conservação e reabilitação de edificios

154

Upload: joana-de-castro-cortesao

Post on 08-Apr-2016

301 views

Category:

Documents


26 download

DESCRIPTION

CRE | Universidade de Évora | Licenciatura Engenharia Civil

TRANSCRIPT

Page 1: Conservação e reabilitação de edificios
Page 2: Conservação e reabilitação de edificios
Page 3: Conservação e reabilitação de edificios
Page 4: Conservação e reabilitação de edificios
Page 5: Conservação e reabilitação de edificios
Page 6: Conservação e reabilitação de edificios
Page 7: Conservação e reabilitação de edificios
Page 8: Conservação e reabilitação de edificios
Page 9: Conservação e reabilitação de edificios
Page 10: Conservação e reabilitação de edificios
Page 11: Conservação e reabilitação de edificios
Page 12: Conservação e reabilitação de edificios
Page 13: Conservação e reabilitação de edificios
Page 14: Conservação e reabilitação de edificios
Page 15: Conservação e reabilitação de edificios
Page 16: Conservação e reabilitação de edificios
Page 17: Conservação e reabilitação de edificios
Page 18: Conservação e reabilitação de edificios
Page 19: Conservação e reabilitação de edificios
Page 20: Conservação e reabilitação de edificios
Page 21: Conservação e reabilitação de edificios
Page 22: Conservação e reabilitação de edificios
Page 23: Conservação e reabilitação de edificios
Page 24: Conservação e reabilitação de edificios
Page 25: Conservação e reabilitação de edificios
Page 26: Conservação e reabilitação de edificios
Page 27: Conservação e reabilitação de edificios
Page 28: Conservação e reabilitação de edificios
Page 29: Conservação e reabilitação de edificios
Page 30: Conservação e reabilitação de edificios
Page 31: Conservação e reabilitação de edificios
Page 32: Conservação e reabilitação de edificios
Page 33: Conservação e reabilitação de edificios
Page 34: Conservação e reabilitação de edificios
Page 35: Conservação e reabilitação de edificios
Page 36: Conservação e reabilitação de edificios
Page 37: Conservação e reabilitação de edificios
Page 38: Conservação e reabilitação de edificios
Page 39: Conservação e reabilitação de edificios
Page 40: Conservação e reabilitação de edificios
Page 41: Conservação e reabilitação de edificios
Page 42: Conservação e reabilitação de edificios
Page 43: Conservação e reabilitação de edificios
Page 44: Conservação e reabilitação de edificios
Page 45: Conservação e reabilitação de edificios
Page 46: Conservação e reabilitação de edificios
Page 47: Conservação e reabilitação de edificios
Page 48: Conservação e reabilitação de edificios
Page 49: Conservação e reabilitação de edificios
Page 50: Conservação e reabilitação de edificios
Page 51: Conservação e reabilitação de edificios
Page 52: Conservação e reabilitação de edificios
Page 53: Conservação e reabilitação de edificios
Page 54: Conservação e reabilitação de edificios
Page 55: Conservação e reabilitação de edificios
Page 56: Conservação e reabilitação de edificios
Page 57: Conservação e reabilitação de edificios
Page 58: Conservação e reabilitação de edificios
Page 59: Conservação e reabilitação de edificios
Page 60: Conservação e reabilitação de edificios
Page 61: Conservação e reabilitação de edificios
Page 62: Conservação e reabilitação de edificios
Page 63: Conservação e reabilitação de edificios
Page 64: Conservação e reabilitação de edificios
Page 65: Conservação e reabilitação de edificios
Page 66: Conservação e reabilitação de edificios
Page 67: Conservação e reabilitação de edificios
Page 68: Conservação e reabilitação de edificios
Page 69: Conservação e reabilitação de edificios
Page 70: Conservação e reabilitação de edificios
Page 71: Conservação e reabilitação de edificios
Page 72: Conservação e reabilitação de edificios
Page 73: Conservação e reabilitação de edificios
Page 74: Conservação e reabilitação de edificios
Page 75: Conservação e reabilitação de edificios
Page 76: Conservação e reabilitação de edificios
Page 77: Conservação e reabilitação de edificios
Page 78: Conservação e reabilitação de edificios
Page 79: Conservação e reabilitação de edificios

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE

EDIFÍCIOS

Aula 2 e 3

1

CONSERVAÇÃO ?

REABILITAÇÃO ?

RESTAURO ?

2

É o conjunto de operações destinados à preservação,

protecção e manutenção do edificado.

CONSERVAÇÃO

3

É o conjunto de operações destinado a aumentar os níveis de

qualidade de um edifício, por forma a atingir exigências

funcionais mais severas do que aquelas para as quais o

edifício foi concebido.

REABILITAÇÃO

4

É o conjunto de operações destinado a restabelecer a unidade

da edificação do ponto de vista da sua concepção e

legibilidade originais, ou relativa de uma dada época ou

conjunto de épocas.

RESTAURO

5

CARACTERIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO EDIFICADO

6

Page 80: Conservação e reabilitação de edificios

✤O património edificado depende de cada País, região,

localidade, etc.;

✤Em função dos materiais disponíveis e do clima assim as

construções se tentam adaptar.

PATRIMÓNIO3EDIFICADO

7

✤ até 1950 a técnica mais utilizada era

a taipa;

✤ nalgumas zonas a alvenaria em pedra

e alvenaria em adobe;

✤ adobe: quando realizado com terra

mais arenosa, o adobe era travado

entre cada fiada horizontal com

pedaços de telha ou então uma

argamassa forte de cal e areia;

ALENTEJO

8

✤ casa de planta rectangular de um só piso;

✤ divisão principal é a sala e cozinha com uma grande

chaminé;

9

✤ chaminé serve para eliminar os fumos e ventilar o espaço;

✤ fachadas brancas devidas às sucessivas caiações;

✤ o embasamento e cercadura das janelas são pintados

com cores tradicionais: amarelo ou azul;

10

✤ poucas janelas e aberturas para evitar a passagem do

calor do exterior para o interior;

✤ incorporados às fachadas é usual encontrar contrafortes;

✤ à fachada também está

associado o poial;

11

✤ pavimentos interiores mais pobres eram em geral de terra

batida;

✤ pavimentos interiores melhores eram em baldosa, tijoleira

e seixos rolados;

12

Page 81: Conservação e reabilitação de edificios

✤ coberturas de duas águas e pouco inclinadas (26 a 27º)

utilizando telhas meia-cana ou canudo;

✤ paredes exteriores de taipa com uns 40 a 55 cm de

espessura;

✤ paredes de taipa têm um bom comportamento térmico;

✤ paredes interiores em adobe ou tabique de caniço com

uns 7 a 30 cm de espessura;

✤ o reboco exterior da taipa é feito de cal.

13

CONSTRUÇÃO3DE3UMA3PAREDE3TAIPA

14

15

PAREDE3TAIPA3REBOCADA3A3CAL

16

PAREDE3TAIPA3C/3BASE3DE3ALVENARIA3DE3PEDRA

17

PAREDE3DE3TAIPA3COM3TABIQUE

18

Page 82: Conservação e reabilitação de edificios

PAREDE3DE3ADOBE

19 20

✤ dominado pela alvenaria de pedra;

✤ em construções mais pobres também se utilizavam

paredes mais ligeiras em taipa de fasquio;

✤ zonas muito concretas (Viana do Castelo) em que se

utilizou taipa de terra comprimida.

NORTE3E3CENTRO

21

ALVENARIA3DE3PEDRA

P e d r a s r o l a d a s n ã o aparelhadas.

P e d r a s d i s p o s t a s irregularmente com uma fase aparelhada.

Pedras dispostas em camadas.

Perpianho.

22

Os edifícios podem ser classificados da seguinte forma:

✤Edifícios de alvenaria de pedra anteriores a 1755;✤Edifícios de alvenaria da época Pombalina e similares

(1755-1870);✤Edifícios de alvenaria de tijolo Gaioleiro (1880-1930);✤Edifícios mistos de alvenaria e betão armado

(1930-1940);✤Edifícios de betão armado preenchidos com grande

percentagem de alvenaria de tijolo (1940-1960);✤Edifícios de betão armado da última fase (1960-1980).

23

Edifícios de alvenaria de pedra anteriores a 1755:

✤ edifícios que sobreviveram ao terremoto;✤ podem ser considerados de dois tipos:

• edifícios de qualidade com paredes de alvenaria bem cuidada, pedra aparelhada (cunhais), existência de elementos de travamento, etc.;

• edifícios de má qualidade com paredes de alvenaria pobre, taipa mal conservada, muito deformados, sem elementos de travamento, uso de alguns arcos e abóbadas.

24

Page 83: Conservação e reabilitação de edificios

Edifícios de alvenaria de pedra anteriores a 1755:

✤ número de pisos entre 2 a 3, podendo ir até aos 4;✤ alguns edifícios apresentam “andar de ressalto”;✤ sem instalações sanitárias;✤ pé-direito pequeno;✤ grande densidade de paredes;✤ poucas aberturas para o exterior;✤ fraca iluminação;✤ pouca ventilação;

25

Edifícios de alvenaria de pedra anteriores a 1755:

✤ fundações directas, a pouca profundidade;✤ espaços aproveitados ao máximo;✤ problemas de ordem estrutural (materiais envelhecidos).

26

LISBOAEDIFÍCIOS3DE3ALVENARIA3DE3PEDRA3ANTERIORES3A31755

Vamos ver alguns pormenores (1)

27

LISBOAEDIFÍCIOS3DE3ALVENARIA3DE3PEDRA3ANTERIORES3A31755

Edifício com ressalto

28

LISBOALISBOA3ANTES3DO3MARMOTO3DE31755

29

LISBOAPLACAS3TECTÓNICAS

30

Page 84: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOAMARMOTO3DE31755

31

LISBOAMARMOTO3DE31755

32

LISBOAMARMOTO3DE31755

Convento do Carmo

(estilo gótico do séc. XIV)

33

LISBOAMARQUÊS3DE3POMBAL

34

LISBOAMARQUÊS3DE3POMBAL

35

LISBOAMARQUÊS3DE3POMBAL

36

Page 85: Conservação e reabilitação de edificios

Edifícios de alvenaria da época Pombalina e similares (1755-1870):

37

Edifícios de alvenaria da época Pombalina e similares (1755-1870):

✤ surge da reconstrução da cidade devido ao marmoto;✤ a partir dos edifícios que resistiram conseguiu-se apurar

quais as melhores alternativas para resistir a futuros marmotos ou terremotos;

38

Edifícios de alvenaria da época Pombalina e similares (1755-1870):

✤ construção pombalina:• gaiola em madeira;• 3 pisos mais mansarda;

39

Edifícios de alvenaria da época Pombalina e similares (1755-1870):

✤ construção pombalina:• paredes mestras de alvenaria de pedra de 1 ou 2

folhas são agora presas a um pórtico tridimensional interior em madeira;

40

Edifícios de alvenaria da época Pombalina e similares (1755-1870):

✤ construção pombalina:• os vãos aumentam devido à introdução de tabiqueria

aligeirada de madeira.

41

Edifícios de alvenaria da época Pombalina e similares (1755-1870):

• regularidade em planta e altura;• simetria;• pé-direito de 4 m de altura;• construção que já teve em consideração os

terremotos e incêndios;• a alvenaria resiste bem à compressão e a madeira à

tracção;

42

Page 86: Conservação e reabilitação de edificios

Edifícios de alvenaria da época Pombalina e similares (1755-1870):

• ligação entre peças de madeira era muito cuidada;• ligações entre as diferentes paredes também era

muito cuidada;• paredes de separação dos lotes vão acima da

cobertura - resistência ao fogo;• abóbadas ou arcos de pedra ou tijolo no r/c - evitar

contacto da madeira como o solo;• fundações por estacas - quando lamas e areias.

43

LISBOAPORMENORES3CONSTRUTIVOS

Vamos ver alguns pormenores (2) (3)

44

LISBOACONSTRUÇÃO3DA3GAIOLA3POMBALINA

A armação de madeira utilizada nas paredes mistas dos edifícios da Baixa pombalina, a gaiola ou esqueleto, é constituída por um elevado número de peças verticais, horizontais e inclinadas, devidamente ligadas entre si, formando as cruzes de Santo André que constituem um sistema sólido e com grande estabilidade. Nas paredes interiores que fazem as grandes divisões dos edifícios, aquela amarração designa-se por frontal, termo que pode também ser aplicado à própria parede.

45

A construção dos prédios passou a adoptar a, célebre e inovadora, estrutura da “gaiola pombalina” como solução anti-sísmica.

