentos sobre esse resultado, contudo ainda não obteve retorno satisfatório.

Considerando as ações destacadas do Relatório Anual do ano de 2013, o qual atende aos eixos

estruturantes elencados para a revisão do Planejamento de Desenvolvimento Institucional, com relação

a excelência acadêmica, profissionalização e sustentabilidade, sintetiza-se:

1) Excelência acadêmica:

modificação da nota do IGC de 3 para 4 no ano de 2013;

revisão do Núcleo de Formação Geral e Humanista;

no que tange aos PPC: implantação do Calendário de revisão;

inerente ao corpo docente: aperfeiçoamento do Programa de Avaliação Docente e

Programa de Formação Continuada, internalização dos PPC como condição do fazer

docente;

corpo discente: o destaque vai para a necessidade de aumentar a participação dos

mesmos nas avaliações e o retorno de resultados e encaminhamentos decorrentes, bem

como para a aprovação do Programa Discente de Voluntariado Acadêmico;

no aspecto da infraestrutura: melhorias na acessibilidade, investimento em tecnologias

e estrutura física.

2) Profissionalização da gestão:

na instância dos Núcleos Docentes Estruturantes: institucionalização do núcleo

enquanto instancia avaliativa, de acompanhamento e propositiva para os cursos de

graduação;

na instância dos Colegiados de Coordenação de Curso: implementação do Programa

de qualificação dos gestores acadêmicos com foco na gestão pedagógica e

administrativa do curso;

na instância dos professores: internalização dos Projetos Pedagógicos dos Cursos,

como condição do fazer docente;

26

3) Sustentabilidade:

otimização das ofertas das disciplinas orientada para oferta de turma, número mínimo

e médio de acadêmicos por turma e número mínimo e médio de créditos matriculados

por acadêmico;

revisão e institucionalização de Núcleos Comuns de disciplinas dos Cursos de

Graduação;

oferta de novos cursos de graduação.

Com base nessas considerações, a relatora posiciona-se favorável à aprovação do Relatório de

Atividades Anual UNIJUI 2013.

É o parecer.

Ijuí, 01 de abril de 2014.

Anagilda Bacarin Gobo - Conselheira Relatora

2.2. Parecer do Relator da Câmara de Administração

Procedida a análise, o parecer do relator é favorável à aprovação do Balanço 2013, com as

seguintes indicações:

1) Realizar e manter a sistemática de análises dos custos relacionados às atividades

institucionais.

2) Analisar e revisar os processos de trabalho das unidades de apoio para adequar

continuamente seus custos às atividades de apoio.

3) Continuar a efetivação da gestão dos tempos e quotas de pessoal, levando em conta o

Planejamento das Atividades Docentes (PAD) no semestre, embora todos os esforços

neste e em exercícios anteriores tenham sido realizados.

4) As despesas financeiras constituem o maior peso na geração de resultados institucionais.

Continuar a busca por alternativas para reduzir as taxas de juros e seu impacto nos

resultados.

5) Manter a sistemática de realizar estudo de mercado para o lançamento e a oferta de novos

cursos de graduação pela UNIJUÍ, para o incremento da receita, acompanhando as

diretrizes do PDI institucional.

6) Dar continuidade ao monitoramento das evasões dos vestibulandos para apresentar aos

coordenadores e professores dos cursos a evasão dos dois primeiros semestres de cada

curso.

7) Estudar oferta no período noturno para os cursos da área da saúde que tiveram redução do

número de créditos matriculados (Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia).

8) Monitorar as despesas com gratuidades para que não excedam o exigido pela lei.

9) Realizar um estudo para antecipar a confirmação das rematrículas dos alunos e renovação

de seu contrato de financiamento junto ao FIES para reduzir o tempo de recebimento dos

recursos do FIES e seu impacto no fluxo de caixa.

27

10) Estudar a viabilidade para o aumento do montante de FIES oferecido pela Unijuí.

11) Estudar e realizar uma análise de viabilidade econômica para os cursos em EaD, buscando

reposicionamento no mercado.