46

47 48

Page 87: Conservação e reabilitação de edificios

49

LISBOAPAREDE3DE3TABIQUE

Parede de tabique com fasquiado a s s e n t e e m t á b u a s a o a l t o e p o s t e r i o r m e n t e r e b o c a d o c o m a r g a m a s s a d e c a l . U t i l i z a d o principalmente em paredes divisórias.

50

Edifícios de alvenaria do tipo gaioleiro (1880-1930):

51

Edifícios de alvenaria do tipo gaioleiro (1880-1930):

✤ os edifícios passam a ter 5 a 6 pisos;✤ utiliza-se cada vez menos a “gaiola de madeira”;✤ as fachadas principal e posterior têm grande espessura,

uns 90 cm no R/C e uns 50 cm no 5º andar;✤ podem-se encontrar 3 tipos de paredes de alvenaria:

• paredes de pedra rija e argamassas de argila;• paredes resistentes de tijolo maciço (30 cm);• paredes divisórias de tijolo furado (15 cm).

✤ a estrutura do pavimento é em madeira;

52

Edifícios de alvenaria do tipo gaioleiro (1880-1930):

✤ a partir de meados do séc. XIX começam a aparecer marquises na zona posterior dos edifícios onde são instalados pequenos compartimentos para a sanita;

✤ com o aparecimento do ferro nos finais do séc. XIX começam a aparecer vigas (vencer vão maiores) e pilares de ferro;

✤ irregularidades em planta;✤ começa a ser incorporado o elevador;

53

Edifícios de alvenaria do tipo gaioleiro (1880-1930):

✤ construção é má;

54

Page 88: Conservação e reabilitação de edificios

Edifícios de alvenaria do tipo gaioleiro (1880-1930):

✤ construção é má;

55

Edifícios de alvenaria do tipo gaioleiro (1880-1930):

✤ edifícios com muita profundidade;✤ pouca iluminação natural;✤ aparecimento dos saguões, consistindo em aberturas

verticais com funções principais de iluminar e ventilar os apartamentos, apenas visíveis do interior das habitações e têm a mesma constituição que as paredes exteriores;

✤ fundações directas por sapatas contínuas a pouca profundidade.

56

1900-1920

57

Saguão

58

59

LISBOAPORMENORES3CONSTRUTIVOS

Vamos ver alguns pormenores (4)

60

Page 89: Conservação e reabilitação de edificios

Edifícios mistos de alvenaria e betão armado (1930-1940):

✤ lajes maciças de betão vão substituindo os pavimentos de madeira;

✤ desaparece o uso da madeira como elemento estrutural;✤ lajes de betão asseguram um bom travamento horizontal;✤ o pé direito passa para os 3 m de altura;✤ não apresenta saguões;✤ fundações contínuas;

61

Edifícios mistos de alvenaria e betão armado (1930-1940):

✤ lajes de betão armado com espessuras extremamente reduzidas;

✤ lajes de betão armado com armaduras lisas.

62

1930-1940

63

Edifícios de betão armado preenchidos com grande percentagem de alvenaria de tijolo (1940-1960):

✤ edifícios com 6 a 8 pisos;✤ apenas a partir dos anos 50 é que começa a ser

sistemática a aparição dos edifícios de betão armado;✤ a estrutura é sob a forma de pórtico de betão armado;✤ paredes exteriores: paredes duplas de alvenaria de tijolo;✤ paredes interiores: meia parede de alvenaria de tijolo;✤ em planta apresenta a característica típica de “rabo de

bacalhau”;

64

Edifícios de betão armado preenchidos com grande percentagem de alvenaria de tijolo (1940-1960):

✤ planta irregular;✤ não têm saguão;✤ uso da alvenaria de tijolo ainda com função resistente;✤ fundação com sapatas sob pilares;✤ sapatas sem armaduras;✤ lajes com pouca espessura (10-12 cm).

65

EDIFÍCIOS3DE3BETÃO3ARMADO3E3ALVENARIA3DE3TIJOLO

Planta em “rabo de bacalhau”

(1940-1950)

66

Page 90: Conservação e reabilitação de edificios

EDIFÍCIOS3DE3BETÃO3ARMADO3E3ALVENARIA3DE3TIJOLO

Planta em forma quadrangular(1950-1960)

67

EDIFÍCIOS3DE3BETÃO3ARMADO3E3ALVENARIA3DE3TIJOLO

1950-196068

LISBOAPORMENORES3CONSTRUTIVOS

Vamos ver alguns pormenores (5)

69

Edifícios de betão armado da última fase (1960-1980):

✤ grande variedade de tipologias;✤ aparecimento de:

• urbanizações planificadas;• urbanizações pouco planificadas;• urbanizações para habitação social;• construções em zonas clandestinas.

✤ a altura das duas primeiras urbanizações pode chegar aos 9 pisos;

✤ a habitação social vai desde os 4 a 6 pisos.

70

LISBOAPORMENORES3CONSTRUTIVOS

Vamos ver alguns pormenores (6)

71

EVOLUÇÃO3NOS3EDIFÍCIOS3DO3SÉC.3XX

Gaioleiro Mista Betão Armado

72

Page 91: Conservação e reabilitação de edificios

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE

EDIFÍCIOS

Aula 4

1

CARACTERIZAÇÃO CONSTRUTIVA

2

Incluem-se nesta definição todos os

edifícios construídos até ao início dos

anos 40 do séc. XX, já que os posteriores

são os já conhecidos edifícios de Betão

Armado.

CARACTERIZAÇÃO+CONSTRUTIVA

3

✤Podem ser:

• sapatas isoladas - no caso de pilares;

• contínuas - no caso de paredes.

✤Material: alvenaria de pedra ou de tijolo;

✤A área de contacto da fundação tem de ser superior à da

parede, para que se consigam distribuir melhor as cargas;

✤ a alvenaria da fundação é mais pobre que a das paredes,

por ser este um elemento de transição.

FUNDAÇÕES

4

✤ Tipos de fundações:

• fundação directa corrente - continuidade das

paredes para fundações (um pouco mais largas

estas últimas);

FUNDAÇÕES

5

• fundação semi-directa com poços e arcos -

abertura de poços quadrangulares com cerca de 1 m

de largura de 3 em 3 metros. No topo destes

executam-se arcos de alvenaria que os unem e por

cima dos poços realiza-se a parede de alvenaria.

FUNDAÇÕES

6

Page 92: Conservação e reabilitação de edificios

• fundação por estacaria - solos brandos como os

arenosos, etc.. Ex: baixa pombalina.

FUNDAÇÕES

7

Como determinar o tipo de

fundação ???

SONDAGENS

FUNDAÇÕES

8

Sondagens a edifícios antigos:

✦ abertura de poços de inspecção;

✦ com dimensão que permita o acesso e movimento de um

homem;

✦ observação da fundação;

✦ observação do terreno;

✦ inspecção visual directa que pode ser complementada

com ensaios laboratoriais.

FUNDAÇÕES

9

Outra alternativa seriam as sondagens por furação com

recolha de material.

FUNDAÇÕES

10

Designadas também por paredes

mestras.

PAREDES+RESISTENTES

11

Principais características:✦ grande espessura:

• menor esbelteza;• menor risco de instabilidade por encurvadura;• maior núcleo central;• maior resistência ao derrubamento.

✦materiais heterogéneos;✦ razoável resistência à compressão;✦menor resistência ao corte;✦ baixa resistência à tracção.

PAREDES+RESISTENTES

12

Page 93: Conservação e reabilitação de edificios

✦ as melhores apresentam silhares nas esquinas;

✦ aberturas de vãos com recurso a lintéis de pedra (mais frágeis), lintéis de madeira (estes últimos os mais utilizados, mas que apodreciam) e arcos de pedra;

PAREDES+RESISTENTES

13

✦ arcos de alvenaria de pedra são melhores que os de alvenaria de tijolo maciço;

✦ paredes mestras com pequenos arcos de descarga por cima dos vãos das janelas e portas.

PAREDES+RESISTENTES

14

Principais características:

✤Piso térreo: terra batida ou enrocamento de pedra com

revestimento de pedra, ladrilho, tijoleiras cerâmicas ou

sobrados de madeira;

✤Pisos elevados: uso da madeira como elemento estrutural

ou arcos e abóbadas em alvenaria de pedra;

✤Caves: edifícios de melhor qualidade os tectos das caves

eram de abóbadas, já que estariam em contacto com

zonas mais húmidas;

PAVIMENTOS

15

Principais características:

✤ sobre os arcos e abóbadas, duas soluções:

• estrutura de madeira apoiada nos elementos de

alvenaria, construindo o vigamento para o suporte

do soalho de madeira;

• enchimento do arco com entulho, posteriormente era

colocada camada de argamassa que servia de base

para o assentamento do soalho, latejos de pedra ou

de placas de materiais cerâmicos.

PAVIMENTOS

16

Características dos elementos que os integram:

✤ pavimentos de madeira:

• castanho (português);

• choupo;

• cedro;

• carvalho;

• casquinhas (Europa Central e América do Norte).

O pinho e o eucalipto são menos comuns nos edifícios antigos.

PAVIMENTOS

17

Características dos elementos que os integram:

✤ arcos e abóbadas:

• pedra talhada - construções mais nobres de

natureza religiosa e militar;

• alvenaria de pedra irregular - necessita de cofragens

e cimbres;

• alvenaria cerâmica - com formas simétricas e rigor

geométrico e estrutural.

PAVIMENTOS

18

Page 94: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOACOBERTURAS

Principais características:

✤ coberturas inclinadas (as que mais predominam);

✤ coberturas planas;

✤ em terraço (arcos e abóbadas);

✤ coberturas curvas (abóbadas e cúpulas).

19

LISBOACOBERTURAS

Principais inclinadas:

20

LISBOACOBERTURAS

Principais inclinadas:

21

LISBOACOBERTURAS

Principais inclinadas:

22

LISBOACOBERTURAS

Principais inclinadas:

23

LISBOACOBERTURAS

➡ Dependendo da importância do edifício, assim as

coberturas são mais complexas.

➡ podem ter várias águas, dependendo da geometria do

edifício.

24

Page 95: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOACOBERTURAS

➡ Quando exista uma estrutura de madeira a suportar a

cobertura adoptam-se soluções pregadas, coladas, ao

auxilio de peças em ferro, sistemas de encaixe e de

ensambladuras, por forma a melhorar as ligações de apoio.

25

LISBOACOBERTURAS

26

LISBOACOBERTURAS

➡ As peças metálicas não são só utilizadas na união das

diferentes peças de madeira, mas também na união da

asna com a parede (esta última, ajuda a evitar o colapso da

cobertura).

27

✤madeira (mais comum);

✤ pedra;

✤metálicas.

ESCADAS

28

No séc. XVII:

• um único lanço entre andares;

• localizadas junto às empenas dos edifícios;

• largura inferior a 1 m;

• espelhos de uns 0,20 m.

No séc. XVIII:

• escadas com dois lanços;

• largura superior a 1 m;

• localizada no centro do edifício.

ESCADAS+MADEIRA

29

✦mais usado no exterior, mas também no interior;

✦ construção rural;

✦ frequente uso no primeiro lanço de escadas.

ESCADAS+PEDRA

30

Page 96: Conservação e reabilitação de edificios

ESCADAS+METÁLICAS

✦ aparecem no final do séc. XIX;

31

✤ nem todas têm função estrutural;

✤ ajudam no travamento geral da estrutura em caso de

sismo, devido à sua interligação entre paredes,

pavimentos e coberturas.

PAREDES+DE+COMPARTIMENTAÇÃO

32

Tipos de paredes de compartimentação:

✤ adobe (blocos de argila cozida ao sol);

✤ taipa (argila compactada);

✤ tabiques de madeira (fasquiado aplicado sobre tábuas

ao alto revestido com barro ou reboco de argamassa de

cal e saibro);

✤ frontal (Cruzes de Santo André) - estrutura de madeira

com alvenaria de tijolo maciço ou de pedra irregular com

argamassa;

PAREDES+DE+COMPARTIMENTAÇÃO

33

Tipos de paredes de compartimentação:

✤ alvenaria de tijolo (fácil execução e económicas) a partir

de meados do séc. XIX - pior comportamento frente a um

sismo.

PAREDES+DE+COMPARTIMENTAÇÃO

34

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✤ revestimentos de paredes:✴ primeira protecção do edifício, a chamada “pele”;✴ paredes de alvenaria:

• rebocos de argamassas fracas com areia e cal aérea, ou areia e barro;

• traço 1:2 e 1:3 (cal e saibro) - baixa retracção, fraca resistência mecânica; boa porosidade; boa aderência à base e boa trabalhabilidade;

• é necessário conhecer os traços e materiais utilizados nos rebocos dos edifícios antigos a reabilitar.

35

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

• rebocos antigos tinham em geral 3 camadas, a primeira a mais forte (com mais ligante), pois permitia a ligação à base;

• revestimento final podia ser mais fino, como é o caso de estuques, argamassas de cal e gesso, ou apenas gesso. Mais recentemente cimento, cal e gesso;

• união de materiais com características mecânicas tão di ferentes (módulo de elast ic idade, coeficientes de retracção, etc) cria dificuldades de ligação - ex: madeira vs argamassa.

36

Page 97: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✤ acabamentos de paredes:✴ caiação a branco, ou com cores adicionando

pigmentos;✴ a cal é obtida da cal viva, em pedra ou em pó;✴ uso de aditivos, para ajudar a fixar a cal: óleos, por

exemplo;✴ azulejos - decoração e durabilidade da fachada;✴ uso de argamassas fortes para garantir boa ligação do

tosco ao azulejo e suficientemente fracas para minimizar os efeitos da retracção durante a secagem;

37

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

38

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✴ estuque liso ou decorado, escaiola para simular a nobreza da pedra e a printura à base de óleo de linhaça.

39

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✤ revestimentos de piso:✴madeira nos pisos elevados:

• casquinhas;• pitespaine;• castanho;• pinho marítimo;• carvalho;• madeiras exóticas de África, Brasil e Índia.

✴ dureza da madeira importante para evitar o desgaste;✴ lajedos de pedra, tijoleiras e ladrilhos cerâmicos em

pavimentos térreos.40

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✤ acabamentos de piso:✴ acabamento serve para: decoração ou protecção do

revestimento;✴ revestimentos de madeira:

• lavagem periódica do pavimento e aplicação de ceras que embelezam e protegem o mesmo.

✴revestimentos de pedra:• sem acabamento específico;• “amaciado” que é um polimento para um

acabamento mais liso e brilhante.

41

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✴materiais cerâmicos:• aplicação de produtos oleósos, gordos, que

impregnem o revest imento, tornando-se impermeável, mas sem película;

• também se utilizava o óleo de linhaça.

42

Page 98: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✤ revestimentos de tecto:✴ em pavimentos com estrutura de madeira:

• forros: “saia e camisa” com pranchas colocadas em fiadas sobrepostas;

43

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

• forro justaposto com encaixe em meia madeira, macho-fêmea ou com alheta;

• estuques à base de cal e gesso aplicados sobre fasquiado de madeira. O mesmo pode ser trabalhado.

44

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✴ em tectos de pavimentos à base de arcos e abóbadas de alvenaria:

• deixa-se à vista;• rebocar com argamassas de cal e areia para

posteriormente receber pintura ou acabamento com camada de estuque, simples ou decorado.

45

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✤ acabamentos de tecto:✴ pinturas com tintas de óleo, simples ou decoradas;✴ tectos estucados ou rebocados podem ser ou não

pintados;✴ tectos estucados, podem-se encontrar pinturas de

decorativas;✴ caiação nos tectos rebocados.

46

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✤ revestimentos de cobertura:✴ telhas:

• telha cerâmica (mais comum, a de canudo);• c o n s t r u ç õ e s m a i s p o b r e s a t e l h a e r a

simplesmente colocada;• cons t ruções me lho res e ram ap l i cadas

argamassas nas juntas;• telhado “mouriscado”, canais são preenchidos

com argamassa, resultando um telhado de superfície quase lisa.

47

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

48

Page 99: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✴ beirados:• simples ou duplo, rematando cimalhas de pedra

ou de argamassa.

✴ drenagem de águas pluviais:• água é directamente escoada do beirado para a

rua;• recolha de águas exteriormente à cobertura e ao

edifício - uso de caleiras fora do beirado (zinco, chumbo ou cobre);

49

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

• intercepção da água antes de chegar ao beirado (sistema mais complexo, assegurar o adequado remate das uniões).

✴ chaminés:• remate do telhado com estes elementos

emergentes tem de ser cuidado.✴ juntas entre edifícios contíguos:

• tem de ser cuidada.

50

LISBOAREVESTIMENTOS+E+ACABAMENTOS

✴ telha Marselha:• apareceu no séc. XVIII em Portugal;• facilita a construção dos telhados;• a sua configuração permite uma fácil circulação

da água.✴ coberturas planas:

• mais complexas;• pendente razoável, 1 a 2%;• impermeabilização é difícil de obter;• recorre-se ao uso de lâminas de chumbo, cobre

ou zinco em zonas de maior pluviosidade.51

Page 100: Conservação e reabilitação de edificios

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE

EDIFÍCIOS

Aula 5

1

CARACTERIZAÇÃO

CONSTRUTIVA

2

Incluem-se nesta definição todos os

edifícios construídos até ao início dos

anos 40 do séc. XX, já que os posteriores

são os já conhecidos edifícios de Betão

Armado.

CARACTERIZAÇÃO+CONSTRUTIVA

3

✤madeira (frequentemente em casquinha);

✤ diferentes configurações, formatos e tipologias;

✤ partes fixas: menor número de problemas e dificuldades

construtivas;

✤ partes móveis:

• uma folha ou folhas múltiplas;

• janelas deslizantes (guilhotina);

• janelas de abrir;

CAIXILHARIA

4

• janelas basculantes e pivotantes;

• folha da janela é preenchida por uma ou duas

chapas de vidro liso (uso generalizado a partir do

séc. XVI);

✤ portas exteriores:

• elemento nobre de construção;

• madeira maciça;

• de uma só folha;

CAIXILHARIA

5

• com ou sem postigo;

✤ protecção da entrada directa de luz:

• portadas exteriores (até meia altura das janelas);

• venezianas e persianas (uso generalizado a partir do

séc. XIX);

• portadas interiores de madeira maciça, podendo

ainda ter postigos.

CAIXILHARIA

6

Page 101: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOACANTARIAS

✤ função estrutural em pedra aparelhada localizada em:• pilastras;• contorno de aberturas de portas e janelas;• cimalhas e cornijas;• socos;• etc.

✤ função decorativa;✤ pedra trabalhada em rochas de boa qualidade (boa

resistência mecânica);✤ pedras extraídas de pedreiras da região;

7

LISBOACANTARIAS

✤ dos mais antigos para os mais recentes:• diminuição das pedras utilizadas;• abandono das pilastras, cornijas e outros elementos

decorativos.✤ superfície aparente da pedra:

• lisa;• bujardada a pico fino;• bujardada a pico médio;• bujardada a pico grosso;• “esponteirada” ou “escacilhada”;• com formas e figuras esculpidas.

8

LISBOACANTARIAS

✤ assentamento das cantarias era feito com:• argamassas de cal e areia;• pregagens e gateamentos com elementos de ferro

ou de bronze, chumbados à cantaria ou embebidos nas alvenarias.

9

✤ pavimentos:

• pavimentos em vigas de ferro, perfis em I

completados com pequenas abóbadas de alvenaria

(final do séc. XIX);

• zonas de varandas e marquises;

• tectos de caves;

• cozinhas e casas de banho;

• problemas de corrosão do ferro.

ELEMENTOS+DE+FERRO

10

✤ coberturas:

• edifícios industriais;

• armazéns;

• gares de caminho de ferro, etc.

• forma estrutural: asnas e vigas triangulares;

• estruturas mistas de ferro e madeira.

ELEMENTOS+DE+FERRO

11

✤ escadas:

• varandas e marquises no tardoz dos edifícios

(escadas de serviço).

ELEMENTOS+DE+FERRO

12

Page 102: Conservação e reabilitação de edificios

✤ fixações, ligações e travamentos:

• fixação de elementos de pedra;

• elementos decorativos em varandas, cornijas,

platibandas, etc.;

• elemento de ferro era “chumbado”, vazamento de

chumbo ou enxofre liquefeito em cavidades

executadas nos elementos de pedra;

• chumbo: boa ductibilidade e boa impermeabilidade;

ELEMENTOS+DE+FERRO

13

• fixação de elementos de ferro e madeira e paredes

de alvenaria.

ELEMENTOS+DE+FERRO

14

✤ tirantes e esticadores:

• arcos;

• abóbadas;

• asnas de cobertura.

ELEMENTOS+DE+FERRO

15

✤ elementos de guarda e protecção das janelas, varandas,

terraços e coberturas:

• elementos decorativos;

• protecção contra a corrosão com recurso a tintas de

óleo.

ELEMENTOS+DE+FERRO

16

✤ pequenos elementos “quinquilharia”:

• dobradiças;

• fechaduras;

• trancas;

• outros elementos aplicados em caixilharia.

ELEMENTOS+DE+FERRO

17

✤ instalações muito rudimentares;

✤ redes eléctricas:

• em situações deploráveis;

• localizadas no exterior das paredes;

✤ redes de abastecimentos de água:

• embebidas nas paredes;

• abastecem cozinhas e casas de banho;

• chumbo era o material mais utilizado (hoje em dia

proibido);

INSTALAÇÕES

18

Page 103: Conservação e reabilitação de edificios

✤ redes de esgotos residuais:

• existem em paralelo com a rede de águas;

• ramal de ligação ligado a uma pia de despejos na

cozinha e um tubo de queda embebido numa parede

exterior;

✤ redes de esgotos de águas pluviais:

• captação da água através de caleiras e descarga

directa para a via pública ou rede de esgotos.

INSTALAÇÕES

19

Page 104: Conservação e reabilitação de edificios

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE

EDIFÍCIOS

Aula 6

1

PATOLOGIAS DOS

EDIFÍCIOS E DOS SEUS

MATERIAIS

(PARTE I)

2

LISBOAGENERALIDADES

✤ anomalias:• causas naturais;• envelhecimento dos materiais;• falta de operações de manutenção;• desgaste dos materiais devido ao clima, utilização,

desastres naturais, etc.;• anomalias construtivas;• intervenções de manutenção e reabilitação erróneas;• alterações funcionais nos compartimentos;• humidades.

3

✤ terreno da fundação:

✴ alteração das características dos solos, associadas

à presença de água:

• alterações do nível freático por efeito de

bombagens provocando assentamentos;

• rebaixamento nível freático e afectação dos

edifícios contíguos;

• infiltrações da águas das chuvas ou de rotura

de canalizações.

ANOMALIAS-EM-FUNDAÇÕES

4

✴ descompressões provocadas por perturbações dos

equilíbrios pré-existentes:

• movimentos de terra nas imediações dos

e d i f í c i o s a n t i g o s p o d e p r o v o c a r

assentamentos;

• vibrações associadas a movimentos de terra

nas imediações também pode provocar

assentamentos;

ANOMALIAS-EM-FUNDAÇÕES

5

✤ fundações:

✴ apodrecimento de estacas de madeira (alteração

das condições de humidade);

✴ no caso das sapatas e poços, envelhecimento dos

materiais constituintes:

• águas subterrâneas arrastam os finos das

alvenarias de fundação;

• meteorização das fundações, provocada pela

exposição ao ar - redução da secção da

fundação.

ANOMALIAS-EM-FUNDAÇÕES

6

Page 105: Conservação e reabilitação de edificios

✤ ao edifício no seu conjunto:

✴ fundações inadequadas para o tipo de solo;

✴ dimensões das fundações insuficientes;

✴ as fundações não alcançam os estratos mais

resistentes.

ANOMALIAS-EM-FUNDAÇÕES

7

Evitar que ocorra este tipo de situações:

15

Física dos Edifícios

Docente: Pedro Lança

Escola Superior de

Tecnologia e Gestão

Capítulo 3 – Fundações

!N#$%AC()O ,O-O-$,#%U#U%A (!)

2undaç8es sem assentamentos

Assentamentos globais

Assentamentos diferenciais

> Assentamento de fundações

ANOMALIAS-EM-FUNDAÇÕES

8

✤Devido a razões de natureza estrutural ou à presença de

água e à acção de agentes climatéricos, podem provocar:

✴ desagregação;

✴ esmagamento;

✴ fendilhação.

✤ paredes com elementos de madeira:

✴ apodrecimento;

✴ ataques de fungos;

✴ carunchos;

ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES

9

✴ presença esporádica de água.