12) Monitorar a UNIÓLEOS, Editora e IRDeR para obter resultado positivo.

13) Buscar equilíbrio financeiro por programa de pós-graduação stricto sensu.

É o parecer.

Ijuí, 03 de abril de 2014.

Julio Cezar Oliveira Bolacell – Conselheiro Relator.

III – PARECERES DAS CÂMARAS

3.1. Câmara de Graduação – Parecer nº 02/2014, de 1º/04/2014.

A Câmara de Graduação reunida em 1º de abril de 2014, analisou o Processo CONSU nº

07/2014, com base no Parecer da Conselheira Relatora e emitiu seu parecer favorável à aprovação do

“Relatório de Atividades e Balanço anual UNIJUI 2013” com destaque para as atividades relativas ao

ensino de graduação, desenvolvidas pela Vice-Reitoria de Graduação, fazendo os seguintes destaques:

que é necessário fazer um trabalho mais focado aos Núcleos Docentes Estruturantes,

considerando-os enquanto potencialidade para a qualificação da reflexão estruturante dos

cursos. Sugere que seja analisada a possibilidade de reestruturação das instâncias que

coordenam as atividades dos cursos, com a extinção do Colegiado de curso, mantendo a

figura do Coordenador de Curso, transformando o NDE na instância avaliativa e de

acompanhamento do curso. E ainda, que o grupo de professores do semestre seja

efetivamente o grupo envolvido no desenvolvimento de planejamento e ações do período,

juntamente com a representação do discente, evitando as sobreposições atualmente

percebidas.

que é necessário que a instituição elabore um projeto de acessibilidade que envolva os

quatro câmpus.

A Câmara explicita sua preocupação com os diferentes formatos com que são demandados os

relatórios institucionais sugerindo que haja maior articulação entre os mesmos. Sugere, ainda, que

sejam adotados mecanismos de acumulação de dados que possam ser consolidados ao final do

período, evitando retrabalho.

Encaminhe-se à plenária do Conselho Universitário para deliberação.

Ijuí, 01 de abril de 2014.

Cátia Maria Nehring – Presidente, Anagilda Bacarin Gobo, Cristina Elisa Pozzobon,

Gustavo Arno Drews, Marcos Antônio Clebsch.

28

3.2. Câmara de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão nº 02/2014, de 03/04/2014.

A plenária da Câmara de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão reuniu-se no dia 03 de abril de

2014, analisou o relatório de atividades 2013 apresentado pela Vice-Reitoria de Pós-Graduação

Pesquisa e Extensão e é de parecer favorável a sua aprovação, recomendando:

a) a alteração na ordem dos textos iniciando com as ações de qualificação das políticas de

pesquisa, na seguinte sequência:

C. Ações de qualificação das políticas de pesquisa

D. Ações de qualificação dos programas de pós-graduação stricto sensu

E. Ações de qualificação dos programas de educação continuada

F. Ações de qualificação das políticas de extensão e cultura

b) no texto sobre as ações de qualificação das políticas de pesquisa:

a inclusão de informações sobre a produção dos grupos que tiveram participação de

membros no Edital Pesquisador (tabela nova);

a inclusão do número de alunos que participaram do Ciclo de Formação para a Pesquisa;

a inclusão do nome do palestrante do minicurso ministrado pela AIESEC no Ciclo de

Formação para a Pesquisa;

a inclusão do tempo de dedicação dos alunos do ensino médio (8 horas semanais);

a qualificação do texto do CEP/UNIJUÍ com outras informações;

a inserção da justificativa do alinhamento da temática do Salão do Conhecimento à

temática da Semana Nacional de C&T.

c) no texto sobre ações de qualificação dos programas de pós-graduação stricto sensu:

a inserção da produção científica anual dos docentes dos Programas de PG Stricto sensu.

d) no texto das ações de qualificação das políticas de extensão e cultura:

o redimensionamento do texto, com maior ênfase na política e diretrizes de extensão da

UNIJUÍ e exclusão da tabela contendo os nomes dos projetos desenvolvidos em 2013.

e) que a produção científica dos docentes dos Departamentos/PPGSS seja detalhada também

em números no relatório, indicando o tipo de produção e a classificação Qualis, quando for o

caso, possibilitando à Vice-Reitoria compor tabelas comparativas e fazer análises de

desempenho.