✤ fendilhação paredes de alvenaria:

✴movimentos de assentamentos das fundações

(diferenciais);

✴ fendas normalmente aparecem em pontos mais

fracos da construção (ex. aberturas de portas e

janelas);

✴ fendilhação sobre as aberturas de portas e janelas:

• falta de resistência dos lintéis;

ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES

10

• acção dos sismos, provoca esforços de corte

(fendas com 45º);

✴ comportamento das coberturas:

• coberturas de terraço, o deficiente isolamento

térmico provoca fendas horizontais de ligação

parede-cobertura.

ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES

11

• impulsos horizontais devido ao abatimento de

arcos ou disfuncionamentos estruturais de

asnas de cobertura associadas à aplicação de

forças de corte no topo das paredes, podem

provocar a rotação da própria parede;

✴ as acções de or igem térmica, devidas a

assentamento de fundações e a impulsos

horizontais, podem provocar:

• fendilhação (vertical);

ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES

12

Page 106: Conservação e reabilitação de edificios

• “deslocamento” das paredes interligadas

(horizontal).

✤ esmagamento das paredes:

✴ aplicação de cargas concentradas excessivas;

✴ abertura de vãos e falta de condições de segurança

da nova solução;

✴ zonas de contacto lateral entre vigas de madeira

(sem estar devidamente seca) e alvenaria;

ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES

13

✴ paredes das caves dos novos edifícios forem

ancoradas, estas podem provocar pressões

ascendentes no solo que se transmitem às

fundações do edifício antigo e destas às suas

paredes, ocorrendo o seu esmagamento ao nível do

primeiro piso.

✤ desagregação das paredes:

✴ agravamento da fendilhação;

✴ agentes climáticos: calor/frio, vento, poluição, água;

ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES

14

✴ acções meteóricas: poluição (desgaste superficial

das paredes);

✴ verifica-se mais ao nível do r/c;

✴ água é o principal agente causador:

• humidades infiltradas nas paredes;

• água provoca a lixiviação dos sais solúveis das

argamassas;

• roturas de redes de esgotos de águas

residuais.

ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES

15

✴ com a desagregação as características mecânicas

são alteradas (redução da resistência à compressão

e corte).

✤ deficiências de execução das paredes de alvenaria de

pedra irregular;

✤ infiltrações de água:

✴ em paredes exteriores;

✴ em paredes meãs (paredes de dois edifícios

diferentes), infiltrando-se através da junta;

ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES

16

✴ paredes onde passem redes de águas (grês, são

muito rígidos e incompatíveis com a elasticidade da

madeira).

ANOMALIAS-EM-PAREDES-RESISTENTES

17

✤ estrutura de madeira, revestido a madeira;

✤ estrutura de abóbadas e arcos, são revestidos a alvenaria

de pedra ou de tijolo;

✤ estruturas de ferro;

✤ anomalias da madeira:

✴ envelhecimento do material:

• fluência;

• empenamentos;

• fissuras, etc.

ANOMALIAS-EM-PAVIMENTOS

18

Page 107: Conservação e reabilitação de edificios

✴ presença de água:

• infiltrações nas paredes e coberturas;

• zonas de contacto dos pavimentos com as

paredes são as mais críticas;

• fungos;

• podridão;

• ataques de insectos xilófagos (térmitas e

carunchos);

ANOMALIAS-EM-PAVIMENTOS

19

• tem de haver manutenção ao longo do seu

período de vida útil e possível substituição de

certos elementos;

• atenção à conservação e ao isolamento de

redes de águas residuais e esgotos em

contacto com pavimentos de madeira;

• corte de vigamento de madeira para a

passagem de tubagens vai alterar a resistência

estrutural do pavimento;

ANOMALIAS-EM-PAVIMENTOS

20

• o projecto dos pavimentos de madeira foi

sendo simplificado ao longo dos tempos;

• a qua l idade da made i ra também fo i

decrescendo;

• deixam-se de utilizar peças auxiliares de ferro

em ligações.

ANOMALIAS-EM-PAVIMENTOS

21

✤ anomalias da abóbadas e arcos:

✴ s im i l a res às das pa redes de a l vena r i a :

esmagamentos, desagregações e fendilhações.

✤ anomalias em estruturas de ferro:

✴ corrosão:

• húmidade;

• entrega das vigas de ferro nas paredes.

ANOMALIAS-EM-PAVIMENTOS

22

LISBOAANOMALIAS-EM-COBERTURAS

✤ deficiências de projecto e execução;

✤ secções de madeira insuficientes;

✤ deformação das estruturas de madeira por fluência;

✴ entrada de água;

✴ apodrecimento da madeira;

✴ queda da cobertura.

✤ entupimentos de redes de drenagem, clarabóias, caleiras

e algerozes, sejam elas por falta de limpeza ou falta de

inclinação.23

✤madeira (mais predominantes);

✤ pedra;

✤ ferro (a partir do final do séc. XIX);

✤ desgaste dos degraus no caso da madeira e pedra;

✤ corrosão no caso das escadas de ferro.

ANOMALIAS-EM-ESCADAS

24

Page 108: Conservação e reabilitação de edificios

✤ assentamentos diferenciais nas fundações provocam

deformação nos pavimentos que por sua vez provocam

fissuras e abaulamentos nas paredes secundárias;

✤ sobrecarregamento dos pavimentos provocam

sobrecargas também nestas paredes;

✤ envelhecimento dos materiais associados à presença de

água;

✤ falta de isolamento térmico, acústico e resistência ao

fogo.

ANOMALIAS-EM-PAREDES-DE-COMPARTIMENTAÇÃO

25

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

✤ revestimentos de paredes:

✴ fendilhação do reboco (retracção das argamassas,

fendilhação da parede);

✴ desagregação do reboco (humidade);

✴ empolamento do reboco (humidade);

✴ acção abrasiva do vento e chuva;

✴ esmagamento do reboco (tal como acontecia nas

paredes);

✴ desprendimento dos azulejos:26

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

• desprendimento (tracções nos rebocos);

• fendilhação (retracção da argamassa ,

compressão nos azulejos).

✴ revestimentos de paredes que incorporem madeira:

• rotura da ligação de aderência entre a

argamassa de reboco e a madeira;

• corrosão dos elementos metálicos.

✤ acabamentos de paredes:

✴ pintura;27

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

✴ caiações;

✴ alteração do aspecto quando as pinturas e caiações

são exteriores devido a:

• radiações solares;

• sujidade.

✴ uso de tintas inadequadas:

• tintas pouco permeáveis (não deixam respirar a

parede);

28

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

• texturas diferentes (paredes mais ásperas,

favorece a retenção de poeiras e sujidade).

✤ revestimentos de pavimento:

✴ revestimentos de madeira:

• deterioração da madeira:

• insectos xilófagos (caruncho e térmitas);

• fungos de podridão seca e húmida.

• abaulamentos (deformação excessiva);

29

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

• fendilhação das tábuas de solho (secagem da

madeira);

• desgaste superficial.

✴ revestimentos à base de pedra:

• desgaste superficial;

• fendilhação (problemas de assentamento de

outros elementos);

• desagregações (reacções físico-químicas com

a água e elementos de limpeza).30

Page 109: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

✴ revestimentos à base de materiais cerâmicos:

• desgaste superficial;

• fendilhação (problemas de assentamento de

outros elementos, térmica);

• desprendimento dos ladrilhos (ocorre quando

as argamassas de assentamento são fracas);

• desagregações (reacções físico-químicas com

a água e elementos de limpeza, gelificação).

31

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

✤ revestimentos de tecto:

✴ rebocos de argamassa em tectos de abóbadas de

pedra e tijolo é igual aos revestimentos de paredes

resistentes;

✴ r eves t imen tos em made i ra i dên t i co aos

revestimentos de piso em madeira;

32

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

✴ revestimentos à base de gesso:

• deformações excessivas (falta de rigidez das

estruturas dos tectos);

• fendilhações (associada à deformação,

vibrações, ou retracções das massas de

gesso).

✤ acabamentos de tectos:

✴ pinturas com tintas de óleo:

• empolamentos;33

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

• fissurações;

• destacamentos;

• manchas;

• falta de aderência;

• alteração da cor;

• exige manutenção em cada década.

✤ revestimentos de cobertura:

✴ coberturas em terraço:

• deteriorações da própria cobertura;34

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

• sistema de impermeabilização utilizado;

• sistemas de drenagem;

• captação e evacuação da água da chuva.

✴ garantia de estanquidade (água);

• degradação da base;

• degradação do revestimento (deformações

excessivas e fendilhações da estrutura de

cobertura).

35

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

✴ revestimentos à base de pedra e de elementos

cerâmicos - fendilhação (variação da temperatura);

✴ coberturas inclinadas:

• deficiências das redes de drenagem de águas

pluviais:

• acumulação de lixos;

• crescimento de plantas;

• entupimento de caleiras e tubos de

queda;36

Page 110: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOAANOMALIAS-EM-REVESTIMENTOS-E-ACABAMENTOS

• envelhecimento dos materiais;

• telhas partidas;

• telhas mal colocadas;

• aumento do peso da cobertura;

• inexistência ou danificação de telhas de

ventilação, passadeiras ou remates.

37

✤madeira:

✴ apodrecimento (humidade);

✴ empenamentos;

✴ abertura de juntas.

✤ falta de manutenção periódica;

✤ exposição directa à radiação solar, chuva e vento;

✤mau funcionamento dos furos de drenagem nas tábuas

de peito;

ANOMALIAS-EM-CAIXILHARIA

38

✤ envelhecimento dos materiais de assentamento e

vedação dos vidros;

✤ degradação dos fechos e ferragens;

✤ fractura de vidros;

✤ desajustamento da caixilharia face a exigências de

conforto e de economia.

ANOMALIAS-EM-CAIXILHARIA

39

LISBOAANOMALIAS-EM-CANTARIAS

✤ desgaste da pedra: água da chuva;

✤ sujidade: poluição atmosférica;

✤ fendilhação e fracturação: assentamentos de fundações;

✤ eflorescências: migração de sais através das pedras.

40

✤ corrosão: precisa de água e oxigénio, podendo ser

acelerada com a presença de cloretos (água do mar

contém muitos);

✤ a corrosão provoca expansão.

ANOMALIAS-EM-ELEMENTOS-DE-FERRO

41

✤ instalações de distribuição de água:

✴ tubagens em chumbo;

✴ rudimentares;

✴ perda de estanquidade da rede;

✴ tracções nas tubagens associadas a movimentos

das paredes;

✴ envelhecimento dos materiais;

✴ corrosão (tubagens de ferro fundido e ferro

galvanizado);

ANOMALIAS-EM-INSTALAÇÕES

42

Page 111: Conservação e reabilitação de edificios

✴movimentos de contracção e dilatação (Invernos

rigorosos);

✴ degradação das componentes das instalações

(torneiras, válvulas, etc.);

✴ obstrução das canalizações por acumulação de

depósitos calcários (depende da região);

✴ quando embebidas nas paredes, em caso de rotura

provocam aparecimento de manchas de humidade

nas paredes.

ANOMALIAS-EM-INSTALAÇÕES

43

✤ instalações de drenagem de águas pluviais:

✴ estes aspectos já foram tratados nas coberturas.

✤ redes de drenagem de águas residuais domésticas:

✴ primitivas e incipientes;

✴ escassez de elementos existentes;

✴ roturas;

✴ perdas de estanquidade da rede;

✴ entupimentos.

ANOMALIAS-EM-INSTALAÇÕES

44

✤ instalações eléctricas:

✴ redes incipientes e obsoletas;

✴ ausência de dispositivos de protecção;

✴ curto-circuitos (incêndios);

✴ componentes envelhecidos.

✤ instalações de gás:

✴ redes incipientes;

✴ tubagens de chumbo (normalmente em mau

estado);

ANOMALIAS-EM-INSTALAÇÕES

45

✴ esquentadores localizados nas casas de banho

(perigoso por falta de ventilação).

ANOMALIAS-EM-INSTALAÇÕES

46

Page 112: Conservação e reabilitação de edificios

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE

EDIFÍCIOS

Aula 8

1

PATOLOGIAS DOS EDIFÍCIOS E DOS SEUS

MATERIAIS(PARTE II)

2

AGENTES DE DETERIORAÇÃO

3

ÁGUA

4

✤ infiltrações devido à água da chuva;

✤ condensação;

✤ água de construção;

✤ humidade ascendente;

✤ fugas em canalizações.

A penetração directa da águas da chuva está na origem da

maior parte das degradações causadas pela água nos

edifícios.

ÁGUA

5

✤ cobertura:

✴ juntas;

✴ remates com elementos salientes.

✤ caixilharia exterior;

✤ fachadas: deverá ter um revestimento superficial sem

impermeabilizar as paredes;

✤ paredes de alvenaria de pedra e tijolo não rebocadas: é

necessário que as juntas estejam tapadas;

ÁGUA%DA%CHUVA

6

Page 113: Conservação e reabilitação de edificios

✤ caixilharia de guarnecimento das portas e janelas: devido

a má concepção ou montagem;

✤ principal preocupação nas fachadas viradas às direcções

preferenciais do vento;

✤ penetração indirecta através do terreno em contacto com

a base das paredes ou com as fundações.

ÁGUA%DA%CHUVA

7

✤ deficiente isolamento térmico da envolvente;

✤ insuficiente ventilação;

✤ presença de humidade constante devida à condensação

podem aparecer fungos e outros microorganismos.

CONDENSAÇÃO

8

✤ água utilizada durante a própria construção - água de

amassadura;

✤ água de reparação - injecções de consolidação;

✤ excessiva exposição à chuva durante a construção.

ÁGUA%DA%CONSTRUÇÃO

9

✤ depende do nível freático do terreno;

✤ depende da água de escorrimento do terreno;

✤ quanto maior ou menor for a porosidade dos materiais e

do terreno assim é a manifestação;

✤ depende também das condições de exposição e

ambiente;

✤ a altura atingida resulta do equilíbrio que se estabelece

entre a subida por capilaridade da água e a sua

evaporação à superfície da parede;

HUMIDADE%ASCENDENTE

10

✤ a água do solo contém sais e a evaporação à superfície

da parede origina fenómenos de cristalização salina

(eflorescências e as criptoflorescências);

✤ a expansão associada à cristalização salina origina a

deterioração de revestimentos, de argamassas de

assentamento e das próprias unidades de alvenaria de

pedra ou tijolo.

HUMIDADE%ASCENDENTE

11

✤ já foi falado em aulas anteriores.

FUGAS%EM%CANALIZAÇÃO

12

Page 114: Conservação e reabilitação de edificios

✤ no interior dos materiais existe um sistema de poros e

canais;

✤ sistema de capilares é um sistema que permite a

passagem da água em função das condições

termoigrométricas externas e internas;

✤ se a temperatura no interior dos poros for baixa poder-se-

á formar gelo, ou seja, a passagem de líquido a sólido

resulta num incremento de volume, resultando a

degradação do material;

O%GELO%E%OS%SAIS

13

✤ o aumento de volume da água a gelo é de 9%;

✤ uma descida brusca da temperatura e evaporação da

água no interior dos poros pode provocar o aparecimento

de sais;

✤ a formação de cristais irá exercer uma “pressão de

cristalização” sobre as paredes dos capilares;

✤ fenómeno de cristalização acompanha o de hidratação/

desidratação;

O%GELO%E%OS%SAIS

14

✤ a precipitação do sal devida à evaporação da água pode

ocorrer no interior da estrutura ou na superfície externa;

✤ é a q u i q u e s u r g e m a s fl u o r e s c ê n c i a s e

criptofluorescências;

✤ os sais mais frequentes são os sulfatos e os cloretos,

seguidos dos carbonatos e nitratos.

O%GELO%E%OS%SAIS

15

✤ principal atenção quando existem variações de

temperatura na ordem dos 40-50ºC;

✤ atenção à dilatação e contracção do material;

✤ se as peças estiverem confinadas, vão haver tensões

internas (o caso da dilatação);

✤ atenção se existe água no interior das peças.

VARIAÇÕES%DE%TEMPERATURA

16

LISBOAA%POLUIÇÃO%ATMOSFÉRICA

✤ factores que influenciam o transporte de poluentes:

✴ características topográficas;

✴ condições meteorológicas;

✴ vento (movimento horizontal);

✴ temperatura (movimento vertical).

✤ principais poluentes:

✴ dióxido de enxofre;

✴ particulas sólidas;

17

LISBOAA%POLUIÇÃO%ATMOSFÉRICA

✴ dióxido de carbono (está na origem da carbonatação

das construções de betão armado);

✴ óxidos de azoto (NOx) que são emitidos durante a

queima de hidrocarbonetos, podendo produzir

ácidos nítrico e nitroso;

✴ ácido clorídrico;

✴ amoníaco;

✴ ácido fluorídrico.

18

Page 115: Conservação e reabilitação de edificios

✤ estragos provocados:

✴ organismos microscópicos;

✴ plantas;

✴ insectos;

✴ aves;

✴mamíferos (morcegos).

✤ é necessária a participação de um biólogo, para:

✴ identificar os agentes biológicos de degradação;

BIODETERIORAÇÃO

19

✴ definição das condições de ambiente que favorecem o

seu desenvolvimento;

✴ a escolha de biocidas e a avaliação da sua eficácia.

BIODETERIORAÇÃO

20

✤ climas quentes e húmidos com reduzida poluição do ar -

presença de agentes biológicos;

✤ biodeterioração: algas microscópicas (superfície dos

materiais muito porosos e já degradados, penetrando nas

fissuras);

✤ líquenes: forma macroscópica característica com

diferentes cores vivas, em tons de branco, amarelo e

laranja;

PEDRA%E%MATERIAIS%DE%ORIGEM%MINERAL

21

✤ líquenes: não existe concordância em relação aos efeitos

produzidos pelos mesmos, se benéficos, se prejudiciais;

✤ líquenes: em materiais calcários é observada uma acção

corrosiva;

✤ agentes macroscópicos: plantas que aparecem nos

edifícios e nas ruínas;

PEDRA%E%MATERIAIS%DE%ORIGEM%MINERAL

22

✤ biodegradação: presença de pássaros, nomeadamente

pombos, podem provocar:

✴ acção química dos escrementos sobre a pedra

(pedra calcária, rebocos e revestimentos);

PEDRA%E%MATERIAIS%DE%ORIGEM%MINERAL

23

✴ acção das unhas e bicos;

✴ formação de um meio de cultura para os

microorganismos capazes de exercer uma acção

nociva sobre o substrato (normalmente a pedra).

PEDRA%E%MATERIAIS%DE%ORIGEM%MINERAL

24

Page 116: Conservação e reabilitação de edificios

A madeira é provavelmente a única matéria prima

RENOVÁVEL de utilização em grande escala.

MADEIRA

25

A sua estrutura tubular pode ser considerada como

optimizada, levando a que apresente resistências mecânicas

elevadas, tendo em conta a sua massa volúmica.

MADEIRA

26

A árvore tropical (ukola) atinge 120 m de altura e tem uma

secção de 6 m2.

MADEIRA

27

Devido á sua heterogeneidade e acentuada anisotropia, deve-

se estudar a madeira ao longo de três planos:

• transversal;

• radial;

• tangencial;

MADEIRA

28

A interacção entre o material e as condições ambientais, influí:

✤massa volúmica;

✤ dimensões;

✤ resistência mecânica;

✤ alteração da susceptibilidade ao ataque e degradação por

agentes biológicos.

MADEIRA

29

A interacção entre o material e as condições ambientais, influí:

✤massa volúmica;

✤ dimensões;

✤ resistência mecânica;

✤ alteração da susceptibilidade ao ataque e degradação por

agentes biológicos.

MADEIRA

30

Page 117: Conservação e reabilitação de edificios

✤ é necessária a presença de água;

✤ agentes de biodeterioração:

✴microorganismos;

✴ insectos.

✤microorganismos:

✴ fungos:

• bolores;

• podridão mole;

• podridão castanha e branca.

MADEIRA

31

✤ insectos:

✴ térmitas;

✴ formigas-carpinteiro;

✴ carunchos;

✴ perfuradores marinhos.

✤ o borne de todas as espécies é susceptível de ataque

pelos diferentes tipos de caruncho.

MADEIRA

32

Fungos:

MADEIRA

33

Fungos - bolores

MADEIRA

34

Fungos - podridão

MADEIRA

35

Insectos - térmitas

MADEIRA

36

Page 118: Conservação e reabilitação de edificios

Insectos - térmitas subterrâneas

MADEIRA

37

Insectos - térmitas subterrâneas

MADEIRA

38

Insectos - formigas carpinteiras

MADEIRA

39

Insectos - formigas carpinteiras

MADEIRA

40

Insectos - Abelhas carpinteiras

MADEIRA

41

Insectos - Larva do caruncho grande

MADEIRA

42

Page 119: Conservação e reabilitação de edificios

Insectos - Larva da madeira

MADEIRA

43

Insectos - Larva do caruncho grande

MADEIRA

44

Insectos - carunchos pequeno

MADEIRA

Ataque é efectuado de dentro para fora. Os ovos são introduzidos no interior da

madeira pela fêmea após o voo nupcial. Os estragos são feitos pelas larvas que

desde que nascem até adultas passam o seu tempo a alimentar-se de madeira.

45

Insectos - Caruncho (Powder Post Beetles)

MADEIRA

46

Insectos - carunchos

MADEIRA

47

Insectos - perfuradores marinhos

MADEIRA

Cracas (família dos moluscos)

Não causa desgaste à madeira, ocasiona grandes prejuízos quando aderidos a cascos de embarcações

48

Page 120: Conservação e reabilitação de edificios

PATOLOGIA DOS PRINCIPAIS MATERIAIS

49

Betão armado

• betão

• armaduras de aço

50

estrutural física química

•impactos;•sobrecargas;•assentamentos;•explosões;•vibrações.

•ciclos gelo-degelo;•acções térmicas;•cristalização de sais;•erosão;•abrasão;•retracção plástica;•vibrações.

•r e a c ç ã o a l c a l i -agregado;•ataque por sulfato: DEF (fromação de etringita secundária) e taumasita;•agentes agressores: á g u a p u r a , s a i s , soluções ácidas.

degradação do betão

51

agentes corrosivos

correntes “vagabundas” carbonatação

corrosão das armaduras

internos externos

•c l o r e t o s ( c o n s t i t u i n t e s c o n t a m i n a d o s , adjuvantes e adições).

•cloretos ou outros;•ambiente marinho, sais e fundentes.

52

ORIGEM%MECÂNICA

Natureza%do%agente

Processo%/%mecanismo Anomalia%/%defeito

carga%prolongada fluência deformação%permanente,%fissuração

carga%cíclica fadigadeformação%excessiva,%fissuração,%colapso.

53

ORIGEM%BIOLÓGICA

Natureza%do%agente

Processo%/%mecanismo Anomalia%/%defeito

microorganismos produção%de%ácidos

lixiviação

organismos,%plantas

deposição%de%matéria%orgânica%/%sujidade

degradação%do%aspecto

54

Page 121: Conservação e reabilitação de edificios

ORIGEM%QUÍMICA

Natureza%do%agente

Processo%/%mecanismo Anomalia%/%defeito

ácido lixiviação desintegração

água%pura lixiviação desintegração

sulfato DEF,%gesso,%taumasita

expansão,%desintegração,%perda%resistência

alcali%+%sílica RAS expansão

alcali%+%pedra%carbonatada

RAC expansão

dióxido%de%carbono carbonatação despassivação%das%armaduras

cloretos despassivação corrosão%por%picada%(piLng)%das%armaduras

tensão%N%despassivaçãocorrosão%e%fragilação%pelo%hidrogénio

rotura%do%préNesforço

55

ORIGEM%FÍSICA

Natureza%do%agente

Processo%/%mecanismo Anomalia%/%defeito

baixa%temperatura gelo desintegração

variação%de%temp. expansão encurtamento,%dilatação.%Deformação%imposta.

HR retracção%ou%expansão

encurtamento,%dilatação.%Deformação%imposta.

temperatura gradiente deformação%(curvatura)

HR gradiente deformação%(curvatura)

gelo%+%sais%descongelamento remoção%de%calor escamação

depósitos%atmosféricosdeposição%de%matéria%orgânica/sujidade

desagregação%do%aspecto

56

UTILIZAÇÃO

Natureza%do%agente

Processo%/%mecanismo Anomalia%/%defeito

pisoteio,%tráfego desgaste perda%de%função

água%corrente erosão danificação%da%superQcie

água%turbulenta cavitaçãoescavação%da%superQcie

57

Principais causas da corrosão das armaduras

✤ carbonatação pelo CO2 - abaixamento do pH do betão

✤ cloretos

58

Podem ser agravadas por

✤ fissuras

✤ defeitos de compacidade do betão

✤ recobrimento insuficiente

✤ elevada relação a/c

59

Carbonatação

Ca(OH)2 + CO2 CaCO3 + H2O

• abaixamento do pH de 12,5 para 9,4

• película que reveste o aço perde a sua influência quando

pH atinge os 9,5

• difusão de CO2 só em poros cheios de ar

60

Page 122: Conservação e reabilitação de edificios

Carbonatação

61

Cloretos

• água de amassadura

• inertes naturais que estiveram em contacto com água do

mar (sais: cloretos e sulfatos)

• sais anti-gelo (climas frios)

• presença de ar marinho, zonas costeiras

• ião cloro torna possível a oxidação do ferro para valores

de pH em que seria passivo

62

Mecanismo da corrosão

• processo catódico

• processo anódico

63

Mecanismo da corrosão

Processo catódico

Os electrões em excesso

no aço combinam-se no

cátodo com a água e o

oxigénio para formar iões

hidróxilo. O ferro e os iões

hidróxilo combinam-se

para formar a ferrugem.