As recomendações dos itens a a d foram incorporadas ao texto final do relatório da Vice-

Reitoria que segue para análise do CONSU.

A Câmara considerou que a cada ano são elaborados vários relatórios para diferentes

órgãos/demandas, e que as mesmas informações são extraídas de diferentes fontes, com diferentes

metodologias dispendendo um significativo esforço e tempo de docentes e técnicos. Diante disso,

recomenda que sejam unificadas as fontes de informação, com vistas, à qualificação da informação e a

racionalização do tempo para sua elaboração, o que pode ser alcançado com o aperfeiçoamento no

sistema de informação institucional e a aquisição de softwares específicos, que permitiriam responder

as demandas de forma mais ágil e, acima de tudo, obter informações de melhor qualidade e maior

confiabilidade que expressem, de fato, a realidade. A partir de informações qualificadas seria

possível, respeitando limitações, utilizar os dados como indicadores das dimensões ensino, pesquisa e

extensão na intenção de identificar o nível de desenvolvimento técnico-científico da universidade, mas

também, a partir desse diagnóstico propor estratégias para os avanços que se fizerem necessárias. Por

fim, entende que os relatórios assim sistematizados, tornam-se importantes fontes de informação para

a gestão e o desenvolvimento institucional.

Encaminhe-se à plenária do CONSU para deliberação.

Ijuí, 03 de abril de 2014.

Evelise Moraes Berlezi – Presidente, Aldemir Berwig, Daniel Dal Alba e Liane Dal Molin Wissmann.

29

3.3. Câmara de Administração nº 01/2014 de 03/04/2014.

A Plenária da Câmara de Administração, reunida no dia 03 de abril de 2014, apreciou o

processo nº 07/2014 - Relatório de Atividades e Balanço Anual UNIJUÍ 2013 e acompanha o parecer

do relator e recomenda que:

- a Câmara realize um estudo do desempenho econômico financeiro dos cursos de pós-

graduação lato sensu e da Unidade de Educação Continuada.

A Câmara destaca a conquista do resultado positivo fruto do esforço institucional para atingir

este resultado, que é importante e deve ser perseguido nos próximos exercícios.

Encaminhe-se a plenária do CONSU para deliberação.

Ijuí, 03 de abril de 2014.

Laerde Sady Gehrke – Presidente, Júlio Cézar Oliveira Bolacell, Roberto Carbonera,

Cláudia Cargnelutti Didone e Jaeme Luiz Callai.

IV – DECISÃO DA PLENÁRIA DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO

O Conselho Universitário, reunido em sessão plenária no dia 10 de abril de 2014, analisou o

Processo nº 07/2014 e decidiu aprovar com louvor o Relatório de Atividades e Balanço Anual

2013 da Unijuí, acompanhando os pareceres dos relatores e das Câmaras, bem como ressaltaram a

importância dos esforços coletivos efetivados no exercício, que culminaram no excelente resultado

econômico-financeiro em 2013.

Sessão Plenária do CONSU, 10 de abril de 2014.

Profª Drª Cátia Maria Nehring

Presidente do CONSU em exercício

30

ANEXOS

Anexo 1 – Evasão dos Vestibulandos dos cursos de graduação presenciais

31

Anexo 2 - Matrícula de créditos nos cursos de graduação modalidade presencial

32

Anexo 3 - Matrícula de alunos nos cursos de graduação modalidade a distância

33

Anexo 4 - Quadro dos Resultados dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu

34

Anexo 5 - Quadro resumo dos cursos de pós-graduação lato sensu concluídos em 2013

35

Anexo 6 - Resultados dos Cursos de Extensão concluídos em 2013

36

Anexo 7 - Resultados dos Eventos de 2013