64

Mecanismo da corrosão

Processo anódico

É a dissolução do ferro.

O s i õ e s d e f e r r o

carregados positivamente

passam para a solução.

65

Mecanismo da corrosão não ocorrerá em

★ambientes secos (processo electrolítico é impedido)

★ambientes saturados (o oxigénio não pode penetrar)

66

Page 123: Conservação e reabilitação de edificios

Mecanismo da corrosão

67

Ataques

68

Tipos de fissuras no betão armado

✤ antes do endurecimento

✴ congelamento inicial

✴ efeito plástico

• retracção plástica

• assentamento plástico

69

Tipos de fissuras no betão armado

✴movimento durante a construção

• movimento dos moldes

• movimento do terreno de suporte

70

✤ depois do endurecimento

✴ efeito físico

• agregados retrácteis

• retracção de secagem

• “crazing” (“alagartado”)

71

Tipos de fissuras no betão armado

✴ efeito químico

• corrosão das armaduras

• reacção alcali-agregado, DEF e cristalização salina

• carbonatação do cimento

72

Page 124: Conservação e reabilitação de edificios

Falta de recobrimento

73

Corrosão

74

Corrosão

75

Corrosão

76

Algumas fendas e erosão

77

Fendas, erosão e destacamento

78

Page 125: Conservação e reabilitação de edificios

Destacamento até ao aparecimento das armaduras

79

Perda total do betão e corrosão de algumas armaduras

80

Sulfatos - taumasita4. DESARROLLO EXPERIMENTAL

201

Figura 4.49 - Superficie pulida de la probeta inmersa en MgSO4, T = 16-25ºC

Figura 4.50 – Detalle de la zona central derecha de la Fig. 4.49 a 950x

p

81

Sulfatos - taumasita4. DESARROLLO EXPERIMENTAL

192

Figura 4.33 - Superficie pulida de la probeta inmersa en MgSO4, T = 16-25ºC

Figura 4.34 – Detalle del poro situado en el centro de la Fig. 4.33 a 950x

82

Sulfatos - taumasita

4. DESARROLLO EXPERIMENTAL

181

En la siguiente figura (Fig. 4.16), se ilustra el detalle de uno de los poros de la

Figura 4.15.

Figura 4.16 – Poro a 1800x en la probeta inmersa en H2O, T = 16-25ºC

4. DESARROLLO EXPERIMENTAL

192

Figura 4.33 - Superficie pulida de la probeta inmersa en MgSO4, T = 16-25ºC

Figura 4.34 – Detalle del poro situado en el centro de la Fig. 4.33 a 950x

83

Sulfatos - taumasita

4. DESARROLLO EXPERIMENTAL

214

SAB 16-25ºC SAB 5ºC

0 d

ías

144 d

ías

202 d

ías

221 d

ías

270 d

ías

Figura 4.65 – Aspecto visual de las probetas de microcubos SAB inmersos en sulfato de magnesio

4.6.3.4. Probetas de 160 x 40 x 40 mm

Las probetas 160 x 40 x 40 mm se hicieron por forma a poder obtener unos

valores de resistencias que pudieran ser comparados con los de otros autores a nivel

internacional.

4. DESARROLLO EXPERIMENTAL

212

SAB 16-25ºC

0 días

144 días

202 días

221 días

270 días

Figura 4.63 – Aspecto visual de las probetas de microcubos SAB inmersos en

agua

4.6.3.3.5.2. Probetas inmersas en sulfato de sodio

Las probetas SAB visualmente se presentan bien, sin cualquier pérdida de

material, Fig. 4.64.

84

Page 126: Conservação e reabilitação de edificios

RAS

85

RAS

86

Tipos de fissuras no betão armado

✴ efeito térmico

• ciclos gelo-degelo

• variações sazonais de temperatura

• contracção térmica

• confinamento externo

• gradientes de temperatura internos)

87

OUTRAS PATOLOGIAS

88

Segregação

89

Eflorescências

90

Page 127: Conservação e reabilitação de edificios

Defeitos da construção

91

Fogo num túnel

92

Fendas

93

Fogo num túnel

94

RECOLHA DE AMOSTRAS

95 96

Page 128: Conservação e reabilitação de edificios

97 98

99

Page 129: Conservação e reabilitação de edificios

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE

EDIFÍCIOS

Aula 9

1

PATOLOGIAS DOS EDIFÍCIOS E DOS SEUS

MATERIAIS(PARTE III)

2

PATOLOGIA DOS PRINCIPAIS MATERIAIS

3

Principais agentes / mecanismos de deterioração:

✤ estruturais;

✤ físicos;

✤ químicos;

✤ biológicos;

✤ outros.

PATOLOGIA(DA(ALVENARIA

4

Natureza(do(agente

Anomalia(do(componente

Anomalia(nas(unidades,(argamassas(e(reves@mentos

• impactos• sobrecargas• assentamentos• explosões• vibrações

• deformação7permanente

• fenda• fissura• esmagamento• colapso

• lascagem• lacunas• fissuração

PATOLOGIA(DA(ALVENARIA(A(ESTRUTURAIS

5

Natureza(do(agente

Anomalia(do(componente

Anomalia(nas(unidades,(argamassas(e(reves@mentos

• ciclos7gelo:degelo• acções7térmicas• cristalização7de7sais• erosão• abrasão• vibrações

• desgaste7diferencial

• desagregação• escamação• alveolização• enfarinhamento• esfoliação• empolamento

• fendilhação

PATOLOGIA(DA(ALVENARIA(A(FÍSICAS

6

Page 130: Conservação e reabilitação de edificios

Natureza(do(agente

Anomalia(do(componente

Anomalia(nas(unidades,(argamassas(e(reves@mentos

•agentes7agressivos:7sulfatos,7sais,7soluções7ácidas

• incrustação•manchamento

• descoloração• escorrimento

• incrustação• desagregação• fragmentação• lascagem•dissolução

PATOLOGIA(DA(ALVENARIA(A(QUÍMICAS

7

Natureza(do(agente

Anomalia(do(componente

Anomalia(nas(unidades,(argamassas(e(reves@mentos

•microorganismos• organismos• plantas

• deposição7de7dejectos

• desagregação• descoloração

• colonização7biológica•manchamento• descoloração• descascamento• empolamento

PATOLOGIA(DA(ALVENARIA(A(BIOLÓGICAS

8

Natureza(do(agente

Anomalia(do(componente

Anomalia(nas(unidades,(argamassas(e(reves@mentos

•uso•modificação

• redução7de7secção

• roçagem

•manchamento

• erosão

PATOLOGIA(DA(ALVENARIA(A(OUTRAS

9

Degradação da pedra:

✤ gelo e cristalização salina - provoca a alveolização;

✤ poluição atmosférica - degradação da pedra;

✤ crostas negras - devido às chuvas e poluição;

✤ biodeterioração - raizes nas juntas.

PATOLOGIA(DA(ALVENARIA

10

PROCEDIMENTOS

11

LISBOAPROCEDIMENTOS

✤ recolha documental (peças escritas e desenhadas);

✤ inquérito aos utentes;

✤ análise da regulamentação aplicável;

✤ percepção das anomalias;

✤ recolha de informação e exame das causas (pode haver

alguma monitorização);

✤ diagnóstico das causas;

✤ definição da actuação correctiva.

12

Page 131: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOALEVANTAMENTO(E(RECONHECIMENTO

OBJECTIVO: reconhecer o edifício.

✤ consultar o projecto (o que foi executado na realidade,

Câmaras);

✤ verificar se o construído corresponde ao projecto (verificar

alterações feitas que podem estar ou não nos arquivos).

13

LISBOALEVANTAMENTO(E(RECONHECIMENTO

Se não existir projecto:

✤ levantamento do edifício existente:

✴ peças desenhadas:

• geometria do edifício (plantas e cortes).

✴ sondagens;

✴ ensaios in-situ;

✴ ensaios em laboratório (a partir de recolha de

amostras).14

LISBOALEVANTAMENTO(E(RECONHECIMENTO

✤modelação matemática (permite saber onde existem

zonas danificadas no edifício).

15

LISBOALEVANTAMENTO(E(RECONHECIMENTO

Bases de projecto de reabilitação:

✤ história do edifício:

✴materiais;

✴ envelhecimento.

✤ reversibilidade;

✤ problemas de acesso:

✴ interior;

✴ exterior.16

LISBOALEVANTAMENTO(E(RECONHECIMENTO

Bases de projecto de reabilitação:

✤ especialização (mão de obra especializada, ex. azulejos

do séc. XVII diferentes dos dias de hoje);

✤ técnicas de intervenção;

✤ custos superiores (obras de reabilitação têm em geral um

custo superior na ordem dos 20% em relação às obras

normais).

17

INSPECÇÕES E ENSAIOS

18

Page 132: Conservação e reabilitação de edificios

LEVANTAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DOS

MATERIAIS

19

Características dos materiais

✤ características mecânicas

✤ outras características relevantes

✤ levantamento das anomalias

✤ levantamento de superfícies

✤ levantamento não destrutivo do interior de componentes

ou elementos

✤ documentação dos levantamentos

20

✤ características mecânicas

✴ directa

• ensaios in-situ

• ensaios não destrutivos

• ensaios reduzidamente invasivos

✴ indirectamente

• ensaios destrutivos

21

As características mecânicas mais importantes são:

✦módulo de elasticidade

✦ resistência mecânica

22

✤ outras características relevantes (métodos não

destrutivos ou reduzidamente intrusivos)

✴ propriedades termohigrométricas

✴ propriedades da superfície: aderência, rugosidade

✴ dosagem e composição química

✴ densidade

✴ humidade

✴ porosidade/permeabilidade

23

✴ presença de agentes químicos (cloretos, sulfatos, e

outros sais)

✴ alterações (carbonatação, corrosão, alterações

superficiais)

✴ propriedades dimensionais, tolerâncias

24

Page 133: Conservação e reabilitação de edificios

✤ levantamento das anomalias

✴ é um levantamento que deve de abranger a totalidade

dos componentes a conservar ou reabilitar

25

✤ levantamento de superfícies

✴ é um levantamento por medições directas

✴ fotogrametria

✴modelação fotorrealista

✴ varrimento laser

26

✤ levantamento não destrutivo do interior de

componentes ou elementos:

✴ é um levantamento das características geométricas e

das anomalias existentes no interior dos edifícios

✴ termografia (permite determinar heterogeneidades no

interior do elemento)

✴ radar (propagação de ondas electromagnéticas -

heterogeneidade do elemento)

27

✤ documentação dos levantamentos

✴ fotos, desenhos, plantas e mapas

✴mapeamento de poços e valas de reconhecimento

✴ datação das peças

✴ levantamento do estado de conservação

✴ levantamento das anomalias existentes e de suas

causas

✴ levantamento dos tipos de estrutura e fundação e

estado de conservação

28

✴medição e mapeamento de fissuras e identificação

provável da origem (fissuras estáveis ou activas)

✴ levantamento e caracterização da estrutura e do tipo

de solo

29

ALGUNS EXEMPLOS DE ENSAIOS

30

Page 134: Conservação e reabilitação de edificios

✤ avaliação das propriedades

mecânicas;

✤ não destrutivo;

✤ não substitui o ensaio da

t e n s ã o d e r o t u r a à

compressão.

ESCLERÓMETRO

31

✤ permite obter:

✴ características mecânicas;

✴ homogeneidade;

✴ presença de fissuras e

defeitos;

✤ não destrutivo.

ENSAIO(DE(ULTRAASONS

32

✤ quando se fazem ensaios de

carga de curta duração usam-

s e d e fl e c t ó m e t r o s p a r a

registar os deslocamentos

verticais.

DEFLECTÓMETROS

33

✤ propriedades mecânicas;

✤ a v a l i a r a p o r o s i d a d e e

permeabilidade;

✤ destrutivo.

EXTRACÇÃO(DE(CAROTES

34

ENSAIO(DE(PERMEABILIDADE

35

✤ de tecção de a rmaduras

(auxiliado sistema audio);

✤ avaliação do seu diâmetro;

✤ recobrimento;

✤ não destrutivo.

RECOBRIMENTO(DE(ARMADURAS

36

Page 135: Conservação e reabilitação de edificios

✤ avaliação do estado

de tensão;

✤ características de

deformabilidade.

MACACOS(PLANOS(PARA(ALVENARIA

37

✤ caracterização das alvenarias;

✤ frequências mais baixas que o

ultra-sons.

ULTRAASÓNICOS(PARA(ALVENARIA

38

✤ c o m p o r t a m e n t o d o

desempenho estrutural;

✤ análise das leituras ao longo

do tempo permite ter uma

i d e i a d a t e n d ê n c i a d o

movimento.

fissurómetro

MONITORIZAÇÃO(DE(ABERTURA(DE(FISSURAS

39

sistema de registo de fissuras e deslocamentos

MONITORIZAÇÃO(DE(ABERTURA(DE(FISSURAS

40

MODELAÇÃO

Santa Maria de la Mar, Barcelona

41 42

Page 136: Conservação e reabilitação de edificios

43 44

45 46

47 48

Page 137: Conservação e reabilitação de edificios

49 50

51 52

53

Diag. de

tensões

54

Page 138: Conservação e reabilitação de edificios

Reacções

apoios

55

Reacções

apoios

56

Deformada

57

Deformada

58

Deformada

59

Deformada

60

Page 139: Conservação e reabilitação de edificios

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE

EDIFÍCIOS

Aula 10

1

TÉCNICAS DE REPARAÇÃO E REFORÇO

2

✤ substituição dos elementos degradados;

✤ aumento da secção dos elementos estruturais;

✤ adição de novos elementos estruturais / alteração do

funcionamento estrutural;

✤melhoria das propriedades dos materiais;

✤ ocultação da anomalia.

TÉCNICAS(DE(REPARAÇÃO(E(REFORÇO

3

Vamos ver alguns pormenores (1)

4

ANOMALIAS ESTRUTURAIS

5

✤ fendilhação;

✤ deformação;

✤ esmagamentos localizados;

✤ corrosão das armaduras.

ESTRUTURAS(DE(BETÃO(ARMADO

6

Page 140: Conservação e reabilitação de edificios

Vamos ver alguns pormenores (2)

7

CRITÉRIOS PARA A RESOLUÇÃO DAS

ANOMALIAS CONSTRUTIVAS E

REABILITAÇÃO DOS EDIFÍCIOS ANTIGOS

(PARTE 1)8

Conjunto de acções preventivas destinadas a manter, em bom

funcionamento, a edificação e as suas partes constituintes.

Incluem-se trabalhos de:

• limpezas;

• pinturas;

• inspecções e pequenas reparações.

MANUTENÇÃO(E(CONSERVAÇÃO

9

As actividades de manutenção e conservação permitem

desenvolver um conjunto de acções destinadas a prolongar o

tempo de vida útil de uma dada edificação.

MANUTENÇÃO(E(CONSERVAÇÃO

10

Sob o ponto de vista económico é mais rentável a

manutenção e conservação.

MANUTENÇÃO(E(CONSERVAÇÃO

11

Conjunto de operações destinadas a corrigir anomalias

existentes, por forma a repor a construção no estado em que

se encontrava antes do inicio da manifestação da anomalia.

REPARAÇÃO

12

Page 141: Conservação e reabilitação de edificios

Quando se fazem as reparações e se pretende ir mais longe,

tal como:

• reforçar;

• melhorar as características de elementos de construção;

• consolidação e reforços de fundações e estruturas;

• reforço do isolamento térmico das paredes e coberturas;

• reforço do isolamento acústico de pavimentos;

• melhoria das condições de segurança contra riscos de

incêndios;

REPARAÇÃO

13

• por necessidades de conforto;

• por alteração das funções do edifício.

Neste caso em vez de reparação passamos a ter uma

reabilitação.

REPARAÇÃO

14

Acções destinadas a melhorar as características de elementos

da construção ou da construção no seu todo.

REABILITAÇÃO

15

✤ levantamento geométrico;

✤ falta de dados de projecto:

✴ observação directa;

✴ sondagens (localização das fundações, profundidade,

estado de conservação e materiais que a integram);

✴ ensaios (in-situ e/ou laboratoriais);

✴ prospecções (tipo de solo).

✤ evolução topográfica do terreno (saber onde havia

aterros);

LEVANTAMENTOS(E(RECONHECIMENTOS

16

✤ sondagens:

✴ observação das fundações, deve de ser feita através

de registos fotográficos, desenhos e medições;

✴ remoção de parte de rebocos das paredes para

determinar o tipo de parede e avaliar o seu estados de

conservação ou degradação.

✤ levantamento de anomalias em todos os elementos do

edifícios.

LEVANTAMENTOS(E(RECONHECIMENTOS

17

✤ projecto deve ser acompanhado pelos autores do

projecto, nomeadamente o arquitecto, engenheiro de

estruturas e de construção;

✤ estudo de diagnóstico no qual são apresentadas soluções

construtivas das anomalias registadas;

✤ os custos da reabilitação estimam-se em metade das

construções novas;

BASES(PARA(O(PROJECTO(DE(REABILITAÇÃO

18

Page 142: Conservação e reabilitação de edificios

✤ sob o ponto de vista ambiental, é melhor reabilitar do que

construir de novo, já que vão ser produzidos menos

resíduos e vai ser aproveitada mais matéria prima.

BASES(PARA(O(PROJECTO(DE(REABILITAÇÃO

19

A necessidade da sua consolidação depende basicamente de:

✤ anomalias nas fundações;

✤ alterações das condições de fronteira ou de vizinhança do

edifício;

✤ variação do nível freático;

✤ ampliação dos edifícios em altura;

✤modificação das condições e tipos de uso.

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE(ESTRUTURAS(DE((FUNDAÇÕES

20

A solução vai depender de:

✤ natureza preventiva ou curativa;

✤ análise de cada caso;

✤ experiência;

✤ reversibilidade e a flexibilidade das soluções.

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE(ESTRUTURAS(DE((FUNDAÇÕES

21

✤ intervenções sobre o solo de fundação

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE((FUNDAÇÕES

Jet Grouting

22

✤ intervenções sobre o solo de fundação

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE((FUNDAÇÕES

Jet Grouting

23

✤ intervenções sobre o solo de fundação;

✤ consolidação e reforço de fundações:

✴ consolidação do material de fundação;

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE((FUNDAÇÕES

24

Page 143: Conservação e reabilitação de edificios

✤ intervenções sobre o solo de fundação;

✤ consolidação e reforço de fundações:

✴ consolidação do material de fundação;

✴ alargamento da base de fundação;

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE((FUNDAÇÕES

25

✴ c o n fi n a m e n t o l a t e r a l d a s f u n d a ç õ e s , s e m

recalçamento;

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE((FUNDAÇÕES

26

✴ transferência de cargas para camadas profundas do

terreno, com recalçamento;

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE((FUNDAÇÕES

27

✴ transferência de cargas para camadas profundas do

terreno, sem recalçamento.

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE((FUNDAÇÕES

28

✤ paredes resistentes de alvenaria simples;

✤ paredes resistentes com elementos de madeira;

✤ pavimentos de madeira;

✤ pavimentos de alvenaria;

✤ coberturas;

✤ elementos de cantaria.

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE(ESTRUTURAS

29

Microestacas - execução

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE(ESTRUTURAS

30

Page 144: Conservação e reabilitação de edificios

Microestacas - tipos

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE(ESTRUTURAS

31

Microestacas

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE(ESTRUTURAS

32

✤ paredes resistentes de alvenaria simples:

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE(ESTRUTURAS

33

✤ paredes resistentes de alvenaria simples:

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE(ESTRUTURAS

34

✤ paredes resistentes de alvenaria simples:

CONSOLIDAÇÃO(E(REFORÇO(DE(ESTRUTURAS

35

Vamos ver alguns pormenores (3)

36

Page 145: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOAREABILITAÇÃO(DE(UM(EDIFÍCIO(POMBALINO

37

REABILITAÇÃO(DE(UM(EDIFÍCIO(POMBALINO

38

Page 146: Conservação e reabilitação de edificios

CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE

EDIFÍCIOS

Aula 11

1

CRITÉRIOS PARA A RESOLUÇÃO DAS

ANOMALIAS CONSTRUTIVAS E

REABILITAÇÃO DOS EDIFÍCIOS ANTIGOS

(PARTE 2)2

LISBOAMELHORIA+DAS+CONDIÇÕES+DE+SEGURANÇA+CONTRA+INCÊNDIOS

✤edifícios antigos são muito vulneráveis:

✴localização;

✴situações que facilitam a deflagração;

✴difícil acesso por parte dos bombeiros e carros de

combate;

✴forte carga térmica dos edifícios, associada aos materiais

utilizados.

3

LISBOAMELHORIA+DAS+CONDIÇÕES+DE+SEGURANÇA+CONTRA+INCÊNDIOS

✤podem ser melhoradas:

✴modernização das instalações eléctricas e de gás;

✴limitação ou anulação do armazenamento de materiais

inflamáveis e combustíveis;

✴implementação de redes de água capazes de assegurar a

alimentação de bocas de incêndio de grande capacidade;

✴obrigatoriedade de limpeza de coberturas e sótãos;

4

LISBOAMELHORIA+DAS+CONDIÇÕES+DE+SEGURANÇA+CONTRA+INCÊNDIOS

✴paredes de empena prolongadas para 1m;

✴melhoria da resistência ao fogo de materiais e elementos

de construção e de estabilidade ao fogo de todos aqueles

que tenham função estrutural.

5

Vamos ver alguns pormenores (1)

6

Page 147: Conservação e reabilitação de edificios

✤a melhoria deste aspecto é recente;

✤clima é brando;

✤Verão é assegurado por paredes com forte inércia térmica,

mas o Inverno raramente era assegurado.

MELHORIA+DAS+CONDIÇÕES+TÉRMICAS+DO+EDIFÍCIO

7

Reforço das características de isolamento térmico de paredes:

✤aplicação de uma camada isolante pelo exterior da parede;

✤aplicação de uma camada isolante pelo interior da parede;

✤injecção de um enchimento isolante térmico na caixa de ar

de paredes duplas (no caso da existência deste tipo de

parede);

MELHORIA+DAS+CONDIÇÕES+TÉRMICAS+DO+EDIFÍCIO

8

Reforço das características de isolamento térmico de paredes:

✤coberturas:

✴coberturas inclinadas:

• nas vertentes inclinadas;

• na esteira do tecto.

✴coberturas em terraço:

• parte superior: “cobertura invertida” (isolante vai por

cima da impermeabilização);

• parte intermédia;

• parte inferior: tecto falso.

MELHORIA+DAS+CONDIÇÕES+TÉRMICAS+DO+EDIFÍCIO

9

✤sons de condução aérea (principalmente do ruído exterior):

✴melhoria das caixilharias.

✤sons de percussão (entre vizinhos):

✴melhoria do isolamento nos pavimentos;

✴melhoria das paredes de separação de fogos.

MELHORIA+DAS+CONDIÇÕES+ACÚSTICAS+DOS+EDIFÍCIOS

10

✤canalizações de águas e esgotos:

✴evitar velocidades de escoamento excessivas;

✴considerar declives nas redes que facilitem a saída de ar

e vapor arrastados;

✴aparelhos sanitários pouco ruidosos;

✴isolamento acústico nas condutas e acessórios (uso de

materiais absorventes acústicos);

✴utilização de tubagens de paredes espessas.

MELHORIA+DAS+CONDIÇÕES+ACÚSTICAS+DOS+EDIFÍCIOS

11

LISBOAREABILITAÇÃO+DAS+INSTALAÇÕES+ESPECIAIS+EM+EDIFÍCIOS+ANTIGOS

✤Temos de considerar:

✴redes de abastecimento de águas:

• substituição da rede em chumbo por umas novas;

• tubagens em ferro apresentam perda de secção à custa

de acumulação de depósitos;

• tubagens de ferro apresentam corrosão.

12

Page 148: Conservação e reabilitação de edificios

LISBOAREABILITAÇÃO+DAS+INSTALAÇÕES+ESPECIAIS+EM+EDIFÍCIOS+ANTIGOS

✴redes de drenagem de águas pluviais:

• captação e condução da água da chuva que escoa

pelas vertentes das coberturas;

• tubagens em zinco, PVC ou ferro galvanizado.

✴redes de drenagem de águas residuais domésticas:

• evitar derrames em zonas problemáticas;

• secção de maiores dimensões;

• inclinação mínima de 2%.

13

LISBOAREABILITAÇÃO+DAS+INSTALAÇÕES+ESPECIAIS+EM+EDIFÍCIOS+ANTIGOS

✴instalações eléctricas:

• redes novas têm de ser implementadas.

✴redes de abastecimento de gás:

• substituição das redes em chumbo por cobre.

14

MELHORIA+DAS+CONDIÇÕES+DE+PROTECÇÃO+CONTRA+A+HUMIDADE

✤Temos de considerar:

✴humidade de construção;

✴humidade ascendente do solo;

✴humidade de precipitação:

• paredes exteriores;

• coberturas (inclinadas e em terraço);

• caixilharia exterior.

✴humidade de condensação.

15

MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE

PROTECÇÃO CONTRA A HUMIDADE

16

As manifestações de humidades podem dividir-se em seis

grupos diferentes:

✦humidade de construção;

✦humidade do terreno;

✦humidade de precipitação;

✦humidade de condensação;

✦humidade devida a fenómenos de higroscopicidade;

✦humidade devida a causas fortuitas.

FORMAS+DE+MANIFESTAÇÃO+DE+HUMIDADES

17

HUMIDADES+DE+CONSTRUÇÃO

Fontes:

✦argamassas e betões;

✦acção directa da chuva

em fase de construção;

uma % da água evapora

rap idamen te e ou t ra

demora bastante tempo a

fazê-lo (pode levar anos)

18

Page 149: Conservação e reabilitação de edificios

HUMIDADES+DE+CONSTRUÇÃO

Anomalias que pode provocar:

✦expansões;

✦destaques de alguns materiais;

✦ocorrência de condensações;

✦manchas de humidade.

Estas humidades cessam ao fim dum período mais ou

menos curto.

19

Fontes:

❖ água do solo capilaridade;

❖ água da chuva.

HUMIDADES+DO+TERRENO

20

Esta mitigação pode ocorrer horizontalmente ou na vertical,

quando se encontram reunidas as seguintes questões:

✤existência de zonas das paredes em contacto com a água

do solo;

✤existência de materiais com elevada capilaridade nas

paredes;

✤inexistência ou deficiente posicionamento de barreiras

estanques nas paredes.

HUMIDADES+DO+TERRENO

21

A ascensão da água pelas paredes, pode ocorrer até alturas

por vezes significativas.

Os sais existentes no terreno e nos próprios materiais de

construção, após terem sido dissolvidos pela água são

transportados através da parede para níveis superiores,

quando a água atinge a superfície das paredes e se evapora,

os sais cristalizam e ficam aí depositados.

HUMIDADES+DO+TERRENO

22

HUMIDADES+DO+TERRENO

Eflorescências

23

HUMIDADES+DO+TERRENO

Eflorescências

24

Page 150: Conservação e reabilitação de edificios

As humidades provenientes do terreno podem acontecer nas

seguintes situações:

✤fundações das paredes situadas abaixo do nível freático;

✤fundações das paredes situadas acima do nível freático

em zonas cujo terreno tenha elevada capilaridade;

✤paredes implantadas em terrenos pouco permeáveis ou

com pendentes viradas para as paredes.

HUMIDADES+DO+TERRENO

25

Anomalias que pode provocar:

✤manchas de humidade;

✤eflorescências e criptoflorescências;

✤manchas de bolor;

✤vegetação parasita.

HUMIDADES+DO+TERRENO

26

HUMIDADES+DO+TERRENO

INTRODUÇÃO: humidade ascensional

! Manifesta-se nas paredes

e pavimentos térreos,

quando não são tomadas

precauções para evitar a

ascensão da água por

absorção e capilaridade.

CriptoflorescênciasEflorescências

27

HUMIDADES+DO+TERRENOINTRODUÇÃO: humidade ascensional

! Manifesta-se nas paredes

e pavimentos térreos,

quando não são tomadas

precauções para evitar a

ascensão da água por

absorção e capilaridade.

CriptoflorescênciasEflorescências Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

28

HUMIDADES+DO+TERRENO

INTRODUÇÃO: humidade ascensional

! Manifesta-se nas paredes

e pavimentos térreos,

quando não são tomadas

precauções para evitar a

ascensão da água por

absorção e capilaridade.

CriptoflorescênciasEflorescências

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

29

Condições de acesso de águas do terreno ás paredes

HUMIDADES+DO+TERRENO

30

Page 151: Conservação e reabilitação de edificios

HUMIDADES+DO+TERRENO

águas superficiaiságuas freáticas

31

Anomalias devidas a alterações do nível do terreno

HUMIDADES+DO+TERRENO

32

Fontes:

✤água da chuva associada ao vento;

HUMIDADE+DE+PRECIPITAÇÃO

33

A penetração da água da chuva nas paredes é um fenómeno

normal que não apresenta problemas se aqueles tiverem sido

concebidos para resistirem a este tipo de acções.

HUMIDADE+DE+PRECIPITAÇÃO

34

A ocorrência de anomalias devidas a este tipo de fenómenos

tem como consequência vários factores:

✤deficiências de concepção;

✤existência de fissuração;

✤ter em atenção a localização geográfica e orientação na

concepção da parede - avaliar riscos;

✤etc.

HUMIDADE+DE+PRECIPITAÇÃO

35

O humedecimento das paredes por acção da chuva pode

também originar anomalias:

✤O acréscimo do teor de água dos materiais acarreta um

aumento da respectiva condutibilidade térmica, podendo

originar condensações;

✤Os fenómenos de secagem dos materiais húmidos

provocam uma diminuição da temperatura superficial,

podendo contribuir para um acréscimo do risco de

ocorrência de condensações.

HUMIDADE+DE+PRECIPITAÇÃO

36

Page 152: Conservação e reabilitação de edificios

As anomalias devidas à acção da chuva manifestam-se

através:

✤manchas de humidade nos paramentos interiores das

paredes exteriores;

✤nas zonas que sofreram humedecimento é frequente a

ocorrência de bolores, eflorescências e criptoflorescências.

HUMIDADE+DE+PRECIPITAÇÃO

37

Manchas de humidade e

ocorrência de bolores

HUMIDADE+DE+PRECIPITAÇÃO

38

Corrosão das armaduras devidas a infiltrações de

humidade

HUMIDADE+DE+PRECIPITAÇÃO

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

39

As paredes de caixa de ar constituem uma solução eficaz à

manifestação destas anomalias. No entanto agumas vezes

aparecem situações anómalas:

✤caixa de ar parcialmente obstruída com desperdicios de

argamassas ou doutros materiais;

✤estribos de ligação dos panos com inclinação para o

interior;

HUMIDADE+DE+PRECIPITAÇÃO

40

✤dispositivo de recolha das águas de infiltração obstruído,

mal executado ou inexistente;

✤orifícios de drenagem dos dispositivos de recolha de águas

de infiltração obstruídos, mal posicionados ou inexistentes.

HUMIDADE+DE+PRECIPITAÇÃO

41

HUMIDADE+DE+PRECIPITAÇÃO

42

Page 153: Conservação e reabilitação de edificios

Quando o ar se encontra no seu limite de saturação, a

respectiva humidade relativa é de 100%.

HUMIDADES+DE+CONDENSAÇÃO

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

43

O RCCTE procura prevenir a humidade de condensação por

ser uma das causas mais frequentes de patologias e de

degradação do ambiente interior dos edifícios.

HUMIDADES+DE+CONDENSAÇÃO

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

44

Este tipo de humidade resulta da

condensação do vapor de água

sobre os paramentos ou no interior

dos elementos de construção e

manifesta-se sob a forma de

fungos ou bolores.

INTRODUÇÃO: humidade de condensação I

! A regulamentação térmica procura prevenir a

humidade de condensação,

por ser uma das causas mais

frequentes de patologias e de

degradação do ambiente

interior dos edifícios.

! Este tipo de humidade resulta

da condensação do vapor de

água sobre os paramentos ou

no interior dos elementos de

construção e manifesta-se

sob a forma de fungos ou bolores.

HUMIDADES+DE+CONDENSAÇÃO

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

45

As condensações estão associadas a ambientes húmidos e

mal aquecidos e/ou deficientemente ventilados.

A húmidade do ar pode atingir o limite máximo permitido para

o estado de vapor, ocorrendo neste caso mudança de fase,

com a passagem ao estado líquido (condensação).

HUMIDADES+DE+CONDENSAÇÃO

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

46

Em resumo, a ocorrência de condensações superficiais em

parede, depende de:

✤condições de ocupação, dos quais depende a produção

de vapor nas edificações;

✤ventilação dos locais;

✤isolamento térmico das paredes;

✤temperatura ambiente interior.

HUMIDADES+DE+CONDENSAÇÃO

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

47

A ocorrência de condensações internas em parede, depende

de:

✤as características de isolamento térmico dos vários

materiais que constituem as paredes, que condicionam as

respectivas temperaturas no interior e vão determinar os

valores de pressão de saturação em cada ponto;

✤as características de permeabilidade ao vapor de água

daqueles materiais, que vão determinar as variações de

pressão parcial ao longo da parede.

HUMIDADES+DE+CONDENSAÇÃO

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

48

Page 154: Conservação e reabilitação de edificios

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

CONDENSAÇÕES: efeito do isolamento térmico

! ISOLAMENTO PELO

EXTERIOR! ISOLAMENTO PELO

INTERIOR

Temperatura

Pressão de saturação

Pressão devapor

ParedeIsolamentotérmico

ParedeIsolamentotérmico

Condensação

InteriorInterior

O fenómeno da condensação ocorre sempre que a pressão de

Vapor atinge a pressão de saturação. O risco de condensações

internas é maior para o caso de isolamento térmico pelo interior.

Pressão de saturação

Pressão devapor

Temperatura

HUMIDADES+DE+CONDENSAÇÃO

49

✤Resulta do facto de muitos materiais conterem sais c o m p r o p r i e d a d e s h i g r o s c ó p i c a s , ou seja, com capacidade de absorverem humidade do ar;

✤Estes sais dissolvem-se para uma humidade do ar acima dos 65-70%, voltando a cristalizar, com grande aumento de volume, quando esta baixa daqueles valores;

✤As anomalias caracterizam-se por manchas de humidade em zonas de grande concentração de sais.

HUMIDADES+;+FENÓMENOS+DE+HIGROSCOPICIDADE

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

50

HUMIDADES+;+FENÓMENOS+DE+HIGROSCOPICIDADEINTRODUÇÃO: humidade higroscópica

! Resulta do facto de muitos

materiais conterem sais com

propriedades higroscópicas,

ou seja, com capacidade de

absorverem humidade do ar.

! Estes sais dissolvem-se para

uma humidade do ar acima dos 65-70%, voltando

a cristalizar, com grande aumento de volume,

quando esta baixa daqueles valores.

! As anomalias caracterizam-se por manchas de

humidade em zonas de grande concentração de

sais.

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

51

Caracterizam-se pela sua natureza pontual, em termos

espaciais, e decorrem de defeitos da construção, falhas de

equipamentos ou de erros humanos, quer activos como os

acidentes, quer passivos como no caso de falta de

manutenção.

HUMIDADES+;+CAUSAS+FORTUITAS

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

52

Transporte de humidade: mecanismos

A transferência de humidade através dos poros e capilares de

um elemento pode processar-se nas fases de vapor (difusão)

e líquida (capilaridade).

Os fenómenos de difusão e capilaridade são função do teor de

humidade do material. Abaixo dum teor de humidade crítico

o transporte por capilaridade não é possível.

HUMIDADES+DE+CONDENSAÇÃO

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

53

TRANSPORTE DE HUMIDADE: mecanismos

! A transferência de humidade através dos poros e

capilares de um elemento pode processar-se nas

fases de vapor (difusão) e líquida (capilaridade).

! Os fenómenos de difusão e capilaridade são

função do teor de humidade do material. Abaixo

dum teor de humidade crítico o transporte por

capilaridade não é possível.Teor de humidade inferior ao crítico Teor de humidade superior ao crítico

Existem circuitos integralmente

fechados por líquidoNão existe nenhum circuito

integralmente fechado por líquido

Transporte de humidade: mecanismos

HUMIDADES+DE+CONDENSAÇÃO

Fonte: Rodrigues, A.M., “Humidades em edifícios”, IST.

54